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JOGO: TABULEIRO HUMANO.1

OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS:

Identificar alguns órgãos e sistemas do organismo humano em representações

figurativas.

Analisar o mecanismo de integração de sistemas do organismo humano em

situações cotidianas.

Compreender a estrutura e o funcionamento dos sistemas de órgãos do corpo

humano, reconhecendo-os como necessários para os cuidados com a manutenção da

própria saúde.

Compreender o mecanismo básico de percepção de cheiro e sabores.

Localizar onde são encontradas as células do epitélio gustativo.

CONTEÚDO E PÚBLICO ALVO: Seres vivos, corpo humano, botânica.

Estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental.

TEMPO APROXIMADO DE DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 2 horas/aula.

MATERIAL NECESSÁRIO

Um texto base para trabalhar conceitos que serão usados na confecção das

perguntas utilizadas para o andamento do tabuleiro humano.

Fita crepe grossa e colorida.

Giz de cera grosso (1 caixa).

Dado grande (comprado ou confeccionado pelo próprio professor ou aluno)

EVA, cartolina, papel cartão, papel sulfite (alternativa caso não tenha espaço o

suficiente para desenvolver o tabuleiro em larga escala).

1 Autores: Alunas bolsistas do PIBID: Luciana Maria de Oliveira, Raquel Chaves Macedo; Professora

supervisora do PIBID: Vanessa de Cássia Pessoa; Professora coordenadora do subprojeto de Ciências

Biológicas: Vera Lúcia Bonfim Tiburzio.

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Texto de apoio constante do CD anexo, a ser impresso pelo professor.

(CB_TextoDeApoioJogoTabulerioHumano_ALUNO)

CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA:

Para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra da maneira mais eficaz

possível faz se necessário a utilização de estratégias didáticas adequadas. Dentro desse

contexto o jogo didático é caracterizado como uma importante e viável alternativa de

auxílio em tais processos, favorecendo a construção do conhecimento do aluno.

(CAMPOS, 2002). A utilização de jogos didáticos como ferramenta de apoio às aulas

tradicionais é apontado por Pinto e Tavares como lúdico e segundo os autores isso

proporciona compartilhamento de informações de maneira divertida, estimula a

socialização e facilita a associação do conteúdo com a realidade cotidiana.

Além do jogo didático ser interessante, ele também contribui para amenizar a

dificuldade de entendimento de alguns conceitos na área das Ciências Biológicas.

Pensando nisso é interessante buscarmos formas que possam contribuir para esse

processo de ensino-aprendizagem. A maneira encontrada por esta equipe foi a

produção/adaptação de jogos populares que contemplassem os conteúdos para os quais

os alunos apresentam uma menor compreensão, tornando a apresentação/discussão do

conteúdo mais divertida e motivadora. A elaboração de um jogo no qual o aluno possa

se divertir aprendendo pode ser interessante para finalizar os conceitos teóricos

discutidos em sala de aula. O jogo de tabuleiro pode ser utilizado quando se quer, com o

assunto abordado, compreender palavras-chave ou conceitos que sejam fáceis de

responder com perguntas simples.

DESENVOLVIMENTO:

Com a finalidade de habituar os alunos à leitura de textos de divulgação científica, de

modo que estes se tornem verdadeiros aliados nos estudos, sugerimos ao professor que

os oriente para que, durante a leitura do texto, selecionem as palavras ou termos

científicos desconhecidos. Para que o professor possa explicar o significado de tais

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termos é interessante também que ele próprio estimule os alunos a procurarem o

significado dessas palavras, com ajuda de um dicionário.

Chambliss e Calfee (1998) propõem questões a serem levantadas após a leitura de um

texto, tais como:

- Que informações no texto se relacionam com algo que você conhece?

- Que partes do texto você considera mais interessantes?

- Como você resumiria o que aprendeu na leitura do texto?

- Daqui a um mês o que você acha que poderá se lembrar do texto?

COMO PROCEDER:

Após a abordagem descrita anteriormente, o professor poderá proceder, com a ajuda dos

alunos, à confecção do jogo, seguindo os seguintes passos:

1: Escolher um texto auxiliar relacionado ao conteúdo que será trabalhado com a

atividade, ou utilizar o texto constante do Anexo 1.

2: Retirar do texto escolhido alguns conceitos e elaborar algumas perguntas para serem

utilizadas no jogo de tabuleiro ou utilizar as constantes do Anexo 2

3: Montagem do Tabuleiro:

Fazer, no chão do pátio da escola, o traçado do tabuleiro com fita crepe, como se

fosse uma espécie de caminho dividido em quadrados (Figura 1).

Numerar os quadrados, na ordem cronológica de 1 até 30, utilizando giz de cera.

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Figura 1: Exemplo de tabuleiro utilizado na escola. Fonte: Arquivo pessoal Raquel Chaves.

Figura 2: Final do tabuleiro humano, mostrando os quadrados não numerados, com símbolos de + , - ou

x. A confecção do tabuleiro pode ser compartilhada com os alunos. Fonte: Arquivo pessoal Raquel

Chaves.

Ao longo deste caminho alguns quadrados não terão números, estes serão

sinalizados com sinais de +, – ou x, o que significa respectivamente, avance uma

casa, volte uma casa ou fique uma rodada sem jogar. (Figura 2).

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Preparar uma caixa para colocar os papéis com as perguntas antes do começo do

jogo (esta servirá como uma urna).

COMO REALIZAR A ATIVIDADE: Hora de Jogar.

Dividir a turma em, no máximo, 5 equipes.

Pedir para que os participantes de cada equipe escolham um representante para

ser a “peça/peão” do tabuleiro, que fará as movimentações dentro do jogo.

Para andar no tabuleiro, cada participante deve jogar o dado uma vez em cada

rodada e andar o número de casas que sair no dado.

O participante só avança as casas se acertar a pergunta referente ao tema

estudado previamente. A equipe pode ser consultada antes do “peão” dar a

resposta.

As perguntas são sorteadas da caixa (urna) já preparada anteriormente.

As perguntas sem respostas ou respondidas incorretamente devem voltar para a

caixa (urna), para terem a possibilidade de serem respondidas em uma próxima

rodada. As que obtiveram a resposta correta ficam fora da caixa e são

descartadas dessa competição.

Se o participante cair em uma casa premiada, simbolizada no tabuleiro por +,

deverá avançar uma casa, porém, se cair em uma casa castigo, simbolizada por -,

deverá voltar uma casa; se ele cair em uma casa marcada com um x ficará uma

rodada sem jogar.

Ganha quem conseguir chegar ao final do percurso mais rapidamente.

FINALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO:

Ao final do jogo o professor pode premiar o time vencedor e instigar os outros alunos a

se prepararem para uma próxima partida estudando a matéria sempre que possível. O

ideal é que o jogo seja sempre uma surpresa, sem que sua realização seja avisada antes

que ela realmente aconteça. O processo de avaliação do jogo de tabuleiro, realizado pelo

professor mediador, se dá com a observação de quantos acertos e erros os alunos

tiveram nas perguntas sorteadas, após estudarem o conteúdo que foi discutido em sala

de aula. O próprio jogo já serve como uma avaliação do que já foi estudado

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anteriormente. Caso os erros sejam mais numerosos do que os acertos, é indicado que o

medidor realize um feed back sobre o assunto.

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, L.M.L., Bortoloto, T.M., Felício, A.K.C. A produção de jogos didáticos para o

ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. UNESP, 2002.

CHAMBLISS, M.J. CALFEE, R. C. Textbooks for learning. Malden, Massachussets, Blackwell

Publishers Inc, 1998.

FILHO, Edemar Benedetti; FIORUCCI, Antonio Rogério; BENEDETTI, Luzia Pires dos

Santos; CRAVEIRO, Jéssica Alves. Palavras cruzadas como recurso didático no ensino de

teoria atômica. Atualizado em 04 mar. 2013. Disponível em:

http://www.qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_2/05-RSA-1908.pdf. Acesso em: 04 de mar. 2013.

JAEGAR, P. E. Cedar Grove. Charleston, SC: Arcadia Publishing. 2000. ISBN 0-7385-0452-1.

KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1996. O Jogo na

educação. Disponível em: http://www.cempem.fae.unicamp.br Acesso em: 07 mar. 2013.

PINTO, C. B.; TAVARES, H.M. O lúdico na Aprendizagem: Aprender e Aprender. Revista da

Católica, Uberlândia, v.2, n.3, 2010. p. 226-235.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS. CBC, Conteúdo básico comum. Belo

Horizonte, 2007.

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