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_63701 _prancha 1/10
_ paneidoscópio urbano
mecanismo cooperativo de ações pelo direito à cidade
_ paneidoscópio urbano
memorial descritivo
conceito
efemeridade
cidadania
legado
_63701 _prancha 2/10
Em um país cujas metrópoles sofrem muitos ataques nocivos por conta da especulação imobiliária, esse é um problema que vai além da capacidade dos
arquitetos e urbanistas envolvidos. A ocupação desenfreada e gananciosa do território urbano extrapola os limites das leis, formal e informalmente,
avançando exponencialmente os limites de soluções técnicas. Os vazios e a paisagem residual da implantação dos edifícios de condomínios residenciais
nas encostas nos conduzem ao retorno da discussão sobre o direito à cidade.
A enorme quantidade de vazios oferecidas/provocadas pelo certame já condiciona o conceito da proposta a uma posição política. Assim, as sugestões
que ora se seguem não pretendem seguir somente a uma orientação efêmera, instantânea, performática, midiática, imagética e cultural. Mas possibilitar a
reflexão de uma condição cooperativa - entre a sociedade, órgãos públicos e iniciativa privada – que permita um novo direcionamento para esses
espaços.
Sendo assim, a demanda solicitada é ética, e, talvez, mais ética do que estética. Pois não faltam espaços citadinos apropriados para apresentações
efêmeras... todavia, as grandes metrópoles ressentem-se de ações coletivas conscientes e duradoras, agindo localmente e, com vias de serem
propagadas globalmente.
O conceito do _paneidoscópio urbano é o de um dispositivo coletivo – necessariamente cooperativo – de ações éticas e estéticas. Estas ações buscam
repropor, (re)significar, o(s) lugar(es) – vazios urbanos - através de manifestações que envolvem a auto/co/inter produção de arte, cultura, educação,
formação, consciência em torno do sentido e da prática da cidadania.
Esta proposta de ocupação da palafita de número 5 (caleidoscópio), possui dois momentos: o efêmero e o legado. As ações efêmeras indicadas procuram
se concentrar nas exigências orçamentárias deste concurso. A segunda condição, aquela de maior permanência, envolve um projeto de ideias
arquitetônicas e paisagísticas. O primeiro momento, mais instantâneo, é um esboço teórico e prático, todavia, um mote para a possibilidade de mudança
ética e estética no quis respeito à ocupação desse tipo de vazios urbanos. A proposta mais permanente, o que podemos chamar de legado para o
condomínio, para o bairro, a cidade, é a criação de um cenário fixo que permita a mais alta flexibilidade das manifestações supracitadas.
Mais precisamente, a proposta de ocupação efêmera gira em torno da ideia de uma sensível e rica implantação topográfica (daí a escolha da palafita 5)
envolvendo platôs, terraços escalonados e escadarias, e de uma nova espacialidade através do uso da malha estrutural residual como suporte de formas
de expressão fragmentárias e caleidoscópicas. A (re) modelagem do terreno abriga uma gama enorme de variação de ocupação acomodada e mais
confortável, e a trama estrutural de concreto como suporte de imagens, manifestações artísticas, performáticas, e para a criação de um segundo “solo”
acima daquele primeiro (re) modelado, permitem a indicação de algumas atividades, ações que vão ao encontro das expectativas ético estéticas inerentes
à gênese dessa proposta.
Mais do que a implantação de uma plateia condicionada a ser meramente expectadora, ocorre a possibilidade de sua participação, engajamento, nas
possíveis manifestações. A implantação de variantes de palcos, plateias, pistas, auditórios e espaços de projeção e apresentação, que poderia se remeter
ao teatro total (“pan”) da Bauhaus, avança em referências como as do eclesiastério ou do buleutério helênicos, locus de participação comunitária política.
Se, em um primeiro momento, todas estas transformações consideradas inicialmente efêmeras não se concretizam totalmente devido à escala e à alta
declividade, é necessário apontar para a sua possível materialização a posteriori.
Se o solo desta topografia (re) modelada for devidamente usado para o cultivo de hortas e jardins comunitários escalonados, o inusitado _paneidoscópio
urbano emerge como um espaço citadino e ecológico, que remete formalmente à escadaria “verde” de acesso ao Centro Cívico de Saynatsalo (Finlândia).
A ocupação dos vazios urbanos tornou-se um dos dilemas das cidades brasileiras. Centros Antigos esvaziados, perigosos
e repletos de infraestrutura urbana; periferias plenas de habitantes, sem infraestrutura urbana adequada; e, no caso,
bairros teoricamente planejados, possuem seus territórios explorados sob as condições do capital financeiro. As palafitas
residuais dos condomínios são reflexos da adequação política à divisão territorial do capital – espaços não construídos,
sobras, restos, resíduos, “negativos”, são outros vazios a se experimentar por outras formas sociais que desejem ir além
daquelas ditadas pelo status quo.
Ainda do ponto de vista paisagístico, urbano, é indicada a inserção de uma
nova trama de alambrados que “envelopa” o perímetro das palafitas e
funciona como suporte de um grande jardim vertical de plantas
trepadeiras. Uma pele viva que dá uma resposta paisagística externa e
reforça ainda mais a ambiência interna do _paneidoscópio urbano.
ética
éstética
_ paneidoscópio urbano
política estética conceito
_63701 _prancha 3/10
O buleutério helênico, palco de
manifestações políticas citadinas.
Mais do que platéias de meros
expectadores, espera-se um processo
coletivo de participação, onde a
(auto), a (co) e a interprodução ético
estética sirvam como mote de
reflexões e modificações do bairro.
A busca por uma sensível
implantação escalonada na
topografia. Onde o senso ecológico e
da sustentabilidade está presente
tanto externamente como
internamente, provocando uma
ambiência e espacialidade inusitada.
Ref. Centro Cívico de Saynatsalo.
A Flauta de Pan, como metáfora
poética e estética. Um link de
conexão simbólica que povoa o
imaginário, o incosnciente coletivo, da
gama de variáveis de atividades
propostas em termos de ocupação da
sua implantação em planta baixa
(topográfica) e em termos da
ambiência vertical e da paisagem.
A Flauta de Pan
Conceito de ocupação
interna em seção e
composição das
fachadas.
A Flauta de Pan
Conceito de implantação topográfica
As artes visuais e performáticas
possuem ampla gama de espaços e
possibilidades de arranjos. Essa
variação de conteúdos, fragmentária,
de um todo (contenedor) extrapola o
nível imagético, avançando para o
inusitado e participativo do
_paneidoscópio.
_ paneidoscópio urbano
efemeridade legado
_63701 _prancha 4/10
ateliês escalonados
plateias e palcos
acessos oblíquos
hortas e jardins,
cuja construção completa
e sua manutenção
permite um legado
em termos de atividades
político-culturais
e de conscientização implantação topográfica
acessos semi-públicos,
controlados, pela gestão,
reforçam o sentido de
cidadania, de participação
da comunidade em
eventos específicos
e de interesse do bairro
a sobreposição das
camadas do redário,
das palafitas e do solo
(re) modelado caracterizam
os espaços suportes
para os acontecimentos
de ocupação efêmera
alambrado
jardim vertical
jardim vertical
alambrado e
_ paneidoscópio urbano
design > zonning >>
platéias do auditório/cine/teatro
palcos para manifestações
artes cênicas e performances
bu
leu
téri
o
play ground infantil e ginástica
horta comunitária
seção 1 – ateliês e buleutério
manifestações ambientais e consciência ecológica
palco ecológico
platéia palco
tela de projeção ateliê
play ground
redários
seção 2 – acesso semi público
escada ecológica semi pública
horta acesso semi público
patamar de dristribuição 2
patamar de dristribuição 1
semi público
acesso
ateliês
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_63701 _prancha 6/10
_ paneidoscópio urbano
artes visuais ateliês e performances
_ paneidoscópio urbano
buleutério espaço ético estético de manifestações
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_63701 _prancha 8/10
_ paneidoscópio urbano
artes visuais ateliês e performances
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_ paneidoscópio urbano
paisagismo ecologia sustentabilidade
_ paneidoscópio urbano
exequibilidade adequabilidade materiais e técnicas empregadas
tabela com estimativa de custos
para a instalação efêmera
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PRODUTO/SERVIÇO QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO
VALOR TOTAL
TERRAPLENAGEM PRIMÁRIA
Madeirite 11mm (2,10mx1,10m) 10 R$ 80,00 R$ 800,00
Prego para Madeirite 20un 20 R$15,00 R$ 300,00
Mão de obra e maquinário 200 m2 R$ 5.000,00
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Material (extensão e fiação) R$ 300,00 R$ 300,00
Mão de obra R$ 200,00 R$ 200,00
EQUIPAMENTOS
Refletor de Led 400 W – RGB Colorido (4 chips)
2 R$ 500,00 R$ 1.000,00
Projetor Epson PowerLite S27 SVGA 2700
ANSI Lumens 3LCD Zoom 1.35X 1 R$ 1.700,00 R$ 1.700,00
TELA DE PROTEÇÃO
Tela de proteção c/ mão de obra 75m²
R$20,00 m2 R$ 1.400,00
OUTROS R$ 1.000,00
TOTAL R$ 20.000,00
PRODUTO/SERVIÇO QUANTIDADE VALOR TOTAL
PROJETO ARQUITETÔNICO E PAISAGÍSTICO
650 m2 R$ 30.000,00
CONSTRUÇÃO 650 m2 R$ 650.000,00
TOTAL R$ 680.000,00
tabela com estimativa de custos
para a instalação permanente
conceito
efemeridade
cidadania
legado
ética
éstética
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