30 Gl5.13-15 Concluindo Lutero A consciencia a cruz e o mundo · Martinho Lutero Tradução de...

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[…] A outra opção é a aplicação da retribuição anunciada pelo profeta (Ez 18.20).

Resumindo, cultivar qualquer expectativa além da vida sob a graça é irreal e anticristão.

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DESTAQUE DESTA SEMANA

Nº 38804 dejunho2017

PASTORAL | Pr. Misael

A ALIANÇA E A ESPERANÇA“Debaixo do sol”, neste mundo decaído, o crente não obedece a Deus perfeitamente. Sendo assim, toda vez que lemos um chamado à obediên-cia na Bíblia, pensemos no seguinte:

O homem foi chamado a obedecer perfeitamente quando habitava no Jardim do Éden (Gn 2.8, 15-17). Tal obediência era plausível, pois o co-ração humano ainda não era escravo das inclinações más. Dotado de livre arbítrio, ele podia escolher pecar e assim o fez. Desde então, a obediência perfeita a Deus continuou sendo exigida na Lei e nos Profetas, com a fina-lidade quádrupla de:

1. Sublinhar a santidade divina (o alto padrão da justiça de Deus).2. Nos convocar para a integridade diante de Deus e no mundo,

pautada por amor, verdade e bondade.3. Nos fazer humildes, conscientes de nossa finitude (incapacidade

de obedecer) e maldade (indisposição para atender).4. Apontar para Jesus Cristo, o único ser humano que jamais pecou

(nossa fonte de justiça) e o Redentor dos pecadores (nossa fonte de perdão e libertação de toda culpa).

Por causa disso, a obediência cristã é sempre pactual, ancorada e tornada possível na aliança da redenção e também escatológica, firmada na esperança de purificação futura. Isso significa que a única “perfei-ção” que podemos demonstrar ou fruir deste lado da vida é a perfeição de graça, saber que somos perfeitamente acolhidos mesmo sendo pecadores, unicamente por causa da pessoa e obra de Jesus Cristo. A outra opção é a aplicação da retribuição anunciada pelo profeta (Ez 18.20).

Resumindo, cultivar qualquer expectativa além da vida sob a graça é irreal e anticristão.

Manhã: “Concluindo Lutero: A consciência, a cruz e o mundo””

Noite: “Glória Somente a Deus”

Reforma500 anos

Martinho Lutero

www.editorasinodal.com.br

A Teologia da Cruz A Consciência Cristã

A Vida Cristã no Mundo

A teologia da cruz

Disputa de Heidelberg26/04/1518

Ruptura com aTeologia Medieval

Debate contra a teologia escolástica]

(4/9/1517)

[Disputa de Heidelberg]

(1/5/1518)

95 Teses — Debate por uma declaração acerca do valor das indulgências] (31/10/1517)

Alguns embates

Uma base bíblica fundamental Êxodo 33.18-23; Isaías 45.15;

João 14.8-9; 1Coríntios 1.18-25; 2.1-16:Hebreus 12.2-3

19. Aquele que observa as coisas invisíveis de Deus, compreendidas por

intermédio das coisas criadas, não merece ser chamado de teólogo

20. Mas aquele que compreende as partes visíveis posteriores de Deus, observadas no sofrimento e na cruz,

merece ser chamado de teólogo

Martinho Lutero

Tradução de McGrath, p. 202

28 teses teológicas e 12 teses filosóficas

19. Aquele que observa as coisas invisíveis de Deus, compreendidas por intermédio das coisas criadas,

não merece ser chamado de teólogo

20. Mas aquele que compreende as partes visíveis posteriores de Deus, observadas no sofrimento e

na cruz, merece ser chamado de teólogo

Teologia Medieval — A cogitação dos mistérios de Deus pela Razão e Filosofia | Teologia da Glória

Deus é visível apenas em parte (posteriora Deus) no sofrimento e na cruz | Teologia da Cruz

O teólogo da glória observa o que foi compreendido. Um teólogo da cruz compreende

o que foi visto (conspecta intelligit)

McGrath, p. 204-206

O racional — aquilo com que a mente humana sabe lidar

Deus crucificado e oculto — o que percebido e vivenciado por fé

McGrath, p. 207

Agostinho

O Cristo crucificado deve ser visto com os “olhos do coração”

A contemplação da paixão de Cristo é vista como fonte da verdadeira

compreensão da natureza das coisas

A cruz […] é o fundamento e critério de uma teologia autenticamente cristã, que esclarece como o crente deve existir nas

sombras de um mundo de pecado e dúvida e que desafia as preconcepções humanas naturais daquilo que Deus é e

de como deveria agir

Alister McGrath

Op. cit., p. 207

A theologia crucis se contrapõe a qualquer noção de teologia como

especulação intelectual ou a qualquer tentativa de entender cognitivamente as coisas. Ela reconhece a fragilidade e

esquivez essencial de nosso conhecimento de Deus [Lutero se recusa

a lidar com Deus como se este fosse um objeto de especulação — uma coisa]

Alister McGrath

Op. cit., p. 207-208

Quem quiser filosofar sem perigo em Aristóteles precisa antes tornar-se bem

tolo em Cristo (Da Filosofia, 29)

Martinho Lutero

Obras, v. 1, p. 39

Alister McGrath

Op. cit., p. 208-209

Teorias da expiação

Abordagem do impacto ético e

espiritual da cruz sobre o crente

Abordagem cognitiva

Abordagem afetiva, do coração

1. A teologia bíblica se contrapõe à especulação

2. A revelação de Deus é indireta e oculta

3. A autorrevelação de Deus deve ser buscada primeiramente nos sofrimentos e na cruz de Cristo

4. O conhecimento de Deus é uma questão de fé

5. Deus é conhecido principalmente pelo sofrimento

McGrath, p. 210-213

Obras, v. 1, p. 37

O conhecimento teológico só se encontra na humildade

A verdadeira teologia não reconhece Deus em seu poder, mas no sofrimento e na

fraqueza, no Cristo crucificado

Deus salva o pecador condenado, não o justo. Deus não pode ser encontrado no ser humano, mas apenas na cruz de seu Filho

Tão somente a Teologia da Cruz vê a realidade e diz as coisas como elas são (tese 21); qualquer outra sabedoria “se envaidece, fica cega e endurecida por completo” (teses 22)

A fé em Cristo […] cria a justiça de Deus (tese 25). A lei aponta para um futuro sem perspectivas, a fé vive daquilo que já aconteceu em Cristo (tese 26)

Nossas obras já não são nossas, mas é Cristo quem opera sua obra em nós e por nosso intermédio (teses 27). O amor de Deus não acha, mas cria aquilo que lhe agrada (tese 28)

O sofrimento e a tentação [anfechtung, tentação, ataque, pavor, desespero, sensação de perdição, agressão e ansiedade, Timothy

George, p. 62] são considerados meios pelos quais Deus derruba os obstáculos do orgulho

e da ignorância que impedem as pessoas de discernir a presença e o propósito divinos

(McGrath, p. 213)

Consciência:Da Liberdade Cristã

13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos

outros, pelo amor. 14 Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu

próximo como a ti mesmo. 15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não

sejais mutuamente destruídos (Gl 5.13-15)

“Um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está

sujeito a ninguém

Um cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos”

Martinho Lutero

— Da Liberdade Cristã, 1, p. 9

A vida cristã no mundo

Beruf, vocação — sacerdócio na igreja e no mundo Escritos sobre o Estado Cristão

Doutrina antirrevolucionária (contra os entusiastas)

Foco mais existencial-psicológico A proposição política-governamental-social-econômica chega depois, com o Calvinismo

“Lutero a tomou [a comunhão direta com Deus] por seu lado subjetivo, antropológico, e não por seu lado

objetivo, cosmológico. […] O Luteranismo restringiu-se a um caráter

exclusivamente eclesiástico e teológico […]. Por isso, em lugar algum o Luteranismo é citado como o criador

de uma forma peculiar de vida” — Abraham Kuyper, Calvinismo, p. 31 —

Abraham Kuyper

Lutero ———— > Luteranismo (Melanchton)

Gratidão a Deus por Martinho Lutero (Rm 13.7)

Considerações finais

A teologia de nossa igreja é a Teologia da Cruz

Não à teologia da prosperidade e saúde plenas aqui

Não ao misticismo antiteológico

Não à teologia da glória

A teologia não centrada na cruz

A teologia autocentrada — teologia pela teologia (fé deformada, debates vãos; cf. 1Tm 6.20-21; 2Tm 2.14, 22-23)

O discipulado de nossa igreja é o discipulado da cruz

Autonegação, tomar a cruz e seguir Jesus (Mc 8.34-36)

A santidade de nossa igreja é a santidade da cruz(Gl 2.19-20)

Cruz aplicada para aperfeiçoamento

Cruz aplicada para humilhação, perdão, purificação e restauração (Ez 16.62-63; 1Tm 1.14-15; 1Jo 1.8-9)

O governo de nossa igreja é o governo da cruz(Mc 10.42-45)

A gestão financeira desta igreja é a mordomia da cruz (2Co 8.9; Fp 4.14-17)

A comunhão de nossa igreja é a comunhão da cruz(Mt 18.21-22; Rm 15.7; Ef 5.1-2)

Toda esperança de nossa igreja é a esperança da cruz (Gl 6.14)

— Hino Perto da Cruz, NC nº 107

“Quero estar ao pé da cruz […]Sim, na cruz sempre me glorio

E, por fim, descansarei salvo, além do rio”

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