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Essa pesquisa buscou avaliar as condições de acessibilidade espacial das edificações e de três percursos no campus da UFSC, destacando as mudanças ocorridas nos últimos cinco anos (2004/2009).
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Acessibilidade Espacial no Campus da UFSC:
Revisitando o passado e avaliando o presente para projetar o futuro.
lvaro Toubes PrataReitor
Dbora Peres MenezesPr-Reitora de Pesquisa e Extenso
Edison da RosaDiretor do Centro Tecnolgico
Snia AfonsoChefe de Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Lino Fernando Bragana PeresCoordenao do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Grupo PET - Arquitetura e UrbanismoOrientadora
Vera Helena Moro Bins Ely, Dr. Eng.Bolsistas
Sofia Arrias BittencourtAnamaria Pereira Rego Teixeira dos Santos
Daniel Medeiros Ghizi
Programa de Ps-Graduao: Projeto e Ambiente ConstrudoBolsista CAPES
Roberta Bertoletti
2010 - Grupo PETArquitetura e UrbanismoUniversidade Federal de Santa Catarina
5Vera Helena Moro Bins Ely (2004-2010)Roberta Bertoletti (2010)
Sofia Arrias Bittencourt (2010)Anamaria Pereira Rego Teixeira dos Santos (2004)
Daniel Medeiros Ghizi (2004)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINADepartamento de Arquitetura e Urbanismo
Grupo PET/ARQ/SESu
Florianpolis, Dezembro de 2010
Acessibilidade Espacial no Campus da UFSC
Coordenao e Textos:Vera Helena Moro BIns Ely
Textos:Roberta Bertoletti
Sofia Arrias BittencourtAnamaria Pereira Rego Teixeira dos Santos
Daniel Medeiros Ghizi
Edio:Roberta Bertoletti
Sofia Arrias Bittencourt
Capa:Sofia Arrias Bittencourt
Editora:
Grfica:
IMPRESSO NO BRASIL
6
Sumrio
Captulo 1 Introduo 9
1.1JustificativaeRelevncia 1.2Objetivosdapesquisa 1.3 Caracterizao do objeto de estudo 1.4 Mtodos e tcnicas 1.5 Estrutura da pesquisa
Captulo 2 - Fundamentao terica 19
2.1 Da Segregao incluso 2.2DeficinciaseRestries 2.3Compreensodasdiferentesdeficincias 2.4 Acessibilidade Espacial 2.4.1 Componentes da Acessibilidade 2.4.2 Barreiras 2.5 Sistema de Orientabilidade
Captulo 3 Mtodos 39
3.1 Antropovia 3.2 Levantamento Fsico Espacial 3.3 Entrevistas 3.4 Passeios acompanhados
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Capitulo 4 Resultados 55
4.1 Antropovia 4.2 Levantamento Fsico Espacial 4.2.1 Percursos 4.2.2Edificaes 4.3 Entrevistas 4.4 Passeios acompanhados
Captulo 5 Concluso 157
RefernciasBibliogrficas 161
Apndice 165Tabela de Antropovia
Anexos 173ArtigoseResumos
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IntroduoCaptulo 1
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1.1JustificativaeRelevncia
Apesar da existncia de leis que garantam o direito educao para todasaspessoas,semnenhumaformadediscriminao,ainclusodepessoascomdefi-cinciasnoensinouniversitrioaindalentaecolocamuitosdesafios.Entreesses,podemoscitaranecessidadedemudanasfsico-espaciaisquepossibilitemoplenoacessoaosespaosabertosesedificaesemcampiuniversitrios.
Oamploacessoaoespaoconstrudodependedascondiesdeacessibilidadeespacial.Dischinger,BinsElyePiardi(2009)conceituamumespaoabertoouedifi-cadocomoacessvelquandosuascaractersticaspermitem:
Fcilcompreensodesuaspartespelousurio,possibilitandoorientao espacial; Oirevir,ouseja,umdeslocamento seguro e confortvel; Acomunicao entre os usurios; Aparticipaodousurio em todas as atividadesqueali ocorrem, fa-zendo uso dos equipamentos e mobilirio
EstadefiniopermitedestacarosquatrocomponentesdaAcessibilidadeEspa-cial, grifados em itlico.
Logo,seconsiderarmosquetodasasatividadeshumanasocorremnosambien-tes, o conceito de acessibilidade espacial est relacionado tanto com a incluso social _poissenohacesso,nohparticipao_quantocomoexercciodacidadania.,portantofundamentaldotaroespaoconstrudodecaractersticasquepossibilitempleno acesso de forma independente de todos os usurios, sejam quais forem suas habilidadesoudeficincias.
Noanode2004,o grupoPET/ARQ realizouumaavaliaodas condiesdeacessibilidade espacial no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
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1.2Objetivosdapesquisa
1.2.1 ObjetivoGeral
Avaliarascondiesdeacessibilidadeespacialdasedificaesedetrspercur-sos no campusdaUFSC,destacandoasmudanasocorridasnosltimoscincoanos(2004/2009).
1.2.2 ObjetivosEspecficos
Compreenderasmodificaesrealizadasnaslegislaesvigentes,ecomoafe-tam a avaliao da acessibilidade espacial; Compreendersehouvealteraonoprocessode inclusodepessoascomdeficinciasnaUniversidadeFederaldeSantaCatarina;
focada no deslocamento, j que naquele momento entendia-se que para ocorrer a acessibilidade plena este era o fator indispensvel junto ao sistema de orientabilidade (descritodetalhadamentenocaptulo2).Foramdefinidos,comoobjetodesteestudo,trspercursosdegrandecirculaounindoasedificaesdemaiorusodacomuni-dadeacadmica,taiscomoareitoria,abiblioteca,ocentrodeconvivnciaecentrodeeventos.Almdisso,foramavaliadas50edificaes(consideradasmaisimportantesdevido ao seu uso), resultando em um mapa da situao real do campus em 2004, segundoalgunsparmetrosdeacessibilidade.
Transcorrido um perodo de cinco anos, desde a concluso da pesquisa, obser-vou-seanecessidadedeumareavaliaodosmesmospercursoseedificaes.Issosedevetantoarealizaodereformasouinserodenovasconstrues,quantodaexistnciadenovosparmetrosdaacessibilidadeestabelecidosemlegislaesmaisrecentes, como a Lei n 10.098/2000 voltada acessibilidade espacial que foi regu-lamentada pelo Decreto n 5.296/2004 e a Norma Brasileira de acessibilidade ABNT NBR 9050/2004.
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1.3 Caracterizao do objeto de estudo
A Universidade de Santa Catarina foi criada em 1960 re-unindo as Faculdades de Direito, Medicina, Farmcia, Odonto-logia, Filosofia, Cincias Econmicas, Servio Social e Escola deEngenhariaIndustrial,sendooficialmentecriadaem12demarode 1962. Posteriormente, iniciava-se a construo do campus na ex-fazenda modelo Assis Brasil, localizada no Bairro da Trindade, doada Unio pelo Governo do Estado (Lei 2.664, de 20 de ja-neiro de 1961).
A UFSC possui 57 Departamentos e 2 Coordenadorias Es-peciais, os quais integram 11 Unidades Universitrias. So ofe-recidos39CursosdeGraduaocom52Habilitaesnosquaisesto matriculados 38.323 alunos. Oferece ainda, 26 cursos de Doutorado,104cursosdeMestradoe88Especializaes.
Atualmente, o campusuniversitriodispedeumainfra-es-trutura que permite funcionar como uma cidade qualquer. Alm de uma Prefeitura responsvel pela administrao do campus, h rgos de prestao de servios, cultura e lazer, tais como: hos-pital,grfica,biblioteca,creches,centroolmpico,editora,bareserestaurantes,teatroexperimental,hortobotnico,museu,readelazereumCentrodeConvivncia(comagnciabancria,ser-viodecorreioetelgrafo,auditrio,bar,restaurante,salesde
Figura 1 - Entrada pelo bairro
Pantanal
Figura 2 - Praa da Reitoria
Compararosresultadosencontradoscomosdetectadoshcincoanos; Traarumpanoramadasmelhoriasrealizadas; Promoveradisseminaodecontedocientficoparaacomunidade,univer-sitria ou no, atravs de diferentes meios de publicao.
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Figura 3 - Mapa do campus universitrio Trindade UFSC
Font
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ipe.
beleza,salademeiosecooperativadelivrosedematerialescolar).
Numa rea de 1.020.769 metros quadrados, o campus da UFSC apresenta 274.523metrosquadradosdereaconstrudaemedificaesdocampus e est cir-cundado por cinco bairros, como mostra o mapa abaixo.
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1.4 Mtodos e tcnicas
Paraavaliarascondiesdeacessibilidadeespacialnocampus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi desenvolvida uma avaliao ps-ocupao (APO) quesegundoOrnstein(1992),ummeioapartirdoqualsepodemconheceraquelasvariveisprioritriasemcadaestudodecasoesedefinircritriosparagerirocon-trole de qualidade do ambiente construdo.
Foramutilizadosquatrodiferentesmtodosnarealizaodapesquisa.Aen-trevistafoiutilizadaparainvestigarcomotratadaainclusonoensinosuperiornaUniversidadeFederaldeSantaCatarina.Osoutrostrsmtodosforamutilizadosnaavaliaodospercursoseedificaesdocampus.
No quadro abaixo, observam-se os dois diferentes momentos da pesquisa (2004/2009) e como se desenvolveram.Em 2004 os mtodos avaliam a acessibilidade segundo um nico componente o deslocamento. J no ano de 2009, avaliam a aces-sibilidade conforme 3 dos 4 componentes da acessibilidade: orientao, deslocamen-to e uso.
Tabela 1-Tabelaexplicativadosmtodosutilizados
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Em seguida cada um dos mtodos so, brevemente, descritos:
Antropovia
OmtododaAntropovia,propostoporBaptista(2003),abordaatemticadaAcessibilidade, visando a adequao das estruturas de circulao para seus usurios. Partedeumaabordagemergonmica,ondeamobilidadeanalisadacomoumaativi-dade de deslocamento realizada por um ser humano, com suas habilidades e limi-taesfsicas,oqualatuasobreumambienteconstrudoesoba influnciadeumcenrio j existente.
Estemtodo, utilizado na pesquisa em2004, apresenta limitaes quanto anlise completa da acessibilidade espacial, j que atende somente ao deslocamento, noconsiderandoquestesimportantescomoacessoinformao,usodeequipa-mentoseparticipaonasatividades.Poressarazo,nofoiutilizadonaavaliaode2009.
Levantamento Fsico Espacial
Foramrealizadoslevantamentosfsicosespaciais(2004/2009)nostrspercur-sosdefinidosanteriormente(A,BeC)subdivididosemtrechos(comoporexemplo:A1, A2, A3). Em seguida, foi impresso o mapa do campus com os percursos para ser feitaaleituradolugarapartirdaobservao,defotografiasedeanotaes,comoauxlio de uma prancheta.
Paraaavaliaodospercursosem2004foramutilizadososparmetrosnorma-tivosdaNBR9050/1999enoanode2009aatualNBR9050/2004.
Quantosedificaes,paraavaliarascondiesdeacessibilidadeforamsele-cionados50edifcios,consideradoscentrosdeinteresseequerecebemmaiorfluxo
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Passeio Acompanhado
O mtodo dos Passeios Acompanhados, desenvolvido por Dischinger (2000), buscaumapercepodoespaomaisprximadousurioapartirdesituaesreaisdeusodosmesmos,comintuitodeavaliarsuascondiesdeacessibilidadeespacial.
Os passeios acompanhados, em 2004, foram realizados, durante o dia, com dois acadmicos:umparaplgico,queselocomoveemumacadeiraderodaseoutrocego.Ambosutilizavam,diariamente,asedificaesecaminhosdocampus.
Para complementar os passeios acompanhados realizados em 2004, optou-se por realizar em 2009 um passeio acompanhado, noite, com uma estudante que possuiumadeficinciaparcialvisual (baixaviso),paraanalisara interfernciadascondiesdeiluminaodocampus.
Entrevistas Semi Estruturadas
Foram efetuadas entrevistas (2004/2009) com alguns rgos da UFSC, respon-sveis pela admisso e administrao dos estudantes na universidade, para saber comoainstituiovemtratandoasquestesdainclusonoensino.
Emseguida, foramrealizadasentrevistas comalunosdeficientes (2004)paraconhecerosproblemasqueenfrentamnoseudia-a-dia.Eporfim,paraaprofundarosconhecimentossobreasdificuldadesepotencialidadesespecficasdestesalunos,foram realizadas entrevistas com professores.
de pessoas, diariamente, no campus. Para realizaoda avaliao foramutilizadostambmatcnicadafotografiaeanotaes.
Oscritriosparaavaliaodospercursoseedificaesencontram-sedescritosno captulo 3.
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Este caderno est estruturado em cinco captulos, organizando de maneira lin-ear e seqencial as etapas de realizao da pesquisa.
O primeiro captulo a Introduo,ondeficamdefinidososobjetivoseasrazespara a execuo da pesquisa, assim como a maneira como foi executada e uma breve descriodosprocedimentosmetodolgicosutilizados.
Emseguida,nocaptulo2deFundamentaoTerica, soexemplificadososconceitos nos quais a pesquisa foi baseada.
No captulo 3, Mtodos, instrumentos so descritos mais detalhadamente, mostrando o que foi realizado no ano de 2004 e o que foi realizado em 2009.
No captulo 4, Resultados,encontram-seosresultadosencontradosapartirdaaplicaodosmtodos,anteriormentedescritos. Aquisoanalisadasascondiesde acessibilidade no campus, mostrando melhorias e mudanas ocorridas de maneira positivaounegativanodecorrerdecincoanos(2004/2009).
A Concluso, captulo 5, apresenta a avaliao global dos procedimentos e re-sultados,assimcomosugestesparapesquisasfuturas.
Porfim,apresentam-seasRefernciasBibliogrficasutilizadasnodesenvolvim-ento da pesquisa e os Anexos produzidos.
1.5 Estrutura da pesquisa
As entrevistas (2004/2009) foram, previamente, agendadas por telefone de acordo com a disponibilidade de dias e horrios dos entrevistados.
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Fundamentao Terica
Nestecaptuloapresentadoumbrevehistricosobreadeficincia,descreven-do as diversas conquistas ao longo dos anos. Explica-se a diferena entre os conceitos de deficinciaerestrioeapresenta-seumaclassificaodasdiferentesdeficincias. Logoaps,conceitua-seacessibilidadeespacial,definindoosquatrocomponen-tes.Humestudoespecficosobreorientabilidade:esseenfoquedeve-seimportnciadaorientaoparaumaefetivaacessibilidadeeacomplexidadedasquestesenvolvi-das. Caberessaltarque,porsetratardeumapesquisacomparativa,afundamentaoterica do estudo realizado anteriormente (2004) foi atualizada e inserida neste cap-tulo.
Captulo 2
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Adeficinciafoiconsideradaumestadodecartermetafsicodurantemuitossculos.Acreditava-sequepessoascomdeficinciaerampossudasetratadascomosefossemaprpriapersonificaodomal,merecedorasdecastigoseatmorte.
Comoavanodamedicina,passou-seacreradeficinciacomosendoumapa-tologia,atentoincurvel.Poroitosculosvigorouumapoltica,chamadadePara-digmadaInstitucionalizao,naqualestaspessoaseramexcludasdocontatocomasociedadee internadasemestabelecimentosquetinhamafunodecuid-laseproteg-las.
Este Paradigma permaneceu at a dcada de 50, do sculo XX. As Grandes Guerras Mundiais serviram para impulsionar movimentos sociais intensos no mundo ocidental.Milhares depessoasmutiladas emuita pobrezamarcarameste perodoconturbadodahistriadaIdadeContempornea.Talfatofezcomqueospasesinte-grantesdasOrganizaesdasNaesUnidas,emAssembliaGeral(1948),elaboras-sem a Declarao Universal dos Direitos Humanos. Este documento, que norteia at hojeosmovimentosdedefiniodepolticaspblicasdessespases,estabeleceque:todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados derazoedeconscincia,devemagirunsparacomosoutrosemespritodefraterni-dade.
Fundamenta-se no reconhecimento da dignidade de todas as pessoas e na uni-versalidade e indivisibilidade desses direitos; universalidade, porque a condio de pessoarequisitonicoparaatitularidadededireitoseindivisibilidade,porqueosdireitoscivisepolticossoconjugadosaosdireitoseconmicos,sociaiseculturais.
Dasegregaototaldaspessoascomdeficincia,passou-seabuscarsuainte-graosocialapartirdosanos60e70.Nesteperodoprops-seareabilitaodestaspessoas,utilizando-sederecursosquepudessemcapacit-lasparaavidanoespao
2.1 Da segregao incluso
21
comumdasociedade.Apartirdosanos80surgeminovaestcnico-cientficasqueelevaram o nvel da qualidade de vida da humanidade. Foi um perodo em que bar-reirasgeogrficasforamquebradas,sendopelasfacilidadesdecomunicaovirtualou mesmo pela televiso, evidenciando cada vez mais a diversidade entre os povos.
Nosanos90passou-seavalorizarestasdiversidadescomocaractersticascon-stituintesdasdiferentessociedadesedapopulao,emumamesmasociedade.luz da defesa dos direitos humanos a diversidade enriquece e humaniza a sociedade, desde que reconhecida e respeitada. Comeou-se, ento, a perceber a necessidade de se criar espaos organizados para atender s mais diversas pessoas, inclusive aquelas com necessidades educacionais especiais.
Nosanosseguintes,seguiram-sediscussessobrecomoinseriraspessoascomdeficinciaemtodososmbitosdeconvvio.Coincidecomautilizaodotermoin-cluso referindo-se insero de pessoas que estariam excludas por qualquer mo-tivo(FVERO,2004,p.37).[...]paradeixardeexcluir,ainclusoexigequeoPoderPblicoeasociedadeemgeralofereamascondiesnecessriasparatodos.(p.38).
NoBrasil, apesardeainda incipiente,a inclusocomeapelaprpriaConstituioFederal que adota o princpio de igualdade como ponto fundamental de uma socie-dadedemocrticaejusta,quandodetermina,emseuArt.5,que:todossoiguaisperantealei...Garantindo-seaunidadesdeensinonosnveisprimrio,secundrioesuperiorparaascrianas,osjovenseosadultoscomdeficincias,emambientesintegrados.Devemassegurarqueaeducaodaspessoascomdeficinciasconstituauma parte integrante do sistema de ensino.
OBrasilsempreparticipoudasdiscussesmundiaissobreeducaoeinclusosocial.AssinandodeclaraescomoadeJomtien(1990),Salamanca(1994),Guate-mala (1999) e Kochi (2003) e o pas assumiu o compromisso de erradicar o analfabe-tismo,universalizaroensinonopas,transformarosistemadeeducaoemsistemaseducacionaisinclusivos,acabarcomadiscriminaofrentespessoascomdeficin-
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1A lei n 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critrios bsicos para apromoodaacessibilidadedaspessoasportadorasdedeficinciaoucommobilidaderedu-
zida, mediante a supresso de barreiras e obstculos nas vias e espaos pblicos, no mobilirio urbano,construoereformadeedifciosenosmeiosdetransporteedecomunicao.
2EstaNormaestabelececritrioseparmetrostcnicosaseremobservadosquandodoprojeto,construo,instalaoeadaptaodeedificaes,mobilirio,espaoseequipamentosurbanos
scondiesdeacessibilidade.
cia, dentre outras.
Para o cumprimento das propostas elencadas acima, foi criada a Lei n 10.0981 quedefinecomoumapessoacomdeficinciaoumobilidade reduzidaaquelaque,temporria ou permanentemente, tem limitado sua capacidade de relacionar-se com omeio e deutiliz-lo. Esta lei foi regulamentadapeloDecreton 5.296, de 02deDezembrode2004,queestipulaumprazode30meses,apartirdesuapublicao,paraapromoodeadaptaes,eliminaesesupressesdebarreirasarquitetnicasexistentesnosedifciosdeusopblico.Arealizaodestasadaptaesdeveserfeitade acordo com a norma NBR 9050:2004, que descreve as diretrizes bsicas de projeto para a acessibilidade espacial
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2.2DeficinciaeRestrio
Deficinciaerestriosotermosqueestointerligados.SegundoaOrganiza-oMundialdeSade(WHO,2004),deficinciaumadisfunofisiolgicadoindi-vduo.Restrioo resultadodarelaoentreascaractersticasdoambienteeascondiesdoindivduo.
Porexemplo,umacriana,semqualquerdeficincia,sofreuma restrio quanto ao uso do ambiente se no consegue alcan-ar um objeto desejado em uma estante (Figura 4). J uma pessoa comdeficinciafsico-motora,queutilizacadeirade rodas,nosofrequalquerrestrioparasubirao2pavimentodeumedif-cio se houver um elevador ou rampas disponveis (Figura 5).
SegundoaNBR9050/2004,deficinciaumareduo,lim-itaoouinexistnciadascondiesdepercepodascaracter-sticasdoambienteoudemobilidadeedeutilizaodeedifica-es,espao,mobilirio,equipamentourbanoeelementos,emcarter temporrio ou permanente. Caracteriza pessoa com mo-bilidade reduzida da mesma forma que a Lei n 10.098, estando inclusasnestegrupoaspessoascomdeficincia,idosas,obesas,gestantes entre outros.
O interessante, para arquitetos e urbanistas, saber como se apresentam e quaissoexatamenteosproblemasdeordemfsica,sensorialoucognitivaparafa-cilitar aparticipaodo indivduonodesenvolvimentodeatividades,minimizandorestries.
Figura 5 -Edificaoacessvel
Figura 4 - Barreira de Alcance
Font
e: A
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o PE
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e: A
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o PE
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Aclassificaodasdeficincias,segundoDischinger,BinsElyePiardi(2009),serefere estritamente s habilidades funcionais humanas sem considerar a sua origem. Asdeficinciassodividasem:sensoriais,fsico-motoras,cognitivasemltiplas.
Deficinciassensoriais:Afetamos sistemasdepercepo (orientao,hptico, visual, auditivo,olfato-pal-adar)dificultandoousoeacompreensodoespao,bemcomoaparticipaoematividadesdiversas.Paraaanlisedoespaofundamentalcompreenderasdeficinciasnosistemavi-sual,auditivoedeorientao/hptico.
2.3Compreensodasdiferentesdeficincias
Deficinciasnosistemavisual:So aquelas que comprometem a capacidade de enxergar. Podem ocorrer em graus diversos, desde baixa viso, causada por problemas como degenerao macular,glaucoma,retinopatiaecatarata,ataperdatotaldaviso.Parasuprirafaltadeinformaovisualdevidodeficincia,apessoaneces-sitautilizarosoutrossistemasdepercepo.Podetambmvaler-sedeequi-pamentodetecnologiaassistiva.
Deficinciasnosistemaauditivo:Constituememperdasparciaisoutotaisdacapacidadedeperceberestmulossonoros. No caso da perda total, o ndividuo no capaz de ouvir nem com a ajuda de aparelhos, impedindo-o de adquirir o cdigo da linguagem oral. J no caso da perda parcial, no h impossibilidade de compreender a fala hu-mana,comousemaajudadeaparelhos,eexpressar-seoralmente.Estetipodedeficinciacriaumadificuldadeemidentificarfontessonoras,dificultandoaorientaonoespaoapartirdaaudio.
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Deficinciasnosistemadeorientao/hptico:So aquelas que provocam mudanas na percepo do prprio movimento, na manuten-odaposturaeaidentificaodosreferenciaisexternos.Estasalteraescomprometemobomfuncionamentodetodasasatividadessensoriais,podendovariardeepisdiosdetonturaevertigematimpossibilidadedeorientaoespacial.
Deficinciasfsico-motoras:Soaquelasqueafetamarealizaodeatividadesqueenvolvamforafsica,coordenao motora, preciso e mobilidade. Dependendo dos membros afe-tados surgemdificuldadesemdiferentesatividades:nocasodedeficincianosmembrossuperiores,amaiordificuldadeestnastarefasquedemandampreciso,coordenaoealcance,jnosmembrosinferiores,adificuldadedizrespeitosquestesdedeslocamento.
Deficinciascognitivas: Referem-se s dificuldades de compreenso e assimilao de informaesrecebidas, afetando os processos de aprendizado e aplicao de conhecimen-to,almdacomunicaolingsticaeinterpessoal.Pessoascomessetipodedeficinciacostumamterdificuldadedeconcentrao,memriaeraciocnio.
Deficinciasmltiplas:Soasassociaesdediferentesdeficincias.Podemtambmocorrerpelaalteraodefunescorporaisdevidoaumadeficincia,sendomuitocomumemidosos.Outrocasoespecficoasurdo-mudez,quepodeocorrertantopelo no-aprendizado da linguagem oral, quanto pela real sobreposio des-tasdeficincias.
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Acessibilidadeumtermoabrangentequeenvolvediversasdefiniesecon-ceitos. Segundo a ABNT, atravs da NBR 9050/2004, pode ser conceituada como: possibilidadeecondiodealcance,percepoeentendimentoparautilizaocomseguranaeautonomiadeedificaes,espao,mobilirio,equipamentourbanoeel-ementos. (ABNT/NBR9050, 2004, p.2).
Entende-se ainda, como sendo a possibilidade de acesso a todos os lugares e participaonasatividadesportodasaspessoas,comconfortoesegurana.Acessi-bilidade fator primordial para possibilitar a incluso. Logo importante incluir nas propostasdeprojetosasnecessidadesespecficasemtermosespaciaisdaspessoascomdeficincia.
Aarquiteturadasedificaeseoprojetodosespaosabertossomuitoimpor-tantes quanto acessibilidade, pois, se bem executados, podem diminuir o grau de dificuldadequeumapessoacomousemdeficinciatenhaaousufru-los.necessrioquetodasaspessoastenhaminformaesclarassobreoslugaresqueplanejamalcan-ar,sedesloquemcomconfortoeseguranaeutilizemosequipamentoseambientesdiversoscomindependncia.
O que visto hoje, em alguns estabelecimentos de ensino, a implantao de rampasecorrimosemlocaisespecficos,fatoquegeraapenassoluesparciaisparaa acessibilidade. Entende-sequeo campusdeuma Instituiode Ensino Superior,bemcomoqualqueredificaoqueatendaatividadesdecunhoeducacionaldeveseracessvel por completo, pois ter acesso ao trabalho, lazer e educao direito de to-dos.
Aobrigatoriedadeda inclusodealunosportadoresdedeficinciaemtodosos nveis de educao - fundamental, mdio e universitrio exige que os estabeleci-mentosdeensinoofereamcondiestantodeacessibilidadepedaggicaquantoes-
2.4 Acessibilidade Espacial
27
2.4.1 Componentes da Acessibilidade
Paraquesealcanceumaacessibilidadecompletaaosdiversosespaoseativi-dadesnelesdesenvolvidasnecessrioque4componentes,definidosporDischinger,Bins Ely e Piardi (2009), sejam considerados nos projetos: deslocamento, uso, comu-nicao e orientao
Deslocamento:tercondiesideaisdemovimentoaolongodepercursoshorizontaisouverticaiseseuscomponentes(salas,escadas,corredores,ram-pas, elevadores). Umedifciocujaentradafeitasomentecomdegrausumexemplodeobst-culoaodeslocamentoparaumapessoaemcadeiraderodas.Parasegarantiroplenoacessosedificaes,todasasbarreirasfsicasdevemsereliminadas.
Orientao: refere-se compreenso do espao, para que assim, se possam escolher os possveis caminhos a serem tomados. Um grande espao aberto semdirecionadoresdefluxotornaacompreensodoespaoextremamentedifcilparaumdeficientevisual,porexemplo.Boalegibilidadearquitetnicaedasinformaesadicionais(mapas,placas,pisostteis,etc.)soalgunsdosrequisitos para se obter uma boa orientao.
pacial.
NaUFSCoacessoaalgunsespaosabertoseedificadosmuitocomplicadoatmesmoparaumapessoasemqualquerdeficincia,devidoasuacomplexaorganiza-o espacial e falta de informao. Este campus foi projetado h aproximadamente quarentaanosquandoquestesdeacessibilidadeaindanoestavamempautanasdiscussesdeprojetosarquitetnicoseurbansticos.
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Uso: apossibilidadedeparticipaodoindivduonasatividadesdesejadas,utilizandoosambienteseequipamentos,semquesejanecessrioumcon-hecimento prvio. Um banheiro, por exemplo, deve estar dimensionado de acordo com a NBR 9050/2004, alm de conter as barras de apoio nas dimen-sesealturasadequadas.Afacilidadenousodosequipamentosimportanteparapessoascomdeficinciapoderemrealizaratividadescomindependn-cia.
Comunicao:comosedoascondiesdetrocaeintercmbiodeinforma-esinterpessoais,eentrepessoaseequipamentosdetecnologiaassistiva,quepermitemo ingressoeousodaedificaoouespao livre.Aavaliaodestecomponenteimportanteparaamelhoranosnveisdeindependnciadaspessoascomdeficinciaauditiva,cognitivaouproblemasnafala.
Algunselementospodemdificultararealizaodeatividadesoumesmoimpe-dir a sua execuo. Estes elementos so chamados de barreiras, e podem ser divididos emtrscategorias:
Barreirasscio-culturaisouatitudinais:estorelacionadassrelaessociaisegera-esdepreconceitosque,dealgumaforma,podemprejudicarainclusosocialdaspessoascomrestriesoriundasdealgumadeficincia.Dentrodauniversidadesoaquelas que, de alguma forma, podem interferir na incluso ao ensino, podendo com-prometernoaprendizado.Aatitudedeumprofessor,quandoserecusaatransferiruma aula para o trreo de um prdio, para facilitar o acesso de algum aluno que tenha dificuldadeparasubirescadas,podeserconsideradaumabarreiradestetipo.Avisosobreaspessoascomdeficinciadeveestarfocalizadaemsuaspotencialidades,enonaslimitaesqueapresentam.
2.4.2 Barreiras
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Barreiras fsicas ou arquitetnicas: so elementos ou mesmo configuraes ar-quitetnicasqueimpedemoudificultamoacessoindependentedeusuriosadeter-minados lugares. Entende-se como acesso tanto o deslocamento no espao quanto o seuuso.Essetipodebarreiracomprometeaacessibilidadeespacial.Umedifcioquenopossuarampanemelevadorpodeserconsideradoumabarreiraarquitetnica,pois impede que uma pessoa em cadeira de rodas, por exemplo, possa chegar aos pavimentos mais elevados sem que seja carregado por outras pessoas. Ou ainda, um banheirosemcabineadaptada,umabarreirafsicaqueimpedeaplenautilizaodos equipamentos
Barreiras de informao: estoligadasaoselementosqueconstituemainformaoambiental,comooselementosarquitetnicos,ossistemasde informaoadicional(grfica,sonora,verbal)eatrocadeinformaes.Portanto,estetipodebarreiraestrelacionada com a orientao e a comunicao. Pode-se chamar de barreira de infor-maoaqueleselementosquerestringemapercepoedificultamointercambiodeinformaes interpessoais, conseqentemente impedindoacorreta tomadadede-cisonodeslocamentoouusodoespao.Exemplosseriamaausnciadeplacasemalgunslocaisdedecisoeaausnciadetelefonespblicoscomtecnologiaassistivaparadeficientesauditivos.
As barreiras, agindo isoladas ou em conjunto, comprometem ou impossibilitam oacessoeaparticipaodosusuriossatividades,podendo-lhescausaraexclusosocial.
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2.5 Sistema de Orientabilidade
Orientao a capacidade ou habilidade do indivduo referenciar-se mental-menteedeslocar-senumdeterminadoarranjofsicoatravsdeprocessoscognitivos.Estesprocessosdependemtantodas informaescontidasnoambientequantodahabilidadedoindivduoemperceberetrataressasinformaes.Podemosentendercomoorientabilidadedeumlugaraoconjuntodecaractersticasdoarranjofsicoquepermitealeituraearepresentaodessasinformaesespaciaisnecessriasparaaorientao do indivduo (BINS ELY et al, 2002).
SegundoPassini(1987)aorientaoespacialessencialmenteumfenmenoestticoqueconsisteemreferenciarmentalmenteasdivisesdeumlugardeformaasesituarquantosmesmas.Noentantoareferenciaonoesttica,elasefazerefazmedidaquenovosdadosvosurgindo.Omodocomoasinformaesambi-entaissoorganizadasmentalmentedefinidocomomapacognitivoeincluitodososprocessos mentais envolvidos no deslocamento. A funo primria de um mapa men-tal,oumapacognitivoaorientao,poisnoseriapossvelrealizarumdeslocamen-to sem alguma forma de imagem mental do trajeto. No momento em que comeamos aterumacompreensodeumdeterminadoarranjofsico,automaticamenteinicia-seum processo de mapeamento.
DeacordocomPassini&Arthur(1992),existemtrsetapasenvolvidasnopro-cesso de orientao: o processamento da informao, a tomada de deciso e a ex-ecuo da deciso.
OProcessamentodainformaoabrangeossistemasperceptivosecognitivosnaidentificaodainformaoambiental.Asdificuldadesemprocessarestainforma-odificultamouimpedemodeslocamentodoindivduonoespao.Estasdificuldadespodemserreflexodeumainformaoambientaldeficiente(poluiovisual,reflexoluminosa, excesso de rudo, mensagens ambguas, complexidade dos espaos, etc.), ou oriundas de alguma restrio quanto a percepo do indivduo (como surdez,
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baixaviso,cegueira),ouaindanotratamentodessasinformaes,comonocasodepessoascomdeficinciacognitiva.Oestadoemocionaldousurio,sejaestefadiga,stress,tambminfluenciaaassimilaodasinformaese,conseqentemente,aori-entao.
A tomada de deciso a elaborao de um plano de ao para realizar um de-terminado percurso. Este plano organizado em etapas de forma hierrquica, seguin-doumaseqncia.Quantomaioronmerodedecisesnumplanodeaomaioro grau de complexidade da operao, pois em cada etapa necessrio um esforo mental e a probabilidade de erro torna-se maior.
Aexecuodadecisoquandocolocamosemprticaoplanodeao,trans-formando-oemcomportamentofsico,podendo,dessamaneira,realizarodesloca-mento. O conhecimento prvio ou a presena de informao ambiental em pontos de tomada de deciso, ou seja, em pontos estratgicos para o deslocamento, implicaro na facilidade da execuo da deciso.
A Informao Ambiental, portanto fundamental para a orientao e para se chegarsatividadesfim.Estetipodeinformaopodeserdividida,parafinsdees-tudo, de diferentes maneiras dependendo da escala do ambiente. Na escala urbana, Lynch (1960) divide a Informao Ambiental em 5 elementos estruturadores para um determinadoarranjofsico:vias,limites,bairros,cruzamentosemarcosvisuais,abaixorelacionados.
Vias: caminho por onde o observador se desloca, podem ser as ruas, passeios, linhas de trnsito, canais, caminho-de-ferro. Aspessoas observam a cidade medida que se deslocam por isso para a maioria das pessoas esses elementos so predominantes em suas imagens.
Figura 6 - Via de Acesso
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Limites: so os elementos que atuam como fronteira separando duasregies.Essasbarreiraspodemserelementosnaturaiscomoum rio ou montanha e podem tambm ser elementos constru-dos como paredes, cercas ou um bairro. O campus pode ser limi- tadopelos bairros, ou ter as edificaes adjacentes como limi-tes,ouainda,tersuasrtulascomoreferncias(Figura7).Oquerealmentedefineesseselementossoaexperinciaeointeresseparticulardoobservador.
Bairros:soregiesurbanasdediferentesescalasebidimension-aisnasquaisoindivduoconsegueentrarementalmenteidenti-fic-lascomozonasdiferenciadas,ouseja,quesedestacamdasdemais por funes semelhantes ou tipologia. Podemos citar,como exemplo, os setores da UFSC, centros divididos por reas de interesse, como Centro Tecnolgico (CTC), Centro de Comunica-o e Expresso (CCE) entre outros. Para a maioria dos cidados, dependendo da cidade, os bairros e as vias so os principais el-ementos estruturadores do espao.
Cruzamentos: tambm conhecidos como ns, so elementos estratgicos de orientao de uma cidade. Esto ligados ao con-ceito de vias, pois normalmente so os encontros ou cruzamen-tosentreduasvias.Podemseressencialmentejunes,locaisdeinterrupo num transporte ou momentos de mudana de uma estruturaparaoutra.dessepontoqueoobservadorestruturaesegue seu deslocamento de um ponto ao outro. Os cruzamentos tambmpodemsediferenciarporconcentraralgumaatividadeoupeloseucarterfsico,comoaesquinadealgumaruaouumlargo que concentra outros elementos, ou seja, um n de con-centrao.EstesNspodemsercaractersticasmarcantesdeumbairroporfuncionaremcomocentrosirradiadoresdeatividades.
Figura 7 - Limites da Universidade
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Figura 8 - Acesso Bairro Pantanal
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Figura 9 - Rtula
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Oscruzamentossotpicasconvergnciasdeviasoucentrospo-larizadores de bairro, em qualquer caso ou imagem, encontram-sepontosfocaise,emalgunscasos,elessoatacaractersticadominante. A universidade circundada por rtulas (Figura 9) que marcam as entradas do campus e correspondem aos bair-rosadjacentes,muitasvezessendorefernciade limitesouatmesmo de pontos marcantes para alguns usurios.
Marcos Visuais:Soelementosnaturaiseedificadosquesedes-tacamdapaisagemporalgumacaractersticaparticular,podendoser a forma, funo ou cor. Podemos dar como exemplo o morro dacruz(nomepopular)emFlorianpolis,identificveldediver-sasregiesdaIlha,ouareitoria,destacadapelasuaimportnciaelocalidade(Figura10).importanteressaltarquediferentementedos demais elementos citados, neste caso o observador encontra-se fora do ponto; um elemento externo. Estes pontos podem encontrar-se dentro ou fora da cidade, dependendo de sua dis-tnciaoudimenses.Nocasodomorrodacruz,porexemplo,eleencontra-se fora do campus da UFSC, mas funciona como um el-emento de orientao para seus usurios atuando como smbolos de direo. Os pontos de domnio local podem ser representados por fachadas de lojas, lagos, quiosques, reas diferenciadas por algumafuno,podendoaindadestacar-seporfatoresdinmicoscomocheiroousom.Essespontospodematuarcomopontosn-coras para a construo de mapa mental seqencial.
importante ressaltarqueoselementosestruturadoresdoes-paoforamdefinidosedescritosseparadamente,pormelesserelacionam e existem simultaneamente na imagem mental do in-divduo. Para algum que vive nos arredores do campus os bair-rosertulaspodemsignificarosseuslimites.Emcontrapartida
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Figura 10 - Vista do Morro da Cruz
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estudantesqueutilizamonibusparachegarUFSCpodemre-conhecercomolimitesopontodenibusqueutilizameocentroque freqentam. E essa situao acontece para os demais pontos citados.Oqueosdiferenciaaimportnciaquecadaobservadordacadaumdelesearelaoeexperinciadousuriocomtaiselementos.
J Passini (1987), em sua avaliao dos espaos construdos, ou sejanaescaladaedificao,definetrsmodalidades:InformaoArquitetnica,InformaoAdicionaleInformaoVerbal,defini-dos a seguir.
InformaoArquitetnica:ainformaotransmitidaatravsdascaractersticasfsicasdoambiente,deseuselementosedarela-o entre eles. A percepo dessa informao depende das carac-tersticasdousurioedaqualidadedessainformao.Apresenadealgunsprincpiosdeconfiguraodoespaopode facilitararepresentao dos mapas cognitivos, como zonas funcionais,marcos referenciais.
Configurao Espacial: a relao entre as formas, volumes, circulaes,hierarquiasdoespao,a relaodoselementosar-quitetnicos entre si e comoespaonoedificado.A configu-rao do espao que obedece algumas leis geomtricas de pro-porcionalidade, simetria, bem como formas geomtricas simples (como T, L) facilita a estruturao de mapas mentais. Como podemos observar no Centro de Comunicao e Expresso (CCE), com uma planta em T, onde a circulao segue a mesma lgica de sua estrutura, a orientao e o deslocamento tornam-se mais fceis do que os realizados nos prdios do Centro Tecnolgico (CTC) que apresentam uma forma irregular e circulao princi-
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Figura 11 - Circulao CTC
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pal(figura11)quesedesenvolvedeformacircular,confundindoo usurio.
Marcos Referenciais:assimcomoosmarcosvisuaisdefinidosporLynch,soelementosdecaractersticassingularesecontrastantescom o ambiente em que esto inseridos e que facilitam a percep-oambiental.Aexistnciadesseselementosestruturadores fa-cilita a construo de mapas mentais, at mesmo o mapeamento de caminhos arbitrrios. A escolha e uso desses elementos pode serpermanente,comoocentroecumnico(Figura12)ouaconchaacstica do campus, ou podem ser dinmicos, comoo rudo ouocheirocaractersticosdosrestaurantese lanchonetes,ouaindaa msica da rdio Tria tambm pertencente ao campus. Porm referenciaisdinmicosnosoosmaisconfiveisumavezquees-sesestmulospodemounoexistirnumdeterminadomomento.A escolha desses elementos pode variar de acordo com o interesse de cada indivduo.
Zonas Funcionais: essas zonas seguem o mesmo conceito dos bair-rosdefinidospor Lynch.Soagrupamentoshomogneosde ser-vio,instalaesoudeusurios.Adiferenciaoedisposiodes-sasreasporatividadessemelhantesfacilitamapercepoelogoa formao de mapas mentais, alm de diminuir a necessidade de informao adicional. Podemos citar como exemplo a rea de esportes da UFSC, pois ali se encontra apenas um dos setores da UFSC, Centro de Desportos (CDS).
Acesso Visual: garantir ao usurio, atravs das aberturas etransparnciasedamorfologiadoscaminhosorientar-sedema-neira adequada. As aberturas e transparncias (relao externoe interno) permitem o visual para a rua. Dessa forma o indivduo
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Figura 12 -CentroEcumnico
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Figura 13 - Via interna
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podelocalizar-seutilizandooselementosdapaisagem,naturaisouedificados.Os sistemasdecirculaohorizontaldeumcon-junto formam ruas internas. O menor nmero de mudana de direo (passo topolgico) e o maior nmero de pontos visveis possibilitam o alcance visual do objeto de deslocamento (um el-evador, ou uma escada, por exemplo) antes de l chegar. Estes princpiosdeorganizaopropiciamcondiesfavorveisorien-tao.
Informao Adicional: um complemento informao fornecida pelo ambiente e auxilia na compreenso do espao. Pode ser de diferentestipos:grficas,sonorasetteis. Grfica -estetipode informao transmitidaatravsdoalfa-beto,de formapictogrfica (signosefiguras)ouatravsdede-senhos (como mapas). Pode se apresentar de diferentes maneiras (placas, mapas, banners) (Figura 14), ou ainda pode ser de uso individual(folhetos,brochuras,etc.).Paraqueestetipodeinfor-mao sejaeficientee transmitidade formaclara,estes signosdevemserde fcil identificaoeseremsignificativosculturaondeesto inseridosedevemserfixadosempontosestratgi-cosdetomadadedeciso.Emtodosostiposdeinformaogr-ficadevem-serespeitaralgunsprincpiosbsicosdecomposio,comoaescolhadascores,relaofundo-figura,legibilidade,ta-manhosdasplacas,alocalizaoeocampovisual,afimdegaran-tiraqualidadenatransmissodainformao.
Sonora-ainformaosonoraasegundamaisutilizadadepoisdavisual.Existemmuitosexemplosdessetipodeinformaononosso cotidiano, como os alarmes nas escolas indicando o in-cioeotrminodasaulas,aambulnciaabrindocaminhonuma
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Figura 14 - Mapa do campus
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.globo
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Figura 15 - Exemplo de telefone comtecnologiaassistiva.
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emergncia,entreoutros.Parapessoascomdeficinciavisualainformaosonora (Figura15) torna-seaindamaissignificativa.Porm o excesso de rudo ou a sobreposio de informao pode causar desconforto, ou mesmo deixar desorientado o usurio que dependaexclusivamentedessetipodeinformao.
Ttil - estetipode informao, normalmente usado emmapase em sinalizao, um importante instrumento de comunicao parapessoascomdeficinciavisual.Aleituradessesmapasfeitaatravsdotato,apartirdetexturaserelevosepossibilitaacom-preensoeaapreensodoespao,permitindosualocomoodeforma independente.
Informao Verbal: tambm um tipo de informao comple-mentarquandoasinformaesarquitetnicaseosdemaistiposdeinformaesadicionaissoinsuficientesouincoerentes.Essasinformaespodemserfornecidaspelosfuncionriosouusuri-os. A necessidade de muitas perguntas para se chegar a um de-terminado lugar gera uma perda de tempo e constrangimento emmuitas situaes, impossibilitando autonomia por parte dousurio. Por outro lado muitas pessoas sentem-se mais seguras consultandoalgummesmoantesdebuscaralgumtipodeinfor-maogrfica.
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e: http://www.arcom
odular.com
.br/
Figura 16 -Exemplodemapattil
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Mtodos Neste captulo so apresentados os procedimentos metodolgicos utilizadosparaavaliarascondiesespaciaisdeacessibilidadedocampusconforme j explicitado no item 1.4
Captulo 3
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3.1 Antropovia
O termo Antropovia pode ser definido como uma estrutura de circulaopblica,defimsocial,destinadaacessibilidadedeformauniversaldoserhumano,comconforto, seguranaeautonomia, visandoprodutividade, competitividadeequalidade de vida para a sociedade (BAPTISTA, 2003, p.3).
Tipificaodosusurios: Atipificaodosusuriossereferecategoriademobilidadenasestruturasdecirculaodepedestres,quesocompostasporatividadesespecficasnoslocaisescolhidos para anlise, conforme tabela abaixo.
Indicadores: Osindicadoresquedevemserobservadosnasaferiessoosseguintes:
Tabela 2-Tipificaodosusurios
Tabela 3 - Indicadores a serem analisados
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Osvaloresobtidoscomrelaoaosindicadores,nasmediesdecampo,soanalisadosatravsdatabeladerefernciadeparmetros,logoabaixo:
Estesparmetros,propostosporBAPTISTA(2003),seguemautorescomoUbi-erna (1997), Malet & Lloveras (1999) e normas e cdigos internacionais e nacionais, como em Ubierna (1999), ABNT NBR-9050/1994 e ADA (1998). Aps a anlise real-izadasobreatabeladerefernciadeparmetrosparaosindicadoresfetuadaapon-derao, conforme conceitos e valores expostos no Espectro de Acessibilidade.
Espectro de Acessibilidade:Apartirdaapreciaodosvaloresobtidosnasmediessoatribudasnotas,calcu-ladas em uma escala de 0 (zero) at 100 (cem) para os diferentes indicadores de cada grupo.Sousadasasseguintespontuaes:
[0]Todosossub-indicadoresnocorrespondemsespecificaesprescritas. [25] H algumas correspondncias com as especificaes, mas est bemaqum do desejado. [50]Apesardeatendercertosparmetros,oconforto,aseguranaeaauto-nomia das pessoas deste grupo ainda esto ameaadas. [75]Ossub-indicadoresencontram-seemsituaesaceitveis,maspodemsermelhorados,poisexpemaspessoasdestegrupoapequenosconstrangimentos. [100]Todosossub-indicadorescorrespondem,ouestoprximos,sespecifi-caesprescritas.
Tabela 4-ParmetrosdeAnlise
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Partindodatipificaodosusurios,entende-seque,paracada indicador,osusuriosdogrupo1(semalgumtipodedeficinciaoulimitao)sempreteroamaiorpontuao. Os do grupo 2 tero pontuao igual ou inferior s do grupo 1. A condio ideal que todos os grupos alcancem os 100 pontos para o indicador.
Aspontuaesobtidasparacadaindicadoreparacadagruposoordenadasnafrmuladamenorparaamaior.Osindicadoresdemenoresnveistmosmaiorespesos e os de maiores nveis os menores. Assim, o indicador mais baixo ter um peso de 0,5; o seguinte 0,25; o prximo 0,125 e assim por diante. Os 2 dos 5 indicadores queobtiveremosmelhoresresultadosteroomesmopeso(menor),afimdequeasoma dos pesos seja igual a 1.
Nvel de acessibilidade para n indicadores
=(1/2xInd.1+1/22xInd.2+1/23xInd.3+...+1/2n-1xInd.n-1+1/2n-1xInd.n)
A adoo desse procedimento para a ponderao dos pesos parte da observa-o que: basta apenas que um indicador esteja inacessvel, com pontuao 0 (zero), paraquetodaaacessibilidadeestejacomprometida;equeumoudoisindicadoresplenamente acessveis pouco contribuiro, seos demais estiveremapenasparcial-mente acessveis. Sendo assim, se um indicador for 0 (zero) e todos os demais 100, o nvel de acessibilidade do grupo ser igual a 50. Uma boa acessibilidade se dar quandotodososindicadoresestiverememnveisaceitveis(acimade75).
Em funo da pontuao alcanada pelo nvel de acessibilidade podem-se in-terpretarasconseqnciasdecorrentesemtermosdeautonomia,confortoesegu-rana para o grupo de usurios (conforme a tabela 5).
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Como exemplo, criou-se um percurso X. Na anlise deste percurso observa-se que: Suasuperfcielivrecontacom1,42mdelargura; Aalturalivre,comprometidapelaexistnciadeumgalhodervore,,noponto
maiscrtico,1,85m; Nopossuiinclinaotransversalnemdesnvelnosentidododeslocamentodos
pedestres; H uma rampa com inclinao de 10% no meio do percurso.
Clculos(vertabeladerefernciadeparmetrosparaosindicadores):
Tabela 5 - Espectro de Acessibilidade
Tabela 6 - Clculos percurso X
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Nveldeacessibilidadepara05indicadores=(1/2xInd.1+1/22xInd.2+1/23xInd.3+...+1/2n-1xInd.n-1+1/2n-1xInd.n)
Nveldeacessibilidadepara05indicadores=(1/2x50+1/22x75+1/23x100+1/24x100+1/24x 100)
Nveldeacessibilidadepara05indicadores=(25+18,75+12,5+6,25+6,25)
Nvel de acessibilidade para 05 indicadores = 68,75.
Segundo a tabela de interpretao de resultados (tabela 6) este percurso X poderia ser considerado seguro, mas necessitaria de ateno dos seus usurios. O nicovalorqueinfluenciou,consideravelmente,oresultadofoiaalturalivre,quesemodificadapara2,10m,porexemplo,forneceriaumvalorfinaldenveldeacessibili-dadede87,5(quasendicemximodeacessibilidade).Osresultadosobtidosatravsdo Mtodo da Antropovia indicam onde se encontram os maiores problemas de cada percurso.
3.2 Levantamento Fsico-Espacial
Nestemtodoforamavaliadosospercursosdefinidosanteriormentee,emumsegundomomento,asedificaesselecionadasatravsdocritriodeimportncianocampus universitrio.
Percursos
OstrspercursosforamdenominadosdeA,BeCesubdivididosemtrechos(como por exemplo: A1, A2, A3). Cada um deles recebeu uma cor correspondente no mapa. O percurso A foi representado pela cor vermelha; j a cor azul representa o percurso B e o percurso C de cor verde, conforme o mapa abaixo:
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Em 2004 os percursos foram avaliados conforme os seguintes indicadores: Su-perfcieLivre,AlturaLivre,DesnvelSimples,InclinaoLongitudinalSimpleseInclina-oTransversalecomseusrespectivosvaloresatribudospelosparmetros.Apsaavaliao de todos os trechos, em funo de cada grupo, possvel analisar um per-curso.
O nvel de acessibilidade do percurso ser igual ao do trecho que obteve o menor ndice, pois, se esperado que todo o percurso seja realizado, este ser o trecho que impediroacessodedeterminadousurio.Seforobjetivointervirnopercursoparamelhorar seu acesso, esta seco, de menor nvel, ser o local que ter prioridade.
Figura 17 - Mapa do Campus com os percursos analisados
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Paraaavaliaodaacessibilidadenostrspercursos,em2009,foramaborda-dostrsdosquatrocomponentesdaacessibilidadeespacial:deslocamento,orienta-o e uso. Entendeu-se que o componente comunicao trata de um aspecto pouco conside-radoempercursosexternos,cujamaioratividadeacirculao,devidoaospoucosespaosdepermanncia.
Na seqncia, soapresentadosos conceitosde cadaumdos componentesjunto aos elementos que foram considerados importantes para a avaliao e suas re-spectivosconceitos
Considerando que o deslocamento aseqnciademovimentosdedeambu-lao do usurio de forma confortvel e segura, foram analisados sete elementos:
Larguradopasseiodimensolivrepavimentadaparaacirculao; Pavimentaomaterialemquefoiexecutadoopasseio; Manutenodapavimentaocondioatualdopasseio; Desnveisalteraesdemaisde5mmnopasseio; Inclinaotransversalinclinaoperpendicularaopasseio; Obstculosobjetosqueprejudicamalocomoosegura,aereosouno; Cruzamentotravessiadapistaderolamentodesdeopasseio;
A habilidade do usurio de situar-se em relao ao meio e perceber suas car-actersticasfsico-espaciaisconstituiocomponenteorientao. Para o estudo da ori-entao no campus da Universidade foram selecionados quatro elementos a serem avaliados:
Iluminaocondieslumnicasdolocal; Vegetaocaracterizaodamassavegetalquantoaatributosperceptveispelosdiferentescanaissensoriais,trazendoidentidadeaolocal; Diferenciaoemcore/outexturadospisosdevidoinexistnciadepisost-
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teis no campus optou-se analisar o contraste dos pisos dos passeios e de seu entorno; Sinalizaovisualparapedestreselementosdeinformaesoficiaisindicati-vos de direo e localizao;
OultimocomponentedaacessibilidadeavaliadooUso que corresponde a condioquepossibilitaautilizaodosequipamentosurbanoseaparticipaonasatividadesafins.Foramavaliadoscincomobiliriosurbanossegundoosseguintescri-trios:
Telefonespblicosanlisequantolocalizao,espaamento,alturadacabi-ne em relao ao piso; Bancoslocalizaoecondiodeconforto; Lixeirasquantolocalizao,identificao,manutenoedescartederesdu-os; Abrigoparaesperadenibuscondiodeinformao,mobiliriosexistentese localizao; Paraciclo mobilirio destinado ao estacionamento de bicicletas, analisadoquanto a sua localizao e manuteno;
Nastabelasaseguirsoapresentadososparmetrosutilizadosparaaavaliaodos trechos.
Na primeira coluna refere-se ao componente de acessibilidade a ser abordado. J na segunda coluna encontram-se cada um dos elementos a serem avaliados, que foram descritos anteriormente. Na terceira coluna aparecem os itens corresponden-tesaosparmetrostcnicosdaNBR9050/2004.Enaquartaeltimacoluna,estoasrespectivasrecomendaes,sendoamaiorpartedelasobtidaapartirdosparmetrostcnicos da NBR 9050. Os elementos no contemplados na norma tcnica foram ob-tidosembibliografiascomplementares.
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Tabela 7 -ParamtrosdeavaliaodocomponenteDeslocamento
Tabela 8 -ParamtrosdeavaliaodocomponenteUso
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Quanto s edificaes, em 2004, no primeiro momento foi realizada umaseleodosedifciosmaisimportantesdaUFSC,levandoemcontaasfunesefluxodiriodepessoas.Nestaavaliaoforamselecionados50edifcios.
Emumsegundomomentoestesedificiosforamavaliados,conformetrsnveisde acessibilidade estabelecidos: edificaes acessveis, no acessveis e acessveiscomassistncia.Tambmfoiobservadaaexistnciaderampas,telefonespblicos,elevador, banheiro e banheiro adaptado.
Estes itens de avaliao foram organizados na tabela 10, quando existentes a colunapreenchidocomumponto().Paracomplementaraavaliao,utilizou-seatcnicadoregistrofotogrfico.
Em2009,aavaliaomanteveas50edificaes,entretantoatabelafoimodifi-cada (tabela 11) mostrando a acessibilidade ao pavimento trreo e a possibilidade de
Tabela 9 -ParamtrosdeavaliaodocomponenteOrientao
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acesso aos demais pavimentos. Os equipamentos avaliados foram apenas banheiros ebanheirosadaptados.Damesmaformaqueem2004,foiutilizadaatcnicadoreg-istrofotogrficoparacompletarasavaliaes.
O mtodo dos Passeios Acompanhados, desenvolvido por Dischinger (2000), busca uma percepo do espao do ponto de vista do usurio. A aplicao deste m-todo consiste em escolher um entrevistado, relevante ao estudo e acompanh-lo, ao longodospercursos jdefinidos,paraobter informaes sobreoprocessodeori-entaoedificuldadesnodeslocamento,usodosequipamentoseparticipaonas
3.3 Passeio Acompanhado
Tabela 10 -Tabeladeedificaes2004
Tabela 11 -Tabeladeedificaes2009
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atividades.Nodecorrerdopasseio,ointerlocutornodeveconduzirouajudaroent-revistadonarealizaodasatividades. Aofinalsolicitadoaoentrevistadoquedescrevaquestesrelativasaopasseioque possam ter passado despercebidas durante a execuo do mesmo. Estas, geral-mente,sorelacionadasaotipodedeficinciaquepossui.Porexemplo,umdeficientevisualencontramaioresdificuldadesemseorientareumdeficientefsico-motoremselocomover,logosuasobservaesterodiferentesenfoques.
Todooprocessoregistradoemfotografias,udioouudio-visualesofeitasano-taesrelevantes,comoauxliodeumaprancheta.Parasistematizaodosda-dostodososregistrossodispostosemmapassintticosdospercursos.
Estetipodeobservaonopoderiaserefetuadoporpessoassemreaisde-ficincias, simulandosituaesquenosocomunsnoseucotidiano.Algumquepossuiumadeficincia,sejaeladequalquertipo,desenvolvealgumashabilidadesdeforma diferente das outras pessoas. Um cego tem o olfato e audio muito mais de-senvolvidosqueumapessoacomvisonormal,jquedependemuitodestessentidospara se orientar no espao.
Comaintenodevisualizarosproblemasrelativosaodeslocamentoeorien-taoenfrentadospelosdeficientesvisuaisefsicosnocampus,utilizaram-seosmes-mospercursosdasanlisesdosdemaismtodos.Sabia-sequeasdificuldadesencon-tradasporelesseriamdiferentes,jqueodeficientefsico-motorpossuidificuldadesem se deslocar e o cego em se orientar no espao.
Noanode2004,ospasseiosacompanhadosforamrealizadosnostrspercur-sos,duranteodia,comdoisacadmicos:umparaplgico,queselocomoveemumacadeira de rodas e outro cego.
Para complementar os passeios acompanhados realizados em 2004, optou-se por realizar em 2009 um passeio acompanhado, noite, com uma estudante que pos-
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3.4 Entrevistas Semi-estruturadas
Em2004,foramentrevistadostrsdiferentesrgosdauniversidadeparasa-bercomoainstituiovemtratandoasquestesdainclusonoensino.
A primeira entrevista foi realizada no Ncleo de Estudos em Educao Especial (NUCLEIND)comumabolsistaealunadocursodePedagogiaebuscousaberquetiposdetrabalhosdesenvolvemequaisassistnciasoferecemaosalunoscomdeficincia.Parasaberquaissoosprocedimentosadotadosnoconcursovestibularecomosoaplicadasasprovasaoscandidatoscomdeficincias,foirealizadaumaentrevistacomo Coordenador de Informtica da Comisso Permanente do Vestibular daUFSC, aCOPERVE.
E o terceiro rgo escolhido foi a Pr-reitoria de Graduao (PREG). A entrevista comaProfessoraSniaMariaHickelProbstteveoobjetivodesaberdequemaneiraestergoauxilianodesenvolvimentodosalunoscomdeficincia.
Aindaem2004,foramrealizadasentrevistascomalunosdeficientesparacon-hecer os problemas que esses enfrentam no dia a dia e com professores para apro-fundarosconhecimentossobreasdificuldadesepotencialidadesespecficasdestesalunos.
Foram entrevistados cinco alunos: um cego, um paraplgico e um tetraplgico (ambosusuriosdecadeira-de-rodas),umaalunacomreumatismoeumasurda.Osseis professores entrevistados foram indicados pelos prprios alunos.
suiumadeficinciaparcialvisual(baixaviso),seguindoosmesmospercursosfeitosanteriormente,paraanalisarainterfernciadascondiesdeiluminaodocampus,at ento no relatadas.
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Em2009,asentrevistasforampr-agendadasefeitascomtrsdiferentesrgosda UFSC, responsveis pela admisso e administrao dos estudantes na universidade. As perguntas foram direcionadas a cada um dos rgos de acordo com os interesses da pesquisa. Optou-se por no realizar entrevistas com alunos e professores, visto que nosoutrosmtodosutilizadosobservaram-sepoucasalteraesnaestruturafsica,administrativaepedaggicaaolongodoscincoanos.
Primeiro, foi realizada uma entrevista com a responsvel pelo Programa de AesAfirmativasdaPREG(PrreitoriadeGraduao),comoenfoquenaspolticaspblicasimplantadasparaefetivarainclusonoensino.
Em seguida, foi feita uma entrevista com a arquiteta Chefe da Diviso de Plane-jamento Fsico e Uso do Solo do ETUSC, para descobrir se existem projetos, em anda-mento, relacionados acessibilidade no campus (como tambm est sendo realizada aadequaodocampusaosparmetrosdaacessibilidadeestabelecidospelalegisla-o vigente)
Eporfim,foiefetuadaumaentrevistacomumintegrantedoGrupodeAcessi-bilidade(criadoem2008)afimdedescobrirquaissoosobjetivosdogrupoperanteaspolticasdeinclusonoensinouniversitrioecumprimentodalegislaovigente.
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Resultados
Nestecaptulosoapresentadososresultadosdasavaliaesrealizadas,apartirdosdiferentesmtodosdescritos,em2004e2009.
Captulo 4
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4.1 Antropovia
OspercursosforamseparadosemA,BeC,subdivididosemseces(figura18).Emuma seco so considerados todos os indicadores (Superfcie Livre, Altura Livre,Desnvel Simples, Inclinao Longitudinal Simples e Inclinao Transversal), com seus respectivosvalores.Apsaavaliaodetodasasseces,emfunodecadagrupo, possvel analisar um percurso. O nvel de acessibilidade do percurso ser igual ao da seco que obteve o menor ndice, pois, se esperado que todo o percurso seja transcorrido, este ser o trecho que impedir o acesso de determinado usurio. Se for objetivointervirnopercursoparamelhorarseuacesso,estaseco,demenornvel,ser o local que ter prioridade.
Figura 18 - Mapa do Campus com os percursos analisados
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PERCURSO A:
So demonstrado a seguir os clculos do trecho A1, sendo ele um exemplo dos que foram realizados para todos os trechos, encontrados no anexo X.
Trecho 1
TrechocompreendidoentreoabrigodopontodenibuslocalizadoemfrenteFundaoCertieofinaldartulaquelevaatoCentrodeEventos.
Opasseiotemmenordimensode1,20mdelarguralivre(figura19),emumlocal onde h um poste sobre o mesmo. Galhos de rvore muito baixos, com 1,60m dealturaforamencontradosprximosdartula(figura20).Humdesnvelde13cmdealtura,semrampa(figura21).Otrechonopossuiinclinaotransversalehumarampacominclinaode8%nosentidododeslocamentodospedestres(figura22).Estasinformaesforaminseridasnatabeladetratamentodosdados(tabelas10,11e12),deondesairoasfuturasconcluses,juntamentecomosresultadosdosdemaistrechos.
Figura 19 - Largura livre do passeio Figura 20 - Galhos de rvore: altura baixa
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Figura 21 - Desnvel sem rampa de acesso Figura 22 - Inclinao da rampa
Tabela 10 - Tratamento de dados do trecho A1
Tabela 11 - Tratamento de dados do trecho A1
Tabela 12 - Tratamento de dados do trecho A1
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Clculos:
Grupo 1-(1/2)x50+(1/2)2x75+(1/2)3x100+(1/2)4x100+(1/2)4x100= 25+18,75+12,5+6,25+6,25= = 68,750.
Grupo 2 -(1/2)x25+(1/2)2x25+(1/2)3x75+(1/2)4x75+(1/2)4x100=12,5+6,25+9,375+4,7+6,25=
= 39,075.
Tabela 13 - Valores encontrados do trecho A1
Tabela 14 - Valores encontrados para cada percurso
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Ostrechosqueapresentaramvaloresmaiscrticosnaanliseforam:A3(percur-so A), B4 (percurso B) e C1 (percurso C). Dentre todos os trechos, o 05 do percurso A (entreCentrodeConvivnciaeRU)obteveomaiornveldeacessibilidade,chegandoao valor mximo para os grupos estudados.
OsindicadoresquefizeramcomquealgunstrechosdopercursoArecebessemuma ponderao de baixo valor (principalmente para o grupo 2) foram a altura livre e o desnvel simples. Neste percurso h galhos de rvore em alturas muito baixas (aproximadamente 1,6m) e desnveis de at 20cm, dificultando a passageme nooferecendo segurana aos usurios.
NoPercursoBvem-seosmesmosproblemasencontradosnoanterior,pormcom
Figura 23 - Mapa do Campus com os percursos maiscrticosdeacordocomaantropovia
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menor intensidade. A ponderao neste percurso foi um pouco maior para ambos osgrupos.Ostrechos2e3obtiveramtimosresultados,pormotrecho4possuidesnveis elevados (15cm) e obstculos areos que oferecem grave risco de acidente aosdiversostiposdeusuriosdocampus.
OpercursoC foioqueapresentouasmelhorescondiesdeacessibilidade.Os nicos fatores que impediram uma avaliao do percurso como sendo totalmente acessvelforamaexistnciadeumdesnvelde15cmnotrecho1(facilmenteresolvidose implantada uma rampa) e um galho de rvore com h=1,95m (no consideramos esta uma altura to baixa).
Segundo a avaliao do Mtodo da Antropovia, efetuado em 2004, todos os percursostmproblemasdeacessibilidadeparaosgruposdeusuriosaquiestuda-dos.Emalgunslocais(comonafigura24,dotrecho4doPercursoA)ospasseiosestocom irregularidades que geram riscos de acidentes para os cadeirantes, por exemplo. Aeliminaodebarreirasareas,geralmentegalhosdervores(figura25),adequa-odospasseiosemlocaisespecficoseimplantaoderampascominclinaoad-equada fariam com que todos os percursos avaliados aumentassem sua ponderao, conseqentemente tornariam-se mais acessveis para todos os grupos de usurios.
Figura 25 - Galhos de rvore muito baixosFigura 24 - Passeio com irregularidades
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4.2 Levantamentos Fsico-Espaciais
4.2.1 Percursos O levantamentofsico-espacial foiefetuadonospercursosA,BeC.Paracadaumdostrspercursosmostram-seosresultadosseguindoamesmaordem: 1) Descrio dos trechos compreendidos pelo percurso e ilustrados por um mapa; 2) Avaliao efetuada em 2004, composta por textos ilustrados; 3)Avaliaode2009,organizadaemtrstabelas,segundooscomponentesdeAcessibilidade; 4)Comparaoentreosresultadosobtidosnosdiferentesmomentosdapes-quisa (2004/2009)
Percurso A: Compreende os 5 trechos ( de A1 a A5), representado no mapa pela cor vermel-ha.IniciaapartirdoacessodobairroPantanal,umdosprincipaisacessosdocampusda UFSC, e termina prximo ao prdio do CCE (Centro de Comunicao e Expresso)
Figura 26 - Mapa do Campus com os percursos analisados
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Trecho A1: Consiste no trecho que inicia no portal do acesso ao campus pelo bairro Panta-nal e termina na rtula prxima ao Centro de Cultura e Eventos.
Figura 27 - Poste no passeio
Figura 28 - Rebaixo Figura 29 - Passeio est-reito, piso irregular
Figura 30 - Viso geral do trecho
Neste trechoopisonoestembomestadodeconservao (figuras27e28), haven- do vrios locais com irregularidades que causam riscos de acidente aos usurios. Galhos de rvore tambm podem ser perigosos aos transeuntes mais de-satentosouoscomdeficinciavisual.Postesdeplacasmalposicionadosatrapalhamapassagempelopasseio(figuras27e28).Parachegaratofinaldartulaospedes-tresprecisamsairdopasseio,passandoporumtrechosemcalamento(figura30).
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Tabela 15 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho A1
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Tabela 16 - Avaliao do componente Orientao - trecho A1
Tabela 17 - Avaliao do componente Uso - trecho A1
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Considerando que na pesquisa realizada em 2004 foram avaliados principal-mente quesitos referentes ao componente deslocamento, possvel perceber que noocorreramalteraessignificativasnotrecho.Obstculos,comoposteseplacasmal-posicionados,ervoressemadevidapodaaindapersistem;ocalamentoconti-nua em pssimo estado de conservao.
Este trecho foi consideradocrticonapesquisade2004,baseadoespecifica-mente no Deslocamento, porm em 2009, observou-se outros problemas de Uso e Orientaoqueagravamaacessibilidadedolocal,comoausnciadeplacasinformati-vas e mobilirio mal-distribudo
Trecho A2: InicianafrentedoCentrodeCulturaeEventos(finaldotrechoA1)eterminaemfrenteartuloprximaaoCentrodeConvivncia.
Figura 31 - Passeio regular
Figura 32 - Rampa de grande largura, porm com
inclinao inadequeda
Figura 33 - Passeio Figura 34 -Amploptioque leva at o Centro
deConvivncias
Nestelocalopasseioestbemconservado(figura31),sendoquegrandepar-te dele foi executada recentemente, juntamente com a obra do Centro de Cultura e Eventos.Hinclinaotransversalnosentidododeslocamentodospedestres,masdevido baixa inclinao no chega a comprometer a segurana do trecho. A rampa que faz a ligao deste trecho com o praa seca, em frente Reitoria, possui ampla largura,porminclinaoinadequada(figura32).Algunsequipamentosestomal
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Tabela 18 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho A2
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localizados:rvorescomgalhosbaixos(figura33),hidrante,lixeiras,dentreoutros. Paraacessarotrechohouveanecessidadedevenceraalturadomeio-fio,poisnohrebaixo.ApraaquelevaatoCentrodeConvivnciasamploepossuicala-mentoembomestado(figura34).
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Tabela 19 - Avaliao do componente Orientao - trecho A2
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OtrechoA2encontra-seemcondiessimilaresdedeslocamentodaquelasencontradasem2004:persisteopisoemmosaicoportugus,quecausatrepidaesem cadeiras de roda (no abordado em 2004), no oferecendo conforto e segurana aousurio.Orebaixodopasseiocominclinaoirregular(figura32)mantm-sein-adequado.Noentantoasrvoresforampodadas,aslixeirassubstitudas,pormemnmeroinsuficiente.
Quantoiluminao,perceptveladiferenaentreduaspartesdotrecho,prximasaoCentrodeEventoseaoCentrodeConvivncia.Enquantoaprimeirabem iluminada, na segunda os postes so altos e esto muito espaados entre si, criando reas de penumbra.
Tabela 20 - Avaliao do componente Uso - trecho A2
Comparao 2004 x 2009:
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Neste trecho so encontrados um totem e um mapa, que seriam elementos informativosparaauxiliarnaorientao,pormnenhumdosdoispossuisinalizaottil, e o mapa apresenta cores pouco contrastantes e desbotadas.
Trecho A3: ConsistenotrechoquecomeaemfrenteaoCentrodeConvivnciaeterminaem frente a entrada dos prdios do CED e do CFH.
Figura 35 - Galhos de rvore: risco de acidente
Figura 36 - Acesso aos veculos no nvel do
passeio;rampautilizadatambm por pedestres
Figura 37 - Passeio bem conservado
Figura 38 - Estaciona-mento para pessoas comdeficincia
Os galhos de uma rvore que avanam sobre o passeio compromentendo a alturalivresomuitoperigososaospedestresquetrafegampelolocal(figura35).Nota-sequehpoucasrebaixosdeacessonestesetor(figura36)easqueexistemesto com a inclinao acima do exigido pela legislao. O passeio est bem conser-vado(figura37).Nestetrechofoiimplantadoumsistemaespecialdeacessoparaosveculos. Esses chegam at o estacionamento passando pelo mesmo nvel do pas-seio dos pedestres. No houve rebaixamento no passeio, a passagem dos veculos quefoielevada,fazendocomqueosmotoristasreduzamavelocidadeefiquematentos quanto presena de pessoas no local.
Humestacionamentoexclusivoparaosdeficientesfsico-motoresnolocal(figura38).Aofinaldotrecho,atravessando-searua,encontram-sedoisproblemas:no existe rebaixo do passeio em nenhum dos lados da rua e os veculos estaciona-dosprejudicamapassagematmesmodepessoasquenopossuemdeficincia.
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Tabela 21 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho A3
Avaliao feita em 2009:
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Tabela 22 - Avaliao do componente Orientao - trecho A3
Tabela 23 - Avaliao do componente Uso - trecho A3
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umtrechoconsideradoexcelentequandocomparadocomascondiesdeoutrostrechos,pormquandoanalisadoapartirdosparmetrosdeacessibilidade possvel perceber seus pontos fracos.
A pavimentao recente e bem conservada, mas no foi considerada a im-plantao de pisos tteis. A iluminao alta e espaada, criando locais de penumbra.
onico trechoquepossui vagasdeestacionamentoparadeficiente, essasesto bem sinalizadas e com os afastamentos necessrios. O problema encontrado, em2004,emrelaoaocruzamentodaviamantm-se.:inexistemrebaixamentosdospasseio, faixa de segurana alm do inconveniente dos carros estacionados na via.So encontradosbancosprximosaoCentrodeConvivnciaeaoCentrodeCinciasdaEducao (CED), estando estes em mal estado de conservao.No so encontradas lixeiras e telefones pblicos durante o trecho.
Sendoassim,perceptvelquenoocorrerammudanassignificativasaolongodos 5 anos passados.
Trecho A4:AtravessandoaruanofinaldotrechoA3,comeaestetrechoquevaiatalateraldoprdio A do CCE (Centro de Comunicao e Expresso)
Figura 39 - Abrigo do pontodenibus
Figura 40 - Rampa no pontodenibus
Figura 41 - Passeio em bom estado
Figura 42 - Rtula, pas-seio muito irregular
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Otrechoobstrudoporumabrigodepontodenibus(figura39),masestepossuirampasdos2(dois)lados(figura40).Trechocomvriosrebaixosdopasseio,algunscominclinaesadequadas,outrosno.Opasseioquelevaatartulaestembomestado(figura41),oabrigodopontodenibustambm.Aacessibilidadeespacialdestetrajetomuitoprejudicadanartula(figura42).Opisoestmalcon-servado e as rampas existentes oferecem srios riscos de acidente (devido falta de manuteno ou incorreta execuo) aos usurios que trafegam pelo local.
Tabela 24 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho A4
Avaliao feita em 2009:
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Tabela 25 - Avaliao do componente Orientao - trecho A4
Tabela 26 - Avaliao do componente Uso - trecho A4
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umtrechocompasseio largoedepoucaextenso,pormcomdiferentespisos e estados de conservao. Logo no incio o caminho passa pelo abrigo do ponto denibus (elevado 18 cmdo passeio), nessa parte o piso em concreto est bemmantidoassimcomoasrampasquedoacessoaoabrigo.NartulaprximaaoCCEencontram-sedoistiposdepavimentao,opasseioemconcretomoldadoin locoem mau estado de conservao, e a entrada do estacionamento em paraleleppedo de basalto, tambm mal conservado.
Lixeirasebancosestorestritosaopontodenibuseinexistemplacasdesinal-izao para o pedestre. Neste trecho, a iluminao com postes de mdia altura in-suficiente
Noforamobservadasgrandesalteraesnotrechoanalisado,pormaocon-trriodaavaliaoanterior(2004)acredita-sequeaexistnciadoabrigodopontodenibusnoumaobstruoaodeslocamento,desdequeseuacessosejafeitodemaneira correta, como neste caso.
Trecho A5:CompreendeocaminhonalateraldoCentrodeConvivnciaatasdiferentesalasdoRestaurante Universitrio, formando um U.
Figura 43 - Janela aberta: risco aos transeuntes
Figura 44 - Passeio largo, sem obstculos
Figura 45 - Passeio regular
Figura 46 - Restaurante ao fundo
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Anicabarreirafsicaencontradanestetrechofoiumajanelamaxi-ar,doCen-trodeConvivncias,queabreparafora,numlocaldefluxointensodepedestres(fig-ura43).Opasseionestelocalestemtimoestado(figura44),possuindoamplasu-perfcielivreemquasetodootrecho(figura45).Nohdesnveisnemrvoresqueatrapalhem a passagem dos usurios.
Tabela 27 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho A5
Avaliao feita em 2009:
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Tabela 28 - Avaliao do componente Orientao - trecho A5
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O trecho apresenta bom estado de conservao, com necessidade de ma-nutenoemalgunslocais.Aindapersistemobstculoscomojanelasdotipomaxi-arcom peitoris inadequados, visto que esto em lugares de passagem, alm dos pilares no-sinalizados da cobertura que d acesso ao restaurante universitrio (RU), que podem trazer risco ao transeunte.
Tabela 29 - Avaliao do componente Uso - trecho A5
Comparao 2004 x 2009:
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Ailuminao,bemcomoasplacasdeorientao,soinsuficientes.Omobilirioencontra-se restritoaoscanteiros, sendo inacessvel acadeirantesepouco identi-ficvel.Nestetrechoencontradoumparaciclo,consideradoembomestadodeusoe implantado de forma correta, recuado do passeio.
Considerando a avaliao anterior e o tempo decorrido percebe-se a degrada-pnoestadodeconservaodopisodevidoaograndefluxodepessoas.
Percurso B:
Compreende os trechos B1 ao B5, representado no mapa pela cor azul. Inicia em frente ao Centro de Eventos, segue paralelamente a reitoria em direo a Biblio-teca,continuandopelasualateralatopontodenibusdoCTC(CentroTecnolgi-co).
Figura 47 - Mapa do Campus com os percursos analisados
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Trecho B1:CorrespondeaocaminhoqueiniciaemfrenteaoCentrodeEventosecontinuapara-lelamente a Reitoria at o inicio do caminho que leva a Biblioteca.
Figura 48 - Passeio em frente Reitoria
Figura 49 - Rampa s de um lado da rua
Figura 50 - Passeio sem obstculos
Figura 51 - Local com irregularidades no piso
No incio do trecho encontramos o maior e mais presente problema do cam-pus,relativoaodeslocamentodepessoascomdeficinciamotora:rebaixodopas-seioapenasdeumdosladosdarua(figura49).Opasseiobastantelargo(figura50), sem obstculos terrestres ou areos. O calamento em pedras portuguesas e estirregularemalgunslocais(figura51),masnocomprometemoacessoepas-sagem pelo local. O trajeto plano, h bancos para descanso sob uma imensa rvore situada em frente Reitoria.
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Tabela 30 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho B1
Tabela 31 - Avaliao do componente Orientao - trecho B1
Avaliao feita em 2009:
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umpasseioamploeplano,bemconservado,comalgumasirregularidadesno piso devido falta de manuteno. Inexistem obstculos uma vez que rvores eiluminaoestorestritosaoscanteirospaisagsticos,pormnatravessiadarua,encontra-serebaixodomeiofioapenasemumladodaviaeemmauestadodecon-servao.
Quanto orientao, percebe-se que a iluminao distante e alta. As massas vegetais encontram-se restritas aos locais determinados pelo projeto, assim como as diferentescoresdospisos,nocriandoidentidadesensorialaolocal,nemfacilitandoa orientao do usurio.
Quanto aos mobilirios, inexistem telefones pblicos e os bancos so de con-creto com encosto localizados prximos a massa de rvores em frente reitoria e aostubosdeconcretoutilizadoscomolixeiras.
Decorridos cinco anos da avaliao anterior, percebe-se deteriorao no piso devidoafaltademanuteno,assimcomoapersistnciadoobstculoaodesloca-
Tabela 32 - Avaliao do componente Uso - trecho B1
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Trecho B2:ocaminhoqueconduzotranseuntedareitoriaataentradadabiblioteca.
Figura 52 - Incio do passeio
Figura 53 - Rampa de acesso ponte
Figura 54 - Banco e lixeira no trecho
Figura 55 - Piso de placas de concreto
Opisodeplacasdeconcretoestembomestadodeconservao(figura52);existemduasrampas,noincioefimdaponte,cominclinaesbempequenas(fig-ura53).Nopossuiqualquertipodeobstculosareos,apesardesertotalmentecercadoporrvores.Osbancosdispostosnodecorrerdestetrajeto(figura54)sobastante usados e o trecho conta ainda com lixeiras espalhadas ao longo de toda suaextenso.umlocaldepassagemedescansomuitoutilizadopelosusuriosdocampus.
Avaliao feita em 2004:
mentopreviamenteencontrado:aausnciaderebaixamentoemumdosladosdavia.
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Tabela 34 - Avaliao do componente Orientao - trecho B2
Tabela 33 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho B2
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Oaspectomaiscriticodeste trechooestadoemqueseencontraopiso,h cinco anos encontrava-se em perfeito estado de conservao, e hoje, seja pelas razes das rvores ou pelas manobras irregulares de automveis sobre o passeio, est esburacado e com desnveis perigosos.
Noquedizrespeitoaosoutroscomponentes,otrechopossuinmerosufi-ciente de bancos e lixeiras, possui uma vegetao marcante tanto pelo seu aroma quanto pela sua disposio ao longo do caminho. O nico aspecto mal dimensio-nado para este trecho a iluminao os postes so baixos e no iluminam o trecho deformasatisfatria,devidoagrandedensidadedavegetao.
Trecho B3: umtrechodegrandecirculaoqueligaopontodenibusdemaiorfluxodocampus Biblioteca Universitria.
Tabela 35 - Avaliao do componente Uso - trecho B2
Comparao 2004 x 2009:
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Tabela 36 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho B3
Avaliao feita em 2009:
Opisonestetrechodeconcretosextavadoeestemboascondiesdetrfego(fig-ura57),opasseiotemlarguraadequada(figura58)earampaquelevaatoabrigodopontodenibusteminclinaoadequadaeestembomestado(figura59).Otrechonopossuibarreirasfsicasqueimpeamapassagemdospedestres.
Figura 56 - Incio em frente biblioteca
Figura 57 - Piso de concreto sextavado, em
bom estado
Figura 58 - Passeio largo
Figura 59 - Abrigo do pontodenibus
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Tabela 37 - Avaliao do componente Orientao - trecho B3
Tabela 38 - Avaliao do componente Uso - trecho B3
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Trecho B4: ocaminho lateraldaBibliotecaque ligaruadosCentrosdeCinciasdaSade (CCS) e Tecnolgico (CTC).
Figura 60 - Passeio pela lateral da BU
Figura 61 - Galhos de rvore no local de pas-
sagem
Figura 62 - Piso com ir-regularidades
Figura 63 - Paraleleppe-dos sobre o passeio
Galhos de rvore muito baixos tornam o local passvel de acidente aos que porali circulam(figura61).Opiso,comono trecho03,deconcretosextavado,pormestirregularemgrandepartedopasseio(figura62).Algunsparaleleppedosforamimplantadosnolocaldepassagemdospedestres(figura63),fatoqueinibeaentrada dos veculos, mas atrapalha o passeio dos transeuntes. A rampa que serve
Avaliao feita em 2004:
O trecho possui problemas mnimos na pavimentao, como diferena de altura entre os blocos devido a falta de manuteno permanente, apesar do grande fluxodepedestresdirio.
No que diz respeito ao componente orientao,possui problemas como a poucailuminaoeaausnciadeinformaesvisuais:placaseidentificaodabib-liotecaparaquemcirculanosentidopontodenibus-biblioteca.Jaformaoar-bustivaquemarcaocaminholinearmente,servecomoumrecursosecundriodeorientaonaausnciadeoutrosmeios.
Nestetrechosoencontradosbancoselixeirasprximosaoabrigodenibus.
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Tabela 39 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho B4
Tabela 40 - Avaliao do componente Orientao - trecho B4
Avaliao feita em 2009:
paratravessiapelaruapoucoinclinada,pormsuasuperfciebastanteirregular.
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Neste trechosopercebidasalteraessimplesquepodemfazerdiferenana compreenso do local. Primeiramente foram podadas as rvores que interferiam naaalturalivre,eomeio-fiofoipintadodeamarelo,quegeracontrastecomopisocinza.Pormalgunspontosnegativosnoforamalterados,comoporexemplo,osblocos de concreto dispostos na calada, a falta de manuteno nos rebaixos do pas-seio. Por ser um trecho curto no possui muitos elementos de orientao ou uso, consiste basicamente em uma rea de passagem.
Trecho B5: Este trecho incio no trmino do trecho B4, na lateral da Biblioteca Universi-tria,atopontodenibusemfrenteaoCCS(CentrodeCinciasdaSade)
Figura 64 - Incio do trecho
Figura 65 - Postes mal posicionados
Figura 66 - Vista do trecho
Figura 67 - Abrigo do pontodenibus
Tabela 41 - Avaliao do componente Uso - trecho B4
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O passeio largo, mas alguns postes dispostos sobre ele atrapalham a passa-gemdospedestres(figuras65e66).Asrvoresqueexistemnolocalsoaltas,semgalhos que possam oferecer risco de acidente. Para acessar o local, pelo caminho quetraamos,humrebaixo(6%)emcondiesregularesdeutilizao.Prximoaoabrigodopontodenibusnoencontramosrebaixosdomeiofio,fatoquefazcomque um cadeirante, por exemplo, seja obrigado a percorrer um grande trecho para chegar no passeio.
Tabela 42 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho B5
Avaliao feita em 2009:
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Na poca da avaliao anterior (2004) a pavimentao era recente e bem man-tida,diferentementedoquefoiencontradoem2009,devidoaocrescimentodasr-voresopisoestelevadoeconstituiobstculoaodeslocamento.rvores,placasepostes esto posicionados no meio do passeio, sem sinalizao.
Tabela 43 - Avaliao do componente Orientao - trecho B5
Tabela 44 - Avaliao do componente Uso - trecho B5Comparao 2004 x 2009:
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Percurso C:
Compreende os trechos C1 a C3, representado no mapa pela cor verde. Comeanopontodenibusdartuladabiblioteca,vaiemdireoaoCCEepelalateralatofinaldopercursoA.
Ailuminaoinsuficienteeavegetaonoauxiliaaorientaodosusurios.Osequipamentosencontradosnestetrecho,localizam-senopontodenibus,comobancos, lixeiras e o telefone pblico (sem diferena de altura nas cabines e tecnologia assistiva)
Figura 68 - Mapa do Campus com os percursos analisados
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Trecho C1: otrechocompreendidoentreopontodenibusealateraldartulaatoincio do caminho diagonal que leva ao CCE (Centro de Comunicao e Expresso)
Figura 67 - Vista do passeio
Figura 68 - Faixa de pedestres, rampas nos
dois lados da rua
Figura 69 - Incio da rtula
Figura 70 - Piso em bom estado de conser-
vao
Os rebaixosque servemparapassagementreosdois ladosda rua tm in-clinaesumpoucoelevadasenoestobemconservadas(figura68).Artulautilizadapormuitosacadmicosdocampus(figura69),jqueesteumimportantenentreosdiferentescentrosacadmicos.
O piso do passeio est bem conservado e possui ampla largura livre de obs-tculos(figura70).Emalgunslocaisdestetrechonohrampaeadiferenadenvelgrande,seconsiderarmosparautilizaodeumcadeirantesemauxliodeoutrapessoa.umcaminhomuitoutilizadopelosusuriosdocampusdaUFSC.
Avaliao feita em 2004:
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Tabela 45 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho C1
Avaliao feita em 2009:
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O trecho possui grande circulao de pessoas pelo fato de ser ligao da rea centraldasprincipaisedificaeseoprincipalpontodenibusdentrodocampus.O
Tabela 47 - Avaliao do componente Uso - trecho C1
Comparao 2004 x 2009:
Tabela 46 - Avaliao do componente Orientao - trecho C1
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Trecho C2: Consiste no caminho diagonal que comea na rtula da biblioteca e vai at o prdio do CCE (Centro de Comunicao e Expresso)
Figura 71 - Lixeira no local de passagem
Figura 72 - Passeio com inclinao adequeada
Figura 73 - Piso de pedra portuguesa
Figura 74 - Entrada do CCE
Comobarreirafsicaencontramosumalixeirasituadanomeiodopasseio(fig-ura 71). Passando pela mesma, encontra-se uma pequena inclinao no passeio que segueataedificao(figura72).Opisonestetrechoestdispostocomtrsdife-rentestiposdepavimentao:blocodesextavadodeconcreto,placasdeconcretoepedraportuguesa(figura73).Nohrampasnemdesnveisconsiderveis.
Abrange um trajeto pouco extenso que tem intenso movimento de pedestres, porserumimportantecaminhodeligaoentresetoresdocampus.Seufinalacon-tecenaentradadoprdiodoCCE(figura74).
Avaliao feita em 2004:
passeio bastante amplo, porm apresenta mal estado de conservao, alm de pos-suir rebaixamentos com inclinao inadequados nos cruzamentos das vias.
Quanto ao componente orientao, como nos demais trechos, este sofre da ausnciadeelementosdirecionadores.Lixeirasebancosestolocalizadosapenasnareadoabrigodenibusenooferecemconfortoaousurio.
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Tabela 49 - Avaliao do componente Orientao - trecho C2
Tabela 48 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho C2
Avaliao feita em 2009:
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Este trecho, como na pesquisa anterior, possui um bom estado de conservao, seudesnveissotratadosdeformaadequada,comduasopes:degrauserampas.A lixeira que est disposta no meio do passeio permanece desde a pesquisa feita em 2004.
Boapartedailuminaoprovemdointeriordoprdio,vistoquenoexteriorexistem poucos postes de iluminao, alm disso o nico elemento de sinalizao um totem que est prximo ao trecho analisado.
Comparao 2004 x 2009:
Trecho C3: O trecho analisado lateral ao prdio do Centro de Comunicao e Expresso chegandoataruaemfrenteaoCentrodeConvivncia.
Figura 75 - Passeio em frente ao CCE
Figura 76 - Trecho sob marquise
Figura 77 - Pilar sobre o passeio
Figura 78 - Trecho plano
Tabela 50 - Avaliao do componente Uso - trecho C2
Avaliao feita em 2004:
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Tabela 51 - Avaliao do componente Deslocamento - trecho C3
Avaliao feita em 2009:
EstetrechocomeaemfrenteaoacessodoCCE(figura75),temgrandepartedesuaextensoprotegidaporumamarquise(figura76)eterminanoinciodartulaprximaaoCentrodeConvivncias.
Umpilar localizadonomeiodopasseiosemdevidasinalizao,aofinaldoprdiodoCCE,umabarreirafsicaquecolocaemriscoaseguranadospedestres(figura77).Comootrechoanterior,nopossuidesnvelconsidervelemseutrajeto(figura78).Opisodeblocosdeconcreto,embomestadodeconservao.Galhosde rvores, que comprometem a altura livre,tambm podem causar acidentes aos diversostiposdeusuriosquecirculampelolocal.
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Noltimotrechoanalisado,alarguradopasseioadequadaaoexigidopelanorma NBR 9050/2004. Constatou-se que a pavimentao permanece bem conser-vada,entretantoemfrentesentradasdoprdiodoCCE,devidoaofluxoconstante,necessita de manuteno.
Avegetaonotrazidentidadeaopasseio,jqueestrestritaaoscanteiros,dispostademaneiranolinearesemcaractersticassensoriaismarcantes.
No que diz respeito ao componente uso, o trecho apresenta muitos prob-
Tabela 52 - Avaliao do componente Orientao - trecho C3
Tabela 53 - Avaliao do componente Uso - trecho C3
Comparao 2004 x 2009:
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4.2.2Edificaes
Oresultadodaavaliaodas50edificaesmaisimportantesdaUFSC, real-izada em 2004, mostrado no mapa (Figura 79) e na tabela 54, sendo descritos e explicados detalhadamente a seguir.
Figura 79 -MapadoCampuscomasedificaesanalisadasem2004
lemas, como os bancos que esto mal conservados e dispostos em locais inacessveis acadeirantesouidosos,fazendocomqueosusuriosprefiramseacomodarnohalldo prdio. Em relao ao que foi encontrado em 2004, foram observadas poucas alter-aes,sendoamaissignificativaapodadasrvorescujosgalhosconsistiamemobs-tculos ao pedestre
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Tabela 54 -AvaliaodasEdificaes-2004
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Naavaliaoem2004agrandemaioriadosedifciosanali-sadosfoiclassificadacomoacessvel(76%),sendoqueapenasum,que tem como nico acesso uma grande escadaria, com aproxim-adamentetrintadegrausdivididoemtrslances,foiconsideradoinacessvel-PrdioAdocursodeEngenhariaMecnica-poisumcadeirantenoteriacondiesdeacess-loeumapessoacommuletaspassariaporgrandesdificuldadesparachegaraportadeacesso j que no existe corrimo ao longo da escadaria.
Sopoucososedifciosquepossuemrampasqueservemdeliga-o entre os seus diferentes pavimentos (6%). O nmero de el-evadoresexistentestambmpequeno(em18%dosedifcios),seconsiderarmosquepraticamentetodososprdiosanalisadospossuem mais de um pavimento.
H um nmero razovel de prdios que possuem prximo a seus acessos - i
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