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PREGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
2011-2012
Equipa de Autoavaliação:
José Manuel Dias Batista
Fátima Margarida F. Amaral Andrade
Marco Roberto M. Santos (Assessor do CE)
Maria da Conceição Teixeira de Viveiros
Maria José G. Azevedo Medeiros (Coordenadora)
Simão Manuel do Rego Melo
ÍNDICE
Introdução ............................................................................................................................................ 3
1. Desempenho obtido pelos alunos/qualidade do ensino e da aprendizagem .............................. 4
1.1. Dados relativos ao corpo discente do triénio 2010-2013 ................................................... 4
1.2. Dados relativos ao corpo discente do ano letivo de 2011/2012 ........................................ 6
1.2.1. Promoção do sucesso escolar ...................................................................................... 8
1.2.2. Resultados escolares .................................................................................................... 9
1.2.2.1 Avaliação Interna .............................................................................................. 9
1.2.2.2 Avaliação Externa ........................................................................................... 14
1.2.3 Sala de Estudo ............................................................................................................ 15
1.2.4 Sala de Encaminhamento Disciplinar ........................................................................ 17
1.2.5 Atividades dinamizadas pela Escola .............................................................................. 19
1.2.6. Relação de pais/encarregados de educação e comunidade ........................................ 21
2. Apreciação ao Plano de Intervenção do Projeto Educativo da Escola 2010/2013. .................... 24
Considerações Finais .......................................................................................................................... 25
3
Introdução
A autoavaliação é um mecanismo que procura estimular a Qualidade da Escola, a partir
dos seus próprios recursos, num processo democrático, coletivo e colaborativo, que pode ter por
base um procedimento que permite a construção e a operacionalização de um sistema de
referentes. Deste modo, proporciona o envolvimento dos diversos elementos da comunidade
educativa, bem como permite assinalar um contexto e construir, fundamentando-o com os
dados, um corpo de referências relativo a um objeto ou a uma situação.
Todo o processo de autoavaliação tem de ser integrado, partilhado, reflexivo e resultar
num ato interpretativo, porque não basta reconhecer a multiplicidade de atores nem de cenários
que intervêm na escola, é necessário que todos eles se tornem colaboradores na procura de
maior eficiência e eficácia da ação pedagógica.
Neste sentido, a autoavaliação da escola deve conduzir não só a uma reflexão, mas
também à tomada de decisões em função de objetivos e de metas tendentes a uma melhoria.
O Relatório que apresentamos foca o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo de
2011/2012 e procura dar visibilidade às medidas implementadas pelos órgãos de gestão,
destacando-se os seguintes termos de análise: a participação efetiva dos pais e/ou encarregados
de educação e o sucesso escolar, avaliado através da capacidade de promoção da frequência
escolar e dos resultados do desenvolvimento das aprendizagens escolares dos alunos, em
particular dos resultados identificados através dos regimes de avaliação das aprendizagens em
vigor. Apresentamos, ainda, dados relativos ao corpo discente do triénio 2010-2013 e uma
apreciação ao Plano de Intervenção do Projeto Educativo da Escola 2010-2013.
Os dados apresentados constam das estatísticas dos resultados internos, elaboradas pelo
assessor do conselho executivo, dos resultados dos exames nacionais dos ensinos básico e
secundário de 2012, dos relatórios e/ou atas dos diferentes órgãos de gestão, de entrevistas ao
presidente do conselho executivo, dos relatórios da Sala de Estudo, da Sala de Encaminhamento
Disciplinar, de Apoios Educativos, dos relatórios das coordenadoras dos diretores de turma e do
relatório apresentado pela Mestre Fernanda Mª Silva Raposo, onde divulga as opiniões dos
docentes sobre a constituição/manutenção de turmas do ensino regular, 3º ciclo - Turmas de
Perfil.
4
1. Desempenho obtido pelos alunos/qualidade do ensino e da aprendizagem
As linhas orientadoras e os objetivos do Projeto Educativo da Escola (pp. 21-23), para o
triénio 2010/2013, apontam para uma melhoria progressiva dos resultados escolares, para a
diminuição das taxas de abandono escolar/absentismo e para a diminuição dos problemas de
indisciplina. Tendo em conta estes pressupostos, pretendemos verificar em que medida esses
objetivos estão a ser concretizados. Assim, apresentam-se as taxas de sucesso, as taxas de
abandono escolar e as taxas de retenção, bem como o número de exclusões por faltas, o número
de transferências e de anulações de matrícula. Apresentam-se, também, os dados de frequência
da Sala de Encaminhamento Disciplinar, da Sala de Estudo e os dados sobre os Apoios Educativos
de caráter sistemático, de acordo com a alínea a) do nº 1 do artigo 118º do Estatuto da Carreira
Docente da Região Autónoma dos Açores, aprovado pelo Decreto Legislativo Regional n.º
21/2007/A, de 30 de agosto, alterado e republicado pelos Decretos Legislativos Regionais n.os
4/2009/A e 11/2009/A, respetivamente de 20 de abril e de 21 de julho, dados que foram
apreciados, periodicamente, em conselho pedagógico.
1.1. Dados relativos ao corpo discente do triénio 2010-2013
2010/2011 2011/2012 2012/2013
Nº de
turmas N.º de alunos
Nº de turmas
N.º de alunos
Nº de turmas
N.º de alunos
OP1 II 3 49 3 54 3 57
OP III --- --- --- --- 3 57
PCA2 2 27 2 21 1 18
UNECA3 2 20 2 19 2 20
UNECA Ocupacional --- --- --- --- 1 6
Total 7 96 7 94 10 158
Percentagem 9,9% 10,2% 17,3%
3º Ciclo
7º Ano 6 128 6 112 6 112
8º Ano 7 144 5 107 4 75
9º Ano 8 154 7 137 6 126
Total 3º ciclo 21 426 18 356 16 313
Percentagem 43,7% 38,8% 34,2%
1 Programa Oportunidade
2 Programa Curricular Adaptado
3 Unidade Especializada com Currículo Adaptado
5
PROFIJ4 nível II - 1º Ano 4 74 3 70 3 61
PROFIJ nível II - 2º Ano 4 53 2 26 2 19
Total PROFIJ nível II 8 127 5 96 5 80
Percentagem 13,0% 10,5% 8,7%
Secundário 10º Ano 8 128 8 176 4 68
11º Ano 4 79 4 92 6 119
12º Ano 4 89 3 76 4 83
Total Secundário 16 296 15 344 14 270
Percentagem 30,4% 37,5% 29,5%
PROFIJ nível IV - 1º Ano 1 23 1 20 1 16
PROFIJ nível IV - 2º Ano --- --- 1 8 1 5
PROFIJ nível IV - 3º Ano 1 6 --- --- 1 8
Profissional 1º Ano --- --- --- --- 3 65
Total PROFIJ/Profissional 2 29 2 28 6 94
Percentagem 3,0% 3,1% 10,3%
TOTAL 106 974 92 918 98 915
Por análise aos dados apresentados, verifica-se que o número total de alunos diminuiu
cerca de 6% (59 alunos), comparando o ano letivo de 2010/2011 com o de 2012/2013. Esta
redução poderá traduzir-se numa redução de, aproximadamente, 3 turmas. Considerando que a
redução do número total de alunos não é expressiva, face à reduzida taxa de natalidade
verificada nos últimos anos, analisamos as movimentações dos alunos dentro da oferta formativa
da Escola e constatamos que:
na totalidade (PCA, OP e UNECA), o número de alunos aumentou, aproximadamente, 65%,
registando-se um aumento do número de alunos no OP e uma ligeira diminuição no PCA;
no 3º ciclo, ensino regular, há uma diminuição de 63 alunos no total, o que corresponde a
uma diminuição de cerca de 27%;
no PROFIJ nível II – 1º e 2º anos, verifica-se uma diminuição de cerca de 37%;
no ensino secundário regular, há uma diminuição de cerca de 9%; contudo, nos percursos
alternativos, cursos de PROFIJ nível IV (1º, 2º e 3º anos) e cursos profissionais (1º ano),
regista-se um aumento de 224%;
na totalidade do ensino secundário (ensino regular, PROFIJ nível IV e cursos profissionais), o
número de alunos aumentou cerca de 12%.
4 Programa Formativo de Inserção de Jovens
6
Após analisar os dados, a Equipa de Autoavaliação conclui que os alunos da Escola, face às
suas baixas expectativas e aos resultados pouco satisfatórios, têm investido em percursos
alternativos ao ensino regular para cumprir a escolaridade mínima obrigatória. Por outro lado,
constatamos que a diminuição no número total de alunos da Escola tem principal reflexo no 7º
ano do ensino básico regular. Assim, consideramos que a Escola deverá continuar a envidar
esforços para recuperar e acolher alunos, na entrada para a Escola.
De seguida, apresentam-se as taxas de retenção relativas aos anos letivos de 2009/2010,
2010/2011 e 2011/2012, para o ensino regular básico e secundário.
2009/2010 2010-2011 2011-2012
7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Taxa de retenção (em %)
30,2 11,8 11,9 39,4 21,1 18,5 41,1 25,1 27,9
Nº alunos 179 153 135 127 142 151 112 107 137
Taxa de retenção no ensino básico
2009/2010 2010-2011 2011-2012
10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano
Taxa de retenção (em %)
31,7 20,3 25,3 25,8 16,5 18 25,6 15,6 28,9
Nº alunos 142 74 87 128 79 89 176 92 76
Taxa de retenção no ensino secundário
Verifica-se, por análise aos dados apresentadas, que a taxa de retenção aumentou, de forma generalizada, no ensino básico, comparando o ano letivo de 2009/2011 com o de 2011/2012.
Assim, constata-se que as metas previstas no Projeto Educativo da Escola 2010/2013 (p.21, objetivo 8), para os resultados escolares, não foram alcançadas no ensino básico e no ensino secundário no 12º ano.
1.2. Dados relativos ao corpo discente do ano letivo de 2011/2012
Ensino Básico
3º ciclo 7º ano 8º ano 9º ano
Alunos 112 107 137
Turmas 6 5 7
Alunos com apoio 52 24 62
7
Ensino Secundário
10º ano 11º ano 12º ano
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Cursos Científico-Humanísticos
Ciências e Tecnologias 51 3 42 2 40 2
Línguas e Humanidades 44 2 21 1 28 1
Artes Visuais 15 1 9 1 - -
Cursos Tecnológicos
Informática 33 2 5 1 1 1
Desporto 33 2 15 1 7 1
Alunos com apoio 14 1 0
Programa Oportunidade
OP II OP III
Alunos 54 -
Turmas 3 -
Cursos do Programa Formativo de Inserção de Jovens
PROFIJ nível II PROFIJ nível IV
Alunos 96 28
Turmas 5 2
Alunos com apoio 7 0
Programa Curricular Adaptado
PCA
Alunos 21
Turmas 2
Educação Especial
UNECA
Alunos 19
Turmas 1
Serviço de Ação Social Escolar
Os alunos que integram a área educativa da Escola apresentam algumas carências
económicas, beneficiando de apoio dos Serviços de Ação Social Escolar. Este apoio é atribuído por
escalões e a distribuição do número de alunos por escalão apresenta-se no quadro que se segue:
8
3º CEB
Ensino secundário
Nº total de alunos
Percentagem
1º escalão 113 31 144 15,7%
2º escalão 100 46 146 15,9 %
3º escalão 89 36 125 13,6%
4º escalão 28 13 41 4,5%
Total 330 126 456 49,7%
Analisados os dados apresentados, constata-se que, em relação ao Serviço de Ação Social
Escolar, quase metade dos alunos da Escola beneficia deste serviço, sendo que,
aproximadamente, dois terços desses alunos se enquadram nos dois primeiros escalões.
Verifica-se, também, que o número de alunos com Apoio Educativo, no ensino básico, é
significativo. Contudo, após a leitura do relatório de apoios educativos, apresentado em conselho
pedagógico no final do ano letivo 2011/2012, constata-se que os Apoios Educativos são de
extrema importância para o sucesso das aprendizagens dos alunos.
1.2.1. Promoção do sucesso escolar
No relatório apresentado ao conselho pedagógico pela Mestre Fernanda Mª Silva Raposo,
no âmbito da preparação do ano letivo de 2011/2012, no que respeita à
constituição/manutenção de turmas do ensino regular, 3º ciclo - Turmas de Perfil, foi feito um
balanço dos dois anos em que foi aplicado o critério “Turmas de Perfil” (baseado nos interesses e
motivações, sentido de responsabilidade, assiduidade, disciplina e atitudes na sala de aula), de
acordo com os seguintes aspetos: os resultados obtidos em termos de aproveitamento dos
alunos; a realização da prática letiva, consecução de objetivos e cumprimento dos programas,
sendo que a maior parte dos diretores de turma se pronunciou favoravelmente em relação à
forma como têm sido constituídas as turmas. No relatório, é descrito pormenorizadamente o
processo de constituição das turmas, destacando-se a identificação dos perfis/caraterísticas, bem
como as turmas que se preveem mais problemáticas e trabalhosas, nomeadamente em termos
de disciplina e de assiduidade.
Foram constituídas duas equipas pedagógicas por cada ano, 7º, 8º e 9º. Em qualquer das
equipas dos três anos do ciclo, houve a preocupação de integrar turmas com diferente perfil.
Nos conselhos de turma/equipas pedagógicas, foram diagnosticadas as principais
dificuldades dos alunos e foram reforçadas medidas conducentes à resolução dos problemas
diagnosticados.
Foram planeadas e executadas estratégias com vista à obtenção do sucesso por ano,
turma e disciplina, nos conselhos de turma e/ou equipas pedagógicas e nos departamentos
curriculares. Perceciona-se que a maioria dos professores fez um esforço suplementar, com vista
9
à melhoria do processo de ensino aprendizagem, o que é visível, também, no índice de
participação e dinamização dos docentes de atividades de complemento curricular, planeadas e
inseridas no Plano Anual de Atividades (projetos, concursos, entre outros).
1.2.2. Resultados escolares
1.2.2.1 Avaliação Interna
A Equipa de Autoavaliação analisou os resultados escolares internos sobre a avaliação dos
alunos, no ensino regular, no ano letivo de 2011/2012, tendo por base os resultados de
2009/2010 e de 2010/2011, apresentados por esta equipa no relatório de autoavaliação de
2010/2011 (apreciado em conselho pedagógico e aprovado em assembleia de escola em maio de
2012). Desta análise, concluiu-se que os resultados demonstram a existência de um moderado
progresso nas aprendizagens, uma vez que a taxa de retenção, no ano letivo de 2009/2010, foi
superior a 25% no 7º, 10º e 12º anos. No ano letivo de 2010/2011, a taxa de retenção aumentou
de forma generalizada no ensino básico. Porém, neste mesmo ano e no ensino secundário,
verificou-se uma diminuição dessa mesma taxa.
Constata-se que, no ano letivo de 2011/2012, a taxa de retenção continuou a aumentar,
de forma generalizada, no ensino básico. Todavia, no ensino secundário, verificou-se uma ligeira
diminuição dessa mesma taxa, no 10º e 11º anos.
A nível interno, verificou-se a tomada de consciência para este facto e assistiu-se a uma
preocupação com o reforço das aprendizagens, pois o Projeto Educativo de Escola, para o triénio
2010/2013, reconhece os Resultados Escolares como um dos principais problemas a colmatar.
Assim, por um lado, identificaram-se as principais causas para o insucesso escolar, a saber:
a falta de assiduidade, a inobservância de pré-requisitos indispensáveis às aprendizagens, a falta
de hábitos de trabalho/estudo, comportamentos perturbadores que impedem o normal
desenrolar das atividades de ensino aprendizagem, bem como a falta de responsabilização dos
encarregados de educação das suas funções. Por outro, definiram-se ou redefiniram-se
estratégias que comtemplam a procura de soluções para minorar o insucesso por
disciplina/turma/ano, nomeadamente: aumento da periodicidade de momentos de avaliações
formativas/sumativas; avaliações diversificadas; atividades diferenciadas, sempre que possível;
propostas de alunos para Apoio Educativo Sistemático; propostas de alunos para apoio na Sala de
Estudo.
O tratamento estatístico dos resultados relativos ao aproveitamento do 1º, 2º e 3º
períodos foi feito, em sede própria, pelo responsável, assessor do conselho executivo, e
apresentado em conselho pedagógico em tempo oportuno.
O conselho pedagógico fez uma reflexão/apreciação dos resultados escolares, no final do
10
1º e 2º períodos, e uma apreciação global no final do ano letivo, reflexão suscitada pela análise da
estatística.
No 1º período, constata-se que o 7º ano, na generalidade das disciplinas, apresenta
resultados pouco satisfatórios, sendo a falta de assiduidade, o abandono/absentismo e os
problemas de indisciplina as principais razões justificativas apresentadas para o insucesso
verificado. Ainda relacionadas com o aluno e centradas nas disciplinas, os professores referem
outras causas para o insucesso, como a falta de pré-requisitos, a falta de interesse e motivação,
assim como a falta de empenho e estudo. No 8º ano e 9º ano, os resultados estão dentro do
expectável, contudo há alunos que apresentam os mesmos problemas apontados para o 7º ano.
No PROFIJ nível II, constata-se resultados pouco satisfatórios no 1º ano, apontando-se o
abandono/absentismo como a principal razão para o fraco aproveitamento, enquanto no 2º ano
os resultados foram minimamente satisfatórios. No ensino secundário, é salientada a turma do
curso tecnológico de Informática do 10º ano com resultados pouco satisfatórios, tendo sido
apontadas como razões justificativas a falta de hábitos de estudo/trabalho, bem como o perfil
inadequado ao curso em alguns alunos. No 2º período, verificou-se maior insucesso, de forma
generalizada, nos diferentes anos de escolaridade e nas diferentes disciplinas, tendo sido
referida, uma vez mais, a falta de assiduidade como um dos principais problemas. Foi, ainda,
referido que os alunos não aproveitam os recursos de apoio que a Escola lhes oferece, no
combate ao insucesso por disciplina, nomeadamente a Sala de Estudo, que não é minimamente
utilizada pelos alunos, e as aulas de Apoio Educativo, em que há alunos que excedem o limite de
faltas ou nunca comparecem nas aulas do referido apoio, a par com encarregados de educação
que não autorizam os seus educandos a frequentar essas aulas.
Constata-se que o conselho executivo organizou e geriu modalidades de Apoio Educativo,
em resposta às necessidades identificadas ao longo do ano letivo.
O presidente do conselho pedagógico sugeriu que todos os departamentos fizessem, em
todos os períodos, uma reflexão sobre os resultados dos alunos através da análise ao tratamento
estatístico.
Neste sentido, os departamentos procederam à análise dos resultados por
ano/turma/disciplina do 1º, 2º e 3º períodos.
Relativamente aos resultados do 1º período, no 7º ano, foi constatado que, de um modo
geral, os alunos apresentam resultados pouco satisfatórios. A falta de interesse, a falta de
assiduidade e os comportamentos inadequados foram apontados, pelos docentes das diferentes
disciplinas, como as causas para o insucesso verificado.
Foram apresentadas, em departamento, diferentes estratégias a adotar com vista à
promoção do sucesso escolar nas turmas em que os resultados não foram considerados
satisfatórios ou remeteram para as atas do conselho de turma/equipas pedagógicas onde as
justificações/estratégias para estes resultados já tinham sido devidamente apresentadas.
11
Em relação aos resultados do 2º período, constatou-se que não houve uma progressão
positiva, referindo-se o abandono/absentismo como um dos fatores que continua a condicionar
os resultados escolares. Em departamento, fez-se, ainda, o balanço das estratégias
definidas/implementadas, bem como se (re)definiram novas estratégias.
No final do ano letivo, de um modo geral, os departamentos fizeram o balanço das
estratégias implementadas, ao longo do ano letivo, por ano/turma/disciplina. Constatou-se que o
aumento do insucesso se deveu, essencialmente, a fatores de ordem extrínseca à escola,
nomeadamente a resolução de problemas de indisciplina e de assiduidade que requerem maior
intervenção e responsabilidade dos encarregados de educação no cumprimento das suas funções.
Programa Oportunidade
OP II
Transição/Conclusão 11
Retenção 30
Exclusão 2
Abandono 17
Anulou a matrícula 5
Transferência 6
Total 54
Taxa de sucesso 26,8%
“O Programa Oportunidade constitui-se como um programa específico de recuperação da
escolaridade tendo como princípio a recuperação do aluno e a respectiva reintegração no
currículo do ensino regular”, de acordo com o ponto 2 do artigo 1º da Portaria n.º 64/2011 de 22
de julho de 2011.
Verifica-se que taxa de abandono escolar foi muito elevada, 31,5%, tendo sido superior à
taxa de sucesso. Os onze alunos que Transitaram/Concluíram o OP II foram integrados no OP III,
após terem sido ponderados os interesses e as necessidades dos alunos.
Cursos do Programa Formativo de Inserção de Jovens
PROFIJ nível II
Transição/Conclusão 40
Retenção 42
Exclusão 3
Abandono 24
Anulou a matrícula 9
Transferência 2
Total 93 Número de alunos
12
PROFIJ nível II
Taxa de sucesso 48,8% Taxa de sucesso
“Os cursos inseridos no PROFIJ visam dinamizar a oferta educativa e formativa,
constituindo uma alternativa ao ensino regular. Constituem-se como um instrumento de combate
ao insucesso e ao abandono escolar (…)”, de acordo com Portaria n.º 41/2010 de 23 de abril de
2010.
No entanto, verifica-se que a taxa de abandono escolar foi muito elevada no PROFIJ nível II,
25,8%, ou seja, um quarto dos alunos inscritos abandonou a Escola e menos de metade teve
sucesso.
Ensino Básico – 3º ciclo
Nos quadros seguintes, apresenta-se o número de alunos que transitaram, que ficaram
retidos e que foram excluídos, que abandonaram e anularam a matrícula em 2011/2012, assim
como a taxa de sucesso.
7º ano 8º ano 9º ano
Transição/Conclusão 66 78 86
Retenção 46 27 38
Exclusão 0 1 5
Abandono 13 4 1
Anulou a matrícula 0 0 7
Transferência 0 1 1
Total 112 107 137 Número de alunos
7º ano 8º ano 9º ano
Taxa de sucesso 58,9% 74,3% 69,4% Taxa de sucesso
No 7º ano, verifica-se que a taxa de abandono escolar foi elevada, 11,6%, tendo diminuído
nos anos subsequentes. Assim, no 8º ano, foi de 3,8%, enquanto, no 9º ano, foi de 0,8%.
Verifica-se, também, no 7º ano, que a taxa de sucesso foi minimamente satisfatória, pelo
que se recomenda que sejam propostas, pela Escola, estratégias de intervenção no ensino básico,
nomeadamente nos 7os anos, as quais devem ser assumidas e aplicadas gradualmente.
13
É do conhecimento público que o Governo Regional define como prioritário o combate ao
insucesso escolar. O Sr. Secretário Regional, Luiz Fagundes Duarte, que falava na sessão de
abertura do I Seminário Fénix – Açores, um programa experimental destinado a combater o
insucesso escolar no 1º, 2º e 3º ciclos, destacou que não basta um bom parque escolar,
professores qualificados e alunos com boas condições de trabalho para se alcançar sucesso
escolar. Nesse sentido, salientou que já estão a ser implementadas medidas de ordem legislativa,
que darão lugar a um documento final, que será posto à discussão, visando encontrar soluções
para inverter este flagelo nas escolas açorianas. Assim, a Equipa de Autoavaliação recomenda
que, quando o documento final chegar à Escola, seja analisado com atenção, mesmo porque o Sr.
Secretário Regional afirmou: “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar as escolas
que resolvam, por iniciativa própria, empenhadamente participar neste projeto ou noutros que
possam contribuir para acabar com esta nossa chaga”.
Ensino Secundário
Nos quadros seguintes, apresenta-se o número de alunos que transitaram, que ficaram
retidos e que foram excluídos, que abandonaram e anularam a matrícula em 2011/2012, bem
como as taxas de sucesso.
Cursos Científico-Humanísticos
10º ano 11º ano 12º ano
Transição/Conclusão 76 54 47
Retenção 26 11 19
Exclusão 2 1 0
Abandono 4 0 0
Anulou a matrícula 6 4 2
Transferência 0 2 0
Total 110 72 68 Número de alunos
10º ano 11º ano 12º ano
Taxa de sucesso 74,5% 83,1% 71,2% Taxa de sucesso
Cursos Tecnológicos
10º ano 11º ano 12º ano
Transição/Conclusão 28 15 3
Retenção 19 3 3
Exclusão 3 1 0
Abandono 3 0 0
Anulou a matrícula 16 1 2
Transferência 0 0 0
Total 66 20 8 Número de alunos
14
10º ano 11º ano 12º ano
Taxa de sucesso 59,6% 83,3% 50% Taxa de sucesso
No 10º ano, nos cursos científico-humanísticos, verifica-se que taxa de abandono escolar
foi de 3,6%, tendo-se constatado que foi nula nos anos subsequentes.
No 10º ano, nos cursos tecnológicos, constata-se que a taxa de abandono escolar foi de
4,5%, tendo-se verificado que foi nula nos anos subsequentes. O número de alunos que anulou a
matrícula no 10º ano é significativo, enquanto nos anos seguintes é residual.
Constata-se, nos cursos tecnológicos, que a taxa de sucesso é minimamente satisfatória,
no 10º e 12º anos.
Cursos do Programa Formativo de Inserção de Jovens
PROFIJ nível IV
Transição/Conclusão 13
Retenção 7
Exclusão 0
Abandono 1
Anulou a matrícula 8
Transferência 0
Total 29
Taxa de sucesso 65%
Nos cursos do PROFIJ nível IV, verifica-se que o número de alunos que abandonou a escola
foi residual e a taxa de sucesso satisfatória; contudo, o número de alunos que anulou a matrícula
é significativo.
1.2.2.2 Avaliação Externa
Neste item, a análise foi feita tendo em conta a média da classificação interna final (CIF), a
média do exame na Escola, a classificação final da disciplina (CDF) e a média do exame nacional,
tendo como universo de estudo o 9º ano e o ensino secundário regular (alunos internos), na
primeira chamada.
Ensino básico
Alunos internos (Exame Nacional)
Disciplinas Média CIF Média Escola Média Nacional
Português 3,3 2,3 3,2
Matemática 2,8 2,1 3,1
15
No 9º ano, verifica-se que as médias de exame obtidas pelos alunos da Escola foram inferiores
à média nacional, nas duas disciplinas.
Ensino secundário
Alunos internos
(Exame Nacional)
Disciplina Média CIF Média Exame
Média CFD Média
Nacional
501 - Alemão Iniciação 12,3 6,1 10,7 10,2
702 - Biologia e Geologia 12,2 8,5 11,2 9,8
714 - Filosofia 12,8 7,2 11,5 8,9
715 - Física e Química A 13 7,8 11,6 8,1
719 - Geografia A 13,2 8,4 11,9 10,6
708 - Geometria Descritiva A 12,8 10,7 12,3 10,7
623 - História A 12,5 11,2 12,2 11,8
724 - História da Cult. e das Artes 12,9 11,7 12,6 10,9
734 - Literatura Portuguesa 12 8,8 11,3 10,9
635 - Matemática A 13,4 9,8 12,5 10,5
835 - Matemática Aplicada C.S. 13,7 8,2 12,3 10,6
639 - Português 12,7 10,1 12,1 10,4
No que diz respeito ao ensino secundário e comparando a média de exames da Escola com
a média nacional, houve ligeiras diferenças nas disciplinas de Física e Química A (média de escola
de 7,8, menos 0,3 valores do que a média nacional), de História A (média de escola de 11,2,
menos 0,6 valores do que a média nacional), de Português (média de escola de 10,1, menos 0,3
valores do que a média nacional). Na disciplina de Geometria Descritiva, a média de escola foi
igual à média nacional. Na disciplina de História da Cultura e das Artes, a média de escola foi
superior em 0,8 valores à da média nacional. Nas restantes disciplinas, houve diferenças
acentuadas, com desvios superiores a um valor abaixo da média nacional.
Os desvios entre a nota obtida em exame e a classificação interna final foram acentuados
na generalidade das disciplinas.
Os valores, por vezes tão díspares em algumas disciplinas, resultam do número residual de
alunos submetidos a exame, se compararmos com o total de alunos a nível nacional nas
respetivas disciplinas.
1.2.3 Sala de Estudo
A Sala de Estudo afirma-se como um espaço onde se desenvolve o programa de apoio
deste estabelecimento de ensino. É também um espaço que pretende fomentar a participação
dos alunos na vida escolar, nomeadamente através de uma ocupação construtiva dos tempos
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livres. O discente poderá estudar e realizar os seus trabalhos com possibilidade de acesso a
materiais variados e receber um apoio individual, ou em pequenos grupos, proporcionado por
professores de diferentes áreas curriculares.
A coordenadora da Sala de Estudo, à semelhança dos anos letivos anteriores, apresentou,
periodicamente, em conselho pedagógico, o relatório de coordenação, através do qual são
divulgados a frequência da Sala de Estudo por ano, turma e aluno. No final do ano letivo,
apresentou o relatório anual das atividades desenvolvidas, tendo constatado que este espaço não
foi aproveitado pelos alunos, os principais interessados.
“Apoio pontual”
Na circunstância em que o apoio é planificado e lecionado pelos docentes que lecionam
a disciplina aos alunos que dele beneficiam, estes frequentam regularmente essas sessões de
trabalho(…).
Não existe uma relação espetacular entre a frequência da Sala de Estudo por alunos do
ensino regular e as reais necessidades inventariadas (…).
Se bem que o apoio pontual não resolva as dificuldades mais profundas sentidas pelos
alunos, as quais pressupõem outros tipos de intervenção, a devido tempo planificadas pela
escola, não deixa de ser verdade que, quando se verifica uma elevada taxa de insucesso como a
que ocorreu no 7º ano, os alunos não deveriam subestimar essa modalidade de apoio oferecida
pela escola, frequentando a Sala de Estudo, lugar onde há sempre um docente atento às suas
necessidades.
In Relatório da Sala de Estudo
“Atividades educativas”
Ao longo do ano letivo, na Sala de Estudo, decorreram várias atividades educativas, das
quais se destacam a realização da “fase escolar” e dos “jogos matemáticos”. O espaço Sala de
Estudo foi, também, usado, frequentemente, para expor trabalhos realizados pelos alunos quer
no âmbito das disciplinas, quer no das atividades realizadas em clubes. Trata-se, assim, de um
conjunto de iniciativas que, dando vida à Sala de Estudo, convidam os alunos a frequentá-la.
A Equipa de Autoavaliação sugere que, em conselho pedagógico, sejam analisadas as
conclusões finais apresentadas no relatório final do ano letivo de 2011/2012 e comparadas com
as conclusões que a coordenadora deste espaço apresentar no relatório final do presente ano
letivo. A partir desta comparação, devem estabelecer-se metas para otimizar/rentabilizar o
espaço da Sala de Estudo.
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1.2.4 Sala de Encaminhamento Disciplinar
A Sala de Encaminhamento Disciplinar (SED) acompanha os alunos que recebem ordem de
saída da sala de aula, evitando-se, assim, que permaneçam no recreio sem qualquer atividade
pedagógica. Por outro lado, promove a consciência cívica nos alunos, procurando modificar
atitudes menos adequadas, através da autorreflexão e da autorresponsabilização.
A coordenadora da Sala de Encaminhamento Disciplinar, à semelhança dos anos letivos
anteriores, apresentou, periodicamente, em conselho pedagógico, o relatório de coordenação,
através do qual são divulgados os números de ocorrências por ano, turma e aluno. No final do
ano letivo, apresentou o relatório anual das atividades desenvolvidas, assim como dados
comparativos do número de ocorrências por período e anos letivos.
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013
1º Período 245 195 234 191 265
2º Período 187 142 195 149 158
3º Período 100 86 43 76 82
Total 532 423/187 472/204 416/278 505/188 Número de ocorrências/Número de alunos
Desde do ano letivo de 2008/2009, ano de criação da Sala de Encaminhamento Disciplinar,
o ano letivo de 2011/2012 foi o que registou um menor número de participações, apesar de a
diminuição não ser significativa, no entanto constata-se que foi o ano em que se registou o maior
número de alunos. Assim, no ano letivo de 2008/2009, registaram-se 532 ocorrências; no ano
letivo de 2009/2010, 423; no ano letivo de 2010/2011, 472; no ano letivo de 2011/2012, 416; no
presente ano letivo, tivemos um total de 505 ocorrências, das quais 214 se verificaram no 7º ano,
136 no 8º ano e 90 no OP.
Constata-se, pelos dados dos relatórios, que é nas turmas do ensino básico que existe uma
maior prevalência de alunos que frequentam a Sala de Encaminhamento Disciplinar. As turmas
em que se registou um maior número de primeiras ocorrências e ocorrências repetidas foram as
turmas do OP e as turmas do sétimo e do oitavo anos do ensino regular. Podemos, também,
constatar que é no primeiro período que se regista o maior número de ocorrências. Verificamos,
ainda, que no ano letivo de 2009/2010, das 423 ocorrências, 111 foram aplicadas uma única vez
sem reincidência. No entanto, 24 alunos atingiram mais de quatro ordens de saída da sala de
aula. No ano letivo de 2010/2011, das 472 ocorrências, 107 foram aplicadas uma única vez sem
reincidência e 41 alunos atingiram mais de quatro ordens de saída da sala de aula. No ano letivo
de 2010/2011, das 416 ocorrências, 193 foram aplicadas uma única vez sem reincidência;
contudo, 16 alunos atingiram mais de quatro ordens de saída da sala de aula. Podemos, assim,
concluir que as medidas disciplinares aplicadas têm surtido algum efeito, uma vez que a
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reincidência tem diminuído, apesar de o número de alunos com primeira ordem de saída da sala
de aula ter aumentado. No corrente ano letivo, as 505 ocorrências foram aplicadas a 188 alunos,
sendo 24 ocorrências aplicadas apenas a 1 aluno. Ainda relativamente ao ano letivo de
2012/2013, a idade em que se verifica maior número de ocorrências é a de 13 e 14 anos, com 137
e 175 ocorrências, respetivamente. De acordo com o estatuto do aluno, ponto 5 do Artigo 46º do
Decreto Legislativo Regional n.º 32/2011/A, há a registar que 32 alunos deveriam ter sido
encaminhados para o conselho executivo.
À semelhança da assembleia de escola, aquando da apreciação do Relatório da Sala de
Encaminhamento Disciplinar de 2011/2012, consideramos importante ressalvar e corroborar a
conclusão emanada: (…) É necessário refletir sobre a situação de sucesso/insucesso dos alunos
mais problemáticos. Deve haver uma maior responsabilização dos pais/encarregados de educação
em relação ao comportamento de desrespeito dos alunos para com os professores, colegas e
funcionários da escola. (…) A disciplina escolar possibilita o crescimento, o bem-estar e o melhor
relacionamento entre os membros da comunidade da escola e ajuda no exercício da liberdade
responsável. A assembleia de escola considerou que a resolução deste problema passaria,
necessariamente, por uma maior firmeza na aplicação das medidas disciplinares preventivas e de
intervenção previstas na Lei e nos documentos de referência da Escola, nomeadamente no
Regulamento Interno.
A este problema evidente que é a indisciplina dos alunos, o qual preocupa os docentes e
está identificado no Projeto Educativo da Escola 2010/2013 (p.19), acresce o “fraco envolvimento
dos pais no acompanhamento dos trabalhos dos filhos”, assim como o “meio socioeconómico
desfavorecido” onde a escola está inserida.
A Equipa de Autoavaliação reconhece que, para além da SED, é da maior importância o
trabalho de cada diretor de turma e do conselho executivo na aplicação de medidas disciplinares
preventivas e de integração, bem como na implicação e responsabilização dos encarregados de
educação.
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1.2.5 Atividades dinamizadas pela Escola
Ao longo do ano letivo de 2011/2012, constatou-se a existência de uma grande
diversidade de atividades disponíveis para os alunos, complementando, assim, a sua formação.
Cada aluno teve a possibilidade de participar em várias atividades extra escolares que
promoveram o seu desenvolvimento multilateral (atividades nas áreas das artes, desporto,
música, cinema, leitura, política, saúde, teatro e ambiente). Nas próprias disciplinas, existiu,
também, a possibilidade de os alunos participarem em várias visitas de estudo que
complementaram a aprendizagem dos conteúdos lecionados em contexto de sala de aula.
No âmbito das Comemorações dos vinte e cinco anos da Escola Secundária das
Laranjeiras, destaca-se o ciclo das conferências, dada a inequívoca qualidade dos palestrantes
convidados, o Suplemento VitaL, que integra a edição do jornal Açoriano Oriental, no terceiro
sábado de cada mês e, sobretudo, o espetáculo designado Versões do Mundo e de Mim que se
realizou no Teatro Micaelense, no dia dezassete de dezembro de dois mil e onze, e que contou
com a participação dos alunos desde o sétimo até ao décimo segundo anos. Assim, a Equipa de
Autoavaliação congratula a Comissão Organizadora das Comemorações dos 25 anos da Escola
Secundária das Laranjeiras.
A equipa de Saúde Escolar, como já vem sendo hábito, organizou, de forma exemplar, as
Jornadas da Adolescência, dedicadas à promoção do Otimismo, Autoestima e Bem-estar. Estas
Jornadas decorreram durante três dias, tendo a cerimónia de abertura ocorrido no dia 27 de
fevereiro de 2012 e sendo presidida pela coordenadora da respetiva equipa, Dr.ª Fátima Silva,
que fez o “Discurso de Abertura”. A seguir, fez-se a apresentação dos elementos da Comissão de
Honra presentes, assim como dos temas que iriam ser tratados ao longo das 6as Jornadas,
realçando-se a pertinência de uma permanente discussão dos problemas relacionados com a
adolescência.
Foi realizada a “Expo Saúde Jovem” que contou com uma diversidade de stands, cujo
objetivo foi o de proporcionar aos alunos experiências saudáveis, quer ao nível da alimentação,
quer ao da prática de exercício físico ou da sensibilização para outros aspetos relacionados com o
bem-estar físico, psicológico e social da pessoa. A par com as atividades que iam sendo realizadas
na “Expo Saúde Jovem”, no anfiteatro da mesma, decorreram sessões de trabalho subjacentes a
temas atuais, tais como: “Quem nos faz como somos“, “Sexualidade: afinal para que serve?”,
“Segurança”, “Alimentação Saudável”, “Bullying/Violência em meio Escolar”, “Otimismo e
Autoestima”. A Equipa de Autoavaliação elogia o trabalho desenvolvido pela equipa de Saúde
Escolar.
O Projeto Eco-Escolas foi desenvolvido com o objetivo de estimular o hábito da
participação e da adoção de comportamentos e atitudes sustentáveis no quotidiano, a nível
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pessoal, familiar e comunitário, bem como desenvolver atividades que vão ao encontro dos
problemas diagnosticados pela auditoria ambiental.
As ações desenvolvidas foram pensadas, preferencialmente, para os alunos do terceiro
ciclo, uma vez que é nestas idades que se promove, com mais eficiência, a educação para o
ambiente e se sedimentam valores de preservação do planeta Terra. O plano de intervenção
partiu de um conjunto de atividades que permitissem o desenvolvimento do pensamento crítico e
de consciência ambiental e interventiva. Foram desenvolvidas diversas atividades autónomas,
centrada nos alunos, sem se perder a essência do projeto e permitindo a multidisciplinaridade
pretendida. Assim, verifica-se uma melhoria de comportamentos/atitudes dos contribuintes da
comunidade escolar e há maior consciencialização das problemáticas ambientais. A Equipa de
Autoavaliação elogia o trabalho desenvolvido pelo Conselho Eco-Escola, coordenado pela Dra.
Fátima Maria Botelho.
A Equipa Multidisciplinar de Apoio Socioeducativo, coordenada pelo vice-presidente do
conselho executivo, Dr. Rui Gouveia, é um grupo com diferentes especializações funcionais que
trabalha para alcançar um objetivo comum.
Só através de boas práticas, multidisciplinares e interinstitucionais, ditadas pela ética da
responsabilidade e pautadas pela qualidade na resposta às necessidades individuais de cada
aluno, se poderá assegurar uma melhoria na capacidade de os cuidar e educar. Tem sido
percorrido, por esta equipa, um caminho no sentido do aperfeiçoamento dessas práticas,
mediante elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de Planos de Intervenção
Individuais.
Alguns dos projetos desenvolvidos:
Reforço da ajuda aos alunos com necessidades de apoio médico, através da colaboração
do centro de saúde de Ponta Delgada, dando continuidade ao projeto “Saúde Oral”;
Recolha e empréstimo de livros escolares;
Recolha e distribuição de roupas pelas famílias carenciadas;
Análise de candidaturas aos benefícios de Ação Social Escolar, de acordo com a alínea b)
do nº 2 do artigo 97º do DLR nº 17/2010 de 13 de abril;
Integração de alunos no “Programa de Percursos”, que se destina a alunos com
interesses divergentes dos da escola.
É, manifestamente, necessário dar uma especial importância à adequada abordagem
técnica/educativa às necessidades individuais de cada aluno, através de estratégias de
intervenção diferenciadas e integradas, em função da condição social, mas também de outras
dimensões socioculturais e psicológicas. Do mesmo modo, a intervenção deverá fazer-se,
também, ao nível da atribuição de recursos e metodologias educacionais, para garantir a eficácia
do processo de ensino/aprendizagem.
21
A Equipa de Autoavaliação louva o trabalho desenvolvido pela Equipa Multidisciplinar, no
Plano de Integração de Combate à Exclusão Social e de Apoio Socioeducativo aos alunos.
Trabalho este, por vezes, invisível aos olhos de quem vê, mas de grande visibilidade aos olhos dos
que mais precisam.
“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si,
levam um pouco de nós”
Antoine de Saint-Exupéry
1.2.6. Relação de pais/encarregados de educação e comunidade
“Escola e família - A aprendizagem torna-se mais eficaz quando estas duas instituições
trabalham em conjunto para o mesmo objetivo e têm valores comuns. O que acontece na escola
pode ser alargado e enriquecido em casa, e aquilo que se aprende em casa pode ser melhorado na
sala de aula. Há responsabilidades claras tanto para os professores como para os pais, mas às
escolas compete especificamente informar os pais sobre os progressos dos seus dos seus filhos e
ajuda-los a criarem o ambiente mais encorajador e de apoio à aprendizagem dos seus filhos.”
In A história de Serena
Promover uma relação de proximidade entre pais/encarregados de educação e Escola é
um desafio que a Escola Secundária das Laranjeiras abraça porque acredita que é da estreita
relação entre a Escola e a Família que depende o sucesso dos alunos e desta instituição educativa.
Atualmente, o Estatuto do Aluno imputa aos encarregados de educação a
responsabilidade “(…) de acompanharem ativamente a vida escolar do seu educando (…)”. A
educação é tarefa complexa e só se realiza plenamente com o envolvimento de todos os
intervenientes no processo educativo.
No sentido de promover a participação dos pais/encarregados de educação na vida
escolar dos seus educandos, o conselho executivo, no início do ano letivo, prepara uma reunião
de receção aos pais/encarregados de educação e alunos do 7º ano. Esta reunião é presidida pelo
presidente do conselho executivo e nela estão presentes os diretores de turma do 7º ano e os
professores que lecionam o referido ano. O presidente do conselho executivo dá as boas vindas
aos pais/encarregados de educação e aos alunos e apresenta-lhes os diretores de turma e os
professores. Seguidamente, os pais e os alunos dirigem-se para uma sala, com o diretor de turma,
onde lhes é entregue uma brochura (na qual consta a planta da Escola, o horário da turma,
calendário escolar, horário dos serviços, direitos e deveres dos alunos), terminando a receção
com uma visita guiada, pelo diretor de turma, à Escola.
Os encarregados de educação são convocados para uma reunião geral de
pais/encarregados de educação pelo conselho executivo, na qual são designados representantes
para o conselho pedagógico, para a assembleia de escola e para a Equipa Multidisciplinar. Nessa
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reunião, os pais e encarregados de educação são informados dos recursos que a Escola oferece
aos seus educandos, em termos de serviços especializados de apoio educativo, Sala de Estudo,
Biblioteca Escolar, Sala de Encaminhamento Disciplinar e Gabinete de Atendimento ao Aluno no
âmbito da promoção de saúde escolar. Os encarregados de educação tomam conhecimento,
ainda, dos documentos de referência da escola, designadamente o Regulamento Interno e o
Projeto Educativo, disponíveis na página da Internet da Escola.
Através dos diretores de turma, os encarregados de educação são informados dos critérios
de avaliação das diferentes disciplinas, disponíveis também na página da Internet da Escola, e
é-lhes entregue uma síntese do Regulamento Interno.
O desempenho da função de diretor de turma foi assumido com profissionalismo pelos
professores nomeados, tendo executado corretamente as tarefas administrativas descritas pela
legislação em vigor e pelo Regulamento Interno e tendo assegurado as relações da Escola com os
pais/encarregados de educação. O atendimento dos pais/encarregados de educação ocupou um
lugar relevante nas tarefas desempenhadas pelos diretores de turma, processando-se não só por
via presencial, mas também por correio e por telefone. Neste sentido, os diretores de turma
procuraram flexibilizar os seus horários de atendimento previamente definidos. Presidiram aos
conselhos de turma e procuraram realizar atividades de caráter interdisciplinar, nomeadamente
as incluídas no Plano Anual de Atividades.
(…) Os docentes a quem foi atribuído cargo de diretor de turma não se pouparam a
esforços para ultrapassar os problemas com que se depararam, fazendo-o, por vezes, à custa da
sua vida pessoal, flexibilizando o seu horário para garantir a presença do encarregado de
educação na escola, quando isso se lhes afigurava imprescindível. (…)
(…) Os contactos estabelecidos e a divulgação de informações de forma sistemática,
permitiram agilizar e estabelecer atempadamente, medidas mais adequadas ao sucesso escolar.
(…)
In relatórios das Coordenadoras dos diretores turma
Constata-se que o número de pais/encarregados de educação que acompanha os seus
educandos diminui à medida que o aluno progride de ano, assim como em turmas em que o
sucesso educativo é menos satisfatório.
(…) Verificou-se que, na generalidade, a participação dos pais e encarregados de educação
ainda é reduzida, essencialmente nos casos que se apresentam mais problemáticos (indisciplina,
assiduidade, absentismo) em que não apresentam um papel ativo e interventivo. Salienta-se que
nas turmas com bom aproveitamento e comportamento apesar de não contatarem
frequentemente a escola, por não sentirem necessidade, revelam grande preocupação e
acompanham os seus educandos. Contudo, de um modo geral, marcaram presença relevante nas
sessões agendadas no final de cada período letivo. (…)
In relatórios das Coordenadoras dos diretores turma
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(…) Constituíram, sem dúvida, formas de propiciar a presença dos pais/encarregados de
educação na escola e o seu envolvimento nas atividades não letivas dos seus educandos, as
iniciativas levadas a cabo por esta instituição escolar para distinguir os seus melhores alunos
(refira-se, a titulo de exemplo, a realizada no Teatro Micaelense para distinguir os discentes cujo
desempenho foi premiado com o Quadro de Excelência) e para comemorar o seu 25º aniversário
(vários foram os encarregados de educação dos alunos que participaram nos espetáculos
comemorativos dessa efeméride, que se realizaram no Teatro Micaelense e na Biblioteca Pública
de Ponta Delgada), a par da sessão realizada no Complexo Desportivo da escola, no final do ano,
iniciativa planificada e executada pelos docentes de Educação Física. Foram momentos marcantes
para toda a comunidade educativa e que deram a todos os pais o ensejo de aprofundarem um
sentimento de pertença à Escola Secundária das Laranjeiras. (…)
In relatório da Coordenadora dos diretores de turma do ensino secundário
(…) Acresce ainda referir a relação instituída com os membros do conselho executivo,
sempre atentos às necessidades dos diretores de turma e empenhados na resolução rápida dos
problemas com que se confrontaram. (…)
In relatórios das Coordenadoras dos diretores de turma
24
2. Apreciação ao Plano de Intervenção do Projeto Educativo da Escola 2010/2013.
O Projeto Educativo de Escola (PEE) é, por definição, um documento orientador da prática
educativa ao mesmo tempo que é expressão de identidade e de autonomia. É, sem dúvida, um
vasto documento que regulamenta e estrutura toda a atividade escolar, razão por que a Equipa
de Autoavaliação o analisou de forma a autoavaliar alguns parâmetros que nele constam.
O PEE engloba, em si, determinados objetivos e metas, traçado pela Escola, de forma a
promover o sucesso educativo. Assim sendo, nestes objetivos enquadram-se parâmetros
avaliativos relacionados com: obtenção de percentagens de sucesso educativo; avaliação de
resultados escolares com base nas avaliações finais do ano letivo; e, tudo o que se define como
prestação do serviço educativo com qualidade e com rigor.
Sendo assim, as principais metas traçadas pela Escola reportam-se a:
- promover o aumento da taxa de sucesso por ano/turma e disciplina;
- diminuir a taxa de abandono;
- diminuir a indisciplina;
- aumentar a segurança na escola.
No que diz respeito à promoção do sucesso educativo, foi efetivado, nos vários conselhos
pedagógicos ao longo do triénio, a abordagem à temática dos resultados escolares, por forma a
promover o sucesso educativo, a avaliar o serviço educativo prestado e a possibilitar alterações,
no sentido de melhorar algo que pudesse estar menos bem.
Contudo, constata-se pelos resultados escolares apresentados, por disciplina, no final dos
anos letivos de 2010/2011 e de 2011/2012, os alunos demonstram dificuldades em obter sucesso,
uma vez que apresentam percentagem de positivas inferior a 70%: no 7º ano, nas disciplinas de
Português, de Inglês, de Matemática, de Ciências Naturais e de Físico-Química; no 8º ano, nas
disciplinas de Francês, de Matemática e de Físico-Química; no 9º ano, nas disciplinas de Inglês e
de Matemática.
Verifica-se, também, um aumento generalizado da taxa de insucesso, particularmente no
ensino básico (3º ciclo).
Constata-se um aumento da taxa de abandono escolar, com maior visibilidade no
Programa de Oportunidade, no PROFIJ nível II, e no 7º ano - ensino regular.
Relativamente aos problemas de indisciplina, constata-se uma ligeira diminuição do
número de ocorrências, não significativa, desde o ano de criação da Sala de Encaminhamento
Disciplinar. No entanto, no presente, ano letivo, o número de ocorrências voltou a aumentar.
Apesar desse aumento, verifica-se que número de alunos com incumprimento dos princípios e
valores pelos quais este estabelecimento escolar se deve nortear é de, aproximadamente, o
25
mesmo ou menor.
No que concerne ao aumento de segurança na Escola - investir em mecanismos de
controlo de entradas e saídas -, verifica-se uma melhoria acentuada, após a instalação dos
referidos mecanismos, no ano letivo de 2011/2012. Todavia, Promover esforços para a
construção de uma sala de alunos no espaço exterior ao edifício das salas de aula, ainda se
encontra sem resposta, sendo de vital importância a construção de uma sala de alunos para
ajudar, também, a controlar a indisciplina na Escola. Para tanto, sustenta-se a necessidade de se
continuar a desenvolver esforços para a construção da sala de alunos no espaço exterior deste
estabelecimento de ensino, como é defendido, também, pela assembleia de escola na reunião de
28 de novembro de 2012. Assim, constata-se o óbvio: que a Escola carece de um espaço de
convívio suficiente e adequado.
Considerações Finais
Com o objetivo de proceder a uma autoavaliação de Escola e indo ao encontro das
diretrizes emanadas pela Secretaria Regional da Educação, o Relatório que acabamos de
apresentar é, sobretudo, um Relatório que serve para informar os atores educativos sobre:
o desempenho obtido pelos alunos - resultados da avaliação interna/externa;
a relação dos pais e/ou encarregados de educação e comunidade – envolvimento de
pais nas atividades escolares e na formação dos seus educandos.
Por outro lado, o Relatório pretende suscitar a discussão sobre as suas conclusões. Assim
sendo, esta Equipa de Autoavaliação almeja que este Relatório seja uma mais-valia para se
tirarem conclusões e se definirem ou redefinirem estratégias no sentido de concretizar a missão
desta comunidade educativa, plasmada no Projeto Educativo da Escola (p.18).
A leitura que se apresenta dos dados é sempre um olhar sobre uma realidade. Esta Equipa
tentou que esta análise primasse por ser objetiva e rigorosa.
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