Anatomia, Histologia e Fisiologia Do Periodonto-27!02!2014

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Normas

cronograma

materiais/instrumentais

Programa do curso no quarto período

• Anatomia, Histologia, Fisiologia do Periodonto.

• Microbiologia Microbiologia das DP

• Patogenia das DP / Entrega do trabalho de Micribiologia

• Instrumentação em periodontia

• Classificação das DP e suas Características Clínicas

• Exame e diagnóstico em Periodontia

• Tratamento da Gengivite e Periodontite

• Controle Químico da Placa Supra Gengival.

• Controle Mecânico da placa e Lesões Agudas

Periodontia /

Periodontologia

DEFINIÇÃO

É a ciência que estuda os tecidos normais e as doenças dos

tecidos, sistema de implantação e suporte dos dentes, suas

formas de tratamentos e prevenção

Doença infecto-inflamatória produzida da interação entre os biofilmes

e a resposta inflamatória e immune do hospedeiro

Como perdemos os dentes?

Algum dentista já fizeram

exame periodontal em vocês?

…e exame de cáries?

…como?

O que é periodontia? Ou

periodontologia?

Disciplina que estuda os tecidos de revestimento e suporte

dos dentes – gengiva, osso alveolar, ligamento periodontal e

cemento - sua fisiologia, suas alterações patológicas e as

diferentes formas de tratamento e sua prevenção

Anatomia, Histologia e

Fisiologia do Periodonto e sua

relação com Implantes

Osseointegrados

MUCOSA ORAL

Mucosa mastigatória

Mucosa de revestimento

Mucosa especializada

Gengiva

Dentina

Cemento

Osso alveolar

Ligamento

periodontal

Fisiologia do periodonto

• Função principal de inserir o dente no

tecido ósseo e manter a integridade da

superfície da mucosa mastigatória da

cavidade oral.

PERIODONTO

1. Periodonto de

proteção

1. Periodonto de

sustentação

PERIODONTO DE PROTEÇÃO

Gengiva

• Parte da mucosa mastigatória, cobre o osso alveolar e circunda a porção cervical dos dentes

• Assume sua forma e textura definitiva com a erupção dos dentes

Periodonto de proteção

• Função física de proteção da articulação

alveolo-dentaria do trauma da mastigação

e da invasão microbiana

Características clínicas

Gengiva Gengiva marginal

Gengiva inserida

Áreas interdentárias

Gengiva marginal• Circunda os dentes em forma de colarinho.

• Contorno parabólico

• Sulco gengival

1 a 9 mm

Sulco gengival• Limites: superfície dentária e epitélio da

margem livre da gengiva

• Forma V, permite a sondagem

Sulco gengival

• Profundidade de sulco

histológico: 0,69 a

1,5mm

• Profundidade de sulco

clínico: 1 a 3mm

MÜLLER

PROFUNDIDADE DE BOLSA

• Profundidade histológica: distância da margem gengival ao início do epitélio juncional (epitélio do sulco)

• Profundidade clínica (sondagem): penetração da sonda na bolsa/sulco clínico

Gengiva inserida

Linha mucogengival

Gengiva inserida

Largura da gengiva

querainizadaLargura da gengiva

inserida

Fenotipo periodontal

Gengiva Inserida

• Textura firme, cor rósea, pontilhado em

casca de laranja em 40% dos adultos.

• Inserção firme ao osso alveolar e cemento

• Largura variável

• Palatina: união imperceptível com o palato

• L. da mandíbula termina em junção com a

mucosa alveolar L

Gengiva interdental

• Forma dos pontos ou

superfícies de contato

• Largura da superfície

proximal

• Anatomia da JEC

Gengiva interdental

• Col

Papila

Col

Papila

EJ

EJ

Espaço esmalte

• A gengiva sadia não sangra à sondagem.

• Gengiva normal com altura reduzida

Anatomia microscópica

Epitélio oral, epitélio do sulco e

epitélio juncional

Epitélio

• Função de proteger as estruturas mais

profundas, ao mesmo tempo que permite a

troca seletiva com o ambiente bucal.

Epitélio oral

• Pavimentoso

• Estratificado

• Ceratinizado

Epitélio oral

• Camada basal

• Camada espinhosa

• Camada granulosa

• Camada córnea

Epitélio oral

• Cels. produtoras de queratina

• Cels. Langerhans: fagócitos mononucleares,

propriedades antigênicas

• Melanócitos

• Celulas de Merckel: terminações de fibras

nervosas. Receptores táteis.

Epitélio do sulco

• Pavimentoso,

estratificado

• Não queratinizado

• Espaços intercelulares

menores que o EJ

E

EJ

E. sulco

Lâmina

própria

Epitélio do sulco

• Age como membrana semipermeável, com

passagem de produtos bacterianos

prejudiciais e do fluido sulcular

≠ de função

Epitélio sulcular e oral

• Presença de cristas

epiteliais

• Renovado por divisão

da camada basal

Epitélio Juncional

• Escamoso, estratificado, não queratinizado.

• Alto índice de renovação (turn over)

• Estrato basal e suprabasal

• Amplos espaços intercelulares

• Fluido sulcular

Epitélio Juncional

Aderido à superfície

dental por uma lâmina

basal interna e ao tecido

conjuntivo por uma

lâmina basal interna

EJ

Espaço do

esmalte

Dentina

Epitélio juncional

• Ausência de cristas

epiteliais

• Mais largo na porção

coronária

• Renovação na camada

basal

• Não queratinizado

• Hemidesmossomas

L Própria

Extrato basal

Espaço do

esmalte

EJ

Epitélio sulcular e juncional

• Pela justaposição protegem da invasão

microbiana

• Fluido do sulco – exsudato inflamatório

Epitélio dento-gengival

Epitélio juncional x Epitélio sulcular

• 2 camadas de células

• As células são maiores

• Maior espaço entre as células

• Menos desmossomos

Diferenças entre os epitélios• Tamanho das cels. do EJ relativamente menor

em relação ao volume do tecido do que no EO

• Em relação ao volume de tecido o espaço

intercelular é mais largo no EJ que no oral

• Número de desmossomos menor no EJ que no

oral

Epitélio juncional

• Formado pela fusão do

epitélio reduzido do

esmalte com o epitélio

da mucosa oral

• É completamente

formado após

instrumentação ou

cirurgia, forma-se ao

redor de implantes.

Renovação do epitélio gengival

• Periodicidade de 24 hs

• Maior taxa mitótica nas área não

queratnizadas. Elevada na gengivite.

• Renovação da gengiva 10 a 12 dias

• Renovação do EJ: 6 dias

Quando ocorre degradação das fibras principais

inseridas no cemento (doença periodontal) , o

epitélio juncional migra em sentido apical ou

até encontrar fibras intactas

• “Gengivas clínicamente sadias, apresentam

leve grau de inflamação, que dependendo da

inflamação pode resultar na maior passagem

de fluido gengival”

Tecido conjuntivo gengival

• Lâmina própria

• Camada papilar e camada reticular

• Fibras colagenas 60%

• Fibroblastos 5%

• Vasos nervos e matriz 35%

Fibras

Colágenas

Reticulares

Oxitalânicas

Elásticas

Células

• Fibroblastos (60%)

• Mastócitos (componentes da matriz, subst.

vasoativas (ex.: histamina)

• Macrófagos (defesa imunológica)

Células-células inflamatórias-

• Neutrófilos – rico em enzimas

• Linfócitos – sistema imune adquirido

• Plasmócitos – rica em ribossomos. Mitocôndrias e

complexo de golgi

Matriz

• Proteoglicanas

• Glicoproteínas

• Lipidios

• Macromoléculas - Glicosaminoglicanas - permitem

trocas iônicas e movimentação de pequenas moléculas

• Água

• Função estrutural e amortecimento (resistente contra

deformações)

Fibras gengivais

Fisiologia

• Compressão da G. marginal firmemente ao

encontro de dente

• Fornecem rigidez para suporte das forças

mastigatórias

• União da G. marginal livre com o cemento e

a G. inserida ao dente

Fibras colágenasCélulas produtoras de colágeno:

• Fibroblastos

• Osteoblastos

• Cementoblastos

Fibras colágenas

• Circulares

• Dentogengivais

• Dentoperiostais

• Transeptais

Erupção passiva

• Recessão gengival

• A distância entre a

extremidade apical do

EJ e crista óssea

permanece constante

(1,07mm)

Carranza

PERIODONTO DE

SUSTENTAÇÃO

Ligamento periodontal

• Tecido conjuntivo frouxo ,

ricamente vascularizado e

celular, circunda as raízes

dos dentes e une o cemento

radicular ao osso alveolar

Ligamento

Osso

alveolar

Cemento

Ligamento periodontal

Funções físicas

• Proporcionar um invólucro de tec. moles paraproteger vasos e nervos de injúrias mecânicas

• Transmissão de forças ao osso

• Fixar o dente ao osso

• Ressistir ao impacto de forças oclusais

• Largura aproximada de 0,25mm

Ligamento Periodontal1) TOPOGRAFIA

• Variação na espessura:- de 0,1-0,4 mm;- variação entre decíduos e permanentes;- variação inter e intra-dental; - varia de acordo com a carga funcional.

Ligamento periodontal

Função formadora e remodeladora

• Do cemento, ligamento e osso alveolar

Ligamento periodontal

Função nutricional e sensorial

• Nutrição para o cemento, osso e gengiva.

• Drenagem linfática

• Fibras nervosas: tato, pressão e dor

Ligamento periodontal

• Fibras colágenas

• Fibras oxitalânicas

• Substância fundamental amorfa

Vasos sangüíneos

Fibras principais

Fibras colágenas

• Grupo da crista

• Grupo horizontal

• Grupo oblíquo

• Grupo apical

• Grupo interradicular

F da crista

Horizontal

Oblíquo

Apical

Dentina

Cemento Ligamento

periodontal

Interradicular

Células do ligamento periodontal

• Fibroblastos

• Osteoblastos

• Cementoblastos

• Céls. epiteliais e nervosas

Fibroblasto

• Formação e destruição do colágeno

• Rico em fosfatase alcalina, capacidade

contrátil e migratória, importantes no

desenvolvimento e reparação do ligamento

Ligamento periodontal

• Mais estreito a nível médio da raiz

Cemento radicular

• Tecido calcificado especializado que

recobre as superfícies radiculares dos dentes

e ocasionalmente as coroas dos dentes

• Não contém vasos sangüíneos e linfáticos e

nervos

• Não sofre remodelação e reabsorção

fisiológica

• Deposição contínua ao longo da vida

Cemento radicular

• Fibras colágenas em matriz orgânica

• Hidroxiapatita 65% do peso

Cemento radicular

Funções

• Insere as fibras do ligamento periodontal

• Contribui para reparo após danos à

superfícies radicular

Tipos de cemento

• Cemento acelular de fibras extrínsecas

• Cemento celular de fibras mistas

• Cemento celular de fibras intrínsecas

Cemento acelular de fibras

extrinsecas

• Terço cervical

• Matriz fibrosa

• Aspecto homogêneo

• Fibras colágenas regularmente dispostas

• Fibras de Sharpey

• Linhas incrementais

• Decresce no sentido antero-posterior

Feixe

colágeno

FibroblastoFeixe colágeno

Cemento

acelular

Esmalte

Dentina

Cemento acelular

Fibras secundárias

do ligamento

periodontal

Fibras ppais do liga-

mento periodontal

Cemento

“A exposição da porção cervical da raíz

resulta na perda de fina camada de cemento

acelular com hipersensibilidade da região”

Cemento celular de fibras mistas

• A partir do terço médio e nas furcas

• Mais espesso que o acelular

• Cementócitos

• Matriz (fibroblastos e cementoblastos)

• Mineralização incompleta das fibras de Sharpey

• Cementóide

• Celulas clásticas

Lacuna

Camada

externa

Dentina

Camadas

alternadas

Região

do lgto

C

D

Lacuna

Canaliculos

Células clásticas

Região do cemento

reabsorvido

Forame apical

Superfície do cemento

Cemento celular de fibras

intrínsecas

• Não se forma em conjunto com a formação

do dente

• Formado somente em casos de reparação

Ligamento

periodontal

Cemento

Osso

alveolar

C acelular

de fibras

extrínsecas

LIMITE AMELOCEMENTÁRIO

Constitui a separação

anatômica entre a coroa

e a raíz do dente, sendo

importante em alguns

procedimentos clínicos.

Em periodontia é o

ponto de referência para

determinar o aumento da

gengiva ou perda de

inserção

Tipos de relação cemento-

esmalte

Cemento

Dentina

Esmalte

Dentina

Cemento

Esmalte

Fibras de Sharpey

• Porções das fibras

principais do

ligamento periodontal

que estão embutidas

no cemento radicular e

osso

Cemento acelular Lgto perio

dontal

Fibras ppais do lgto periodontal

F.

Sharpey

Fibras de Sharpey

• Mineralização total no cemento acelular ou

parcial no cemento celular e ossoCentro não mineralizado

Porção mineralizada

Região entre as fibras

de Sharpey

Fibras de Sharpey

• As inseridas no cemento tem menor

diâmetro e são mais numerosas que as que

se inserem no osso alveolarOsso Lgto

Cemento

F. Sharpey

Cemento

acelular

Dentina

Cementoide Fibra ppal do lgto

Fibroblasto

Fibras de Sharpey

• Sistema extrínseco: produzido por

fibroblastos do ligamento periodontal

• Sistema intrínseco: produzido por

cementoblastos. Direção paralela ao longo

eixo da raíz.

Sistema intrínseco e extrínseco

Osso alveolar

• Em conjunto com o cemento e ligamento

constitui o aparelho de inserção dos dentes

• É a parte da maxila e mandíbula que da

suporte aos alvéolos dos dentes

Osso alveolar

• Osso basal

• Processo alveolar

• Osso alveolar

propriamente dito

Processo

alveolar

Osso

basal

Cortical

Osso

alveolar

Crista

Osso alveolar

• Processo alveolar: porção da maxila e

mandíbula que suporta os alvéolos dentáros

• Reabsorve após a extração do dente

• Maior espessura na distal de molares e

premolares

Osso alveolar propriamente dito

• Parede interna do alvéolo (lâmina dura)

• Lâmina cribiforme

• Não constitui uma camada contínua

Osso basal

• Porção dos maxilares localizada

apicalmente mas não relacionada com os

dentes

Osso alveolar

Funções de sustentação e distribuição de

forças geradas durante a mastigação e

contato dental

Osso alveolar

• Osso compactp

• Osso esponjoso

• Osso fasciculado

• Periósteo

• Endósteo

Cemento

Osso

alveolar

Perfuração

Ligamento periodontal

Osso alveolar

• Renova-se constantemente em resposta às

demandas funcionais

• Os feixes de fibras colágenas inseridas no

osso tem diâmetro maior e são em menor

número do que os feixes correspondentes ao

cemento

• O colágeno do lado do dente apresenta

renovação mais baixa

“A movimentação

ortodôntica é possível

devido à plasticidade

óssea. No lado da pressão

ocorre reabsorção e no

de tração neoformação. A

remodelação do

ligamento e osso

acompanham este

evento”

• “A grande plasticidade do

tecido ósseo permite a

colocação de implantes,

resultando na osteo-

integração, uma espécie

de anquilose em que a

interface osso implante é

formada por moléculas

como a osteopontina, não

se formando ligamento”

Implante

Osso

Osso alveolar

• Renova-se constantemente em resposta a

demandas funcionais

Topografia óssea

• Contorno: acompanha a

proeminência das raízes

• Espessura variável:

afetada pela posiçao dos

dentes, forças oclusais

• Deiscências e fenestrações

Força oclusais e o Periodonto

• Osso: remodelação fisiológica em resposta a

forças oclusais

• Ligamento depende de estímulos da função

oclusal para preservar a sua estrutura

(trauma de oclusão e atrofia)

Anquilose

• Fusão do cemento e osso alveolar com

obliteração do ligamento periodontal

• Reabsorção de cemento, inflamação

periapical crônica, reimplante dentário,

trauma oclusal e dentes inclusos

SUPRIMENTO VASCULAR E

NERVOSO

• A grande vascularização do periodonto reflete

o alto metabolismo e rápido turn-over de seus

componentes

Suprimento vascular

• Redes capilares e vênulas na lâmina própria

pricipalmente subjacente ao EJ, no restante

alças capilares que alcançam os ápices das

papilas conjuntivas

• Linfáticos

Ligamento PeriodontalSUPRIMENTO SANGUÍNEO- mais rico que os tecidos fibrosos;- periápice tem o ramo da artéria

dental;- regiões média e inter-radicular:

ramos que chegam por canais deVolkman.

NERVOSa) Simples (termin. nervosas

livres): dorb) Compostos: forma espirais (terço

médio), termin. expandidasfusiformes (ápice) e tipo Ruffini(ápice): tato e pressão.

Suprimento sanguíneo

• Vascularização

• Penetra pela região

apical

• Provém de ramos da

artéria dentária

• Artéria intraseptal

• Ramos perfurantes

• Artérias periostais

Gengiva

• Artéria sublingual

• Artéria mentoniana

• Artéria bucal

• Artéria facial

• A palatina maior

• A infra-orbitária

• A superior posterior

Inervação

• Ramos do nervo dentário que penetram pela

região apical

• Ramos lateralmente ao ligamento com

ramificações apical e cervical

• Núcleo mesencefálico: posição

• Gânglio do trigêmeo: dor e pressão

Inervação

• Fibras mielínicas que seguem o trajeto dos

vasos sanguíneos

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