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Novos Fitados de Direito 2010/2014

Queima das Fitas 2014

“Capa negra usei, por Coimbra me apaixonei.”

Coimbra, nossa Coimbra, tens escritas nas pedras seculares histórias de outros tempos. Foste o marco da juventude de um país. Serás sobretudo um marco na nossa juventude. Com o Mondego aos pés e a praça cheia de estudantes. Com as infinitas Monumentais e o badalar da velha Cabra. A capa aos ombros ao passar no Arco de Almedina. O fado que as guitar-ras tocam durante as serenatas. A Queima das Fitas e a Festa das Latas.

Da alta até à baixa, não há nada que manche mais as tuas pa-redes se não esta saudade. Este amor que entristece por se conhe-cer o seu fim, por se saber que por muito eterna que sejas, em bre-ve pertencerás a outros e o que nós em ti vivemos será vivido por eles. Não me interpretes mal, não há maior orgulho do que sentir que abraçamos uma herança de gerações perdidas no tempo e que a passamos aos que vêm depois, tal como nos foi entregue a nós.

É respirar-te Coimbra! É o orgulho de vestir de negro e ver as tuas ruas varridas constantemente pelas nossas vestes. Iremos sem-pre emocionar-nos com o luar espelhado no Mondego. Por tudo o que nos deste, por todos os que nos deste, terás sempre lugar em nós. Cegos não seremos, porque que te vimos, com os olhos e com o co-ração, e viveremos para sempre, porque sabemos que te amámos.

Saudações Académicas

A Comissão Central da Queima das Fitas 2014

Bons tempos... estes e os que estão para vir...

Costumo dizer aos meus alunos que a única coisa que me distingue deles é a forma como vivemos o momento. Não digo que seja a idade a distanciar-nos porque continuo a querer acreditar que ainda sou suficientemente jovem para ter gente da minha geração sen-tada nas aulas. O que nos distingue, acredito mesmo, não é nada mais que isso: o papel que assumimos naquele preciso momento em que as nossas vidas se cruzam. Há precisamente dez anos, quando me licenciei, estava tão longe de imaginar que um dia me pediriam para escrever outro texto para uma plaquete... E, no entanto, aqui estou. Ainda menos à vontade do que daquela primeira vez, em que me dediquei a pintar, com as palavras mais bonitas que conhecia, o sentimento de um carro inteiro. O meu, chamava-se Lei das XII cábulas. O vosso, Habeas Copus. É sempre a mesma coisa. Foge-nos sempre, por esta altura, o pensa-mento para a asneira. Mudou tudo muito pouco, afinal...

Coimbra é, a um tempo, para quem por cá passa, conselheira das horas mais amar-gas e espectadora atenta das mais doces travessuras, tal qual uma poetisa da nossa passa-gem, uma mão a embalar-nos os sonhos... Dizia-o há anos, naquele primeiro texto, e digo-o agora. Uma vez por cá passados, jamais nos esquecemos. É impossível não voltar, não revisitar, em pensamento, muitas vezes, ao longo da vida, os anos, os amigos, os amores, as aventuras deste tempo que agora, para cada um de vós, parece chegar ao fim. Decidi, depois de pensar um pouco, contar-vos, porém, uma coisa. Nada disto é um fim. Esta é só mais uma etapa, uma experiência, uma sabedoria somada. Posso garantir-vos, aliás, que levarão de Coimbra, bem mais que uma licenciatura, tesouros curiosos a que só o tempo a passar vos permitirá dar valor. As promessas que agora se fazem, não vingando todas para a vida, marcam de maneira única estes que, espero mesmo, tenham sido dos melhores anos que já viveram. São bons, vão ter saudades. Mesmo que agora vos pareça conversa fiada o que vos digo, confiem, porque vão mesmo ter saudades. É em nome delas, e das memórias boas que as hão-de compor, que me permito deixar-vos um pedido: aproveitem bem... e muito... cada pedacinho do vosso tempo aqui. Que a amizade que vos uniu para, ao fim destes anos, par-tilharem um dia tão mágico como é o dia do Vosso Cortejo da Queima das Fitas, no carro (o melhor de todos os cortejos de um estudante, na minha opinião), vos ajude a cultivar, de agora em diante, o resgatar saudável dos motivos de todas as vezes que sorriram em Coim-bra. E se, lá muito mais adiante, numa qualquer outra esquina da vida, um dia nos cru-zarmos, não se esqueçam de vir ter comigo. Quem sabe não seja, nessa hora, chegado mais um momento de vos contar o que está para vir. Que também há-de ser bom. Merecemos todos. Parabéns, meus queridos!

Ana Rita AlfaiateAssistente de Direito Penal I e II, 1.ª Turma

Coimbra, 3 de Abril de 2014

Quatro anos da vossa vida já passaram! Enquanto duraram pareceram, por certo, uma eternidade. Pois, obviamente, tiveram momentos bem difíceis, gerados pela exigência e rigor da Casa que vos acolheu e que se tornou vossa: a Faculdade de Direito de Coimbra. Mas, agora, olhando para trás, acredito que sintam que, afinal, rapidamente passaram de caloiros a doutores. Os maus momentos, de quando em vez, voltar-vos-ão à memória. No entanto, não tenho qualquer dúvida, de que saem de Coimbra com outra “Alma” e que essa permanecerá, para sempre, e em todos os momentos, convosco. A mística de Coimbra – que vos acolheu e foi por vós adoptada -, com a sua tradição e espírito acadé-mico, transforma todos os que nela estudam e vivem tantos momentos incrivelmente magníficos.Apenas quem se forma em Coimbra compreende o que digo! Por isso, certamente, estão agora a viver uma “hora” estranha, pois que é de euforia e simultaneamente de nostalgia. Assim, tomo a liberdade de vos pedir para olharem e viverem o futuro com a alegria característica dos estudantes de Coimbra e sem nunca se esquecerem: “Que ninguém estabelece normas, senão a vida…Que a vida sem certas normas perde formas… (…)Que definir-se não é remar contra a corrente… (…)Que negar palavras é abrir distâncias…(…)Que autodeterminação não é fazer as coisas sozinho…Que ninguém quer estar só…Que para não estar só há que dar…(…)Que para nos darem há também que saber pedir…Que saber pedir não é oferecer-se…(,..)Que para nos quererem devemos mostrar quem somos…(…)Que adular não é apoiar…Que adular é tão pernicioso como virar a cara…Que as coisas cara a cara são honestas…(…)Que quando não se tira prazer das coisas não se vive…(…)Que voltar não implica retroceder…Que retroceder também pode ser avançar…” (Mario Benedetti, Como fazer-te saber que ninguém estabelece normas, senão a vida).

Por fim, E …Para os alunos do Carro de Direito Habeas Copus não vai nada, nada, nada…Tudo!Mas mesmo nada, nada, nada…Tudo!!Então (…)F-R-A

Mónica Jardim(Eterna Estudante de Coimbra e Professora da F.D.U.C)

Tudo começou, quando soubemos onde tínhamos entrado: em Coimbra, na Faculdade de Di-reito da Universidade de Coimbra! Começámos, assim, uma nova etapa das nossas vidas, na mais antiga universidade do país! Quando aqui chegámos, estávamos ansiosos para saber o que eram, verdadeiramente, as praxes e as aulas num auditório com cerca de quinhentos alunos. Ansiosos, também, para folhear os primeiros códigos, despertar com o toque da Cabra, sair à noite, fazer novas amizades e viver sem os nossos pais. Queríamos experimentar, na primeira pessoa, todas aquelas histórias que ouvíamos da boca dos que aqui cursaram. Hoje, sabemos muito bem o que é tudo isto! É para nós um orgulho ser estudante (de Direito) em Coimbra, mas também um fardo difícil de transportar, o das gerações que por aqui passaram, dos “doutores”, da contestação estudantil e do “pedir a palavra”. Mas ninguém nos disse que este seria apenas um início. Que iríamos conhecer pessoas que nos marcariam para a vida, que Coimbra se transformaria numa casa dentro de casa e que começaríamos a sentir saudades, antes de partir. Aqui crescemos, aqui aprendemos a sonhar. Aqui deixamos um pouco de nós, mas levamos connosco o empenho, a dedicação e a vontade de acompanhar o constante evoluir da Justiça.Não podemos terminar esta etapa, sem primeiro agradecer às nossas famílias, os verdadeiros patrocina-dores destes quatro anos! Obrigado por nos apoiarem, por todas aquelas lições de vida, pelos conselhos, pelo vosso coração sempre aberto para nós, mesmo quando não o merecíamos. Foram vocês que nos deram as asas de que precisávamos para voar, mesmo que isso vos custasse, devido à nossa ausência, aquela distância que nos separou física, mas nunca psicologicamente, durante todo o nosso percurso académico. Agradecemos também aos nossos amigos que, mesmo à distância, conseguiram aturar-nos com as nossas histórias e, principalmente, quando estivemos num verdadeiro estado caótico, devido aos exames. Um especial obrigado às nossas madrinhas e padrinhos, tertúlias e grupos de praxe, por nos terem recebido e guiado, nesta verdadeira aventura que foi entrar na universidade. A todos aqueles que aqui conhecemos e levamos para a vida, com um grande carinho no coração, por todos os momentos únicos e inexplicáveis que passamos juntos. Aos nossos professores, que nos receberam, na Faculdade de Direito da Universidade de Coim-bra, e nos ensinaram a História e a exigência incontestável desta, tendo nós nela, hoje, uma morada do nosso saber, devido a todos os desafios que nos fizeram ultrapassar, por todas as noites mal dormidas, a ânsia antes de ver as pautas, por algumas lágrimas e muito mais que, presentemente, são os motivos que nos fazem sorrir! Fizeram de nós a chave do bom sucesso, especialmente para o futuro próximo. A nós, por todo o nosso esforço e mérito, por nunca termos desistido e por conseguirmos rea-lizar um dos nossos sonhos, uma missão cumprida que ficará sempre viva na nossa memória e fará toda a diferença nas nossas vidas. Finalmente, um grande OBRIGADO a ti, Coimbra, que, apesar de nos teres afastado de tudo aquilo de que mais gostávamos, nos acolheste de braços abertos, obrigando-nos a crescer mais e mais, to-dos os dias, transformando os meninos e meninas que aqui chegaram em Homens e Mulheres. Obrigado por nos teres ensinado o quanto significas! Obrigado por nos teres ensinado a amar-te verdadeiramente! Estarás sempre no nosso coração! És, de facto, uma lição… de sonho e tradição!

“Capa Negra usei, por Coimbra me apaixonei!”

Dos novos fitados de Direito 2014 Carro “Habeas Copus”

Novos Fitados de Direito 2010/2014

Ana Luísa Vaz Fontes Ana Mafalda Soares de Carvalho

Ana Rita Batista MeloAna Rita Pereira Tavares

Andréa Campos BrásAndreia Catarina Carrola MadeiraAndreia Sofia de Sousa Pacheco

António Manuel Gonçalves Pereira FerreiraBárbara Mónica Quintas Soares

Bruno José Vila AragãoCarolina Guerra Fernandes da Cunha Nunes

Carolina Rita Belo LucasCristina João da Costa Simões Cruz Barata

Daniela Mota PedroDavid Silva Fontoura

Diana Catarina Ribeiro MirandaEmanuel Pedro Barbeiro

Inês Leite Ferreira Andrade Joana Manuela Moreira Simões

Joana Pereira GonçalvesLúcia Cristina Simal Ribeiro

Milene Andreia da SilvaPedro Miguel Tomé Rodrigues Pires

Rui Manuel Fernandes da Silva Santos

Ana Fontes Ana Carvalho Ana Melo

Ana Tavares Andréa Brás Andreia Madeira

Andreia Pacheco António Ferreira Bárbara Soares

Bruno Aragão Carolina Nunes Carolina Lucas

Cristina Barata Daniela Pedro David Fontoura

Diana Miranda Emanuel Barbeiro Inês Andrade

Joana Simões Joana Gonçalves Lúcia Ribeiro

Milene Silva Pedro Pires Rui Santos

Ana Luísa Vaz Fontes

Ana Mafalda Soares de Carvalho

Ana Rita Batista Melo

Ana Rita Pereira Tavares

Andréa Campos Brás

Andreia Catarina Carrola Madeira

Andreia Sofia de Sousa Pacheco

António Manuel Gonçalves Pereira Ferreira

Bárbara Mónica Quintas Soares

Bruno José Vila Aragão

Carolina Guerra Fernandes da Cunha Nunes

Carolina Rita Belo Lucas

Cristina João Costa Simões Cruz Barata

Daniela Mota Pedro

David Silva Fontoura

Diana Catarina Ribeiro Miranda

Emanuel Pedro Barbeiro

Inês Leite Ferreira Andrade

Joana Manuela Moreira Simões

Joana Pereira Gonçalves

Lúcia Cristina Simal Ribeiro

Milene Andreia da Silva

Pedro Miguel Tomé Rodrigues Pires

Rui Manuel Fernandes da Silva Santos

Dedicatórias

AGRADECIMENTOS

Valsa bar, o café de sempre (Coutada)Maria José e Manuel Carrola, os melhores avós

Sr. Celso (Covilhã)Apolinário

Luís MoraisEngenheira Agrícola Salomé Carvalho (Trancoso)TabacoBeira, na pessoa de Luís Pena (Trancoso)

Auto Ramalho, BragançaChamauto, José Luís Batista

Rafa Andrade e João Manuel Delgado, os mais lindos de sempre

Pedro Ramos (Suíça)Cátia Ribeiro, a melhor irmã do mundo

À vovó Lurdes e ao Vovô Necas (Cristina Barata)Mãe da Cristina Barata pela comida fantástica

Café Pão e Doce (Almeirim)Auto Centro Pina

Exmo. Senhor Simão Cardoso, o padrinho mais fixe do mundo da Milene (Ortigosa - Leiria)

André Matos, pela imagem do nosso carroMimi&Manel – obrigada por tudo e mais alguma coisa

Plásticos FuturaMonumentais Center

Casa de Repouso Santa Vitória (Bragança)Ao Tio Leonel

O NOSSO OBRIGADO!

AOS NOSSOS PAIS