Analise de Corrente Em Resistores

Preview:

DESCRIPTION

Relatório de experimento sobre análise de corrente em resistores.

Citation preview

ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE GERAL

Avaliação de gráfico da tensão pela corrente elétrica

Relatório Nº 05

Evandro Serafim Morais– NM: 21205051

Fagner Ferreira da Costa – NM: 21204687

Luiz Henrique Becker Moreira – NM: 21203563

Prof: Glaucivan Cunha

Manaus - AM, 24 de junho de 2014.

1. INTRODUÇÃO

A corrente que transpassa um circuito onde age uma fonte de tensão é limitada

pela resistência que o circuito impõe. A lei de ohm relaciona a corrente com a

resistência e a tensão. Quanto maior a voltagem, maior será a corrente, enquanto que

quanto maior a resistência, menor a corrente que passa pelo circuito. A resistência

dissipa energia em forma de calor, e este fato leva à uma medida de corrente diferente

toda vez que se altera o valor da resistência. Teoricamente, a simples relação da lei de

ohm nos mostra o valor teórico da resistência. Por outro lado, quando se lida com a

montagem de um circuito em qualquer escala, deve-se ter em mente que este sofrerá

perdas. Por meio de um amperímetro, é possível comparar os valores medidos e teóricos

e se inferir os erros decorrentes de tais perdas.

Objetivo: Determinar a resistência através de um gráfico da tensão em função da

corrente elétrica passando por um resistor.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

2.1. Resistores

‘ Resistores são semicondutores que tem a função de dificultar a passagem de

corrente elétrica, por meio de um fator conhecido por resistência elétrica (R). Ao

realizar esta tarefa, o resistor acaba por dissipar energia, que é aproveitada nos mais

variados equipamentos eletrônicos existentes atualmente. Daí sua grande importância na

sociedade atual.

2.1.1. Lei de Ohm

A intensidade de corrente (i) que atravessa um condutor é diretamente

proporcional a tensão (U) aplicada nos dois extremos do mesmo. A constante de

proporcionalidade entre estes dois parâmetros é a resistência (R), e a equação fica

descrita por:

𝑈 = 𝑅𝑖

E o condutor que segue esta relação é ôhmico. Caso contrário, é não-ôhmico

2.2. Associação de Resistores

Os resistores podem ser associados em um determinado circuito em diferentes

formas, a dizer:

2.2.1. Associação em série

Associação onde a corrente elétrica só possui um dado caminho a percorrer,

passando por resistores acoplados seqüencialmente. Nesse tipo de circuito, existe uma

resistência total que é a soma de todas as resistências individuais, conforme está

expresso pela equação abaixo:

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 +⋯+ 𝑅𝑛

Pelo fato da corrente percorrer somente um caminho neste modelo de circuito, a

corrente será a mesma ao longo desta trajetória. Contudo, a tensão será diferente, em

cada resistor. Da mesma forma que com a resistência elétrica, a tensão total pode ser

calculada de maneira análoga, ou seja:

𝑈𝑒𝑞 = 𝑈1 + 𝑈2 +⋯+ 𝑈𝑛

que indica que a tensão equivalente será igual a soma das tensões em cada resistor. Para

o cálculo das tensões individuais, é necessário o emprego da lei de Ohm, conforme

expressa no tópico 2.1.1.

2.2.2. Associação em paralelo

Aqui também existe uma resistência elétrica equivalente, porém, esta é expressa

de maneira distinta da apresentada em uma associação em série, conforme visto abaixo:

1

𝑅𝑒𝑞=

1

𝑅1+

1

𝑅2+⋯+

1

𝑅𝑛

Quanto maior o número de resistores em um circuito em paralelo, menor será a

resistência equivalente. Neste caso, a corrente se divide entre os resistores, enquanto a

tensão é a mesma sobre cada resistor individual. Sendo assim, a corrente total em uma

associação paralela é dada por:

𝐼𝑒𝑞 = 𝐼1 + 𝐼2 +⋯+ 𝐼𝑛

E a tensão pode ser calculada pela lei de Ohm, separadamente para cada componente do

circuito.

2.3. Lei de Kirchhoff

Em alguns casos, não é possível se calcular um circuito apenas com utilizando as

relações entre os resistores, sendo estes estando em paralelo ou em série. Para tanto, é

necessário o emprego de outras ferramentas, bem como da lei de Ohm, para resolução

efetiva de tais casos. As leis de Kirchhoff são estas ferramentas, e estas são duas: (1) A

primeira lei de Kirchhoff, ou lei das correntes e (2) a segunda lei de Kirchhoff, ou lei

das tensões.

2.3.1. Primeira Lei de Kirchhoff

A primeira lei de Kirchhoff afirma que o somatório das correntes em um nó é

sempre igual a zero. Expressando matematicamente esta sentença, tem-se:

𝐼𝑖 = 0

𝑛

𝑖=0

Por convenção, as correntes que entram no nó são positivas, enquanto as que

saem do nó são negativas. Outra forma de interpretar esta lei é afirmando que a soma

das correntes que entram em um nó é igual a soma das correntes que saem deste nó.

2.3.1 Segunda Lei de Kirchhoff

A lei das tensões é aplicada nas malhas de um circuito. Se no circuito existir

mais de uma fonte de f.e.m, deve-se determinar a resultante das mesmas para o uso

desta lei.

Nas quedas de tensão as cargas se dirigem para um potencial mais baixo

havendo o consumo da energia das cargas, convertendo-a para uma forma de energia

não-elétrica, por exemplo, calor, luz etc. Assim, ao percorrer uma malha fechada,

percebe-se que toda a energia entregue às cargas num trecho do circuito elétrico é

dissipada num outro trecho.

A tensão é então a energia cedida pelas cargas ou retirada das mesmas durante

seu movimento. Daí, a segunda lei de Kirchhoff afirma que a soma algébrica das

tensões (f.e.m e quedas de tensão) ao longo de uma malha elétrica é igual a zero.

Matematicamente:

𝑉𝑖 = 0

𝑛

𝑖=0

Para aplicação desta lei, são necessários os seguintes procedimentos:

Atribuir sentidos arbitrários para as correntes em todos os ramos;

Polarizar as fontes de f.e.m. com positivo sempre na placa maior da

fonte;

Polarizar as quedas de tensão nos resistores usando a convenção de

elemento passivo e sentido convencional de corrente elétrica;

Montar a equação percorrendo a malha e somando algebricamente as

tensões. O sinal da tensão corresponde ao sinal da polaridade pela qual se

ingressa no componente, independentemente do sentido da corrente

elétrica.

3. Materiais utilizados:

Quatro resistores com diferentes resistências

Multímetro

Fonte de tensão

Placa protoboard

Pontas de prova

4. PROCEDIMENTOS:

4.1. Procedimento Experimental:

Foram montados quatro circuitos, arranjando-se, a cada novo circuito, os

resistores de forma que a resistência resultante pela qual foi passada a corrente a ser

medida foram, respectivamente, 470 Ω, 1 kΩ, 2,2 kΩ e 3,9 kΩ.

A forma geral que cada circuito foi montado seguiu o esquema abaixo,

associando um ou mais resistores em série para atingir o valor desejado de resistência.

Figura 01: Tensão sendo aplicada em resistores em série.

4.2. Procedimento Teórico;

Para que seja feita a leitura da corrente entre dois terminais, deve-se posicionar o

amperímetro – utilizando o multímetro e as pontas de prova – de forma que ele esteja

em série com o circuito. Desta maneira, a corrente que atravessa o resistor pode ser

medida, uma vez que é a intensidade do fluxo da corrente elétrica que se está

interessado. Caso apareça um valor negativo no amperímetro, a polaridade está

invertida. Para o calculo da corrente teórica, utiliza-se a lei de ohm que relaciona

resistência, tensão e corrente. A resistência é feita pela leitura das faixas de cada

resistor, enquanto que a tensão desejada é medida pelo multímetro.

5. RESULTADOS

O circuito utilizado está representado no esquema a seguir:

Figura 02: Diagrama para o circuito utilizado no experimento.

Foram realizadas medições de tensão e corrente para diversas tensões aplicadas

ao circuito ilustrado acima utilizando-se quatro resistores diferentes, cujos valores de

resistência, nominais e medidos estão dispostos na tabela a seguir:

Tabela 01: Valores nominais e experimentais dos resistores utilizados no experimento

Resistor Valor Nominal (Ω) Valor Medido (Ω)

Resistor 1 (R1) 2 x 240 Ω = 480 Ω 476 Ω

Resistor 2 (R2) 1000 Ω 991 Ω

Resistor 3 (R3) 2400 Ω 2375 Ω

Resistor 4 (R4) 3900 Ω 3870 Ω

Os resultados das medições estão dispostos na tabela a seguir:

Tabela 02: Valores das correntese tensões medidas no experimento

Corrente (mA)

Tensão

Teórica (V)

Tensão

Medida (V)

Resistor 1

(480 Ω)

Resistor 2

(1000 Ω)

Resistor 3

(2400 Ω)

Resistor 4

(3900 Ω)

0 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00

2 1,96 3,99 2,03 0,79 0,49

4 3,96 8,28 4,02 1,66 1,03

6 6,00 12,6 6,15 2,55 1,57

8 7,96 16,7 8,18 3,39 2,06

As medições foram realizadas com o objetivo de determinar-se os valores de

resistência dos resistores graficamente, através da inclinação da reta de regressão linear

gerada para o gráfico, de acordo com a lei de Ohm para resistores lineares.

Os gráficos para os quatro resistores estão representados a seguir, onde as

tensões utilizadas são as tensões medidas, apresentadas na tabela 02:

Gráfico 01. Gráfico da lei de Ohm para o resistor 1

V = 0,4741*I + 0,038

R = 474,1 Ω

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Ten

são/V

Corrente/mA

Gráfico 02. Gráfico da lei de Ohm para o resistor 2

Gráfico 03. Gráfico da lei de Ohm para o resistor 3

V = 0,9726*I + 0,0156

R = 972,6 Ω

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Ten

são/V

Corrente/mA

V = 2,332*I + 0,0669

R = 2332 Ω

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Ten

são/V

Corrente/mA

Gráfico 04. Gráfico da lei de Ohm para o resistor 4

Os valores das resistências, nominais, medidos através do multiteste e calculados

a partir do gráfico estão na tabela a seguir, assim como os desvios apresentados pelos

valores calculados em relação aos valores nominais:

Tabela 03: Valores nominais e experimentais dos resistores utilizados no experimento

Resistor Valor Nominal

(Ω)

Valor Medido

(Ω)

Valor Calculado

a Partir do

Gráfico (Ω)

Desvio

(ΔR)

Resistor 1 (R1) 2*240 Ω = 480 Ω 476 Ω 474 Ω -1,25%

Resistor 2 (R2) 1000 Ω 991 Ω 973 Ω -2,70%

Resistor 3 (R3) 2400 Ω 2375 Ω 2330 Ω -2,92%

Resistor 4 (R4) 3900 Ω 3870 Ω 3830 Ω -1,80%

6. CONCLUSÃO

Através do experimento e dos cálculos realizados podemos concluir que houve

um pequeno desvio nas resistências calculadas através do gráfico em relação aos valores

nominais dos resistores.

V = 3,830*I + 0,0352

R = 3830 Ω

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Ten

são/V

Corrente/mA

Devido a magnitude dos desvios (menores que 3%), os mesmos podem ser

explicados pelos erros inerentes à prática experimental que, em geral, admite erros de

até 5% em seus resultados. Outra fonte possível de erros são as pequenas variações na

corrente que podem ter afetado os resultados, além das perdas de energia entre os

componentes do circuito (cabos e protoboard).

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Duarte, J.L., Appoloni, C.R., Toginho Filho, D.O.,Zapparoli, F.V.D.,Roteiros de

Laboratório Laboratório de Física Geral II 1a Parte (Apostila),Londrina, 2002.

http://eletrinform.blogspot.com.br/p/resistores-potencia-de-resistores.html. Data:

10/05/2014.

http://www.ensinodefisica.net/2_Atividades/anee_femag_resistor-

eletrico.pdf. Data: 10/05/2014.

Recommended