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Significados, Limites e Possibilidades do Currículo de Matemática no
Ensino Médio no Brasil
José Carlos Oliveira Costa
IV SAPEX2010
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Considerações iniciais que justificam o estudo
“Identidade” do Ensino Médio, poucos trabalhos voltados para o currículo de
matemática no ensino médio,
crescimento recente e atual estagnação do acesso da população a esse nível de ensino
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Entre 1996 e 2002, a expansão foi de 53%,
Nº de alunos matriculados em 2002: 8.783.737
Nº de alunos matriculados em 2009: 8.337.160.
Fonte: INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2010
Nº de alunos matriculados
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10,6 milhões de jovens entre 15 e 17 anos
8,2 milhões estão na escola
4 milhões no Ensino Médio
1,8 milhão concluem o Ensino Médio
Fonte: Seminário a Crise de Audiência no Ensino Médio, 2008
Concluintes do Ensino Médio
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Cerca de 25% da população entre 15 e 19 anos não está matriculada. O Brasil segue o padrão da maioria dos países da OCDE (30 mais ricos).
Fonte:OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, 2009.
A taxa de matrícula declina gradualmente no ensino médio
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Objeto de Pesquisa
O Currículo de Matemática do jovem na faixa etária entre 15 e 18 anos, correspondente ao ensino médio no Brasil, cotejando os currículos de matemática de outros países como França, Espanha, Portugal, Inglaterra, Canadá, EUA e México.
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Objetivos1. refletir investigar, discutir e analisar
criticamente a produção curricular oficial para o Ensino Médio, procurando identificar e discutir significados, limites e possibilidades de um currículo de Matemática no Ensino Médio no Brasil que responda às necessidades objetivas socioeconômicas e culturais, bem como à subjetividade do estudante, em particular dos alunos, escolas médias
2. estudar detidamente com o intuito de um aprofundamento nas discussões sobre currículo, em particular sobre o currículo de matemática no ensino médio questionando se as mudanças propostas nos PCNEM não adotaram uma perspectiva tecnocrática.
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Hipótese
Ensino Médio no Brasil tem muitas funções, é ponto de encontro das muitas contradições do ensino brasileiro. Pode-se dizer que é um nível de ensino em permanente crise de identidade. Temos um Ensino Médio único, exceto nas escolas técnicas cujas diferenças se dão pela modalidade técnica, isto posto observa-se que todos os alunos devem ter o mesmo currículo. Não se optou por percursos diferentes como na França, Portugal, Espanha e Inglaterra, quando preparam o aluno para a continuidade dos estudos no Ensino Superior, e nem por um currículo flexível como nas comprehensive high schools, criadas no início do século XX nos EUA, onde cada escola oferece de forma diversificada, com disciplinas preparando para o superior e outras de formação profissional.
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Procedimento
A metodologia adotada nesse estudo será a da análise documental. A abordagem empreendida neste estudo constitui-se da obtenção de dados qualitativos relativos à formulação, pertinência e cumprimento de políticas educacionais vigentes.
Os documentos analisados serão as publicações no campo da educação e educação matemática, bem como, da Sociedade Brasileira de Educação Matemática e, voltados para o nível médio, os documentos elaborados por organismos oficiais da educação dos vários países observados.
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Capítulo – 1 Uma Descrição das Teorias do
Currículo
Os objetivos deste capítulo é desenvolver uma descrição do conceito de currículo articulando a noção de discurso e as conexões entre saber, identidade e poder, em uma perspectiva pós-estruturalista; revisar a noção de um currículo de enculturação matemática e, por fim passamos a resgatar o sentido de reforma educacional, bem como a perspectiva de um currículo sob a ótica processual de Gimeno Sacristán.
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Capítulo – 2 Uma Breve História do Ensino Médio
Neste capítulo o objetivo é conceituar e situar historicamente o desenvolvimento do nível de ensino, hoje denominado Ensino Médio segundo a LDB 9394/96, de modo a evidenciar as mudanças e dificuldades de ser configurada uma identidade nesse grau de escolaridade desde o início do século XX cotejando-as com Portugal, Espanha, EUA, França entre outros.
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Capítulo – 3Currículo de Matemática no Ensino Secundária:
outros tempos, outros saberes, outras práticas
Currículo de Matemática do Ensino Médio nos países Inglaterra, Canadá, EUA, França, Espanha e Portugal comparando-os com o Brasil, a partir dos currículos nacionais oficiais e/ou grandes exames de acesso ao ensino superior, com o intuito de fazer emergir os significados, limites e possibilidades
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Considerações Finais
O Trabalho é a atividade fundamental e a educação deve ser pensada no contexto das relações de trabalho, porém sem sucumbir as contingências do mercado de trabalho.
Um processo de cidadania não deve estar sob a orientação de valores advindos das forças de mercado.
A preparação para a continuidade dos estudos não deve significar um ensino de natureza propedêutica, nem tampouco despreocupar-se dos exames vestibulares de modo a introjetar a autoexclusão, sobretudo, nos alunos das escolas públicas.
A educação ainda que não seja a chave para a transformação não é simplesmente reprodutora da ideologia dominante e perpetuadora do status quo. A política é condição inerente à educação.
Continua ...
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FIM
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