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ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR JOSÉ DA
SILVA COUTINHO
Aluna: Amanda Marinho
AS CONCEPÇÕES DE ARISTÓTELES E DE SARTRE
A primeira grande teoria da liberdade é exposta por
Aristóteles com variantes chegando até o século
XX(quando foi retomada por Sartre). Nessa concepção, a
liberdade se opõe ao que é condicionado externamente e
ao que acontece sem escolha deliberada. Segundo
Aristóteles livre é aquele que tem em si mesmo o princípio
para agir ou não agir. A liberdade é concebida como poder
pleno e incondicional para a autodeterminar-se.
É pensada como uma capacidade que não encontra
obstáculos para se realizar e nem é forçada por coisa
alguma para agir, é espontaneamente plena do agente.
Aristóteles também distingue entre o contingente e o
possível, o primeiro é puro acaso e o segundo só
acontece desde que se decida realizar essa ação.
Nas concepções Aristotélicas a liberdade é o princípio
para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se
como decisão e ato voluntário.
Pode-se dizer que a vontade livre é determinada pela
razão ou inteligência e, nesse caso, seria preciso
admitir que não é causa de si ou incondicionada, mas
que é causada pelo raciocínio ou pelo pensamento.
Filósofos posteriores a Aristóteles dizem que a
inteligência inclina a vontade para uma certa direção,
mas não a obriga, tanto que podemos agir na direção
contrária a indicada pela inteligência ou pela razão.
Para Sartre conformar-se ou resignar-se é uma
decisão livre, tanto quanto não se conformar ou
resignar, lutando contra as circunstâncias.
Sartre faz uma afirmação paradoxal dizendo que:
“estamos condenados a liberdade”. Qual o paradoxo?
Identificar liberdade e condenação, já que são termos
incompatíveis , pois é livre quem não está condenado.
A liberdade é como a necessidade e a fatalidade, não
podemos escapar dela, é ela quem define a
humanidade, sem escapatória.
AS CONCEPÇÕES ÉTICAS QUE UNE NECESSIDADE E
LIBERDADE
A segunda concepção de liberdade, inicialmente foi
desenvolvida por uma escola de filosofia do período
helenístico, o estoicismo. Nela conservava-se a ideia
aristotélica de que a liberdade é autodeterminação e
também a ideia de que livre é aquele que age sem
ser forçado por nada, ele age impulsionado por uma
força própria e interna.
No entanto, esses filósofos não situam a liberdade no ato da
escolha sendo realizada pela escolha pessoal, mas a colocam na
atividade de cada um enquanto parte d um todo necessário, ou
seja, age livremente porque age necessariamente.
O todo pode ser a natureza, a substância ou o espírito como
história, em qualquer dos casos eles são a totalidade como poder
absoluto de ação, agindo segundo seus próprios princípios.
Visto que essa ação provêm da essência, sua ação não é
contingente nem meramente possível, mas necessária, decorre
necessariamente da existência e essência da natureza.
Como explica Espinosa, é pela necessidade da
essência ou do ser da substância que esta age e por
isso sua ação flui espontânea e necessariamente dela
mesma.
Em outros termos, a liberdade não é um poder
incondicionado para escolher, mas é o poder do todo
para agir em conformidade consigo mesmo, sendo
necessariamente o que é e fazendo necessariamente o
que faz.
Liberdade não é escolher e deliberar, mas agir ou
fazer alguma coisa em conformidade com a natureza
do agente que, no caso, é o todo.
LIBERDADE PARA ESCOLHER E PARA FAZER
O que é então liberdade humana? São duas as respostas:
O todo é racional e suas partes também são, sendo livres
quando agirem em conformidade com as leis do todo, para o
bem da totalidade.(estoicos e por Hegel).
As partes são da mesma essência que o todo, são racionais e
livres como ele, dotadas de forças interior para agir por si
mesmas, a liberdade é tomar parte ativa na atividade do todo.
Tomar parte significa conhecer as condições
estabelecidas pelo todo, conhecer suas causas e o modo
como determinam nossas ações. Por outro lado, graças
a tal conhecimento, não ser um joguete das condições e
causas que atuam sobre nós, mas agir sobre elas
também.
Não somos livres para escolher tudo, mas somos para
fazer tudo quanto esteja de acordo com nosso ser e com
nossa capacidade de agir.
Para Espinosa, o homem livre é aquele que age como
causa interna, completa e total de sua ações. Assim
como o todo age livremente pela necessidade de sua
essência, o indivíduo livre age por necessidade da sua
própria essência.
Espinosa não aceita a ideia estoica da liberdade como poderio
ou império da vontade sobre as paixões. Diz ele que não somos
livres porque nossa vontade domina nossas paixões.
Para Hegel, o homem livre é uma figura que aparece na história
e na cultura sob duas formas de princípio.
Na primeira ela coincide com a cultura, o homem livre não se
deixa dominar pelas forças da natureza, dobrando-a à sua vontade
por meio do trabalho, da linguagem e das artes.
O segundo momento, decorre do desenvolvimento interno do
cristianismo, é o surgimento da individualidade racional moderna,
ou do individuo como consciência reflexiva, ou seja como razão e
vontade independente da natureza ou da necessidade natural.
VIDA E MORTE
Vida e morte são para nós humanos, simples acontecimentos
biológicos. Como disse um filosofo, as coisas aparecem e
desaparecem, somente o ser humano vive e morre, isto é existe.
Vida e morte são acontecimentos simbólicos, são significações,
possuem sentido e fazem sentido.
Viver e morrer são a descoberta da finitude humana, de nossa
temporalidade e de nossa identidade: uma vida é minha, e minha
é a morte. Esta, e somente ela completa o que somos, dizendo o
que fomos.
Filósofos estoicos propunham que somente após a
morte pode-se afirmar quem foi feliz ou infeliz.
“quem não souber morrer bem terá vivido
mal”(Sêneca). Enquanto vivos, somos tempo e
mudança, estamos sendo.
A existência precede a essência, segundo
existencialistas.
Morrer é um ato solitário. O morto parte sozinho e
os vivos ficam sozinhos ao perdê-lo.
Resta a saudade e a recordação.
O EU E O OUTRO
A ética é o mundo das relações intersubjetivas, isto é, entre o
eu e o outro como sujeitos e pessoas, portanto, como seres
conscientes, livres e responsáveis. Nenhuma experiência
evidencia tanto a dimensão essencialmente intersubjetiva da
vida, e da vida ética quanto a do diálogo. A vida é
intersubjetividade corporal e psíquica, e porque a vida ética é
reciprocidade entre sujeitos, tantos filósofos deram à amizade o
lugar de virtude proeminente, expressão do mais alto ideal de
justiça.
Num ensaio, Discurso da servidão voluntária,
procurando compreender porque os homens
renunciam à liberdade e voluntariamente servem
aos tiranos, La Boétie contrapôs a amizade à
servidão voluntária.
Espinosa também afirma que o ser humano é mais
livre na companhia dos outros do que na solidão e
que “somente os seres humanos livres são gratos e
reconhecidos uns aos outros “, porque os sujeitos
livres são aqueles que “ nunca agem com fraude,
mas sempre boa fé”.
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