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ALTAS HABILIDADES/

SUPERDOTAÇÃO

ROMPENDO AS BARREIRAS DO

ANONIMATO

ESTADO DE SANTA CATARINA -

Secretaria de Estado da Educação

Fundação Catarinense de Educação Especial - 2011

MÓDULO 3 (16/09/2013)

OBSTÁCULOS PARA IDENTIFICAÇÃO:

• Falta de desafios suficientes no ambiente escolar;

• Dificuldade de reconhecimento por parte dos educadores das habilidades superiores de seus alunos;

• Alunos superdotados com deficiência auditiva, neurológica, motora, emocional ou de aprendizagem (Virgolim, 2005);

• Atrasos eventuais no desenvolvimento físico e psicológico;

• Informações incompletas sobre o tema; • Desconhecimento sobre as múltiplas formas de

enriquecimento, com vistas ao desenvolvimento das habilidades de seus alunos;

• Visão tradicional do ensino centrada na transmissão de informações e não na construção de conhecimento (Perez, 2004);

• Desrespeito às diferenças e a uniformidade do conhecimento (Perez, 2004).

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES

• Caracterizam-se por um conjunto de traços que

podem se manifestar precocemente ou no decorrer do desenvolvimento de forma isolada ou combinada.

• Desenvolvimento físico precoce: sentar, engatinhar e caminhar antes do normal.

• Linguagem adquirida mais cedo, progredindo rapidamente para sentenças complexas, apresentando abundante vocabulário e estoque de conhecimento verbal.

• Curiosidade intelectual, com elaboração de perguntas profundas e persistência até alcançar a informação desejada.

• Aprendizagem rápida com instrução mínima (pouca ajuda ou estímulo de adulto).

• Alta persistência e concentração quando estão interessados.

• Alto nível de energia, que pode levar à hiperatividade, quando são insuficientemente estimuladas (às vezes necessitam de menos horas de sono do que o normal para a idade).

•Interesses por áreas específicas com alto nível de comprometimento, a ponto de se tornarem especialistas nesses domínios.

• Senso de humor desenvolvido. • Sensibilidade aos problemas sociais e aos sentimentos dos

outros. • Grande capacidade produtiva na área de seu interesse. • Gosto pelo desafio. • Criatividade. • Independência de pensamento. • Habilidades em áreas específicas, não necessariamente

acadêmicas.

Autoria do Artigo: Margarida Pocinho

TÍTULO: “SUPERDOTAÇÃO: CONCEITOS E MODELOS DE DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO

PSICOEDUCATIVA”

MODELO DE DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO NA SOBREDOTAÇÃO

• A idade indicada para o diagnóstico é também um ponto controverso. Interessa identificar precocemente, no entanto quanto mais cedo se identifica, menor garantia haverá sobre a precisão do diagnóstico.

• 1. Antes dos 12-13 anos é difícil fazer um diagnóstico preciso, dada a baixa previsibilidade das medidas de avaliação durante os primeiros anos de vida. Além disso, é por volta dos 12 anos que, para alguns autores, a maturação neurológica se consolida e em que a pontuação nos testes começa a estabilizar (CASTELLÓ, 2005).

• 2. Em idades mais baixas é difícil distinguir o que pode ser uma sobredotação, um talento específico ou até um desenvolvimento e uma aprendizagem precoces

VOCÊS CONCORDAM COM ESSAS AFIRMAÇÕES?

QUAIS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO?

• Vários agentes e fontes de informação (pais, professores, educadores, pares) devem estar envolvidos no processo de identificação, pois É importante reunir o máximo possível de informações.

MEDIDAS DA IDENTIFICAÇÃO

• As medidas mais SUBJETIVAS incluem questionários, inventários e informações dos pais e professores, a nomeação por parte dos pares, as autoavaliações e os inventários biográficos.

• Testes psicométricos de inteligência e aptidões, testes de criatividade, classificações escolares e testes de rendimento constituem as provas mais OBJETIVAS e formais.

• Frequente há uma falta de informação sobre as características inerentes a uma pessoa sobredotada, esta pode ser rotulada como neurótica, com personalidade narcisista, com distúrbio hiperativo com déficit de atenção, distúrbio de oposição, perturbação obsessiva-compulsiva e perturbações de humor tais como a depressão e perturbação bipolar (WEBB, 2000).

DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO NO PARANÁ

• TEXTO: Altas Habilidades e Superdotação - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Faculdade de Educação.

• O processo de identificação desse aluno deve ter como base referenciais teóricos consistentes e resultados de pesquisas sobre o tema.

• Existe a necessidade de identificação do individuo com altas habilidades/superdotação, o quanto antes de forma a se evitar problemas de desajustamento, desinteresse em sala de aula e baixo rendimento escolar.

Instrumentos de identificação mais utilizados:

• Testes psicometricos; escalas de características; questionários; observação do comportamento; entrevistas com a família e professores, entre outros.

• A identificação do aluno requer a realização de uma seqüência de procedimentos, incluindo etapas bem definidas e instrumentos apropriados, formando uma combinação entre avaliação formal e observação estruturada. E importante que a identificação seja um processo continuo.

• A identificação deve ser enriquecida por outras fontes de informação, de forma a privilegiar uma visão sistêmica e global do individuo e não somente sua inteligência superior medida por meio de um teste de QI.

• Neste sentido o processo de identificação do aluno deve envolver uma avaliação abrangente e multidimensional, que englobe variados instrumentos e diversas fontes de informações, levando-se em conta a multiplicidade de fatores ambientais. As características como criatividade, aptidão artística e musical, liderança, entre outras, são também consideradas, porem não são medidas por testes de inteligência, tornando essa identificação mais complexa

DELOU> Lista de Indicadores de Superdotação.

• E importante destacar o julgamento, avaliação e observação do professores, sendo possível que o professor indique o aluno mais criativo da turma, com maior capacidade de liderança, maior conhecimento e interesse na área de ciências , maior vocabulário, pensamento critico mais desenvolvido, por isso foi elaborado por Delou (1987) uma lista de indicadores de superdotação. >

Lista de indicadores de superdotação:

• O aluno demonstra prazer em realizar ou planejar quebra-cabeças e problemas em forma de jogos;

• O aluno mantem e defende suas próprias idéias;

• O aluno sente prazer em superar os obstáculos ou as tarefas consideradas difíceis;

• O aluno dirige mais sua atenção para fazer coisas novas do que para o que já conhece e/ou faz;

• O aluno usa métodos novos em suas atividades, combina idéias e cria produtos diferentes;

• O aluno põe em pratica os conhecimentos adquiridos.

Escala de freqüência com que certos comportamentos são registrados no dia-a-dia

do aluno:

• APRENDIZAGEM O aluno demonstra vocabulário avançado para a idade; O aluno possui uma grande bagagem de informações sobre um tópico especifico; O aluno tem facilidade para lembrar informações; O aluno tem perspicácia em perceber relações de causa e efeito.

• CRIATIVIDADE O aluno demonstra senso de humor; O aluno demonstra espírito de aventura ou disposição para correr riscos; O aluno demonstra atitude não conformista, não temendo ser diferente; O aluno demonstra imaginação.

• MOTIVAÇÃO O aluno demonstra obstinação em procurar informações sobre tópicos de seu interesse; O aluno demonstra persistência; O aluno demonstra envolvimento intenso quando trabalha certos tópicos ou problemas; O aluno demonstra comportamento que requer pouca orientação dos professores.

CONCLUINDO ...

• Uma única fonte de informação jamais será suficiente. O desempenho superior pode estar mais relacionado a vida familiar, aos traços de personalidade e ao engajamento em atividades de seu interesse, do que simplesmente as habilidades cognitivas. Estudos recentes estão mostrando que existe a possibilidade de alto potencial em alunos com dificuldade de aprendizagem (uma dificuldade especifica por um lado e o alto potencial por outro). Esses alunos podem encantar com sua fluência verbal, porem sua escrita e ortografia contradizem essa imagem. Algumas vezes esses alunos que parecem saber tudo, se mostram esquecidos, desorganizados e desinteressados.

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