Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 17-18

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Em «mas este é um daqueles álbuns que chama pelo calor» (4-5), «este» é uma

a) catáfora.

b) anáfora, cujo referente é «As Vidas dos Outros».

c) cadeia anafórica.

d) elipse.

Eis aqui um forte candidato a disco sensação deste verão. Bem sabemos que o ano ainda mal começou e o frio ainda nos enregela os ossos, mas este [catáfora] é um daqueles álbuns que chama pelo calor. As Vidas dos Outros [sucedente ou

referente] assim se chama, é a estreia discográfica dos Anaquim.

Na mesma frase (4-5), «um daqueles álbuns que chama pelo calor» tem uma falha de coesão

a) frásica (em vez de «chama», devia estar «chamam»).

b) temporal (em vez de «chama», devia estar «chamaria»).

c) referencial (a «um daqueles», era preferível «daqueles»).

d) lexical (era preferível «verão» a «calor»).

este é um daqueles álbuns que chamam pelo calor

 

No início do segundo parágrafo, «este anãozinho»» (19) é correferente

a) do antecedente «Anaquim» (7).

b) de «As Vidas dos Outros» (22).

c) do antecedente «José Rebola» (13).

d) do sucedente «um duende que chegou aqui sem ter um passado, nem uma tradição, nem preconceitos e faz observações sobre o que nos acontece» (9-11).

Ou será melhor dizer do Anaquim [antecdente]. a personagem criada para cantar estas histórias. "É um duende que chegou aqui sem ter um passado, nem uma tradição, nem preconceitos e faz observações sobre o que nos acontece“, diz José Rebola, que é quem lhe dá voz. Ou, por certo, dá-lhe mais do que voz. José Rebola é uma autêntica revelação. Um dos mais perspicazes músicos-letristas que têm aparecido nos últimos tempos, algures entre os Deolinda (e as letras de Pedro da Silva Martins) e o uni verso Flor Caveira (editora de Tiago Guilul).

O que mais conta neste anãozinho é mesmo a perspicácia, […]

O período que abre o mesmo segundo parágrafo (19-22) destaca

a) o estilo de crítica que fazem os Anaquim — humorística mas incisiva e sensível aos tiques da sociedade.

b) o tipo de música que consegue fazer o anão Anaquim: mordaz, perspicaz, pecador.

c) o que mais conta naquele anãozinho.

d) a abordagem alegre, de análise da sociedade, que se consegue em A Vida dos Outros

No terceiro parágrafo, nas linhas 45-47 há um problema de coesão:

a) a preposição «em» (45) está a mais.

b) a preposição «em» (46) está a mais.

c) o nome «país» (46) devia estar escrito com maiúscula.

d) «Lusíadas» (47) devia estar escrito «Os Lusíadas».

 

O tema em que [Anaquim / Rebola] faz um retrato mais profundo do país ou da portugalidade é em Lusíadas

Segundo o quarto parágrafo (54-66), o estilo de música dos Anaquim é difícil de adivinhar, porque

a) o disco é uma autêntica salada.

b) a tradição musical coimbrã recente é heterogénea.

c) a primeira banda de Rebola enquadrava-se no universo do psycho-billy.

d) José Rebola tem um percurso musical diversificado.

José Rebola, 27 anos, é de Coimbra. Assim se explica que a sua primeira banda, os Spee- ding Bullets, se enquadrassem no universo do psycho-billy. Viviam-se tempos de euforia e de grande subversão na cidade, com o fenómeno Tédio Boys. Pouco depois criou uma outra banda, os Cynicals, que fazia um punk-rock, sempre cantado em inglês. Quer com uma banda quer com outra ganhou vários concur sos

de música rock. Com estas referências, difi cilmente se adivinha o som dos Anaquim, mas é verdade que o fundo musical do disco é uma autêntica "salada".

 

No quinto parágrafo, «uma grande editora» (79) é usado como

a) hiperónimo do hipónimo «Universal» (78).

b) holónimo do merónimo «Universal» (78).

c) sinónimo de «Universal» (78).

d) hipónimo de «Sons em Trânsito» (77).

E em sucessivos golpes de mérito passou a ser representado pela Sons em Trânsito e chegou à Universal — fenómeno cada vez mais raro, uma grande editora apostar em 3 estreantes.

Grandes editoras = hiperónimo

Universal, Polygram, …. = hipónimos

No primeiro período do último parágrafo (81), pretende dizer-se que

a) os Anaquim nos lembram de imediato os Deolinda.

b) os Anaquim e Deolinda têm ligações.

c) os Anaquim, mais tarde ou mais cedo, vão juntar-se aos Deolinda.

d) Deolinda vai amancebar-se com um anão.

A ligação aos Deolinda é inevitável.

(= Relacionarmos nós os Anaquim com os Deolinda é fácil de suceder)

O pronome «os» (83) reporta-se a

a) Deolinda e Ana Bacalhau.

b) Deolinda e Anaquim.

c) Anaquim e Carjaquim.

d) Ana Bacalhau e Anaquim.

 

A ligação [dos Anaquim] aos Deolinda é inevitável. Aliás, não é por acaso que Ana Bacalhau canta em O Meu Coração. Une-os uma portugalidade musical assumida e a perspicácia sobre o país.

Em «Os Deolinda são mais tradicionalistas e tem um fundo musical simples, só de cordas» (86-88) há uma falha de coesão

a) frásica («tem» não concorda em número com o seu sujeito).

b) interfrásica (deveria haver vírgula antes de «e»).

c) temporal (em vez de «tem», deveria estar «tinha»).

d) referencial («Os Deolinda» deveria dar lugar a «Estes»).

«Os Deolinda são mais tradicionalistas e têm um fundo musical simples, só de cordas»

«Agora falta testar este Anaquim ao vivo» (93-94) significa que é preciso

a) ver como o público reage.

b) ver como se porta o grupo em atuações ao vivo e como o público as acompanha.

c) fazer provas intermédias do GAVE-ANAQUIM.

d) verificar como se porta o duende em concertos.

 

O pronome «o» na penúltima linha do texto (96) tem como referente

a) «o seu espaço» (96-97).

b) «instrumentos» (94-95).

c) «este Anaquim» (93).

d) «o país» (95).

Eles não hesitam, e vão de instrumentos às costas por todo o país, a ver se o conquistam. Ou encontram o seu espaço nas vidas dos outros.

 

Na penúltima linha do texto, o determinante possessivo «seu» reporta-se a

a) «o país» (95).

b) «Anaquim» (93).

c) «Eles» (94).

d) «cocó de duende verde» (98).

Eles não hesitam, e vão de instrumentos às costas por todo o país, a ver se o conquistam. Ou encontram o seu espaço nas vidas dos outros.

inglês carjacking

car + hijacking

amálgama

 

Carjacking

inglês carjacking

empréstimo

 

Carjaquim

carjacking + Jaquim (< Joaquim)

amálgama

badalhoca (‘mulher suja’)

badalhoca (‘bola de excremento e terra pendente entre as pernas das ovelhas e cabras’)

extensão semântica

 

droga

francês drogue

empréstimo

 

mota [ou moto]

motorizada ou motocicleta

truncação

joia (‘adorno de matéria preciosa’)

francês joie (‘alegria’)

empréstimo

 

joia (‘adorno de matéria preciosa’)

joia (‘pessoa muito estimável’)

extensão semântica

 

grego diabetes (‘diabetes’)

grego diabetes (‘sifão’)

extensão semântica

Cajó

Cá (< Carlos) + Jó (< Jorge)

duas truncações

 

José

aférese (truncação?)

 

FPE [pronunciado «fê-pê-é»]

Fernando por esticão

sigla

 

FPE [pronunciado «fpé»]

Fernando por esticão

acrónimo

«Carjacking» é uma palavra estrangeira

genérico

 

alguns bandidos começaram a praticar uma variante

imperfetivo, [incoativo ou ingressivo]

 

a nossa reportagem acabou por voltar (porque estava frio)

perfetivo, [cessativo ou conclusivo]

aquilo que faço é uma espécie de carjacking

habitual

 

foi uma experiência muito traumática

perfetivo?

 

a malta pergunta-me constantemente: «tu não ...»

imperfetivo, habitual, iterativo

andas metido nos diabetes

imperfetivo

 

morreu atropelado por uma mota

perfetivo, pontual

estou a conversar com este gafanhoto gigante chamado Zé António

imperfetivo

Lê a crónica «Estrelas dos livros» (p. 73) e escreve uma sua síntese (cfr. p. 324). Diria que a extensão aconselhada é de cerca de um terço do original, umas cem palavras.

Depois de, na p. 76, leres as palavras que, acerca da crítica, escreveu o humorista brasileiro Millôr Fernandes, escreve um pequeno comentário a esse trecho (porventura, tendo também presente a crónica lida hoje e a tua experiência pessoal).

TPC

Resolve (estuda) ‘Processos irregu-lares de formação de palavras’ (CdA, 43-45).