Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 63-64

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estio = ‘verão’

indelével = ‘que não se pode delir, apagar’

Kronos = ‘deus do tempo’

Embora ambos os textos reconheçam a fugacidade da vida, o poema de Sophia, ao contrário do de Ricardo Reis, parece sugerir que não se deve deixar de passar pelas experiências que se nos apresentem («não existe piedade para aquele que hesita»), alertando-se-nos para o facto de o «não vivido» deixar «indelével rasto». Quase se aprova uma certa urgência da fruição («mais tarde será tarde»), o que contraria a atitude defendida nos poemas de Reis.

(1) indiferença (2) Luisão

(3) compromisso

(4) vitória do PSG

(5)

(6) vida

(7) paralelismos

(8) renovação

(9) fluir

(10) interrogação

(11) acontecerá ao plantel lampião

(12) egoisticamente

(13) classicizante

(14) imperturbável

(15) o que espero suceda aos benfiquistas

(16) confidente

(17) apóstrofe;

(18) epicurista

(19) passagem do Benfica à fase seguinte

(20) o Olympiakos não ganhar

Aparentemente, o protagonista de «À média e à belga» (série Lopes da Silva) faz a apologia da «aurea mediocritas» (‘dourada mediania’) — conceito horaciano que vimos coadunar-se com a filosofia epicurista-estoicista de Ricardo Reis.

Na verdade, porém, o sketch apenas pretende brincar com uma característica das expressões idiomáticas (expressões que adquiriram um significado comum, não literal, que já não resulta da soma dos lexemas originais). Estas expressões figuradas comportam-se já como um lexema (palavra) único, independente. Por isso, se pretendermos encontrar equiva-lentes com base na troca de algum dos elementos que a constituíram originalmen-te, o resultado será absurdo / desastroso / risível.

Neste caso, uma das personagens pretende graduar as expressões, julgando chegar assim a aceções atenuadas da expressão inicial. Em vez de «à grande e à francesa», que significa ‘abundantemente; com pompa’, executaria as ações «à média e à belga», expressão que não está dicionarizada (e, claro, não existe).

Como a expressão «do bom e do melhor» significa ‘da mais alta qualidade; de categoria’, a personagem cria um «do mais ou menos e do razoável», que corresponderia a ‘assim-assim, de qualidade aceitável’. Finalmente, em vez de «és boa!» (que corresponde à aceção n.º 14 no verbete de «bom»), exclama «és mais ou menos!».

Outro idiomatismo que surge no episódio é «tirar a barriga de misérias», que significa ‘comer muito, depois de ter passado fome’ [‘auferir grandes vantagens, após um período de dificuldades’]. Não existe, entretanto, a expressão «ter a barriga remediada», que, supostamente, teria o sentido de ‘ter comido razoavelmente’.

Dada a quantidade de aceções que vemos em cada verbete em cima, percebemos que estas três palavras são claramente polissémicas.

Transforma a ode de Reis «Prefiro rosas, meu amor, à pátria» (a) num trecho de extenso poema sensacionista de Campos; (b) num poema de Caeiro.

Haverá aproveitamentos temáticos do texto de Reis — enfim, perceber-se-á a inspiração inicial apenas, já que nem a ideologia poderá ser a mesma —, mas o essencial será que chegues a bons «pastiches» (imitações) de Campos e de Caeiro.

Transforma a ode de Reis «Prefiro rosas, meu amor, à pátria» (a) num trecho de extenso poema sensacionista de Campos; (b) num poema de Caeiro.

Haverá aproveitamentos temáticos do texto de Reis — enfim, perceber-se-á a inspiração inicial apenas, já que nem a ideologia poderá ser a mesma —, mas o essencial será que chegues a um bom «pastiche» (imitação) de Campos e de Caeiro.

TPC — Lê o texto «O Dr. Ricardo Reis, estoico epicurista» (p. 110-111).

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