Análise de pirâmides etárias - 8º Ano

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Escola Secundária de Penafiel Geografia 8º Ano

Análise de pirâmides etárias Na análise de uma pirâmide etária deve fazer-se sempre uma:

Introdução, que refira a escala de análise (país, distrito, região, concelho…), a fonte e o

ano a que corresponde a informação;

Análise geral, que apresente as principais características:

a) análise da base (estreita, larga, se tem diminuído ou aumentado);

b) análise do topo (se comparativamente com a base é largo ou estreito);

c) as diferenças entre os sexos.

Analise pormenorizada, que explique as características da pirâmide em relação à :

a) Natalidade;

b) Mortalidade;

c) Esperança média de vida;

d) acidentes demográficos (guerras migrações, epidemias…)

Conclusão, que classifique a população:

a) jovem;

b) jovem com tendência para envelhecer;

c) adulta;

d) envelhecida;

e) envelhecida com tendência para rejuvenescer.

Existem quatro tipos de pirâmides etárias, classificadas quanto à sua forma:

-Pirâmide Jovem ou crescente: Base larga e topo estreito, país pouco desenvolvido

com TN elevada e baixa EMV

-Pirâmide Adulta ou Transição: Zona central tão larga quanto a base, país em

desenvolvimento com uma ligeira quebra na TN

-Pirâmide Idosa ou Decrescente: Base estreita e Topo largo, país desenvolvido, baixa

TN e elevada EMV

-Pirâmide rejuvenescente: Idêntica à Idosa, ligeiro aumento na largura da Base fruto

das politicas natalistas

Ficha Informativa

FICHA

Tipologia das pirâmides

As estruturas e os comportamentos sociodemográficos A estrutura etária

A evolução da população reflecte, através da análise dos seus indicadores

demográficos, as características da população em termos da sua estrutura etária.

A estrutura etária, ou seja, a composição da população por idades, é muito importante para se compreender e estudar a população de um país ou região, pois, por exemplo, poderá saber-se se a população tenderá a aumentar ou diminuir a partir da sua tendência para o envelhecimento ou juventude.

Assim, por exemplo:

Quanto maior for a taxa de natalidade, maior será a percentagem de população jovem, o que leva a um crescimento da população;

Quanto menor for a taxa de mortalidade, maior vai ser a esperança

média de vida, o que leva a um aumento da percentagem de idosos e, geralmente, a uma diminuição do crescimento da população.

A estrutura etária de uma população pode ser representada graficamente,

através de uma pirâmide etária ou pirâmide de idades. As pirâmides etárias permitem, através da sua forma e irregularidades:

Identificar a estrutura etária (por exemplo se a população é jovem ou idosa);

Conhecer os acontecimentos passados;

Fazer projecções futuras.

Normalmente, para se caracterizar a estrutura etária de uma população utilizam-se os grupos etários, que dividem a população em:

Jovens – dos 0 aos 14 anos;

Adulta – dos 15 aos 64 anos;

Idosa – a partir dos 65 anos.

Numa análise ainda mais pormenorizada, a população pode ser agrupada em classes etárias quinquenais – 5 anos (0-4, 5-9, 10-14, …) ou mesmo em classes mais extensas.

Tipo de pirâmides etárias - Portugal

Classe Oca: É o nome que se dá a uma classe que é menor do que aquela que representa

o escalão etário superior.

Estrutura etária da população portuguesa

A população portuguesa tem sido caracterizada por alterações na proporção dos grupos

etários, sobretudo na proporção dos jovens e dos idosos.

É notório o decréscimo da percentagem de jovens e o aumento significativo dos idosos.

A proporção de adultos tem variado pouco, verificando-se uma tendência para a

diminuição, uma vez que os jovens adultos serão cada vez menos.

Envelhecimento em Portugal

Pirâmide etária, Portugal, 2000 e 2005

Uma actualização da situação do envelhecimento em Portugal até 2005.

Apesar de se tratar somente de 5 anos o efeito “envelhecimento” continua bem marcado

na estrutura etária portuguesa. Veja-se, por exemplo, que a base da pirâmide continua a

estreitar, ao mesmo tempo que o topo continua a “alargar”. Isto traduz uma baixa de

natalidade (estreitamento na base) e um aumento do número de idosos (alargamento no

topo) e consequente aumento na esperança média de vida.

O acentuar do estreitamento na base da pirâmide verifica-se até às classes etárias dos 25

anos (aproximadamente), altura em que a situação se inverte, ou seja, verifica-se, a

partir daqui um aumento de efectivos até às classes etárias mais elevadas no ano de

2005.

As pirâmides etárias da seguinte figura testemunham as alterações verificadas na

estrutura etária da população portuguesa.

Constatamos, então, que a população portuguesa tem vindo a envelhecer, o que está

materializado em 1981, que testemunha claramente uma situação de duplo

envelhecimento – envelhecimento pela base (causado pelo decréscimo da população de

jovens) e envelhecimento pelo topo (aumento da proporção de idosos).

As pirâmides traduzem as assimetrias regionais (litoral /Interior

Duplo envelhecimento: Envelhecimento pela base e pelo topo:

• A proporção dos jovens em relação à população total traduz o envelhecimento

pela base - Classes ocas na base – reflexo de redução da taxa de natalidade

(redução dos efectivos em idade de procriar).

• A proporção dos idosos em relação à população total traduz o envelhecimento

pelo topo.

• Desigualdade dos efectivos do sexo masculino e feminino – nascem mais

indivíduos do sexo masculino (105 rapazes para 100 raparigas); a partir dos 45

anos, a situação inverte-se (têm imigrado mais homens do que mulheres e, por

outro lado, em média os homens morrem mais cedo do que as mulheres).

• A pirâmide do Norte Litoral apresenta uma população jovem adulta maior - base

mais larga - maior taxa de natalidade, maior tradicionalismo e religiosidade.

• A pirâmide do Alentejo Interior apresenta população adulta maior - uma base mais

estreita e maior extensão das barras no topo– menor taxa de natalidade –

redução dos efectivos em idade de procriar, maior retracção (classes ocas) das

classes etárias da população adulta (escalões dos 40 aos 54 anos) devido à

emigração e ao êxodo rural , logo descida da natalidade.

População de todo o país está num processo de envelhecimento, embora mais marcado

nos distritos do interior (envelhecimento da população e consequentemente redução da

natalidade, êxodo rural, emigração).

Factores que levam ao envelhecimento Declínio da taxa de natalidade (reduzem-se as probabilidades de nascimento) e a não

renovação de gerações – inferior a 2,1 (este aspecto não pode ser dissociado da

emigração) e a desertificação demográfica de algumas áreas do país, decréscimo da taxa

de mortalidade; aumento da esperança média de vida.

Consequências demográficas Diminuição da taxa de natalidade, não renovação das gerações, envelhecimento da

população

Resumo:

Evolução da estrutura etária em Portugal

Foi até à década de 60 um dos poucos países a possuir uma população

predominantemente jovem.

Para este facto contribuíram: -características rurais;

-pouca difusão dos métodos contraceptivos;

-fraca presença mulheres no mercado de trabalho;

-a elevada natalidade

Na década de 60 verificou-se alguma alteração como consequência da guerra colonial e

da emigração.

Na década de 70 verificou-se mais uma alteração como consequência do: -êxodo rural;

-alargamento escolaridade obrigatória;

-alterações modo de vida.

Actualmente a pirâmide de Portugal é idosa tendo como factores: -diminuição natalidade;

-diminuição mortalidade;

-aumento da Esperança Média de Vida.

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