Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 13-14

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insistência (l. 2)

escala / continuação / apego / importunidade

radical (l. 2)

inerente / tema / raiz / integral

espécie (l. 3)

homem / caráter / particularidade / distinção

moral (4)

ético / pudor / decente / doutrina

abertura (7)

cova / preâmbulo / confidência / fraqueza

insana (8)

árdua / furiosa / tresvariada / excessiva

préstimo (10)

auxílio / serventia / talento / mérito

restauradora (11)renovadora / pagadora / restaurante / benfeitora

ataduras (12)

ligações / faixas / conexões / prisões

presumia (13)

cria / desconfiava / previa / aperfeiçoava

varão (13)

tranca / macho / corajoso / barão

costumes (16)

trajos / manias / hábitos / manhas

tirania (17)

violência / ingratidão / garra / despotismo

excelência (19)

quilate / majestade / bondade / primazia

ninho (20)

toca / região / berço / jazigo

empresa (20)

emblema / façanha / divisa / negócio

princípio (22)

génese / agente / doutrina / infância

delicada (26-27)

susceptível / meiga / perigosa / embaraçosa

exclusão (27)

recusa / repulsa / reprovação / privação

Sou em geral conhecido como pessimista. Ao contrário do que alguma vez possa ter parecido, dada a insistência apego com que afirmo o meu radical integral ceticismo sobre a possibilidade de qualquer melhoria efetiva e substancial da espécie homem dentro do que em tempos não muito distantes se chamou progresso moral ético, preferiria ser otimista, mesmo que fosse apenas por ainda conservar a esperança de que o Sol, por ter nascido todos os dias até hoje, nasça também amanhã. Nascerá, mas lá che gará

também o dia em que ele se acabe. O motivo destas reflexões de abertura preâmbulo é o mau trato conjugal ou paraconjugal, a insana tresvariada (excessiva) perseguição da mulher pelo homem, seja ele marido, noivo ou amante. A mulher, historicamente submetida ao poder masculino, foi reduzida a algo sem mais préstimo serventia (mérito) que o de ser criada do homem e simples restauradora renovadora da sua força de trabalho, e, mesmo agora, quando a vemos por toda

a parte, liberta de algumas ataduras prisões, exercer atividades que a vaidade masculina presumia cria (desconfiava) de exclusivas do varão macho, parece que não queremos dar-nos conta de que a esmagadora maioria das mulheres continua a viver num sistema de relações pouco menos que medievais. São espancadas, brutalizadas sexualmente, escravizadas por tradições, costumes hábitos e obrigações que elas não escolhe-ram e que continuam a mantê-las subme-tidas à tirania despotismo masculina. E,

quando chega a hora, matam-nas.

A escola finge ignorar esta realidade [...]. A família, lugar por excelência primazia de todas as contradições, ninho berço perfeito de egoísmos, empresa negócio em falência perma nente, está a viver a mais grave crise de toda a sua história. Os Estados partem do exato princípio doutrina de que todos teremos de morrer e de que as mulheres não poderiam ser exceção. Para algumas imaginações delirantes, morrer às mãos do esposo, do noivo ou do amante, a tiro

ou à facada, talvez seja mesmo a maior prova de amor mútuo, ele matando, ela morrendo. Às negruras da mente humana tudo é possível.

Que fazer? Outros o saberão embora não o tenham dito. Uma vez que a deli cada suscetível sociedade em que vivemos se escandalizaria com medidas de exclusão privação social permanente para este tipo de crimes, ao menos que se agravem até ao máximo as penas de prisão, excluindo

decisivamente as reduções de pena por bom comportamento. Por bom comporta-mento, por favor, não me façam rir.

Para Leonel Morgado, as fraldas descartáveis são o resultado de um avanço tecnológico e, por isso mesmo, um material que merece o seu lugar na sociedade, apesar de alguns defeitos que há necessidade de ultrapassar. Numa perspetiva muito diferente coloca-se a Quercus, que, por razões ambientais, defende as fraldas reutilizáveis, ignorando todos os aspetos tecnológicos vantajosos salientados pelo «especialista em mundos virtuais».

A legenda no canto superior esquerdo pareceria ser do tipo descritivo, como se estivéssemos a ler um verdadeiro catálogo de moda. No entanto, se nos detivermos no segundo dístico («Cinto em cabedal castanho com fivela de ferro cromada»), percebemos que menciona objeto que não figura no vestuário da imagem mas se deduz seja o causador das nódoas negras no braço da modelo.

Também o slogan na etiqueta em baixo explora uma ambiguidade permitida pelos campos lexicais de ‘moda’ e de ‘violência’: «Há marcas que ninguém deve usar» aproveita a polissemia da palavra «marca», cujo campo semântico inclui a aceção ‘símbolo que identifica produtos comerciais’ mas, igualmente, a de ‘nódoa causada por contusão’. E é para esta que a APAV pretende alertar. Afinal, trata-se de um texto sobretudo diretivo, de apelo à vigilância relativamente à violência doméstica.

10. (p. 38)

1.= c

2. = d

3. = a

Coesão textualApresentamos um perfil de Johann Gambolputty-de-von-Ausfern-schplenden-schlitter-crass-cren-bon-fried-digger-dingle-dangle-dongle-dungle-burstein-von-knacker-thrasher-apple-banger-horowitz-ticolensic-grander-knotty-spelltinkle-grandlich-grumblemeyer-spelter-wasser-kurstlich-himble-eisen-bahnwagen-guten-abend-bitte-ein-nürnburger-bratwürstel-gespurten-mitz-weimache-luber-hundsfut-gumberaber-schönendanker-kalbsfleisch-mittleraucher-von-Hautkopft of Ulm.

Apresentamos um seu perfil.

o seu parente Karl

conhecer esse grande homem

com a sua mulher Sara

acerca do seu amigo

Coerência textual

Num mundo normal, espera-se que ladrões preparem assaltos (e não compras).

Coesão frásica

conhecido pelo o nome

conhecido pelo nome

à [á] tempos encontrei o José

há tempos encontrei o José

o facto de haverem nomes portugueses

o facto de haver nomes portugueses

o grupo mais numeroso dos apelidos vêm de

o grupo mais numeroso dos apelidos vem de

prefiro isto do que aquilo

prefiro isto àquilo

os políticos aperceberam-se que

os políticos aperceberam-se de que

a convicção que Lionel era bom médico

a convicção de que Lionel era bom médico

o aspeto que chamei a atenção

o aspeto para que chamei a atenção

a parte que mais gostei

a parte de que mais gostei

o rei Jorge VI que era gago, tinha de discursar

o rei Jorge VI, que era gago, tinha de discursar

«Maria Albertina» cantada agora pelos Humanos foi escrita por Variações

«Maria Albertina», cantada agora pelos Humanos, foi escrita por Variações

como por exemplo a telefonia

como, por exemplo, a telefonia

Coesão interfrásica

terminou o discurso continuando a

terminou o discurso, continuando a

A letra foi criada por Variações, e a música foi modernizada pelos Humanos

A letra foi criada por Variações e a música foi modernizada pelos Humanos

Sendo que

..., sendo que

Pois

..., pois

Estando o rei cada vez mais gago.

Estando o rei cada vez mais gago, ...

o facto da Albertina ter uma filha

o facto de a Albertina ter uma filha

apesar do rei sofrer de gaguez

apesar de o rei sofrer de gaguez

Concluindo,

Ou seja,

Como já referi,

Hoje em dia,

Nos dias de hoje,

Na minha opinião,

 

ø

Direi então que

Direi que

Coesão temporal

Bertie não discursou no Natal mas, antes, falou em Wembley

Bertie não discursou no Natal mas, antes, falara em Wembley

Antes de ter conhecido Lionel, Bertie experimentou várias terapias

Antes de ter conhecido Lionel, Bertie experimentara várias terapias

não falava com Lionel há meses

não falava com Lionel havia meses

Não acho que será correto

Não acho que seja correto

Agrada-me que escolheste um bom nome

Agrada-me que escolhesses / tivesses escolhido um bom nome

Coesão referencial

Os surgimento da rádio foi o grande azar de Bertie. Porém, ele venceria a rádio

Os surgimento da rádio foi o grande azar de Bertie. Porém, vencê-la-ia

António Variações critica o novorriquismo nos nomes. António Variações refere a

O autor de «Maria Albertina» critica o novorriquismo nos nomes. António Variações refere a

Bertie ficou angustiado. Ele falara pouco mais do que

Bertie ficou angustiado. Falara pouco mais do que

elipse

O filho de Jorge V era pai de Elisabeth e Margaret. Ele tinha aquelas duas filhas

O filho de Jorge V era pai de Elisabeth e Margaret. O Duque de Iorque tinha aquelas duas filhas

O rapaz [de] que o pai era Jorge V

O rapaz cujo pai era Jorge V

O século passado, onde nasceu a telefonia,

O século passado, em que / quando nasceu a telefonia,

Coesão lexical

a citação que faz Jorge V

a afirmação que faz Jorge V

o cartoon demonstra

o cartoon mostra / revela / evidencia

A rádio acabava de surgir. Foi a rádio que

A rádio acabava de surgir. Foi a telefonia que

a escolha dos nomes mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa não originalidade

a escolha dos nomes mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa insipidez / uniformidade

A rádio acabava de surgir. Foi a rádio que

A rádio acabava de surgir. Foi o novo meio de comunicação que

coisas do género

[termo mais específico]

hiponímia

TPC

Fazer (ou, ao menos, relancear) e estudar as páginas sobre coesão no Caderno de

Atividades (59-65).