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luisprista
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o poeta fala que
o poeta diz-nos que
o poeta refere que
o poeta assinala que
o poeta indica que
o poeta acentua que
o poeta pretende significar que
faz coisas
as pessoas
algo
foram quem denunciaram
foram quem denunciou
foram eles que denunciaram
eminente = 'grande'
iminente = 'próximo'
desenlace = 'desfecho'
decurso da peça
acção
intriga
enredo
narrativa
1817 = séc. XIX
1961 = séc. XX
XVIII
XX
regimento (na tropa; de uma assembleia)
regime
estrangeiro (Gomes Freire)
estrangeirado (Gomes Freire)
aclamar [o rei]
clamar por
Embora ele nunca apareça.
Embora ele nunca apareça, tal tal.
ditadura
regime ditatorial
salazarismo
Estado Novo
ia
íamos
iam
período
político
símbolo
cínico
domínio
espírito
físico
sacrifício
ditadura
ditatorial
Felizmente há luar!
aperceber de que
pejorativo
depreciativo
frisar
sublinhar
vincar
acentuar
Pobre de quem vive seguro
Pobre de quem, seguro, se contenta com o pouco que tem
Sem um sonho maior, um desejo
Um íntimo fogo e objectivo
Um sonho maior que faça abandonar todos os confortos e as certezas
Pobre aquele que se dá por contente
Pobre de quem apenas sobrevive e nada mais deseja
Esse não tem alma
Senão o instinto de não morrer
Senão o destino de esperar pela morte em vida
Gerações passam
Num tempo que é feito de gerações
É da natureza humana ser descontente, querer possuir
Mas as forças da guerra, irracionais, param
Perante a visão que só a alma tem
Passados os quatro Impérios
Completado o seu reino terreno
A Terra verá o quinto
Surgir à luz do dia
Ele que começou a gerar-se da noite (morte)
Grécia, Roma, o Império Cristão
A Europa — todas esses Impérios acabaram
Acabaram porque tudo se acaba com o tempo
Falta assim viver o Império da Verdade
O Quinto Império a que preside D. Sebastião
fogo-fátuo = 'fosforescência produzida por emanações de gases dos cadáveres em putrefacção; [fig.] esplendor efémero, prazer ou glória que não duram muito tempo'.
Valete, Frates = fórmula de despedida latina, 'saúde, irmãos'.
Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de conflito
Podem definir a verdade, a essência
No que no presente é um fulgor triste
Portugal, país pobre, sem esperança e entristecido
Vida exterior sem luz intensa, sem fogo de paixão e vontade
Como as luzes do fogo-fátuo (que surge dos materiais em decomposição)
Os Portugueses não sabem o que verdadeiramente querem!
Não conhecem a sua alma — o seu Destino
Nem para o bem, nem para o mal
Adivinha-se, no entanto, uma ânsia neles, uma ânsia de querer
Mas tudo é incerto, morte
Tudo em Portugal é parcial, não há vontade de erguer nada
Portugal é, no presente, como o nevoeiro.
É o momento de surgir o Quinto Império, a Nova Vida.
O poema inicia-se com uma imagem negativa de Portugal («a entristecer»). Portugal surge personificado, marcado pela falta de identidade nacional («Nem rei nem lei [até] Nem o que é mal nem o que é bem») e por um estado de indefinição («nada é inteiro»). A simbologia do título ajuda nesta caracterização depreciativa.
Entretanto, surge o parêntese «(Que ânsia distante perto chora?)»,
a assinalar a passagem para um clima menos céptico. A oposição de carácter paradoxal «distante/perto» relaciona-se com a linha ideológica que estrutura esta parte de Mensagem: a simultaneidade da decadência de Portugal e a esperança do seu renascer.
O apelo final, «É a hora!», revela a crença na mudança deste Portugal mergulhado em «nevoeiro», pelo tom exortativo que encerra.
Poema épico
Poema épico-lírico
dez cantos
estrutura triádica: «Brasão», «Mar Português», «O Encoberto»
escritos em meados do século XVI, época do declínio do apogeu expansionista
escrita entre 1913 e 1934, época de desencantos (relativamente a 1.ª República e a Estado Novo)
cariz narrativo e descritivo; dimensão real e concreta
cariz abstracto e interpretativo; dimensão simbólica, doutrinária
fundo histórico: a viagem do Gama
fundo histórico e simbólico: a busca de uma «Índia que não há»
referência aos fundadores de Portugal pela voz de Vasco da Gama e de Paulo da Gama, nos relatos ao rei de Melinde e ao Catual
evocam-se os que estiveram associados aos primórdios da nacionalidade, pedindo-se a Afonso Henriques que abençoe a pátria com o seu exemplo
referem-se as lutas contra os Mouros (Batalha de Ourique) e as lutas contra Castela (Aljubarrota; papel de Nun’Álvares)
Pessoa refere-se à figura de Nun’Álvares como um messias, um «Portugal em ser»
relata-se a aventura da descoberta do caminho marítimo para a Índia, incluindo adversidades e perigos (despedidas de Belém, Adamastor, tempestade)
evoca-se processo de conquista do mar desconhecido («O infante D. Henrique», «Horizonte», «Padrão», «O Mostrengo», «Ocidente», «Mar Português»)
Ilha dos Amores é a recompensa para os portugueses que se transcenderam
Pessoa sonha a recompensa: «ilhas afortunadas», «terras sem ter lugar», onde mora o Desejado
D. Sebastião é a garantia e a esperança do regresso de tempos gloriosos, ao estilo do sebastianismo tradicional
D. Sebastião está na base de um sebastianismo pessoano, que, sem negar o passado, aponta para um futuro promissor
nas Dedicatórias (cantos I e X), Camões reconhece em D. Sebastião qualidades de líder
loucura de D. Sebastião é evocada como necessária à criação de um novo império
conceito de herói épico tradicional: o que o move é a guerra contra os infiéis, a expansão
conceito de herói mítico: o que é escolhido para cumprir uma missão e é movido pela «febre do Além»
os obstáculos que o herói enfrenta levam-no à construção de um Império terreno (nacionalismo)
os obstáculos que o herói enfrenta lavam-no à transcendência, a um império espiritual, o Quinto Império (nacionalismo universalista)
poeta revela desencanto pelo presente
poeta revela desencanto pelo presente e apela à construção de um futuro de dimensão cultural e espiritual: «É a hora!»
poeta, ainda que valorizando os momentos gloriosos da pátria, mostra tristeza pelo não reconhecimento do seu valor, pelo estado da pátria
poeta pretende restaurar a grandeza da pátria, recriando o mito sebastianista, essencial ao renascimento que se defende
a poesia serve para registar e glorificar o passado
a poesia, o sonho, o misticismo são as forças que levarão ao Quinto Império
O Encoberto
I — Os símbolosD. Sebastião (71)
O Quinto Império (72-73)
O Desejado (74)
As Ilhas Afortunadas (75)
O Encoberto (76)
II — Os avisosO Bandarra (79)
António Vieira (80)
[Screvo meu livro à beira-mágoa] (81)
III — Os temposNoite (85-86)
Tormenta (87)
Calma (88-89)
Antemanhã (90)
Nevoeiro (91)
Finais das Supertaças
Campeões Demóstenes
1.ª Sílvia x Tiago
2.ª Inês x Cláudia
4.ª Ana x João C.
5.ª Filipa x Ricardo
6.ª Mónica x Filipa*