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8/17/2019 2 Reis 4.38-41 - Morte Na Panela
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Texto Bíblico: 2 Reis 4.38-41
Nesse texto nós encontramos um grupo de pessoas fazendo algo
fundamental para a manutenção da vida: comer. Nós comemos para viver
[...] alguns vivem para comer, mas esse não é o caso aqui: o texto trata de
um grupo de omens !ons, !em"intencionados, interessados em #eus e
dispostos a serem discipulados por $liseu. #iferentemente de $lias, $liseu
re%ne pessoas ao redor de si para aprenderem so!re #eus com ele.
&as ninguém é de ferro [...] #epois de oras conversando so!re
'eologia, $liseu repara que os alunos estão dispersos. ( atenção deles
tornou"se em desatenção e $liseu sa!e que eles precisam de comida para
encer o est)mago e matar a fome.
$liseu cama um moço e le diz: *+ega uma panela grande e prepara
um ensopado para a turma.- rapaz a!riu os arm/rios da despensa, e
como não acou nada, resolveu sair para o campo para procurar algumas
ervas. #epois de algum tempo de caminada e de procura, o rapaz enxergauma “trepadeira silvestre”, uma /rvore !onita, e apesar de não conecer
nada so!re aquela /rvore, resolveu encer sua mocila com os frutos
daquela /rvore para 0ogar na sopa. $sse moço era mais perito em 'eologia
do que em culin/ria e !ot1nica.
moço do profeta 0oga as “colocíntidas” na panela e depois de
algum tempo no fogão, cama seus colegas para a refeição. ( 23!lia diz
que enquanto eles comiam do cozinado, alguém 0ogou seu prato e sua
coler para longe e gritou para advertir os outros: “Morte na panela, ó
homem de Deus”. Naquele instante muitos começaram a manifestar
ind3cios de intoxicação alimentar: n/usea, v)mito, dor a!dominal, cólica...
“e não puderam mais comer” 4vs. 567.
1 89$&(N, #onald ;. 1 e 2 Reis: introdução e coment/rio. ão +aulo: , p.-?= 4érie @ultura 23!lica7
8/17/2019 2 Reis 4.38-41 - Morte Na Panela
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(quele grupo, que continuava com fome, estava assentado ao redor
de uma grande panela ceia de comida envenenada. #epois de um per3odo
!reve de reflexão, numa t3pica orientação profética at3pica, $liseu ordena:
*;oga farina na panela. #epois que a farina foi 0ogada na panela, a
recomendação de $liseu continua: *d/ para o povo comer. “E já não
havia mal nenhum na panela” 4vs. 5-7.
texto pretende mostrar a intervenção de #eus na istória umana e
o cuidado de #eus pelo seu povo, ali/s, esse é um dos principais temas que
percorrem e que estruturam os livros de - e = Aeis.
Deus dirige a a história! s livros de - e = Aeis apresentam #eus
como $NBA mais de C66 vezes. #eus é visto na istória como aquele
que governa so!re os reinos dos omens, levantando reis, destituindo reis e
controlando o desenrolar de todos os eventos. 'odo o (' apresenta #eus
como um #eus que age.=
pro!lema descrito no texto tam!ém é o pro!lema enfrentando por
nós o0e. ( ameaça descrita no texto tam!ém é a ameaça presente em nossotempo. (inda existe morte na panela [...] 'oda vez que o veneno é colocado
no lugar do pão, isto é, toda vez que o engodo e o engano religioso tomam
o lugar da verdade, podemos afirmar, sem reservas, que existe morte na
panela. ( partir do texto, vamos tratar a respeito de algumas liçDes urgentes
e oportunas para o povo de #eus na atualidade:
Tema: Morte na Panela
2 89$&(N, #onald ;. 1 e 2 Reis: introdução e coment/rio. ão +aulo: , p.=6 4érie @ultura 23!lica7
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1) Morte na panela é m problema comm
texto trata de uma situação de grande miséria na istória do povo
de #eus. Bavia fome na terra.
(quela foi uma época de grande fome na terra 4= Aeis ?.-E >.=5"F67.
povo andava inquieto. ( crise no a!astecimento era tão grande que a
ca!eça de um 0umento era vendida por ?6 ciclos de prata. u se0a, a parte
imprópria de um animal impuro, que nem Gri!oi era, custava quase - Hg de
prata.
Goi nesse cen/rio dif3cil e complexo que $liseu lecionava para os
disc3pulos dos profetas naquele primitivo semin/rio e!reu. +reocupado
com a so!revivIncia daqueles 0ovens, $liseu pediu para que seu moço
preparasse um cozido, no entanto, para engrossar a sopa, o 0ovem lançou
mão de “colocíntidas” de uma trepadeira silvestre.
( coloc3ntida é o fruto de uma videira selvagem. $ssas frutas são da
cor e do tamano de uma laran0a. eu gosto é altamente amargo e quandoingerida causa cólicas, excitação dos nervos e taquicardia.F ( coloc3ntida é
um veneno.
(quele 0ovem queria suprir sua necessidade e a dos seus colegas, no
entanto, quase os envenenou e quase su!traiu suas vidas. @orretamente
afirmou o Aev. Bernandes #ias Jopes que “o veneno mata mais rápido
ue a ome”.
Kuantos estão se envenenando na tentativa de suprir suas
necessidades mais !/sicas e existenciais.
Kuantos que !uscando sentido para vida, não envenenam a própria
alma com ensinamentos, doutrinas e pr/ticas for0adas no inferno e
estranas L 23!lia.
3 ;(&9$N, Ao!ertE G(M$', (. AE 2A8N, #avid. !ommentar" !ritical an#
$xplanator" on t%e &%ole Bible 4vol. -E aH Bar!or, 8(: Jogos Aesearc stems, 9nc.,-OOP7, =FF.
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Kuantos que !uscando satisfação para o coração não se relacionam
de maneira inadequada com parceiros e mais parceiros.
Kuantos que !uscando preencer o vazio no coração começam a
fazer uso de drogas il3citas e l3citas, !uscando a socia!ilidade que o uso
daquela su!st1ncia oferece.
Kuantos que !uscando cura, milagres ou prosperidade esperam que
#eus faça algo que $le não tem o!rigação de fazer ou que $le não dese0a
fazer, e se lançam em campanas, em sacrif3cios, imaginando que seu eu
der, #eus ter/ a o!rigação de me devolver o favor.
Kuanto veneno est/ dispon3vel por a3. (pesar da fome severa, as
coloc3ntidas encontravam"se dispon3veis.
No per3odo do livro dos Aeis, o grande veneno que ameaçava a vida
do povo era a idolatria, de modo que um dos principais propósitos do autor
dos livros de Aeis é o com!ate L idolatria, so!retudo, o com!ate ao culto a
2aal.
s cananeus, isto é, os moradores dos pa3ses vizinos a 9srael,tinam v/rios deuses. principal era 2aal. 2aal era o deus do vento e do
clima. s cananeus entendiam que era 2aal quem enviava orvalo, cuva e
neve e, consequentemente, era quem dava fertilidade para a terra. s
cananeus acreditavam que era por causa do deus 2aal que, ano após ano: a
vegetação retornava após a estiagem, as fImeas dos animais tinam
in%meras crias e as muleres davam muitos filos e filas para seus
maridos.
Na religião dos cananeus, as pessoas ofereciam d/divas a 2aal na
tentativa de conseguir seus favores e acavam que, se o agradassem, ele
tina a o!rigação de a!enço/"los. $ra um verdadeiro “toma lá, dá cá”.
(cavam que, sacrificando a 2aal, rece!eriam fartura como recompensa.
Bo0e / muitos cristãos com essa mentalidade cananeia. 'em muito
evangélico que na verdade adora a 2aal e não a ;avé. 'odo aquele que
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dese0a os !ens do pai e não o pai em si est/ perdido. No !aalismo
*evangélico contempor1neo, as pessoas pensam que, se derem o d3zimo,
se não faltarem aos cultos da igre0a, se participarem de todas as reuniDes de
oração, se fizerem isto e mais aquilo, então vão ter fam3lia sem pro!lemas,
!om emprego, sa%de de dar inve0a, casa confort/vel, carro novo na
garagem, dineiro no !anco e etc.
No entanto, o #eus da 23!lia nos promete felicidade, mas não
necessariamente prosperidade. adorador de 2aal só quer sa!er de rece!er
coisas !oas. Não admite passar por sofrimento.
$ssa mentalidade doentia tem causado grandes danos em omens e
muleres que não conseguem lidar com a esterilidade, com a doença, com a
tragédia, com as crises.
+recisamos exercer discernimento 4B! C.-57. Não podemos comer
todo alimento que se serve em nome de #eus. &orte na panela é um
pro!lema comum.
2) ' sol(o #a morte na panela é incomm
e o pro!lema da morte na panela é extremamente comum, sua
solução é incomum, mas simples. #iante daquela panela ceia de morte, o
profeta $liseu ordena: “"oguem arinha”.
Mma das propriedades da farina é que ela cupa a oleosidade
4quando nós colocamos muita farina na comida ela fica seca, não éQ7.
(lém dessa propriedade da farina, precisamos nos lem!rar de que farina
é feita de trigo.
trigo que tira a morte da panela, que alimenta a alma, que retira
todo o veneno do coração e que anula e cancela os erros e os equ3vocos do
passado é ;esus @risto. “Em verdade, em verdade vos digo# se o grão de
trigo, caindo na terra, não morrer, ica ele só$ mas, se morrer, produ%
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muito ruto” 4;oão -=.=57, é o que disse ;esus tratando a respeito de sua
própria morte e sacrif3cio.
omente ;esus e somente a ua +alavra pode remover a morte que
existe na panela.
omente o $vangelo verdadeiro pode curar o coração ferido e a
alma insatisfeita.
que é o $vangeloQ
&' ( Evangelho ) uma *oa notícia ue anuncia ue anuncia ue
omos resgatados$
+' ( Evangelho ) a *oa notícia so*re o ue "esus risto e% para
restaurar o nosso relacionamento com Deus. (lister &cRrat afirmou:
“-ue "esus morreu ) istória, ue "esus morreu por meus pecados )
Evangelho”.
No entanto, é importante considerarmos que o $vangelo tem dois
inimigos iguais e opostos. 'ertuliano, um dos pais da 9gre0a, fez a seguinte
afirmação: *(ssim como ;esus foi crucificado entre dois ladrDes, oevangelo tam!ém é sempre crucificado entre esses dois erros. $sses erros
são legalismo 4o!servação da lei7 e antinomismo 4negação da lei7.
“( legalismo airma ue, para sermos salvos, precisamos ter uma
vida santa e moralmente *oa. ( antinomismo prega, ue, como já somos
salvos, não precisamos ter uma vida santa e moralmente *oa”./
$u acredito que tem muita gente, tem muito crente, se relacionando
com #eus, ou acando que se relaciona com #eus, através da via da
religião.
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moralismo religioso opera !aseado na força e não fraqueza.
moralismo religioso usa #eus 4ou a revelação de #eus7 para não mais
precisar mais de #eus, pois se é o meu esforço que vai me salvar, eu não
preciso de #eus nessa 0ogada.
Mm mito grego pode nos a0udar aqui: trata"se do mito de +rocusto.
+rocusto se acava a %ltima !olaca do pacote. +rocusto entendia que ele
era o referencial da !eleza grega. +rocusto tina uma casa, que funcionava
como ospedaria, localizada numa movimentada estrada na Rrécia. @omo
ele era muito estético, sua ospedagem era muito limpa e arrumada. eu
dese0o era de que seus óspedes sa3ssem melor do que aviam cegado.
'odos os dias podia"se ver +rocusto assentado na varanda, dando as
!oas"vindas aos via0antes e oferecendo sua ospedagem. 'udo era muito
convidativo. Na maioria das noites, avia um ou dois óspedes. #epois do
0antar, +rocusto levava os óspedes para seus quartos.
Bavia em sua casa uma que, de acordo com ele, possu3a a
propriedade extraordin/ria de corresponder ao tamano exato de quemdormia nela. que ele não contava era como isso acontecia.
#epois que seus óspedes ca3am em sono pesado, +rocusto entrava
no quarto e completava seu serviço de ospitalidade: se a pessoa fosse
pequena para o padrão grego, ela era esticada numa roda até ocupar toda a
camaE no caso das pessoas altas, o que so!rava dos !raços e das pernas era
cortado fora. Kuer por estiramento ou por amputação, todos eram
o!rigados a se encaixar nas dimensDes da cama. +ela manã, todos os seus
óspedes tinam as medidas de um grego perfeito.
+rocusto e sua cama são o esp3rito do moralismo religioso: uma
estratégia e um esforço para encaixar qualquer um dentro de um padrão
predeterminado na expectativa de que aquela forma trar/ !eleza.C
5 +$'$AN, $ugene. ' mal#i(o #o !risto +enérico: a !analização de ;esus naespiritualidade atual. ão +aulo: &undo @ristão, =66P, p. -P="-PF.
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$u quero dizer nessa noite algo que pode li!ertar seu coração e sua
alma e deixar sua existIncia mais !ela e feliz: #eus não se relaciona com
vocI em virtude do que vocI fezE #eus se relaciona com vocI em virtude
do que ;esus fez por vocI.
$vangelo, se crermos nele de verdade, nos afasta das extremas
necessidades comuns a todos os omens:
s omens tIm a necessidade de serem constantemente respeitados,
apreciados e estimadosE
'emos a necessidade de controlar nossa vida, pois não confiamos em
#eus e em mais ninguémE
'emos necessidade de controlarmos os outros para elevarmos nossa
autoestima diminu3da.
$vangelo muda o coração.
$vangelo exorciza o orgulo, pois nos mostra que estamos tão
perdidos que ;esus teve que morrer por nósE
$vangelo exorciza o medo, pois nos mostra que nada que possamos fazer pode esgotar o amor de #eus por nós.
que retira a morte da panela é o trigo que vem do céu.
!onclso
$u gostaria de concluir essa reflexão lem!rando vocIs que a istória
da narrativa se passou em Rilgal. Rilgal era ao mesmo tempo, um lem!rete
so!re a li!ertação concedida por #eus no passado, e um sinal de vitória no
presente de!aixo da orientação de #eus.> Rilgal foi um local estratégico
para #eus dar mudar a sorte do povo de 9srael. ( 'erra +rometida foi
conquistada a partir de Rilgal.
6 / 0*!*R* 0' BB*'. =. ed. ão +aulo: P6.
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Rilgal era um lugar de decisão. Rilgal era um lugar de
transformação. Rilgal era um lugar de expectativa. Rilgal era um lugar de
esperança.
Bo0e #eus dese0a te conduzir a fé em ;esus. #isse ;esus: “Eu sou o
pão vivo ue desceu do c)u$ se algu)m dele comer, viverá eternamente$ e o
pão ue eu darei pela vida do mundo ) a minha carne” 4;oão >.C-7.
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