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ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 17

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Podemos dizer que Mensagem é uma versão moderna, espiritualizada e profética de Os Lusíadas. Porém, ao contrário das epopeias clássicas, o poema de Pessoa oscila entre o pendor épico e uma dimensão marcadamente subjectiva / instros-pectiva / íntima / [espiritual], mais típica da poesia lírica.

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Com efeito, o estilo é, muitas vezes, o de quem escreve «à beira-mágoa» (como se diz no único poema do livro que não tem título) e, por isso, o melhor modo de classificar Mensagem é como poema épico-lírico.

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As três partes de Mensagem correspondem a três momentos do Império Português: nascimento, realização e morte. No entanto, esta última parte supõe um ressurgimento / renascimento (um novo império, no fundo). A figura do Encoberto, o regressado D. Sebastião,

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alude ao desastre de Alcácer Quibir, mas simboliza sobretudo a esperança de um novo império. O último verso do livro, «É a hora!», exprime esse apelo à mobilização da pátria.

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Na primeira parte, «Brasão», temos uma galeria das figuras da formação da nacionalidade / [realeza / monarquia / coroa]. Na segunda, percorrem-se os heróis da fase da expansão; na terceira, há mais elementos simbólicos / proféticos do que verdadeiras personalidades.

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Mensagem foi publicada em 1934, tendo Pessoa morrido em Novembro de 1935. É o único livro escrito em português que Pessoa publicou em vida. Os vários poemas que o constituem têm datas diversas:

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por exemplo, a segunda parte, «Mar Português», inclui textos muito anteriores aos começos do Estado Novo (dos textos desta segunda parte lemos em aula o homónimo «Mar Português» e «O Mostrengo»).

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As datas desses poemas correspondem, em geral, à época do sidonismo, o que se pode relacionar com o entusiasmo nacionalista que neles se sente. Já os poemas da terceira parte foram escritos não muito antes do concurso a que o livro se destinava.

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sphyngico

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esfíngico

1. relativo a «esfinge».

2. enigmático; impenetrável; misterioso.

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Responde às perguntas 1 a 5 da p. 128.

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1.

A Europa é descrita no poema como se de uma figura feminina se tratasse. Assim, na descrição do continente europeu, corpo cujos braços são a Inglaterra e a Itália, sobressai a cabeça “cujo rosto é Portugal”.

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Nessa cabeça, os cabelos são “românticos”, sonhadores, toldam o rosto, adensando o mistério que envolve a figura. Os olhos são “gregos”, marca da herança clássica e civilizacional que este atributo conota, e o olhar que deles se desprende é “esfíngico”, indagador do desconhecido, e “fatal”, pois a procura desse desconhecido é motivada pelo destino.

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2.

A Europa “jaz”, estática e contemplativa, como se estivesse parada, morta, à espera do novo impulso vital que o seu olhar procura na distância. A expressão verbal “jaz” traduz essa imobilidade de quem espera.

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3.

Portugal é o rosto da Europa que contempla o desconhecido. Ora, esse desconhecido é o Ocidente, o mar a desvendar para tornar possível o paradoxo de construir o “futuro do passado’. É a Portugal que cabe, pois, a missão predestinada de construção do futuro.

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4.

“O dos castelos” é Portugal, definido no poema como o rosto da Europa, o olhar e guia da Europa, Portugal cujo brasão ostenta os castelos, referenciais do passado, mas cuja missão é a construção do futuro. Lembremos que este é o primeiro poema da primeira parte de Mensagem que remete para a fundação da nacionalidade inscrita no brasão.

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5.

Tal como neste poema de Mensagem, a estrofe 20 do Canto III de Os Lusíadas referencia Portugal como a cabeça da Europa — “quási cume da cabeça / De Europa toda” — atribuindo-lhe uma missão predestinada. N’Os Lusíadas, essa predestinação é ditada pelo “Céu”, que quis que Portugal vencesse na luta contra os Mouros.

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Prepara a leitura em voz alta dos textos entre as pp. 29-43 (Brasão: III - As Quinas; IV - A Coroa; V - O Timbre)

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D, Duarte, Rei de Portugal 29

D. Fernando, Infante de Portugal 30

D. Pedro, Regente de Portugal 31

D. João, Infante de Portugal 32

D. Sebastião, Rei de Portugal 33

Nun’Álvares Pereira 37

O Infante D. Henrique 41

D. João o Segundo 42

Afonso de Albuquerque 43

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TPC

[Atrasado:]

Escreve texto em prosa, a computador, susceptível de concorrer ao Prémio Literário Correntes d’Escritas.

Não esquecer Ibisfilme.