CADERNO DE PROPOSTAS

DIAGNÓSTICOS, OBJETIVOS E INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS E ARQUITETÔNICAS

PARA O CERSAM LESTE

Nathali Martins Padovani

Intervenções Urbanas

01

MAPEAMENTO DOS PROBLEMAS

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LEGENDA

CALÇADAS IRREGULARES

BECOS E MUROS

DECLIVIDADE ACENTUADA

ILUMINAÇÃO NOTURNA

TRECHOS SOB VIADUTOS

CERSAM LESTE

ROTAS

DIAGNÓSTICO

Trechos muito estreitos e irregulares, com presença de obstáculos e ausência de padronização e arborização.

CALÇADAS INADEQUADAS

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OBJETIVOS

• Recuperação das calçadas irregulares;

• Instalação de mobiliário que proporcione sombreamento e pontos de descanso.

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DIAGNÓSTICO

Muros altos, principalmente ao longo da linha férrea, que impedem a comunicação visual e formam becos inseguros e marginalizados, com crescimento de mato e despejo ilegal de lixo.

BECOS E MUROS

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OBJETIVOS

• Instalação de mais mobiliários de coleta de lixo e conscientização dos moradores;

• Transformação dos becos em áreas de convívio/lazer/descanso permitindo a instalação de hortas comunitárias e jardins de fácil ou pouca manutenção.

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DIAGNÓSTICO

Ruas muito íngremes, trechos e passarelas com grandes escadarias.

DECLIVIDADE ACENTUADA

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OBJETIVOS

• Instalação de elevadores funicular nas escadarias e passarelas;

• Transformação desses espaços em áreas de permanência de lazer.

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DIAGNÓSTICO

Ruas com muitas árvores cujas copas obstruem a iluminação dos postes públicos tradicionais da CEMIG.

ILUMINAÇÃO PÚBLICA NOTURNA

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OBJETIVOS

Interferências na vegetação e nos postes públicos que tornem a iluminação mais eficiente.

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DIAGNÓSTICO

Áreas abandonadas e marginalizadas presentes em rotas de fluxos cotidianos dos moradores, como no caminho para a estação de metrô.

TRECHOS SOB VIADUTOS

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OBJETIVOS

• Melhoria na iluminação e ambientação das áreas ;

• Implantação de quiosques de comércio popular de pequeno porte.

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Intervenções Arquitetônicas

02

I RELAÇÃO CERSAM LESTE E RUA

DIAGNÓSTICO

A interrupção entre o fim do CERSAM e o início da calçada é abrupta. Isso distancia ainda mais o público externo do doente e dificulta o processo de reinserção na sociedade.

FALTA DE INTEGRAÇÃO

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OBJETIVOS

Mudança do olhar da sociedade em relação ao doente, permeabilidade entre o espaço CERSAM Leste e o bairro, através de uma transição mais suave e gradativa entre os territórios, melhorando as relações de convívio com a rua, afirmando a perspectiva do equipamento como espaço público comunitário e de livre acesso, e local de trocas sociais.

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DIAGNÓSTICO

O CERSAM Leste é cercado por esses três elementos. São barreiras físicas agressivas entre o espaço de convivência e a rua, que o distancia da vizinhança, aumentando a sensação de exclusão, segregação, discriminação e aprisionamento, além de gerar insegurança e desconforto aos usuários e a quem passa na calçada.

MUROS, GRADES E TALUDES

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OBJETIVOS

Permeabilidade entre o espaço CERSAM Leste e a rua, através de uma transição mais suave e gradativa, melhorando as relações de convívio, afirmando a perspectiva do equipamento como espaço público comunitário e de livre acesso, e local de trocas sociais. Melhora na paisagem, fim da sensação de aprisionamento e mais segurança para a vizinhança.

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DIAGNÓSTICO

São pontos de vigilância e controle de acessos. A estrutura da guarita é muito fechada e seu piso está acima do nível da entrada, gerando distanciamento entre o porteiro e os usuários. Por estarem rente à calçada e com o portão sempre trancado com cadeado, provoca intimidação nas pessoas, aumentando a sensação de aprisionamento.

GUARITA E PORTÃO SEMPRE TRANCADO

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OBJETIVOS

Fim da sensação de aprisionamento, foco no cuidado em liberdade e de portas abertas e trazer uma aparência mais receptiva e acolhedora ao CERSAM Leste.

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II ESTRUTURA FÍSICA/FUNCIONAL DO EDIFÍCIO

DIAGNÓSTICO

A atual implantação desfavorece a observação da equipe técnica para o controle das atividades e o cuidado com a segurança dos usuários. Ela cria espaços ociosos que facilitam esconderijos e fugas. Di�culta também o atendimento mais reservado das ambulâncias.

IMPLANTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

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OBJETIVOS

Permitir o controle visual dos técnicos em relação aos usuários, estimulando o convívio de maneira mais livre e segura. Proporcionar maior conexão entre os espaços internos e externos melhorando os fluxos dentro do edifício. Criar um espaço na área externa que seja mais reservado da área de convivência para melhor atendimento das ambulâncias.

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DIAGNÓSTICO

Espaços não aproveitados no projeto, que se tornaram pontos de refúgio e exclusão dos usuários do convívio. Ao se esconderem, fica mais difícil para a equipe técnica observar se o paciente está em um estado de crise, por exemplo.

REENTRÂNCIAS NA FACHADA

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OBJETIVOS

Eliminar áreas que permitam que os usuários se excluam do convívio, permitindo maior integração com as pessoas.

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DIAGNÓSTICO

Prédio de conformação física hospitalar: todos os ambientes voltados para o interior do edifício com corredores muito compridos e poucas portas de acesso a área externa. O refeitório, por exemplo, é um ambiente de entrada e saída frequente dos pacientes, não há conexão direta com a área externa, causando complicações na circulação interna do prédio.

INTERIORIZAÇÃO DO EDIFÍCIO

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OBJETIVOS

Abrir mais o edifício para o exterior, integrando os ambientes de livre acesso dos usuários com a área de convivência, flexibilizar os espaços e facilitar os fluxos.

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DIAGNÓSTICO

A distribuição dos ambientes quanto ao acesso (exclusivo da equipe técnica, restrito aos usuários e livre) não é bem feita entre os dois pavimentos, por isso, a escada é de uso coletivo e apresenta perigo a usuários com dificuldades de locomoção, ocasionando em frequentes casos de queda.

PRÉDIO COM DOIS PAVIMENTOS

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OBJETIVOS

Um prédio que seja menos fragmentado, com os fluxos mais bem distribuídos e controlados. Mais segurança aos usuários e melhores condições para receber um portador de necessidades especiais.

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DIAGNÓSTICO

Cozinha muito pequena para a preparação dos alimentos, impossibilitando a realização de oficinas nesses ambientes; banheiros subdimensionados para a quantidade de usuários; piso das cabines de chuveiro com caimento para fora, molhando todo o banheiro; sala de terapia ocupacional localizada ao �m do corredor do segundo pavimento, e sempre trancada; salas de consultório muito grandes e vazias; sala dos técnicos muito pequena, di�culta o controle de entrada dos usuários, e proteção dos documentos; funcionalização rígida dos ambientes, trazendo maior fragmentação do edifício.

MAU PLANEJAMENTO DOS AMBINETES

OBJETIVOS

Ambientes que atendam às normas, para a conquista de melhor infraestrutura para atender às necessidades diárias do CERSAM e proporcionando conforto à equipe, usuários e familiares.

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As soluções para este problema dependerão de uma análise mais detalhada a nível de projeto, um a vez que a alteração destes elementos afetará a estrutura do CERSAM Leste.

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DIAGNÓSTICO

Seu volume, um caixote completamente fechado, sem aberturas que permitam contato com o ambiente externo, é segregador e interruptor fluxos: cria espaços ociosos na área externa, excluindo os usuários do convívio e facilitando fugas e esconderijos. Com acesso por um pequeno corredor e localizada entre a edificação do CERSAM e o melhor espaço da área externa de convivência, obstrui a iluminação, ventilação e o contato visual das janelas dos ambientes. É considerada pelos técnicos um ambiente ocioso e perigoso, que estimula esconderijos e ociosidade, perdendo, portanto, sua principal função. É utilizada como local de depósito de materiais e recebeu grades que a mantém sempre trancada, de acesso proibido, aberta eventualmente na presença de algum cadeirante.

RAMPA

OBJETIVOS

Melhorar as relações de convívio e a livre circulação das pessoas; integrar o interior e exterior da edificação; priorizar a acessibilidade universal; permitir observação da equipe técnica de qualquer ponto da edificação para controle das atividades e segurança dos usuários; eliminar elementos que impedem a permeabilidade visual e prejudiquem a ventilação e a iluminação dos ambientes.

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As soluções para este problema dependerão de uma análise mais detalhada a nível de projeto, um a vez que a alteração deste elemento afetará os demais ambientes e toda a circulação do edifício.

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III MÁ APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS

DIAGNÓSTICO

O talude é uma maneira comum de se vencer um desnível, porém se torna uma área de difícil apropriação. No CERSAM Leste, ele contorna o terreno e é cercado com grades, tem acesso proibido por ser considerado perigoso e facilitador de fugas e esconderijos. É na verdade uma grande área desperdiçada e muito mal aproveitada.

TALUDE

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OBJETIVOS

Aproveitar o grande potencial da área permitindo apropriações criativas, mas que não sejam perigosas ou perniciosas, criando artifícios que possam ser aproveitados tanto pelo CERSAM Leste, quanto pelo público externo.

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DIAGNÓSTICO

Os jardins estão mal cuidados, o mobiliário é fixo e recebe muita insolação no período da tarde, assim como o esboço de quadra pintada no piso, falta de equipamentos e instalações que permitam a ocupação criativa dos usuários e atividades que possam realizar sem supervisão.

ÁREA EXTERNA MAL APROVEITADA

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OBJETIVOS

Aproveitar o grande potencial da área permitindo apropriações criativas, mas que não sejam perigosas ou perniciosas, criando artifícios que possam ser aproveitados tanto pelo CERSAM Leste, quanto pelo público externo.

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DIAGNÓSTICO

Com a ausência de áreas cobertas na área externa, os usuários tendem a se concentrar sob a marquise da recepção para conversarem, observarem a entrada e saída de pessoas e se protegerem do sol e da chuva. Isso atrapalha os fluxos, torna caótica a realização das atividades dos técnicos e atrapalha o eventual atendimento das ambulâncias.

FALTA DE ÁREAS COBERTAS

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OBJETIVOS

Mais opções de áreas cobertas fora dos espaços de fluxo intenso dos funcionários para não atrapalhar as atividades e no espaço de convivência, para proporcionar maior conforto aos usuários.

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IV INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CERSAM LESTE

DIAGNÓSTICO

Há grades para todo lado, : na escada, rampa e em todas as janelas, até mesmo nas do pavimento térreo. Estas, avançam para fora da projeção do edifício e acabam atrapalhando na circulação das pessoas da parte externa. Elas passam sensação de aprisionamento, lembrando um manicômio e dificultam a integração entre os ambientes internos e a área externa do CERSAM Leste.

EXCESSIVO USO DE GRADES

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OBJETIVOS

Melhorar o convívio entre as pessoas abrindo mais os ambientes e trocar grades por elementos que não passem a sensação de aprisionamento, como elementos vazados e vegetação, por exemplo.

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DIAGNÓSTICO

Prédio com cores e revestimentos muito frios e macas no lugar de camas nos quartos de pernoite trazem impessoalidade e lembram muito um ambiente hospitalar.

APARÊNCIA DE HOSPITAL

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OBJETIVOS

Dar margem à personalização dos espaços pelos usuários, permitir transformações que tornam o CERSAM Leste mais acolhedor e confortável, como um ambiente familiar. Eliminar completamente a aparência de ambiente hospitalar.

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