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Apresentação Para Décimo Segundo Ano, Aula 41

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1. A resposta deve contemplar três destes aspectos:

[condições climatéricas adversas:] «voltou a chover» (l. 1); «esta chuva» («este frio») (l. 11);

[consequência da precipitação:] «os atoleiros» (ll. 1-2);

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[desgaste dos meios de transporte:] «eixos» que se partem e «raios das rodas» que se racham «como gravetos» (l. 2);

visão perturbadora de «um pardo ajuntamento de homens, alinhados [...] e atados uns aos outros por cordas» (ll. 7-8).

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1. Na viagem de Montemor a Évora, a

princesa e a sua comitiva confrontam-se com vários imprevistos: o primeiro é constituído pelas condições climatéricas adversas que degradam o estado das estradas, assim dificultando a viagem e aumentando o des-conforto dos viajantes: «voltou a chover» (l. 1); «já não chegava o péssimo tempo que faz, esta chuva, este frio» (l. 11); o segundo tem a ver com os efeitos da chuva no estado da es-trada e nos meios de transporte: «tornaram os atoleiros» (l. 1), «partiram-se eixos, racha-vam-se como gravetos os raios das rodas» (l. 2); o terceiro consiste na descoberta,

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pela princesa, de um grupo de homens amarrados uns aos outros, recrutados à força para irem trabalhar nas obras do convento de Mafra: «viu parado um pardo ajuntamento de homens, alinhados na beira do caminho e atados uns aos outros por cordas, seriam talvez uns quinze» (ll. 9-10), que mandou saber «que homens eram aqueles e o que tinham feito, que crimes, e se iam para o Limoeiro ou para África» (ll. 13-14); e D. Maria Bárbara acabará por ficar a saber que «aqueles homens vão trabalhar para Mafra, nas obras do convento real (...), vão atados (...) porque não vão de vontade, se os soltam fogem» (ll. 17-19).

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2. A resposta deve contemplar a ideia de contraste entre

a vontade de festejar a anunciada felicidade «das suas bodas» (l. 10) e a visão da realidade brutal (a constatação da escravatura de homens no trabalho e construção o convento) negativamente conotada pelo adjectivo «lastimoso» e pelo nome «grilhetas».

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2. O excerto estabelece um contraste entre

o estado de espírito da princesa D. Maria Bárbara, profundamente incomodada pela visão daquele grupo de homens amarrados, vítimas de grande violência, roubados às suas famílias, e o ambiente festivo criado à volta o seu casamento. Tudo devia ser «ledice e regozijo» (l. 10), mas era-o só no círculo restrito da corte que integrava o cortejo nupcial; lá fora, o povo, triste, agrilhoado, é forçado a trabalhar para que um rei vaidoso e megalómano veja cumprida a sua promessa no prazo marcado.

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3. A resposta deve contemplar apenas um dos recursos e o comentário à respectiva expressividade:

A construção anafórica — «Maria Bárbara não viu, não sabe, não tocou [...] não serviu, não aliviou, não enxu-gou» (ll. 26-29) — realça o forte con-traste negativo entre a indiferença da princesa face à construção do conven-to e essa construção como fonte de desgosto e de sofrimento para os trabalhadores.

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A comparação — «o convento é para si como um sonho sonhado» (ll. 30-31) — sublinha que o convento não faz parte da realidade de Maria Bárbara. É um sonho inconsistente, sem imagens; «sonho sonhado» — redundância que reforça o afastamento do real.

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A metáfora — «uma névoa impalpá-vel» (l. 31) — traduz a incapacidade de Maria Bárbara para representar o convento. Este, apesar de existir porque Maria Bárbara existe, não é, para a princesa, mais do que essa «névoa» abstracta.

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3. O recurso de estilo mais visível é a

construção anafórica — «Maria Bárbara não viu, não sabe, não tocou com o dedinho rechonchudo a primeira pedra, nem a segunda, não serviu com as suas mãos o caldo dos pedreiros, não aliviou com bálsamo as dores que Sete-Sóis sente no coto do braço quando retira o gancho, não enxugou as lágrimas da mulher que teve o seu homem esmagado» (ll. 25-29) —, que realça o contraste entre a indiferença da princesa face à construção do convento e o sofrimento que essa mesma construção acarreta para trabalhadores e suas famílias.

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4. A resposta deve apresentar frases que sintetizem o conteúdo da cada uma das partes encontradas:

• os contratempos surgidos durante a viagem da princesa de Montemor a Évora (1.º e 2.º períodos do 1.º parágrafo);

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• a curiosidade e a perturbação que a princesa revela perante o «pardo ajuntamento» (l. 7) e o amor do oficial pela princesa (último período do 1.º parágrafo e o 2.º parágrafo);

• a reflexão em torno do desinteresse da princesa por um convento que está a ser construído para celebrar o seu nascimento.

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4. O texto divide-se em três partes

lógicas: os primeiro e segundo períodos do primeiro parágrafo constituem a primeira parte, em que se enumeram os contratempos e alguns dos imprevistos surgidos durante a viagem de D. Maria Bárbara de Montemor a Évora; já a segunda parte inclui o terceiro período do primeiro parágrafo e todo o segundo parágrafo, que se referem ao aparecimento de um

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grupo de homens amarrados a caminho das obras do convento e ao amor impossível de um jovem oficial pela princesa, a quem presta informação sobre o «pardo ajuntamento de homens, alinhados na beira do caminho»; finalmente, a terceira parte é constituída pelo terceiro parágrafo e nela deparamos com uma reflexão em torno do desinteresse da princesa por um convento que está a ser construído para celebrar o seu nascimento.

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Grupo I 100 pontosA1 20 (12 + 8)2 20 (12 + 8)3 15 (9 + 6)4 15 (9 + 6)

B 30 (18 + 12)

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Valores temporais

Valores aspectuais

Valores modais

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Valor modal (ou modalidade)(atitude do locutor relativamente ao que diz e

ao destinatário)pode ser expresso por:

• entoação• modos verbais• verbos principais• verbos auxiliares• adjectivos• advérbios

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modalidade apreciativamodalidade deônticamodalidade epistémica

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modalidade apreciativa(locutor exprime opinião, apreciação sobre o

conteúdo de um enunciado)

• É pena não teres entregado o tepecê.• Lamento que tenhas morrido.• Agrada-me que tenhas tido má nota. • É desagradável Baltasar só ter uma

mão.• Felizmente, Baltasar tem um espigão e

um gancho.• Bonito!

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modalidade deôntica(o locutor pretende agir sobre interlocutor para

exprimir imposição ou permissão) Obrigação• Tens de ser rápido a fazer as tarefas.• Deves comer mais abacate, Albano.• É necessário que comas mais cebola. Permissão• Podes comer nas aulas, Ricardo.• Podem entregar o trabalho no dia 11 de

Março.

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modalidade epistémica(o locutor pretende expressar um valor de

certeza ou probabilidade/possibilidade em relação ao conteúdo do enunciado que diz)

Certeza• O convento foi construído no século

XVIII.• O convento não foi construído ontem.Probabilidade/Possibilidade• O jogo deve ter sido difícil.• É possível que te dê um doce.• O museu pode ter ruído.

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• Deves fazer os tepecês. (deôntico)

• Ele não deve ter feito a porcaria do tepecê. (epistémico)

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1.

com valor de permissão:

Leva o lixo que quiseres. Podes levar o lixo que quiseres.

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com valor modal apreciativo:

Que boa ideia levares esse lixo todo!A tua ideia de levares o lixo foi uma

parvoíce, meu sacana.

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2.valor deôntico: A sociedade tem de

motivar as crianças para as questões ambientais.

valor epistémico: Há já muitas iniciativas que visam motivar as crianças para as questões ambientais.

valor apreciativo: Bastante estúpida, esta forma de motivar as crianças para as questões ambientais.

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3.c) As bicicletas disponíveis não chegam,

certamente, para satisfazer a procura.

a) As bicicletas disponíveis não chegam para satisfazer a procura.

d) As bicicletas disponíveis não chegam, minimamente, para satisfazer a procura.

b) É evidente que as bicicletas disponíveis não prestam (e por isso é que estão disponíveis).

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4. a) valor de possibilidade / probabilidadeb) valor de certezac) valor de possibilidaded) valor apreciativo

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5. Ó canalha, podeis trazer o lixo todo que tenhais em casa (incluindo os cadernos).

Criancinhas, participem nesta iniciativa tão interessante, que a organização dá-lhes um prémio Tia Albertina.

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Ao vermos o início de Marie Antoinette, ficaram implícitas as analogias entre a viagem de Maria Bárbara (ao encontro de Fernando de Espanha), tal como relatada em Memorial do Convento (capítulo XXII), e a de Maria Antonieta, no âmbito do seu casamento com o futuro Luís XVI.

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Tendo entretanto avançado mais um tanto no filme, são agora mais evidentes os paralelismos entre a relação de Maria Antonieta e Luís Augusto (em breve, Luís XVI) e outro casal real, o constituído por D. João V e D. Maria Ana (de Áustria, como aliás a célebre rainha decapitada em Paris).

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Num texto com cerca de cento e vinte palavras, compara os dois casais reais. Podes aproveitar aspectos comuns e dissemelhantes das suas relações; das personalidades de reis e rainhas; das duas cortes.

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[Evitar: (demasiadas) repetições de vocabulário; discurso não-factual, vago, de quem procura esconder desconhecimento da obra; registo informal.]A tinta.

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TPC — Responde a este último grupo de um exame nacional recente.[...]

Manuscrito.