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Se você for impaciente, não atingirá seus objetivos. Se tiver em mente apenas pequenos ganhos,
as grandes missões não serão cumpridas.Kung Fu Tse (Confúcio) , Os Analectos, 500 a.C.
Sem o desenvolvimento em alta velocidade da ciência e da tecnologia, é impossível desenvolver a economia nacional em alta velocidadeDeng Xiaoping, março 1978
We will be second to noneOutdoor, sítio de construção de megacomplexo residencial,Beijing, abril 2011
Termo de Cooperação 008/2010 Convênio SAE / UFRJ 1ª Linha de Ação
TECNOLOGIA E COMPETITIVIDADE EM SETORES
BÁSICOS DA INDÚSTRIA CHINESA
ESTUDOS DE CASO
| Adriano Proença | Cláudio Habert | | Maurício Aredes | Sérgio de Souza Camargo Jr. |
Termo de Cooperação 008/2010 Convênio SAE / UFRJ 1ª Linha de Ação
4. INDUSTRIA QUÍMICA E DE ALTA TECNOLOGIA : CASOS E CONSIDERAÇÕES
| Cláudio Habert |
Roteiro 4
Industria Química - Indústria Química na China : Defensivos e Farmacos - Casos: CHEMCHINA – DESANO – NUTRICHEM
Alta Tecnologia - Labs. de pesquisa avançada : CAS (Academia Chinesa de Ciência) - Tecnologia de membranas : casos MOTIMO, EUROFILM, DCWTT e SCINOR - Materiais, Nanotecnologia e Biotecnologia : GENIUS e BIOBAY
Considerações Finais
1
2
3
À guisa de nota metodológica...
• Seleção de empresas e laboratorios de pesquisas representativos : critérios e viabilidades
• Ind química : extremamente diversificada, setores selecionados em função das dependências brasileiras de importações foram DEFENSIVOS – FARMACOS
• O acesso aos laboratorios avançados e empresas: contatos pessoais (o guanxi e indicações de instituições e empresas, além do centro Brasil China da U de Tsinghua)
• O visto, o dito e o escrito : por mais que se dispusesse de uma metodologia basica padrão, e de tradutores locais, as visitas a empresas chinesas resultaram em analises não uniformes, em função das informações obtidas e do grau de penetração alcançado, bastante variado.
• Este estudo preliminar espera, ainda assim, ter obtido uma razoável imagem, representativa da dinâmica chinesa e de suas empresas-modelo.
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Roteiro 4
Industria Química - Indústria Química na China : Defensivos e Farmacos - Casos: CHEMCHINA – DESANO – NUTRICHEM
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PAÍS FATURAMENTO (US$ Bilhões)
ESTADOS UNIDOS 689
CHINA 549
JAPÃO 263
ALEMANHA 298
FRANÇA 159
CORÉIA 133
REINO UNIDO 123
ITÁLIA 123
BRASIL 122
ÍNDIA 98
HOLANDA 82
RÚSSIA 72
ESPANHA 75
Fontes: ACC, CEFICe ABIQUIM
9ª POSIÇÃO
Mundo (estimado): US$ 3,5 trilhões
Ano 2008
Indústria Química no Mundo
Faturamento líquido da indústria química brasileira2008
Total US$ 122,0 Total US$ 122,0 bilhõesbilhões
Fonte: ABIQUIM e associações dos segmentos.
16,62
12,37
11,20
9,25
8,42
6,70
4,08
3,62
3,58
3,28
3,01
2,57
2,12
2,04
1,96
1,90
1,76
1,69
1,35
2,48
Alimentos e bebidas
Coque, refino, combustíveis nucleares e álcool
Produtos químicos
Veículos automotores, reboques e carrocerias
Metalurgia básica
Máquinas e equipamentos
Produtos de metal (exc.máquinas e equipam.)
Celulose, papel e produtos de papel
Artigos de borracha e plástico
Produtos de minerais não-metálicos
Edição, impressão e reprodução de gravações
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
Outros equipamentos de transporte
Produtos têxteis
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
Material eletrônico e de aparelhos e equipam.comun.
Móveis e indústrias diversas
Prep./artefatos de couro, artigos de viagem e calçados
Produtos de madeira
Outras indústrias
Fonte: IBGE – PIA Empresas Unidade de investigação: Unidade local industrial(base: 2007)
Produtos químicos: Produtos químicos: 3ª maior participação3ª maior participação no PIB no PIB
industrial industrial
% sobre o PIB Industrial.% sobre o PIB Industrial.
O PIB da química na indústria de transformação
Atuação Responsável®
Compromisso com a sustentabilidade
3,6 3,6 4,5 5,78,0
8,9 9,7 10,1 9,8 10,7 10,8 10,111,0
14,5 15,3 17,423,9
35,1
30,0
2,1 2,3 2,5 2,8 3,4 3,5 3,8 3,6 3,4 4,0 3,5 3,8 4,8 5,97,4
8,910,7 11,9 12,0
91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09*
Exportações Importações
Indústria química brasileiraImportações e exportações brasileiras
1991 a 2009*
(em US$ bilhões FOB)
Fonte: Sistema Aliceweb – MDIC/Secex.
* estimado.
Déficit 2009* = US$ 18,0 bilhõesDéficit 2009* = US$ 18,0 bilhões
Comércio Defensivos Agricolas, Brasil, 2010
Industria Quimica Chinesa Faturamento Setorial
Mercados Farmaceuticos Globais, 2007 e 2009
2007 2009
País Rank $ (mil) Crescimento (%) Rank $ (mil) Crescimento
(%)
Estados Unidos 1 280.995 4 1 300.748 5
Japão 2 65.730 3 2 89.865 17
França 3 38.495 16 4 40.575 -5
Alemanha 4 37.278 16 3 41.275 -2
Itália 5 24.234 15 6 26.857 -1
Reino Unido 6 23.368 14 8 19.843 -11
Espanha 7 19.563 19 7 22.818 1
China 8 17.698 32 5 31.688 29Canada 9 17.590 13 9 18.705 0
Brasil 10 13.708 25 10 17.403 4
Fonte: IMS World Review Executive Sumary, 2010
Vendas da Indústria Farmacêutica Chinesa, 1998-2007 China Stat. Yearbook
Industria Farmaceutica na China
DestaquesIndústria Química 1
• A indústria química chinesa, 2ª em faturamento mundial, é amplamente apoiada pelo governo chinês, através de subsídios financeiros
• Pela sua natureza abrangente e historicamente pulverizada, foi reestruturada em gigantescos conglomerados
– Ex. Típico : estatal CHEMCHINA: 130 empresas, 24 centros de pesquisa, 28º lugar entre as 500 maiores empresas chinesas e 19º entre as 100 maiores empresas químicas globais
• Em geral , a competição se dá através do baixo custo final, resultados da grande escala de produção, preços reduzidos de matérias-prima e da energia, baixo custo da mão de obra qualificada e maior ”market-share”.
• O acesso à tecnologia e à gestão operacional se dá através de absorção de tecnologia e de engenharia reversa
– Ex. típico da ind. de intermediários farmacêuticos: tem produzido “genéricos” pelo acesso a patentes antes de seu prazo expirar. A inovação é basicamente incremental - ex típicos: glifosato, pesticidas e antiretrovirais-padrão de combate à AIDS.
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• O 12º Plano Qüinqüenal encaminha uma tentativa de mudança estrutural também na
Indústria Química, com grande incentivo à inovação (Made in China Designed in China)
• O crescimento da Indústria Química da China prevê liderança mundial nos próximos anos.
• Automação de processos crescente e compromissos com redução “total” de emissões são
preconizados como metas.
• As indústrias de fármacos e de defensivos agrícolas, 2 sub-setores abordados nesta
prospecção, apresentaram superávit de US$ 3,5 bi e US$ 1,05 bi em 2009 – enquanto que, no
Brasil, os 2 representam juntos 38% do déficit total comercial da Indústria Química.
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Destaques
Indústria Química 2
• As 2 empresas-modelo Nutrichem (defensivos) e Desano (Farmacos) visitadas nestes sub-setores:
– Exibem instalações equipamentos, laboratórios de controle e instrumentação de alto nível, gestão tecnológica profissionalizada, padrões internacionais de segurança e estratégias parecidas de crescimento
– Já estão com fatia de mercado local assegurada, e uma penetração no exterior iniciada (Leste asiático e Austrália principalmente); querem ampliar sua participação internacional e depois voltar-se novamente para o mercado chinês.
– Ambas almejam se tornar S/A em prazo curto (bolsas de Shanghai ou Hong Kong).
– Alavancando esta estratégia, desde sua fundação: deptos de P&D com RH adequados, muitos projetos com Universidades e Labs. CAS.
– Ambas instaladas em novos e modernos parques tecnológicos
– Quadros jovens !
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Destaques
Indústria Química 3
• A Indústria Química Brasileira fez sua auto-crítica e sua proposta (Pacto da Abiquim 2010)
– Tem, como outros setores. sérias (legítimas ) reinvidicacões ao governo;
– Propõe-se, a partir de algumas observações desta prospecção, a avaliar o que se pode aproveitar do modelo de gestão tecnológica chinês e incentivar meios de aumentar o nível qualitativo da inovação na IQB
• As indústrias de fármacos e de defensivos agrícolas são estratégicas e críticas:
– A 1ª pela natureza de atendimento em programas de saúde pública
– A 2ª, embora relativamente não de grande faturamento, alavanca toda uma agroindústria ainda chave na pauta das exportações brasileiras.
• Ambas têm oportunidades de inovar em novas rotas tecnológicas ( ex. do glicofosato, 28% do total importado em 2010) para reduzir dependências.
• Cabe estimular programas específicos, envolvendo as Instituições de pesquisa do Brasil.
Sugestões e Recomendações Indústria Química
Roteiro 4
Alta Tecnologia - Labs. de pesquisa avançada : CAS (Academia Chinesa de Ciência) - Tecnologia de membranas : casos MOTIMO, EUROFILM, DCWTT e SCINOR - Materiais, Nanotecnologia e Biotecnologia : GENIUS e BIOBAY
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• A China possui um amplo e diversificado sistema institucional de inovação, basicamente sustentado pelo governo; há também financiamentos complementares por empresas.
• Demandas provêm de setores econômicos, mas também de APLs e organizações associativas
• Destaque: Academia de Ciências Chinesa, CAS : forte exemplo de organização e planejamento– reúne os mais produtivos e prestigiosos grupos do país– mobiliza 110.000 alunos de PG (além das Universidades) – A CAS possui e participa de empresas que dela nasceram
• Sistema com 3 níveis de Labs. CAS: Key, National e State– Avaliados regularmente; os mais prestigiosos são mundialmente competitivos – São mais de 100 National CAS Labs
• Cada um sendo um Instituto multi-labs temáticos de per se
• Critérios de avaliação incluem indicadores clássicos, mas valorizam também recursos obtidos e patentes (depositadas e comercializadas); empresas geradas por pesquisadores; e parcerias internacionais
Destaques Laboratorios Alta Tecnologia 1
• Labs CAS: planos estratégicos plurianuais, informando e se alinhando com planejamentos centrais e locais.
– Participam destas definições dirigentes científicos E representantes dos Governos.
• Pesquisa aplicada é regra; persegue-se a tecnologia estado-da-arte, que permita competitividade das empresas, ou prepare novos saltos via inovações “inéditas” (que sirvam a novos nichos de mercado)
• Sistema mantém e convive com Labs menos “habilitados”: gradativa modernização e adaptação às novas realidades
• Grande maioria dos Labs CAS : pesquisa tem sintonia com a de grupos brasileiros
– Química, processos, materiais, nanotecnologia, biotecnologia, bioengenharia, fármacos, bio-combustíveis, energia, meio ambiente – incluindo controle da poluiçãoe dessalinização
Destaques Laboratorios Alta Tecnologia 2
• Estudar comparativamente fatores, meios e conseqüências das políticas de C, T & I praticadas no Brasil e na China, avaliando possibilidades de aumentar foco e eficiências
– Envolver Governo, Indústria e Instituições de pesquisa
• Pesquisa industrial para inovação : estudar e apreender o que for relevante da experiência chinesa: legislação, prática e sistema de incentivos para o setor industrial devem ser implementados, reduzindo barreiras atuais; idem para a universidade pública brasileira (hoje ator + atuante do tripé).
– Aspectos a considerar, entre outros:• Definição de setores prioritários e estratégicos para o desenvolvimento industrial;• Conformação de grandes laboratórios focados e com metas a cumprir, para
execução de inovação complexa e coordenada;• Promover e facilitar spin offs de Universidades e Institutos de Pesquisa; proteção
para start-ups tecnológicos.
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Sugestões e RecomendaçõesLaboratorios Alta Tecnologia 1
• Promoção de formação orientada e focada: política de suporte ao estudo no exterior com prioridades e metas, buscando retorno para o país.
– “Colher frutas maduras ainda não colhidas”
– Política para repatriar formados dentro de um contexto de inovação coordenada.
• Identificar setores de interesse comum para parcerias, gradativas, em desenvolvimento
tecnológico; critérios de complementaridade e interesse público
– Este estudo aponta para alguns exemplos: energia, saúde (fármacos), águas
– Explorar formatos alternativos e pró-ativos
– Universidades de ponta e os Labs CAS são primeiros alvos naturais para parcerias
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Sugestões e RecomendaçõesLaboratórios Alta Tecnologia 2
• Dentre setor bens de capital, uma das indústrias de alta tecnologia que cresce a altíssimas taxas na China é a indústria de equipamentos de filtração e separação que incorporam membranas seletivas.
– É impulsionada pelas necessidades de produção de água potável em varias regiões do pais ( dessalinização) e o tratamento de águas municipais e industriais (ETA’s e ETE’s) , incluindo as de uso no setor energético (petróleo, biomassa e carvão).
• Programa do governo (2010) destinou US$ 2,6 Bi para a dessalinização de águas (reservando 30% ao desenvolvimento de membranas) .
– Entre produtores de módulos de membranas, equipamentos auxiliares, empreiteiras/ montadoras e empresas de engenharia, contam-se mais de 300 empresas na China.
• Todos os Labs CAS que foram visitados tem grupos ativos em aplicações da tecnologia de membranas.
– Destaque: tecnologia BRM, bioreatores com membranas– Instalações de BRM já alcançaram em 2010 a marca de US$ 450 milhões, com taxas de
crescimento de 11% ao ano, sendo que na China cresceu à taxa de 100 % ao ano.– A maior instalação do mundo (100 000 m3/dia) já opera na China.– Registram-se mais de 70 empresas e 40 inst. de pesquisa envolvidos no aprimoramento e uso
da tecnologia BRM na China.
Destaques Tecnologia de Membranas 1
Região Percentual
América do Norte 33
Ásia 30
Europa Ocidental 21
Outras 16
Mercado PSM no mundo Brasil- Tecnologia importada
- Falta de empresas & incentivos- Potenciais campos de aplicação
(produção de água, tratamento de efluentes)
Fonte: Freedonia GroupChina- Tecnologia importada + Nacional- Empresas atuantes com incentivos governamentais- Forte aplicação e crescimento em tratamento e água e efluentes
Investimentos em tecnologias com membranas
Biorreatores a membranas (BRM)
Dessalinização
Tecnologia de Membranas
Biorreatores com membranasCrescimento (% a.a.)
Mundial : 10,9Chinês: 100
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Mil
hões
de
dóla
res
AnoFONTE: BCC Research em http://www.wateronline.com (28/06/2011)
Ano
0
10
20
30
40
50
B
Ano
Nº
de p
ubli
caçõ
es
Mercado mundial de BRM
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006
0
10
20
30
40
50
60
70
B
A
-○- Universidades-□- Empresas/Institutos
Nº
de o
rgan
izaç
ões
Atualmente: acima 1000Santos et al. (2011)
Tecnologia de Bioreatores com Membranas
Dessalinização na China, para- Sustentar o crescimento- Escassez em regiões costeiras
Incentivos governamentais
Special Plan for Seawater Utilization (2010)
R$ 4 bi (30 a 40%:desenvolvimento de membranas)
National Development and Reform Commission
Oceanic Administration and the Ministry of Finance
Dessalinização por Membranas (osmose inversa)
Fonte: Membrane Market
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
Sedimentation tanks of a “modern” water-treatment plant
Agricola, De Re Metallica, 1556
Membrane technology, today a dominant technology in effluents
treatment systems
Membrane Bioreactors one of the Best Available Technologies (BAT) for municipal and industrial wastewater treatment
• Empresas chinesas de porte se constituíram com fortes deptos de P e D para ocupar posição de destaque no mercado.
• Foram visitadas: – MOTIMO (em Tianjin, a maior produtora de membranas da China - 3 milhões de m2 de
fibras ocas/ano)– DCWTT-Water Treatment Institute of Technology (ligada à ChemChina !)– EUROFILME (Dalian) e SCINOR (Beijing) - Estas duas tem na origem professores líderes de
pesquisa, um do lab CAS (Dalian) e o outro da U. de Tsinghua (Beijing).• A MOTIMO e a EUROFILME também tem negócios internacionais (principalmente Ásia do
Leste), onde competem com empresas estrangeiras.– A EUROFILME diversificou e cobre o promissor mercado de gases e vapores (separações e
tratamento) com nichos importantes nas refinarias e petroquímica. • A tecnologia de processo e dos módulos resulta de aprendizado pela associação de
multinacionais com as empresas locais. • Mas há crescentes sinais de independentização, pelo menos no mercado chinês: novas e
eficientes membranas (com materiais alternativos) já foram desenvolvidas, e são vendidas a preços muito reduzidos.
DestaquesTecnologia de Membranas 2
• Reavaliar políticas vigentes e implementar medidas que aumentem a competitividade da industria de equipamentos de base no Brasil
• Estudar meios de fomentar o desenvolvimento e a inovação da tecnologia de membranas no país, aproveitando também a experiência chinesa. O mercado brasileiro para aplicações de membranas é praticamente virgem comparado ao seu potencial, incluindo a Petrobras que centraliza as compras de grandes unidades e negocia em outra escala com fornecedores internacionais, existe oportunidades muito grandes tanto na área de águas (produção e tratamento) quanto em outras áreas estratégicas (biocombustiveis, meio ambiente, químico-farmaceutica e alimentos/bebidas)
• Em particular a tecnologia BRM tem vantagens inéditas para o reuso de águas.
• Parcerias com empresas e laboratórios chineses são viáveis.
Sugestões e Recomendações Tecnologia de Membranas
A indústria nacional precisa de mais informação e conhecimento sobre a China.
Pode buscar estas informações de diversas formas, com apoio do governo, consultorias, entidades sem fins lucrativos, instituições de pesquisa, ou de modo próprio.
A identificação de oportunidades no mercado doméstico chinês parece, a princípio, passar por:
- identificar segmentos de mercado específicos, onde se possa ser competitivo, e seja possível proteger esta competitividade, estabelecendo domínio sobre um nicho ou de forma a alcançar escala substantiva de vendas
- identificar espaços (“elos”) de inserção competitiva nas cadeias produtivas na China e globais (por exemplo, definindo módulos onde se possa estabelecer algum domínio de mercado)
- identificar brechas associadas a insuficiências estruturais do sistema produtivo chinês, estabelecendo uma trajetória complementar e orgânica ao processo desenvolvimento chinês
- acompanhar orquestração de grandes projetos de inovação por firmas estatais chinesas identificar oportunidades de neles se inserir
Considerações finais 1
Os estudos de fundo para a política industrial nacional deveriam considerar as políticas pelas quais o Estado chinês, em seus diferentes níveis administrativos, apóia as empresas chinesas. Em particular, pode-se sugerir destacar:
• O papel da estrutura de financiamento estatal na capacidade das empresas chinesas operarem com baixas margens de lucro ao longo do tempo, em seus esforços de crescimento, doméstico e internacional, e de desenvolvimento competitivo;
• O papel das políticas de financiamento e apoio à inovação nas empresas;
• O arranjo institucional para fortalecimento e motivação da relação entre empresas e o sistema produtivo em geral, e Universidades e outras instituições de pesquisa;
• As políticas de compras governamentais praticadas pelo governo e pelas estatais, em particular as “estatais centrais”.
Considerações finais 2
Os estudos de fundo para a política industrial nacional deveriam considerar, além dos produtores de bens finais, o impacto do processo de modularização de produtos, e a emergência de fornecedores de partes e peças desenvolvidas a partir de exemplos e modelos de ponta, oferecidas com qualidade aceitável e a baixo custo, setor a setor.
– O estímulo governamental chinês à inovação autônoma; a aspiração nacional por maior retenção de lucros na própria China; e o continuado desenvolvimento e expansão do mercado doméstico chinês, deve induzir estes fornecedores a graus crescentemente sofisticados de soluções tecnológicas e de design, e eventualmente, iniciando trajetórias tecnológicas alternativas.
– Movimentos de exportação, ou de investimento em fábricas e, eventualmente, em centros de Design e P&D, em outros países, provavelmente acompanharão a expansão de algumas destas empresas, que o farão, entre outros, como forma de compensar suas importações, e complementar suas vendas domésticas, aumentando sua escala global de produção.
Considerações Finais 3
Shanghai Zhangjiang Hi-tech Park - land area 37352 m2
Desano (Shanghai)
Manufacturing Site ChemPharma Desano
Nutrichem
O pragmatismo e o empreendedorismo chinês
O choque de culturas : atual geração “yuppie” vs. quadros da geração
intermediaria (a da transição )
A civilização milenar e as ambições atuais da China
A modernidade material ( arquitetura, informatização/comunicação, transporte de massa, acesso ao consumo, ...) vs. carências e demandas de 1,4 bilhão de pessoas espalhadas em território continental
Imagem do Brasil na China
Impactos (mais...)
Agradecimentos (entre muitos...)
• Prof. Liu De Hua ( Univ. de Tsinghua)• Ilan Cuperstein (Centro Brasil-China, COPPE)• Zeng Jing (Betty) - Univ. de Tsinghua• Rita Cavaliere (COPPE)• Andressa Gusmão• Mário Rodrigues Neto• Jader da Silva (COPPE) • Equipe GPI / PEP / COPPE• Dr Luiz Alfredo Salomão
Obrigado!
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