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APRESENTAÇÃO
PÔSTER
A
Intervenção médica nas urgências em pacientes com transtorno de ansiedade com quadro de
intoxicação por canabioides.
Rafaela Lúcio Moraes de Almeida; Coautores: Alberto José de Almeida Santos Filho, Fabrícia
Epaminondas Pereira, Lara Dayane de Medeiros Leite, Maine Virginia Alves Confessor
Introdução: Indivíduos que possuem transtornos psíquicos estão mais propensos ao uso indiscriminado de
substâncias psicoativas, especialmente a cannabis, tendo em vista seu efeito neutralizante de estresse e de
ansiedade a curto prazo. Caso haja intoxicação, espera-se que o paciente seja levado a uma unidade de
pronto-socorro, especificamente na emergência psiquiátrica, de modo que o médico coordene a evolução do
atendimento articulado com a equipe, em consonância com o protocolo ambulatorial e com agilidade no
processo. Ademais, deve ser contínua e integral a redução de danos, de modo que o indivíduo tenha acesso à
área de saúde mental, com apoio para reabilitação. Entretanto, verificam-se fragilidades no sistema de
saúde no que se trata de conhecimento pleno dos profissionais quanto aos protocolos específicos de
urgência e quanto ao devido encaminhamento psiquiátrico, tornando deturpada a eficiência da assistência.
Objetivos: Avaliar o panorama atual e a conduta médica em urgências e emergências diante de intoxicação
por canabidiol derivada do abuso por indivíduos com transtorno de ansiedade.
Métodos: Foram selecionados trabalhos para realização de uma revisão bibliográfica, com bases em artigos
retirados de algumas plataformas, como Scientific Electronic Library, Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online. Durante a pesquisa, foram encontrados cerca de 10 artigos, escritos em língua
portuguesa e com intervalo de publicação nos últimos 10 anos. Desses, 4 artigos foram diretamente
utilizados. Como critério de inclusão, adotou-se fontes convergentes ao tema e disponíveis na íntegra. Como
critério de exclusão, desconsiderou-se trabalhos que não são pertinentes à temática abordada. Além disso,
foram usados os descritores “intoxicação”, “transtorno de ansiedade”, “urgência”.
Resultados: Para diagnóstico de casos em questão, a OMS oferece atualmente o seguinte roteiro: análise do
uso recente de cannabis, taquicardia e pelo menos um dos seguintes sintomas psíquicos: euforia,
intensificação subjetiva das percepções, senso de lentificação temporal ou apatia; além de um dos seguintes
sintomas físicos: congestão conjuntiva, aumento do apetite ou boca seca.
Conclusão: Urge a necessidade de melhor capacitação, com ênfase na equipe multidisciplinar, por meio de
sistemas de educação continuada em saúde, para o aprendizado efetivo de protocolos e de técnicas de
tratamento de intoxicação, a fim de otimizar a rapidez e as chances de atendimento com êxito nos
ambulatórios.
Abordagens para correção de intussuscepção em pacientes pediátricos: uma revisão
de literatura.
Ynarha Farias Costa; Sílvia Maria Gonçalves Luz Barros Bezerra; Daline Raffa dos Reis Sousa; Luísa de
Sousa Ezequiel
INTRODUÇÃO: A intussuscepção pode ser definida como a invaginação ou “telescopagem” do intestino
em si mesmo. Essa condição caracteriza uma emergência abdominal comum na infância, requerendo pronto
tratamento devido ao grande potencial de sepse e necrose intestinal. A correção da invaginação intestinal
pode ser cirúrgica ou não. A abordagem cirúrgica, apesar de mais invasiva, é melhor que a não cirúrgica
quando comparadas taxas de recorrência. Por sua vez, o enema – abordagem não cirúrgica -, com ou sem
adjuvantes esteroides, é o método eleito pelos médicos como padrão para tratamento inicial da condição
em questão. Além disso, tal método é considerado mais seguro por ser potencialmente menos
invasivo.Ambos os tratamentos apresentam boas taxas de sucesso e a escolha desses baseia-se, em geral, na
interpretação, feita pelo médico, da condição clínica apresentada por cada paciente. Os critérios para essa
escolha terapêutica serão aqui discutidos juntamente às formas de abordagem existentes para correção da
Intussuscepção em pacientes pediátricos. OBJETIVOS: Conhecer os métodos de tratamento da
intussuscepção em crianças, entendendo como ocorre a escolha terapêutica e analisando a eficácia de cada
abordagem. MÉTODOS: O presente estudo de revisão literária, de coorte longitudinal com carácter
regressivo, foi construído a partir da aplicação dos descritores “intussusception” e “Intestinal invagination”
nas plataformas online Science Eletronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano e do Caribe
de Informação em ciências da saúde (BIREME), Sistema Online de Busca e análise de Literatura Médica
(MEDLine) e Science.gov. O ano de publicação - os artigos analisados apresentam data entre 2015 e 2020 –
e a população – apenas pesquisas feitas com crianças foram consideradas – foram utilizados para filtrar os
estudos encontrados. Todas as produções científicas que apresentaram concordância com esses filtros
foram apreciadas. Os resultados obtidos são fruto de um denominador comum dos achados bibliográficos
analisados. O estudo ocorreu entre o período de novembro de dois mil e dezenove (11/2019) e fevereiro de
dois mil e vinte (02/2020). RESULTADOS: Os estudos analisados apontam a redução por enema como
tratamento primário .Essa forma de abordagem apresenta taxa elevada de sucesso (80%), no entanto,
também está associada a 12,7% das intussuscepções recorrentes. O uso do enema associado à dexametasona
pode diminuir as recorrências desse evento. Ademais, foi verificado que o enema aéreo apresenta melhores
resultados quando comparado ao líquido. O método cirúrgico foi classificado pelos estudos analisados como
uma abordagem secundária, com grande eficácia e raras recorrências. Além disso, observou-se que essa
terapêutica é majoritariamente empregada em casos com sintomas que apresentem durações superiores a 48
horas.CONCLUSÃO: A correção da intussuscepção em pacientes pediátricos é um procedimento seguro,
seja ela cirúrgica ou não. A eficácia pode ser atribuída a ambos os métodos terapêuticos, entretanto a
abordagem cirúrgica sobressai-se nesse quesito em razão de um prognóstico com menores índices de
recorrência. A escolha do tratamento é baseada no estado geral do paciente, na duração de seus sintomas e
na existência ou não de complicações: casos mais complicados recebem indicação cirúrgica. Além disso,
vale ressaltar que a opção terapêutica é, antes de tudo, uma manifestação do olhar clínico do médico e de
suas preferências. Por fim, a partir da construção desta revisão de literatura, verificou-se a carência de
estudos que evidenciem a existência de benefícios na associação do enema a adjuvantes farmacológicos.
Palavras-chave: Intussuscepção, Invaginação intestinal, Enema.
Mortes por afogamento: um comparativo brasileiro entre dois decênios e os números na Paraíba. Em
que precisamos avançar?
Autor: MARCELLO ANTÔNIO TEODOZIO COSTA PINTO; Coautores: ALLINE ALANA ALVES DE
ALBUQUERQUE; ANTONIO ANDERSON LUCENA RIBEIRO ; JOSÉ IDYGLEIKSON GUEDES
MEDEIROS ; LEONARDO GUIMARÃES DA PENHA ; RAYSSA SOBREIRA CAMURÇA
Introdução O afogamento representa um grave problema de saúde pública e geralmente está relacionado a
atividades de lazer que se transformam em um evento catastrófico. A cada ano, o afogamento é responsável
por aproximadamente 500.000 mortes no mundo. Suspeita-se que este número seja ainda maior, visto que
nem todas as mortes são notificadas. Crianças e idosos de ambos os sexos, o uso de bebidas alcoólicas, a
baixa condição socioeconômica (considerando renda ou escolaridade) e a falta de supervisão representam os
principais fatores de risco. Dentre todos os grupos etários, homens morrem sete vezes mais por afogamento
que mulheres. Aproximadamente 43% das mortes ocorrem durante a recreação na água e envolvem o
consumo de bebidas alcoólicas. Crianças, adolescentes e idosos são os grupos etários com maior
probabilidade de afogamento. Mundialmente, o afogamento constitui a primeira causa de morte da faixa
etária dos 5 aos 14 anos entre os homens e a quinta entre as mulheres. No Brasil, por exemplo, a região
norte predomina com a maior taxa de mortalidade, com 70% dos óbitos ocorrendo em rios e represas. Há,
portanto, uma média de 7.210 mortes por afogamento ao ano (5,2/100.000 habitantes), sendo que 90% delas
ocorrem a menos de 15 metros de alguma fonte de segurança. Isso dá uma média estimada de uma morte a
cada 92 minutos, 16 mortes por ano. Dessa forma, este trabalho objetiva documentar o tamanho deste
problema, com dados epidemiológicos, para que, a partir disso, desenvolvam-se ações estratégicas que
minimizem o quantitativo das mortes. Para isso, utilizou-se como método os dados captados pelo Sistema
de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, tabulados pelo Tabwin - DATASUS. No
campo das áreas trabalhadas, a Paraíba é estudada como um todo, apesar de uma certa limitação apresentada
pelos dados, do ponto de vista tanto do número total de óbitos (cobertura) quanto da qualidade da
informação. Os períodos de referência compreendem os decênios de 1998 a 2007 e 2008 a 2017. É
importante frisar que os dados pesquisados no DATASUS são inseridos manualmente após o fechamento
anual dos atestados de óbitos e das cobranças de internação ao SUS, culminando em um lapso de dois anos,
portanto são os dados mais atais. Como resultados, comparou-se dois períodos distintos de 10 anos da
mortalidade nos Estados (1998 a 2007) e (2008 a 2017), onde identificou-se redução de 20% na mortalidade
por afogamento no Brasil, enquanto na Paraíba, especificamente, os números mostraram-se inalterados.
Esses dados demonstraram uma relação óbitos/habitantes de 3/100.000hab na Paraíba. Esses dados
inalterados preocupam, mas podem diminuir com ações simples, como o reconhecimento pessoal do risco
de afogamento, compreensão deste tema como um grave problema de saúde pública e através multiplicação
das ações educativas sobre o tema.
Solução salina versus soluções cristaloides balanceadas: um estudo comparativo
entre soluções de hidratação em pacientes sépticos.
Autora principal: Miriam Campos Soares de Carvalho
Coautores: Brenda Helen Albuquerque de Araújo; Luana Ferreira Leite Araújo; Amanda Laysla Rodrigues
Ramalho; Ana Luiza Souza Matos; Eleonora de Abrantes Barreto.
Introdução: A sepse está relacionada à infecção sistêmica e é conceituada como uma Síndrome de
Resposta Inflamatória (SIRS), dada ação de um patógeno. Logo, se caracteriza como a associação da SIRS à
um foco infeccioso pressuposto ou confirmado, necessitando de um tratamento que vise o reparo da
perfusão tecidual, a partir da estabilidade hemodinâmica, oxigenação e função orgânica. Portanto, a
reposição volêmica é uma das medidas de grande efetividade no tratamento e por isso estudos têm surgido
no propósito de evidenciar qual o fluído com melhor resposta hemodinâmica e sem risco de
desenvolvimento de estados hipertônicos. Objetivos: Avaliar a efetividade da reposição volêmica em
pacientes sépticos; Identificar a solução de hidratação mais eficaz para tratamento de pacientes sépticos.
Métodos: Este estudo apresenta método a revisão de literatura, utilizando artigos de 2009-2019 indexados
em bancos de dados online, como Scientific Eletronic Library Online e PUBMED. Resultados: Dados
epidemiológicos revelam que cerca de 35% dos casos de quadro séptico podem evoluir para choque séptico
devido à variação do estado hemodinâmico. Assim, é fundamental que haja um tratamento precoce de
reposição volêmica para restabelecimento da perfusão tecidual a fim de estimular a mobilização dos fluidos.
Estudos evidenciaram que a solução salina (cloreto de sódio a 0,9%) tem sido o fluido intravenoso de
primeira escolha no tratamento de sepse. Entretanto, seu uso pode apresentar diversas complicações, bem
como a necessidade de infusão de grandes volumes. Diante disso, um estudo da revista American Journal of
Respiratory and Critical Care apresenta uma análise envolvendo pacientes sépticos e gravemente enfermos,
o qual busca comparar o uso de solução salina e soluções cristalóides balanceadas, em que foi observado
menor mortalidade hospitalar em 30 dias no grupo que fazia uso dos cristalóides balanceados,
especificamente, Ringer com lactato ou Plasmalyte. Além de que pacientes do grupo balanceado
apresentaram menor incidência de eventos renais, mais dias livres de terapia renal substitutiva e maior
número de dias livres de vasopressores em comparação com o grupo salino. Conclusão: Conclui-se então
que as soluções cristalóides balanceadas são mais efetivas no tratamento intravenoso de pacientes com
quadro séptico, incluindo também os pacientes gravemente enfermos, em se tratando mortalidade hospitalar
em 30 dias, eventos renais adversos e maior número de dias livres de vasopressores. No entanto, sabemos
que análises de estudos de centro único não devem ser encaradas como definidoras de conduta, e é
fundamental o desenvolvimento de mais estudos com achados compatíveis para revisão das medidas de
primeira escolha quanto a reposição volêmica no tratamento de sepse.
Palavras-Chaves: Sepse, soluções cristaloides balanceadas, solução salina.
Manejo clínico da hemorragia digestiva alta na emergência: uma
revisão literária.
Autor-relator: 1. Abraão Oliveira Tavares
Coautores: 2. David Sammuel Dantas Torres; 3. Cindy Nogueira Moura INTRODUÇÃO: A hemorragia digestiva alta (HDA) é a emergência gastrenterologia mais comum no
cenário atual. O seu diagnóstico é sugerido pela presença de hematêmese ou melena com aumento da
frequência cardíaca e diminuição da pressão arterial, mas o que a define é sangramento de origem proximal
ao ligamento de treitz. A taxa de mortalidade da HDA é de 3,5 a 10% nos casos não varicosos e de 15 a
20% em varicosos. Diante de taxas de mortalidade relevantes é essencial que o médico realize um
tratamento inicial eficaz e condizente com as particularidades do paciente. OBJETIVO: Analisar as
principais recomendações para o tratamento clínico inicial da hemorragia digestiva alta na emergência.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, tendo como base artigos nos bancos de dados
Lilacs, Medline e Pubmed no período entre 2015-2020; Os descritores utilizados foram: “hemorragia
digestiva alta and emergência and tratamento”. Na base dados Lilacs, obteve-se cinco artigos, que após
leitura minuciosa apenas um atendeu ao objetivo. Na Medline foram encontradas duas publicações, mas
apenas uma foi útil. No banco de dados Pubmed obteve-se 14 artigos, desses apenas dois contemplaram os
objetivos. Assim a pesquisa contemplou 4 artigos. RESULTADOS: As pesquisas demonstram um
consenso ao conduzir as principais etiologias de hemorragia digestiva alta, causadas por úlcera péptica e
varizes gastresofágicas, consecutivamente. Observou-se que a estabilização hemodinâmica é
importantíssima para o prognóstico do paciente, estabelecendo como meta pressórica sistólica de 90 a
100mmHg, porém nenhum dos artigos analisados informa a quantidade ideal de solução salina que deve se
administrada nas primeiras horas. A manutenção da hemoglobina deve ser entre 7 e 8g/dl, já pacientes com
distúrbios de coagulação devem ser tratados com plasma fresco e vitamina K. Pacientes em uso de
anticoagulantes por comorbidade importante (stents ou IAM recente) precisa de avaliação criteriosa para
descontinuação da medicação. Os inibidores de bombas de prótons em altas doses para pacientes com úlcera
péptica tem indicação classe I. Já nos casos de HDA varicosa a droga vasoativa de primeira escolha é a
terlipressina. A utilidade do ácido tranexâmico, um antifibrinolítico, apresentou resultados favoráveis em
um estudo secundário elaborado em 2015, a partir de oito estudos controlados e randomizados, os resultados
demonstraram certeza moderada para redução da mortalidade por HDA e não aumento do risco de efeitos
adversos tromboembólicos graves, no entanto, os demais artigos desta pesquisa não recomendaram o uso,
demonstrando ser controverso. CONCLUSÃO: Os estudos analisados são satisfatórios ao demonstrar o que
deve ser priorizado no manejo inicial da HDA. É primordial a atualização e aperfeiçoamento contínuo da
equipe assistencial, visando a diminuição de potenciais riscos ao paciente, além do tempo de internação e
custos hospitalares.
Óbito infantil na emergência paraibana no contexto brasileiro: um estudo
epidemiológico.
Autora: Kênia de Oliveira Cabral; Co-autoras: Rebeca Alves Bezerra ; Isabelly Nobre; Laryssa Almeida
Tenório. Introdução: A epidemiologia das taxas de mortalidade infantil nas salas de emergência ressalta um período
de transição, cujas causas predominantes são por anomalias congênitas. Entretanto, uma dificuldade muito
antiga enfrentada pelos emergencistas no atendimento pediátrico são as afecções respiratórias que
correspondem a aproximadamente 50% das internações hospitalares infantis e por 22,3% dos óbitos
pediátricos. Dentre estas, a pneumonia é uma patologia que merece destaque, pois, apesar de ter seu manejo
sistematizado desde a década de 80, ainda é uma questão importante de saúde pública, visto que é
responsável pela internação de, em média, 15 milhões de crianças no Brasil. Objetivo: Analisar a
prevalência dos óbitos por pneumonia no estado da Paraíba dentro do contexto brasileiro. Metodologia:
Esse estudo fundamentou-se em registros epidemiológicos do DataSUS da última década e nas bases de
dados das plataformas Scielo e PubMed. Resultados: Na última década, o Brasil teve 14.936 casos de
óbitos por doenças respiratórias, sendo 64% causados por pneumonia. O Nordeste é a segunda região com
mais casos de mortes em faixa etária pediátrica por descompensação respiratória, sendo responsável por
30% dos casos brasileiros, aproximadamente 68% destes consistem em casos pneumônicos. Apesar do
Estado da Paraíba se apresentar responsável por apenas 6% dos casos nordestinos, a pneumonia é autora de
70% desses óbitos. Os casos de morte pediátrica por causas respiratórias no estado da Paraíba têm maior
prevalência em mães com idade entre 15 a 24 anos, 62%, em crianças pardas, 62%, do sexo masculino, 58%
e mais da metade (54%) ocorre nos três primeiros meses de vida. O maior registro desses óbitos se deu no
município de João Pessoa, onde foram apontados 44% das mortes por afecções respiratórias, em segundo
lugar está o município de Campina Grande com 34% dos casos e o terceiro lugar é a cidade de Patos com
aproximadamente 9% dos casos. Conclusão: Apesar da pequena porcentagem dos casos paraibanos
comparado a outros estados do nordeste, podemos concluir que a principal causa de morte pediátrica em
salas de emergência se devem a causas respiratórias, dentre elas sendo mais prevalente a pneumonia. Mães
adolescentes e adultas jovens são as principais envolvidas, sendo necessária uma maior orientação desse
público quanto às formas de prevenção. O fato de ocorrer ainda nos primeiros meses de vida nos mostra
que, além da prevenção, é imprescindível uma constante atualização dos profissionais que atuam na
assistência à saúde, novas discussões e constante capacitação dos médicos intensivistas sobre o protocolo de
manejo da pneumonia na emergência. Com isso, concluímos que o óbito infantil por pneumonia continua
sendo um importante problema de saúde pública brasileira, a despeito da vasta discussão e do
estabelecimento há longo tempo de diretriz para manejo desta patologia.
A inserção da videotoracoscopia na urgência e emergência.
Autora: Kássya Mycaela Paulino Silva; Coautores: Lucas Germano Figueiredo Vieira; Victor Donato
Meneses Mendes ; Ana Karolynne da Silva; Marie Anne Gomes Cavalcanti; Germano de Sousa Paulino
Introdução: O trauma torácico está presente em aproximadamente 30% dos pacientes politraumatizados. A
utilização da videotoracoscopia (VT) na fase aguda do trauma é defendida com base na possibilidade de
realizar diagnóstico de hemorragias, lesões pericárdicas e diafragmáticas que não seriam detectadas pela
drenagem simples e pelo completo esvaziamento da cavidade torácica, mesmo na ausência de coágulos,
evitando, assim, as complicações mais comuns. Sua utilização precoce pode ainda reduzir custos e
exposição à radiação, por exigir menor tempo de observação. Porém possui limitações a depender do estado
hemodinâmico do paciente. Objetivo: Avaliar a inserção da videotoracoscopia na urgência e emergência.
Metodologia: Revisão da literatura dos últimos cinco anos, nas bases de dados PubMed e SciELO. Foram
utilizados os descritores: “thoracic surgery”, “thoracoscopy” e “emergencies”. Resultados: Observou-se
que a VT tem sido proposta como um método seguro para avaliação do diafragma quando o diagnóstico não
foi confirmado e a laparotomia não é necessária, com sensibilidade e especificidade próximas a 100%,
tendo como fatores limitantes a presença de instabilidade hemodinâmica e a necessidade de anestesia geral.
Outras indicações incluem perfuração esofágica, exostose costal, pneumotórax e broncoaspiração de corpo
estranho. Essa via de acesso possui uma baixa morbidade e mortalidade em comparação com a toracotomia
visto que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo e oferece uma visão detalhada da cavidade
torácica. Auxilia na complementação diagnóstica dos exames em pacientes com clínica compatível com
afecção não vista em exames de imagem como radiografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada.
Ademais, se faz necessário instrumental específico e profissional capacitado para execução do
procedimento, bem como para a resolução de complicações cirúrgicas. Conclusão: A abordagem das
complicações do trauma torácico por VT vem apresentando resultados promissores nos centros onde é
utilizada, com benefícios que vão desde a recuperação mais rápida, melhor resultado estético, menos dor no
pós-operatório, menor tempo de internação e retorno precoce às atividades profissionais e físicas.
Palavras-chave: cirurgia torácica; toracoscopia; emergências.
Hérnia diafragmática e as implicações do seu diagnóstico tardio.
Autora: Letícia Figueirôa Silva; Coautores: Marcella Freire de Oliveira; Maria Eduarda Silva Libório;
Natália Ribeiro Viana; Pedro Arthur Gonçalves de Medeiros Dela Bianca; Roberta Letícia Paiva de Araújo.
Introdução: As hérnias diafragmáticas são consideradas lesões incomuns, que ocorrem, em sua maioria,
mediante traumas torácicos contusos. A ruptura ocorre por meio do aumento pressórico na cavidade
abdominal, que faz com que o seu conteúdo transpasse para a cavidade torácica. Apesar dessas lesões não
serem tão frequentes, elas devem ser sempre levadas em consideração, diagnosticadas e tratadas
imediatamente, em virtude da alta morbidade envolvida em seus atrasos diagnósticos, tais como
pneumotórax hipertensivo, obstrução e encarceramento de vísceras. Objetivos: Realizar uma revisão de
literatura com abordagem sobre aspectos da ruptura traumática do diafragma e seu diagnóstico tardio, além
das devidas medidas para a efetivação do diagnóstico nas suas diferentes vertentes. Métodos: Apresenta-se
como uma revisão de publicações com os descritores: hérnia diafragmática e diagnóstico tardio. Para o seu
desenvolvimento, foram selecionados seis artigos das seguintes plataformas: Scielo e PubMed, entre 08 e 16
de Fevereiro de 2020. Resultados: As lesões associadas à ruptura diafragmática são frequentemente graves,
o que leva ao retardo ou ao esquecimento da avaliação adequada do diafragma e, por consequência, a um
diagnóstico tardio. Há uma menor frequência de Hérnias Diafragmáticas Traumáticas (HDT) à direita,
devido a proteção hepática ao hemidiafragma homolateral e pelo lado esquerdo possuir maior fraqueza
embrionária. É válido salientar, também, que existem 3 fases clínicas das lesões diafragmáticas, a aguda,
identificada na primeira avaliação do paciente; a latente, muitas vezes por ser assintomática e despercebida
no primeiro atendimento, pode evoluir com aumento da lesão, gerando dispneia e dor; e a obstrutiva, que
traz complicações como ruptura de alça do estômago ou intestino na cavidade torácica. O tratamento varia
de acordo com a fase que o paciente se encontra. Na aguda, será feita uma abordagem cirúrgica abdominal,
na tardia, abordagem torácica, podendo ser laparoscópica em caso de pequenas lesões. Cerca de 10 a 50%
dos pacientes tem o diagnóstico nas primeiras 24 horas. Ademais, a mortalidade em hérnias diafragmáticas
direitas é em torno de 30-68%. Já em casos de estrangulamento de vísceras intra-abdominais herniadas, a
mortalidade aumenta, podendo chegar a 88%. O tratamento mandatório para esses casos é cirúrgico, pois
não há possibilidade de fechamento espontâneo. Conclusão: É notável a relevância do diagnóstico e
tratamento precoces das hérnias diafragmáticas, devido às complicações envolvidas quando feito
tardiamente. Realizar uma avaliação adequada do diafragma, principalmente para reconhecimento da fase
clínica em que o paciente se encontra, é de extrema importância. Dessa forma, torna-se imprescindível um
enfoque maior em identificar variáveis clínicas significativamente relacionadas à presença dessas lesões,
para que possa aumentar a sobrevida dos pacientes acometidos.
Palavras-chave: Hérnia diafragmática; Diagnóstico tardio; Trauma
Lesões autoprovocadas intencionalmente decorrentes de autointoxicação por
exposição a drogas, medicamentos e substâncias biológicas: qual o perfil e
distribuição das internações brasileiras? Uma análise de 5 anos.
Autor – Luiz Felipe Diniz Cavalcanti; Coautores: Ana Helena Cavalcanti Silva; Julia Domingues Morales
Eduardo Henrique Lima Batista.
Introdução: Devido à facilidade de acesso a determinadas substâncias, a autointoxicação intencional trata-
se de um método de suicídio recorrente. Por vezes, pode constituir meio pouco letal, de modo que o
indivíduo não chega a recorrer ao serviço de emergência. Contudo, em parte dos casos, a exemplo da
administração de altas doses ou da combinação de substâncias, são necessárias intervenções em serviços de
emergências. Dessa forma, o conhecimento acerca do perfil epidemiológico desse fenômeno é importante
ferramenta no planejamento da assistência à saúde mental da população. Objetivo: Analisar o perfil
epidemiológico das internações decorrentes de lesões autoprovocadas intencionalmente por autointoxicação
com drogas, medicamentos e substâncias biológicas de 2014 a 2018 no Brasil. Métodos: Estudo ecológico e
descritivo, baseado em dados obtidos do DATASUS, compilados no Excel 365. Foi analisado o perfil das
internações decorrentes de autointoxicação por exposição intencional a drogas, medicamentos e substâncias
biológicas (CID10: X60-X64), de 2014 a 2018, com base nos critérios: faixa etária, sexo e substância
utilizada (de acordo com a CID10). A faixa etária foi dividida em: adolescentes (10-19 anos), adultos (20-59
anos) e idosos (60 anos ou mais), não sendo incluídos indivíduos com idade inferior a 10 anos. Dados sobre
a população brasileira por faixa etária e por sexo foram obtidos a partir de estimativas do IBGE e utilizadas
para cálculo das taxas de internação por 100 mil habitantes. Resultados: De 2014 a 2018, foram notificadas
14131 internações, correspondendo a 32,8% do total das internações por lesões autoprovocadas
intencionalmente. Cerca de 62,2% dessas internações foram de mulheres e 37,8% de homens, com taxas de
internação por 100 mil habitantes equivalentes a 1,94 na população feminina e 1,25 na masculina. Além
disso, cerca de 20,4% das internações de homens por tentativa de suicídio foram por autointoxicação por
meio de drogas, medicamentos e substâncias biológicas, enquanto esse percentual foi de 52,04% em
mulheres. A taxa de internação por 100 mil habitantes entre adolescentes foi a mais acentuada (1,77),
seguida de adultos (1,74) e idosos (0,84). Dentre as substâncias utilizadas, a maioria não foi especificada
(51%), ao passo que o grupo dos anticonvulsivantes, sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e
psicotrópicos (31,4%) e a categoria dos narcóticos e psicodislépticos (4,68%) foram, respectivamente, os de
maior e menor prevalência. Conclusão: De 2014 a 2018, no Brasil, as internações por lesões
autoprovocadas intencionalmente decorrentes de autointoxicação pela exposição a drogas, medicamentos e
substâncias biológicas apresentaram maior taxa de prevalência no sexo feminino e na faixa etária
adolescente. Com relação à substância utilizada, os fármacos pertencentes aos grupos anticonvulsivantes,
sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e psicotrópicos foram os mais frequentes.
Perfil das internações de adolescentes brasileiros por lesões autoprovocadas
intencionalmente: um estudo epidemiológico dos últimos 5 anos.
Autor – Luiz Felipe Diniz Cavalcanti; Coautores: Ana Helena Cavalcanti Silva; Julia Domingues Morales
Eduardo Henrique Lima Batista.
Introdução: O suicídio é importante causa de morbimortalidade mundial entre adolescentes, com estudos
indicando tendência de aumento do evento nessa faixa etária ao longo dos últimos anos. Dessa forma, torna-
se fundamental conhecer o perfil epidemiológico do fenômeno, a fim de auxiliar às políticas de apoio à
saúde mental. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações por lesões autoprovocadas
intencionalmente entre adolescentes, de 2014 a 2018, no Brasil. Métodos: Estudo ecológico, descritivo e
observacional, baseado em dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do
Brasil (DATASUS), compilados no Excel 365. Foi analisado o perfil das internações por lesões
autoprovocadas intencionalmente (CID10: X60-X84) de indivíduos com idade entre 10 e 19 anos, de 2014 a
2018, com base nos critérios: sexo, região de notificação, método utilizado (de acordo com o CID10) e
trimestre do atendimento. Dados da população de cada região do Brasil foram obtidos a partir de estimativas
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utilizados para cálculo das taxas de internação
por 100 mil habitantes. Resultados: Foram notificadas 6584 internações de adolescentes de 10 a 19 anos
por lesões autoprovocadas intencionalmente, entre 2014 e 2018. As mulheres representaram 52,4% da
amostra estudada, enquanto homens 47,6%, com média das taxas de internação por 100 mil habitantes
equivalendo a 4,3 na população feminina e 3,8 na masculina. No que se refere à região geográfica, o
Sudeste apresentou a maior taxa de internação (5,7/100.000 habitantes), seguida do Sul (3,4), Nordeste
(3,2), Centro-Oeste (3) e Norte (1,8). Dentre os métodos utilizados, os mais frequentes foram auto-
intoxicação por substâncias biológicas (43,8%), seguido de auto-intoxicação por substâncias químicas e
agentes nocivos (20%) e precipitação de lugar elevado (12,6%). No tocante ao período do ano no qual
ocorreu o atendimento, o quarto trimestre foi o de maior notificação (27,1%), enquanto o segundo trimestre
foi o período de menor notificação (22,15%). Conclusão: Observou-se maior prevalência das tentativas de
suicídio no sexo feminino, resultado que corrobora com outros estudos que estabelecem maiores tentativas
de suicídio entre mulheres. Entretanto indica-se que as tentativas são mais letais nos homens, de modo que
as taxas de mortalidade são superiores no sexo masculino. A região Sudeste apresentou maior taxa de
internação, sendo cerca de 3 vezes maior que na região Norte, que possuiu menor taxa. Porém, alerta-se
para a possibilidade de subnotificação dos registros em áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos do
país. O grande uso de métodos como autointoxicação (63,8%), pode refletir em menor letalidade e violência
das tentativas entre adolescentes. As tentativas de suicídio foram mais comuns no final do ano, chegando a
ser quase um quarto maior que o segundo trimestre.
A encefalopatia de Wernicke: uma emergência neurológica.
Autor: Amanda Cacaes Modesto Accioly;
Coautor: Alícia Dantas de Oliveira Lima; Ana Vitória de Sousa Melo; Rayana Tavares de Queiroz; Alline
Alana Alves de Albuquerque; Edynnara Priscyla Souza de Melo Dantas.
Introdução: A encefalopatia de Wernicke é uma emergência neurológica caracterizada pela tríade
sintomatológica de confusão mental, oftalmoplegia e ataxia. É uma patologia desencadeada pela deficiência
de tiamina (vitamina B1), estando normalmente associada ao consumo excessivo de álcool. No entanto,
também está relacionada a outros fatores de risco como gestação, malignidade e deficiência nutricional.
Possui prevalência de 0,4 a 2,8% na população geral e de 12,5% em alcoólatras. Apesar da baixa
prevalência, a encefalopatia de Wernicke é subdiagnosticada, sendo de grande valia o seu reconhecimento,
uma vez que pode evoluir para coma ou até mesmo morte. Objetivo: Verificar a importância do diagnóstico
e do manejo da encefalopatia de Wernicke na emergência médica. Considerar a relevância do diagnóstico
precoce, associado ao início imediato do tratamento, a fim de evitar maiores complicações. Metodologia:
Trata-se de uma revisão de literatura utilizando como base científica dados coletados no PubMed. Os
descritores foram: encefalopatia de Wernicke, emergência e alcoolismo. Foram incluídos artigos publicados
nos últimos cinco anos em inglês. Resultados: O diagnóstico da encefalopatia de Wernicke é clínico, sendo
realizado através da identificação da sua tríade clássica. Além disso, é imprescindível considerar a história
do paciente, objetivando identificar sinais de abuso do álcool e de subnutrição. Em alguns casos, é possível
associar dosagem sérica de tiamina e exame de imagem, sendo preferível a ressonância magnética. É
consenso que o tratamento deve ser realizado com a reposição de altas doses de tiamina por via parenteral,
manejo que deve ser realizado de forma imediata. A dosagem de tiamina é de 500 mg IV três vezes ao dia,
por 3 a 5 dias. Caso o paciente não melhore, pode continuar com a dosagem de 250 mg IV por dia por mais
3 a 5 dias ou até melhora do quadro. Conclusão: A identificação precoce da sintomatologia da
encefalopatia de Wernicke é indispensável para a resolução do quadro, evitando complicações futuras. O
preparo dos médicos atuantes na emergência é fundamental, devendo ser realizado através de orientações
acerca dos sintomas mais prevalentes e da forma mais adequada para a resolutividade do caso. São medidas
que cooperam para a redução nas taxas de morte causadas pela encefalopatia de Wernicke, além de
amenizarem as sequelas decorrentes do diagnóstico tardio e do manejo inadequado na emergência.
Palavras-chave: Encefalopatia de Wernicke. Emergência. Diagnóstico.
Uso de impella em pacientes com choque cardiogênico após infarto
agudo do miocárdio: qual a eficácia?
Autor: Eloísa Jordana de Barros Oliveira; Coautores: Amanda Souza Fernandes; Bruno Henrique Arruda de
Paula; Felipe Montenegro Cavalcanti Sobreira Santos; Maria Eduarda de Arruda Carvalho; Tiago
Wanderley Queiroga Lira.
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio(IAM) com supradesnivelamento do segmento ST é a etiologia
mais comum do choque cardiogênico. O qual, cursa com hipotensão sistêmica e evidência de hipoperfusão
tecidual secundária a disfunção cardíaca com pressões de enchimento adequadas ou elevadas. O tratamento
do choque cardiogênico consiste em reposição volêmica, catecolaminas e, se indicado, terapia de
reperfusão, a qual aumentou a sobrevida de 10% para 50%. Dessa forma, foi desenvolvido o impella que
consiste em uma bomba de fluxo microaxial que fornece sangue para a aorta ascendente do ventrículo
esquerdo e aumenta a frequência cardíaca. O impella é conceitualmente promissor, pois permite
implantação percutânea e pode diminuir a demanda de oxigênio pelo miocárdio, além de aumentar o débito
cardíaco e a perfusão orgânica. Objetivos: Analisar a eficácia do uso de impella em pacientes com choque
cardiogênico após IAM. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura sobre a eficácia do
impella, utilizando como base de dados a Scielo, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Pubmed. As
palavras-chave usadas foram “impella”, “choque cardiogênico” e “infarto agudo do miocárdio”, com 37
artigos encontrados dos anos de 2015 a 2020, dos quais 10 estavam de acordo com a temática e foram
analisados. Resultados: A mortalidade de pacientes com choque cardiogênico após IAM é elevada, tendo
50% das mortes nas primeiras 48h necessitando, assim, de uma intervenção precoce, rápida e sistêmica.
Pacientes que apresentam refratariedade ao uso de drogas vasoativas, balão intraaortico (BIA) e assistência
circular percutânea, podem se beneficiar do uso de dispositivos de assistência circulatória como o impella.
A experiência clínica em um estudo realizado no Centro Médico Acadêmico de Amsterdã entre outubro de
2004 e dezembro de 2016 geral, consistiu de 250 pacientes tratados com o impella. Desses, um total de 112
pacientes recebeu terapia com impella para o choque cardiogênico após IAM e a mortalidade geral em 30
dias foi de 56,2% e em 6 meses foi de 60,7%. As principais complicações foram: vasculares relacionadas
ao dispositivo (17%), sangramento não relacionado ao dispositivo (12,5%), hemólise (7,1%) e acidente
vascular cerebral (3,6%).. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos de artigos, a fim de se
estabelecer uma relação entre a eficácia deste dispositivo de suporte ventricular na condução dos pacientes
em choque cardiogênico pós-IAM, mesmo sendo conceitualmente promissor, não demonstraram desfechos
satisfatórios, uma vez que estes apresentaram maior mortalidade e risco de complicações como
sangramentos, quando comparado a outros mecanismos como o BIA, e resultados semelhantes com
pacientes que não utilizaram este mecanismo. Portanto, em serviços de hemodinâmica que não dispõem de
BIA, o uso do impella pode ser viável neste grupo de pacientes.
Uso do ácido tranexâmico no trauma: uma revisão sistemática:
Eduardo Pimentel Carneiro Braga; Davi Rodrigues de Sousa; Fernando de Paiva Melo Neto; Maurício
Valadares Vasconcelos Neto; Mariana Vieira Falcão; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: A hemorragia é diretamente responsável pela maioria das mortes hospitalares precoces no
trauma, além de contribuir para a mortalidade hospitalar tardia, devido à falência múltipla de órgãos. Além
disso, o paciente traumatizado pode, também, desenvolver distúrbios de coagulação decorrente da
hemorragia. Portanto, o Ácido Tranexâmico (ATX) mostra- se de extrema importância no trauma.
Objetivos: Abordar a importância do ATX no atendimento ao paciente traumatizado. Metodologia: Estudo
de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual
Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2019, em inglês e
português. Resultados: O ATX é um fármaco análogo do aminoácido lisina, é um antifibrinolítico que
interfere na ligação do plasminogênio com a fibrina, impedindo assim a ativação da plasmina e,
consequentemente, evitando a dissolução do coágulo, reduzindo a hemorragia do paciente. Em cirurgias, o
ATX diminui em cerca de 30% a necessidade de transfusão sanguínea, reduziu em uma unidade de volume
de concentrado de hemácias transfundido e em 50% a necessidade de re-intervenção por sangramento. No
trauma, tem sido associado à redução da mortalidade de pacientes que sofreram hemorragia. Em um estudo
realizado em 2010 com 20.211 pacientes, foi comprovado o benefício do ATX para reduzir a mortalidade
total e a relacionada à hemorragia em pacientes traumatizados. No entanto, o mesmo estudo não demonstrou
a diminuição da necessidade de hemoderivados em pacientes traumatizados. Conclusão: Devido à alta
incidência e mortalidade do trauma no Brasil e o fato da causa mais frequente de morte precoce em
pacientes traumatizados ser a hemorragia, o ATX apresenta-se como uma ferramenta essencial no
atendimento, em especial, pré-hospitalar.
Palavras-chaves: Ácido tranexâmico, Hemorragia, Trauma.
Tromboembolismo pulmonar pós- operatório em paciente submetido a colecistectomia: um relato de
caso.
Caio Henrique Marinho Trajano; João Antônio Carlos Suassuna; José Roberto Ribeiro Neves Filho; Raquel
Hellen de Sousa Muniz; Sávio Daniel Freire de Albulquerque Figueiredo; Napoleão Suassuna Laureano
Júnior.
INTRODUÇÃO: o tromboembolismo pulmonarconsiste na obstrução da circulação arterial do pulmão por coágulos
sanguíneos oriundos da circulação venosa sistêmica, geralmente pelo sistema venoso profundo dos membros inferiores,
com redução ou cessação do fluxo sanguíneo da área afetada. Essa patologia pode se apresentar de forma aguda, com
manifestações clínicas e laboratoriais surgidas imediatamente após a instalação da obstrução vascular, ou de forma
crônica, caracterizando-se pelo surgimento progressivo de dispnéia e outras manifestações de hipertensão pulmonar ao
longo de meses ou anos. Outrossim, o tromboembolismo pulmonar é a terceira doença cardiovascular mais comum,
além de ser a principal complicação das tromboses venosas profundas.DESCRIÇÃO DE CASO: paciente feminina, 66
anos, com história de colecistectomia de urgência no início de dezembro de 2019, evoluiu com dor em membro inferior
direito a partir do dia 02 de janeiro de 2020. Ao exame físico, constatou-se edema assimétrico em membros inferiores,
com dor a compressão em panturrilha direita. Tendo como hipótese diagnóstica inicial um caso de trombose venosa
profunda, decorrente de uma complicação da colecistectomia. Com possível evolução para tromboembolismo pulmonar,
a paciente foi encaminhada à urgência do Hospital Memorial São Francisco para realização de exames, D-Dímero;
Ultrassonografia Doppler venoso do membro inferior direito; e angiotomografia pulmonar. O Doppler de membros
inferiores evidenciou tromboflebite em todo o trajeto da veia safena magna à direita e de veias superficiais na perna
atingindo a veia femoral comum.Já a angiotomografia evidenciou falha de preenchimento vascular ao meio de contraste,
com predomínio nas porções centrais acometendo o tronco da artéria pulmonar, artérias pulmonares direita e esquerda,
interlobares, segmentares para os lobos inferiores, segmentar medial do lobo médio e segmentares para os lobos
superiores, além de opacidades parenquimatosas mal definidas no segmento basal posterior do lobo inferior. Diante
disso, foi possível a confirmação da hipótese diagnóstica de tromboembolismo pulmonar, tendo como conduta a
realização de trombectomia mecânica e medicamentosa com uso de 20mg de Actylise em artéria pulmonar esquerda e
direita. O controle final evidenciou reestabelecimento do ramo inferior da artéria pulmonar esquerda, com boa
opacificação parenquimatosa do lobo inferior esquerdo e da artéria pulmonar direita. Procedimento sem intercorrências.
CONCLUSÃO:apesar da simplicidade deste relato, podemos aproveitá-lo para reiterar a importância de uma anamnese
bem dirigida e de um bom exame físico na conduta inicial do paciente com quadro sugestivo de trombose venosa
profunda. Ademais, evidenciar a imprescindibilidade da profilaxia de trombose venosa profunda, sobretudo em
pacientes em pós-operatório, com a finalidade de evitar complicações graves como o tromboembolismo pulmonar.
PALAVRAS-CHAVE:Tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, trombose.
Análise sobre o atendimento do paciente psiquiátrico pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência.
Autor(a): Bruna Tenório Melo Borges ; Coautor(es): Alícia Dantas de Oliveira Lima, Alline Alana Alves de
Albuquerque, Ana Beatriz Onias Alves da Silva, Edynnara Priscyla Souza de Melo Dantas, Nathalia
Oliveira Marques
O paciente psiquiátrico requer cuidados particulares no atendimento pré-hospitalar devido à natureza de sua
patologia. A crise psiquiátrica pode cursar com reações violentas do paciente, provocando, por vezes, temor
no profissional de saúde, que pode lançar mão inadvertidamente de medidas de contenção física do paciente
para mantê-lo sobre controle. Entretanto, essas atitudes baseadas somente na restrição física do paciente,
usados de forma generalizada em pacientes psiquiátricos, e, ainda, sem incluir uma intervenção terapêutica
acolhedora e eficiente, podem ser traduzidas como atos exagerados. O medo, aliado ao déficit do
profissional em desenvolver uma ação de cuidado, pode exacerbar o sofrimento e a raiva do paciente,
possivelmente aumentando o risco de protagonizar um ato de violência, sendo o paciente verdadeiramente
agressivo ou não. Outro limitador do atendimento é a restrição do uso de medicações, visto que essas
ocorrências são frequentemente enviadas para as viaturas de suporte básico, as quais não fazem intervenção
médica. Tal circunstância também explica a predominância do pensamento de que a imobilização mecânica
é necessária. Objetivo: A revisão da literatura teve como objetivo reiterar a importância da discussão sobre
o atendimento de pacientes psiquiátricos pelos profissionais de atendimento pré-hospitalar, bem como
demonstrar a importância de haver um maior conhecimento e capacitação dos profissionais quanto ao
atendimento de ocorrências dessa natureza e, por conseguinte, uma maior atenção à saúde mental da
população. Metodologia: O estudo foi realizado de forma descritiva, com a utilização de pesquisas
bibliográficas, tendo como fonte as bases de dados SCIELO e Google acadêmico. Resultados: Observamos
que há uma limitação de estudos que abordem um protocolo atualizado para direcionar o conhecimento dos
profissionais que atuam diretamente assistindo a pacientes psiquiátricos. A saúde mental no atendimento
pré-hospitalar também é pouco discutida, refletindo na adoção de medidas ultrapassadas, como a
imobilização mecânica com o uso da força para controlar o paciente do serviço móvel de urgência, que
supõe que todo paciente psiquiátrico é agressivo. Conclusão: Percebemos a necessidade de fomentar a
discussão sobre a implementação de programas de capacitação dos profissionais do serviço móvel de
urgência. Apesar de ser uma competência atribuída ao SAMU, os seus profissionais possuem dificuldades
para conduzir um atendimento envolvendo um paciente psiquiátrico em todo o seu percurso, incluindo a
abordagem inicial, a contenção da crise e um encaminhamento para um centro de referência. Dessa forma,
seria importante a capacitação desses profissionais para entenderem o paciente psiquiátrico e atuarem de
forma humanizada durante o manejo desses pacientes.
Palavras-chave: Paciente psiquiátrico, Atendimento pré-hospitalar, Urgência.
Aspectos associados ao comportamento suicida não fatal em jovens e importância da
abordagem no serviço de emergência.
Maria Isabel Teodoro Fernandes; Gabriella Correia Ouro; Izadora Barbosa Mendes ; Francisco
Rodrigo Sales Bacurau
Introdução: O suicídio se constitui em um ato autodestrutivo, cometido por sujeitos em condições de
vulnerabilidade emocional, sendo percebido como a melhor solução para fugir de situações que provocam
uma dor psicológica insuportável. Com relação aos fatores de risco significativos, o isolamento social,
tentativas prévias, histórico familiar de doenças mentais, agressão ou abuso, além de declaração ou
pensamentos de intenção são questões que devem deixar os profissionais em alerta. Ainda assim, mesmo
que os dados sejam alarmantes, é importante evidenciar que esse evento pode ser prevenido. Objetivo:
Avaliar fatores relacionados à tentativa de suicídio em jovens e a importância da abordagem emergencial na
sobrevida desses indivíduos. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura, utilizando-se os
descritores “tentativa de suicídio” e “jovens” nas bases de dados SciELO, CAPES e BVS. Foram
selecionados para este trabalho os artigos que foram publicados nos últimos 10 anos e em idioma português.
Resultados: Compreendeu-se que ao longo dos últimos anos foi constatado o aumento do número de
suicídios em escala mundial, representando uma das principais causas de morte em jovens entre 15 e 35
anos de idade. A escolha do local de exposição preferencial para essa tentativa tende a ser a residência, o
que pode ser devido a facilidade de acesso aos meios que facilitam este ato. O método mais utilizado pelas
mulheres é a intoxicação exógena por medicamentos, principalmente benzodiazepínicos, e por raticidas,
como o “chumbinho”. Já pelos homens, costuma ser o enforcamento e arma de fogo. Desse modo, quando
há a chegada desses pacientes em situação de lesão autoprovocada aos serviços de emergência, protocolos
de atendimento orientam o trabalho das equipes conforme o meio adotado na tentativa de suicídio. Além
disso, recomenda-se que esses indivíduos sejam rastreados quanto ao risco de cometer suicídio
posteriormente. Uma história clínica detalhada, com delineamento de um plano de segurança que coloque o
paciente em contato com serviços de saúde mental é uma das ações mais adequadas e eficazes. Conclusão:
Entende-se que é essencial uma maior compreensão dos determinantes que envolvem o processo que resulta
na tentativa e morte por suicídio, e que o acompanhamento nas redes de saúde mental é imprescindível para
se evitarem novas tentativas. O acesso fácil aos meios utilizados tem influência nas tentativas de suicídio, e
a comercialização mais rigorosa poderia ser uma das formas passíveis de prevenção. Ademais, percebe-se
que intervenções hábeis realizadas por profissionais capacitados para a assistência emergencial no risco e
tentativa de suicídio são indispensáveis para sobrevida nesses casos.
Palavras-chave: tentativa de suicídio, emergência, jovens.
Características do atendimento ao paciente oncológico na urgência e emergência - uma
revisão de literatura.
Autor - David Sammuel Dantas Torres; Co-autor - Abraão Oliveira Tavares, Yolanda de Melo
Omena Lira, Maria Hercília Vieira Melo Ramalho, Reneê Dominik Carvalho Osório.
INTRODUÇÃO: O câncer e seu tratamento podem levar a situações clínicas que necessitam de
intervenção terapêutica urgente. Por definição a emergência oncológica (EO) é uma "condição
aguda causada pelo câncer ou seu tratamento, que necessita de intervenção rápida para evitar a
morte ou lesão permanente grave". O perfil da população portadora de entidades oncológicas é
dotado de um agregado de sintomas, tendo em vista sua alta morbimortalidade. OBJETIVO:
Abordar as características pertinentes ao atendimento do paciente portador de neoplasia, que
procura os serviços de emergência e suas principais queixas. METODOLOGIA: Foi realizada
uma revisão integrativa da literatura a partir das bases de dados MEDLINE, PubMed, LILACS,
SciELO e Biblioteca Cochrane. Incluídos artigos científicos publicados em inglês, espanhol e
português, entre os anos de 2015 a 2020, disponíveis na íntegra, com os descritores, “Neoplasia”,
“Emergência oncológica” e “Assistência Integral à Saúde” e suas respectivas traduções. Foram
selecionados aqueles que respondiam ao objetivo da pesquisa. RESULTADOS: O plantonista de
um serviço de emergência, em um hospital geral, muitas vezes tem dificuldades em avaliar o
paciente oncológico e tratar suas complicações, sendo as principais situações emergenciais: a
Síndrome da Veia Cava Superior (SVCS), Síndrome da Compressão Medular (SCM),
Hipercalcemia, Derrame Pericárdico e Tamponamento Cardíaco, Coagulação Intravascular
Disseminada e a Síndrome da Lise Tumoral. CONCLUSÕES: Pela própria natureza da
enfermidade que o acomete, o paciente oncológico apresenta problemas clínicos muitos
específicos, entretanto complexos. As emergências relacionadas à esse paciente, em boa parte, são
secundárias às lesões e tumores que ocupam espaço causando obstrução ou compressão, como a
SVCS e a SCM, sendo importante o reconhecimento e entendimento pelo médico emergencista,
para melhor conduta nas medidas iniciais. Além disso, o profissional deve está habilitado à solicitar
e interpretar exames direcionadas às principais complicações circulatórias e hematopoiéticas.
Conduta terapêutica em crianças queimadas: revisão de literatura:
Ana Flávia Veloso de Araújo Justino; Lis Marques de Luna Freire; Luanna Kamylla Pedrosa Carneiro
Honório; Mariana Militão Morais; Talita Saraiva Pimenta; Luisiane de Avila Silva.
INTRODUÇÃO: Lesões que atuam destruindo a pele e seus anexos, parcialmente ou totalmente, são
denominadas queimaduras. Possuem classificação de acordo com a origem (químicas, por radiações,
congeladuras e térmicas) e a profundidade (primeiro, segundo e terceiro graus). As principais causas de
queimaduras em crianças são as ocorrências acidentais em ambientes domésticos, sendo as escaldaduras as
mais frequentes. Devido a isso, é adequado aprimorar as condutas terapêuticas nas vítimas pediátricas.
OBJETIVO: Relatar as condutas imediatas em crianças que sofreram algum tipo de queimadura no Brasil.
MÉTODOS: Utilizou-se a plataforma da BVS e a base de dados Scielo com os seguintes descritores:
queimaduras AND criança. Obteve-se como resultado 1.203 artigos. Como critérios de inclusão foram
selecionados: texto completo, idioma português e os últimos cinco anos, reduzindo para 53 artigos. Desses,
utilizou-se oito e foram excluídos os associados à nutrição, fatores de risco para queimaduras, outros tipos
de acidentes e artigos repetidos. RESULTADOS: Através da análise das pesquisas realizadas, os cuidados
iniciais incluem a remoção de roupas queimadas ou intactas nas áreas atingidas e lavar a região. Em
seguida, deve-se avaliar as vias aéreas, respiração, circulação, déficit neurológico e exposição. Sempre que
houver suspeita de lesão inalatória deve-se instilar oxigênio a 100 % por máscara, mesmo na ausência de
lesões de pele. Também não deve ser dado medicações intramusculares ou subcutâneas, devido à
possibilidade de vasoconstrição periférica. O atendimento ao paciente queimado segue a conduta do
ABCDE do trauma, a qual padroniza o atendimento inicial ao politraumatizado e define prioridades na
abordagem, aplicado para detectar lesões de risco iminente de morte e monitora os sinais vitais. A conduta
terapêutica precoce com medicamentos analgésicos adequados para a dor é essencial para o alívio do
desconforto do paciente pediátrico. Entre os medicamentos mais utilizados para analgesia na prática clínica,
tem-se o paracetamol e a morfina, eficiente em queimaduras. Por fim, uma demanda de vários dias de
internação pode acarretar alterações emocionais e psicossociais intensas a partir do trauma sofrido,
tornando-se um período difícil, visto que determina mudanças na vida das crianças e na dos pais, exigindo
variadas adaptações cotidianas. Esse cenário gera a necessidade da atuação de uma equipe multiprofissional
para a família, a fim de ajudá-los de forma positiva na adaptação da nova condição da criança.
CONCLUSÃO: O estudo sobre queimadura pediátrica proporciona um conhecimento relevante visto que
ressalta a necessidade de uma conduta eficaz desde o primeiro atendimento na sala de emergência até a
analgesia e o acompanhamento multiprofissional do paciente e de sua família.
Palavras-Chaves: Queimaduras, crianças, conduta
Análise da mortalidade entre os sexos masculino e feminino, por TCE, no
decorrer de 10 anos no estado da Paraíba.
Autor: Hugo José de Oliveira Fernandes Queiroz; Coautores: Francisco Moésio Martins Barbosa Filho;
Rafaela Germana Cavalcanti da Nóbrega; Marcus Vinicius Maia Passos Filho; Maria Luiza Chaves
Fernandes de Figueiredo.
Introdução: O trauma é uma das principais causas de morbimortalidade, sobretudo, na população mais
ativa na sociedade atual, sendo, assim, um importante problema de saúde pública. Nesse contexto, destaca-
se o trauma cranioencefálico (TCE), que vem aumentando em decorrência de diversos fatores, como em
acidentes de trânsito, atropelamentos, quedas e agressões. Portanto, compreender a dinâmica das taxas de
mortalidade por TCE, é essencial para o desenvolvimento do setor da saúde no Brasil, pois, assim, é
possível desenvolver políticas públicas para reduzir esses números. Objetivos: Mensurar a variação da taxa
de mortalidade entre os sexos masculino e feminino no estado da Paraíba no período de 10 anos com
traumatismo intracraniano. Métodos: Foi realizada uma pesquisa epidemiológica na base de dados
DATASUS, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, relativo à taxa de mortalidade de
TCE em todas as idades e compreendendo todas as raças, no intervalo de janeiro de 2009 a dezembro de
2019 no estado da Paraíba, realizando uma comparação entre os sexos masculino e feminino. Resultados:
Nos anos de 2009 a 2019, a taxa de mortalidade no sexo feminino por traumatismo intracraniano acumulou
um aumento de 140,55%. Quando se fala no sexo masculino, é notado um aumento de 31,04%, no período
de 2009 a 2019. No que se refere à taxa mortalidade total durante os 10 anos (2009 e 2019), houve um
aumento de 29,75% do sexo masculino e feminino. Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por
traumatismo intracraniano entre mulheres foi superior à taxa entre homens nos anos de 2009 a 2019,
obtendo 109,51% de elevação, em comparação ao público masculino.
Palavras-chave: Traumatismo intracraniano;saúde pública;Paraíba.
A relação entre as internações pelo SUS no Brasil por insuficiência cardíaca e hipertensão
arterial nos anos de 2016 e 2017.
Autor: Iane Alves de Lemos; Coautores: Taynah de Almeida Melo, Ingryd Gabriella Nascimento Santos,
Marina Bezerra Germóglio, Luiz de Assis de Almeida Neto, Luana Thainá Albuquerque Barreto.
Introdução: As doenças do aparelho circulatório representam a principal causa de morbimortalidade na
sociedade contemporânea, destacando-se a doença coronariana como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as
cerebrovasculares dentre elas o Acidente Cerebral Encefálico (AVE) e a Insuficiência Cardíaca (IC) (Arq
Bras Cardiol, 2016), sendo, dessa forma, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o principal fator de risco
para essas doenças. O objetivo deste estudo foi relacionar e analisar o número de internações por IC e
HASS pelo SUS no Brasil e comparar os resultados no período de 2016 e 2017. Metódos: Trata-se de um
estudo transversal, observacional e descritivo realizado através de registros no Departamento de Informática
do Sistema Único de Saúde (DATASUS) entre os anos de 2016 e 2017. As variáveis relacionadas foram:
IC, IAM, internações, morbidade hospitalar e ano de processamento. Resultados: O número de internações
por HAS nesse período de 2016 e 2017 foi de 116.889 enquanto que internações por IC foram de 422.413.
Em 2016, 59.499 internações foram por HAS e 214.460 por IC. Já em 2017, 57.390 foram por HA e
208.453 por IC. Embora a quantidade destas tivesse diminuída, as porcentagens com relação ao total das
internações para as patologias em questão continuaram similares no ano de 2016 e 2017 (Em 2016, 21,71%
para HAS e 78,28% por IC e, em 2017, 21,58% para HAS e 78,41% para IC). Logo, observou-se, nessa
amostra, que a prevalência de tais doenças permanece constante nos anos supracitados, apesar de que em
2016 o número de internações foi um pouco maior que em 2017. Conclusão: Dados norte-americanos de
2015 ratificaram que HAS estava presente em 69% dos pacientes com primeiro episódio de IAM, 77% de
AVE e 75% com IC (VILELA et al., 2011). Portanto, é imprescindível investir na prevenção e controle da
HAS, como mudanças no estilo de vida e melhor adesão ao tratamento medicamentoso, para que, assim,
reduza a incidência das complicações da HAS, evitando comorbidades associadas como a IC e
proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Insuficiência Cardíaca, Internações.
Cuidados perioperatórios relacionados aos pacientes com doença de Von Willebrand.
Ludimila Mirella Cezar Neves; Mirely Anne Batista de Medeiros; Sabrina Soares de Figueredo; Yasmin
Meira Fagundes Serrano; Rodrigo Niskier Ferreira Barbosa.
Introdução: Doença de Von Willebrand (DvW), ou angiohemofilia, decorre de uma deficiência
quantitativa e/ou qualitativa do fator de Von Willebrand (FvW). É uma condição hereditária autossômica,
podendo ser dominante, em sua maioria, ou recessiva. A deficiência deste fator está relacionada com a
diminuição da adesão das plaquetas, impedindo que ocorra o tamponamento hemostático, resultando em
algumas manifestações clínicas como a epistaxe, menorragia, hemorragia gastrointestinal, sangramento
gengival e sangramento por tempo prolongado após cirurgias. Objetivos: Realizar uma revisão das
publicações sobre a Doença de Von Willebrand e os cuidados necessários durante o período perioperatório.
Metódos: Trata-se de um estudo descritivo realizado através de revisão das publicações científicas. Foram
empregados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Doença de Von Willebrand”, “Fator de Von
Willebrand”, “Fator VIII”, “Tampão Plaquetário”, “cirurgia”, “perioperatório”, nas bases de pesquisa.
Resultados: Os pacientes que têm a DvW, na maioria dos casos, manifestam efeitos plaquetários resultando
em acometimento clínico, sendo necessários cuidados específicos quando se considera um procedimento
cirúrgico. Os principais cuidados são: 1) Realizar anamnese completa para avaliar o comprometimento
cirúrgico e os riscos para o paciente, sendo relevante saber o histórico familiar de sangramentos cutâneos ou
em mucosas, o histórico de manifestações hemorrágicas e os hábitos do paciente; 2) Esclarecer todas as
dúvidas, inclusive mencionar o grau de risco, a possibilidade de sequelas no pós-operatório e os cuidados
necessários para haver contribuição do próprio paciente e da família durante o período perioperatório; 3)
Preparação do paciente, uso de antibióticos, antissépticos e a própria assepsia; 4) Promover hemostasia
temporária e definitiva; 5) A anestesia geral é preferível, pois pacientes com coagulopatias submetidos a
bloqueios do neuroeixo têm elevado risco de desenvolvimento de hematomas e de compressão de estruturas
neurológicas; 6) Associar a anestesia geral com a infusão da desmopressina (1-desamino-8-D-arginina-
vasopressina, DDAVP) uma hora antes da cirurgia, para os tipos 1 e 2A da DvW; 7) Evitar traumas durante
o procedimento cirúrgico; 8) Não utilizar fármacos que comprometam a adesão plaquetária; 9) Manter o
monitoramento dos níveis séricos do fator VIII mesmo após a cirurgia, sendo possível usar DDAVP
novamente durante o pós-operatório. Conclusão: O paciente portador da DvW requer cuidados específicos
em cirurgias de pequeno a grande porte através de técnicas adequadas para uma eficiente adesão
plaquetária, evitando disfunções hemorrágicas.
Palavras-chave: Doença de Von Willebrand. Coagulação. Perioperatório.
Crise hipertensiva evoluindo para edema agudo de pulmão: Relato de caso.
Juliana Jamaica Sousa da Silva; Débora Vieira de Melo Agra Duarte; Elias Balbino da Silva ; Laryssa
Pinheiro Marques; Thiago Vieira de Almeida Lima
Introdução:A crise hipertensiva é caracterizada por uma elevação rápida, vigorosa e sintomática da
pressão arterial, com níveis de pressão diastólica iguais ou superiores a 120mm/Hg, que pode cursar com
risco de lesão de órgão alvo e conseqüente risco de vida. A crise hipertensiva está dividida em urgências e
emergências hipertensivas, e uma das complicações clínicas comumente associada a crise hipertensiva é o
Edema Agudo de Pulmão Hipertensivo, que deve ser tratado imediatamente com furosemida, nitrato e
morfina, porém alguns anti-hipertensivos podem ter interação medicamentosa com outras drogas, podendo
ser potencialmente fatal. Relato de caso:Paciente do sexo masculino, 66 anos, hipertenso, portador de
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e insuficiência cardíaca (ICC) deu entrada no serviço de
urgência apresentando pico hipertensivo (150 x 130 mmHg) com queixa de náuseas. Ao ser questionado
afirmou não adesão ao tratamento medicamentoso, consumo exacerbado de sal e uso de sildenafila na
última semana. Foi solicitado um eletrocardiograma (ECG) que indicou a presença de uma taquicardia supra
ventricular (TSV) estável, sendo realizada a manobra de Valsalva sem sucesso, sendo necessário
cardioverter o paciente com o uso de adenosina. No segundo ciclo a TSV foi revertida, administrado 2
ampolas de furosemida e dois comprimidos de captopril. Mesmo assim evoluiu com aumento da pressão
arterial (PA) e edema agudo de pulmão (EAP) de origem cardiogênica, sendo prescrita furosemida,
nitroglicerina, nitrato e morfina com rebaixamento do nível de consciência e posterior intubação orotraqueal
(IOT) que causou hipotensão que fez com que fosse usada droga vasoativa (noradrenalina em bomba de
infusão contínua (BIC)). Atualmente, segue intubado com controle da PA por medicação. Conclusão : Uma
das mais comuns interação medicamentosa em urgências e emergências hipertensivas é a interação do
sildenafil com o nitrato, ambos são vasodilatadores e o sildenafil amplifica a ação vasodilatadora dos
nitratos, podendo acarretar hipotensão grave, potencialmente fatal. Portanto, diante do caso acima relatado é
necessário conhecer a evolução natural da doença bem como as indicações, os benefícios, as interações
medicamentosas e as complicações associadas ao tratamento dessa enfermidade, com o objetivo de evitar
malefícios ao paciente.
- Palavras Chave: Emergência, Crise hipertensiva , Interação medicamentosa, Edema agudo de pulmão
Uso do protocolo efast (avaliação focada com ecografia para trauma estendida, em português) na
avaliação torácica: revisão de literatura.
Autor: Luís Felipe de Melo Silva; Coautores: - Andrew Pereira da Silva; José Daniel Chaves de
Menezes; Karlla Stephanie Alves e Silva; Pedro Érico Alves de Souza .
Introdução: A ultrassonografia a beira do leito é uma modalidade de exame de imagem que pode auxiliar
na avaliação do paciente vítima de trauma. Nessa perspectiva, o protocolo FAST permite a análise do
abdômen no politraumatizado em busca de fluido livre entre outras complicações. No entanto, o Extended-
FAST ou EFAST, amplia as buscas ecográficas para avaliar o trauma torácico, como a presença de
pneumotórax e hemotórax. Mas como o EFAST ajuda o médico a tomar uma decisão no ambiente de
emergência? Quais as dificuldades enfrentadas? Objetivos: Avaliar como o EFAST auxilia no diagnóstico à
beira do leito, bem como, os entraves que obrigaram médicos a usar outros métodos diagnósticos. Métodos:
Revisão de literatura com pesquisa nas bases de dados: Scielo, LILACS, ScienceDirect e PubMed. Foram
utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): avaliação focada com ecografia para trauma,
traumatismos torácicos. O operador booleano “AND” foi utilizado para restrição das buscas. Os critérios de
inclusão são: pesquisas ou relatos de caso, ter sido publicado entre 2015 e 2020 e fazer referência a
avaliação torácica. Após análise criteriosa foram encontrados 9 pesquisas e 3 relatos de casos. Foram
excluídos 3 artigos devido a data de publicação, por se tratar da avaliação exclusivamente abdominal ou por
excluir do estudo os pacientes traumatizados. Portanto, 6 artigos e 3 relatos foram selecionados.
Resultados: No trauma torácico, o EFAST permite a avaliação das membranas pleurais e pericárdica. Nesse
sentido, é possível notar experiências que demonstram alta sensibilidade e especificidade deste exame na
detecção de complicações, como pneumotórax, hemotórax e hemopericárdio. Além disso, o ultrassom
apresenta maior facilidade para avaliar crianças e pessoas não cooperativas quando comparado a
radiografia, menor custo e operação sem radiação ionizante. Porém, alguns problemas foram relatados com
o uso do EFAST: a possibilidade de confusão diagnóstica na presença de outras doenças pulmonares, como
o Enfisema Bolhoso Gigante, o que leva a preferência do uso da radiografia ou tomografia. O tamanho e a
localização do pneumotórax também são discutidos como um entrave, já que os menores podem não ser
localizados no EFAST. Por fim, médicos com baixo treinamento reduz a qualidade da avaliação.
Conclusão: O uso do EFAST na emergência é favorável para um ótimo desfecho clínico. Os problemas
relatados não devem desabonar uma ferramenta poderosa como o ultrassom e, pelo contrário, exigem mais
pesquisas e maior empenho da comunidade científica, seja para a melhoria dos equipamentos, seja para o
aperfeiçoamento do protocolo.
Palavras-chaves: avaliação focada com ecografia para trauma, ultrassonografia, traumatismos torácicos.
Análise sobre a importância do transporte aeromédico na Paraíba.
Autor: Alline Alana Alves de Albuquerque ; Coautor:Amanda Cacaes Modesto Accioly; Ana Vitória de
Sousa Melo ; Alicia Dantas de Oliveira Limas ; Bruna Tenório Melo Borges ; Edynnara Pryscilla Souza de
Melo Dantas .
Introdução: Sabe-se que a sobrevida de um paciente em situação grave é inversamente proporcional ao
tempo resposta e ao tempo de deslocamento até o tratamento definitivo. Mesmo em caso de sobrevivência, a
demora no atendimento irá determinar o nível das sequelas resultantes do atraso ou da ausência do primeiro
atendimento avançado. Ademais, a extensão territorial da Paraíba com grandes distâncias entre as cidades e
os hospitais centros de referencia para pacientes graves, requer uma importante ferramenta que melhore a
efetividade da prestação desses serviços de urgência e emergência em todo o Estado. Nesse contexto, o
serviço de transporte aeromédico utiliza o helicóptero como uma ferramenta facilitadora e importante, pois
alia o atendimento em áreas de difícil acesso ao transporte no menor tempo possível, tanto de materiais e
pessoal até o local da ocorrência, quanto das vítimas até os hospitais de referência. Todavia, é preciso levar
em consideração que o voo pode interferir nas condições fisiológicas do organismo e dessa forma expor o
paciente a riscos e fatores estressantes de voo que interfiram em seu estado de saúde, entre eles a hipóxia,
gravidade, aceleração, umidade do ar, temperatura, ruídos, vibrações, sobrecargas musculoesqueléticas e
fadiga de voo. Dessa forma, se faz necessário a presença de uma equipe médica com ações preventivas e
intervencionistas para sanar as possíveis alterações experimentadas pelo paciente durante o voo. Diante
disso, o transporte feito por aeronaves é considerado um suporte avançado de vida que requer uma equipe
de médicos e enfermeiros treinados com conhecimento da fisiologia de voo, bem como das possíveis
situações que os pacientes poderão ser expostos. Objetivo: A revisão da literatura teve como objetivo
buscar fontes que exemplificassem e descrevessem resultados positivos sobre a importância do transporte
aeromédico na Paraíba. Metodologia: Foi realizado de forma descrita, com a utilização de pesquisa
bibliográficas, tendo como fonte as seguintes bases de dados: SCIELO, Google acadêmico e PubMed, além
de informações disponibilizadas por unidades aéreas do setor de Segurança Pública. Resultados: Os
resultados apontaram que ainda existe carência quanto aos estudos, principalmente direcionados a Paraíba,
em virtude de ser um serviço implantado recentemente. Contudo, a análise dessa pesquisa, poderá expor a
relevância desse tema e fomentar a discussão sobre a importância da utilização dessa ferramenta para salvar
vidas e diminuir sequelas. Conclusão: Comparando e analisando a revisão de literatura concluímos que o
transporte aeromedico é um importante recurso capaz de diminuir os limites territoriais da Paraíba, no
tocante ao rápido atendimento especializado a pacientes em estado grave e seu deslocamento aos hospitais
de referência mais próximo.
Palavras-chave: Urgência; Helicóptero; Transporte aeromédico; Paraíba.
Tratamento da sepse na sala de emergência.
Autora: Renata de Almeida Jansen; Coautores: Ana Luíza Nóbrega Freire Gaudêncio Cardoso ; Marília
Medeiros Marques Magalhães Dardenne ; Mariane Dantas Lima ; Larissa Batista de Melo ; Victor Petrucci
Ramalho Leite.
INTRODUÇÃO: Sepse é definida como uma síndrome de resposta inflamatória (SIRS), motivada por um
agente agressor, relacionada à infecção sistêmica. É uma condição clínica comum associada à elevada taxa
de mortalidade entre pacientes hospitalizados, inclusive na sala de emergência. Diversos sinais e sintomas
podem estar presentes, principalmente em pacientes graves e a precocidade do tratamento é peça-chave no
sucesso do mesmo. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e o impacto na mortalidade dos atrasos no
início da terapêutica antimicrobiana nos casos de sepse e choque séptico. MÉTODOS: Efetuou-se uma
revisão sistemática nas bases de dados SciELO e Revista Qualidade HC, em inglês e português, utilizando
os descritores “sepse” e “choque séptico”. RESULTADOS: O tratamento da sepse na sala de emergência se
baseia em princípios gerais e princípios específicos. Os gerais abrangem a monitorização, oxigênio e acesso
venoso; reposição volêmica; uso de drogas vasoativas (noradrenalina é a droga de escolha); ressuscitação
hemodinâmica; corticoide e terapia de substituição renal. O princípio específico diz respeito a buscar e tratar
a causa da sepse, por isso, se faz necessário a antibioticoterapia precoce, que deve ser administrada em até
uma hora da detecção do quadro. A cada hora de atraso na terapia antimicrobiana há uma redução na taxa de
sobrevivência de 7,6%. A escolha do antibiótico deve ser baseada em alguns critérios como: sítio da
infecção, uso prévio de antimicrobianos, comorbidades e patógenos locais. A resposta ao tratamento
depende de vários fatores: resposta do organismo à infecção, local e tipo da infecção, agressividade do
agente infeccioso, tipo e ação do antibiótico e desenvolvimento, ou não, de choque séptico. Esses são dados
que não podem ser avaliados de imediato e que só o tempo será capaz de identificar, portanto a resposta ao
tratamento da sepse só poderá ser avaliada após horas e, às vezes, dias depois da instituição da terapêutica
adequada. CONCLUSÃO: Os dados apresentados sugerem, portanto, que a administração antimicrobiana
empírica e de amplo espectro deve ser considerada componente intrínseco da ressuscitação inicial do
choque, sendo associada ao aumento da sobrevida até a alta hospitalar. Ademais, foi observado que apesar
deste aumento progressivo na taxa de mortalidade devido aos atrasos, apenas 50% dos pacientes com
choque séptico receberam terapia antimicrobiana eficaz dentro de 6 horas de hipotensão documentada.
Palavras-chaves: Sepse, sala de emergência, antibioticoterapia.
A utilização do fast para o diagnóstico na urgência e emergência.
Karen Abrantes Coura, Tobias Sampaio de Lacerda , Germana Marques da Nóbrega, Gabriel
Pereira Reichert, Júlia Marques Dantas Brandão, Rayanne Oliveira da Silva.
INTRODUÇÃO: O trauma é a principal causa de morte em jovens entre 1 e 44 anos, sendo também
responsável por um terço das internações de pacientes em unidade de terapia intensiva. Em virtude desses
números, desenvolveu-se um protocolo denominado FAST que utiliza a ultrassonografia para diagnóstico
precoce e monitorização de lesões potencialmente fatais, melhorando a morbidade e a mortalidade dos
pacientes no cenário da urgência e emergência. OBJETIVO: Identificar a importância da aplicação do
FAST para o diagnóstico precoce no atendimento inicial ao politraumatizado. METODOLOGIA: Trata-se
de uma revisão integrativa sobre o emprego do FAST na urgência e emergência. Realizou-se uma busca nas
plataformas PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), através dos descritores: “FAST”,
“urgência”, “trauma”. Critério de inclusão: disponível em texto completo, em português ou inglês, entre os
anos de 2015-2020 que abordassem sobre a temática. RESULTADOS: O protocolo FAST é útil na
detecção de líquido livre de cavidade abdominal, pericárdica e torácica. Em 2004, foi reportado uma
sensibilidade de 50% e uma especificidade de cerca de 99,1% no diagnóstico ecográfico de pneumotórax,
essa janela ecográfica foi incorporada ao FAST, que passou a se chamar EFAST (FAST estendido).
Entretanto, quando resultado negativo, não exclui a possibilidade de sangramentos retroperitoneais e de
vísceras ocas, visto que o aparelho não identifica esses locais. A prevalência do trauma abdominal fechado é
ainda desconhecida, mas há uma estimativa de uma prevalência internacional entre 6% a 65%, por isso a
detecção de líquido livre é de extrema importância, já que o objetivo do protocolo é reduzir o tempo de
decisão na conduta terapêutica. Outros exames utilizados para associar na detecção de líquido livre são a
punção peritoneal e a tomografia computadorizada, porém a ecografia associa-se a inúmeras vantagens em
comparação a esses outros dois métodos, uma vez que é um aparelho versátil, de fácil mobilidade, não
agressivo para o paciente, que possui baixo custo, além de possuir uma alta definição na imagem.
CONCLUSÃO: O método apresenta boa relação de custo-efetividade, alta acurácia e pouco risco para os
pacientes, mas está sujeito a erros de técnica, por ser examinador dependente. A utilização do protocolo
EFAST proporciona a rápida avaliação e o monitoramento dos pacientes traumatizados e em terapia
intensiva, facilita o diagnóstico de doenças ameaçadoras à vida e direciona as decisões da equipe, resultando
em melhores prognósticos para os pacientes.
Palavras-Chaves: Fast, Urgência, Trauma.
Principais causas dos atendimentos pediátricos realizados por um serviço de aph
móvel em Maceió- Al.
AUTOR: JOSÉ ARTHUR CAMPOS DA SILVA; COAUTORES: NAYARA COSTA ALCÂNTARA DE
OLIVEIRA; AIMÊ ALVES DE ARAUJO; BRUNA SIMÕES ROMEIRO; GUSTAVO MENDONÇA
ATAÍDE GOMES; ANA LÚCIA SOARES TOJAL
INTRODUÇÃO: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foi instalado no Brasil após
criação da Política Nacional de Atenção às Urgências, a fim de melhorar o agravamento que os acidentes e a
violência urbana vinham trazendo ao Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, as causas externas que
mais acometem os pacientes pediátricos são as quedas, os acidentes automobilísticos, as queimaduras e
choques e os sufocamentos. Diante disso, estudos a respeito de atendimento pré-hospitalar para crianças e
adolescentes, por afecções externas e internas, são destacados por trazerem noções de grande importância
para a saúde pública. OBJETIVOS: Indicar as principais causas dos atendimentos pediátricos realizados
pelo SAMU de Maceió no ano de 2017. MÉTODOS: O trabalho descreve uma análise documental
quantitativa de dados em prontuários mantidos no SAMU de Maceió, com a determinação de incluir
pacientes com idade de 06 a 16 anos, de ambos o sexo e do ano de 2017. Diante da aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisa, a análise foi iniciada na base centralizada do SAMU de Maceió. RESULTADOS: No
ano de 2017, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Maceió abordou 51.210 pacientes em seus
atendimentos. Desses, 643 prontuários foram de indivíduos que atendiam aos critérios de inclusão
determinados no estudo. Com o levantamento dos dados, foi possível indicar os principais agravos em
crianças que o SAMU de Maceió atende: 113 acidentes automobilísticos, 75 distúrbios obstétricos e 43
distúrbios neurológicos. Entretanto, 75 agravos não foram especificados, 86 causas clínicas não foram
caracterizadas e 23 causas traumáticas não foram indicadas, o que dificulta a determinação da
epidemiologia dos atendimentos pediátricos. CONCLUSÃO: Verifica-se, portanto, que a análise de dados
epidemiológicos sobre os atendimentos pediátricos feito pelo SAMU de Maceió é de grande valia para o
serviço público. Tendo em vista os resultados, estratégias devem ser empregadas para diminuir a
prevalência de acidentes automobilísticas em crianças, principalmente com ações sobre a importância das
medidas de segurança no trânsito. Também é importante difundir mias a prevenção da gravidez na
adolescência com o intuito de diminuir os distúrbios obstétricos nessa faixa etária. Além disso, o estudo
contribui com o serviço do SAMU de Maceió, trazendo informações para melhorar seu gerenciamento e
desenvolvimento das práticas profissionais.
PALAVRAS-CHAVE: Serviços Médicos de Emergência, Criança, Estatística.
O acolhimento do paciente geriátrico no atendimento emergência
Lara Alípio Pedrosa e como coautoras Ariana Lacerda Garcia, Beatriz Ribeiro Coutinho de
Mendonça Furtado, Gabriella de Figueiredo Falcão, Laís Nóbrega Diniz, Paula Gabriela Silva.
Introdução: A Geriatria é a especialidade médica destinada a cuidar do processo de envelhecimento e das
doenças envolvidas, atuando na prevenção e tratamento. Segundo o IBGE, no Brasil, a expectativa de vida é
de 74,6 anos. Projeções até 2050 estimam que o número de jovens continue a declinar, intensificando o
envelhecimento demográfico nacional e aumentando a demanda da necessidade de profissionais atuando no
domínio do âmbito emergencial. Pacientes acima de 60 anos, segundo o Estatuto do Idoso, devem ser
atendidos por uma equipe apta a lidar com idosos. Dessa forma, faz-se imprescindível um preparo dessa
equipe no pronto atendimento dos pacientes idosos e em seu acolhimento. Objetivos: Fazer uma revisão de
literatura acerca do acolhimento dos pacientes idosos e da qualificação dos profissionais de saúde no devido
preparo ao lidar com os enfermos, considerando a potencialidade na incidência de casos geriátricos no
atendimento da emergência. Metodologia: Esta revisão bibliográfica trata-se de um estudo qualitativo de
artigos seletivos e leituras exploratórias acerca da reflexão do atendimento emergencial aos pacientes
geriátricos. Resultado: O serviço de emergência propõe um ambiente dinâmico em que há necessidade na
agilidade da execução das tarefas, atendendo a gravidade e a proporção de pacientes que aguardam por
atendimento. Afirmando-se das limitações funcionais dos idosos, estes não recebem auxílio suficiente, na
realização de atividades básicas de cuidado, uma vez que não há uma atenção direcionada ao acolhimento
desses. A gestão no cuidado de idosos em situações crônicas e complexas exige serviços de saúde mais
integrados e completos, com modelos de cuidados de saúde que abordem suas carecias biopsicossociais,
investindo no processo de comunicação para o cuidado efetivo. Uma Pesquisa Convergente Assistencial
(PCA), desenvolvida no serviço de emergência de um hospital de referência no atendimento gerontológico,
constatou que a base do cuidado ao idoso é a humanização e respeito através de profissionais capacitados e
qualificados, cabendo uma reestruturação do processo de trabalho do serviço de emergência, possibilitando
uma atenção que atenda as devidas necessidades dos idosos na urgência. Conclusão: Os dados
disponibilizados pelo IBGE, relacionados ao aumento da expectativa de vida, evidenciam maior incidência
do número de pacientes geriátricos no Pronto Atendimento. Diante desta alta prevalência da urgência e
emergência geriátrica, e em demanda cada vez mais frequente, percebe-se uma necessidade de adequação e
de aumento da equipe multiprofissional desta, buscando atender as premências que englobam a atenção
voltada ao idoso e a melhor gestão dos recursos, oferecidos pelo Ministério da Saúde, junto aos
profissionais de serviço de urgência, visando uma abordagem social integrativa, humanizada e de
acolhimento.
Palavras Chaves: Emergência; Geriatria; Acolhimento.
emergência
Rebeca Campelo Dantas de Lima; Thalita Ferreira Campos; Júllia Rocha Santos; Mariana Soares
Madruga Guedes Pereira; Layse Claudino de Souza; Alinne Beserra de Lucena Marcolino.
INTRODUÇÃO: A síndrome de Burnout é uma resultante dos altos níveis de estresse, sendo considerada
como uma reação à tensão emocional crônica motivada a partir do contato direto com outros seres humanos,
quando estes estão preocupados ou com problemas. Os profissionais de emergência, por sua própria
natureza e características de seu trabalho, revelam-se suscetíveis ao fenômeno do estresse ocupacional em
decorrência da responsabilidade pela vida e a proximidade com os usuários deste serviço para os quais o
sofrimento é quase inevitável. Assim, faz-se necessário refletir acerca das atividades laborais realizadas
pelos profissionais de emergência, uma vez que são caracterizadas por excessiva carga de trabalho, contato
com situações limitantes, alto nível de tensão e de riscos para si e para outros. OBJETIVO: Analisar e
discutir a produção científica acerca da Síndrome de Burnout em profissionais de emergência no período de
2012 a 2018. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura que buscou artigos nacionais e
internacionais na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como descritores as palavras
profissionais de emergência (emergency professionals) e Síndrome de Burnout (Burnout Syndrome), com
os filtros “texto completo”, “inglês” e “português”. RESULTADOS: Dos 16 artigos encontrados na referida
base, após leitura dos resumos, foram excluídos 04 estudos duplicados. Desta forma, o corpus foi
constituído por 12 artigos, sendo identificados dois principais eixos temáticos: A etiologia multifatorial da
Síndrome de Burnout e a Ilusão do constante altruísmo dos profissionais de emergência como potencial
desencadeante para a Síndrome de Burnout. Pela exigência atribuída a estes profissionais na dedicação e no
desempenho de suas funções, aumenta-se a possibilidade de ocorrência de desgastes emocionais em altos
níveis de estresse, tornando-os vulneráveis à cronificação do estresse ocupacional, além do que, as fartas
expectativas depositadas nesta área da profissão, visando o heróico ato de salvar pessoas e as respectivas
frustrações que acontecem durante suas vidas profissionais estão intimamente ligados ao acometimento
desta síndrome, que pode ser evidenciada a partir de 04 vertentes: física, psíquica, comportamental e
defensiva. CONCLUSÃO: Para mudanças positivas, mais pesquisas sobre a Síndrome de Burnout devem
ser realizadas, a fim de que ações preventivas e estratégias de enfretamento sejam baseadas em evidências
científicas sobre a abordagem e o tratamento que mantenham a saúde mental e a qualidade de vida do
profissional, para, só assim, alterarem as políticas de benefícios e os recursos humanos direcionados,
ofertando condições frente aos desafios a que estes profissionais são expostos diariamente.
Palavras - chaves: Síndrome de Burnout. Profissionais de emergência. Revisão integrativa da literatura.
Abordagem cirúrgica da ingestão de corpo estranho atípico: Relato de caso.
Autor: Ananda Nunes Magalhães Arruda ; Coautor: Alessa Cavalcanti Dantas.
A ingestão de corpo estranho (CE) não é uma raridade em centros de urgência e emergência, sobretudo
pediátricos, onde cerca de 75% dos casos ocorre em menores de 5 anos de idade, de forma acidental, sem
que o tutor tenha visto a ingestão. De 10 a 20% dos objetos ingeridos podem necessitar de remoção por via
endoscópica e 1% de intervenção cirúrgica. A urgência para diagnóstico e remoção depende de fatores, tais
como tamanho, forma e natureza do CE, da presença de sintomas e da localização no trato digestivo.
Criança, sexo masculino, 11 meses de idade, previamente saudável, deu entrada em serviço de referência
em pediatria Arlinda Marques em fevereiro com história de “engasgo” em dezembro de 2019 com disfagia
progressiva para pastosos, roncos, secreção nasal, dificuldade para mamar, dispneia e febre, já tendo
procurado outros serviços de saúde em 3 ocasiões anteriores. Foi realizada radiografia de tórax e tomografia
computadorizada do pescoço que evidenciou mola de pregador de roupa perfurando parede anterior do
esôfago logo após o esfíncter superior. Foram realizadas duas endoscopias para retirada do objeto, sem
sucesso, pois o mesmo estava aderido na parede esofágica, sendo encaminhada para cirurgia pediátrica. Foi
realizada uma cervicotomia em borda anterior do músculo esternocleidomastóideo, dissecção e reparo do
esôfago cervical, esofagotomia e remoção do corpo estranho na transição cervicotorácica, rafia da lesão por
dentro do esôfago com vycril 5-0, foi passada sonda nasogástrica e a síntese realizada com vycril 4-0,
drenagem de região cervical com penrose e fechamento por planos, deixando acesso central em veia
subclávia direita. Paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu alta no 11o dia pós-operatório. A
impactação de objetos estranhos no esôfago ocorre principalmente a nível dos estreitamentos fisiológicos,
como esfíncter esofágico superior, impressão do arco aórtico e esfíncter esofágico inferior, muitos destes
podem ser tratados conservadoramente após passarem pela junção esôfago-gástrica. A maioria dos CE é
radiopaca, sendo de fundamental importância a realização de estudo radiográfico cervico-toraco-abdominal
com incidência póstero-anterior e de perfil na admissão, podendo confirmar a presença e localização do
objetos, auxiliando a avaliação da necessidade e urgência da remoção por via endoscópica ou cirúrgica. A
morbidade associada a ingestão de CE está associada principalmente à natureza do objeto que é ingerido,
sendo as principais complicações relacionadas a obstrução de via aérea, edema traqueal, estenose, erosão e
perfuração de órgãos, mediastinite, pneumotórax, hemorragia, fístula aorto-esofágica e migração para
estruturas adjacentes. Potenciais complicações inerentes ao CE são: tamanho maior do que 3 cm e presença
de extremidade pontiaguda.
Palavras-chave: corpo estranho, criança, cirurgia, esôfago, urgência.
Emergência hipertensiva: análise dos últimos 10 anos.
Rafaela Carneiro de Almeida Formiga; Ana Beatriz Freire Gadelha; Giovana Escribano da Costa; André
Bastos leite; Pedro Palitot Pereira Pedrosa; Victoria Carneiro de Almeida Formiga
Introdução: As emergências hipertensivas são ocorrências clínicas que podem representar mais de 25% dos
atendimentos de urgências médicas. É caracterizada por pressão arterial marcadamente elevada e sinais de
lesões de órgãos-alvo (encefalopatia, infarto agudo do miocárdio, angina instável, edema agudo de pulmão,
eclâmpsia, acidente vascular encefálico). A crise hipertensiva é a entidade clínica onde há aumento súbito
da PA (> 180 x 120 mmHg), acompanhada de sintomas, que poderão ser leves (cefaléia, tontura, zumbido)
ou graves (dispnéia, dor precordial, coma e até morte), com ou sem lesão aguda de órgãos-alvo. Se os
sintomas forem leves e não acompanhados de lesão aguda de órgãos-alvo, define-se a urgência hipertensiva.
Por outro lado, se os sintomas põem em risco a vida do paciente e refletem lesão aguda de órgãos-alvo, tem-
se então a emergência hipertensiva. Muitos pacientes também apresentam uma PA elevada demais, por não
usarem suas medicações, tratando-se apenas de hipertensão arterial sistêmica crônica não controlada.
Objetivo: Realizar uma análise retrospectiva sobre os casos de crise hipertensiva nas regiões brasileiras na
última década. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, com coleta de dados
obtidos Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), durante o período de janeiro de 2009 a janeiro de
2019, utilizando as variáveis faixa etária, região, óbitos, internações e taxa de mortalidade. Resultados:
Segundo dados do DATASUS, entre o período de janeiro de 2009 a janeiro de 2019, houve um total de
258.337.206,08 pacientes com crise hipertensiva. Esses pacientes foram mais prevalentes na região Sudeste
111.899.172,01 e possuem a faixa etária de 60 a 69 anos 60.796.172,36, em contrapartida os menos
prevalentes estão na região Região Centro-Oeste 17.784.421,86 e possuem a faixa etária de 1 a 4 anos
376.804,52. Em relação aos óbitos, eles foram maiores, proporcionalmente na região Nordeste 4.647, sendo
menores na região Sul com 591 e tendo um valor total de todas as regiões de 11.650. As Autorizações de
Internação Hospitalar por crise hipertensiva possuem um total de 778.133 nas cinco regiões. As
autorizações foram predominantes na região Nordeste com 287.335 e menores na região Centro-Oeste com
67.850. A região que apresenta a maior taxa de mortalidade é a região Sudeste (1,75) e a menor, região Sul
(0,80). Conclusão: Diante dos dados analisados, é notável que a região Sudeste possui um maior número de
casos devido à alta densidade demográfica. E como reflexo disso, essa possui também a maior taxa de
mortalidade. A região Nordeste possui, proporcionalmente à sua população, o maior número de óbitos. Ou
seja, isso ocorre devido ao seu sistema precário de saúde. Enquanto que a região Centro-Oeste, por sua vez,
apresentou o menor número de casos.
Emergências obstétricas: um olhar voltado para pacientes portadoras do diabetes
mellitus gestacional.
ANNA LUIZA F. DA CÂMARA1; BRENDA DE S. RIBEIRO
1; CAMILLE F. P. GOMES
1; MAX
MATIAS M. JÚNIOR1;
Introdução: A gravidez atribui um estado de resistência à insulina e hiperinsulinemia que pode causar em
algumas mulheres o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Em que ocorre devido a função pancreática da
mulher não ser suficiente para suplantar o ambiente diabetogênico da gravidez. Sendo definida como uma
intolerância à glicose que não estava presente ou reconhecida antes da gestação. A patologia tem causa
multifatorial e preconiza-se o rastreio precoce para que as medidas terapêuticas sejam realizadas a fim de
deter e retardar as complicações visando preservar a saúde e o bem estar da mãe e do filho. Objetivo: Esse
estudo configura-se pela carência de literatura a respeito das emergências obstétricas e a morbimortalidade
materno-fetal decorrente do DMG. Metodologia: A coleta de dados para revisão integrativa da literatura foi
consultada na base de dados de periódicos científicos: Pubmed, Scielo e Lilacs. Resultados: Estudos
demonstraram o impacto negativo da atividade da doença sobre a gravidez. Pré-eclâmpsia, cetoacidose
diabética, parto prematuro, hipertensão arterial, infecção no trato urinário, má formação fetal e macrossomia
são as principais complicações que podem ocorrer na gestação de uma paciente com o DMG. No Brasil,
estima-se que sua prevalência seja de aproximadamente 18% no Sistema Único de Saúde, de acordo com os
critérios diagnósticos propostos na literatura atual. Sendo assim, no âmbito emergencial, observa-se uma
maior frequência de gestantes com pré-eclâmpsia e cetoacidose diabética (CAD), na maioria das vezes são
decorrentes do DMG. É importante que os cuidados instituídos à paciente respeitem um atendimento
sequencial das situações que se relacionam diretamente com a gravidade do quadro. A CAD na gravidez é
uma emergência médica, semelhante à não gestante, que requer tratamento na unidade de terapia intensiva
devido à sua associação com a mortalidade materna-fetal. Sua ocorrência pode diminuir com o auxílio da
insulinoterapia e ao seu melhor controle metabólico. Em ambas as complicações, após as avaliações
médicas, pode ser solicitada a indução de trabalho de parto ou uma cesariana de emergência. Conclusão:
Sabe-se que o DMG é um problema que atinge muitas mulheres durante o período gestacional e que pode
ter impactos longevos na saúde da mãe e do feto. Tendo em vista o fato de que o DMG é multifatorial, se
faz necessário a realização de um pré-natal eficiente, capaz de identificar tal comorbidade e suas
complicações, no intuito de evitá-las o máximo possível. É por isso que a triagem, o diagnóstico e o
tratamento da hiperglicemia são prementes. Todavia, falta ainda muita pesquisa para compreender melhor
quais são os protocolos mais eficazes e econômicos, bem como em quais situações devem ser utilizados.
Espera-se que estudos futuros revelem quais seriam as melhores alternativas de gerenciamento, parecendo
certo que estão no foco destes a insulina, somada à terapia hipoglicêmica oral e à mudança no estilo de vida.
Palavras-chave: Gravidez, Hiperglicemia, Cetoacidose, Pré-eclâmpsia, Complicações.
Tratamento da fibrilação atrial na emergência: cardioversão elétrica,
farmacológica e espontânea.
Autora: Amanda Laysla Rodrigues Ramalho; Co-autores: Ana Luiza Souza Matos, Lucas Lenine Dantas
Formiga, Maria Carolina Trigueiro Lucena Cavalcante, Raquel Xavier Rodrigues, Eleonora de Abrantes
Barreto.
Introdução: A Fibrilação Atrial (FA) é uma taquiarritmia supraventricular caracterizada por uma
incoordenação da atividade elétrica atrial. Está muito presente nos serviços de urgência e emergência,
representando quase 0,5% de todos os atendimentos nestes serviços. A terapêutica da FA no setor de
urgência inclui a restauração do ritmo sinusal, o controle de frequência cardíaca (FC) e a administração de
anticoagulação. Objetivos: Apresentar as principais formas terapêuticas da FA nos serviços de urgência e
emergência, com foco na Cardioversão (CV). Métodos: Trata-se de uma revisão literária que usou artigos
científicos do New England Journal of Medicine e dados do estudo RACE 7. Resultados: Quando um
paciente com FA é admitido no serviço médico de urgência deve- se observar, inicialmente, a FC, que se
não tiver menor que 100 bpm, deve ser normalizada com uma ou mais medicações, como bloqueadores de
canal de cálcio, betabloqueadores, digitálicos, ou amiodarona. Outra medida é definir o tempo de duração
dos sintomas, quando o tempo da FA for inferior a 48 horas, tem algumas opções: CV elétrica, CV
farmacológica (Propafenona ou Amiodarona); ou anticoagular o paciente e aguardar uma CV espontânea.
Nos casos em que a duração da FA for superior a 48 horas, deve ser iniciada a heparinização e a pesquisa de
trombos, uma vez que a CV só pode ser feita na ausência de trombos. O estudo RACE 7 avaliou 437
pacientes com FA sintomática de inicio recente (<36 horas) e com estabilidade hemodinâmica na sala de
emergência, os pacientes foram divididos em 2 grupos, sendo um de CV tardia com 218 pacientes e outro de
CV inicial com 219 pacientes. A abordagem de retardo da CV utilizou inicialmente medicação para controle
da FC, os pacientes eram reavaliados em 48 horas e, se a FA ainda estivesse presente, os pacientes eram
encaminhados para CV. No grupo CV com retardo, a conversão para ritmo sinusal dentro de 48 horas
ocorreu de modo espontâneo em 69% dos pacientes e após a CV em 28% dos pacientes. No grupo CV
inicial a conversão para ritmo sinusal ocorreu de modo espontâneo antes da CV em 16% e após a CV em
78% dos pacientes. O estudo concluiu que em pacientes na sala de emergência com FA recente sintomática
atrasar a CV foi não inferior a CV inicial em manter o ritmo sinusal em até quatro semanas e traz várias
vantagens para o pacientes: evitar as complicações da CV elétrica e farmacológica, diminuir o tempo de
permanência na sala de emergência e menos erros na classificação da FA persistente. Conclusão: É de suma
importância que algumas características sejam consideradas antes de escolher a opção terapêutica de um
paciente com FA na urgência; como o tempo de inicio dos sintomas, se faz mais de 48 horas ou não; o
estado hemodinâmico do paciente, a FC, a idade e se há presença de trombo.
PALAVRAS-CHAVE: fibrilação atrial, cardioversão, urgência e emergência.
Apresentação clínica e prevalência de crise hipertensiva nas emergências: uma revisão
da literatura.
AUTORA: Railane Sousa Arrais de Morais; COAUTORES: Sâmia Israele Braz do Nascimento ; Herbert
Lima Mendes ; Flaviana Ferreira de Oliveira; Cicera Luana Cruz Tavares; Taís Maia Landim
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam importante problema de saúde pública em nosso
país, constituindo-se, em 2000, a principal causa de morte no Brasil. Entre as doenças, encontra-se a
hipertensão arterial sistêmica. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência, o quadro clínico
e as lesões orgânicas envolvidas em uma crise hipertensiva. MÉTODOS: Trata-se de revisão de literatura
com busca eletrônica conduzida no período 2000 – 2017 utilizando como bases de dados MEDLINE,
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e SciELO. Como estratégia de
busca, será adotada uma pesquisa avançada por meio de resumos com base nas palavras-chave: emergência,
hipertensão e lesões, representativas dos descritores da área da saúde. RESULTADOS: Foram atendidos no
setor de emergência clínico-cirúrgico, em 2000, 76.723 pacientes maiores de 18 anos de idade e no setor de
emergência clínica 26.429 casos, perfazendo 34,4% do total de atendimentos da emergência hospitalar. A
prevalência de crise hipertensiva correspondeu a 1,7% do total das emergências clínicas e 0,5% do total das
emergências clínico-cirúrgicas. Entre as urgências hipertensivas, 38% ocorreram nos homens e 62% nas
mulheres; enquanto nos casos de emergência hipertensiva, 55,3 % ocorreram nos homens e 44,7% nas
mulheres, observando-se predominância de casos de urgência hipertensiva nas mulheres. A maioria dos
casos de emergência hipertensiva correspondeu às lesões cerebrovasculares (58%), incluindo acidente
vascular encefálico isquêmico, acidente vascular encefálico hemorrágico e hemorragia subaracnóidea,
independente do sexo. CONCLUSÃO: Trinta e oito por cento dos casos de emergência hipertensiva
corresponderam a complicações cardiovasculares, incluindo insuficiência ventricular esquerda com edema
agudo de pulmão, infarto agudo do miocárdio e angina instável. Os sinais e sintomas mais comumente
encontrados, em ordem decrescente, foram cefaleia, tontura, dispneia, déficit neurológico e dor torácica. Na
urgência hipertensiva, cefaleia e tontura foram os sintomas mais comuns, enquanto na emergência
hipertensiva as manifestações clínicas mais frequentes foram déficit neurológico e dispneia. Crise
hipertensiva respondeu por 0,5% de todos os atendimentos de emergência do estudo e a 1,7% das
emergências clínicas, sendo a urgência mais comum que a emergência hipertensiva. Acidente vascular
encefálico isquêmico e edema agudo de pulmão foram as lesões em órgãos-alvo mais frequentes nas
emergências hipertensivas.
PALAVRAS-CHAVE: emergência, hipertensão, lesões
Intoxicação por cianeto e síndrome da angustia respiratória aguda após inalação de
fumaça – a propósito de caso clínico.
Autora: Taynah de Almeida Melo ; Co-autores: Luiz Gustavo César de Barros Correia; Anna Luiza Ribeiro
Coutinho Ummen de Almeida; Andréa Guedes Pereira Pitanga de Moura; Laercio Bragante de Araújo;
Paulo César Gottardo.
INTRODUÇÃO: A inalação de fumaça é uma importante causa de síndrome da angustia
respiratória aguda do adulto (SDRA); a severidade da injúria ao trato respiratório depende de
vários fatores, que incluem: tempo de exposição a fumaça, solubilidade dos gases, diâmetro das
partículas de fumaça. O manejo precoce de vias aéreas é um dos pilares da redução de
mortalidade neste grupo de indivíduos; além da lesão direta da mucosa respiratória, a inalação
de fumaça pode causar sinais sistêmicos, devido a intoxicação por monóxido de carbono e
cianeto. DESCRIÇÃO DO CASO: G.P., 49 anos, bombeiro militar; apresentou náuseas, vômitos e
rebaixamento do nível de consciência após ser exposto a fumaça, durante atendimento pré-
hospitalar (APH) pelo Corpo de Bombeiros; foi exposto durante 20 minutos, a partículas de
fumaça, durante incêndio de indústria alimentícia. Após o atendimento inicial as vítimas, o
mesmo passou a apresentar sintomatologias inespecíficas, náuseas e vômitos; evoluiu, em
poucos minutos, com insuficiência respiratória tipo I e submetido a intubação orotraqueal e
ventilação mecânica invasiva. Foi encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI); Foi
realizado a estimativa da Saturação de oxigênio da fração da oxihemoglobina na hemoglobina
total expressa e fração da meta-hemoglobina na hemoglobina total, beira do leito; com oxímetro
especifico; A gasometria arterial demonstrou fração de carboxihemoglobina de 20% (0,5-2,5%) e
meta-hemoglobina de 0,02% ( <3%); Recebeu assistência ventilatória, com manobras de
recrutamento alveolar, e titulação de parâmetros ventilatórios, e proporcionando a hiperóxia;
também recebeu cianocobalamina 100 mg/kg IV; submetido a broncoscopia flexível, realizando
diagnóstico de lesão térmica de vias aéreas inferiores e superiores; no 6º DIH, progrediu com
insuficiência renal aguda, sendo submetido a sessões de hemodiálise. Evoluiu com sepse de foco
respiratório, com isolamento de Pseudomonas aeruginosa. Recebeu tratamento com
carbapenêmicos. No 14º DIH, foi realizado traqueostomia. No 22º DIH, submetido a nova
broncoscopia e consequente decanulação traqueal. Alta hospitalar no 25º DIH, sem quaisquer
alterações. CONCLUSÃO: As lesões inalatórias são causas de mortalidade nos incêndios,
principalmente, nas populações expostas e bombeiros militares. O suporte ventilatório deve ser
imediato, sob o risco de impedimento de intubação orotraqueal, devido ao edema respiratório.
Deve ser encorajado a hiperóxia – para tratamento de intoxicação de monóxido de carbono;
além do uso de cianocobalamina para intoxicação de cianeto.
Palavras-Chaves: Intoxicação por cianeto, Lesão térmica, Queimadura.
Manejo da sepse na emergência: Síntese de literatura.
Autora: CABRAL, Kênia de Oliveira ; Co-autoras: BEZERRA, Rebeca Alves ; NOBRE, Isabelly Moura;
TENÓRIO, Laryssa Almeida .
INTRODUÇÃO: A sepse é uma patologia dinâmica que tem sua gravidade definida nos primeiros dias de
evolução. No Brasil, independente do foco infeccioso e da doença subjacente, a taxa de mortalidade é de
46,6% nos pacientes com sepse. Em UTIs não cardiológicas, esta é a principal causa de óbitos. Porém, as
medidas para o manejo da sepse ainda é cenário de muitas discussões e frequentes atualizações,
principalmente quanto às ações nas primeiras 72 horas, cuja evolução do paciente determinará uma maior
ou menor probabilidade de óbito. OBJETIVO: Investigar as atualizações dos protocolos internacionais
acerca do manejo de sepse na emergência. METODOLOGIA: O seguinte estudo foi realizado como uma
revisão bibliográfica tendo por campo de pesquisa as principais bases dados: PubMed, Scielo e Lilacs.
RESULTADOS: A sepse deve ser manejada com foco em três áreas: controle da infecção, estabilização
hemodinâmica com suporte orgânico, e imunomodulação. O controle da infecção consiste na coleta de
sangue para realização das hemoculturas e a administração do antibiótico ideal para o sítio de infecção,
preferencialmente em até 1 hora do diagnóstico. A estabilização hemodinâmica envolve o uso adequado de
fluidos e vasopressores, adaptados ao indivíduo. O manuseamento pode ser dividido em 4 fases principais:
salvamento, optimização, estabilização e redução no número de fármacos. No que diz respeito a modulação
da resposta à sepse, os corticóides são indicados devido a sua propriedade de modulação imunológica e
cardiovascular. Atualmente, os manuais da Surviving Sepsis Campaing preconiza o uso de hidrocortisona
intravenosa em um esquema de 200mg por dia, se e somente se, o paciente não estiver responsivo à
estabilização hemodinâmica com ressuscitação volêmica e vasopressores, e se posicionou contra o uso de
corticóides em baixas doses. Já o uso de antinflamatórios, não teve sua eficácia comprovada, todavia,
algumas pesquisas apontaram que a imunossupressão é eficaz no que concerne a postergar a morte de
pacientes com sepse, bem como o uso de interleucina 7 e inibidores de checagem, agentes que estimulam a
imunidade e atuam na redução da morbimortalidade. A ventilação por 16 horas em decúbito ventral nesses
pacientes também diminuiu os índices de mortalidade, bem como, a oxigenação por meio de membrana
extracorpórea. CONCLUSÃO: As indicações para cada fase da recuperação dessa condição pode ser
adotados pelo contexto tecnológico atual do Sistema Único de Saúde, não existindo, portanto, obstáculos
concretos para o uso dessa sistematização no cenário brasileiro, as ações necessárias para reduzir os índices
de morbi-mortalidade, sintetizar-se-ia no treinamento das equipes de saúde para garantir um diagnóstico e
tratamento ágil e preciso, além das reformas estruturais a fim de reduzir o tempo de transporte do paciente
para a UTI.
A carência de medidas de segurança para trm com a popularização do esporte.
Paulo Francisco Lucena de Araújo Espínola ; Davi Rodrigues de Sousa; Bruna Furtado Gambarra; Fernando
de Paiva Melo Neto; Maurício Vasconcelos Valadares Neto ; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola;
Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: O trauma raquimedular consiste em uma agressão à medula espinhal que pode acarretar em
danos neurológicos, afetando a função motora, sensitiva e/ou motora do indivíduo lesado. Acomete
principalmente o sexo masculino, com incidência de 4:1, entre 15 a 40 anos. As causas mais frequentes são
acidentes automobilísticos e quedas, entretanto, acidentes esportivos correspondem a uma indecência
considerável de 5 a 14% dos casos. Objetivos: Analisar os riscos de TRM em atividades esportivas e
incentivar a conscientização de medidas de segurança na prática de esportes. Metodologia: Estudo de
revisão sistemático qualitativo a partir de bases de dados como a Biblioteca Virtual Saúde (BVS), United
States National Library of Medicine (USNLM) e DATASUS, na língua inglesa e portuguesa. A coleta de
dados foi realizada no período de janeiro a 15 de fevereiro de 2020. Para viabilizar a coleta de dados foram
utilizados como descritores “Trauma medular and Traumatismos em atletas” e “Traumatismos medulares
and Prevenção e controle”. Dessa forma, a amostra foi composta por nove publicações. Resultados: Com o
crescente incentivo a adesão de práticas esportivas, maiores também são as lesões decorrentes dessas
atividades. Quando realizado sem a devida preparação e condicionamento, ou sem os equipamentos de
segurança necessários, o praticante torna-se mais susceptível a acidentes, que podem ser causados por força
de desaceleração repentina ou por compressão excessiva, torção, hiperextensão ou hiperflexão. Esportes
como esqui e snowboarding, mergulho, beisebol, futebol americano, além do Crossfit e de modalidades de
luta, que estão por franca popularização, são mais susceptíveis a lesões traumáticas, que agridem à medula
espinhal e, em decorrência, podem gerar danos neurológicos. As lesões raquimedulares podem ser causadas
pelo esforço prolongado ou por traumas agudos, mais comuns em esportes de contato. O médico em pronto
atendimento deve seguir as recomendações do Advanced Trauma Life Suport (ATLS), atentando para
estabilização da coluna cervical. É imprescindível a avaliação neurológica rápida após o trauma agudo, de
modo que seja possível prevenir lesões secundárias que agravem o quadro do atleta, ajudando a reduzir
complicações irreversíveis e melhorar as possibilidades de retorno esportivo. No entanto, disfunções
permanentes e anormalidades dos nervos periféricos, além de fusão vertebral acima do nível de C5 são
contra-indicações, mesmo após realização de tratamento, para o retorno ao esporte. Conclusão: Com a
popularização dos esportes e o estímulo a prática recreativa, é necessário atentar-se para possíveis lesões
decorrentes da falta de preparo e da realização de cuidados para a segurança da atividade. Além disso, a
presença de profissionais de saúde em eventos atléticos, desde os estratos amadores de competição,
configuram uma importante medida de prevenção e manejo de eventuais traumas raquimedulares.
Palavras-chaves: Trauma raquimedular, esporte, segurança.
Aspectos antipsicóticos e cardiovasculares do haloperidol na emergência.
Ana Clara Rufino Sampaio Mendes ; Byanka Eduarda Silva de Arruda ; Júlia Elizabete Nagrad de Farias
Albuquerque; Maria Luiza Silva Normandes ; Cibério Landim Macedo .
Introdução: O haloperidol é um fármaco neuroléptico incisivo amplamente empregado na emergência para
tratamento de distúrbios mentais de caráter agudo como agitação e agressividade devido ao seu tempo de
ação e via de administração. Apesar dos seus benefícios, o uso do haloperidol pode apresentar efeitos
colaterais, como distúrbios na condução elétrica cardíaca, além disso, já foram relatados episódios de
hipotensão e taquicardia, por isso, deve ser usado com certa cautela, especialmente em pacientes já
susceptíveis a essas alterações. Objetivos: Analisar os aspectos antipsicóticos do haloperidol e suas
interações cardiovasculares em pacientes da emergência. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica
com base em artigos em inglês e português publicados nos últimos 5 anos e indexados na Biblioteca Virtual
de Saúde, Scielo e Pubmed. Além disso, foram utilizados portarias e comunicados lançados pelo Ministério
da Saúde e a bula do medicamento aprovado para Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resultados: o
haloperidol é um potente bloqueador dos receptores dopaminérgicos centrais, apresentando ação incisiva
sobre delírios e alucinações, apresentando um bom custo benefício, apesar dos seus efeitos adversos.
Destarte, apesar dos efeitos cardiovasculares não serem comuns, há casos em que o haloperidol provocou
um prolongamento no intervalo QTc e/ou arritmias ventriculares quando administrado em doses mais
elevadas via endovenosa e em pacientes predispostos. Ademais, pode provocar taquicardia, hipotensão,
contrações coordenadas/descoordenadas rápidas do músculo cardíaco, que rapidamente podem levar a morte
se não tratadas. Assim, deve-se haver cautela da equipe de emergência em pacientes com condições de
intervalo QT prolongado (síndrome QT, hipocalemia, desequilíbrio eletrolítico, fármacos que prolongam o
intervalo QT, doença vascular ou histórico familiar dessa condição), além de estarem preparadas para
identificar e para fazer o manejo de tais efeitos adversos de forma ágil. Dessa forma, deve-se acompanhar os
sinais vitais e o ECG desses pacientes até que estejam fora de risco, realizar medidas antiarrítmicas e
hemostáticas adequadas; ainda atentar-se à interação medicamentosa da adrenalina com o haloperidol, que
pode causar hipotensão grave. Conclusão: Dado o exposto, é perceptível que o uso do haloperidol em
situações de emergência deve ser analisado com atenção pela equipe de plantão, pois apesar de causar um
rápido efeito necessário em situações críticas que envolvem o controle comportamental, este fármaco, por
outro lado, também é propício a provocar diversos efeitos adversos importantes, tais como os
cardiovasculares, sendo assim importante o conhecimento desses fatos pela equipe para proporcionar o
tratamento apropriado para cada paciente.
A depressão como fator de vulnerabilidade para comportamentos suicidários: uma
revisão de literatura.
Beatriz Ribeiro Coutinho de Mendonça Furtado, Flaviana Ribeiro Coutinho de Mendonça
Furtado, Matheus Lima Dore.
Introdução: O suicídio vem sendo responsável pela morte de mais de 800.000 pessoas a cada ano, de
acordo com a Organização Mundial da Saúde, tornando-se uma das principais causas de morte no mundo. O
crescimento das taxas de suicídio nos últimos vinte anos aumentou entre 200% a 400%, sobretudo em
jovens e, independente da delimitação precisa desse índice, sabe-se que ele está aumentando
consideravelmente. Há um amplo conjunto de fatores de risco para o comportamento suicida, dentre eles, o
mais frequentemente apontado é a existência de transtornos mentais, sobretudo depressão. Objetivos:
Refletir sobre o suicídio exitoso em consequência das perturbações de humor, como a depressão.
Metodologia: Esta revisão bibliográfica teve caráter qualitativo baseado nas leituras exploratórias e seletivas
de artigos referentes ao tema proposto, publicados nas bases de dados LILACS e Scielo, no período de 2017
a 2020. Foram selecionados seis artigos, considerando os seguintes critérios: revisão dos trabalhos que
estudaram o suicídio e a depressão. Resultados: As perturbações do humor (particularmente a depressão), o
consumo de substâncias de abuso, a esquizofrenia e as perturbações da personalidade são conhecidos como
os principais diagnósticos psiquiátricos associados aos comportamentos suicidários. A depressão é
caracterizada principalmente por longos períodos de tristeza que afetam o pensamento e o comportamento
das pessoas, a perda de interesse pelas atividades, afeta os hábitos alimentares, os hábitos de sono, leva à
incapacidade de experimentar prazer ou se divertir. Em consequência, quando em casos graves, levam à
comportamentos suicidários, os quais constituem qualquer ato através do qual um indivíduo causa lesão em
si mesmo, independentemente do grau de intenção letal. Os comportamentos autolesivos são considerados o
principal preditor para o suicídio. Nos suicídios exitosos, o método mais utilizado no Brasil é o
enforcamento, seguido da morte por projétil de arma de fogo. Nesse sentido, o tratamento ao portador de
transtorno mental grave requer múltiplas intervenções, entre as quais a terapêutica medicamentosa,
buscando a recuperação do melhor estado de saúde, o alívio dos sintomas e a redução de incapacidades e
recaídas. Conclusão: Considerando o panorama supracitado, é possível concluir que episódios depressivos
graves podem levar à tentativa de suicído, necessitando de atendimento psiquiátrico imediato, considerando
que o paciente apresenta risco de morte.
Palavras chaves: Suicídio; Depressão; Perturbação de humor.
Atendimento dos serviços móveis de urgência no brasil frente a emergências
psiquiátricas: uma revisão literária.
Autor: Thássia Rachel Brito de Figueiredo Almeida; Coautores: Jefferson Alain Emiliano e Melo; Thayse
Rachel Brito de Figueiredo Almeida; Rafaella Fiquene de Brito Filgueira; Matheus Crispim Mayer
Ramalho; Estephanye Vasconcelos Nunes de Farias
INTRODUÇÃO: Emergências psiquiátricas são alterações agudas do comportamento, do pensamento, do
humor ou das relações sociais, necessitando de uma intervenção médica imediata, devido à possibilidade de
evolução rápida para um resultado maléfico. Como consequências negativas, podem ocorrer risco à
integridade física do paciente e outras pessoas, intenso sofrimento psíquico, perda da autonomia, dentre
outros. Os serviços de assistência no atendimento à crise são prestados pelos componentes integrados da
Rede de atenção Psicossocial (RAPS). O atendimento na crise pode ser realizado, dentre outros, pelo
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). OBJETIVOS: Analisar a produção científica
nacional acerca serviços de atendimento móvel de urgência frente às emergências psiquiátricas.
MÉTODOS: Realizou-se revisão literária, sendo identificados artigos nas bases Llilacs e Scielo. Incluíram-
se revisões literárias, analisando o atendimento dos serviços móveis de urgência frente a emergências
psiquiátricas. Excluíram-se os estudos duplicados, teses e artigos que não constavam na íntegra.
RESULTADO: Diante disso, o SAMU deve prestar atendimento inicial à pessoa em crise psíquica em
domicílio, em via pública, ou quando precise ser transferida de uma UBS para o atendimento especializado
em saúde mental: CAPS ou os hospitais gerais. Mesmo que a equipe de urgência/emergência esteja
preparada para atuar em situações de crise, é comum haver carência de conhecimentos específicos,
tornando-se um problema de saúde de difícil abordagem para as equipes. Há dificuldades de acesso aos
serviços do SUS para pessoas em situações agudas, visto que ainda há o pensamento social de que o doente
mental representa periculosidade, sendo estigmatizado e sofrendo preconceito. Em virtude disso, há a
necessidade de qualificação das práticas de cuidado nas situações de crise psíquica em serviços
emergenciais. CONCLUSÃO: O atendimento psiquiátrico de emergência se torna, muitas vezes, a porta de
entrada do paciente no sistema de saúde. A assistência prestada pelo serviço de atendimento móvel de
urgência no Brasil às pessoas em situação de crise psíquica, tem como principal desfecho o
encaminhamento para as unidades hospitalares. É essencial que os profissionais que atuam no SAMU
durante o atendimento a uma pessoa em crise psíquica, compreendam que vários aspectos podem ocasionar
um desequilíbrio mental, desde uma descompensação psicopatológica até os fatores de stress da vida
quotidiana. Assim, é fundamental ter uma definição clara do problema, buscando o paciente e a família
como parceiros, o diálogo e a escuta qualificada. Desse modo, os profissionais saberão lidar melhor com o
comportamento e a situação psicossocial do indivíduo em crise e da sua família.
Delirium: conscientização de uma emergência clínica subdiagnosticada.
ANDREZA N. REMÍGIO¹; BRENDA DE S. RIBEIRO¹; MAX MATIAS M. JÚNIOR¹;
Introdução: Delirium é uma síndrome definida pela Sociedade Americana de Psiquiatria como
"um distúrbio de consciência e uma mudança na cognição que se desenvolve em um curto período
de tempo". Logo, é uma disfunção cerebral transitória, resultando em um declínio agudo e
reversível na atenção e cognição. O delirium ainda pode se manifestar clinicamente nas formas
hiperativa, hipoativa ou mista. Ele ocorre com frequência no ambiente hospitalar, particularmente
na terapia intensiva, além de unidades de cuidados pós-operatórios e paliativas. Isso acontece pois
ele depende de inter-relações complexas entre pacientes vulneráveis com vários fatores
predisponentes e exposição a insultos nocivos ou de fatores precipitantes. Objetivo: O propósito
deste trabalho foi mostrar como reconhecer essa doença subdiagnosticada Informar e conscientizar
profissionais da saúde, familiares e pacientes sobre o delirium.. Metodologia: Estudo realizado por
meio de uma revisão integrativa da literatura, com base em artigos encontrados com os descritores
“delirium” e “demência” nas bases de dados Scielo.br e PubMed. Resultados: Os estudos mostram
uma elevada incidência de delirium nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), eles demonstram
que este agravo neurológico é visto em 21% a 79% dos pacientes críticos, sendo mais frequente em
pacientes submetidos à ventilação mecânica. Porém, devido a falta de conhecimento dos
profissionais de saúde sobre a patologia, ela permanece subdiagnosticada em cerca de 25% dos
pacientes. Enfermos internados, principalmente os idosos, apresentam uma predileção maior para
desenvolvimento dessa doença, acarretando um prolongamento da internação, do custo de
tratamento, além de prolongar a recuperação hospitalar e domiciliar. Assim, faz-se necessário
estabelecer um protocolo de atendimento ao paciente, com o intuito de saber identificar e tratá-lo o
mais previamente possível. Quando o agente causador responsável pelo delirium é identificado, a
terapia específica direcionada para essa condição é o meio mais adequado de reverter o quadro
clínico. Dentre as quais, pode-se optar por um tratamento farmacológico com antipsicóticos ou
benzodiazepínicos. Conclusão: O delirium ainda é constantemente não diagnosticado e mal
investigado em pacientes críticos que se apresentam nos serviços de emergência. Isso indica a
necessidade de mais educação e treinamentos pelos profissionais. É uma síndrome que ocorre com
mais frequência em idosos, durante dias ou semanas. Além disso, é importante que sejam
realizadas investigações que identifiquem os fatores de risco dessa doença e disponha de
protocolos de avaliação dos pacientes, que possam proporcionar um diagnóstico precoce e uma
maior qualidade na assistência. Somente com a conscientização acerca dessa enfermidade que
pacientes poderão receber um tratamento eficaz e com índice de sucesso.
Palavras-chaves: Demência, Desordens psiquiátricas, Idosos, Pacientes críticos, UTI.
Etapa inicial na emergência clínica para sedação farmacológica de pacientes agitados ou
violentos secundários à psicose aguda.
Breno Mangueira Dantas; Dante Oliveira de Assis; Laíse Carvalho Pereira Buriti; Laryssa Maria Martins
Morais; Matheus Rodrigues de Souza – Coautor; Paloma Sousa Barbosa.
INTRODUÇÃO: Psicose é uma condição psiquiátrica definida como perda de contato com à realidade,
sendo estimado que 13 a 23% da população experimente sintomas psicóticos durante algum momento da
vida, e desses 1 a 4% poderão entrar nos critérios diagnósticos de distúrbio psicótico. Os sintomas
psicóticos podem aumentar o risco dos pacientes prejudicarem a si mesmos ou pessoas ao seu redor,
especialmente no quadro de crise aguda, o qual pode se manifestar com agitação extrema e violência.
Nesses casos, é necessário identificação precoce do quadro para realização do manejo inicial correto
visando ao controle do paciente através da sedação. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática
acerca do processo de sedação no manejo inicial da emergência clínica de pacientes agitado ou hostil
secundários à psicose aguda. MÉTODOS: Foi realizada uma busca nas bases Scielo®, Pubmed
®, UptoDate
®
sobre o controle inicial de pacientes agitados ou violentos devido psicose aguda através da sedação, tendo
sido selecionados 4 artigos que abrangeram os critérios de inclusão. RESULTADOS: A sedação
farmacológica em pacientes em quadro de psicose aguda com atos de excitação incontrolável ou postura
agressiva grave deve ser realizada no manejo inicial da emergência naqueles pacientes que não respondam
às técnicas verbais de controle. A escolha da medicação sedativa inicial deve-se basear na velocidade de
ação, efetividade do meio de administração e possibilidade de efeitos adversos. Para controle do paciente, o
ideal é a administração de um antipsicótico de primeira geração (haloperidol ou droperidol) ou o uso de
antipsicótico de segunda geração (olanzapina, risperidona ou ziprasidona) como escolha alternativa,
obtendo resolutividade para tranquilização do paciente. Não menos importante, o clínico deve considerar as
potenciais dificuldades e tempo necessário para uso de cateter intravenoso quando optar por essa via de
inoculação visando um efeito mais rápido. CONCLUSÃO: Pacientes com distúrbio psicótico em quadro
agudo, que apresentem sinais de agitação incontrolável ou atos de violência devem ser reconhecidos
clinicamente de forma precoce e submetidos à sedação na emergência, havendo fortes evidências que a
opção ideal se baseia no uso dos antipsicóticos de primeira ou segunda geração.
Palavras-Chave: Agitação Psicomotora; Sedação Consciente; Transtornos Psicóticos; Violência.
Abordagem das intoxicações exógenas medicamentosas nas emergências psiquiátricas.
Tânia Regina Ferreira Cavalcanti; Dhiana de Sousa Dantas Pragana; Ana Vitória de Sousa Melo, Eluiza
Helena de Albuquerque Rocha Garcia, Letícia Pordeus Gonzalez, Rafaela Maia de Oliveira Moraes.
Introdução: Intoxicação é um desequilíbrio do sistema nervoso central (SNC) e de outros sistemas, devido
ao uso de alguma substância. A intoxicação exógena medicamentosa é comumente usada nas tentativas de
suicídio. Dessa forma, é necessário que o médico da emergência tenha consciência de que o pronto socorro
é o local do atendimento primário de muitos pacientes, sendo sua prioridade desintoxicar, mas, além disso,
seguir os protocolos de encaminhamento psiquiátrico. Há várias formas de causar intoxicações agudas
através da ingestão de medicamentos, a exemplo do uso exacerbado de benzodiazepínicos e opioides.
Objetivo: Destacar a importância dos protocolos médicos referentes a intoxicações exógenas
medicamentosas, frente às emergências psiquiátricas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura
utilizando como base científica o SCIELO. A busca foi realizada utilizando os descritores: intoxicação
exógena e emergência. Foram incluídos 6 artigos publicados nos últimos dez anos. Resultados: Os
benzodiazepínicos são depressores do SNC e embora dificilmente induzam ao coma profundo e ao óbito,
quando utilizado de forma isolada, o paciente pode necessitar de ventilação assistida. Com o consumo de
altas dosagens pode haver hipotonia muscular, falta de equilíbrio, hipotensão, perda da consciência, e em
situações extremas, coma e óbito. Ademais, o consumo de opioides também é bastante frequente nas
tentativas de suicídio e o procedimento a ser seguido depende do nível da intoxicação. A superdosagem
deverá ser apontada diante de sinais de constrição da pupila e bradicardias acentuadas, depressão
respiratória, inconsciência ou coma, levando o paciente a ser internado e assistido ventilatoriamente. O
protocolo realizado pelos médicos na abordagem ao paciente com tentativa de suicídio consiste em realizar
avaliações clínicas, com atenção especial para os sinais vitais, estado de consciência, tônus muscular e
avaliação pupilar, além disso, medidas gerais de suporte. Se houver intoxicação, o médico deverá considerar
lavagem gástrica e/ou carvão ativado, hiperidratação, e alcalinização da urina, caso não haja intoxicação,
avaliar parâmetros fisiológicos, caso estejam estáveis, analisar fluxograma, não estando regular, admissão
em UTI. Além disso, faz-se necessário o médico acionar uma equipe voltada ao acompanhamento
psicológico do paciente. Conclusão: É notório que todos os artigos evidenciam a intoxicação exógena por
benzodiazepinicos e opioides como uma causa prevalente de atendimento em emergências médicas, o que
resulta em uma fatalidade. Assim, a necessidade de uma terapêutica rápida e sistematizada ao tratamento,
bem como a abordagem dos transtornos psiquiátricos subjacentes é imprescindível para a resolução do
quadro do paciente.
Palavras-chave: emergência, intoxicação exógena, medicamentos.
Eficácia do treinamento teórico-prático em reanimação neonatal frente o primeiro
minuto de vida de recém-nascidos à termo: uma emergência na sala de parto.
Renata Maria Santos de Freitas; Daniel Meira Nóbrega de Lima; Julia Domingues Morales; Lucas Henrique
Palpitz Mendes; Valderez Araújo de Lima Ramos.
Introdução: O primeiro minuto de vida de um recém-nascido consiste num processo de rápidas e
significativas mudanças fisiológicas para adaptar-se a vida extrauterina. É um momento importante de
transição cardiorrespiratória, pois é nessa fase que ocorre a oxigenação alveolar e o bebê sozinho efetiva a
hematose, estabilizando seus parâmetros de vitalidade. Logo, esse poderá necessitar da assistência
profissional para realizar essa trajetória, e garantir parâmetros adequados, devendo o profissional estar apto
a auxiliá-lo durante essa fase de forma ágil e desenvolto, utilizando as técnicas adequadas e os
equipamentos disponíveis. Objetivo: Avaliar a aquisição de habilidades, conforme treinamento teórico-
prático emergencial em sala de parto no contexto da reanimação neonatal, exercidas por internos de
medicina, no primeiro minuto de vida de recém-nascidos por meio de cenário simulado. Método: Trata-se
de um estudo longitudinal prospectivo realizado entre junho a dezembro de 2019. A amostra foi por
conveniência, composta por 90 alunos do internato médico, em grupos de 13 por mês, que eram submetidos
a testes iniciais, seguidos de 6 horas de treinamento ministrado por alunos, habilitados por docentes
especialistas vinculadas a Sociedade Brasileira de Pediatria. Em seguida aplicou-se simulações de casos, e
posteriormente novos testes teóricos, o qual avaliou a capacidade de execução das manobras de reanimação
neonatal. Os dados foram analisados pelo software SPSS IBM 25.0, que estatisticamente identificou os
percentuais de acertos e erros dos alunos após as simulações. Resultados: O cenário foi estruturalmente
equipado com bebês simuladores e kits de materiais, após o treinamento realizou-se teste de múltipla
escolha contendo 15 questões. Os resultados foram de 92% de acerto das questões. Sendo observada uma
maior dificuldade, relacionada a fixação das doses medicamentosas, com 84% de acertos. Porém, se o
acadêmico treinado conseguiu atingir o primeiro minuto com sucesso, utilizando apenas equipamentos não
invasivos, seguindo o protocolo da SBP como visto em simulação, logo não necessitaria da infusão de
drogas, pois apenas 1 a cada 100 bebês necessitam de intubação orotraqueal e uso de medicamentos ao
nascimento. Conclusão: Ao submeter-se a esse treinamento, o discente torna-se apto a garantir as manobras
adequadas, em tempo hábil, com eficiência. Sendo capacitado para atuar nos cenários de emergências
neonatais e pediátricas, sejam esses hospitalares ou não. Ademais, existem situações, as quais o parto ocorre
em ambientes desestruturados, e/ou durante o percurso de deslocamento, distante da realidade de hospitais
equipados com aparato de primeira linha, estando o médico recém-formado alocado para atuar com sucesso.
Palavras-chave: Reanimação neonatal, Vitalidade, Recém-nascido, Simulação
Acidente com Botrópico no Cariri Oriental Repercutindo para Insuficiência Renal Aguda.
Rayan de Freitas Souza; Débora Vieira de Melo Agra Duarte ; Rodolfo Igor Nunes Araújo ; Juliana Jamaica
Sousa da Silva.
Introdução:Os acidentes ofídicos foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista de doenças
tropicais negligenciadas, já que acometem principalmente as populações mais carentes e que vivem,
principalmente, na zona rural. As serpentes do gênero Bothrops (Jararaca) são responsáveis pela maior parte
de acidentes ofídicos com alta morbimortalidade no Brasil, sendo registrados os maiores coeficientes de
letalidade entre todos os acidentes ofídicos. Os valores relacionados a piores desfechos se devem rápida
evolução dos pacientes para Insuficiência Renal Aguda (IRA) e coagulopatias. Essa espécie pode ser
encontrada no Cerrado, Mata Atlântica e áreas antrópicas, principalmente em áreas rurais. Os acidentes
ofídicos se devem principalmente pelo crescimento populacional e povoamento irregular do habitat natural
do animal, principalmente sítios e pequenas casas na zona rural. O tratamento específico para acidentes com
botrópicos é feito com o Soro Antibotrópico (SAB) e de acordo com a gravidade do quadro ou falta do SAB
pode administrar o Soro Antibotrópico-crotálico (SABC). Também podem ser adotadas medidas gerais que
incluem hidratação para prevenir IRA, analgésicos, antitérmicos, drenagem postural do segmento picado,
entre outros. Mesmo com o tratamento adequado, podem ocorrer complicações principalmente se o tempo
entre a picada e a administração do soro for superior a 12 horas. Descrição do caso: Paciente do sexo
feminino procura serviço de saúde de referência para acidentes ofídicos após picada por Jararaca no Cariri
do Estado mais de 12 horas após o incidente. Sua diurese era positiva sem sonda, em pouca quantidade e
coloração avermelhada, o sangue estava incoagulável, por isso não foi possível medir o tempo de
coagulação, além disso seu hemograma estava alterado apresentando anemia e leucocitose. Após 4 dias a
paciente ainda apresentava rosto edemaciado, equimose no local da picada, no braço e na coxa e
deambulava com auxílio. Foram administradas 18 ampolas de SAB por erro dos profissionais de plantão, já
que o correto são 12 ampolas e se não houver melhora em 24 hrs pode-se fazer mais 2. Devido à
extrapolação da quantidade de ampolas de SAB foram utilizadas medidas de suporte para reversão dos
sinais e sintomas. Mesmo com o tratamento correto, no segundo dia de internação a sua diurese foi mínima
fazendo com que fosse fechado o diagnóstico de IRA decorrente do acidente ofídico. Foi submetida a uma
hemodiálise e apresentou resposta no dia seguinte, voltando a urinar de forma satisfatória. Apesar dessa
melhora, a paciente continuou internada para observação dos sinais. Após 7 dias de internação novos
exames laboratoriais foram requisitados (Creatina e ureia) para testar a função renal. No dia posterior ao
teste e vendo que o estado geral da paciente era bom e sua função renal estava normal, o médico de plantão
liberou a paciente para sua residência. Conclusão: Com base nesse caso, vê-se a necessidade de expandir
informações sobre os acidentes ofídicos no país pois ainda há um baixo conhecimento por parte da
população sobre as condutas necessárias para minimizar complicações. Também é importante que os
profissionais de saúde atualizem-se em relação aos guidelines de tratamento com SAB e SABC para que
não hajam erros básicos que por ventura possam piorar o quadro do paciente.
Palavras chave: Ofidismo, IRA, Serpente, Coagulopatia.
As manifestações tegumentares presentes na Doença do enxerto versus hospedeiro (DEVH),
uma emergência oncológica.
Lara Dayane de Medeiros Leite; Rafaela Lúcio Moraes de Almeida ; Alberto José de Almeida Santos Filho
; Fabricia Epaminondas Pereira ; Lívio e Vasconcelos do Egypto.
Introdução: A DEVH é uma síndrome sistêmica que ocorre em pacientes após transplante de medula óssea
(TMO) através de uma fisiopatologia complexa que envolve o reconhecimento de antígenos e ação de
linfócitos T, e atacam células e tecidos do organismo receptor. Sendo assim, é a maior complicação primária
do TMO alogênico. Pode ser aguda, caracterizando-se pela morte celular epitelial na pele, no trato
gastrointestinal e fígado, e crônica, que é caracterizada pela fibrose e atrofia de 1 ou mais órgãos alvo. Sua
mortalidade é superior a 30%. Ambas podem ser fatais. O diagnóstico é feito desde o acompanhamento com
hematologista e oncologista, na forma aguda, até biópsia de 1 das lesões para avaliação histológica, na
forma crônica. As manifestações cutâneas acometem ambas as formas e necessitam de tratamento precoce
devido a sua morbidade e piora da qualidade de vida do paciente.
Objetivos: Este estudo tem por objetivo relatar sobre uma emergência em pacientes oncológicos, assim
como apresentar suas manifestações primárias, reunindo informações necessárias para que tal condição
tenha seu diagnóstico feito precocemente. Metodologia: Pesquisa de natureza bibliográfica, onde foi
utilizado o banco de dados Scientific Electronic Library Online e selecionado trabalhos a partir da busca
com os Descritores em Ciências da Saúde: DEVH, oncologia e emergência. Como critério de seleção
adotou-se os trabalhos que satisfaziam o tema e que estavam disponíveis na íntegra, onde totalizou 4
trabalhos de relevância. Resultados: As manifestações cutâneas na forma aguda são, em geral, o 1º sinal,
ocorrendo entre o 7º e 21º dia. Pode ser graduada de acordo com a gravidade em 4 estágios e seu
prognóstico está relacionado com tal graduação e são caracterizadas por eritema nas palmas e plantas,
precedido por sensação de queimação ou prurido, que pode se estender a exantema em tórax, pescoço e
região malar. Pode haver ainda um quadro cutâneo que se assemelha à necrólise epidérmica tóxica. Na
forma crônica, as manifestações ocorrem após 3 meses, tendo ou não a forma aguda previamente, e as mais
comuns são liquenóide, esclerodermóide e vitiligóide. Além disso, é frequente a ceratose folicular extensa, a
alteração de fâneros com distrofia ungueal e alopecia permanente do couro cabeludo. A profilaxia é feita
com imunossupressores como corticoide, ciclosporina e metrotexate de forma combinada. Em casos leves é
utilizado anti-histamínicos orais e corticoides tópicos. Para tratamento, é indicado o uso de ciclosporina e
corticoides, associados ou não. Para pacientes resistentes, são utilizados esquemas com tacrolimus,
micofenolato, azatioprina, talidomida e fotoquimioterapia para controlar a doença. Conclusão: Embora a
DEVH não tenha alta mortalidade, é imprescindível o diagnóstico precoce, pois, seus índices de morbidade
e piora na qualidade de vida dos pacientes são elevados, o que pode gerar outros problemas ao paciente,
como carcinomas cutâneos, se não acompanhado periodicamente.
Palavras-chave: emergência, oncologia, dermatologia, doença do enxerto versus hospedeiro, DEVH.
Atendimento emergencial para crianças e adolescentes: aspectos psicossociais.
Renata Esteves Frota; Ana Luísa Malta Dória; Anna Júllya Almeida da Silva Oliveira ; Amanda Alencar
Silva Benevides ; Rômulo José de Gouveia Filho
Mirella Alencar de Oliveira.
INTRODUÇÃO: Os atendimentos emergenciais, de forma geral, devem ser feitos com muito cuidado,
afinal é uma situação imprevista sem possibilidade de preparo prévio por parte dos profissionais de saúde,
bem como do paciente e seus familiares. É fundamental que a equipe de saúde tome decisões rápidas,
caracterizando um atendimento singular, especialmente, por se tratar de pacientes pediátricos que
apresentam muitas peculiaridades. É comum, nessas situações, a incerteza diagnóstica e a prognóstica,
favorecendo um clima de tensão entre as partes envolvidas. Além disso, os familiares não podem escolher
quem vai prestar o atendimento à criança ou ao adolescente, dificultando o estabelecimento de uma relação
de confiança. Portanto, é válido avaliar os aspectos psicossociais que devem ser levados em consideração
perante o atendimento primário pediátrico. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática sobre a
humanização no atendimento da emergência pediátrica. MÉTODOS: A revisão sistemática foi feita a partir
de pesquisas de artigos científicos encontrados nas bases de dados Scielo® e PubMed®. RESULTADOS:
Nesse contexto, por mais rápida que precise ser a consulta, deve-se tentar colher uma boa anamnese com
respeito e empatia ao sofrimento do paciente e de seus familiares, contribuindo para um diagnóstico mais
preciso e método terapêutico mais eficaz. Diante da alta demanda nesse tipo de setor, aconselha-se que o
detalhamento da história seja feito durante o exame físico. Vale ressaltar que o consentimento do
responsável pelo doente deve ser considerado para qualquer procedimento terapêutico e propedêutico,
exceto em risco iminente de morte. Outro aspecto relevante é perceber como se configura o ambiente dos
prontos socorros, visto que são lugares, frequentemente, superlotados e tumultuados, podendo, então, serem
considerados hostis. Logo, os parentes já estão aflitos com os sinais e sintomas do paciente pediátrico e
precisam aguardar em um local conturbado. Diante disso, há necessidade de ser tentar melhorar tal realidade
tanto por parte da equipe de saúde, como pelos clientes, já que o benefício é mútuo. Por exemplo, a partir da
qualificação do atendimento, as vítimas e seus parentes recebem informações adequadas e ficam mais
tranquilas, favorecendo ao maior silêncio nas salas de espera, promovendo um melhor local de trabalho.
Com a criação do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar pelo Ministério da Saúde,
tenta-se priorizar o cuidado com a vida e, também, atentar ao sofrimento da pessoa fragilizada com doença,
incluindo melhoria nas condições de acesso e presteza dos serviços, qualidade nas instalações, clareza nas
informações, dentre outras medidas. CONCLUSÃO: Assim, ao cuidar de um enfermo pediátrico nos
prontos socorros, é preciso tentar se concentrar em cada paciente com singularidade, com o fito de
promover o melhor tipo de atendimento.
Palavras- Chave: Emergência, Pediatria, Humanização.
Os achados clínicos acerca do uso do midazolam em pacientes vítimas de trauma e ventilados
mecanicamente: uma revisão sistemática.
Ana Paula Monteiro do Nascimento; Livia Maria Mendes de Lima; Rafael Bezerra Corrêa; Ana Carolina
Cruz Rasia da Silva; Ariel bezerra Corrêa; Marinna Karla da Cunha Lima Viana
Introdução: De acordo com agência nacional de saúde suplementar o tempo médio de
ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é de 4,5 dias. Comumente para o
manejo adequado do paciente crítico vítima de trauma é necessário a utilização do
midazolam, droga sedativa muito utilizada. Entretanto, a inadequação na sua posologia
contribui para complicações respiratórias e redução de volumes ventilatórios. Nas UTIs é
corriqueiro o uso de drogas sedativas como o midazolam para a redução da dor e melhora
do controle ventilatório. Objetivo: Através de um levantamento retrospectivo de artigos
científicos publicados e indexados foi realizado uma revisão sistemática acerca dos
achados clínicos referente ao uso do midazolam em pacientes vítimas de trauma e
ventilados mecanicamente. Métodos: Os artigos foram obtidos nos bancos de dados:
PubMed, SciELO e PEDro. Foram selecionando estudos que avaliaram o uso do
midalozam e suas associações clínicas e respiratórias em paciente ventilados
mecanicamente e vítimas de trauma. Apenas estudos em humanos foram selecionados,
excluindo-se aqueles que realizados em animais. Foi utilizado como critério de tempo
apenas artigos publicados nos últimos cinco anos. Resultados: Foram encontrados 50
artigos, porém pelos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 20 estudos.
Dentre esses estudos está a apresentação dos principais aspectos clínicos que são
modificados pelo uso inadequado do uso do midazolam, além dos ensaios que
demonstram a avaliação desses paciente através da escala de Ramsay. Conclusão: Foi
visto que existe uma relação entre o internamento de pacientes vítimas do trauma e a
ocorrência de patologias respiratórias. O estudo de Prin demonstra que 40% desses
pacientes evoluem com quadros de pneumonia primordialmente quando não é
estabelecido uma dosagem adequada do midazolam. Além disso, é fundamental utilizar
escala de sedação para avaliar a agitação do paciente vítima de trauma sob uso de
midazolam, pois isso aprimora a sua reavaliação quanto à posologia do uso do
midazolam. Assim, é visível a importância do manejo adequado do uso dessa droga para o
controle ventilatório e redução do tempo de internamento hospitalar do paciente vítima de
trauma e ventilado mecanicamente.
Palavras-chave: Midazolam, Trauma, Sedação, Ventilação Mecânica
Assincronia do tipo duplo disparo em paciente crítico psiquiátrico sob uso de drogas
analgésicas e sedativas.
Ana Paula Monteiro do Nascimento; Livia Maria Mendes de Lima; Rafael Bezerra Corrêa; Ana Carolina
Cruz Rasia da Silva; Ariel bezerra Corrêa; Marinna Karla da Cunha Lima Viana
Introdução: Os modos de ventilação mecânica invasiva, ou seja, onde o paciente é auxiliado após seu
esforço respiratório oferecem vantagens significativas sobre os modos controlados em termos de função
muscular, proteção pulmonar e uso reduzido de sedação. Neste contexto, uma apropriada interação paciente-
ventilador é fundamental, a assincronia paciente-ventilador está associada a complicações clínicas e ocorre
em 25% dos pacientes em unidades de terapia intensiva e deve ser combatida em ambiente crítico. Relato
de caso: Paciente do sexo masculino, 53 anos, com diagnóstico de pneumonia, insuficiência respiratória
aguda e doença psiquiátrica com presença de infecção comunitária a admissão na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI). Estava sob uso diário de 4 ampolas de noradrenalina. Além das drogas sedativas:
diazepam, midazolam, e propofol e analgésicas: dipirona e fentanil. Apresentava Glasgow 6, na escala de
dor BPS:4 e na escala de sedação RASS 0. Sob assistência ventilatória mecânica invasiva no modo PCV e
apresentado assincronía paciente ventilador tipo duplo disparo. Experiência: O presente relato de caso tem
como experiência principal a associação entre assincronia e uso de drogas sedativas e analgésicas, sendo a
visualização desses aspectos um fator relevante para melhora da sobrevida de pacientes críticos. Dessa
forma, foi visto que a assincronia ventilatória do tipo duplo disparo tem como principal causa o tempo
inspiratório muito curto em relação ao tempo neural. A assincronia paciente-ventilador causa uma série de
efeitos clínicos adversos e se associa a desfechos indesejados, como desconforto, dispneia, piora da troca
gasosa, aumento do trabalho da respiração, lesão muscular diafragmática, interferência na quantidade e
qualidade do sono e aumento da necessidade de sedação. Conclusão: A correção da assincronia é um
aspecto essencial para melhora da sobrevida do doente crítico, sendo essencial a identificação da mesma e
sua correção através dos ajustes no ventilador e correção de drogas sedativas e analgésicas.
Palavras-chave: Sedação, Ventilação Mecânica, Assincronia
Emergência oncológica devido à Síndrome da Lise Tumoral.
Ana Beatriz Gomes Vanderlei ; Leonardo Pereira Toni; Eduardo d'Avila Lins Lacerda; Carlos Eduardo
Pereira de Oliveira.
INTRODUÇÃO: A Síndrome da lise tumoral (SLT) é uma condição clínica consequente da excessiva
liberação de conteúdos intracelulares como fosfatos, ácidos nucleicos e potássio na circulação sistêmica,
derivada da destruição em grande escala de células tumorais. Em virtude disto, surgem anormalidades
metabólicas potencialmente fatais, como hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hiperuricemia e
acidose metabólica. Os efeitos clínicos mais comuns incluem insuficiência renal, arritmias cardíacas,
convulsões e morte por falência múltipla de órgãos. Desta forma, torna-se imprescindível o reconhecimento
precoce e o manejo adequado da SLT, uma vez que estratégias de prevenção e tratamento podem reduzir
significativamente a morbimortalidade desta síndrome. OBJETIVOS: Observar e discorrer sobre as
consequências da síndrome da lise tumoral, enfatizando as formas que podem minimizar e prevenir os danos
desse acometimento. MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido a partir de uma síntese de informações
contidas em artigos de produção científica oriundos da base eletrônica de dados, Scielo. A partir da leitura
desses artigos foram retiradas informações sobre as manifestações da síndrome e suas principais
consequências. RESULTADOS: A incidência desses distúrbios eletrolíticos e metabólicos varia de acordo
com o tipo de neoplasia, porém acomete com mais frequência as neoplasias de origem hematopoiéticas
(linfoma não Hodgkin, leucemia mieloide e linfoides agudas) ou aquelas com grandes massas tumorais,
tumores de crescimento rápido ou muito sensíveis a quimioterapia tóxica. O principal objetivo da profilaxia
é prevenir o desenvolvimento da lesão renal aguda, portanto, podem ser traçados dois desfechos primários:
o controle da hiperuricemia e a prevenção de nefrocalcinose. O tratamento deve incluir hidratação
abundante, como também o uso de diuréticos para aumentar o débito urinário e a excreção de potássio. A
rasburicase, uma enzima recombinante, pode ser utilizada a fim de reduzir a concentração sérica de ácido
úrico. Caso haja suspeita de hiperpotassemia, o paciente deve permanecer com monitoramento cardíaco,
realizar um eletrocardiograma (ECG), como também a administração de cálcio para prevenir as arritmias, de
insulina, albuterol e diuréticos a fim de transportar o potássio para dentro da célula ou aumentar sua
excreção. Em casos muito graves da síndrome, a diálise pode ser um recurso para acidose e a
hiperpotassemia. CONCLUSÃO: A SLT é uma emergência que pode levar a morte ou prejudicar muito a
possibilidade de o paciente receber a terapia citotóxica, quimioterapia ou radioterapia. Portanto, torna-se
essencial o precoce reconhecimento dos pacientes de risco para desenvolvê-la e o pronto início da terapia.
Palavras-chave: Síndrome, lise, tumoral, distúrbios, metabólicos.
Síndrome de lise tumoral: uma revisão bibliográfica.
Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Johana Lara Pinto de Carvalho ; Manuella
Martins do Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Alice Slongo; Maria Beatriz Abath Aires de Barros.
Introdução: A síndrome de lise tumoral (SLT) é uma emergência oncológica de alta morbidade e
mortalidade, que consiste na destruição maciça de células malignas e liberação do seu conteúdo no espaço
extracelular. Ela pode ocorrer de modo espontâneo, mas em geral, ocorre logo após o início do tratamento
com agentes quimioterápicos citotóxicos. Objetivos: Apresentar uma revisão bibliográfica sobre a síndrome
de lise tumoral e sua importância em pacientes oncológicos. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa
da literatura através das bases de dados Scielo e BVS. Foram considerados os resultados a partir de 2015 em
inglês ou português. Resultados: O conteúdo das células malignas no espaço extracelular pode promover
uma instabilidade homeostática, o que possibilita diversas manifestações clínicas, podendo chegar inclusive
a causar morte súbita. É possível identificar a SLT biologicamente através dos distúrbios metabólicos que
ela causa (hipercalemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia e hipercalemia) e clinicamente através das
manifestações cardíacas, renais ou neurológicas, que são consequências das alterações biológicas. Os
fatores de risco incluem a presença de malignidade hematológica, como linfoma de Burkitt e leucemia
linfoblástica aguda, LDH elevado, hiperleucocitose. As intervenções na hiperuricemia e a indicação de uma
hidratação vigorosa representam as estratégias de prevenção do SLT, uma vez que o aumento agudo dos
níveis séricos de ácido úrico predispõe a deposição de cristais de urato nos túbulos renais, levando à
disfunção endotelial e danos ao estresse oxidativo. Assim, a administração de alopurinol constitui a base da
profilaxia, sendo o Febuxostat uma opção utilizada. As intervenções iniciais, devendo ser realizadas em
unidades específicas de oncologia ou em unidades de terapia intensiva, consistem na administração
agressiva de fluidos intravenosos (FIV) e correção de anormalidades eletrolíticas. Uma das maneiras de
tratar adequadamente é alcalinizar a urina através do fornecimento de solução BIC ou hemodiálise contínua
com anticoagulação regional por citrato, usando uma solução CAL. Conclusão: Diante da alta morbidade e
mortalidade da SLT, vê-se a importância de estudar mais essa condição, para que seja identificada e haja
intervenção rapidamente. O desenvolvimento e a validação de estratégias baseadas em risco são de grande
importância para tentar limitar o crescimento e até mesmo diminuir esses índices.
Palavras-chave: síndrome da lise tumoral, emergência, oncologia.
Emergências pediátricas no ambiente familiar.
Araújo, Lorena Moura Galvão¹.
Introdução: Emergências pediátricas são situações em que existe ameaça ou risco iminente à vida,
sofrimento intenso ou lesões permanentes, havendo necessidade de tratamento médico imediato. Objetivo:
Avaliar a importância de se realizar uma educação em saúde de familiares sobre como proceder em
emergências pediátricas no ambiente domiciliar. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de
literatura, com embasamento em artigos científicos, encontrados na base de dados Scielo, utilizando os
descritores: acidentes domésticos AND crianças. Emergência AND home. Emergência AND pediatria. Sem
delimitação de tempo e idioma. Incluído apenas os artigos que abordavam casos de acidentes com crianças,
com idades até nove anos, em casa. Resultado: Foram encontrados 127 artigos dos quais foram excluídos
107 após análise de título e 96 foram descartados após leitura do resumo. Totalizando nove artigos usados
para elaboração deste trabalho. Após a leitura dos resultados foi observado que os acidentes infantis mais
frequentes são: a penetração de corpo estranho no nariz e na boca e sufocação, atingindo principalmente os
menores de um ano; entre crianças de um a quatro anos, as principais ocorrências são afogamento e
sufocação; já na faixa etária de cinco a nove anos, os principais casos são quedas, queimaduras e sufocação.
Conclusão: Os artigos estudados afirmam que os índices de morbidade em crianças com até nove anos
poderiam ser reduzidos se cerca de 20% da população leiga tivesse um treinamento básico de reanimação
cardiopulmonar e manobras para aliviar a asfixia por corpo estranho, ambos sendo realizado de forma
adequada à idade da vitima. Desta forma, é preciso experimentar praticas de promover a prevenção dos
acidentes domésticos com foco centrado na família, utilizando- se de uma abordagem educativa,
participativa e corresponsável.
Palavras chave: Emergência, pediatria, acidentes domésticos, crianças.
Perspectiva no manejo da agitação psicomotora em emergências psiquiátricas: loxapina
inalada.
Ricardo Andre Medeiros Negreiros; Maria Gabriela Porfírio Pereira; Estácio Amaro da Silva Junior.
Introdução: Crises de agitação aguda são comuns na emergência psiquiátrica. Esse quadro, característico
de transtornos mentais ou por abuso de substâncias, predispõe maior sensibilidade a estímulos, resultando
em ansiedade, irritabilidade e comportamento agressivo. O protocolo atual preconiza a administração de
antipsicóticos e benzodiazepínicos, que, apesar de eficazes, demandam administração invasiva e possuem
tempo de ação lento. Nesse contexto, há um aumento do uso da loxapina inalada, atual alternativa no
manejo da agitação psicomotora. Objetivo : Ponderar a eficácia, segurança e viabilidade da loxapina
inalada como tratamento para a agitação aguda. Método: Foi realizada uma revisão da literatura indexada
na base de dados PubMed utilizando os termos de busca "Inhaled loxapine" e “Emergency”. Foram
selecionados os artigos publicados entre fevereiro de 2011 a outubro de 2019, exclui-se os incongruentes ao
tema, totalizando 12 publicações. Resultados : Loxapina é um antipsicótico de primeira geração que
exerce antagonismo nos receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT2A. Disponível em doses de
5 a 10 mg por inalação direta via dispositivo portátil de dose única ativado pela respiração, denominado
sistema Staccato. A absorção via respiratória torna-o mais seguro comparado aos antipsicóticos tradicionais
intramusculares por dispensar o uso de materiais perfurocortantes, evitando que o paciente fira a si ou à
equipe. O fármaco atinge sua concentração plasmática máxima em 2 minutos, gerando, na maioria dos casos
avaliados pelos artigos, efeito entre 5 a 15 minutos, exceto um estudo clínico que estimou 30 a 50 minutos
em pacientes esquizofrênicos e com transtorno bipolar tipo I, ainda assim representando menor tempo em
relação ao aripiprazol intramuscular. O medicamento foi bem recebido pelos pacientes, que, por meio de
formulários, avaliaram melhora nos sintomas de agitação motora, sudorese, nervosismo e tremores, além de
diminuída a percepção de coerção. Verificou-se menor necessidade de tratamento adjuvante e contenção
física versus antipsicóticos tradicionais. O tempo de dedicação da equipe ao paciente foi mitigado, devido a
um rápido alívio dos sintomas, favorecendo o fluxo dinâmico nas unidades de emergência, logo, a loxapina
inalada é adequada para evitar internações prolongadas. Em relação a efeitos colaterais e adversos, a
disgeusia, sedação e tontura foram mais recorrentes, contudo, em níveis moderados e passíveis de resolução
espontânea. Entretanto a adesão à loxapina inalada pode ser lenta dado o alto custo dos dispositivos
Staccato. Conclusão : A loxapina inalada pode representar um tratamento positivo ao vínculo médico-
paciente, rápido, eficaz, seguro, com poucos efeitos colaterais e adversos ou desfechos negativos, apesar de
que seu custo pode implicar baixa adesão por meio dos serviços de urgência e emergência.
Reanimação cardiopulmonar na segunda metade da gestação.
Isabelly Moura Nobre; Matheus Venâncio de Paiva; Pedro da Silva Alexandrino Filho;
Daniel Pereira Francisco.
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é determinada como a perda repentina das funções
cardíacas, respiratórias e conscientes. Para reverter este quadro, faz-se necessário a utilização de manobras
para a reanimação cardiopulmonar (RCP), com uso de massagens cardíacas contínuas, ventilação e
manuseio de equipamentos, como desfibrilador externo automático (DEA). Essas medidas, têm como
objetivo reestabelecer a circulação espontânea (RCE) para os demais órgãos e por fim, para todo corpo. A
tática em gestantes, não é diferente, mesmo sendo um evento raro, mas quando utilizada, pode trazer
sobrevida tanto para mãe, quanto para o feto. Objetivo: Investigar os principais fatores que corroboram
para uma PCR em gestantes na segunda metade da gestação, bem como discutir as técnicas utilizadas para
reverter esse quadro. Métodos: Realizou-se uma busca sistemática por artigos indexados nas bases de dados
Pubmed/MEDLINE, LILACS, SciELO, PEDro, Scopus, CINAHL e Web of Science, por dois revisores
independentes no período de janeiro a fevereiro 2020. Os descritores utilizados para a busca seguiram a
descrição dos termos MeSH/DeCS, não houve restrição linguística e de ano de publicação. A avaliação do
risco de viés foi de acordo com as recomendações do Cochrane Handbook for Sistematic Reviews of
Interventions. Resultados: A busca resultou em 445 títulos, sendo incluídos na síntese qualitativa um total
de quatro artigos. De antemão, é necessário ter o conhecimento da idade gestacional ou em alguns casos
estima-la de acordo com a posição do fundo uterino materno. Caso o fundo esteja posicionado acima da
linha umbilical a gestante encontra-se na segunda metade da gestação. Deve-se considerar algumas
características que podem levar uma gestante ao quadro de PCR, dentre elas hemorragias, resultando em
choque hipovolêmico; doenças cardiovasculares pré-existentes; embolias por líquidos amnióticos; pré-
eclâmpsia e eclampsia; entre outras situações. Ao perceber que a vítima se encontra em PCR, de imediato,
deve se iniciar uma RCP de alta qualidade, com prioridade na gestante. Para um procedimento padrão de
RCP em gestantes deve ser realizado por no mínimo 3 pessoas. De início, é necessário fazer o desvio do
útero gravídico para esquerda, para descompressão aortocaval e aumento da hemodinâmica materna. Após
esse procedimento inicia-se as massagens cardíacas 30:2 (30 massagens para duas ventilações) seguidas por
5 ciclos. Caso a paciente não retorne, é determinada a utilização de um DEA com 120-200 joules (bifásico),
continuado de um novo ciclo de RCP. Conclusão: A RCP em gestantes é um procedimento que quando
bem realizada, pode acarretar em resultados positivos para mãe e para o neonato. Porém, devido sua alta
especificidade ainda é vista como grande problemática devido aos aspectos fisiológico, o qual diverge de
uma RCP comum.
Palavras-Chaves: reanimação, procedimento, gestantes.
Atuação dos ligantes pertencentes à liga acadêmica de trauma e emergências cirúrgicas em
um hospital de referência em Recife-PE: um relato de experiência.
Yanne Almeida Aguiar; Pablo Terto Magalhães Feitoza, Paulo Osório Araújo Magalhães Neiva, Letícia
Pereira Araújo de Lima.
Introdução: A zona metropolitana do Recife conta com diversos centros de referência da saúde pública para
o atendimento emergencial. Dentre eles, destaca-se o Hospital Otávio de Freitas, o qual é um serviço
capacitado e especializado no atendimento em diversas áreas, entre essas, podem ser mencionadas traumato-
ortopedia, clínica médica, urologia, cirurgia geral e pediatria. O serviço de pronto atendimento tem
regimento de 24 horas diárias, com uma demanda anual com cerca de 25 mil pacientes. Além disso, esse
polo da Saúde funciona como ponto de atuação dos ligantes acadêmicos graduandos em Medicina
pertencentes à Liga do Trauma e Emergências Cirúrgicas (LATEC) da Universidade Católica de
Pernambuco (UNICAP). Relato de Experiência: É um projeto que busca oferecer uma experiência prática
para os graduandos de Medicina tanto na área de emergência quanto em bloco cirúrgico. Atualmente, 10
ligantes atuam no serviço, cumprindo um plantão semanal de 6 horas de duração, subdivididos em duplas
que atuam em dia e horário fixo em determinado dia da semana. Durante o plantão, os ligantes auxiliam os
médicos no atendimento inicial ao paciente que chega à emergência e na evolução médica dos pacientes já
internados, realizando anamnese, exame físico e discutindo os diversos casos clínicos. No bloco cirúrgico,
os estudantes realizam a instrumentação cirúrgica e também participam das cirurgias como auxiliares,
sempre correlacionando o que é visto na teoria com a prática hospitalar. As atividades práticas são de
extrema importância para a formação dos estudantes, visto que eles auxiliam em procedimentos como:
acesso venoso central, colocação de sonda vesical e sonda nasogástrica, drenagem torácica, suturas, técnicas
as quais são muito corriqueiras nos plantões médicos em que os ligantes irão futuramente atuar. Conclusão:
Por meio do que foi supramencionado, pode-se concluir que o regime de plantões possibilitado pela LATEC
promove uma maior amplitude de aprendizado por consolidar o conteúdo teórico aprendido em sala de aula
com a vivência prática. Além disso, há a disponibilidade do Hospital Otávio de Freitas, que autorizou a
participação dos ligantes voluntários no serviço sendo o importante mediador desse processo de
aprendizado amplificado. Isso tudo acaba proporcionando um aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e
habilidades manuais no setor emergencial para os estudantes, o que acaba sendo considerado algo crucial no
seu processo de formação acadêmica. Palavras-chave: Emergência, Trauma, Plantão.
Perfil epidemiológico das fraturas em idosos tratadas no hospital santa casa de misericórdia
do Recife.
Paloma Pinheiro de Aquino Peixoto; Elvira Maria Ferreira de Araújo ; Marília Vasconcelos Costa Moreira;
Bruna Beltrão Nunes da Silva; André Taumaturgo; Romeu Krause Gonçalves.
Introdução: Os tipos de fraturas dependem de diversos fatores como o mecanismo do trauma, a idade do
paciente e sua condição fisiológica, os quais são essenciais para definir o tratamento e o prognóstico, sendo
assim de grande importância ter o conhecimento epidemiológico. Objetivos: investigar o perfil
epidemiológico das fraturas em pacientes idosos atendidos e tratados no Hospital Santa Casa de
Misericórdia, no período de Junho a Agosto de 2019, unidade Recife-PE. Materiais e Métodos: Trata-se de
um estudo retrospectivo, transversal, quali-quantitativo, de caráter analítico. Foi realizado um questionário
para a coleta dos dados dos pacientes, através de seus respectivos prontuários, com resultados analisados
posteriormente. Resultados e Discussão: Foram selecionados para a análise 312 prontuários de pacientes
idosos com diagnóstico de fratura. Observou-se predominância no sexo feminino (60,7%); a maioria dos
pacientes possuía idade acima dos 70 anos (62,8%). O mecanismo de trauma mais comum foi por queda
(47,5%) e o tipo predominante foi fratura de fêmur (49,9%), seguida da fratura de quadril (31,8%). Em
relação ao tipo de tratamento, o preferencial foi o cirúrgico (85,7%). A maioria dos pacientes apresentavam
comorbidades, dentre elas a Diabetes Mellitus (52,1%) e Hipertensão Arterial (68,2%). O tempo de
internação variou de 1 a 28 dias, com média de 5 dias. Conclusão: Com os dados obtidos neste estudo,
torna-se evidente a grande demanda de urgência ortopédica em idosos em um hospital de referência para
trauma e os resultados refletem a relação entre a idade avançada, as comorbidades apresentadas e as quedas,
refletindo assim a importância de um olhar mais direcionado para essa população.
Palavras-chave: perfil epidemiológico, fratura, ortopedia.
Minoca: aspectos fisiopatológicos e condutas diferenciais – uma revisão sistemática de
literatura.
Bivar Olyntho Nóbrega de Mello e Silva; Fernanda Maria Gomes Carvalho; Carolina Cabral de Carvalho;
Byanka Eduarda Silva de Arruda; Eloísa Jordana de Barros Oliveira; Maria Eduarda de Arruda Carvalho
Introdução: O Infarto do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) se trata de
uma doença da microcirculação coronariana relacionada a pior prognóstico e aumento do risco de
eventos cardiovasculares adversos. Mais presente em mulheres com menor histórico de
dislipidemia. Tem início assintomático, seguido de angina semelhante à da DAC, dispneia aos
esforços e insuficiência cardíaca. No tratamento, é importante notar uma má produção e resposta
de agentes vasodilatadores endoteliais, disfunção de músculo liso microvascular e vasoespasmo
coronariano. Objetivos: Correlacionar possíveis fatores de risco relacionados a essa entidade tão
importante e nas emergências cardiovasculares, ressaltando a necessidade do diagnóstico
diferencial com o IAM por obstrução coronariana e suas condutas diferenciais que devem ser
adotadas nesses casos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre a
fisiopatologia e condutas terapêuticas da MINOCA, utilizando como base de dados a Scielo e
Pubmed. As palavras-chave usadas foram “MINOCA” e “Síndrome coronariana aguda”, sendo
encontrados 47 artigos dos últimos 5 anos e nos idiomas português, inglês e espanhol, dos quais 11
estavam de acordo com a temática. Resultados: É uma síndrome definida pela presença de infarto
miocárdico, com angiografia coronariana sem obstrução. Associada a insuficiência cardíaca,
doença renal e tromboembolismo pulmonar. Há uma importante resistência ao fluxo pela maior
parte das arteríolas, responsáveis por regular a distribuição sanguínea a partir da demanda exigida
pelo metabolismo local. Estímulos adrenérgicos, a concentração de oxigênio local e mudança de
pressão repercutem na corrente circulatória. Além disso, a própria disposição dos vasos coronários
leva ao aumento dessa resistência e o fluxo de sangue é diretamente proporcional ao calibre do
vaso. Outros fatores observados são a estreita relação desse infarto com o remodelamento
coronariano, fazendo aumentar as chances de obstrução coronariana, quando associado à doença
aterosclerótica. Percebeu-se também que pacientes com MINOCA apresentam maior capacidade
física do que aqueles com doença coronariana obstrutiva. Entretanto, a capacidade física e a
qualidade de vida são menores quando comparados a pacientes saudáveis. Somando-se, pacientes
com MINOCA apresentam resposta e produção insuficiente de vasodilatadores e disfunção de
músculo liso nos vasos, fatores que pioram o seu prognóstico. Conclusão: A MINOCA é uma
emergência cardiovascular importante com característica de pior prognóstico se comparado aos
IAM com obstrução coronariana devido à dificuldade em constatar o diagnóstico por ser uma
doença multicausal menos comum. Portanto, é essencial estar ciente dos seus mecanismos
fisiopatológicos, dos fatores de risco associados e das particularidades de sua conduta terapêutica,
assim, melhor conduzindo o caso e, consequentemente, aumentando as chances de sobrevida do
paciente.
O atendimento de emergência a gestantes vítimas de acidentes automobilísticos com lesão
medular:
Juliana Freire Caetano de Figueiredo; Iane Verônica de Lima Monteiro; Ezymar Gomes Cayana
Introdução: O traumatismo medular é um evento corriqueiro nos casos de acidentes automobilísticos,
podendo acometer qualquer parte da população, inclusive as gestantes. Nesse caso, existem altos índices de
mortalidade materna e perinatal, tornando-se emergente o atendimento às vítimas, a fim de evitar ou
minimizar complicações biomecânicas. Objetivo: Avaliar o atendimento de emergência às gestantes
vítimas de traumatismo medular como sequela de acidentes automobilísticos, considerando os riscos
maternos e fetais. Métodos: Revisão integrativa, com buscas nas bases de dados SciELO, LILACS e
PubMed, abordando os descritores spinal cord trauma, pregnant e emergency. Foi realizado um corte
temporal, incluindo 10 artigos originais publicados entre 2012 e 2019, sendo selecionados - através de
delineamento observacional e descritivo - relatos de caso e revisões de literatura, nos idiomas inglês e
português. Foram excluídos estudos repetidos e não relacionados ao tema. Resultados: O atendimento de
emergência às gestantes vítimas de acidentes automobilísticos deve seguir a sequência do “ABCDE” do
trauma – Airway (Via áerea); Breathing (Respiração); Circulation (Circulação); Disability (Incapacidade);
Exposure (Exposição), tendo como prioridade a administração do oxigênio. Nesse contexto, a lesão
traumática da medula espinhal na gestação é uma das principais causas de morte materna e fetal. Pode-se
mencionar como complicações fetais a má formação, o baixo peso ao nascer e a prematuridade. Por outro
lado, no que se refere às complicações maternas, é possível citar a infecção urinária frequente, as úlceras de
decúbito e a trombose venosa profunda nos membros inferiores, que pode gerar tromboembolismo
pulmonar. A maior complicação que pode ocorrer durante a gestação é a hiperreflexia autonômica, podendo
afetar até 85% das vítimas com traumatismo medular acima do nível de saída dos nervos autonômicos
viscerais. O uso de analgesia durante o trabalho de parto reduz o risco dessa possível complicação. As
gestantes que apresentam lesão medular alta continuam com a capacidade de concluir a gestação por parto
normal, pois o trabalho de parto não depende da inervação autonômica uterina, mas da ação de hormônios,
especialmente a ocitocina. Em relação à via de parto, o parto normal assistido é o mais indicado.
Conclusão: Dessa forma, compreende-se que o atendimento de emergência às gestantes vítimas de
traumatismo medular é pautado em cuidados pré-hospitalares e realizado de forma holística. Sendo
essencial, portanto, seguir a ordem do “ABCDE” do trauma, priorizando a administração do oxigênio em
primeiro plano, a fim de evitar e/ou reduzir possíveis riscos inerentes à vida da mãe e do feto.
Palavras-chave: Emergência, Traumatismo Medular, Gestantes.
Estudo epidemiológico das internações por caráter de urgência pediátrica na paraíba na
última década .
Laryssa Almeida de Andrade Tenório ; Rebeca Alves Bezerra ; Isabelly Moura Nobre; Kênia de Oliveira
Cabral; Vithória Maria de Araújo Tibúrcio Vilar.
Introdução: O perfil de morbimortalidade e internações pediátricas vem passando por um profundo
processo de transição em todo o Brasil, estando relacionadas com melhores condições de vida e acesso aos
recursos de saúde. Especialmente sobre o cuidado nas urgências infantis, destaca-se a escassez de
informações sobre o perfil de adoecimento nessa faixa etária. Sendo a epidemiologia um instrumento de
extrema importância que auxiliará na reorganização de serviços pediátricos, visando garantir estrutura,
recursos e manejo clínico adequado a fim de evitar desfechos graves das enfermidades da infância.
Objetivos: Conduzir normas que proporcionem uma prevenção efetiva e um diagnóstico precoce, guiadas
pelos grupos e áreas de prevalência concluídos a partir da interpretação desses dados. Métodos: Esse estudo
fundamentou-se em registros epidemiológicos do DataSUS de novembro de 2009 à novembro de 2019 e nas
bases de dados das plataformas Scielo e PubMed. Resultados: No período estudado as internações por
caráter de urgência pediátrica foram responsáveis por 298.903 casos em todo o Estado da Paraíba, sendo
33,93% por doenças do aparelho respiratório, desses 65,54% por pneumonia e 13,5% por bronquite,
enfisema ou outra doença pulmonar obstrutiva crônica. Com relação ao município, foram registrados
38,84% dos casos em João Pessoa e 28% em Campina Grande. O ano com maior número de internações foi
2010, com 41.449 casos registrados. No que se refere a faixa etária, os maiores índices um e quatro anos de
idade, responsável por 35,29% dos casos. No que se refere a sexo foi observado que o sexo masculino é
mais acometido do que o feminino, representando 53,35% e 46,64% dos casos respectivamente. No que se
refere a raça, dos pacientes que tiveram a raça registrada 48,66% eram pardos, 15,20% brancos e 1,69%
pretos. Conclusão: As internações por urgência pediátrica na Paraíba na última década foram mais
prevalentes por doenças do aparelho respiratório, no sexo masculino, no que se refere a faixa etária a
prevalência foi maior em crianças entre um e quatro anos de idade e já em relação a raça, a mais
predominante foi a parda.
Artrite séptica: relato de caso.
João Victor Bezerra Massa ; Isadora Pereira Brito; Matheus de Menezes Furtado; Maurício Vasconcelos
Valadares Neto; Esdras Fernandes Furtado .
Introdução: Artrite séptica é um processo infeccioso intra-articular, decorrente de proliferação de um
patógeno, que pode ser bactérias, vírus, parasitas ou fungos. É a doença articular que mais rapidamente lesa
a articulação (condrolise) na população infantil, especialmente abaixo dos tres anos de idade (31-49% dos
casos). Os sintomas incluem febre alta, dor, calor e aumento de volume articular. Dependendo do local o
derrame articular é facilmente identificado e em casos graves pode levar a luxação, dependendo da
gravidade e da quantidade de liquido intra-articular. Ocorre grande sensibilidade a palpação e a
movimentação. Os locais mais afetados são joelhos, quadris, ombros, punhos e tornozelos. O diagnóstico
geralmente é realizado com exame físico, exames de imagem e artrocentese. Apresentação do Caso:
Paciente T.S.V, sexo masculino, 1 ano e 8 meses de idade, natural e procedente de João Pessoa-PB. Em
fevereiro de 2008, deu entrada em serviço de saúde com quadro de febre, taquicardia, hipocorado e dor a
manipulação de quadril esquerdo com duração de 13 horas, evoluindo com piora progressiva. Ao exame
físico evidenciava posição antálgica de Bonnet, com piora das dores aos mínimos movimentos, associado a
aumento de volume em face anterior de quadril. Exame de ultrassonografia evidenciou derrame articular
espesso e radiografia de bacia demonstrou luxação de quadril esquerdo. Exames laboratoriais apresentavam
elevação de marcadores inflamatórios e leucocitose com desvio a esquerda. Realizado artrocente de quadril
por via anterior com saída de secreção purulenta. Fechado o diagnostico de artrite septica de quadril,
paciente encaminhado urgente para tratamento cirúrgico, com incisão anterior, artrotomia e drenagem
articular, seguido de limpeza e desbridamento articular. Concluindo a cirurgia com a redução da luxação e
instalação de dreno de pressão negativa. Iniciado antibioticoterapia imediatamente após a coleta de culturas
e mantido paciente em gesso pélvico podálico por três semanas para manter a congruência articular.
Conclusão: É uma infecção agressiva, principalmente em crianças, pode levar rapidamente a sepse e lesão
condral grave e irreversivel. O diagnóstico precoce e o início rápido e adequado do tratamento são de
extrema importância para evitar a destruição da cartilagem articular e em consequência suas sequelas que
são irreversíveis.
Palavras-chaves: Articulação, Artrite, Séptica.
Septicemia por staphyloccocus aureus em pacientes pediátricos: características clínicas e
desafios terapêuticos.
Juliana Oliveira de Alcantara; Ana Beatriz Onias Alves da Silva; Bruna Sampaio Lopes Costa ; Nathalia
Oliveira Marques; Layse Alves de França Almeida; Luís Carlos Vieira Batista Júnior.
INTRODUÇÃO: Um dos principais patógenos responsáveis por quadros infecciosos envolvendo a
pele, olhos ou vias aereas é o Staphylococcus aureus, sendo comum sua incidência em pacientes pediátricos,
principalmente naqueles com história de lesão cutânea. A depender das condições imunológicas do
paciente, das caracteristicas patogênicas da cepa da bactéria e da extensão da infecção, o quadro pode
evoluir rapidamente por disseminação hematogênica e acometer multiplos sistemas, estando associado ao
aumento da morbimortalidade. O diagnóstico precoce e a rápida instuição da terapêutica adequada se
mostram, portanto, como peças fundamentais para a redução do óbito infantil decorrente de sepse por S.
Aureus. OBJETIVOS: Compreender e correlacionar as características clínicas da bacteremia por S. Aureus
e o manejo adequado do paciente, bem como entender que se trata de uma emergência pediátrica, mostrando
o aumento da morbimortalidade relacionada a ela, sendo essencial diagnóstico e tratamento precoces.
MÉTODOS: Trata-se de uma Revisão de Literatura realizada através das plataformas: Cochrane, Lilacs,
Biblioteca Virtual em Saúde e Biomed Central, usando os descritores: Bacteremia, Staphylococcus aureus,
Manejo e Pediatria.
RESULTADOS: A septicemia por S. Aureus em pacientes pediatricos ocorre, frequentemente, devido a
evolução de quadros infecciosos, tendo como principais focos primários as broncopneumonias, abcessos
cutâneos, tromboflebite por punção e osteomielite. O diagnóstico se dá pela presença de hemoculturas
positivas ou isolamento do germe em mais de um foco infeccioso não contiguo, associado à queda do estado
geral ao exame fisico. O manejo deve ser feito o mais rapidamente possivel, abrangendo o controle da febre,
suporte respiratório para pacientes com pneumonia ou dificuldade respiratória, gerenciamento de fluidos
para pacientes que não conseguem manter a ingestão adequada de líquidos, ressuscitação volêmica e/ou
suporte vasopressor para pacientes graves com sinais de má perfusão. A terapia antimicrobiana definitiva ou
empírica deve levar em consideração a localização do foco infeccioso, se a infecção é comunitária ou
hospitalar, os resultados das hemoculturas, como também, a resistência das cepas aos antibióticos.
CONCLUSÃO: A apresentação clínica inespecífica, muitas vezes, sem foco infeccioso conhecido, e a
ausência de uma terapia antimicrobiana efetiva, representam um desafio para os profissionais de saúde. A
mortalidade da bacteremia por S. aureus na era pré-antibiótica excedeu 80%, já na contemporânea, ela é de
aproximadamente 2 a 3%. Com a crescente resistencia microbiana aos antibióticos usados, viu-se que o
número de óbitos está aumentando gradativamente devido a escassez de alternativas terapêuticas. Isso nos
leva a reiterar a importancia do uso racional de antimicrobianos para que esse problema mundial e crecente
não tome maiores proporções.
Palavras-chave: Bacteremia, Staphylococcus aureus, Manejo e Pediatria
Tramadol vs codeína ou buprenorphine transdermal: comparando o risco de fraturas em
idosos.
Célia Carvalho Ozias; Marcos José Moury Fernandes de Araújo.
Introdução: Os opióides fazem parte da rotina do tratamento de dor crônica. Todavia, os Critérios de Beers
da Sociedade Americana de Geriatria os classificam como “medicamentos potencialmente inapropriados
para idosos”. O tramadol, especificamente, tem uma maior incidência de efeitos adversos importantes como:
depressão respiratória, dependência física e psicológica, aumento do risco de quedas e, consequentemente,
de fraturas em idosos. Em contrapartida, existem outros fármacos opióides que promovem seus efeitos
analgésicos de forma satisfatória na dor crônica moderada. Portanto, o presente estudo analisa o risco de
fraturas em pacientes sob uso de tramadol comparado com codeína e buprenorphine
transdermal.Objetivos: Fazer uma revisão de literatura comparando o risco de fraturas por quedas em
idosos expostos ao tramadol com outros pacientes idosos que fazem uso de codeína ou buprenorphine
transdermal no tratamento de dor crônica moderada não oncológica. Metodologia: Trata-se de uma revisão
de literatura a partir da pesquisa nas bases de dados Medline, Google Scholar, Scielo e Pubmed dos artigos
publicados entre 2013 e 2020 com uso dos descritores: tramadol, fall risk e elder. Como critério de inclusão,
foram selecionados artigos que traziam dados da incidência de fraturas em pacientes que faziam uso de
tramadol comparando seu risco ou sua incidência de fraturas com o risco ou a incidência em outro opióide
na mesma aplicação clínica (tratamento de dor crônica moderada não oncológica). Como critérios de
exclusão: foram excluídos artigos que envolvessem pacientes na amostra com menos de 50 anos de idade,
artigos que não trouxessem o risco de queda ou fratura de outro opióide além do tramadol e artigos com
pacientes expostos a opióides para tratamento de dor aguda. Resultados: Em um estudo desenvolvido no
Reino Unido, pacientes do sexo feminino com 75 anos ou mais sob uso de tramadol apresentaram um risco
relativo de fraturas de 1,26 comparadas com a população em geral (mulheres com 75 anos ou mais) e as
mulheres medicadas com buprenorphine transdermal apresentaram risco relativo de 1,00 quando
comparadas com a população em geral (mulheres com 75 anos ou mais). Em outra coorte, também
britânica, foi analisado o risco de fratura de quadril em pacientes com uma idade média de 65 e sob uso de
tramadol ou codeína. 3,7 de cada 1000 participantes tiveram fratura de quadril ao longo de um ano no grupo
exposto ao tramadol. No grupo tratado com codeína, 2,9 de 1000 pessoas sofreram fratura de quadril ao
longo de um ano. Portanto, esse estudo revela que o tramadol oferece um risco 27,6% maior de fraturas de
quadril que a codeína. Conclusão: A buprenorphine transdermal e a codeína são opções mais seguras de
opióides (em relação a quedas e fraturas em idosos) que o tramadol para o tratamento de dor crônica
moderada.
Traumatismos cranioencefálicos em crianças: uma revisão sistemática.
Brenda Helen Albuquerque de Araújo; Luana Ferreira Leite Araújo; Maria Carolina Trigueiro Lucena
Cavalcante; Amanda Laysla Rodrigues Ramalho; Ana Luiza Souza Matos; e Miriam Campos Soares de
Carvalho.
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o traumatismo cranioencefálico (TCE) como
qualquer agressão capaz de provocar lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo,
crânio, meninges ou encéfalo. O TCE compreende uma das causas mais comuns de trauma infantil, com
elevados índices de morbidade e de mortalidade, 75% e 97%, respectivamente. Neste ano, a Sociedade
Brasileira de Neurocirurgia emitiu um alerta acerca de uma brincadeira que tem provocado TCE entre
crianças e adolescentes, chamada de “quebra-crânio”, evidenciando a importância da discussão dessa
emergência pediátrica. Objetivo: Diante disso, esse trabalho objetivou sintetizar informações acerca dos
traumatismos cranioencefálicos em crianças a fim de aprofundar os debates sobre a prevenção desse
fenômeno que pode ser fatal. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, método que integra dados
contidos na literatura sobre determinado tema. Quatro artigos foram selecionados a partir de bases de dados
e de bibliotecas eletrônicas, tais como SCIELO, LILACS e BVS, através da combinação dos seguintes
descritores: “traumatismos craniocerebrais”, “criança” e “emergências”. Os estudos foram escolhidos por
meio da utilização de filtros, como: artigos completos, disponíveis, em português, e publicados no Brasil
entre os anos de 2011 a 2020. Resultados: O TCE é um evento de grande destaque nas emergências
pediátricas devido a sua grande prevalência. A cada ano nos EUA, o TCE é responsável por 7400 mortes.
Além de situações como acidentes de trânsito, outras causas para TCE em crianças incluem: violência,
quedas e brincadeiras, como a do “quebra-crânio”. Dada à gravidade de suas consequências, esse tipo de
trauma está associado a custos econômicos significativos para as famílias e para o governo. Conclusão:
Dessa forma, percebe-se que a família, a escola e os profissionais de saúde são os agentes primordiais no
combate ao TCE. É consensual afirmar, pois, que a reeducação no trânsito, a supervisão adequada de
crianças pequenas, e a orientação dada às crianças devem ser estimuladas a fim de evitar esse fenômeno.
Palavras-chave: traumatismos craniocerebrais, criança, emergências.
Avanços e desafios na triagem às múltiplas vítimas de grandes desastres.
Luana Ferreira Leite Araújo, Brenda Helen Albuquerque de Araújo, Amanda Laysla Rodrigues
Ramalho, Ana Luiza Souza Matos, Miriam Campos Soares de Carvalho, Raquel Xavier Rodrigues.
Introdução: O Ministério da Saúde define acidentes de múltiplas vítimas aqueles eventos repentinos em
que o número de vítimas excede os recursos médicos disponíveis, sendo considerado um evento complexo,
o qual requer comando e controle coerentes. Quando algo dessa magnitude ocorre, vários segmentos da
sociedade atuam em conjunto para minimizar os danos. No que diz respeito à atuação da atenção médica de
emergência, a triagem e estabilização inicial é uma ferramenta essencial para garantir o atendimento eficaz.
Assim, foram desenvolvidos métodos de triagem a fim de assegurar a sobrevivência do maior número
possível de vítimas. Contudo, existem limitações nesses métodos, de forma que o profissional da área de
saúde precisa saber manejá-los e optar pelo procedimento adequado em cada situação. Objetivo: Avaliar a
importância dos métodos de triagem no atendimento às vítimas de grandes desastres, compreendendo os
avanços e desafios de sua implantação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa utilizando artigos
selecionados e publicados entre os anos 2007 e 2019, a partir do banco de dados da SciELO, BVS e
PubMed. Resultados: A triagem é um termo designado ao reconhecimento da situação e seleção de vítimas
de acordo com prioridades no contexto da emergência. O método START (simple triage and rapid
treatment – triagem simples e tratamento rápido), um dos mais utilizados no mundo, envolve três avaliações
simples para identificar as vítimas com maior risco: respiração, circulação ou perfusão periférica e nível de
consciência. Esse método pode ser realizado por leigos e bombeiros, desde que treinados. Após a avaliação,
as vítimas são classificadas por cores, de acordo com a severidade do seu quadro. Tal algoritmo não permite
questionamentos, autorizando apenas duas manobras durante a triagem inicial, de forma que o indivíduo que
estiver bem familiarizado com o fluxograma a ser seguido dificilmente errará sua execução. Contudo, o
START apresenta algumas limitações, não sendo muito eficaz em eventos nos quais o tempo resposta para a
avaliação inicial seja prolongado, por exemplo. O método CRAMP (circulação, respiração, abdome,
motilidade, palavra), tem parâmetros mais específicos, devendo ser utilizado por médicos. O método
START é aplicado, geralmente, na triagem inicial, enquanto o CRAMP é mais utilizado no atendimento
médico avançado. Entretanto, cada serviço adotará o método que melhor se adequa em cada contexto de
atendimento. Conclusão: A intervenção humana sobre a natureza vem propiciando um avanço no número
de desastres, de modo que são necessários planos emergenciais e treinamento de equipes acerca dos
métodos de triagem, adequados aos mais variados cenários. O planejamento e o conhecimento dos
profissionais de saúde sobre os algoritmos possibilita a sobrevivência do maior número possível de vítimas.
Palavras-chave: triagem, serviços médicos de emergência, equipe de desastre.
Atendimento à anafilaxia na emergência pediátrica: uma revisão de literatura.
Vitória Ellen de Assis Ramos Andrade; Ana Rosa Cartaxo Mangueira; Brayenne Stephane da Silva
Quirino; Rayssa Mota Cardoso; Ronaldo Cavalcante de Santana ; Victor Vieira Porto de Almeida
Introdução: A anafilaxia é um processo imunológico mediado pelo anticorpo IgE, que reage contra
diferentes substâncias que funcionam como antígenos, a exemplo de alimentos e medicamentos, liberando
histamina e outros mediadores resultantes da desgranulação de basófilos e mastócitos. É muito comum em
crianças, apesar de subdiagnosticada, pois seu sistema imunológico ainda está imaturo e nem sempre os pais
reconhecem os sinais da „‟alergia‟‟, o que levaria rapidamente a um quadro agudo. Trata-se de uma
emergência pois é uma reação multissistêmica, de início aparentemente súbito e de evolução rápida.
Objetivos: O presente estudo visa conscientizar os profissionais de saúde acerca da importância da
celeridade do diagnóstico da anafilaxia pediátrica, a fim de que não ocorra a progressão para um quadro
irreversível e fatal. Métodos: Realizou-se uma revisão literária utilizando os seguintes descritores:
„‟anafilaxia‟‟, „‟pediatria‟‟, „‟choque anafilático‟‟, através das plataformas Pubmed, Scielo, Google
acadêmico, UptoDate e Bireme, nas línguas português, inglês e espanhol, no período de 2013 a 2020. Foram
encontrados 27 artigos, e desses, 9 não se adequaram ao tema proposto. Resultados: Através dos
selecionados, constatou-se que há poucos estudos e dados sobre a anafilaxia pediátrica, devido sobretudo ao
subdiagnóstico e subnotificação, não sendo encontrados dados de prevalência e incidência na faixa etária de
1 dia aos 17 anos de vida. No entanto, ficou claro que a principal causa dessa reação de hipersensibilidade
sistêmica em crianças é a alimentação. Observou-se os sinais e sintomas mais comuns, que vão desde uma
irritação da pele e mucosa em 80 a 90% dos casos, acometimento do sistema respiratório em 70%, do
sistema cardiovascular por volta de 45%, gastrointestinal de 30 a 40%, até o neural, com acometimento
entre 10 e 15% dos casos. Contatou-se que a adrenalina, por via intramuscular, é a droga de primeira
escolha para reverter casos de anafilaxia devido à sua ação beta agonista, que promoverá vasoconstrição,
aumento da resistência vascular periférica e redução do edema de mucosa, além de broncodilatação. Essas
ações promovem a reversão do quadro e impossibilitam a evolução desse para um choque anafilático, que
em crianças é mais delicado, pois a hipotensão, principal sinal de descompensação, aparece de maneira
súbita e tardia, podendo levar ao óbito. Conclusão: Mediante os resultados apresentados, pode-se aferir que
o desconhecimento do quadro tanto pelos pais quanto pelos profissionais que atendem emergência, atrelado
a uma escassez de produções científicas a respeito do tema, dificultam o diagnóstico clínico, e
consequentemente, prejudicam a execução da conduta médica que deve ser rápida e eficaz, algo
imprescindível para se evitar um quadro exasperado e salvar a vida da criança.
Palavras-chave: anafilaxia, subdiagnóstico, subnotificação, emergência, pediatria.
Tratamento de paciente com infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do
segmento st: revascularização completa ou apenas na lesão associada ao infarto?
Ana Luiza Souza Matos, Amanda Laysla Rodrigues Ramalho, Luana Ferreira Leite Araújo, Brenda
Helen Albuquerque de Araújo, Miriam Campos Soares de Carvalho e Eleonora de Abrantes
Barreto.
Introdução: O adequado manejo da doença arterial coronariana (DAC) multivascular, no contexto do infarto
agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST (IAMCST), é um dos grandes motivos de
controvérsia na Cardiologia Intervencionista em virtude da escolha entre o tratamento da intervenção
coronariana percutânea primária (ICPp) e revascularização completa (RC). Sendo essencial, então, uma
análise comparativa entre os procedimentos. Objetivos:
Identificar a partir da comparação de escolha entre RC e ICPp, em pacientes com IAMCST, a fim de
estabelecer uma conduta cientificamente embasada, trazendo benefícios aos pacientes. Métodos:
Utilizou-se como método a revisão de literatura, por meio de busca por artigos científicos no SCIELO e
ensaios clínicos randomizados (ECRs): CVLPRIT e DANAMI3-PRIMULTI. Resultados: Embora as
principais diretrizes mundiais não recomendem a RC de forma rotineira nos pacientes com IAMCST,
recentes ECRs têm demonstrado benefício dessa abordagem na redução de desfechos cardiovasculares.
Atualmente, cardiologistas intervencionistas realizam nesses pacientes uma abordagem focada quase
sempre no vaso relacionado ao evento, gerando uma menor probabilidade de ocorrer uma RC em
comparação à ICPp. Dessa forma, é indispensável promover uma nova visão com os ECRs para efetuar a
escolha da intervenção. No CvLPRIT (2015) realizado em 7 centros no Reino Unido com 296 pacientes
com IAMCST para ICPp ou RC observou-se após 12 meses, uma redução significativa (55%) no desfecho
primário por mortalidade, IAM recorrente, IC ou revascularização guiada por isquemia (10% versus 21%)
nos pacientes submetidos à RC. No DANAMI3-PRIMULTI (2015), feito com 627 pacientes em 2 centros na
Dinamarca, comparou uma estratégia de RC guiada por reserva fracionada de fluxo 2 dias após o
procedimento com nenhuma intervenção adicional após a ICPp. Após 27 meses, houve uma baixa
significativa de 44% no desfecho primário (Mortalidade por todas as causas, reinfarto, revascularização
guiada por isquemia) no grupo submetido à ICP de artérias não culpadas pelo IAM sendo o grupo de RC o
que apresenta melhor prognóstico por conta da redução de reintervenções, por angina refratária. Diante
disso, os estudos CVLPRIT e DANAMI-3-PRIMULTI recomendam RC em pacientes com IAMCST tanto
nas diretrizes europeias (classe de recomendação IIa) quanto nas americanas (classe IIb). Conclusão:
Portanto, com a análise dos estudos mais recentes sobre este tema (Cvlprit e DANAMI-3) sugere-se que é
benéfico, de maneira geral, tratar as lesões não culpadas pelo infarto, proporcionando aos profissionais
intervencionistas um incentivo para realização de uma abordagem mais eficaz aos pacientes com IAMCST.
Palavras-Chaves: Emergência cardiológica, Revascularização, Infarto agudo do miocárdio.
Nova variante na família Coronavírus causa emergência em saúde pública de interesse
internacional.
Renata Esteves Frota; Anna Júllya Almeida da Silva Oliveira; Lino de Sousa Neto; Igor de Albuquerque
Oliveira Sousa; Letícia Moreira Fernandes; Raquel Josino de Souza
INTRODUÇÃO: Os coronavírus fazem parte de uma grande família viral conhecida desde meados da
década de 1960. Foi descoberto uma nova variante do coronavírus, denominada 2019-nCoV, após as
notificações de casos de pneumonia sem causa conhecida na cidade chinesa de Wuhan. Em seguida, houve
o anúncio de que, em outros continentes, outras pessoas estavam adoecendo por causa do vírus. Sabe-se que
atingiu a Europa, a América e a Oceania, além da Ásia. Até o presente momento, mais de mil mortes foram
confirmadas na China. Então, diante do aumento expressivo de casos do novo coronavírus, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de interesse internacional. OBJETIVOS:
Apresentar uma revisão sistemática sobre o surgimento da doença relacionada coronavírus, conhecida como
Covid-19, iniciado em 2019 a partir de uma nova variante. MÉTODOS: Realizou-se uma busca na base
UpToDate® a respeito dos novos casos de vítimas pelo coronavírus. RESULTADOS: Nesse contexto, é
importante ressaltar que a definição de caso suspeito é a percepção de febre acompanhada de sintomas
respiratórios somado a história de viagem nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para área de
transmissão local ou a proximidade com algum caso suspeito ou confirmado. Sabe-se que a transmissão
pode acontecer por meio de animais para humanos, bem como entre humanos. Acredita-se que o período de
incubação ocorra por volta de duas semanas, embora não haja precisão ainda. A confirmação laboratorial é
feita pela identificação do material genético do vírus em secreções respiratórias. O risco de infecção é
reduzido a partir de medidas de higiene, ou seja, deve-se lavar as mãos frequentemente, cobrir nariz e boca
ao espirrar e ao tossir, não compartilhar objetos de uso pessoal, usar lenço descartável para higiene nasal,
dentre outras medidas. É imprescindível atentar para esses cuidados, porque não se tem disponível ainda um
tratamento especifico para a doença. A conduta dos profissionais de saúde frente à suspeita de infecção pelo
coronavírus deve ser isolar o paciente enquanto houver sinais e sintomas clínicos, solicitar o uso de máscara
para que seja reduzida a chance de transmissão interpessoal e, também, é fundamental que médicos e
enfermeiros estejam em uso de equipamento de proteção individual. CONCLUSÃO: Diante do exposto,
percebe-se que é uma realidade crítica, porém as autoridades já estão tentando controlar os danos, com o
fito de minimizar a propagação do vírus.
Palavras chave: emergência, saúde, internacional.
Violência obstétrica nas emergências obstétricas e o processo de formação médica
Débora Oliveira dos Santos; Roberta Guerra de Brito Oliveira Lima; Narjara Seixas Batista Gadelha;
Letícia Miná de Britto Cavalcanti; Lorena Pereira Vieira; Nadirgerlane Rodrigues de Carvalho Almeida
Guedes.
Introdução: A violência obstétrica se expressa de várias formas, podendo incluir maus tratos físicos,
psicológicos, e verbais, assim como procedimentos desnecessários e invasivos como episiotomias, restrição
ao leito no pré-parto, tricotomia, ocitocina de rotina e ausência de acompanhante. A formação médica é um
dos fatores que contribui para a ampla disseminação da violência institucional nos serviços de atenção à
saúde da mulher no Brasil, sendo o tema violência obstétrica nas emergências obstétricas objeto de denúncia
e reflexão desde os anos 1980 no interior do movimento feminista e desde a década de 1990 em trabalhos
acadêmicos. Objetivo: Identificar alguns mecanismos que contribuem para a perpetuação de violações de
direitos humanos tal como se expressam no espaço de formação e treinamento médico em serviços de
emergências obstétricas. Método: Trata-se de uma revisão sistemática e de literatura em que se utilizou os
descritores em português “Violência”, “Emergência” e “Obstetrícia” para pesquisa nas bases de dados,
através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), publicados
entre 2015 e 2019. Resultados: O distanciamento entre alunos e pacientes e a naturalização de hierarquias
sociais que caracterizam o campo médico e/ou que estão presentes na sociedade como um todo, fazem parte
da socialização de estudantes de medicina, sendo elemento essencial no processo de materialização dos
corpos das mulheres atendidas para que elas se transformem em objeto de seu treino. No entanto, as ações
médicas devem ser baseadas em princípios, leis e fundamentos norteados pelo Código de Ética Médica, e
devem respeitar a decisão dos pacientes e valorizar a vida. Dessa forma, quando os profissionais da saúde
realizam procedimentos sem a expressa opinião das pacientes, com intervenções desnecessárias ao processo
de parto, desrespeitam sua individualidade e as agridem com práticas que não reduzem os efeitos adversos
ou indesejáveis das ações terapêuticas, violam esses princípios, sendo muitas vezes fator predisponente para
aumentar os riscos da morbimortalidade materna e neonatal. Conclusão: Diante disso, constatou-se que o
modo como se estruturam as relações de saber-poder entre profissionais em formação e as mulheres por eles
atendidas; a baixa prioridade dada à aprendizagem da ética e de aptidões associadas à comunicação; a
necessidade de um atendimento agilizado para os casos de maior risco e as formas tradicionais de
treinamento dos estudantes são alguns dos elementos do ensino e treinamento em serviço associados à
reprodução desse fenômeno. Por isso, as práticas médicas devem se embasar em princípios éticos, como o
da autonomia, beneficência, não maleficência e justiça, que visam proporcionar a valorização da vida
humana.
Palavras-chaves: Violência; Emergência; Obstetrícia.
Emergência cardiovascular: o manejo da crise hipertensiva na Atenção Primária à Saúde (APS).
Ana Laura Araujo Valença de Oliveira; Alba Letícia Peixoto Medeiros; José Raimundo Ferreira Neto; Lara
Moreira de Souza Farias.
Introdução: O aumento súbito da pressão arterial (PA), característico da crise hipertensiva, é muito comum
na prática clínica, sobretudo na Atenção Básica, por isso, o manejo desta deve ser cauteloso quanto ao
diagnóstico da emergência hipertensiva (EH), avaliando o controle da PA e possíveis lesões de órgãos-alvo,
como o sistema neurológico, cujo quadro clínico apresenta encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas
e papiledema, e os sistemas cardiovascular e renal, podendo ser resultado de síndromes isquêmicas graves,
dissecção aórtica aguda e insuficiência renal. Quando associada a acidente vascular encefálico (AVE),
eclâmpsia, edema agudo de pulmão e demais patologias graves, deve ser encaminhada para serviço de
urgência e emergência, pois a queda severa da pressão arterial pode ocasionar morbidade
considerável. Objetivos: Avaliar o gerenciamento das emergências cardiovasculares e o manejo da crise
hipertensiva na Atenção Primária à Saúde. Métodos : Trata-se de uma revisão do tipo integrativa
desenvolvida a partir das etapas propostas pela literatura. Foram utilizadas as bases de dados Public Medline
ou Publisher Medline (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
e Scientific Electronic Library Online (SciELO), com artigos originais classificados pelos unitermos "Crise
Hipertensiva" e "Emergência Hipertensiva", selecionando-se os artigos publicados entre 2000 e 2018.
Foram encontrados 27 artigos, sendo 40% deles nacionais, 50% dos Estados Unidos e 10% de outros países,
as referências foram verificadas. Resultados: Após a análise das comorbidades entre doenças crônicas e
possíveis causas da emergência cardiovascular hipertensiva, observou-se que a capacidade de lesão de
órgãos terminais identifica, primordialmente, a gravidade e o risco de morte iminente, fator importante para
a agilidade e a eficácia do atendimento. Estudos referiram, também, que como as manifestações clínicas
refletem importante relação com o acometimento orgânico, a sua minuciosa investigação faz-se necessária
para a identificação das possíveis lesões e a ideal intervenção. Para tal, alguns dos exames usados nessa
pesquisa são ECG, Rx Tórax, urina, ureia, creatinina e, se houver achados neurológicos, TC de
crânio. Conclusão: O tratamento consiste em, inicialmente, diferenciar as crises hipertensivas das urgências
hipertensivas (UH), avaliado pelo grau de lesão ao órgão-alvo em associação com o controle dos níveis de
PA a partir de vasodilatadores de ação direta e bloqueadores adrenérgicos, com fins à prevenção de eventos
mórbidos, já que o manejo inadequado poderá acarretar complicações desastrosas, incluindo o óbito. O
manejo subsequente, com atenção no controle dos valores crônicos da PA, é importante como o tratamento
correto da fase aguda, possibilitando um bom prognóstico.
Palavras-chave APS; crise hipertensiva; emergência cardiovascular.
Eventos tromboembólicos em pacientes com flutter atrial e fibrilação atrial.
Joana Angélica Rodrigues Rocha; Bruno Henrique Arruda de Paula, Felipe Montenegro Cavalcanti Sobreira
Santos, Karoline Frazão Bezerra, Rayanne Kalinne Neves Dantas, Tiago Wanderley Queiroga Lira.
Introdução: A fibrilação atrial (FA) é atribuída a múltiplas ondas pequenas com reentrada caótica dentro
dos átrios. Nesse caso, os átrios não se contraem e o sistema de condução atrioventricular é bombardeado
por estímulos elétricos variados, acarretando inconsistência de transmissão do impulso e frequência
ventricular irregular e taquicárdica. Já o flutter atrial (FLA) é um ritmo atrial rápido e regular decorrente
de circuito reentrante atrial, no qual os átrios despolarizam-se a uma frequência de 250 a 350 bpm. São
tomadas medidas para prevenir tromboembolismo, sendo os pacientes com maior risco identificados
através do escore de CHA2DS2-VASc. Objetivos: Compreender os riscos e eventos tromboembólicos
aos quais os pacientes com diagnóstico de flutter atrial e fibrilação atrial são expostos, principalmente
sobre o AVE. Métodos: Para o presente estudo foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema. Nos
últimos 5 anos, foram encontrados 60 artigos com as palavras-chave: “flutter”, “fibrilação atrial” e
“doença tromboembólica”, tanto em inglês quanto em português, utilizando como base de dados o
PubMed, Scielo, Google Acadêmico e JAMA (Jornal da Associação Médica Americana). Destes, 12
estavam de acordo com a temática. Resultados: Uma das principais causas de morte no Brasil é o AVE.
Entre as causas deste, de origem cardíaca, temos a FA como a principal, seguida pelo FLA. A maioria das
diretrizes indicam a anticoagulação oral aos pacientes portadores de FA ou FLA, com CHA2DS2-VASc
escore ≥ 2, para que os eventos tromboembólicos sejam prevenidos. Entre 2001 a 2012, foram observados
219.416 pacientes, onde 188.811 indivíduos tinham FA, 6.121 tinham FLA, e o grupo controle era
composto por 24.484 pacientes. Do ponto de vista de significância estatística, a incidência de AVE
isquêmico no grupo com FA em qualquer pontuação de CHA2DS2-VASc e no grupo com FLA com
escores VASc de 5 a 9 foram maiores que a incidência no grupo controle. Deste modo, os anticoagulantes
orais devem ser considerados para pacientes com FLA e pacientes com FA quando o CHA2DS2-VASc
for ≥ 5. Deste modo, os anticoagulantes orais devem ser considerados para pacientes com FLA e
pacientes com FA quando o CHA2DS2-VASc for ≥ 5. Conclusão: Após eventos de FA e FLA, é de
grande importância o uso de anticoagulantes orais, a fim de evitar uma grave complicação que é o AVE,
sendo considerado o uso dessas drogas principalmente naqueles pacientes com CHA2DS2-VASc ≥ 5.
Todavia, por meio de estudos, foi observado que existe um maior índice de mortalidade entre pacientes
com FA do que naqueles com FLA, o que leva à reflexão se a adoção de terapêutica semelhante para
ambas patologias é correta.
Palavras-chave: flutter atrial, fibrilação atrial, doença tromboembólica.
A implacável importância do atendimento rápido e adequado à fratura de pelve: um relato
de caso.
Marílya Vitórya dos Santos Silva; Luciano da Silva Lopes ; Letícia Lemos Rios Vital; Fernando de Paiva
Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana
Introdução: O anel pélvico é uma estrutura de extrema importância por sustentar o assoalho pélvico e
fornecer proteção para as estruturas abdominais e pélvicas. As fraturas nessa região são de alta letalidade,
sobretudo pelas lesões associadas em vísceras e tecidos moles. Suas taxas de mortalidade variam entre 10 a
50%, necessitando de diagnóstico e tratamento especializados e imediatos. Essas fraturas traumáticas são
decorrentes de trauma de alta energia cinética e resultam de colisões com veículos motorizados, colisões
com motocicleta, quedas, lesões por esmagamento e colisões entre automóveis e pedestres. Ademais, a
suspeição desse quadro é feita com base na informação fornecida por profissionais de transporte médico de
emergência relacionado à apresentação do paciente, ao mecanismo da lesão e ao exame físico. Descrição do
caso: paciente G.D.G, 44 anos, sem doenças prévias, vítima de colisão lateral moto/moto (ou colisão em
“T”), oriundo de Bananeiras e trazido pelo SAMU ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa há
cerca de dois meses apresentou disjunção da sínfise púbica, fratura da diáfise proximal do fêmur esquerdo,
fratura exposta do maléolo medial esquerdo, fratura exposta dos ossos do pé e mão esquerdos. Além disso,
o paciente apresentou na data de admissão instabilidade hemodinâmica por hemorragia retroperitonial. Por
se tratar de uma situação grave, esse quadro necessitou de um atendimento imediato para prevenir a perda
excessiva de sangue, choque e morte. Uma das formas eficazes de promover a estabilização desse tipo de
fratura é a utilização de dispositivos de compressão como fixadores externos, o que acabou por ser
instaurado na terapêutica desse quadro, sobretudo pelo seu mecanismo de promoção da redução dos
movimentos dessa região e por permitir o controle da hemorragia em decorrência da formação de coágulos.
A fixação externa da pelve foi feita, nesse caso, com um fixador externo anterior, que é aplicado
percutaneamente aos ossos inominados, e é responsável por promover a rotação interna de uma hemipelve
que se encontra em rotação externa. Conclusão: A adoção de estratégias agressivas para a fixação de
fraturas de pelve com sinais de instabilidade hemodinâmica se faz categórica por promover o controle de
danos de maneira eficaz, o que é crucial para salvar a vida do paciente. Palavras-Chaves: Fratura pélvica,
fixador externo, hemorragia.
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Intussuscepção intestinal pediátrica: uma revisão bibliográfica.
Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Johana Lara Pinto de Carvalho; Manuella Martins do
Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Alice Slongo; Maria Beatriz Abath Aires de Barros
Introdução: A intussuscepção é uma emergência médica, uma forma de obstrução intestinal que ocorre a
uma taxa histórica de aproximadamente 50 em 100.000 neonatos, é a segunda maior causa de abdome
agudo em crianças, perdendo apenas para a apendicite. Ocorre predominantemente em crianças com idade
inferior a dois anos. Devido à alta incidência e pelo fato de ser uma situação grave, vê-se a importância de
abordar e aprofundar seu contexto clínico, prognóstico e tratamento. Objetivos: Apresentar uma revisão
bibliográfica sobre a intussuscepção intestinal, seu quadro clínico e tratamento, devido à sua grande
relevância cotidiana no cenário pediátrico. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura
através das bases de dados Scielo e PubMed, utilizando os descritores "intussuscepção intestinal", “abdome
agudo” AND "emergência". Foram considerados os resultados a partir de 2015 em inglês ou português.
Resultados: A sintomatologia abdominal é um dos motivos mais frequentes de consulta na urgência
pediátrica, sendo a dor abdominal o sintoma mais referido. A intussuscepção intestinal tem como tríade
clássica dor abdominal, fezes avermelhadas "em geléia" e massa abdominal palpável é observada em menos
de 50% dos casos, tornando difícil seu diagnóstico clínico. Todavia, o diagnóstico de intussuscepção pode
ser efetuado com radiografia simples, ultrassonografia, tomografia computadorizada e enema baritado ou
com gás/solução salina, com variável acurácia. O atraso no diagnóstico pode levar a aumento da morbidade.
Estudos relatam a precisão do PoCUS (Point-of-Care Ultrasound) no diagnóstico de intussuscepção, sendo
possível, através dele, identificar a patologia com alta sensibilidade e alta especificidade. O uso do
ultrassom vem ganhando popularidade como opção inicial para diagnóstico por ser não invasivo, livre de
radiação, indolor, rápido e com custo relativamente baixo em comparação com outros métodos radiológicos.
O manejo da intussuscepção tem evoluído desde um tratamento exclusivamente cirúrgico até um enfoque
multidisciplinar em que a maioria dos casos é resolvida por técnicas de redução sob controle radiológico,
por meio de enemas de bário, solução salina ou ar. No caso do intestino, representante da maioria dos casos
de intussuscepção, esta pode ser classificada em entérica, ileocólica, ileocecal e colocólica. Se houver
irritação peritoneal, o paciente deve ser tratado cirurgicamente. Em caso de intussuscepção ileocólica e
nenhum sinal de irritação peritoneal, são indicadas as reduções pneumática ou hidrostática. Conclusão: A
intussuscepção é um tema de relevância, devido ao fato da taxa de mortalidade aumentar rapidamente se a
invaginação não for reduzida nas primeiras 24 horas. Assim, a associação de uma apurada avaliação
clínica com exames de imagem fornecem informações suficientes para um diagnóstico precoce.
Palavras-chave: intussuscepção, emergência, pediatria
Análise da mortalidade brasileira por parada cardiorrespiratória e da efetividade da
ressuscitação cardiopulmonar entre os estados brasileiros.
Amanda Souza Fernandes; Bruno Leal Martins; Igor de Araújo Batista Pontes; Karoline Frazão Bezerra;
Maria Eduarda de Arruda Carvalho; Nathalia Gabrielle Brito Bezerra.
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) consiste na interrupção súbita da circulação sistêmica e
respiração, com indicação de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediata. Esta, quando bem-sucedida,
depende de uma sequência sistematizada de procedimentos para que haja uma elevação nas taxas de
sobrevida. No Brasil, mais de 630 mil pessoas são vítimas de morte súbita por ano, e metade dos óbitos
ocorrem antes da chegada ao hospital ou do início do atendimento. Sabe-se que uma parcela importante dos
óbitos é da população pediátrica, contudo, as crianças apresentam maior probabilidade de resposta à
reanimação. Objetivo: Este trabalho visa analisar quantitativamente as mortalidades por PCR nas diferentes
regiões brasileiras, observando as faixas etárias mais recorrentes e analisando os possíveis fatores que
contribuem para a manutenção de suas altas taxas. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter
epidemiológico, observacional, transversal e restrospectivo. O mesmo tem como base os dados do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde em relação às mortalidades por PCR, como
categoria do CID-10, subdivididas de acordo com as faixas etárias e o local de ocorrência (estados e
regiões), entre os anos de 2007 e 2017. Resultados: A mortalidade por PCR apresentou uma tendência
ascendente a partir de 2011, com destaque para os anos de 2016 e 2017 pela quantidade de óbitos, o que
questiona a efetividade na abordagem da mesma. Há uma prevalência geral de eventos em pessoas com
mais de 80 anos e aumento proporcional à idade. Nas faixas etárias iniciais, há um menor quantitativo de
mortes, contudo, nas regiões Norte e Nordeste podem ser destacados índices elevados entre 0 e 1 ano. Esse
fator aponta para uma dificuldade no manejo de crises cardíacas e respiratórias no recém-nascido, como
também o acesso mais difícil ao serviço de emergência nessas regiões, visto que a probabilidade de resposta
à RCP nessa faixa etária é mais elevada. A região Sudeste lidera o número de óbitos, seguida pelo Nordeste,
Sul, Norte e Centro-Oeste, o que pode ser atribuído à imensa densidade populacional na região Sudeste,
bem como à frequência de morbidades e fatores de risco no local. Conclusão: O Brasil permanece com
altos índices de mortalidade por parada cardiorrespiratória com o passar dos anos, indagando-se quão
oportunas e efetivas estão sendo as intervenções pré-hospitalares e hospitalares neste evento. É fundamental
ratificar a importância do bom preparo de profissionais médicos para o atendimento imediato desses casos,
mas também é importante ressaltar a necessidade do país de realizar a instrução e a educação continuada da
população para suporte e intervenção, visto que, em muitos ambientes, o acesso de profissionais treinados
não ocorrerá em tempo hábil de salvar a vida do paciente. Todavia, é sempre importante lembrar que o
avanço da idade gera maiores riscos, sendo necessário o reconhecimento das forças e das limitações das
terapias propostas.
Palavras-chave: Morte Súbita Cardíaca; Mortalidade infantil; Parada Cardíaca; Reanimação
Cardiopulmonar; Registros de mortalidade;
Análise epidemiológica dos acidentes com animais peçonhentos na Paraíba.
Tobias Sampaio de Lacerda, Karen Abrantes Coura, Rayanne Oliveira da Silva, Gabriel Pereira
Reichert, Letícia Pereira Imperiano, Igor Aleksandr Alencar Martins de Ferrer e Arruda
INTRODUÇÃO: Os acidentes por animais peçonhentos foram incluídos pela OMS na lista de doenças
tropicais negligenciadas, acometendo predominantemente populações de baixa renda que habitam em áreas
rurais. Dentre os animais que mais causam acidentes, estão: escorpião, cobra e himenópteros (abelhas,
formigas e vespas). Sendo assim, configura-se como um importante problema de saúde pública no contexto
do Estado da Paraíba, tendo grande relevância clínica e epidemiológica. OBJETIVO: O presente estudo
tem como objetivo descrever a prevalência dos acidentes por animais peçonhentos na Paraíba entre 2007 e
2019. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, retrospectivo, sobre acidentes com animais peçonhentos
na Paraíba, realizado no período 2007 a 2019, a partir da plataforma DATASUS. Foram variáveis
analisadas: sexo, evolução do caso e tipo de acidente. RESULTADOS: Foram notificados 47.444 casos no
estado da paraíba, sendo os acidentes por picada de escorpião os mais prevalentes, com 74% das
notificações (35.227), seguido por acidentes por picada de serpente com 12% (5.538) e por picada de
abelhas com 4,2% (2.012). Os acidentes envolvendo o público masculino correspondem a 21.464 casos,
sendo 63% (13.627) por picadas de escorpião e 36% (4.071) por picadas de cobra. Já no público feminino
houve 21.580 (83%) casos de acidente por escorpião, para 1.463 (16%) casos de acidente por cobras. Ao
observar a evolução dos pacientes, 91% (43.249) atingiram a cura, enquanto 0,15% (63) evoluíram com
óbito, sendo desses 26 por picada de serpente e 25 por picada de escorpião. A prevalência de óbito das
vítimas de picada de escorpião está para 1.354 casos/óbito, enquanto com os acidentes com cobras chegam a
213 acidentes/óbito.CONCLUSÃO: O acidente mais frequente foi o causado por escorpião, seguido pelos
acidentes por cobra. A maior quantidade de notificações foi vista no sexo feminino. Embora a grande
maioria dos acidentes por animais peçonhentos sejam causados por escorpião, a letalidade do ataque por
cobra é proporcionalmente maior, a partir da relação acidentes/óbito. Ao destacar essa correlação, é possível
traçar medidas preventivas a fim de reduzir o número de casos, por consequência, de complicações maiores
para os pacientes e para o sistema de saúde pública.
Palavras-Chaves: Animais peçonhentos, Acidentes, Epidemiologia.
As principais alterações fisiológicas em pacientes adultos no resgate aéreo: revisão
bibliográfica.
Élen Regina Soares da Costa; Saulo Costa Nunes; Júlia Amélia Silva Melo
Introdução: A utilização do Transporte Aeromédico - TAM é destinada às vítimas que estão em estado
crítico e assim, muitas vezes, torna-se uma alternativa para que o indivíduo receba o tratamento em um local
especializado. Em se tratando de Atendimento Pré-Hospitalar - APH móvel, o uso do TAM tem como
expectativa, a garantia de um rápido suporte no local e o encaminhamento ao hospital de referência, em
menor tempo, e com recursos necessários para o APH avançado. Esse transporte é regulamentado pela
Portaria nº 2048 de 2002, que estabelece as diretrizes da área e deve contar com uma equipe composta por o
piloto, um médico e um enfermeiro. Assim, estudos demonstram uma preocupação sobre a segurança,
focando os riscos aferidos e calculados, sobre as possíveis alterações fisiológicas que o organismo
experimenta durante o voo. Objetivo: Reconhecer as principais alterações fisiológicas em pacientes adultos
durante resgate aéreo, fornecendo informações, diretrizes e recomendações pertinentes ao tema abordado.
Materiais e métodos: O estudo é uma revisão bibliográfica de caráter descritivo e exploratório realizado
através de pesquisas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) publicados nos últimos 10 anos.
Resultados e discussões: Para realizar o translado aéreo, deverá ser tomado a decisão abalizada sob
criteriosa avaliação dos benefícios potenciais, ponderados contra os riscos potenciais da vítima. Essa
avaliação pode refletir de modo expressivo na patologia do paciente, sendo fundamental a adequação
terapêutica segundo as condições de voo. Pois, a fisiologia humana altera de acordo com a mudança de
altitude. Dentre os efeitos, podem-se destacar expansão volumétrica, temperatura e redução da umidade. Em
relação à expansão volumétrica, portanto, à medida em que a altitude do indivíduo aumenta, o volume de
qualquer cavidade preenchida por gás também aumentará. Devido a isto, há o risco, por exemplo, de
pneumotórax, aumento da pressão intracraniana, dentre outras complicações. Em relação à temperatura,
conforme a altitude aumenta, a temperatura do ar cai 2ºC para cada aumento de 1.000 pés de altura. Assim,
a desidratação ocorre rapidamente em altitudes mais elevadas, devido à redução da pressão e umidade do ar,
o que provoca mais rápida evaporação da umidade da pele e pulmões. Nesse interim, quanto à redução da
umidade, este fato pode levar a secreções espessas, obstrução de vias e ressecar os olhos do paciente.
Conclusão: Destarte, no transporte aéreo diversas alterações fisiológicas necessitam ser conhecidas e
avaliadas pelos profissionais para o resgate. É necessário o aprofundamento nos estudos acerca dessas
modificações, a fim de fomentar cuidados direcionados num atendimento de melhor qualidade e evitando
possíveis danos aos pacientes que necessitam deste tipo de resgate.
Palavras-chaves: Resgate aéreo, atendimento pré-hospitalar, alterações fisiológicas.
Choque hemorrágico e o manejo de sangramentos e da coagulopatia.
Ana Carolina Souza Diniz; Izabella de Araújo Limeira Neves; Júlia Amélia Silva Melo; Élen Regina Soares
da Costa; Mestra Ana Paula de Jesus Tomé Pereira
Introdução: O trauma é um grave problema de saúde pública, sendo a hemorragia uma das grandes
responsáveis pelos óbitos ocorridos nas primeiras 24h após o incidente, levando o paciente a um quadro de
choque hipovolêmico. Os traumatizados graves podem desenvolver precocemente sérios distúrbios de
coagulação relacionados a resposta imune ao trauma, a grande destruição tecidual, a perda de grandes
volumes de sangue, a fatores de coagulação e a reposição volêmica agressiva com cristaloides utilizada
durante o manejo inicial. Objetivos: Enfatizar a gravidade do choque hemorrágico, com o objetivo de
prevenir hipóxia, inflamação e disfunção orgânica, utilizando-se expansores plasmáticos, vasopressores e
hemocomponentes para garantir oferta tecidual de oxigênio, prevenir e tratar coagulopatias, com a
finalidade de diminuir a morbimortalidade existente. Métodos: Revisão bibliográfica realizada por meio da
leitura e análise de artigos científicos, no período de 2014 a 2019, presentes nas bases de dados SCIELO,
LILACS e MEDLINE. Resultados: Quando se fala no controle rápido de um sangramento em pacientes
graves e/ou vítimas de trauma que se apresentam em profundo choque hemorrágico com sinais de
sangramento ativo e coagulopatia um dos passos a serem tomados é a realização da cirurgia de controle de
danos (CCD). No entanto, além da CCD recomenda-se que seja realizado o manejo cirúrgico definitivo
primário em pacientes que estejam hemodinamicamente estáveis e nos que apresentam quadro de
coagulopatia grave, hipotermia, acidose, lesão anatômica extensa inacessível, ou lesão extensa. Para que
ocorra a ressuscitação inicial da coagulação, no manejo de pacientes com expectativa de hemorragia maciça,
recomenda-se o uso de plasma fresco congelado ou concentrado de hemácias, de acordo com os níveis de
hemoglobina e concentrado de fibrinogênio. Ainda se recomenda administração de ácido tranexâmico na
dose inicial de 1g – infundido em 10 minutos, seguida por infusão intravenosa contínua de 1g ao longo de 8
horas, na fase pré-hospitalar do trauma. Conclusão: É importante que se tenha bem estabelecido como deve
ser o manejo diante de um paciente em choque hemorrágico, mesmo sendo um quadro complexo, há uma
propedêutica que visa manejar a coagulopatia, garantir a oferta de oxigênio, apesar do sangramento, e
reduzir a hipóxia tecidual, a inflamação e as disfunções orgânicas. No mais, para que se possa evoluir, é
importante abordagens terapêuticas baseada em evidências e com objetivos claros sobre a administração de
fluídos, alvos pressóricos e níveis de hemoglobina, a fim de limitar os riscos da sobrecarga hídrica e da
terapia transfusional.
A importância do atendimento emergencial em pacientes com exacerbação asmática: uma
revisão bibliográfica.
Johana Lara Pinto de Carvalho; Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Manuella Martins do
Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Maria Beatriz Abath Aires de Barros; Alice Slongo
Introdução: As exacerbações agudas da asma são advindas da piora dos sintomas e da função pulmonar.
Podem ocorrer mesmo com um pequeno estímulo e se torna pior caso os pacientes sejam mais atópicos.
Dentre os fatores que podem desenvolver o processo de exacerbação estão: infecção respiratória do trato
superior, alérgenos espalhados no ambiente, como também, a baixa resposta à medicação de manutenção.
Dessa maneira, a melhor forma de controlar o processo de exacerbação é identificar de modo rápido e
intervir por meio da utilização dos melhores métodos, a fim de reduzir o tempo de sofrimento do paciente e
evitar possíveis complicações que possam levar ao óbito. Objetivos: Identificar os métodos de diagnóstico
de tratamento de um paciente que está em um processo de exacerbação asmática na emergência.
Metodologia: Estudo descritivo de caráter retrospectivo e natureza qualitativa, baseado em informações
obtidas a partir da pesquisa de artigos nas bases de dados Pubmed e Uptodate, nos idiomas inglês e
português correspondentes aos anos de 2017 a 2019. Resultados: O processo de exacerbação asmática fatal
ou quase fatal pode ocorrer independentemente se for do tipo leve, moderada ou grave. De acordo com
estudos de observação clinica, a maioria dos pacientes que chegam ao óbito devido à asma têm como
característica ser de início lento e com predomínio eosinofílico. Já no caso da asma fatal de inicio rápido,
esta é menos frequente e mais severa, ao ponto de causar a morte do paciente devido ao broncoespasmo
com predomínio de neutrófilos. Desse modo, para diagnosticar, inicialmente deve ser avaliado sinais
clínicos como taquipneia, taquicardia, uso de musculatura acessória e incapacidade de falar frases
completas. Como medida de intervenção, é preciso o fornecimento de oxigênio a fim de estabilizar o drive
respiratório e o uso de agonistas beta dois adrenérgico inalatórios de curta ação associado a anticolinérgicos
e corticoides sistêmicos, para agir de forma sinérgica e garantir a sobrevida do paciente. Conclusão: A
exacerbação asmática é um processo que necessita de ação imediata por parte da equipe médica, associado à
educação do paciente sobre os sinais e sintomas, com objetivo de que a procura pelo atendimento médico e
a prática das intervenções ocorram em menor tempo previsto. Logo, o diagnóstico e a utilização de
medicações que atuem de modo rápido e sistêmico são comprovadamente eficazes nestas situações, a fim de
reduzir cada vez mais os índices de morte provenientes dessa doença.
Palavras-chave: asma, emergência, intervenção
Ventilação não invasiva no atendimento pré-hospitalar ao edema agudo de pulmão
Taynah de Almeida Melo; Andréa Guedes Pereira Pitanga de Moura, Anna Luiza Ribeiro Coutinho Ummen
de Almeida, Iane Alves de Lemos, Luiz Gustavo César de Barros Correia e Paula Celyanne de Melo.
INTRODUÇÃO: O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica de causas diversas que ocorrem
devido ao acúmulo de líquido nos espaços intersticiais e alveolares; ocorre hipoxemia, redução de
complacência pulmonar, aumento trabalho respiratório e anormalidades de fração ventilação/perfusão
(V/Q). O EAP pode ser dividido: origem cardiogênica (EAPc) e não-cardiogênica; No EAPc, a relação V/Q
encontra-se alterada, com elevação de gradiente alvéolo-arterial e diminuição da pressão parcial de O2. A
ventilação mecânica não invasiva (VMNI) é um método simples e eficaz no atendimento de urgência pré-
hospitalar. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da VMNI no tratamento do EAPc no atendimento pré-hospitalar.
MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura, com abordagem integrativa, através das plataformas Scielo,
PubMed, Google acadêmico, com base nos descritores: Ventilação Não Invasiva, Edema Agudo do Pulmão
e Pré-hospitalar; RESULTADOS: As técnicas de VMNI é um potente vasodilatador pulmonar, causando
aumento da complacência alveolar e da capacidade residual funcional, com redução do Shunt intrapulmonar
e melhora considerável da relação V/Q. CONCLUSÃO: A VMNI é uma estratégia que deve ser encorajada
pelos profissionais médicos e de equipes de atendimento pré-hospitalar; o fato de reduzir shunt
intrapulmonar e hipóxia, acarreta em redução de mortalidade no atendimento pré-hospitalar ao paciente com
EAPc.
PALAVRAS-CHAVE: Ventilação Não Invasiva, Edema Agudo do Pulmão, Pré-hospitalar.
Gravidez ectópica rota: uma emergência obstétrica.
Ana Beatriz Onias Alves da Silva; Layse Alves de França Almeida; Juliana Oliveira de Alcantara; Nathalia
Oliveira Marques; Bruna Sampaio Lopes Costa; Luís Carlos Vieira Batista Júnior.
INTRODUÇÃO: A gravidez ectópica é um tipo de gravidez em que o concepto se implanta fora da
cavidade endometrial, ocorrendo predominantemente nas tubas uterinas. Quando há o rompimento da
trompa na gestação ectópica tubária, a gestante pode se apresentar em um quadro de hipotensão, taquicardia,
dor à palpação abdominal e sangramento vaginal. É uma importante causa de morte materna e tem como um
de seus principais diagnósticos diferenciais o abdômen agudo, sendo necessário o diagnóstico e tratamento
precoces. Apresentamos uma revisão da literatura relacionada e discutimos suas variadas características
clínicas, caracteres imaginológicos, diagnóstico, diagnóstico diferencial e condutas terapêuticas.
OBJETIVOS: Compreender em que se consubstancia uma gestação ectópica rota, bem como entender que
se trata de uma emergência obstétrica porque causa hemorragia materna e risco de morte, sendo essencial o
diagnóstico imediato. Ainda, objetiva a realização de uma ampla revisão de literatura sobre a temática.
MÉTODOS: Uma pesquisa bibliográfica abrangente através do PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) e Springer Link, usando como palavras-chave: gravidez ectópica, manejo, quadro clinico. As
literaturas relevantes publicadas em inglês, português e espanhol foram revisadas. RESULTADOS: A
incidência da gravidez ectópica rota tem crescido nos últimos anos devido a alguns fatores, como a
disseminação de infecções do trato genital por clamídia e gonococos, o que tem elevado o número de
mulheres com sequelas tubárias. Dentre os casos de gravidez ectópica rota, foi possível observar que a
maioria das mulheres apresentava no quadro clinico os sinais de Blumberg, Cullen e Laffon positivos, bem
como o grito de Douglas ao toque vaginal. Os diagnósticos foram feitos principalmente por imagens de
ultrassom, bem como pela gonadotrofina coriônica humana, endoscopia ginecológica, exame físico e
história clínica. Com relação ao manejo dessas pacientes na sala de urgência, foi visto que em casos graves,
a reposição volêmica e de hemoderivados é uma das principais condutas para que não evolua para um
quadro de choque. A paciente deve ser rapidamente encaminhada para realização do tratamento cirúrgico,
que deve ser preferencialmente feito pela via laparoscópica, havendo possibilidade de histerectomia,
colostomia, conversão para laparotomia e internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
CONCLUSÃO: A apresentação clínica inespecífica e o atraso diagnóstico presente em muitos casos
representam um desafio para os profissionais de saúde, para que possam realizar um gerenciamento
oportuno e preciso. Exames radiológicos integrados, comunicação e cooperação entre ultrassonografistas e
ginecologistas desempenham um papel vital na precisão do diagnóstico e na seleção do método terapêutico
ideal para uma gravidez ectópica rota. Por fim, o tratamento rápido e eficaz é imprescindível e primordial
para a diminuição da morbimortalidade materna.
Palavras-chave: Gravidez Ectópica; Manejo; Quadro Clínico.
A importância do exame ultrassonográfico na sala de emergência.
Johana Lara Pinto de Carvalho; Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Manuella Martins do
Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Maria Beatriz Abath Aires de Barros; Alice Slongo.
Introdução: O uso da ultrassonografia (USG) é de grande importância na sala de emergência, visto que
possibilita um diagnóstico precoce e, portanto, melhor prognóstico e terapêutica adequada. Essa ferramenta
é muito valiosa no contexto atual, pois traumas graves são a principal causa de óbito e incapacidade em
jovens adultos, com alta mortalidade se não houver rápida intervenção. Objetivos: Apresentar uma revisão
bibliográfica sobre o uso da USG na sala de emergência e sua importância. Métodos: É uma revisão
integrativa da literatura através das bases de dados Scielo e PubMed. Foram considerados resultados a partir
de 2015 em inglês ou português. Resultados: O uso da USG à beira do leito é uma técnica de imagem não
invasiva e prontamente disponível que pode complementar a avaliação clínica. Suas principais vantagens
incluem o fato de que médicos com habilidades básicas em USG podem realiza-lo pela praticidade de
execução e, em situações de extrema emergência, evita a necessidade de transportar o paciente para sala de
radiologia, havendo a grande utilidade em orientar as condutas nesses pacientes de forma rápida. A
principal causa de morte no Brasil, em pacientes com idade inferior a 45 anos, está relacionada ao trauma.
Diante disso, o protocolo FAST (Focused Assesment with Sonography for Trauma) é utilizado para
avaliação inicial rápida e objetiva de trauma abdominal e pericárdico, a fim de identificar presença de
líquido livre intracavitário. Ainda, apresenta taxas de 44% e 95% para sensibilidade e de 84% a 100% para
especificidade, respectivamente. Com o objetivo de melhorar a avaliação do paciente, desenvolveu-se uma
extensão do protocolo FAST, denominada EFAST, que ampliou a avaliação antes reservada à parede
abdominal e cardíaca para a cavidade torácica, possibilitando a detecção de pneumotórax e hemotórax. O
protocolo Bedside Lung Ultrasound in Emergency (BLUE) demonstrou elevado rendimento diagnóstico em
pacientes com insuficiência respiratória aguda (IRpA). Sabendo-se que as principais causas de IRpA na
emergência incluem infecções, como a pneumonia, e IRpA de origem cardiogênica, o uso do ultrassom
pulmonar (USP) facilmente consegue distinguir entre essas causas. Estudos de acurácia diagnóstica do USP
mostraram que a sensibilidade e a especificidade do USP comparado ao diagnóstico final foram de 88% e
90% para pneumonia e de 86% e 87% para edema pulmonar cardiogênico, respectivamente. Conclusão: O
uso do USG à beira do leito vem aumentando, sendo amplamente reconhecido no tratamento do trauma.
Com a popularidade do PoCUS (Point-of-Care Ultrasound), o FAST continuou a evoluir, melhorando o
diagnóstico do trauma em todas as etapas do ABCDE primário. Assim, com a otimização do tratamento do
trauma, o interesse na USG da medicina de emergência aumentou, bem como a necessidade de publicações
sobre o tema.
Palavras-chave: ultrassonografia, emergência, diagnóstico.
Manejo da intoxicação exógena na criança: uma emergência pediátrica.
Breno Mangueira Dantas; Laryssa Maria Martins Morais; Laíse Carvalho Pereira Buriti; Larissa
Carvalho Pereira Buriti; Matheus Rodrigues de Souza; Paloma Sousa Barbosa.
INTRODUÇÃO: A intoxicação exógena está relacionada à introdução no organismo de substâncias em
doses nocivas, podendo levar ao comprometimento da funcionalidade fisiológica do corpo. As crianças
apresentam maior risco para intoxicações por causa do seu comportamento curioso e exploratório,
aumentando assim, sua exposição aos agentes tóxicos. A intoxicação exógena na criança é considerada uma
emergência pediátrica potencialmente grave, mesmo que a vítima esteja assintomática, uma vez que possui
alta morbidade, podendo provocar sequelas desastrosas caso o indivíduo não seja socorrido a tempo, e alta
mortalidade. OBJETIVO: Apresentar uma revisão bibliográfica acerca da importância da abordagem inicial
da intoxicação exógena aguda na infância. MÉTODOS: Realizou-se busca nas bases Scielo®, Pubmed®,
sobre o manejo da intoxicação exógena na criança, tendo sido selecionados sete artigos compreendidos
entre os anos de 2015 e 2020. RESULTADOS: As intoxicações exógenas representam uma das emergências
médicas mais comuns e constituem um relevante problema de saúde pública. A indiligência e escassez de
orientação dos pais podem contribuir para que ocorra esse tipo de acidente, que na maioria dos casos, ocorre
em ambiente doméstico, devido, principalmente, ao armazenamento inadequado de produtos tóxicos, ao
fácil acesso a medicamentos e ao pouco incentivo às medidas preventivas. A faixa etária mais atingida está
entre um e quatro anos de idade, fase relacionada ao desenvolvimento psicomotor e a habilidade de
interação da criança com o ambiente, demandando atenção severa de seus cuidadores a fim de prevenir
acidentes. No manejo emergencial da intoxicação exógena, a avaliação clínica inicial deve identificar
situações de risco iminente de morte. Dessa forma, a prioridade no exame físico é avaliar as condições
respiratórias, a função cardiovascular e a presença de alterações neurológicas, para que posteriormente
possa ser realizada a correção dos distúrbios que representam risco para a vida e a manutenção do paciente
em condições adequadas até que tenha se estabelecido o diagnóstico definitivo para que se possa diminuir a
exposição do organismo ao tóxico, reduzindo o tempo e a superfície de exposição ou a quantidade do agente
químico em contato com o organismo. A conduta será determinada de acordo com a via da absorção do
tóxico. CONCLUSÃO: É notória a gravidade dos acidentes por intoxicação na população infantil. Por ser
prevenível, os casos podem diminuir conforme medidas preventivas forem realizadas, e os pais e cuidadores
forem orientados quanto a segurança das crianças nos ambientes familiares. A criança vítima de
intoxicações exógenas, mesmo quando assintomática, deve receber os cuidados e ser avaliada, além de ficar
em observação por um período de, pelo menos, seis horas em unidade hospitalar, sendo capaz de obter alta
caso permaneça assintomática.
Palavras-Chave: Envenenamento; Criança; Emergências.
Detecção precoce da pré-eclâmpsia e sua importância na redução da morbimortalidade
materno fetal.
Ana Beatriz Onias Alves da Silva;Juliana Oliveira de Alcantara; Layse Alves de França Almeida; Bruna
Sampaio Lopes Costa; Nathalia Oliveira Marques; Luís Carlos Vieira Batista Júnior.
INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia é uma das principais síndromes hipertensivas e afeta cerca de 5% das
gestações em todo o mundo. Sua definição mais recente a caracteriza como sendo a presença de hipertensão
de início recente com ou sem proteinúria, causando danos a órgãos maternos, como rins e fígado e
complicações neurológicas e hematológicas, que ocorre após 20 semanas de gravidez. Trata-se de uma das
complicações que têm contribuições substanciais na morbimortalidade materna e fetal, podendo contribuir
para a prematuridade do feto e doença cardiovascular a longo prazo na mãe e, se não for tratada de forma
adequada, pode ser letal. OBJETIVOS: Descrever a importância da detecção e tratamento precoces da pré-
eclâmpsia e sua contribuição na diminuição da morbimortalidade materno fetal. MÉTODOS: Trata-se de
uma Revisão de Literatura realizada através das plataformas PubMed, Scielo, Cochrane, Biblioteca Virtual
em Saúde e Google Acadêmico, utilizando os descritores: Complicações na Gravidez, Eclâmpsia e Pré-
eclâmpsia. Foram selecionados e revisados artigos em português, inglês e espanhol publicados entre 2016 e
2020. RESULTADOS: A pré-eclâmpsia pode ocorrer de forma severa ou não severa e a evolução da forma
não severa pode se dar de forma gradual ou abrupta. Por isso, deve-se identificar os fatores de risco na
primeira consulta do pré natal, como história pregressa de pré-eclâmpsia, história familiar de pré-eclâmpsia
em parente de primeiro grau e idade materna avançada, e observar os sinais e sintomas indicativos de pré-
eclâmpsia no decorrer da gestação para tomar as atitudes preventivas que o quadro requer e assim diminuir
as chances de complicações que comprometam a vida materna ou fetal. Dentre os sintomas indicativos de
pré-eclâmpsia durante a gestação estão: cefaleia persistente e/ou grave, anormalidades visuais, dor
abdominal, dispneia e dor retroesternal. Testes preditivos vêm sendo desenvolvidos utilizando
biomarcadores, fatores de risco e ultrassom, obtendo boa acurácia na predição de pré-eclâmpsia. O parto
ainda é o único tratamento definitivo, entretanto, o uso de novas terapias tem sido constantemente estudado
para melhorar as complicações e prolongar as gestações. Em mulheres com alto risco de desenvolvimento
da patologia, a profilaxia com aspirina em doses baixas tem efeitos preventivos, mas a magnitude do
benefício é variável e depende de diversos fatores. CONCLUSÃO: É fundamental que as equipes que
atendem gestantes se atualizem sobre o diagnóstico e o manejo da pré-eclâmpsia, como também, tenham
treinamento prévio para enfrentar esse tipo de situação. Além disso, faz-se necessária a identificação de
fatores de risco e a observação dos sinais de gravidade e sintomas clínicos da pré-eclâmpsia, de forma
precoce, a fim de diminuir a morbimortalidade materna, fetal, perinatal e as complicações decorrentes dessa
patologia.
Palavras-chaves: Complicações na Gravidez, Eclâmpsia, Pré-eclâmpsia.
O manejo da crise hipertensiva na emergência pediátrica.
Paloma Sousa Barbosa; Breno Mangueira Dantas; LÍvia Soares de Oliveira ; Matheus Rodrigues de Souza;
Rachel de Souza Aquino; Yasmin Farias Pinto.
Introdução: A Crise Hipertensiva na infância é a elevação súbita da pressão arterial basal a níveis
potencialmente prejudiciais. Estima-se que 1% de toda a população pediátrica (inclusive adolescentes) tem
hipertensão, sintomática ou não. A maioria dos episódios corresponde à Hipertensão Arterial Sistêmica
estágio 2 (PAS e/ou PAD > P 99* + 5 mmHg), podendo ocorrer em uma criança sabidamente hipertensa, ou
como apresentação primária. Normalmente a hipertensão grave e sintomática em pediatria está associada à
uma doença de base. A investigação inicia-se pela história clínica, com o interrogatório sobre os principais
sinais e sintomas referentes às principais causas de hipertensão arterial em pediatria. Pode ser acompanhada
de disfunções orgânicas decorrentes da rápida elevação da pressão que se manifestam no SNC através da
encefalopatia hipertensiva e AVC isquêmico ou hemorrágico, podem atingir o coração através insuficiência
cardíaca congestiva, os rins através de insuficiência renal aguda e a retina através de papiledema ou
hemorragia retiniana. Objetivo: Produzir uma revisão bibliográfica com ênfase na avaliação de pacientes
pediátricos com crise hipertensiva, sua classificação e principais condutas iniciais. Método: Foram
selecionados 9 artigos nas bases de dados do Pubmed, UpToDate em inglês e português utilizando os
descritores Emergência pediátrica e Crise hipertensiva. Resultados: Qualquer uma das causas de
Hipertensão Arterial em pediatria pode apresentar-se sob a forma de crise hipertensiva, necessitando
intervenção imediata do pediatra emergencista ou em unidades de terapia intensiva. Quanto menor for à
idade da criança e maior o nível de elevação pressórica, mais provavelmente a crise é secundária. Os
exames laboratoriais e radiológicos mais utilizados no diagnóstico etiológico da crise hipertensiva são:
função renal, eletrólitos, urinálise e urocultura, hemograma completo, radiografia de tórax,
eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada de crânio, ultrassonografia de rins e vias
urinárias com Doppler de vasos renais e exame de fundo de olho. Havendo disfunção orgânica, caracteriza-
se como uma emergência hipertensiva e a avaliação e conduta inicial devem ser realizadas apenas depois de
completada a assistência ventilatória e/ou hemodinâmica adequadas. Conclusão: O pediatra no serviço de
emergência deve estar ciente da diferença entre Urgência e Emergência Hipertensiva. A sintomatologia
apresentada pelos pacientes em serviços de emergência é de fundamental importância para o desfecho da
crise hipertensiva, podendo prevenir o grave curso dessa complicação hipertensiva. Dessa forma, o
diagnóstico e início de tratamento adequado devem ser prontamente estabelecidos para evitar maiores danos
agudos e sequelas necessidade do diagnóstico e início de tratamento adequado.
Palavras-chaves: Hipertensão, Tratamento de emergência pediátrica.
Perfil epidemiológico da insuficiência cardíaca em campina grande de 2008 a 2018.
Katherine Maia Florentino Silva Nunes; Taynah de Almeida Melo, Ingryd Gabriella Nascimento Santos,
Juliana Barbosa Miranda, Catarina de Lourdes Gesteira Pedreira.
Introdução: As hospitalizações decorrentes da Insuficiência Cardíaca (IC) são um
problema de saúde mundial. No cenário brasileiro, 39% das admissões hospitalares é fruto
de complicações da IC, sendo, 70% destas, em pacientes acima de 60 anos. Por isso, é
preciso investigar os fatores precipitantes e estudar as intervenções que reduzam esses
desfechos. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo a partir da base de dados do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A amostra é
composta por atendimentos de IC em caráter de urgência, por ano, em Campina Grande e
região metropolitana, entre 2008 e 2018. Assim, foram analisados os dados quanto à faixa
etária, cor/raça e sexo e, posteriormente, correlacionados com a literatura científica.
Resultados: Entre 2008 e 2018, registrou-se 14.852 atendimentos por IC em caráter de
urgência na cidade de Campina Grande e região metropolitana. Percebeu-se um declínio
na prevalência destas hospitalizações, tendo o maior pico em 2012, com 1875
atendimentos e, o menor, em 2018, com 647. O sexo mais prevalente foi o masculino,
totalizando 52% dos casos, o que pode estar relacionado ao fato de que as mulheres
procuram a assistência em saúde com maior frequência. Foi verificado, também, que o
prognóstico da IC é pior nos homens. A faixa etária mais acometida tem idade maior ou
igual a 80 anos, em indivíduos portadores de etiologias diversas, sendo, a isquêmica, a
mais prevalente e com alta frequência de comorbidades associadas, representando 25,4%
dos casos. Tal fato é compreendido com os dados da literatura que mostram que 1 a 2%
da população adulta dos países desenvolvidos tem IC, com prevalência maior (≥ 10%) em
idosos com mais de 70 anos. Observou-se, também, que a raça branca foi mais acometida
durante o período de 2008 a 2012, enquanto que, nos anos de 2013 a 2018, a parda
recebeu maior destaque. No entanto, o efeito da raça sobre o perfil da IC é incerto e
diferentes estudos revelam resultados divergentes. Conclusões: Diante disso, vê-se que o
maior acometimento de idosos do sexo masculino pode estar ligado ao aumento da
expectativa de vida da população brasileira e à baixa assiduidade dos homens aos serviços
de saúde e, consequentemente, menor aderência ao tratamento, quando diagnosticados.
Por ser via final de outras afecções crônicas, a IC é sensível às ações da atenção primária,
sendo de grande valia as práticas educativas que reiterem a importância da prevenção e do
cuidado com a saúde.
Palavras-chave: Sistemas de Informação, Insuficiência Cardíaca, Hospitalização
Os desafios da medicina intensiva em lidar com a insuficiência respiratória aguda na
pediatria.
Paloma Sousa Barbosa ; Breno Mangueira Dantas; LÍvia Soares de Oliveira ; Matheus Rodrigues de Souza;
Rachel de Souza Aquino; Yasmin Farias Pinto.
Introdução: A insuficiência respiratória aguda é a incapacidade do sistema respiratório em manter a
oxigenação e/ou ventilação ocasionando falha no fornecimento das demandas metabólicas do organismo,
causada pela falta de surfactante pulmonar. Está relacionada a vários fatores patológicos, como afecções
neurológicas (Síndrome de Guillian-Barré, Miastenia gravis, Infecções), afecções pulmonares (Obstrução de
vias aéreas superiores, Laringite, Epiglotite, corpo estranho), afecções que alteram a mecânica ventilatória,
alteração no transporte dos gases aos tecidos e distúrbios metabólicos. É uma importante causa de óbito em
crianças em situação grave, internadas na UTI pediátrica. Com base na avaliação da gasometria arterial, a
insuficiência respiratória aguda é definida como: Tipo I (hipoxêmica – PaO2 baixa com PaCO2 normal) ou
tipo II (hipercápnica – PaO2 baixa e PaCO2 elevada). O quadro clínico da insuficiência respiratória pode
variar de acordo com a etiologia e a faixa etária da criança, no entanto a taquipneia é o sinal clínico mais
precoce em qualquer idade, uma vez que para manter a oxigenação próxima ao normal ocorre o aumento do
volume minuto como mecanismo compensatório. Objetivos: Identificar quais são os principais desafios no
manejo da insuficiência respiratória aguda em crianças. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura
iniciada com a identificação do tema e seleção da hipótese de pesquisa; estabelecimento de critérios para
inclusão e exclusão de estudos. Os artigos foram selecionados nas bases de dados do PUBMED/MEDLINE
na qual utilizou-se os seguintes termos com base nos descritores de ciência em saúde: “Pediatric Acute
Respiratory Distress Syndrome” e “death”. Foram encontrados 245 artigos, sendo selecionados 43 por meio
da utilização de filtros de pesquisas. Após a leitura, as publicações estavam alinhadas com os objetivos da
revisão, sendo escolhidas para serem objetos de estudo. Resultados: Atualmente, não existe um método de
tratamento específico para a insuficiência respiratória aguda. Garantir a patência e a manutenção da via
aérea superior, oferecer suporte respiratório (oxigenação e ventilação) reposição de surfactante pulmonar,
oxigenação por membrana extracorpórea, suporte nutricional, otimizar suporte cardiovascular, controle de
líquidos e tratamento da doença de base são as principais estratégias de tratamento. Conclusão: As
emergências respiratórias pediátricas estão entre as causas mais frequentes de internação hospitalar e óbitos
em crianças menores de 1 ano de idade. Desta forma, é essencial o reconhecimento precoce e ações
imediatas de tratamento para prevenir a parada cardiorrespiratória. O diagnóstico precoce e o tratamento
clinico adequado para a insuficiência respiratória aguda ainda são grandes desafios para a medicina
intensiva pediátrica, no entanto, identificação e intervenção precoce são fundamentais para um melhor
prognóstico.
Palavras-chaves: Insuficiência respiratória aguda, Tratamento de emergência pediátrica.
Síndrome de Wallemberg: intervenção precoce e repercussões clínicas em um estudo de caso.
Frederico Augusto Ribeiro Clemente; Luana Fernandes Rocha
. Introdução: A síndrome de Wallenberg (SW), também conhecida como síndrome da artéria cerebelar
posterior inferior, tem etiologia em um acidente vascular cerebral (AVC) na artéria vertebral ou posterior
inferior do cerebelo do tronco cerebral. É a síndrome vascular mais frequente da circulação cerebral
posterior que pode trazer comprometimento da porção lateral do bulbo, onde as estruturas mais afetadas são:
ramo espinhal do nervo trigêmeo, nervo glossofaríngeo, via espinotalâmica, núcleo ambíguo do nervo vago,
pedúnculo cerebelar inferior e as fibras simpáticas descendentes. Dentre as diferentes manifestações
clínicas, encontram-se dificuldade de deglutição, rouquidão, vertigem, náuseas, vômitos, nistagmo,
alteração na marcha e problemas de equilíbrio. Relato de caso: paciente do sexo masculino, 72 anos, deu
entrada na emergência de um hospital de referência neurológica por apresentar um quadro súbito de
disfagia, disfonia, hipertensão arterial, hiperglicemia e tontura. Quanto à marcha, apresentou desequilíbrio
que dificulta a locomoção. Na Tomografia foram identificados diminutos focos microangiopáticos
isquêmicos crônicos na coroa radiada bilateralmente, lesão isquêmica aguda no aspecto póstero-lateral
direito do bulbo, duas lacunas isquêmicas agudas, respectivamente, no hemisfério cerebelar esquerdo e no
lobo occipital direito, de etiologia embólica. Outro achado foi uma obstrução completa do segmento V3 da
artéria vertebral direita, não sendo observado o enchimento da artéria cerebelar inferior posterior ipsilateral.
Foram iniciados anti-hipertensivos orais, anti glicemiantes, além de anti eméticos, hidratação venosa e
suporte da equipe de enfermagem e fisioterapia. Conclusão: A intervenção correta e precoce foi
fundamental, pois, após a alta, o paciente apresentou uma adaptação morfológica das artérias não
comprometidas, contrariando o prognóstico clínico da maioria dos casos de pacientes acometidos com a
Síndrome de Wallenberg.
Descritores: Síndrome de Wallenberg. Acidente vascular encefálico. Irrigação encefálica.
Doenças cardiovasculares prevalentes nos anos de 2008 a 2019 na macrorregião de João
Pessoa, Paraíba: uma análise descritiva.
Byanka Eduarda Silva de ;Júlia Elizabeth Nágrad de Farias Albuquerque; Carolina Cabral de Carvalho;
Karoline Frazão Bezerra; Joana Angélica Rodrigues Rocha; Rayanne Kalinne Neves Dantas;
Introdução: O Brasil possui uma alta prevalência de doenças cardiovasculares crônicas. Nesse leque, a
progressão da maioria dessas doenças culmina em internações hospitalares com grande chance de óbito e
alto gasto financeiro. Objetivos: Analisar os dados referentes à taxa de mortalidade, óbitos, número de
internações e custos hospitalares das doenças cardiovasculares mais prevalentes em João Pessoa, Paraíba,
avaliando o seu impacto socioeconômico para o Sistema Único de Saúde e para a saúde dos habitantes.
Métodos: Foram retirados dados do Sistema de Informação DATA-SUS de quadros de hipertensão primária
e/ou secundária, infarto agudo do miocárdio (IAM), outras doenças isquêmicas e insuficiência cardíaca (IC)
do período de janeiro de 2008 a março de 2019, em pacientes com idade entre 30 e 80 anos ou mais, para
fazer a análise estatística descritiva com o auxílio bibliográfico encontrado nas bases da Scielo e da
Biblioteca Virtual de Saúde. Resultados: Dentre o número de internações e óbitos a insuficiência cardíaca
foi responsável pelos maiores valores absolutos (28.637 e 2.715, respectivamente), porém com o 3º maior
valor médio de custo por internação (R$ 1.218,72), a taxa de mortalidade aumentou aproximadamente
98,6% entre os anos de 2008 a 2012 e diminuiu 26,6% entre 2012 e 2019. Já o IAM, apesar de possuir a
maior taxa de mortalidade (17,55), apresentou um decréscimo de 50,9% entre os anos de 2016 e 2019.
Outras doenças isquêmicas junto ao IAM possuem um alto número de internações (22.338) com 1.909
óbitos. A hipertensão apresentou um aumento na taxa de mortalidade de 26,1% no período de 2008 a 2019,
totalizando também um número consideravelmente alto de internações (9.102) e o menor número de óbitos
(182). Conclusão: É importante ressaltar que a porta de entrada em casos de urgência costumam ser as
UPAs e prontos-socorros, onde são feitos os exames e procedimentos preliminares para diagnóstico e
estabilização do paciente, enquanto ele é regulado para o serviço de referência. Dessa forma, é constatado
que muitas dessas doenças, como nos casos de IAM que apresentam um alto índice de mortalidade devido
ao seu caráter emergencial e elevado custo, constituem um desafio para a saúde pública para a destinação de
verbas. Ademais, na IC, na qual o motivo da internação é uma agudização, é importante inferir que diante
do cenário de saúde pública brasileira, com a existência de políticas de prevenção e promoção de saúde com
atuação da atenção primária é possível evitar a evolução de outras doenças cardiovasculares em IC, a
exemplo das apontadas no estudo, assim, diminuindo o número alarmante de internações e custos referentes
a ela, assim como a taxa de mortalidade, o que beneficiaria os usuários e, por consequência, o Estado.
Palavras-chave: doenças cardiovasculares, taxa de mortalidade, custo, Sistema Único de Saúde.
Emergências psiquiátricas em idosos: perfil epidemiológico.
Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva Melo Neto; Júlio
César Tavares Marques; Vithória Miranda de Souza Vieira; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: O envelhecimento da população é uma tendência mundial indubitável que também atinge o
Brasil, produzindo alterações nas demandas por diversos serviços, como a saúde. Em um recorte especial,
como o serviço de emergência psiquiátrica, observa-se um aumento considerável na busca por esse tipo de
atendimento. Ao analisar-se o perfil epidemiológico desses pacientes, foi observado que a depressão é o
diagnóstico mais prevalente nas emergências psiquiátricas geriátricas. Objetivos: Analisar o perfil
epidemiológico dos pacientes idosos admitidos em serviços de emergência psiquiátrica. Métodos: Estudo
de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2020, em inglês e
português. Resultados: Diante de análise dos dados epidemiológicos foi possível perceber que a depressão
é a maior causa de emergências psiquiátricas em idosos, sendo constatado por Baldaçara et. Al., na Unidade
de Emergência Psiquiátrica do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (UEP-CAISM), em que 33,7%
dos pacientes geriátricos receberam o diagnóstico de depressão maior. Outro estudo, desenvolvido na Santa
Casa de São Paulo por Almeida, concluiu que 31,3% dos pacientes foram admitidos com depressão. Esses
achados estão condizentes com os trabalhos internacionais, os quais apontam essa patologia como principal
distúrbio psiquiátrico em idosos, como o de Livingston G., Hawkins A., Graham et. Al; Weyerer S, Hafner
H, Mann AH et. Al. Outros fatores constatados para traçar o perfil epidemiológico são que a maioria dos
idosos possui entre 60 e 69 anos (60,4%); a maioria são mulheres (52,4%). A maior parte das condutas
nesses atendimentos foram realizadas no ambulatório (59,0% na Santa Casa de São Paulo e 62,4% no UEP-
CAISM) e internação foi optada em menor grau (20,3 % e 22,7%, respectivamente. Ademais, os estudos
mostram que outros fatores motivam a necessidade de um atendimento de emergência psiquiátrica em
pessoas idosas, como o uso de álcool, demência, abuso de sedativos e psicose, embora em menor grau.
Conclusão: Mediante a investigação sobre o perfil epidemiológico dos pacientes idosos admitidos em
serviços de emergência psiquiátrica, foi possível concluir que tais acontecimentos à saúde do idoso
poderiam ser evitados através dos artifícios da Atenção Básica e das equipes multiprofissionais especialistas
em pacientes geriátricos. A depressão, o uso abusivo de sedativos e de álcool, por exemplo, podem ser
manejados por tais profissionais, e sendo assim, garante-se que não existam maiores custos para a saúde
pública, evita-se exposição desnecessária do idoso ao ambiente hospitalar e, como principal objetivo,
aumenta-se a qualidade de vida do paciente e de sua família.
Pneumomediastino espontâneo na asma: um relato de caso.
Julia Domingues Morales, Hugo Pires Toscano de Britto, Clarissa Giovana Luna de Oliveira,
Thalita Nóbrega Mendes, Victor Carneiro da Fonseca Cartaxo, Constantino Giovanni Braga
Cartaxo.
Introdução: A asma é a doença respiratória crônica mais comum da infância, sendo caracterizada por
inflamação pulmonar e clínica de sibilância, tosse e dispneia, devido a obstrução das vias aéreas. O
pneumomediastino é definido como a presença de ar livre no espaço mediastinal, decorrente do aumento
súbito na pressão intratorácica. Apresenta-se com sintomas de dor torácica, dispneia, tosse, disfonia,
disfagia e dor cervical, podendo ser acompanhado de crepitações cutâneas e, mais raramente, à ausculta
cardíaca. A incidência de pneumomediastino em pacientes asmáticos é de 0,3%, sendo, portanto, uma
emergência pouco comum. Este estudo objetiva relatar o caso de uma paciente que desenvolveu
pneumomediastino espontâneo durante a exacerbação da asma, alertando para essa complicação e como
conduzi-la. Descrição do caso: Paciente A.M.Q., 10 anos, feminino, portadora de asma intermitente leve.
Apresentou, em maio de 2013, quadro de dispneia com início há 12 horas, sendo medicada com formoterol
e fluticasona, sem haver melhora do quadro. Encaminhada para atendimento hospitalar, sendo realizada
rotina para asma no pronto socorro. Evoluiu com dor torácica moderada, retroesternal, contínua, não
ventilatório dependente. À ausculta, havia roncos e sibilos difusos e saturação de O2 86% com FiO2 de
40%. Iniciou-se Ceftriaxona endovenosa e a radiografia de tórax, evidenciou infiltrado intersticial justa-
cardíaco à direita, coração anatômico e seios costo-frênicos livres. À tomografia computadorizada de tórax,
havia importante pneumomediastino, enfisema subcutâneo na região cervical inferior e parede torácica
anterior, pneumotórax à esquerda, opacidade alveolar nos lobos inferiores e ausência de linfonodomegalias
mediastinais. Em UTI, foi medicada com analgésicos e suporte ventilatório não invasivo com; regressão
gradual dos achados radiográficos e clínicos, sem complicações. Recebeu alta após 8 dias de internação. Na
consulta ambulatorial de acompanhamento, encontrava-se assintomática e com TC de tórax de controle sem
sinais de pneumomediastino. Conclusão: O pneumomediastino espontâneo é considerado uma entidade
benigna com curso clínico favorável, verificando-se a reabsorção passiva completa do ar. Em casos raros
podem ocorrer complicações, podendo ser indicados procedimentos cirúrgicos. No caso descrito, a paciente
continua em acompanhamento ambulatorial, sem ocorrência de recidivas. Manteve-se o tratamento da asma
com broncodilatadores e corticoide inalatório, apresentando boa resposta clínica e sem episódios de piora ou
complicações. O pneumomediastino é possibilidade diagnóstica em pacientes com asma e dor torácica, sem
resolução clínica com o tratamento convencional.
Palavras-chave: Pneumopediatria, Pneumomediastino, Asma, Emergência Clínica
Atuação da equipe de saúde nos cuidados obstétricos de emergência: Manejo correto da
hemorragia pós-parto.
Andrew Pereira da Silva; Karlla Stephanie Alves e Silva, Luís Felipe de Melo Silva e Pedro Érico Alves de
Souza;
Introdução: A hemorragia pós-parto (HPP) é responsável por 25% da mortalidade materna em todo o
mundo e afeta 3 a 5% dos partos, um número que pode ser reduzido significativamente por gerenciamento
efetivo. Um pré-requisito para o gerenciamento bem-sucedido é uma resposta rápida e coordenada dos
obstetras e outros funcionários que trabalham sob condições de alto risco, tempo crítico e estressante. Logo,
torna-se essencial que esses profissionais de saúde colaborem efetivamente como uma equipe. Objetivos:
Compreender a atuação da equipe de saúde no manejo correto da hemorragia pós-parto, destacando as
habilidades presentes nos cuidados obstétricos de emergência. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de
revisão integrativa realizada no mês de fevereiro de 2020 por meio de uma busca avançada na base de dados
PubMed, com seleção dos artigos feita com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
“Emergências”, “Obstetrícia” e “Hemorragia pós-parto”. Os descritores foram relacionados através do
Operador Booleano “AND”. De início, foram encontrados 138 artigos, no entanto, após aplicação dos filtros
buscando artigos com texto completo e com data de publicação nos últimos 5 anos, esse número se reduziu
a 56. A partir disso, com uma avaliação crítica dos títulos e resumos, foram selecionados 08 artigos.
Resultados: O atendimento de emergência à HPP exige trabalho em equipe, maior consciência do
problema, práticas clínicas antecipadas para prevenir HPP ou responder rapidamente e usar diretrizes
baseadas em evidências. Para reduzir a enorme sobrecarga do HPP na saúde materna e infantil existe uma
necessidade de prestar cuidados de alta qualidade às mulheres com essa condição letal. O tratamento bem-
sucedido da HPP é um esforço altamente dependente da equipe, pois requer a coordenação de inúmeras
tarefas em um curto período de tempo. Habilidades como vigilância, designação de papéis, resolução de
problemas, gerenciamento de comportamento perturbador e liderança se tornam essenciais ao passo que a
formação multiprofissional tem sido uma estratégia promissora para melhorar o desempenho das equipes e é
recomendado por um grande número de organismos internacionais. Ademais, o foco na comunicação
também é importante, pois a comunicação foi identificada como uma das principais causas associadas a
eventos adversos nos cuidados de saúde. Conclusão: O trabalho em equipe afeta o desempenho geral da
equipe, e cuidados de saúde eficazes dependem de equipes multidisciplinares que funcionem bem. Logo,
melhorar o conhecimento e as habilidades dos profissionais de saúde nos cuidados obstétricos de
emergência é essencial para o manejo correto da hemorragia pós-parto.
Palavras-Chaves: Emergências, Obstetrícia, Hemorragia pós-parto.
Sensibilização de unidade básica de saúde em suporte básico de vida.
Victor Donato Meneses Mendes; Lucas Germano Figueiredo Vieira; Antônia Távora Pinho Rosado
Ventura; Germano de Sousa Paulino; Kássya Mycaela Paulino Silva; Ana Karolynne da Silva.
INTRODUÇÃO: O atendimento à demanda espontânea envolve ações a serem realizadas em todos os
pontos de atenção à saúde, como nas unidades básicas de saúde (UBS). Os profissionais devem acolher as
necessidades de saúde da população e saber identificar situações que implicam riscos à vida. A Parada
Cardiorrespiratória (PCR) consiste na interrupção da circulação sanguínea em consequência de uma parada
súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença ineficaz desses. A American Heart Association
(AHA) recomenda treinamento em PCR e reanimação cardiorrespiratória (RCP) com uso de desfibrilador
automático externo (DEA), tanto para profissionais de saúde, como para leigos. Porém, geralmente os
profissionais das UBS não se atualizam e creem não necessitar das técnicas referentes à RCP em seu
cotidiano. OBJETIVOS: Sensibilizar a equipe de uma UBS de Campina Grande – PB sobre a importância
do atendimento da PCR demonstrando a sequência da cadeia de sobrevivência do Suporte Básico de Vida
(SBV) e elucidar o atendimento de obstrução da via aérea superior promovendo treinamento prático.
METODOLOGIA: A capacitação foi realizada em dois momentos: no primeiro, realizamos uma exposição
teórica sobre PCR; depois, foi exposta a técnica correta de RCP do adulto e uso do DEA, com auxílio de
manequins e DEA de treinamento. Ao final, foram realizadas simulações variadas para os profissionais, que
colocaram em prática as técnicas aprendidas. No segundo encontro, foi explanado o RCP pediátrico com
manequins apropriados para a faixa etária selecionada. RESULTADOS: Uma pequena parcela demonstrou
conhecimento satisfatório sobre o tema. A maioria não sabia da existência dos elos da cadeia de
sobrevivência. Após os devidos ensinamentos teóricos e práticos pudemos avaliar: compreensão dos
participantes a despeito da sequência do SBV; qualidade das ventilações e compressões torácicas; correta
utilização do DEA. As correções da técnica eram realizadas no decorrer das atividades. Relativo à obstrução
de vias áreas por corpo estranho, a maioria demonstrou desconhecimento sobre a correta intervenção,
acreditavam que pressão em dorso do paciente e remoção manual do objeto eram manobras corretas.
CONCLUSÃO: Após o término das atividades, o objetivo do projeto foi alcançado. O interesse dos
participantes em conhecer as condutas do atendimento à vítima de PCR foi crucial para o resultado.
Entretanto, é válido destacar a necessidade de uma atualização, por meio de cursos práticos credenciados.
Crise epiléptica febril no paciente pediátrico - Conduta na emergência
Talita Saraiva Pimenta; Ana Flávia Veloso de Araujo Justino; Everton da Silva Leão; Lis Marques de Luna
Freire; Maria Alice Medeiros Leite de Queiroga ; Luisiane de Avila Silva
Introdução: A crise epiléptica ocorre devido a um distúrbio neuronal que tem como
causa uma predisposição cerebral em gerar alterações nervosas, sejam ela focais ou
generalizadas (FISHER, 2005). Em relação às convulsões febris, os pacientes que
apresentam tal enfermidade são aqueles mais sujeitos a crises epilépticas, como crianças
entre seis meses e cinco anos e as que possuem algum tipo de determinação e
predisposição genética. O diagnóstico da crise febril é inicialmente clínico, devendo o
paciente ser classificado em portador de crise febril simples ou complicada. Objetivo:
expor conhecimentos acerca do conceito, diagnóstico e tratamento da crise epiléptica
febril em crianças, com enfoque na conduta em um contexto emergencial. Métodos: O
material utilizado para a presente pesquisa compõe-se de livros e artigos, utilizando como
bases de dados Scielo, Google acadêmico, Lilacs, Medline, e guias do Ministério da
Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria. No total foram encontrados 7 artigos, 2
portarias e 1 cartilha. Foi realizada uma pesquisa qualitativa na BVS (Biblioteca Virtual
em Saúde) utilizando os termos “crise epiléptica AND criança”, encontrando-se
inicialmente 13.364 artigos. Como critérios de inclusão foram selecionados texto
completo, idioma português, os últimos dez anos (2010/2020), obtendo-se um total de 15
artigos. Destes, apenas um artigo foi utilizado, e outros 14 foram excluídos, pois não
correspondiam ao tema. Resultados: Houve uma concordância dos artigos quanto ao
diagnóstico da crise epiléptica febril, que inicialmente é clínico, a partir de uma anamnese
completa e dos exames clínico e neurológico realizados na chegada do paciente
(ALENCAR, 2015). Ademais, é importante a descrição detalhada da crise por uma
testemunha ocular, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da
Epilepsia, o qual determina que se deve sempre classificar a crise febril em simples ou
complicada, conforme descrição em 5 dos 7 artigos encontrados, que relatam que as crises
febris simples afetam crianças neurologicamente normais, não havendo comprometimento
da consciência, e complexas quando apresentam início focal, maior duração e repetição,
ou acometam crianças com doença neurológica de base (FILHO, 2012). Para o tratamento
imediato, a Cartilha do Ministério da Saúde preconiza que deve-se verificar a pressão
arterial, temperatura e frequência respiratória. Além disso, investigar a presença de sinais
de trauma craniano ou de coluna, pupilas (dilatadas ou puntiformes), sinais de meningite,
infecção sistêmica ou déficits focais. Conclusão: Observa-se a importância do
conhecimento sobre a conduta imediata e adequada nas crises epilépticas febris, bem
como os procedimentos médicos de urgência durante e no pós-crise, visto que a maioria
dos pacientes chegam à emergência quando os eventos da crise já cessaram.
Palavras-Chaves: Epilepsia, crianças, conduta.
Aspectos sociais e neurobiológicos dos dependentes químicos:
Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Natália
Victória Guedes Galindo; Natália Fernandes Ribeiro; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: A dependência química é um transtorno psiquiátrico classificado como uma doença crônica
que pode ser tratada, e tem como característica comportamentos impulsivos e reações específicas da
utilização de uma determinada substância química. No Relatório Mundial sobre Drogas de 2019, o
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) destaca que cerca de 35 milhões de pessoas
sofrem de transtornos decorrentes do uso de drogas, enquanto apenas uma em cada sete recebe tratamento.
Objetivos: Analisar as contribuições acerca das características neurobiológicas desse transtorno e os fatores
externos que influenciam na dependência química, bem como as consequências na vida do usuário.
Metodologia: Estudo de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como
a Biblioteca Virtual Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), em inglês e
português. Resultados: A dependência química é um fenômeno complexo, com diversos aspectos a serem
analisados. Nesse viés, as drogas de abuso atuam principalmente estimulando o sistema dopaminérgico de
recompensa, localizado no Núcleo Accumbens. O excesso de dopamina gera a sensação de euforia e bem-
estar ao usuário e o estimula a buscar novamente a droga, caracterizando, assim, o reforço positivo.
Entretanto, a tentativa de evitar os sintomas de desconforto (síndrome de abstinência), entre eles a fissura, é
a grande propulsora da manutenção do uso. Além disso, aspectos sociais, culturais, comportamentais e
genéticos influenciam diretamente o uso abusivo dessas substâncias. Do mesmo modo, o uso de drogas, e a
consequente dependência química, causam interferências no contexto social do indivíduo, além de afetar
outras áreas como a familiar, seja por preocupação afetiva, ou por atitudes incoerentes mediante o uso da
substância química. Conclusão: A dependência química surge a partir de fatores neurobiológicos, sociais,
genéticos e psicológicos, os quais causam impactos sobre a vida do usuário e de sua família. Portanto, foi
definido que devem ser avaliados os estágios motivacionais dos indivíduos e o quanto eles estão disponíveis
para uma mudança em seus comportamentos, sendo parte decisiva no processo de avaliação, posto que
possibilita a aplicação de estratégias certas nos momentos ideias. Certamente, a dependência química é um
transtorno psiquiátrico grave e deve ser levado em consideração juntamente com todos os seus aspectos
intrínsecos e extrínsecos para a reabilitação e reinserção do paciente em meio social.
Palavras-chave: Dependência química; Transtorno psiquiátrico; Abstinência.
Mortalidade por quedas por faixa etária no estado da paraíba entre os anos de 2006 e 2016
Iane Alves Lemos; Ingryd Gabriella Nascimento Santos, Maria Mirian Caetano Araújo da Rocha, Marcela
Vasconcelos Cunha, Katherine Maia Florentino Silva Nunes, Luana Thainá Albuquerque Barreto.
Introdução: O envelhecimento populacional configura-se como um fenômeno crescente, visto que o
aumento da proporção de idosos na população brasileira traz à tona a discussão a cerca de eventos
incapacitantes nessa faixa etária, dos quais se destaca a ocorrência de quedas. Segundo o Ministério da
Saúde cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano, impactando diretamente na qualidade de
vida do idoso. Além de possíveis fraturas e risco de morte, o declínio na saúde e o aumento do risco de
institucionalização geram prejuízos físico e psicológico, além de aumento dos custos com os cuidados de
saúde. O objetivo do estudo é analisar a taxa de mortalidade por quedas no período entre 2006 e 2016 no
estado da Paraíba. Métodos: Foram utilizados os bancos dos registros de número de óbitos por faixa etária
do estado da Paraíba, de 2006 a 2016, obtidos no sítio do Sistema de Informação do Sistema Único de
Saúde (DATASUS), assim como as populações dos anos censitários. Posteriormente, foi calculada a taxa de
mortalidade por quedas por 100 mil habitantes e em cada ano, correlacionando os valores obtidos com
dados encontrados em artigos nacionais. Resultados e discussões: No período estudado, observa-se que a
taxa de mortalidade entre pessoas com 60 anos de idade ou mais, aumentou progressivamente, uma vez que
em 2016 o tal coeficiente chega a ser quase o quíntuplo de 2006, em um intervalo de 10 anos. Em relação à
faixa etária, percebe-se que o idoso muito idoso (com 80 anos de idade ou mais) é mais susceptível à queda,
visto que o número de óbitos na população entre 60 e 79 anos de idade, em média, é aproximadamente a
metade quando comparado com as pessoas que possuem 80 anos ou mais de idade. Entretanto, quanto às
taxas ajustadas por idade, verifica-se que o coeficiente do número de óbitos é maior em idoso muito idoso, o
que se justifica através da interação entre fatores intrínsecos ou extrínsecos, ocasionando, assim, maior risco
de mortes por causas externas para essa população. Conclusões: Os resultados deste estudo indicam que o
número de óbitos por quedas vem aumentando com o avançar da idade. Logo, as ações de prevenção de
quedas devem visar o grupo de idosos muito idosos, uma vez que é a faixa etária mais propensa à letalidade.
Além disso, denota-se que se faz necessário a formulação de políticas públicas de prevenção de quedas,
destacando os tipos de quedas ocorridas e as diferenças de gênero que as envolvem a fim de levar a redução
da incidência desse tipo de fatalidade.
Palavras-chave: Assistência Integral à Saúde, Acidentes, Sistemas de Informação
Síndrome de Hellp: Fator contribuinte na morbimortalidade materna no Brasil
Ana Carolina Falcão Bezerra; Camila Lisandra Ferreira Souza; Caroline de Oliveira Gomes;
Isabella Gomes Ferreira Gadelha; Melina Figueiredo Machado Braz; Simone Maria Falcão
Bezerra.
Introdução: A síndrome HELLP é caracterizada como uma complicação gestacional atípica e grave da pré-
eclâmpsia que acomete as grávidas a partir da 20º semana e puérperas, levando a morbimortalidade materna
e perinatal. Um dos sinais dessa síndrome é o exame laboratorial onde evidencia hemólise, enzimas
hepáticas elevadas e plaquetopenia durante a gestação. O diagnóstico oportuno poderá livrar a mãe e o feto
dos efeitos deletérios da doença. O tratamento definitivo consiste no parto, entretanto, a conduta dependerá
da idade gestacional, da vitalidade fetal e das condições clínicas maternas. Objetivos: Discutir e retificar a
importância do conhecimento sobre a Síndrome de Hellp e seu impacto na saúde da gestante, a fim de
minimizar o alto índice de morbimortalidade na população feminina. Metodologia: Trata-se de uma revisão
literária baseada em artigos científicos da plataforma Scielo, com enfoque nas taxas de morbimortalidade
materna na Síndrome de Hellp, bem como a importância do diagnóstico precoce para um melhor
prognóstico. Resultados: Em razão da subnotificação no Brasil, as taxas de mortalidade materna na
síndrome de HELLP são bastante oscilatórias, variando entre 1% e 24% dos casos. Sendo os índices mais
elevados na síndrome incompleta do que a completa. Verifica-se que resulta do diagnóstico tardio, devido a
inespecificidade dos sintomas somado à baixa adesão ao pré-natal, que culmina no prognóstico de
complicações, tais quais insuficiência renal aguda, hemorragia hepática, edema pulmonar e síndrome da
dificuldade respiratória aguda. Conclusão: Logo se vê a necessidade de um maior reconhecimento da
gravidade referente a patologia descrita e geração de protocolos que garantam uma conduta eficaz na
realização de um diagnóstico precoce e tratamento resolutivo como forma de reduzir o percentual de óbitos
por causas evitáveis, garantindo maior apoio e promovendo saúde às gestantes acometidas pelo quadro.
Palavras-Chaves: Síndrome de Hellp; Morbimortalidade materna; Gestação.
Abordagens das emergências hipertensivas na gestação.
Kássya Mycaela Paulino Silva; Luiz Gustavo Silva; Daniela Carvalho da Silva; Ana Karolynne da Silva;
Marielle Boaventura de Sousa Manoel; Alexandre Silva Mélo.
Introdução: Os distúrbios hipertensivos são uma das principais causas de mortalidade materna e perinatal
atualmente, e são as complicações mais comuns na gestação. A emergência hipertensiva é definida como
uma pressão arterial sistólica de 160 mmHg ou superior, diastólica de 110 mmHg ou superior, ou ambas, ou
ainda se houver um quadro clínico associado, como lesão renal aguda, testes elevados da função hepática,
dor abdominal intensa, edema pulmonar e distúrbios do sistema nervoso central, necessitando de um
diagnóstico preciso para iniciar a administração imediata de medicamentos e reduzir a incidência dos
resultados maternos adversos. Objetivo: Analisar as principais abordagens nas emergências hipertensivas
na gestação, correlacionando com os fatores abrangentes e métodos preventivos nas crises. Método: Foi
realizada uma revisão da literatura, com busca nas bases de dados PUBMED, MEDLINE e LILACS e os
descritores foram “gestation”, “hypertension” e “hypertensive emergency”. Os critérios de inclusão foram:
artigos publicados nos últimos cinco anos, pesquisas realizadas com humanos e animais e artigos nos
idiomas português, inglês e espanhol. Os critérios de exclusão foram: relatos de casos, revisão sistemática e
artigos que não estavam ligados diretamente ao tema pressuposto. Resultados: Estudos demonstram que a
administração de medicamentos deve ser imediata para reduzir os riscos maternos, com a utilização dos
fármacos de primeira linha no tratamento, o labetalol e hidralazina intravenosos, além da hidralazina
sublingual e antagonista de canais de cálcio, como a nifedipina, que vem apresentando resultados positivos
nas pesquisas mais recentes, com redução significativa da pressão arterial sistólica e diastólica em 30
minutos para valores normais. Há ainda estudos que propõem a relação entre os autoanticorpos agonistas do
receptor de angiotensina II e a hipertensão na gravidez, o que pode consistir em novas opções terapêuticas.
Um estudo de coorte avaliou gestantes antes e depois da intervenção terapêutica e mostrou que o tempo para
atingir a pressão alvo foi bem menor no grupo pós-intervenção (95 x 122 minutos) mostrando a importância
de um tratamento adequado para reduzir possíveis danos. Conclusão: Os distúrbios hipertensivos são a
complicação mais comum na gravidez, essas mulheres correm o risco de desenvolver complicações como
acidentes vasculares cerebrais e edema pulmonar. Sua pressão arterial deve ser reduzida rapidamente sem
comprometer as circulações materna ou uteroplacentária e para isso o uso de medicamentos na emergência
deve ser rotina dos médicos plantonistas.
.
Palavras-chave: emergência hipertensiva, gestação, hipertensão.
Importância do diagnóstico precoce no descolamento prematuro de placenta: Revisão de
literatura.
Emilly Bruna Soares Rodrigues ; Artur Pereira de França Medeiros ; Maria Eduarda Baracuhy Cruz Chaves
; Renan Baracuhy Cruz Viana ; Rayanne Kalinne Neves Dantas
INTRODUÇÃO: Descolamento prematuro da placenta (DPP) é considerado como uma emergência
médica, levando a uma causa relevante de riscos materno-fetais. É definido pela separação da placenta
implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, geralmente em gestações acima de 20 semanas.
Dessa forma, evidencia-se a importância de um diagnostico correto e conduta rápida e eficaz.
OBJETIVOS: Constatar a necessidade de um diagnóstico precoce do quadro de deslocamento prematuro
da placenta, demonstrando a importância de acompanhamento durante a gravidez. MÉTODOS: Realizou-
se um estudo de revisão narrativa da literatura científica, através de artigos publicados na base de dados
SciELO, evidenciando a necessidade de um diagnóstico precoce. RESULTADOS: Sua etiologia não é
totalmente definida, sendo dividida em traumática e não-traumática. Dentre esses tipos, possui como fatores
de risco: acidentes automobilísticos, movimentos fetais excessivos, cesárea prévia, DPP em gestação
anterior, tabagismo, alcoolismo, retração uterina após o parto do primeiro gemelar, hipertonia uterina, etc. A
presença de hipertensão arterial materna é considerado o principal fator de risco do DPP, estando presente
em aproximadamente 75% dos casos. Dessa forma, a DPP é classificada como uma urgência obstétrica e
que se não tratada com antecedência pode causar um alto índice de resultados perinatais negativos, como:
Sofrimento fetal, prematuridade e até levar a óbito. CONCLUSÃO: O conhecimento dos fatores
predisponentes ao DPP são de fundamental importância no diagnostico rápido e eficaz dessa emergência
obstétrica. Assim, evidencia-se que deve-se ter conhecimento prévio dos mesmos, para que se faça assim,
uma investigação acurada e minuciosa dessas modificações nas gestantes, promovendo intervenção
apropriada e veloz. Dessa maneira, a forma mais conveniente para a emergência é a prevenção e o controle
dos diversos fatores de risco.
Vivências do estudante de medicina na emergência por meio de atividades extracurriculares:
um relato de experiência.
Letícia Lemos Rios Vital ; Fernando de Paiva Melo Neto; Marílya Vitórya dos Santo Silva; Marinna Karla
da Cunha Lima Viana; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: As diretrizes curriculares para os cursos de graduação em Medicina no Brasil recomendam a
graduação de médicos preparados para atuarem nos diferentes níveis de atenção à saúde, entre eles a
Urgência e Emergência, e tendo em vista que as situações de emergência necessitam de intervenções rápidas
e eficazes na tentativa de reduzir a morbimortalidade das vítimas, faz-se necessário o preparo adequado dos
profissionais durante a formação acadêmica. Descrição da experiência: Diante dessa necessidade de se
aprofundar ainda mais no âmbito da Urgência e Emergência, a Liga Acadêmica de Urgência, Emergência e
Trauma da Paraíba (LAUET - PB) surgiu com o objetivo de proporcionar aos ligantes e demais alunos da
graduação um ensino e uma vivência mais concretos das situações de emergência. Desse modo, através de
atividades como o acompanhamento à médicos em plantões de emergência em Unidades de Pronto
Atendimento (UPA) e Hospitais de Trauma, promoção de oficinas com treinamentos em ressuscitação
cardiopulmonar (RCP), técnicas adequadas de intubação orotraqueal, reconhecimento precoce de lesões
potencialmente fatais e urgentes com profissionais treinados e equipamentos adequados à uma prática de
qualidade, além de aulas e seminários ministrados pelos próprios ligantes e professores, foi possível o
aprimoramento em práticas e conhecimentos treinados somente em simuladores ou mais tardiamente no
internato. Durante os plantões, realizou-se atendimentos de urgência em abdome agudo, atendimentos a
pacientes politraumatizados trazidos pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU), RCP,
vivência em sala vermelha e demais experiências capazes de promover um aprimoramento na prática da
medicina de emergência. Ademais, as oficinas práticas realizadas pela liga com o auxílio de professores e
médicos possibilitou uma real imersão no cenário da urgência e emergência e do atendimento pré-
hospitalar, além de ter proporcionado a difusão de conhecimentos de primeiros socorros e suporte à vida
para estudantes da graduação que ainda não passaram por disciplinas que envolvam atendimentos de
emergência. Ainda nesse contexto, os seminários ministrados pelos ligantes e professores viabilizou a
possibilidade de se aprofundar e se atualizar em temas importantes para a prática médica. Conclusão: O
envolvimento em situações de emergência possibilita ao aluno de medicina o desenvolvimento de tomadas
rápidas de decisão e uma preparação adequada para a vivência em um cenário, muitas vezes, caótico, o que
denota importância, tendo em vista que, não raramente, este será o primeiro ambiente de trabalho de muitos
recém-formados.
Palavras-chaves: Emergência, Ensino, Prática de grupo.
Toracotomia de reanimação na sala de emergência:
Fernando de Paiva Melo Neto; Eduardo Pimentel Carneiro Braga; Davi Rodrigues de Sousa; Marinna Karla
da Cunha Lima Viana; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: Parada Cardiorespiratória (PCR), uma condição de emergência, é definida como o súbito
cessar da atividade miocárdica ventricular eficaz, associada à ausência de respiração. Pode ser causada por
quatro ritmos, sendo eles: a Fibrilação Ventricular (FV) ou a Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso –
sendo esses, ritmos que merecem choque imediato, determinando cerca de 73% de reversão desde que o
desfibrilador seja utilizado nos 3 a 4 primeiros minutos de PCR –, ou ritmos de Assistolia ou Atividade
Elétrica Sem Pulso (AESP) – ritmos que não devem receber desfibrilação. Entretanto, uma vez constatada
estas condições devem-se iniciar, com brevidade, as manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP), e,
caso necessário, realizar protocolos mais invasivos com o intuito e retomar a função cardiorrespiratória do
paciente, dentre eles encontra-se a Toracotomia de Reanimação (TR). Objetivos: Analisar o uso de TR
buscando esclarecer as indicações para sua prática na Sala de Emergência. Métodos: Estudo de revisão
sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2020, em inglês e português.
Resultados: A TR está indicada às vítimas de lesão penetrante, preferencialmente por arma branca, com
PCR presenciada ou que cheguem à sala de emergência em Assistolia ou AESP. Não é indicada para
traumas contusos ou pacientes que não tenham sinais vitais após 5 minutos de RCP. É importante salientar
que os pacientes com maior possibilidade de sobrevida são aqueles com parada decorrente de
tamponamento cardíaco, por traumatismo penetrante. O procedimento é composto por uma toracotomia
anterior esquerda após intubação orotraqueal, dessa forma permite a evacuação de tamponamento cardíaco,
controle de hemorragias intratorácicas, massagem cardíaca aberta e clampeamento de aorta descendente.
Diante dos resultados encontrados, pode-se observar que os melhores resultados são obtidos no trauma
penetrante, ferimento torácico, lesão cardíaca, presença de sinais de vida à admissão, e a sua realização
requer profissionais treinados, materiais e recursos adequados. Ademais, a TR é um procedimento de alto
custo e com riscos de contaminação para os profissionais de saúde envolvidos, a limitação das suas
indicações aos pacientes que podem se beneficiar do procedimento reduz os riscos de contaminação para a
equipe, otimiza a utilização de recursos e aumenta as taxas de sobrevida. Conclusão: A TR somente deve
ser realizada em instituições, com profissionais especializados e treinados para a sua realização, em
pacientes com sinais de vida à admissão e especialmente naqueles com traumas penetrantes. Como princípio
fundamental, deve ser ponderado os benefícios de tal técnica e aplicada conforme o caso.
Palavras-chave: Toracotomia de reanimação, Parada Cardiorrespiratória, Sala de Emergência.
Fatores de risco para a ocorrência de episódios tromboembólicos no puerpério.
Willyane Barros da Silva, Anne da Nóbrega Souza, Kennedy da Mota Dantas Júnior, Thayná
Figueirêdo Araujo, Wesley Silva Guimarães, Maine Virginia Alves Confessor.
Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das principais causas de mortalidade materna durante
a gravidez e principalmente no puerpério. O pós-parto é um período de alto risco para episódio de
tromboembolismo, principalmente nos primeiros 15 dias, que chega a ser até 20 vezes maior do que em uma
mulher não gestante da mesma idade, esse risco é capaz de se prolongar até a 6-8 semanas após o parto.
Objetivo geral: Avaliar quais os fatores de risco para eventos tromboembólicos no puerpério, sendo incluído
em sua visão a trombose venosa profunda (TVP). Objetivos específicos: Analisar os principais fatores de
risco do tromboembolismo no puerpério. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, com busca de
artigos realizada nas bases de dados: ScieLo e PUBMED, com os seguintes descritores: tromboembolismo,
trombose, puerpério, gestação. A seleção de amostra obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: artigos
completos disponíveis eletronicamente; estar escrito no idioma português e/ou inglês; e artigos que
avaliassem os fatores de risco de tromboembolismo no puerpério, foram excluídos os estudos que não
mencionaram a ocorrência de eventos TEV em gestantes e / ou puérperas. Foram encontrados um total de
650 artigos, e 6 artigos que obedecem aos critérios de inclusão. Resultados: Fatores como parto cesáreo,
trombofília sem sintomas hereditária, hospitalização prolongada, obesidade, e comorbidades, são
considerados como risco intermediário. Porém, idade, tabagismo, procedimento cirúrgico no puerpério,
veias varicosas acentuadas, infecção sistêmica, imobilidade, pré-eclâmpsia, trabalho de parto prolongado
(maior que 24 horas), hemorragia pós-parto já são estabelecidos como fatores que aumentam o risco de
TEV puerperal também, mas são classificados como de baixo risco. Além disso, pode ser considerado como
fator atenuante para a fisiopatogênia do TEV no puerpério, algum grau de lesão endotelial nos vasos da
pelve durante o parto vaginal ou a cesariana. Conclusão: É observável que o pós parto abrange vários
fatores de riscos para o acometimento de tromboembolismo venoso. Vale ressaltar que é de tamanha
importância a equipe de obstetrícia estar atenta a adoção de procedimentos de prevenção de desordem
vasculares, necessitando, assim, uma abordagem terapêutica específica, tendo por base o histórico familiar,
pessoal e a presença de fatores de risco.
Palavras-Chaves: Tromboembolismo, trombose, puerpério, gestação
Mortalidade por eclampsia no Brasil e o papel da atenção básica
Perciliano Dias da Silva Neto; Flávia Torres da Silva Guedes; Luzia Ceci de Freitas Neta; Sebastião Alves
Sobreira Neto; Taynná Araújo Freitas Melo.
INTRODUÇÃO: A eclampsia está definida como uma das síndromes hipertensivas gestacionais. De acordo
com Aguirre, Y. A. et al. (2017), a eclampsia é caracterizada por crises convulsivas tônico-clônicas
generalizadas, associada a hipertensão arterial. Além disso, as manifestações ocorrem a partir da 20ª semana
de gestação e não tem uma etiopatogenia definida. Entretanto, se conhecem alguns fatores de risco
associados, tais como: obesidade materna, HAS, histórico dessa doença, nulíparas, extremos de idade, entre
outros. De acordo com Kerber, G. F., Melere, C. (2017), mais de 90% dos óbitos maternos ocorrem em
países subdesenvolvidos. Dessa forma, no Brasil, temos a atenção primária à saúde (APS) que que busca
atender as demandas da população e atenuar as possíveis complicações que venham existir. A APS trabalha
por meio de busca ativa, entre outras coisas para auxiliar a maior quantidade de pessoas. OBJETIVO:
Discorrer sobre a mortalidade de grávidas por eclampsia no Brasil, entre os anos de 2006 a 2016.
METODOLOGIA: Estudo descritivo, observacional, retrospectivo, do tipo ecológico. Utilizou-se a
plataforma do DATASUS para obter dados do Sistema de Informação de Mortalidade. Além disso, utilizou-
se o banco de dados da LILACS, selecionando 213 artigos cujos assuntos principais eram: complicações na
gravidez, eclampsia, síndrome HELLP e gravidez, utilizando posteriormente artigos mais relacionados a
eclampsia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A eclampsia não tem uma etiopatogenia definida e está
relacionado com índices consideráveis em relação a mortalidade materna, além de danos ao feto, como a
restrição de crescimento uterino ou até mesmo a sua morte. Dessa forma, buscam-se nas redes de atenção à
saúde, estratégias para atuarem nos fatores de risco da enfermidade para de maneira indireta atenuarem a
mortalidade por essa enfermidade. No que diz respeito a cobertura da Estratégia Saúde da Família, segundo
Neves (2018), percebeu-se um aumento em todas as regiões do País, sendo a mesma mais significativa na
região Nordeste. Por sua vez, a mortalidade por eclampsia tem um maior somatório na região Nordeste (765
mortes) e um menor na região sul (125 mortes). CONCLUSÃO: Diante do exposto, têm-se que a eclampsia
ainda permanece com altos índices de acometimento, mesmo nas regiões em que a cobertura da APS se dá
satisfatoriamente. Sugere-se que esses números sejam altos justamente porque a APS está diagnosticando e
notificando mais. Dessa forma, se faz necessário equipes mais resolutivas na Atenção Primária a Saúde e
também nos outros setores da saúde. Ademais, com o auxílio de equipes multidisciplinares, avaliando e
monitorando as gestantes, provavelmente se consiga dar uma atenção mais especializada no que tange a
prevenção dessa enfermidade. É plausível que as redes de atenção à saúde atuem sobre os fatores de risco e
também que obtenham um diagnóstico precoce, evitando assim o pior desfecho: a morte.
Psicose pós-parto: Uma emergência psiquiatra-obstétrica
Eleonora de Abrantes Barreto; Ana Luísa Malta Dória.
Introdução: O período perinatal é uma época de vulnerabilidade para o surgimento de novos casos ou
recorrências das doenças psiquiátricas, entre elas, a psicose pós-parto. Essa enfermidade tem uma incidência
de 1-2 casos a cada 1000 nascimentos, podendo ocorrer um infanticídio em 4% dos casos. Dado que a
psicose pós-parto é uma emergência psiquiátrica, a identificação precoce, a intervenção imediata e o
tratamento adequado são críticos para prevenir o suicídio e o infanticídio maternos. Objetivos: Abordar os
sintomas psiquiátricos da psicose pós-parto, assim como o seu manejo, disponibilizados na literatura
disponível. Métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, através da base de dados
MEDLINE/PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com a utilização dos descritores: “postpartum
psychosis” AND “Emergency”, obtendo-se 13 artigos disponíveis. Resultados: De acordo com o Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Quinta Edição (DSM-5), para atender aos critérios
diagnósticos, os sintomas devem ocorrer nas primeiras 4 semanas após o nascimento. Ao contrário da
psicose relacionada à esquizofrenia ou outros distúrbios psicóticos, as mulheres com psicose pós-parto
apresentam mais desorganização, comportamento bizarro e não auditivo (visual, olfativo ou tátil)
alucinações. Os pacientes têm pouca ou nenhuma percepção de seus sintomas, que são caracterizados por
uma mudança drástica do funcionamento pré-mórbido. Alguns pacientes desenvolvem delírios paranóicos,
grandiosos e bizarros e, como resultado, correm o risco de suicídio e infanticídio. Os pacientes também
podem ter delírios altruístas de cometer suicídio ou matar seu bebê para salvar a si e ao bebê de um "destino
pior que a morte". Alterações significativas na cognição pós-parto, incluindo confusão tipo delírio,
desrealização ou desorientação pós-parto, são características marcantes psicose pós-parto. Torna-se
importante fazer o diagnostico diferencial com a intoxicação ou abstinência de medicamentos, assim como
algumas doenças físicas que possam se apresentar com quadros semelhantes a psicose pós-parto. Os
médicos devem perguntar sobre ideação suicida, pensamentos de prejudicar seu bebê e obter consulta
psiquiátrica imediata ou hospitalizar o paciente por segurança, se esses sintomas estiverem presentes. Dessa
forma, a terapia deve ser realizada com lítio, podendo associar com um antipsicótico atípico ou
benzodiazepínico, conforme necessário, para reduzir ainda mais os sintomas psicóticos, mantendo o
tratamento com lítio por 6 a 9 meses. Importante ressaltar que deve evitar a utilização de antidepressivos
sem um estabilizador de humor. Conclusão: Os médicos obstetras e ginecologistas devem sempre estar
prontos para diagnosticar e tratar distúrbios psiquiátricos perinatais. Tendo em vista que este período é
sensível a ocorrência de tais distúrbios, é fundamental distinguir a necessidade de cuidados para fornecer
tratamento adequado.
Palavras-chave: Psiquiatria, Emergência, Obstetrícia.
Importância do reconhecimento precoce de fraturas do anel pélvico na emergência: revisão
sistemática de literatura.
Matheus Domingues de Souza; Bruna Lívia Jorge Leite; Júlia Sampaio Ferraz Leite de Oliveira;
Landsteiner dos Anjos Leite; Mariana Freires de Oliveira; Rayssa Fraga Ferreira Leite.
Introdução: Estima-se que no trauma, morram, anualmente, cerca de 5,8 milhões de pessoas. As fraturas
de anel pélvico compõem cerca de 2-8% das fraturas do esqueleto, e nos politraumatizados 20-25%.
Geralmente são associadas a traumas de grande energia como acidentes automobilísticos e quedas de
grandes alturas. O correto diagnóstico, manejo e controle de danos dessas fraturas são essenciais para
diminuição da morbi-mortalidade dos pacientes. Objetivos: Identificar precocemente a fratura de anel vico
nas emergências para que possa reduzir suas complicações, melhorando o prognóstico e diminuindo os
possíveis danos causados ao paciente. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura,
no qual foi realizado um levantamento bibliográfico baseado em artigos encontrados nas bases de dados da
Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia (SBOT) e SCIELO. Assim, foram primariamente
selecionados de acordo com a relevância para o tema, a leitura dos resumos e do conteúdo.
Resultados:Fratura de ossos pélvicos ocorre devido a uma lesão de alta energia, que é o principal
mecanismo de dano. O anel pélvico é um espaço ósseo fechado no qual existem órgãos do sistema genito-
urinário, reto, vasos sanguíneos e nervos. Os danos ao anel pélvico violam sua integridade e levam a um
aumento no volume da cavidade acarretando em sangramento no espaço retroperitoneal, podendo levar a
grandes quadros hemorrágicos. Um ponto chave no tratamento desses pacientes é o reconhecimento e
correção precoces das causas seguindo o protocolo ABCDE do ATLS. É importante a avaliação clínica e de
imagem por radiografia ou tomografia computadorizada se atentando para presença focos de fratura,
instabilidade, pulsos periféricos, discrepância no comprimento do membro afetado, rotações dos membros
inferiores, contusões massivas nos flancos. Os pacientes portadores de fratura pélvica apresentam diversas
lesões graves associadas, têm maior mortalidade e os sobreviventes têm alta chance de conviver com
alguma sequela permanente. O tratamento cirúrgico dessas lesões na fase aguda promove os melhores
resultados e permite reabilitação com retorno à vida comunitária. A fixação pélvica pode ser feita com
placas ou fixadores externos. O controle imediato de hemorragias incluem diversas estratégias sendo as
mais comuns a utilização coletes pélvicos ou lençóis compressivos, fixadores externos para o controle de
danos, redução aberta e fixação interna. Conclusão: A fratura do anel pélvico deve ser diagnosticada e
tratada de forma rápida e correta para evitar um pior prognóstico ao paciente. Os sinais clínicos e
radiológicos devem ser observados de maneira criteriosa. Geralmente está associada a grandes quadros de
sangramentos e lesões de partes moles. A hemorragia pode ser tratada pelo uso de anéis pélvicos, lençóis,
fixadores externos ou até mesmo redução aberta com fixação interna da fratura.
Palavras-chaves: fratura de anel pélvico, diagnóstico, controle de danos.
Administração da ocitocina profilática na terceira fase do parto como prevenção da
hemorragia puerperal.
Maria Eduarda Baracuhy Cruz Chaves; Artur Pereira de França Medeiros; Emilly Bruna Soares Rodrigues;
Renan Baracuhy Cruz Viana
Introdução: A hemorragia pós-parto (HPP) – perda excessiva de sangue, pela mãe, devido à não contração
uterina após o parto – configura a segunda causa de morbimortalidade materna no Brasil. Seu acometimento
se dá, na maioria dos casos, em mulheres que instam em realizar o parto normal, mas se encaminham para o
parto cesáreo devido a fatores circunstanciais. Dessa forma, considerando a importância emergencial dessa
instabilidade hemodinâmica e a intenção de reduzir a incidência e a gravidade do sangramento, à
hemorragia pós-parto cabe a administração de uma droga importante ao controle contrátil uterino: a
ocitocina. Objetivo: Analisar a ministração da oxitocina, sob as perspectivas funcionais e preventivas,em
pacientes que apresentem fatores de risco, com o fito de evitar hemorragias pós-parto.Metodologia: O
estudo alicerça-se em levantamentos bibliográficos,os quais são artigos provenientes de bases de dados
como Scielo e Medline, bem como na utilização de livros acadêmicos para o embasamento
clínico.Resultados: A principal causa da hemorragia pós-parto é a atonia uterina, caracterizada pela
incapacidade do útero de se contrair após o parto. Em gestação múltipla ou no excesso de líquido amniótico,
essa atonicidade aumenta e pode demandar uma histerectomia –retirada do útero–, a qual intensifica as
chances de sangramentos obstétricos, até mesmo em pacientes livres de ameaça. Dessa forma, o uso da
ocitocina profilática na terceira fase do parto – fase caracterizada pelo desprendimento da placenta– possui
uma grande vantagem em relação aos demais uterotônicos pelo seu grande efeito terapêutico: minimização
dos efeitos colaterais e redução expressivada incidência de hemorragias puerperais. Sua administração
correta e eficaz deve ser feita por via endovenosa, em baixas doses e lentamente, pois apesar da via
intramiometrial ser satisfatória, ela promove maiores instabilidades hemodinâmicas, a exemplo da
hipotensão arterial e do aumento da frequência cardíaca. Conclusão: Logo, o valor profilático da
oxitocinona vê-se plenamente justificável na terça fase do labor materno. Isso se faz pelas constatações que
nos colocam a par de seus benefícios em relação a prevenção de hemorragias ao final do puerpério. Nesse
viés, para que, além dos estímulos à lactação, às contrações uterinas e à parte do prazer e do medo no
organismo, esse hormônio hipotalâmico possa cumprir, também, a função de estimular o apego e a afeição
entre a mãe e o filho é necessário a correta ministração desse, a fim de prevenir um sangramento
hipervolêmico puerperal que acometa o bem-estar materno.
Palavras-Chaves: Hemorragia pós-parto; Ocitocina; Profilaxia.
A relevância da identificação precoce das doenças hipertensivas gestacionais como maneira
de evitar complicações graves.
David Emanoel Alves Teixeira; Alice de Almeida Alcântara; José Daniel Chaves de Menezes; Karlla
Stephanie Alves e Silva; Wilberto Antonio de Araújo Neto.
Introdução: Os distúrbios hipertensivos gestacionais são caracterizados pela elevação dos níveis
pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg para a pressão diastólica.
Detendo de uma grande prevalência e estando diretamente relacionados com altas taxas de morbidade e
mortalidade materna-fetal no período perinatal. Objetivos: Refletir sobre a necessária identificação precoce
da hipertensão arterial em gestantes a fim de diminuir os riscos de evoluções para emergências obstétricas
nos serviços de atenção à saúde, bem como reconhecer os seus fatores clínicos. Métodos: O método
escolhido para elaboração da pesquisa foi a revisão integrativa da literatura, sendo realizada em algumas
etapas. De início foi delimitada a temática acerca da importância da compreensão das emergências
hipertensivas na obstetrícia. Em seguida, alguns critérios de inclusão e exclusão foram utilizados, e assim,
foram incluídos todos os artigos disponíveis on-line e completos do período de 2016 e 2020 com título e
resumo dentro do tema. Além disso, foram excluídos relatos de caso, de experiência e editoriais. Por fim,
foram utilizadas as bases de dados eletrônicas Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), PUBMED,
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE)
para a realização de pesquisas utilizando os seguintes descritores: “hipertensão gestacional”, “saúde
materno-infantil” e “complicações na gravidez”. Resultados: A partir disso, verificou-se que nas gestantes,
as síndromes hipertensivas ocupam o primeiro lugar entre as principais afecções próprias do ciclo gravido-
puerperal (cerca de 35% dos casos), mas detém de suas etiologias desconhecidas em tal período. Alguns
fatores de riscos são apontados para o surgimento dessa condição, a citar: antecedentes pessoais e familiares
de hipertensão crônica, primiparidade, obesidade, extremos de vida reprodutiva (>35 anos ou pré-
adolescentes), Diabetes mellitus, gravidez múltiplas, raça negra, dentre outros. É válido salientar que ao
ocorrer a combinação de dois ou mais fatores, eleva a probabilidade de agravos ou da patologia durante o
período gestacional. Ademais, no que tange as repercussões fetais e neonatais, a prematuridade é a mais
frequente, em virtude das consequências da necessidade do trabalho de parto prematuro, além de impactos
psicológicos e até morte materna – detendo da hipertensão gestacional como sua segunda causa no mundo.
Dessa maneira, é necessário que os profissionais estejam atentos às pacientes de risco através do pré-natal,
considerando principalmente a pré-disposição e fornecendo uma avaliação clínica rigorosa com aferição dos
sinais vitais e exames laboratoriais que avaliem os principais órgãos acometidos pela hipertensão.
Conclusão: Portanto, com base nos achados acerca do tema, nota-se que é imprescindível a identificação
precoce dos fatores de risco apresentados pelas gestantes no pré-natal, no parto e também no período pós-
parto. Diante disso, propor uma atenção humanizada e de qualidade torna-se necessário, com o intuito de
diminuir os altos índices de mortalidade materno-fetal.
Palavras-chave: hipertensão gestacional; pré-natal; saúde materno-infantil; complicações na gravidez.
Alergia a himenópteros em crianças: emergência pediátrica e o uso de adrenalina- relato de
caso.
Ana Luiza Souza Matos, Antônio Mateus Andrade de Sousa, Raquel Xavier Rodrigues, Lucas
Lenine Dantas Formiga, Lucas Werton de Queiroga e Raissa Montenegro Nóbrega de Pontes.
Introdução: Os acidentes com himenópteros são comuns na infância, provavelmente pelo fato de as crianças
estarem mais expostas ao ar livre. Representa uma das mais dramáticas condições clínicas de emergência,
tanto pela imprevisibilidade de aparecimento quanto pelo potencial de gravidade de sua evolução. A maioria
das reações é secundária ao efeito tóxico do veneno e limitada ao local da picadura, sendo sua abordagem
feita ambulatorialmente. A conduta dos profissionais diante da anafilaxia representa um ponto crucial, e
esperam-se dos médicos rápido reconhecimento e manejo apropriado da adrenalina. Descrição do caso:
G.M.L, 2 anos, é trazido pela mãe ao serviço de emergência pediátrica com apresentação clínica de
desconforto, dor, pústula, edema e vermelhão em região da virilha, após picada de himenópteros (formiga),
há 1 hora, porém genitora relata que o paciente começou a chorar e tossir bastante, há 20 minutos, e só
então decidiu levar ao atendimento médico de emergência. Ao ser atendido, foi administrado corticoide,
antialérgico e inalação com broncodilatador, entretanto, 10 minutos depois, paciente evoluiu com
taquicardia, hipotensão e dispneia, necessitando de intubação orotraqueal. Reconhecendo o risco de
sequelas mais graves na criança, foi realizado a aplicação uma dose de adrenalina de 0,01 mg/kg, tendo
melhora clínica significativa. Sendo observado por 2 dias de internação para então receber alta e orientações
médicas profiláticas para evitar um novo episódio anafilático. Conclusão: A conduta adequada do
profissional de saúde na anafilaxia tem gerado conflito diante da administração tardia da adrenalina. Apesar
da epinefrina ser recomendada como tratamento de primeira linha para anafilaxia, e não os anti-
histamínicos, não é uma realidade comum nos hospitais. O caso discutido relatou o uso mais tardio da
medicação, o qual proporciona o aumento do risco de hospitalização e de desfechos graves. Corroborando
para uma nova visão da emergência pediátrica e o uso eficaz da adrenalina na anafilaxia.
Palavras-chaves: Emergência pediátrica, epinefrina, anafilaxia.
Oclusão ressuscitativa por balão endovascular da aorta.
Fernando de Paiva Melo Neto; Letícia Lemos Rios Vital; Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Marílya
Vitórya dos Santos Silva; Maurício Valadares Vasconcelos Neto; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: A lesão traumática e suas consequências representam 9% das causas de morte no mundo,
sendo a hemorragia a principal causa de morte em lesões traumáticas militares, das quais 80% dos casos o
tronco é o foco primário. Em hemorragias de extremidade já é bem estabelecido o tratamento com
torniquete. Em hemorragias de tronco, por sua vez, há impossibilidade de compressão, devendo o paciente
ser transportado imediatamente a um hospital com centro cirúrgico. Nesse contexto, foi desenvolvido a
técnica de Oclusão Ressuscitativa por Balão Endovascular da Aorta (Resuscitative Endovascular Balloon
Occlusion of the Aorta – REBOA), o qual mostra-se como uma possível solução no tratamento desses
pacientes. Objetivos: Analisar o uso do método REBOA e sua utilização em Hemorragias Não
Compressíveis de Tronco (HNCT). Métodos: Estudo de revisão sistemático qualitativo realizado através de
artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e United States National Library of
Medicine (USNLM), entre 2010 e 2020, em inglês e português. Resultados: A hemorragia pode ser
caracterizada em compressível (controle com pressão direta ou aplicação de torniquete) ou não
compressível (lesão de órgão sólido). Pacientes com HNCT têm taxas de mortalidade muito altas e
apresentam alto risco de exsanguinação. Estes pacientes gravemente feridos estão em alto risco de
progressão para o colapso cardiovascular se o controle rápido da hemorragia não puder ser obtido. O
problema fundamental é como obter o controle definitivo da hemorragia antes da evolução para parada
circulatória. Com relato de uso pela primeira vez na Guerra da Coréia, a técnica REBOA vem sendo muito
estudada na última década como uma opção para o controle do choque hemorrágico em suas mais variadas
causas, desde hemorragias traumáticas e até em hemorragias gestacionais. Podendo ser a solução no
ambiente pré-hospitalar para o controle da hemorragia de tronco não compressível. Basicamente a técnica
consiste na inserção de um cateter com um balão em sua extremidade pela artéria femoral até uma posição
especifica na aorta. Estando na posição correta, o balão na extremidade do cateter será insuflado a fim de
ocluir a aorta diminuindo ou mesmo bloqueando o fluxo sanguíneo distal ao balão e por fim diminuindo
significativamente o sangramento. Conclusão: O método REBOA é uma técnica emergente e inovadora
cada vez mais reconhecida e realizada em centros de trauma internacionais. Embora o uso dessa técnica
esteja aumentando, sua eficácia ainda não é clara, principalmente no ambiente pré-hospitalar. Para a
expansão e o uso contínuo da REBOA no futuro, pesquisas e treinamento adicionais devem ser conduzidos
para garantir um conhecimento adequado e a segurança do procedimento como uma técnica de
ressuscitação.
Palavras chave: Oclusão Ressuscitativa por Balão Endovascular da Aorta, Hemorragias Não
Compressíveis de Tronco, Ambiente Pré-hospitalar.
Sepse e choque séptico na gestação: Manejo clínico
Maria Jakiciane Bezerra Souza; Thainá de Oliveira Siqueira; Alyssia Mariano Vieira; Débora Cavalcante
Belfort; Maryna Morais de Andrade Cavalcanti; Hélio Mororó Vieira de Mello.
Introdução: A sepse durante a gestação é uma patologia que apesar de rara, tem alto índice de mortalidade
e comprometimento fetal. Dessa forma, as condutas devem ser prioritariamente direcionadas ao bem-estar
materno, visto que as repercussões fetais estão relacionadas a sepse na gestante. Quadros infecciosos mais
associados à sepse podem ser subdivididos em não-obstétricos e obstétricos, sendo as principais origens a
infecção do trato urinário e a corioamnionite, respectivamente. Objetivo: Descrever como é realizado o
diagnóstico e quais as condutas preconizadas perante a paciente com sepse no período gestacional. Método:
Trata-se de um estudo de revisão da literatura, realizado em fevereiro de 2020, através da base de dados
Google Acadêmico, sendo utilizados os seguintes descritores em associação: “ sepse” “choque séptico”
“gestação” “manejo clínico”. Assim, foram selecionados artigos publicados entre 2013 e 2019 em português
e inglês, que abrangesse o objetivo do respectivo estudo. Resultados: O sucesso da terapêutica da sepse e
choque séptico começa prioritariamente com o entendimento do quadro clínico e interpretação dos exames
laboratoriais. Assim, algumas alterações fisiológicas ajudam a firmar o diagnóstico, são elas: sinais de
hipoperfusão - como queda da pressão arterial e taquipneia-, modificações pulmonares, diminuição da
função renal, alterações leucocitárias e redução da atividade fibrinolítica. Nas gestantes os principais
agentes etiológicos da sepse são os gram-negativos e para o diagnóstico é recomendada a obtenção de pelo
menos duas hemoculturas antes do início da antibioticoterapia, a qual deverá ser realizada em até uma hora
da conclusão diagnóstica. Pacientes com corioamnionite associada à sepse grave tem o parto como
prioridade, independentemente da idade gestacional. Caso a paciente se apresente com hipovolemia, é
recomendado a administração de cristaloides na dosagem inicial de 1000ml, mas caso não se firme
hemodinamicamente ou esteja com saturação de oxigênio baixa, deverá lançar mão dos hemoderivados. O
aporte nutricional também deverá ser mantido, tendo em vista o aumento do catabolismo que a sepse
provoca no organismo. Conclusão: Sepse durante a gravidez é incomum, mas potencialmente fatal. As
alterações fisiológicas da gestação podem mascarar ou mesmo agravar o quadro clínico. Falhas na
identificação e no tratamento determinam um mau prognóstico materno-fetal, sendo assim, faz
necessário compreender sobre os sinais clínicos e laboratoriais para que haja reconhecimento precoce e
melhor condução da sepse na gestação.
Perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma cranioencefálico no nordeste brasileiro
Maria Jakiciane Bezerra Souza; Thainá de Oliveira Siqueira; Alyssia Mariano Vieira; Débora Cavalcante
Belfort; Maryna Morais de Andrade Cavalcanti; Hélio Mororó Vieira de Mello.
Introdução: O organismo humano vive em constante equilíbrio, o que a fisiologia denomina de hemostasia.
Contudo, essa constante pode sofrer alterações funcionais ou anatômicas, tanto por mecanismos internos -
congênito ou degenerativo -, como forças externas. Partindo desse pressuposto, uma das principais lesões
geradas por fontes externas, relatado pela literatura, é o Trauma Cranioencefálico (TCE), podendo advir de
modificações da estrutura e/ou função do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. Quando se reporta
a países em desenvolvimento, como o Brasil, o TCE é um dos principais problemas de saúde pública,
devido a sua alta taxa de morbimortalidade entre adolescentes e adultos jovens, gerando perdas da
capacidade produtiva da população e elevado custo para o poder público. Objetivos: O objetivo do presente
trabalho é elaborar uma análise científica dos aspectos clínicos e epidemiológicos prevalentes do TCE na
Região Nordeste do território brasileiro. Para tal propósito, foi realizado um levantamento sobre as
características populacionais, mecanismos do trauma e a evolução desses pacientes. Método: Trata-se de
um estudo de revisão da literatura, onde foi utilizada a ferramenta de pesquisa Google Acadêmico, com os
seguintes descritores em associação: “Lesões encefálicas traumáticas” E “Epidemiologia” E “Brasil”.
Assim, sendo selecionados três artigos presentes nas bases de dados SciELO, LILACS, SEMANTICS
SCHOLAR, publicados entre 2006 e 2013, em português, referentes a cidades da região Nordeste do Brasil.
Resultados: Dos artigos selecionados, conseguiu-se averiguar um total de 2766 prontuários de Hospitais
das cidades de Aracaju - SE (470), Petrolina - PE (101) e Teresina - PI (2195), sendo diagnosticados
traumas cranioencefálico leves (33,51%), moderados (59,51%) e graves (6,98%). No que diz respeito ao
gênero e idade, foram admitidos 2493 homens (90,13%) e 273 mulheres (9,87%), com faixa etária mais
prevalente de 0 a 20 anos (26,75%) e 21 a 40 anos (48,34%). Os mecanismos de trauma presentes na
maioria dos casos eram de acidentes de moto (58,42%), quedas (15,15%), atropelamentos (8,42%),
acidentes automobilísticos (6,51%) e agressões físicas (4,12%), os demais referiam a outras etiologias
(7,38%). No total, 252 pacientes foram a óbito (9,11%). Conclusão: Ao analisar o quadro epidemiológico
do seguinte estudo, foi notório comprovar o impacto socioeconômico gerado por esse trauma, isso
demonstrado principalmente pela idade mais acometida, a faixa etária ativa e reprodutiva da população.
Além disso, não se pode deixar de evidenciar as demais características prevalentes em vítimas de TCE,
como a maior incidência da classificação moderada, do sexo masculino, tendo como primordial mecanismo
os acidentes de moto, seguido de quedas. Entre as complicações evolutivas foram observadas um número
significativo de óbitos.
Critérios diagnósticos para sepse e choque séptico: uma revisão da literatura.
Thainá de Oliveira Siqueira; Maria Jakiciane Bezerra de Souza; Alyssia Mariano Vieira ; Débora
Cavalcante Belfort ; Maryna Morais de Andrade Cavalcanti ; Hélio Mororó Vieira de Mello.
Introdução: De acordo com o Terceiro Consenso Internacional para a Definição de Sepse e Choque
Séptico (Sepsis-3), realizado em 2016, a sepse foi definida como uma disfunção orgânica ameaçadora à vida
devido a uma resposta desregulada do hospedeiro à uma infecção, sendo o choque séptico o seu
agravamento. Contudo, nem sempre foi exposta dessa maneira, em consensos anteriores, a sepse era vista
como a uma resposta inflamatória e imunológica sistêmica exacerbada diante de uma infecção, causando
uma disfunção orgânica nos vários órgãos e sistemas que compõem o corpo humano. Devido a essa
mudança e novas descobertas sobre tal patologia, no Sepsis-3, viu-se necessário a modificação de seus
critérios diagnósticos, para assim, melhor definir o tratamento. Objetivos: Descrever as principais
alterações nos critérios diagnósticos para sepse e choque séptico baseado no último consenso de 2016.
Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, realizado em fevereiro de 2020, através da base de
dados Google Acadêmico, sendo utilizados os seguintes descritores em associação: “critérios diagnósticos”
AND “sepse” AND “choque séptico” AND “Sepsis-3”. Assim, foram selecionados artigos publicados entre
2016 e 2020 em língua portuguesa. Resultados: Com a evolução da ciência foi possível estabelecer padrões
de alterações fisiológicas, patológicas e bioquímicas que correlacionadas indicam se o paciente possui um
quadro de sepse ou choque séptico, devido a isso, o novo consenso modificou definições anteriormente
utilizadas. Primeiramente, o termo sepse grave foi colocado em desuso, apenas sendo descrito os conceitos
de sepse e choque séptico. A partir da exclusão da antiga sepse grave, foi implementado o Sequential Organ
Failure Assessment (SOFA) visando avaliar as falhas sequenciais dos órgãos. O novo parâmetro para
diagnóstico de sepse se baseia na variação de 2 ou mais no score SOFA associado a suspeita de infecção. Já
em relação ao choque séptico, a nova diretriz considera quando há confirmação da sepse, juntamente com a
necessidade de vasopressores para manter PAM > 65 e lactato > 2mmol/L após reanimação volêmica
adequada. Além disso, foi criado um novo padrão o “quick SOFA” ou qSOFA, este score de rápida análise
tem como intenção a identificação de pacientes adultos com suspeita de infecção, quando pontuação igual
ou maior a 2. Conclusão: Até o contexto atual foram realizadas três grandes conferências para atualização
dos conceitos envolvidos. Apesar das atualizações do Sepsis-3 apresentarem vantagens para melhor
entendimento da definição do quadro de sepse e choque séptico, bem como aumento de especificidade de
seus métodos, ainda apresenta lacunas. Contudo, a carência de abordagem terapêutica correta diante de um
paciente com quadro infeccioso está diretamente relacionada com as altas taxas de incidência e mortalidade
da sepse.
Os desafios da emergência geriátrica para combater a alta mortalidade das lesões térmicas
em idosos.
Carlos Eduardo Pereira de Oliveira, Ana Beatriz Gomes Vanderlei, Eduardo D'Avila Lins Lacerda,
Leonardo Pereira Toni, Raquel Pereira de Oliveira.
INTRODUÇÃO: O corpo humano sofre várias modificações com o avançar da idade, sendo de extrema
importância avaliar os casos de emergência geriátrica com base na situação fisiológica do idoso, a fim de
promover o melhor tratamento e evitar consequências inesperadas. Nesse sentido, é valido destacas as
modificações nas estruturas da epiderme, da derme e da tela subcutânea para compreender melhor as causas
e as graves complicações da queimadura na terceira idade. OBJETIVOS: Investigar a influência da idade
na lesão decorrente de um trauma térmico e agrupar medidas para evitar a grande mortalidade por
queimaduras na população idosa. MÉTODOS: Informações de estudos bibliográficos foram reunidas e
selecionadas para fundamentar tal discussão, como a nova edição do ATLS (2019), o qual serve como guia
para casos de traumas físicos agudos, e o PHTLS, que trata sobre o atendimento pré-hospitalar ao paciente
em estado de emergência. Além disso, foi feita uma revisão de literatura com base em artigos científicos
encontrados no banco de dados do SciElo, em revistas acadêmicas e em estudos da Organização Mundial da
Saúde. RESULTADOS: A taxa de morte por queimaduras em idosos é sete vezes maior do que a
mortalidade dessa lesão na população jovem, o que demonstra a necessidade de investigar os motivos que
fazem desse trauma um risco maior para a terceira idade. A base para compreender os motivos desse fato é
entender que a pele possui alterações estruturais significativas, o que deixa a epiderme seca, descamativa e
adelgaçada, dificultando a resistência a pequenas lesões, sendo uma queimadura extremamente perigosa,
pois há uma maior possibilidade de gerar feridas profundas. No geral, tais ferimentos demoram a
desenvolver uma resposta curativa, o que possibilita a ocorrência de uma série de complicações, como
infecções graves. Esses aspectos devem ser considerados pelo profissional de saúde quando se inicia um
tratamento emergencial de um idoso com queimaduras, pois são necessárias práticas diferenciadas, as quais
ainda não são bem definidas, pois existem bibliografias que consideram a baixa hidratação e o tratamento de
longa duração do ferimento como melhor opção, já outras afirmam que é mais indicado métodos mais
agressivos com intervenção cirúrgica precoce. CONCLUSÃO: Portanto, é fundamental conhecer as
estratégias abordadas na literatura traumatológica que visam diminuir a mortalidade por traumas térmicos
na população senil, já que nessa faixa etária uma pequena queimadura toma proporções bem maiores do que
em jovens ou em adultos. Assim, conhecendo os benefícios de cada tipo de tratamento, o médico pode
promover a ação mais eficiente para abordar cada tipo de lesão geriátrica por queimadura nas emergências
hospitalares.
Palavras-chave: Emergência geriátrica, queimaduras, envelhecimento.
Descrição dos casos de meningite aguda em João Pessoa-PB durante 5 anos
Joao Victor Alves Ribeiro; Coautores: Daniel Rocha Diniz Teles; Sabrina de Freitas Barros Soares;
Larissa Negromonte Azevedo; Milton Paulo Cabral de Melo Brito; Renan Rocha Diniz Virginio.
INTRODUÇÃO: a meningite aguda é um processo inflamatório das meninges, de caráter grave e
emergencial, decorrendo mais comumente de causas infecciosas, como bactérias e vírus. Nas meningites
infeciosas, há um risco de evolução para sepse, choque séptico e morte. Além disso, a doença pode causar
sequelas neurológicas, por isso requer diagnóstico precoce e tratamento imediato. Trata-se de uma doença
de notificação compulsória no Brasil, dada a sua capacidade de contágio e causar surtos na população.
OBJETIVOS: descrever o número de casos notificados e confirmados de meningite aguda no município de
João Pessoa, Paraíba, entre os anos de 2014 a 2018, de acordo com o total de casos, faixa etária acometida,
etiologia da doença, critérios de confirmação e evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: foi feito um
estudo descritivo do número de casos de meningite aguda em João Pessoa em um período de 5 anos. Os
dados foram coletados na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no
intervalo de 2014 a 2018, separando os resultados de acordo com as variáveis que se pretendia pesquisar.
RESULTADOS: Ao longo desses 5 anos, foram 100 casos confirmados em Joao Pessoa, com uma média de
20 casos por ano e com uma taxa de mortalidade de 13%. Só no ano de 2014 foram 34 casos confirmados.
Entre 2015 e 2017, houve a mais alta taxa de mortalidade, com 16%. A faixa etária mais acometida foi de
20 a 39 anos, seguida por menores de 1 ano de idade. Os meios de diagnóstico mais utilizados foram o
exame quimiocitológico e o exame clínico. Quanto à etiologia, a maioria dos casos foi de causa não
específica, seguida por bacteriana. A evolução dos pacientes se deu com 82 altas hospitalares, 13 pacientes
evoluíram para óbito e não se tem informação sobre os outros 5. CONCLUSÃO: entre 2015 e 2017, a taxa
de mortalidade encontrada foi de 16%, maior que a relação óbitos/internações por meningites em 2018 no
Brasil, de 9,8%. Além disso, o risco de morte das 4 principais causas de morte prematura por doenças
crônicas não transmissíveis no Brasil, em 2016, foi semelhante, atingindo 16,6%. Dessa forma, percebemos
que a meningite aguda é uma doença de alta gravidade e de caráter emergencial, apresentando um alto
índice de mortalidade no município de João Pessoa e um grande risco à população. Assim, é preciso que
sejam divulgadas mais informações sobre essa doença para a população, prezando primeiramente pela
prevenção e promoção a saúde. É importante que os serviços de saúde tenham acesso a ferramentas
diagnósticas para investigação de síndromes meníngeas atendidas na emergência, sendo a coleta do líquor
fundamental para diagnóstico etiológico, que orientará o tratamento do paciente e medidas preventivas para
a comunidade.
Tratamento do traumatismo cranioencefálico na infância.
Yasmin Dias Virgulino da Costa; Ana Beatriz de Sousa Cavalcanti; Catherine Bezerra Dantas; Paula
Celyanne de Melo; Vitoria Leitão Martins Cesar;
O traumatismo craniano (TC) é uma das causas mais comuns de trauma em crianças, sendo responsável por
alto índice de internamento hospitalar, com significativa taxa de morbidade e mortalidade. Nos últimos
anos, o interesse à nível neuro-pediátrico na compreensão do impacto do traumatismo em crianças tem
aumentado bastante. O TCE está presente na maioria das crianças vítimas de trauma e é responsável por
mais de 75% das mortes durante a infância. Os traumas podem ser classificados como lesões primárias ou
secundárias. É chamado de lesão primária o dano ocorrido no momento do impacto, ou seja, quando ocorre
o acidente. Ruptura de vasos, lesão axonal difusa, contusão cerebral, fraturas e laceração são exemplos
dessas lesões. As lesões secundárias resultam das lesões primárias. Os fatores que mais frequentemente
podem causá-lo são hipotensão arterial, hipoxemia, hipertensão intracraniana, hipercapnia ou hipocapnia,
distúrbios glicêmicos, distúrbios do sódio e crises convulsivas. Diante disso, o exame físico consiste em
exame pupilar, fotorreação, pontuação da escala de coma de Glasgow adequada para idade e avaliação de
sinais focais. Palpação da fontanela (se presente), sinais de fratura da base do crânio: hematoma
retroauricular (sinal de Battle), hematoma periorbital (olhos de panda), hemotímpano, otorreia ou rinorreia
de líquor (LCR), presença de fraturas ou hematomas também podem ser encontrados .As crianças com TCE
necessitam de monitorização contínua do seu nível de consciência, do seu padrão respiratório, o controle
hemodinâmico, e meios com recursos tecnológicos adequados e ambiente tranquilo, controlando assim os
componentes intracranianos (cérebro, liquor e sangue). Isto significa manter estável o fluxo sanguíneo
cerebral, garantir uma boa oxigenação para proporcionar uma recuperação do tecido cerebral. Com base
nas informações obtidas conclui-se que o prognóstico de TCE em crianças ainda permanece instável, sendo
este uma das principais causas de atendimento nas emergências. Grande parte destes fatores é corrigível ou
evitável, com reanimação hídrica inicial agressiva, tratamento cirúrgico em tempo hábil, monitoração e
cuidados intensivos necessários, de acordo com a gravidade desses paciente para saber qual tratamento
adequado. Esse artigo trata-se de uma revisão bibliográfica indexada em 2020 por acadêmicos do 4° período
de Medicina da FAMENE com base em pesquisa nos bancos de dados SCIELO, BVS, Portal da Sociedade
Brasileira de Neurocirurgia(SBN).
Palavras-chave: Lesão cerebral; Neuropediatria; Traumatismo
Tratamento endovascular da fístula aorto-entérica secundária: uma revisão bibliográfica.
Letícia Lemos Rios Vital; Fernando de Paiva Melo Neto; Marílya Vitórya dos Santo Silva; Marinna Karla
da Cunha Lima Viana; Paulo Roberto da Silva Lima.
Introdução: A fístula aorto-entérica (FAE) é uma comunicação entre aorta e uma alça intestinal adjacente,
podendo ser primária ou secundária. A primária acontece quando há uma comunicação direta e espontânea
entre a luz da aorta e o tubo digestivo, sem que exista um antecedente cirúrgico prévio envolvendo a aorta.
A secundária, por sua vez, é responsável pela maioria dos casos, sendo uma complicação rara após
reconstrução aórtica com colocação de enxerto protésico. As manifestações clínicas da FAE são raramente
encontradas, a exemplo da tríade clássica de hemorragia, sepse e dor abdominal, altamente sugestiva de
FAE, mas só vista em 11% dos casos. O principal sintoma desta complicação cirúrgica da reconstrução
aórtica é a hemorragia para o trato gastrointestinal (TGI) superior. Devido ao potencial risco de morte, visto
que se não tratada há risco de sangramento e sepse, a FAE requer diagnóstico e tratamento cirúrgico
urgente, entre eles a abordagem endovascular. Objetivos: Aprofundar a discussão e analisar ensaios
clínicos sobre os benefícios do tratamento endovascular da fístula aorto-entérica secundária em comparação
a outras formas de manejo desta complicação. Métodos: Estudo de revisão bibliográfica nas bases de dados
Google Acadêmico, SciELO e Pubmed, de caráter exploratório e descritivo. Resultados: Ainda não existe
um consenso para o manejo das FAE, tendo em vista a diversidade de condutas, todavia, os princípios
fundamentais do tratamento são o controle de hemorragia, a reparação do TGI, o controle adequado da
infecção e a manutenção de perfusão periférica. Neste contexto, hemorragia ocasionada pela fístula aorto-
entérica, acompanhada ou não por sepse, é sempre um evento trágico, e em pacientes instáveis o
procedimento cirúrgico convencional está associado a altíssimos índices de mortalidade devido ao risco de
complicações como ruptura do coto aórtico ou infecção do novo enxerto, sendo, portanto, o tratamento
endovascular uma alternativa inicial ao tratamento cirúrgico convencional. Conclusão: O tratamento de
escolha na FAE secundária está longe de ser unânime, porém, por estar associada a menor necessidade de
transfusão, menor trauma e tempo de cirurgia e a redução das taxas de morbimortalidade, o tratamento
endovascular tem se mostrado como uma importante alternativa terapêutica.
Palavras-chaves: Emergência, Fístula, Aorta.
Hemorragia subaracnóidea por síndrome de vasoconstrição cerebral reversível em puérpera:
relato de caso.
Patricia Lopes Gaspar, Samer Heluany Khoury, Khalil Feitosa de Oliveira, Nicole Pinheiro
Moreira.
INTRODUÇÃO: A síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR) é um evento raro, descrito na
literatura como manifestações neurológicas agudas que podem ocorrer no período puerperal decorrentes de
lesões isquêmicas ou hemorrágicas. A vasoconstrição arterial multifocal que ocorre na SVCR é
normalmente autolimitada e reversível, caracterizando desfechos clínicos potencialmente favoráveis. Neste
trabalho será relatado um caso de SVCR em puérpera apresentando queixa de cefaléia no departamento de
emergência (DE) com achado de hemorragia subaracnóidea (HSA), evoluindo com bom desfecho clínico.
DESCRIÇÃO DO CASO: Puérpera, 38 anos, G2P2A0, 5 dias de pós-parto cirúrgico, sem relato de
comorbidades prévias, apresenta-se no DE com queixa de cefaleia súbita, intensa, em região temporal
bilateral e em região occipital, sem irradiações, pulsátil, com piora ao deitar, acompanhada de náuseas e
vômitos, sem déficits neurológicos associados e iniciada há um dia do internamento. Em investigação inicial
no DE, realizada tomografia de crânio sem contraste evidenciando HSA grau 2 na escala de Fisher com
presença de sangue na fissura inter-hemisférica e na cisterna ambiens esquerda. Angioressonância e
arteriografia cerebral não evidenciam causas estruturais para o sangramento e descartam etiologia
aneurismática. Paciente evoluiu sem intercorrências em unidade de terapia intensiva (UTI) recebendo alta
com diagnóstico de HSA por SVCR sem comprometimentos neurológicos secundários e em bom estado
geral. Recebeu alta hospitalar sem déficits neurológicos, e com completo retorno às suas atividades
rotineiras. CONCLUSÃO: Cefaleias são queixas frequentes no DE. O reconhecimento dos sinais de alarme
e a investigação etiológica bem empregada são fundamentais para o desfecho favorável. Embora rara, a
SVCR é uma importante causa de lesão neurológica no puerpério e pode evoluir de forma desfavorável sem
seu reconhecimento e suporte adequados. A discussão de relatos de casos engrandece a discussão e
conhecimento médicos e acrescenta dados ao estudo da SVCR.
PALAVRAS-CHAVE: Hemorragia Subaracnóidea, Vasoespasmo Intracraniano, Vasoconstrição, Período
Pós-Parto.
Hálux varo pós-traumático: Relato de caso
Pignatário de Andrade Filho; André Cipriano Saraiva Gomes; André Taumaturgo Cavalcanti de Arruda;
José Fernandes Arteiro Neto; Marília Agostinho de Lima Gomes; Romeu Krause Gonçalves.
INTRODUÇÃO: O hálux varo é uma patologia rara, acomete mais mulheres, sem tendência hereditária e a
causa mais comum é a hipercorreção do hálux valgo (joanete) em procedimentos cirúrgicos e devido a
traumas na região. A manifestação ortopédica mais comum do hálux varo baseia-se no tripé: desvio medial
do hálux, supinação da falange e flexão interfalangeana (deformidade em garra). Na anamnese, o paciente
com esse acometimento, apresenta dificuldade de usar sapatos, prejuízos estéticos, distúrbios de marcha e
dor quando trauma ou artrite presente. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico através da colocação
de fio de Kirschner após uma capsulostomia transversal e exposição da falange proximal (FP) e osteotomia
em cunha fechada da FP, com vértice medial. O prognóstico, na maioria das vezes, é favorável.
DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 45 anos, estado geral bom, chega ao serviço de
saúde apresentando dor em topografia da 1ª articulação metatarsofalangeana (MTF) direita. Refere fratura
prévia na região supracitada com tratamento realizado por meio de uma imobilização. Ao exame físico,
evidenciou-se uma deformidade do hálux em varo. Dessa maneira, foram solicitados exames de imagem.
Inicialmente, foi observado na radiografia do pé e tornozelo, com incidência AP e perfil, uma fratura na
base lateral da falange proximal do hálux direito. Ademais, foi requisitado uma Ressonância Nuclear
Magnética (RNM) para ter uma melhor visualização das estruturas acometidas, que evidenciou alterações
degenerativas envolvendo as articulações com adelgamento das superfícies condrais de revestimento. Além
disso, pequenos derrames articulares com sinais de sinovite e destacamento de pequeno fragmento ósseo a
partir da margem lateral da base da falange proximal foram analisados na RNM. A partir desses achados e
da história clínica, o tratamento adotado foi cirúrgico por meio da Técnica Mini TightRope. Feito isso, a
paciente evolui com alta do serviço após (tanto tempo) com solicitação de fisioterapia e acompanhamento
pós-cirúrgico. CONCLUSÃO: O hálux varo é uma entidade ortopédica rara e representa uma sinuosidade
do hálux na direção medial. A principal etiologia é a cirurgia de reparação dos joanetes (hálux valgo),
traumatismos na região e congênito. O tratamento operatório consiste na reabilitação funcional do paciente.
Contudo, é importante estar associado a medidas fisioterápicas e encorajamento pessoal para que o paciente
retorne as suas atividades de vida diária no menor tempo possível e com a melhora de sua qualidade de vida.
Palavras chaves: Hálux varo, Deformidade traumática, Trauma, Mini TightRope, Relatos de casos.
Comparando o uso da modulação terapêutica da temperatura em adultos após parada
cardiorrespiratória nos cenários extra e intra-hospitalar: uma revisão sistemática.
Renata Maria Santos de Freitas; Daniel Meira Nóbrega de Lima ; Dr. Aristides Medeiros Leite
Introdução: Um dos pontos do protocolo de Parada Cardiorrespiratória (PCR) são os cuidados a serem
seguidos após sua ocorrência, e a Modulação Terapêutica da Temperatura (MTT) tem sido bastante
utilizada como recurso adjuvante na recuperação dos pacientes em coma, após o reestabelecimento do
Retorno da Circulação Espontânea (RCE). Essa terapia age reduzindo a lesão cerebral e a instabilidade
cardiovascular, que são as principais determinantes de sobrevida após PCR. Objetivo: comparar estudos
acerca do uso da modulação terapêutica da temperatura nos cenários emergenciais hospitalares e extra-
hospitalar. Método: consiste numa revisão sistemática, descritiva, construída a partir de 19 estudos
publicados nas bases de dados da Pubmed e Cochrane entre janeiro de 2019 a 2020. Para seleção dos
artigos, foram inclusos ensaios clínicos, coortes, meta-análises e revisões sistemática, todos com publicação
original em língua inglesa. Resultados: 100% dos estudos identificaram a MTT como fator protetor em
pacientes comatosos após o RCE, com isso, houve diminuição do consumo de O2 cerebral, limitando a
lesão miocárdica e os danos sistêmicos. E 75% dos estudos especificaram que o valor da temperatura
terapêutica varia de acordo com o local de atendimento, sendo utilizado 32ºC-36ºC durante 12-14 horas em
cenários extra-hospitalares, com ritmos definidos em taquicardia ventricular e/ ou fibrilação ventricular.
Podendo ainda, trazer benefícios aos outros ritmos (assistolia e AESP), porém, é ausente de evidências
seguras. Já nos cenários hospitalares a temperatura poderá ser ajustada em 34ºC ou menos, atingindo um
alvo terapêutico por até 24 horas, e isso corrobora com as evidências consistentes das melhores práticas
médicas atuais com sobreviventes de PCR. Além disso, cerca de 30% dos estudos referiram que a MTT
pode ser usada durante um cateterismo coronário diagnóstico para identificar a causa da PCR, se esse for
imprescindível durante a hospitalização. Conclusão: Não existe uma definição sobre a terapêutica ser mais
eficaz no cenário extra ou intra-hospitalar, quando analisada entre os estudos. Porém, as duas formas são
imprescindíveis, e contribuem para diminuição da lesão neurológica conseguindo suprimir as vias
facilitadoras da morte cerebral e da apoptose celular, bloqueando radicais livres, e reduzindo cerca de 6% da
taxa de metabolismo cerebral a cada 1ºC diminuído. Além disso, a concentração celular de Ca+ e glutamato
eleva-se reduzindo a resposta inflamatória. Entretanto, evidencia-se que o controle da temperatura deverá
ser iniciado no serviço pré-hospitalar e continuado em temperatura alvo almejada no serviço hospitalar,
sendo monitorando por até 72 horas após o RCE.
Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória, Modulação Terapêutica da Temperatura, Sobrevida,
Hipotermia.
Vítima de projétil de arma de fogo em crânio com nível consciência mantido: um relato de
caso.
André Taumaturgo Cavalcanti Arruda; Alexandre Gabriel Taumaturgo Cavalcanti; Claudionor Vicente de
Arruda Filho; Marília Agostinho de Lima Gomes; Pignatário de Andrade Filho.
INTRODUÇÃO: Pernambuco (PE), é a terceira Unidade Federativa (UF) com maior taxa de homicídios da
região nordeste, com 3.308 óbitos por agressão de arma de fogo no ano de 2018, de acordo com dados
preliminares do DATASUS. Segundo a Secretaria de Defesa Social de PE, as motivações relacionadas ao
tráfico de drogas, acerto de contas e outros crimes representavam 53,3% dos casos de crimes violentos letais
intencionais. Devido ao agravamento dessas violências, há um aumento no número de pacientes vítimas de
trauma, em especial por armas de fogo e agressões físicas. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo
masculino, 25 anos, procedente de Moreno-PE, sofreu perfuração, com orifício de entrada e saída em região
lateral direita do crânio devido agressão por arma de fogo. Inicialmente foi admitido na unidade de pronto
atendimento apresentando a lesão no crânio, juntamente também com episódios de vômitos. Ao Exame
físico no primeiro atendimento, evidenciou: Estado geral bom, consciente, orientado, com pupilas foto
reativas. Foi encaminhado para hospital de referência em Recife-PE, onde apresentou no exame físico:
Glasgow 10, hemiplegia à esquerda, pupilas isocóricas, foi solicitado uma tomografia computadorizada de
crânio que evidenciou edema cerebral e contusão. Com isso, foi feita uma craniectomia descompressiva
para alívio da hipertensão intracraniana e diminuição dos efeitos deletérios do edema cerebral. Por
conseguinte, foi realizado o tratamento para hematoma intracerebral, seguindo em estado geral grave por
quatro semanas, traqueostomizado e com hiporreflexia difusa e simétrica. Evolui estável até que foram
descobertos um abcesso cerebral e uma fístula liquórica e iniciados seus devidos tratamentos. Após uma
semana foi implantada uma derivação ventricular externa para aliviar a pressão intracraniana. No pós
operatório o paciente apresentou episódios febris, cinco dias depois evoluiu a óbito. CONCLUSÃO:
Vítimas por arma de fogo com acometimento cerebral têm um prognóstico muito ruim, sendo a mortalidade
maior quanto menor for a escala de coma de Glasgow. Lesões como essa são de importante atenção no meio
neurocirúrgico. Este trauma em sua maioria traz grande impacto na vida social da vítima, podendo provocar
danos irreversíveis. Um acompanhamento multiprofissional associados a uma avaliação sistemática desses
pacientes é fundamental para uma reabilitação funcional. Assim é importante que os órgãos públicos
tenham conhecimento acerca de tais prejuízos, tantos sociais quanto econômicos para minimizar as
repercussões de tal violência.
Palavras chaves: Arma de Fogo, Violência, Traumatismo Cranioencefálico
Atendimento médico geriátrico nas urgências e emergências do país na atualidade.
Roberta Guerra de Brito Oliveira Lima; Narjara Seixas Batista Gadelha; Letícia Miná de Britto Cavalcanti;
Débora Oliveira dos Santos; Lorena Pereira Viana; Nadigerlane Rodrigues de Carvalho Almeida Guedes.
Introdução: Na atualidade o Brasil tem demostrado mudanças positivas demográficas e epidemiológicas
relacionadas ao envelhecimento da população, ocorrendo aumento na expectativa de vida e trazendo um
desafio para as políticas de saúde. Peculiaridades e vulnerabilidades estão relacionadas ao envelhecimento,
devendo existir condutas estratégicas especificas e humanizadas para o cuidado com o idoso nas urgências e
emergências. Objetivo:O estudo tem como objetivo identificar a necessidade das práticas cotidianas no
atendimento emergencial geriátrico e a legalidade das políticas de saúde no Brasil. Método: Trata-se de
uma revisão sistemática e de literatura a partir de 10 artigos científicos publicados na base de dados da
Biblioteca virtual em saúde (BVS) e ScientifcElectronic Library Oline (SCIELO). Foi usado como critério
de inclusão texto completo, em português, publicados entre os anos de 2012, 2015 a 2019, utilizando os
descritores “idosos”, “atendimento emergencial”, “políticas de saúde” e “fragilidade”. Resultados:É notável
a contribuição de melhorias sociais no país como a prevenção de doenças e o próprio crescimento
econômico. Contudo, o país ainda demostra não conseguir alcançar níveis favoráveis econômicos para
custear uma melhor condição de vida a essa população. O gerenciamento da estratificação de risco de
pacientes idosos vem mostrando ser uma ferramenta que colabora para a eficiência do atendimento
emergencial. Condições crônicas que não são transmissíveis permitem incapacitação e comprometimentos
fisiológicos e apontam responsabilidade por maioria das mortes dessa população. Já o trauma tem
representatividade para mortes por lesões, que muitas vezes são geradas por decadência da atividade natural
física nessa fase da vida. Diante disso, é frequente a necessidade dos idosos em buscar atendimentos
emergenciais, o número de internações subsequentes e sua durabilidade nos hospitais implicam altos
investimentos financeiros. Direitos sociais são assegurados a esse grupo, através da Política Nacional de
Saúde à Pessoa Idosa, visando direitos e cuidados amplos. A lei assegura os direitos fundamentais para
pessoas com mais de 60 anos, garantindo o seu acesso aos níveis primário, secundário e terciário de
atendimento no Sistema Único de Saúde. Conclusão: O aumento da expectativa de vida é um desafio para
as políticas de saúde e para os profissionais médicos. Fica evidente que o envelhecimento da população
implica nos países em desenvolvimento. Dessa forma, é de suma importância discussões sobre a saúde do
idoso, para contribuir com o aprimorado do cuidado nos serviços de urgência e emergência, levando à
integralidade da assistência à saúde.
Descritores:Idoso. Atendimento emergencial. Políticas de saúde. Fragilidade.
Estabilização das vias aéreas e controle da ventilação como medida prioritária na emergência
em pacientes com sinais sugestivos de choque circulatório.
Matheus Rodrigues de Souza ; Dante Oliveira de Assis; Laíse Pereira Buriti; Laryssa Maria Martins Morais
; Paloma Sousa Barbosa ; Rômulo José de Gouveia Filho.
INTRODUÇÃO: Choque é uma condição ameaçadora à vida de falha na circulação sistêmica responsável
por hipóxia celular e tecidual, comumente apresentada com hipotensão, alteração em outros sinais vitais e
possível aumento do lactato sérico. O quadro e seus efeitos são inicialmente reversíveis, mas podem se
tornar rapidamente irreversíveis caso não ocorra o manejo necessário. Desse modo, quando um paciente
apresenta quadro de hipotensão indiferenciada ou suspeita de choque, é preciso detecção precoce e
abordagem rápida para administrar a etapa inicial do tratamento baseado no controle de vias aéreas visando
evitar o desfecho letal. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática acerca do controle de vias aéreas e
ventilação do paciente na abordagem inicial de emergência em casos suspeitos de choque. MÉTODOS: Foi
realizada uma busca nas bases Scielo®, Pubmed
®, UptoDate
® sobre a estabilização das vias aéreas e
fornecimento de ventilação em pacientes com hipotensão indiferenciada ou suspeita de choque circulatório,
tendo sido selecionados 6 artigos que abrangeram os critérios de inclusão. RESULTADOS: Após a
confirmação de suspeita de choque em pacientes com hipotensão indiferenciada ou outros sinais sugestivos,
a prioridade inicial de tratamento e controle do paciente se baseia na estabilização de vias aéreas e
fornecimento de ventilação adequada, em conjunto com garantia de acessos periféricos para reposição
volêmica com fluídos para melhora da perfusão tecidual. Ademais, pacientes com dificuldade respiratória
ou instabilidade hemodinâmica requerem ventilação mecânica com via aérea definitiva, através da
sequência rápida de intubação, sendo recomendado etomidato ou quetamina em associação com rocurônio
ou succinilcolina para sedação e bloqueio do eixo neuromuscular, respectivamente. Não menos importante,
a exceção para não garantir via aérea definitiva são em pacientes vítimas de pneumotórax, onde a drenagem
torácica pode reverter o choque e evitar a intubação, além da ventilação mecânica ter capacidade de piorar a
tensão e causar parada cardíaca. CONCLUSÃO: Em pacientes com quadro de hipotensão ou alteração de
outros sinais circulatórios que gerem a suspeita do quadro de choque, é preciso abordagem rápida com
controle inicial das vias aéreas no manejo inicial do paciente, devendo seguir o protocolo da sequência de
intubação rápida em pacientes que necessitem de ventilação mecânica. Por fim, é preciso investigação das
causas do choque e administração de fluidoterapia com medicações inotrópicas para diminuição do risco de
óbito do paciente.
Palavras-Chave: Choque; Intubação; Respiração Artificial; Ventilação Pulmonar.
Consequências da fratura exposta de fêmur e como minimizar os danos no período pré-
hospitalar.
Eduardo d‟Avila Lins Lacerda; Carlos Eduardo Pereira de Oliveira, Ana Beatriz Gomes Vanderlei
INTRODUÇÃO: O fêmur é classificado como um osso longo do nosso corpo e, próximo a ele se
encontram diversos vasos e nervos importantes, como a A. femoral, A. femoral profunda, V. femoral, N.
femoral, N. safeno e, posteriormente, o N. isquiático. A partir da análise de tal anatomia, a ocorrência de
uma fratura exposta nesse osso pode lesionar alguma das estruturas adjacentes a ele e, consequentemente,
gerar mais problemas como hemorragias, laceração de músculos e comprometimento de nervos e
ligamentos. OBJETIVOS: O estudo tem como finalidade realizar uma revisão de literatura sobre as
fraturas expostas de fêmur, suas consequências e como controlar os danos provocados por tal acidente no
período que precede a chegada no ambiente hospitalar. MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido a partir de
uma síntese de dados abordados na 8ª edição do Anatomia Orientada para a Clínica, na 10ª edição do ATLS
e na 9ª edição do PHTLS. A partir da leitura dessas fontes foram retiradas informações sobre a anatomia dos
membros inferiores, consequências ocasionadas pela fratura de fêmur e as condutas que devem ser tomadas
para minimizar os danos. RESULTADOS: A equipe de primeiros socorros, após chegar ao local do
acidente, deve seguir a sequência de procedimentos intitulada XABCDE (X- Hemorragia externa grave; A-
Manutenção das vias aéreas com restrição do movimento da coluna cervical; B- Respiração e ventilação; C-
Circulação com controle de hemorragia; D- Incapacidade; E- Exposição). Após a hemorragia da fratura
exposta ter sido localizada, é recomendado a execução da chamada avaliação primária, que abrange uma
série de técnicas. Primeiramente, deve-se comprimir o local do ferimento diretamente com curativos estéreis
de compressão. Por conseguinte, o mais adequado é puxar o osso, não mais que duas vezes, para a sua
posição anatômica inicial. Logo em seguida, deve-se aplicar uma tala para imobilizar a região. A força de
tração executada pela tala deve ser feita proximalmente nas nádegas, períneo e virilha e distalmente sobre o
tornozelo. Já o último procedimento da avaliação primária consiste na ressuscitação hídrica adequada. Além
desses artifícios, pesquisas recentes recomendam a administração de antibióticos, como cefalosporinas e
aminoglicosídeos, nos pacientes com fraturas expostas para reduzir as chances de infecção. CONCLUSÃO:
A diminuição dos traumas provocados pela fratura do fêmur nos primeiros socorros só é possível caso os
métodos de contenção de danos, classificados como XABCDE e avaliação primária pelo PHTLS, sejam
rigorosamente obedecidos. Caso contrário, a vítima do trauma poderá apresentar sequelas permanentes.
Palavras-chave: Danos; Fêmur; Fratura; Trauma.
O i e te v e e i o o e vi o e e e i - evi o i te tiv e
literatura.
Kamilla Henrique Moreira; Lucas de Sousa Moreira; Isabely Oliveira Montenegro; Rebeka Ellen
de Alencar Bezerra; Alinne Beserra de Lucena Marcolino.
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é caracterizado como uma patologia que surge a
partir da falta de suprimento sanguíneo no encéfalo, ocasionando um déficit neurológico, geralmente, focal,
de instalação súbita ou com rápida evolução, sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior
que 24 horas. A maioria dos AVE´s comprometem a artéria cerebral média (ACM), gerando um déficit
motor de predomínio braquiofacial, negligência corporal, afasia e déficit sensitivo. Por ser considerada uma
emergência hospitalar e uma das principais causas de incapacidade e mortalidade no mundo, devido a
insuficiência de suprimento de oxigênio e nutrientes no tecido nervoso, é prioritária a agilidade no
diagnóstico e manejo destes pacientes, visando um prognóstico otimista. OBJETIVO: Analisar e discutir a
produção científica acerca do AVE no serviço emergencial. METODOLOGIA: Revisão integrativa da
literatura que buscou artigos nacionais na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando
como descritores as palavras: Acidente Vascular Encefálico and Emergência, com os filtros “texto
completo”, “português” e no recorte temporal dos últimos seis anos (2014-2019). RESULTADOS: Dos 21
artigos encontrados, foram excluídos estudos duplicados (1) e os que não atenderam ao objetivo da pesquisa
(2). Desta forma, o corpus foi constituído por 18 artigos, sendo identificados 3 eixos temáticos: Perfil
epidemiológico de pacientes admitidos na emergência com AVE; Fatores de risco para o AVE e Tratamento
ágil e qualificado para o paciente com AVE. O perfil epidemiológico do AVE, a partir dos estudos, mostrou
que, a maioria das vítimas dessa doença são do sexo masculino, com idade superior à 65 anos. Em relação
aos fatores de risco, os mais recorrentes são: hipertensão, dislipidemia, tabagismo (atual e pregresso),
diabetes mellitus, idade avançada, história pessoal de doença vascular (cerebrovascular e cardiovascular) e
insuficiência cardíaca. Sobre as estratégias de tratamento, priorizou-se a realização adequada dos exames e a
rápida intervenção, sendo as mais referidas nos estudos: a terapia trombolítica (trombólise endovenosa com
Alteplase), o uso de anticoagulantes e a utilização de técnicas de by-pass. CONCLUSÃO: É necessária a
identificação dos fatores de risco relacionados ao AVE, influenciando em um diagnóstico precoce e,
consequentemente, em um tratamento adequado. Tal processo pode ser realizado por meio da melhora do
serviço de Emergência para atender os pacientes acometidos por essa patologia, com uma evolução positiva
da capacitação de profissionais de saúde, uso de protocolo de conduta emergencial efetivo que inclua o
acompanhamento posterior desses pacientes. Sugere-se mais evidências científicas sobre esta temática a
fim de (re)conhecer as diretrizes mais atuais de manejo precoce do AVE.
PALAVRAS - CHAVES: Acidente Vascular Encefálico. Fatores de Risco. Tratamento Emergencial.
Revisão integrativa de literatura.
O o o e i o o te i i ti i i i o o e i i i i e
o i i o i e vo e i e e i e i t i
Matheus Rodrigues de Souza; Dante Oliveira de Assis; Laíse Pereira Buriti; Laryssa Maria Martins Morais ;
Renata Esteves Frota ; Rômulo José de Gouveia Filho
INTRODUÇÃO: A insuficiência renal aguda é uma condição abrupta e geralmente reversível de diminuição
da taxa de filtração glomerular, resultando em retenção de ureia e desequilíbrio de outros produtos
nitrogenados. Em casos pediátricos, os sinais de quadro com hipervolemia são caracterizados por anasarca,
insuficiência cardíaca e edema pulmonar agudo, sendo preciso terapia inicial com diurético nos casos
oligúricos, visando remoção de fluídos através do uso de furosemida para melhora do débito urinário e
estabilização precoce do quadro. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática acerca da utilização da
furosemida na terapia diurética inicial nos casos de insuficiência renal aguda oligúrica com hipervolemia em
pacientes pediátricos. MÉTODOS: Foi realizada uma busca nas bases Scielo®, Pubmed
®, UptoDate
® sobre a
terapia diurética com diuréticos de alça nos casos de disfunção renal aguda oligúrica com hipervolemia em
pediátricos, tendo sido selecionados 5 artigos que abrangeram os critérios de inclusão. RESULTADOS: Os
princípios básicos do tratamento inicial da disfunção renal aguda em crianças com hipervolemia se baseiam
na investigação da causa primária, manutenção de líquidos corporais por terapia diurética intravenosa e
controle de eletrólitos. Inicialmente, é recomendada a administração de furosemida para induzir diurese e
melhora do débito urinário em crianças em estágios iniciais de insuficiência renal aguda oligúrica com
hipervolemia, sendo uma dose única inicial em bolus de 2 a 5 mg/kg, podendo alcançar o máximo de 200
mg por dose. Quando a dose inicial é efetiva, poderá ser feito infusão contínua de 0.1 a 0.3 mg/kg /h,
devendo ser totalmente descontinuada se não resultar em uma resposta efetiva na diurese em até 2 horas
após o início, considerando o risco de ototoxicidade e nefrotoxicidade como efeitos adversos da furosemida.
Ademais, é preciso atenção para tempo de uso breve e controlado da terapia com diurético de alça, por
possibilidade de gerar lesão renal através da hipotensão por overdose, resultando em aumento da
mortalidade do paciente. CONCLUSÃO: Nos casos de insuficiência renal aguda oligúrica com
hipervolemia, é extremamente recomendado o uso da furosemida como terapia diurética inicial para manejo
dos fluídos corporais e controle do quadro. Contudo, a terapia com diurético de alça não altera
significativamente o curso natural da patologia, visto a capacidade do fármaco em aumentar o débito
urinário nos néfrons com função residual mas não agir nos néfrons que estão totalmente comprometidos e
sem função. Dessa maneira, é preciso associar a terapia diurética com a investigação da causa primária
causadora da disfunção renal para tratamento efetivo.
Palavras-Chave: Diuréticos; Furosemida; Insuficiência Renal.
Hemorragia pós-parto por atonia uterina: relato de caso.
Thiago Vieira De Almeida Lima; Débora Vieira De Melo Agra Duarte; Elias Balbino Da
Silva; Juliana Jamaica Sousa Da Silva; Laryssa Pinheiro Marques
Introdução: A hemorragia pós-parto representa emergência obstétrica, sendo uma das principais causas de
morte materna que pode ser evitada. A principal etiologia é a atonia uterina, seguida por lacerações do
canal de parto, retenção de restos placentários e distúrbios de coagulação. Suas principais complicações
imediatas são o choque hipovolêmico, a coagulação intravascular disseminada (CIVD) e as insuficiências
renal, hepática e respiratória, bem como, a longo prazo, a síndrome de Sheehan (hipopituitarismo decorrente
de necrose avascular hipofisária). Descrição do Caso: Gestante, 20 anos de idade, duas gestações, uma
cesárea, uma paridade, nenhum aborto, chega ao serviço de urgência em trabalho de parto ativo (39 semanas
e 3 dias), com pré natal adequado e todos os exames normais. Ao ser avaliada, observou-se que a mesma
apresentava pré-eclâmpsia, sendo encaminhada para cesárea com sonda vesical de demora e venóclise.
Após a cirurgia, a equipe médica notou na mesma atonia uterina e sangramento uterino aumentado com
presença de coágulos, estando hipocorada, sudorética e hipotensa, fechando o diagnóstico de choque
hemorrágico. O útero apresentava-se pouco contraído na cicatriz umbilical, rapidamente contraindo-se após
massagem e compressão uterina bimanual. Foi admistrado 1 litro de NaCl 0,9%, ocitocina e oxigenação
suplementar por cateter nasal. Após 15 minutos a paciente voltou a normotensão. Depois foi submetida a
revisão do canal de parto e curetagem uterina, sendo retirada quantidade moderada de coágulos e material
sugestivo de restos ovulares. O útero apresentava-se contraído 5 cm acima da sínfise púbica, com
eliminação de lóquios fisiológicos. Hemograma normal. No segundo dia pós operatório evoluiu com
melhora clínica, sem intercorrências. Conclusão: A atonia uterina representa a incapacidade do útero de se
contrair adequadamente após o parto e está associada a vários fatores de risco, como a hipertensão uterina,
uso de relaxante uterino, obesidade, idade > 35 anos, retenção de coágulos. A prevenção, o diagnóstico
precoce e a reposição volêmica adequada, além de abordagem sistematizada, são fundamentais para reduzir
seu impacto. Seu tratamento inicial consiste em massagem uterina e uso de agentes uterotônicos como a
ocitocina, ergometrina e prostaglandinas. No insucesso destas medidas iniciais, outros métodos devem ser
aplicados rapidamente, na tentativa de controle da hemorragia. Existem métodos mecânicos, como a
compressão uterina bimanual, a compressão da aorta abdominal e o tamponamento uterino, além de
métodos cirúrgicos, como ligaduras arteriais, suturas de compressão uterina, embolização angiográfica e
histerectomia. Diante dessa hipotonia, se não houvesse melhora, a ligadura das artérias hipogástricas
constituiria o procedimento indicado para preservar o futuro reprodutivo dessa jovem.
Palavras chaves: hemorragia, atonia uterina, coágulos, gestante, emergência.
O papel da tomografia computadorizada no diagnóstico de isquemia mesentérica com
portograma aéreo (abdômen agudo): Relato de Caso.
Débora Vieira de Melo Agra Duarte; Elias Balbino da Silva; Rodolfo Igor Nunes Araújo; Juliana Jamaica
Sousa da Silva; Juan Carlos Soares Vidal; Aristócles Hitallo Bezerra.
Introdução: Isquemia mesentérica aguda é todo processo que interrompe o fluxo de sangue
secundariamente a embolia, trombose ou estado de baixo fluxo. É muito comum haver interrupção do fluxo
por bridas intestinais ou hérnias (menos comuns). Como consequência desse acidente vascular nas alças
intestinais, pode haver a presença de pneumatose intestinal e portograma aéreo, que é a presença de ar no
parênquima hepático (região mais externa). Se esse problema não for corrigido em tempo hábil, o paciente
pode ter um segmento necrosado e complicar para um abdômen agudo inflamatório. Para isso, é necessária
que no serviço de urgência seja utilizada a tomografia computadorizada. Relato de Caso: Paciente do sexo
feminino, 76 anos, chega ao pronto atendimento referindo dor abdominal difusa de forte intensidade,
náuseas e vômitos, inapetência, febre e que não evacua há 6 dias. Ao exame físico, observou-se um
abdômen globoso, rígido e com uma massa palpável próximo à região epigástrica. Suspeitando de um
abdômen agudo, o cirurgião geral de plantão solicitou uma tomografia (TC) de urgência para elucidação do
caso. No exame observou-se a presença de portograma aéreo (ar no parênquima do fígado) e fezes no
intestino delgado em grande quantidade com pneumatose, indicando que há uma obstrução em alça fechada
que está causando isquemia mesentérica e o portograma aéreo. Ao realizar uma laparotomia exploradora, foi
identificada a causa da obstrução sendo ela uma hérnia. As alças intestinais estavam necrosadas sendo
necessário fazer uma ressecção de todo o segmento com anastomose primária T-T. A paciente teve um pós
operatório sem intercorrências e após 5 dias de internamento recebeu alta. Conclusão: Esse tipo de
complicação chama a atenção pela complexidade e urgência em sua resolução tendo em vista minimizar
possíveis complicações ao paciente, como por exemplo, ressecção de uma parte do intestino. É importante
que numa situação de urgência, os médicos tenham a capacidade de pensar na possibilidade da isquemia
mesentérica, já que é uma situação corriqueira que põe a vida do paciente e seu bem estar em risco. Para
tanto, a tomografia computadorizada é vista hoje como um exame de fácil acesso e rápida identificação da
obstrução, já que está presente em centros de referência. Todavia, a causa dessa intercorrência só pode ser
descoberta com uma laparotomia exploradora, bem como para tentar corrigir o problema.
Palavras Chave: Isquemia, Obstrução intestinal, Tomografia computadorizada, Abdômen agudo,
Pneumatose.
Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas na população de 1 a 14 anos no estado da
Paraíba-PB no período de 2007 a 2017.
Ana Beatriz Rocha Cavalcanti; Gislayne Azevedo de Campos Alves; Mariana Campos de Almeida Alves;
Thamires de Oliveira Duarte Simões.
Introdução: As intoxicações exógenas estão incluídas na lista de doenças e agravos de notificação
compulsória e muitas vezes constituem reflexos do uso inadequado e abusivo de substâncias químicas.
Dentre os casos pediátricos, as intoxicações estão relacionadas à curiosidade intrínseca a essa fase de
desenvolvimento, funções imaturas de seus organismos, aumentando a suscetibilidade à ação tóxica das
substâncias e embalagens sem mecanismos de segurança, além da menor cultura de prevenção de acidentes,
que favorece, por exemplo, o armazenamento incorreto, possibilitando o alcance das crianças. Objetivos:
Identificar as principais causas que levam a intoxicação medicamentosa infantil e sua prevalência no estado
da Paraíba. Métodos: O estado da Paraíba apresenta aproximadamente, uma área territorial de 56.585 km²e
uma população estimada de 3,944 milhões habitantes. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo
quantitativo do perfil das intoxicações exógenas, nesse estado, em que foram analisados os dados referentes
aos casos notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no
período de 2007 a 2017. Para a análise do perfil epidemiológico das intoxicações exógenas, foram avaliadas
as seguintes variáveis: faixa etária (pessoas maiores de 1 ano a 14 anos), sexo (masculino/feminino), tipo de
agente tóxico (medicamento, agrotóxico agrícola, agrotóxico doméstico, agrotóxico saúde pública, raticida,
produtos médicos veterinários, produtos de uso domiciliar, cosméticos, produtos químicos, metal, drogas de
abuso, planta tóxica, alimentos, bebidas e outros). Para a análise descritiva, os dados foram armazenados em
planilhas do Programa Microsoft Excel, versão 2013® e calcularam-se as frequências relativas e absolutas
das intoxicações, de acordo com as variáveis analisadas. Resultados: Dentre os casos de intoxicações
exógenas, no estado da Paraíba, a faixa etária entre 1 a 4 anos apresenta maior susceptibilidade (55,5% dos
casos totais). Sendo as principais causas de intoxicações exógenas para essa faixa etária os medicamentos
(27,8%), produtos de uso domiciliar (18,8%) e alimentos (14,4%), resultados da fase de desenvolvimento
em que se encontram, ou seja, da experimentação oral. No que tange à faixa de 5 a 9 anos, os destaques
foram para alimentos (31,2%) e medicamentos (29,4%). Ademais, a fase de 10 a 14 anos constam
medicamentos (41,2%) e alimentos (19,4%). Conclusão: Pode-se concluir que medicamentos, comidas e
bebidas são os principais agentes responsáveis por intoxicações exógenas entre o público analisado no
estado da Paraíba, tendo em vista o fácil acesso que as crianças possuem a tais produtos.
Palavras-Chaves: Perfil de saúde, Envenenamento, Medicina de Emergência Pediátrica, Saúde da Criança
Abordagem da intoxicação por paracetamol nos serviços de emergência pediátrica.
Geyhsy Elaynne da Silva Rocha, Rafaela Maia de Oliveira Moraes,Ana Vitória de Sousa Melo, Dhiana de
Sousa Dantas Pragana, Eluiza Helena de Albuquerque Rocha Garcia, Letícia Pordeus Gonzalez.
Introdução: As intoxicações exógenas podem se apresentar nas mais diversas formas: o uso exacerbado de
agrotóxicos, animais peçonhentos, metais pesados, organofosforados, medicamentos, entre outros. Devido a
facilidade ao acesso, o paracetamol é um dos medicamentos mais utilizados na prática de automedicação e,
seu uso abusivo, está implicado em grande percentual de casos de intoxicação nos serviços de emergência.
Esse medicamento é um anti-inflamatório não esteroidal que apresenta características hepatotóxicas, com
absorção rápida, podendo atingir pico sérico após 4 horas. Sua dose terapêutica em criança é de 10mg/kg,
não podendo ultrapassar de 5 doses ao dia. Em caso de intoxicação, o quadro clínico e exames laboratoriais
devem ser avaliados a fim de possibilitar a tomada de medidas rápidas e efetivas. Objetivo: Destacar a
importância do diagnóstico precoce da intoxicação por paracetamol, a fim de estabelecer tratamento
adequado imediato nos atendimentos de emergência pediátrica, evitando prováveis complicações futuras, e
um possível óbito. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando como base científica o
SCIELO. A busca foi realizada utilizando os descritores: intoxicação e paracetamol. Foram incluídos artigos
publicados nos últimos cinco anos. Resultados: O paracetamol (acetaminofeno, derivado do p-aminofenol)
é um anti-inflamatório não-esteróide (AINE), inibidor da ciclo-oxidase (COX), seletivo para COX-3.
Durante a sua metabolização no fígado são produzidos metabólitos tóxicos, que quando consumido em
doses muito altas, não é possível neutralizá-los, o que gera danos ao próprio órgão. As lesões hepáticas
podem ocasionar alterações dos fatores de coagulação, afetando o TP (tempo de protrombina) e INR
(Relação Normatizada Internacional) nos exames laboratoriais. Segundo a SINITOX, 81 crianças menores
de 1 ano foram vítimas de intoxicação por agente medicamento, nos últimos cinco anos. Os sinais e
sintomas da intoxicação por paracetamol incluem náuseas, vômitos, dor abdominal alta, empachamento,
sudorese intensa, mal-estar geral, hipotensão arterial, arritmia cardíaca, icterícia, insuficiência hepática e
renal. A terapêutica inicial consiste em lavagem gástrica e carvão ativado, quando até 1h ou 2h da ingestão,
respectivamente, além da administração do antídoto: acetaminofeno. Conclusão: É imprescindível que os
médicos reconheçam a sintomatologia característica toxicológica do paracetamol em crianças, uma vez que
a intervenção adequada e ágil na emergência pediátrica, mitigam os riscos a vida, sendo fundamental a
discussão desse assunto.
Palavras-chave: emergência pediátrica, intoxicação exógena, paracetamol.
Tromboembolismo pulmonar pós- operatório em paciente submetido a colecistectomia: um
relato de caso.
Napoleão Suassuna Laureano Júnior; Caio Henrique Marinho Trajano ; João Antônio Carlos Suassuna;
José Roberto Ribeiro Neves Filho; Raquel Hellen de Sousa Muniz ; Sávio Daniel Freire de Albulquerque
Figueiredo.
INTRODUÇÃO: o tromboembolismo pulmonarconsiste na obstrução da circulação arterial do pulmão por
coágulos sanguíneos oriundos da circulação venosa sistêmica, geralmente pelo sistema venoso profundo dos
membros inferiores, com redução ou cessação do fluxo sanguíneo da área afetada. Essa patologia pode se
apresentar de forma aguda, com manifestações clínicas e laboratoriais surgidas imediatamente após a
instalação da obstrução vascular, ou de forma crônica, caracterizando-se pelo surgimento progressivo de
dispnéia e outras manifestações de hipertensão pulmonar ao longo de meses ou anos. Outrossim, o
tromboembolismo pulmonar é a terceira doença cardiovascular mais comum, além de ser a principal
complicação das tromboses venosas profundas.DESCRIÇÃO DE CASO: paciente feminina, 66 anos, com
história de colecistectomia de urgência no início de dezembro de 2019, evoluiu com dor em membro
inferior direito a partir do dia 02 de janeiro de 2020. Ao exame físico, constatou-se edema assimétrico em
membros inferiores, com dor a compressão em panturrilha direita. Tendo como hipótese diagnóstica inicial
um caso de trombose venosa profunda, decorrente de uma complicação da colecistectomia. Com possível
evolução para tromboembolismo pulmonar, a paciente foi encaminhada à urgência do Hospital Memorial
São Francisco para realização de exames, D-Dímero; Ultrassonografia Doppler venoso do membro inferior
direito; e angiotomografia pulmonar. O Doppler de membros inferiores evidenciou tromboflebite em todo o
trajeto da veia safena magna à direita e de veias superficiais na perna atingindo a veia femoral comum.Já a
angiotomografia evidenciou falha de preenchimento vascular ao meio de contraste, com predomínio nas
porções centrais acometendo o tronco da artéria pulmonar, artérias pulmonares direita e esquerda,
interlobares, segmentares para os lobos inferiores, segmentar medial do lobo médio e segmentares para os
lobos superiores, além de opacidades parenquimatosas mal definidas no segmento basal posterior do lobo
inferior. Diante disso, foi possível a confirmação da hipótese diagnóstica de tromboembolismo pulmonar,
tendo como conduta a realização de trombectomia mecânica e medicamentosa com uso de 20mg de Actylise
em artéria pulmonar esquerda e direita. O controle final evidenciou reestabelecimento do ramo inferior da
artéria pulmonar esquerda, com boa opacificação parenquimatosa do lobo inferior esquerdo e da artéria
pulmonar direita. Procedimento sem intercorrências. CONCLUSÃO:apesar da simplicidade deste relato,
podemos aproveitá-lo para reiterar a importância de uma anamnese bem dirigida e de um bom exame físico
na conduta inicial do paciente com quadro sugestivo de trombose venosa profunda. Ademais, evidenciar a
imprescindibilidade da profilaxia de trombose venosa profunda, sobretudo em pacientes em pós-operatório,
com a finalidade de evitar complicações graves como o tromboembolismo pulmonar. PALAVRAS-
CHAVE:Tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, trombose.
Deslocamento prematuro de placenta motivada por hipertensão arterial - Revisão de
literatura.
Ana Gabriela Venancio de Paula Bezerra; Caio Gabriel Barboza Aragão; Francisco Gomes de
Souto Neto; Francimar Gomes Moura Junior; Maria Fernanda Coutinho Pessoa; Vívian Maria
Maia; Joney Fábio de Melo Aragão.
O DPP ou deslocamento prematuro da placenta é uma emergências obstétrica e é descrita como
separação abrupta da placenta do corpo uterino, depois da 20° semana de gestação. A causa
primária do DPP é desconhecida, entretanto associa-se frequentemente com hipertensão arterial
sistêmica (HAS). A conduta adotada depende das condições maternas e fetais. O reconhecimento
rápido dessa urgência obstétrica e a intervenção apropriada podem garantir a sobrevivência
materna e neonatal. O objetivo desta revisão de literatura é relatar acerca do deslocamento da
placenta associado a hipertensão, a sua fisiopatologia e o diagnóstico. Fisiologicamente, a placenta
está aderida fisicamente à parede uterina devido a moléculas de adesão existente entre a placa
basal, cujo constituinte celular é o trofoblasto extraviloso, na porção fetal e a matriz extracelular,
na porção materna. O trofoblasto, invade os vasos maternos, promovendo a transformação das
artérias espiraladas de alta resistência, em vasos dilatados, de baixa resistência, para que haja a
maior nutrição e oxigenação do feto e da placenta. Patologicamente, Perturbações como HAS em
uma das fases de invasão trofoblástica invés de vasodilatar os vasos, irá contrair-los formando,
assim, vasos maternos anormais. Estes vasos na decídua basal sofrem rotura na proximidade de
regiões onde a adesão entre as partes fetais e maternas estejam
enfraquecidas por um processo patológico, como, por exemplo, por reação inflamatória excessiva.
O sangramento, seguido da formação do coágulo e da resposta inflamatória desencadeada, somado
aos fenômenos patológicos iniciais leva a um quadro de isquemia
e, posteriormente, infartos, comprometendo a circulação sanguínea fetal. Por consequência, inicia-
se o sangramento retroplacentário, sendo formado plano de clivagem. Segue-se infiltração
sanguínea na parede que, irritando o miométrio, provoca contrações da miocélulas e consequente
elevação do tônus basal em consequência rompimento prematura das membranas. O diagnóstico de
DPP é fundamentalmente clínico, classicamente , representados por dor localizada no baixo ventre,
hipertonia uterina e sangramento transvaginal em 80% dos casos. O DPP é uma patologia
hemorrágica da segunda metade da gestação que pode levar à mortalidade materna e fetal se não
diagnosticada e tratada de imediato. Estudos recentes mostram que a maior adesão das gestantes ao
Pré-Natal e a identificação dos fatores de riscos relacionados, especialmente a Hipertensão
Materna, que está associada a 75% dos casos, pode reduzir a incidência dos casos de DPP.
PALAVRAS-CHAVES: Deslocamento prematuro da placenta; hemorragia; sintomas; diagnóstico;
tratamento.
Á i o t exâ i o o o t o e e o i o e víti e t ti o ioe e i o.
Antônia Távora Pinho Rosado Ventura, Victor Donato Meneses Mendes, Ana Karolynne da Silva,
Lucas Germano Figueiredo Vieira, Kássya Mycaela Paulino Silva, Marie Anne Gomes Cavalcanti
INTRODUÇÃO: Lesões neurológicas podem ser divididas em traumáticas e não traumáticas. A maioria é
representada pelo Traumatismo Cranioencefálico (TCE), o qual é responsável por grande número de óbitos
e por deficiências subsequentes. A hemorragia intracraniana secundária a um TCE é associada a um alto
risco de coagulopatia que leva a um risco aumentado de hemorragia e a uma taxa maior de mortalidade.
Contudo, agentes antifibrinolíticos, tal qual o ácido tranexâmico (AT), podem reduzir a hemorragia
intracraniana traumática e, consequentemente, a necessidade de intervenção cirúrgica. OBJETIVOS: Avaliar
a eficácia do Ácido Tranexâmico no controle hemorrágico de vítimas de TCE. MÉTODOS: Revisão de
artigos publicados nas bases de dados da BVS e do PUBMED, utilizando-se os descritores “ácido
tranexâmico”, “hemorragia” e “TCE”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos 10
anos, com texto completo disponível gratuitamente. Foram excluídos os artigos que não contemplavam as
línguas inglesa e portuguesa. RESULTADOS: De acordo com análise de 917 pacientes por Weng et al., o AT
reduziu significativamente a taxa de crescimento hemorrágico e crescimento total da hemorragia em
pacientes com TCE. Ainda, o estudo mostrou que quão mais cedo administrado o AT, menor será o tamanho
do hematoma. Zehtabchi et al. relataram que não houve efeitos adversos sérios, como eventos
tromboembólicos, associados ao uso do AT. Roberts et al. avaliaram 20548 pacientes randomizados e
chegaram ao resultado de que o AT reduz o risco de mortalidade em 10% a 15% e de que o tratamento
precoce (≤ 3 horas) foi mais eficaz que a terapia tardia (> 3 horas). Não existiram evidências de que o AT
aumentava o risco de eventos vasculares oclusivos ou a necessidade de intervenção cirúrgica.
CONCLUSÃO: O AT demonstrou efeito significativo na redução do risco de expansão de hematomas, com
melhora da morbimortalidade em vítimas de TCE. Não houve aumento nas taxas de eventos
tromboembólicos.
Palavras-chave: Ácido tranexâmico, hemorragia, TCE.
Uso do fast no trauma: uma revisão sistemática.
Maurício Vasconcelos Valadares Neto; Davi Rodrigues de Sousa ; Eduardo Pimentel Carneiro Braga;
Fernando de Paiva Melo Neto; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola; Bianca Etelvina Santos de
Oliveira
Introdução: O trauma é a principal causa de morte em indivíduos menores de 45 anos no
Brasil, sendo responsável por cerca de um terço das internações de unidades de terapia
intensiva. Em decorrência desse cenário surgiu o Focused Assesment with Sonography
for Trauma (FAST) como uma alternativa de avaliação inicial do paciente. Objetivos:
Analisar o uso do FAST nas situações de trauma e suas vantagens para ajudar o paciente.
Metodologia: Estudo de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de
bases de dados como a Biblioteca Virtual Saúde (BVS) e United States National Library
of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2019, em inglês e português. Resultados: O FAST é
um processo rápido (3 a 5 minutos), não invasivo, sem necessidade de transporte e que
pode ser realizado na beira do leito dando um diagnostico preciso, além de poder ser
realizado ao mesmo tempo de outros procedimentos diagnósticos ou terapêuticos. Desse
modo ele apresenta diversas vantagens sobre outros exames utilizados no trauma
abdominal, a exemplo do lavado peritoneal diagnostico (LPD). Portanto, quando feito por
uma equipe devidamente capacitada o FAST se torna um dos principais exames
realizados na urgência e emergência com capacidade de diagnosticar uma hemorragia
possivelmente fatal, tal como um trauma abdominal penetrante que perfure um órgão
dessa cavidade e um tamponamento cardíaco, uma vez que se utiliza de um ultrassom
para detectar liquido livre intra-abdominal. Ele possibilita a realização do exame de
quatro regiões: a fossa hepatorrenal, a pélvis, a fossa esplenorrenal e o saco pericárdico.
Além disso, existe uma extensão desse procedimento conhecida como E-FAST que é
capaz de detectar derrame pleural e pneumotórax por meio da análise das bases direita e
esquerda da cavidade torácica, posto que são imagens de fácil acesso e possuem um
importante valor diagnóstico. Conclusão: Como o trauma é uma das principais causas de
morte de jovens no Brasil, o FAST pode ser utilizado para diagnosticar de maneira mais
rápida e fácil o problema desses pacientes, possibilitando assim um tratamento mais
adequado e que consiga minimizar os danos do paciente. Como consequência, ele vem
recebendo diversas indicações de sociedades internacionais na ultima década.
Palavras-chaves: FAST, Hemorragia, Trauma.
Arritmias cardíacas e as intervenções emergenciais: Revisão integrativa.
Davi Rodrigues de Sousa; Fernando de Paiva Melo Neto; Luciano Gonçalves do Nascimento
Júnior; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola; Ana Luísa Malta Dória; Kamyla Félix
Oliveira dos Santos.
Introdução: Arritmias cardíacas (AC) são batimentos irregulares devido alterações elétricas que provocam
modificações no ritmo cardíaco. Elas são de vários tipos: taquicardia, bradicardia, descompasso, sendo sua
pior consequência a morte súbita cardíaca. O atendimento a pacientes com AC constitui um desafio devido
à diversidade de apresentações clínicas e eletrocardiográficas. Objetivo: Identificar a produção científica
acerca do atendimento da AC na emergência, caracterizando as intervenções emergenciais mais apropriadas.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através dos bancos de dados da Literatura
Latino Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), da Scientific Electronic
Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, na língua inglesa e portuguesa. A
coleta de dados foi realizada no período de janeiro a 15 de fevereiro de 2020. Para viabilizar a coleta de
dados foram utilizados como descritores: “Arritmias cardíacas and Serviços Médicos de Emergência” e
“Morte súbita cardíaca and Unidades de Terapia Intensiva”. Dessa forma, a amostra foi composta por nove
publicações. Resultados: As AC compreendem uma imensa gama de situações, dificultando o diagnóstico e
a padronização do atendimento por médicos que atuam nas salas de emergência (SE). Diversas tentativas de
padronização para o atendimento emergencial de pacientes com AC já foram publicadas, porém, dados
referentes à prevalência e à eficácia terapêutica das medidas empregadas são escassos. A monitoração, a
garantia do acesso venoso, disponibilidade à medicamentos, marca-passo transtorácico e transvenoso são
intervenções imprescindíveis na SE. Todavia, na prática temos introduções inadequadas pelos
desconhecimentos dos profissionais. Durante o atendimento emergencial às AC, sabe-se que é de suma
importância o reconhecimento de situações de instabilidade clínica que estão relacionadas à presença de
critérios bem estabelecidos. O conhecimento das AC na SE é importante, não só para a elaboração de
protocolos de atendimento, mas também para programas de educação médica continuada e para aquisição e
manutenção de equipamentos e intervenções terapêuticas específicas. Anualmente, no Brasil, cursos são
realizados, garantindo que a maioria dos médicos em treinamento tenha contato com o protocolo.
Conclusão: O atendimento a pacientes com AC de forma qualificada é raro frente a outras condições
clínicas na SE de um hospital geral. Por isso, programas de educação médica devem priorizar o manejo
dessas situações. Contudo, mesmo que pouco prevalente, deve receber especial atenção dos médicos.
Portanto, todo profissional que trabalha na SE deve estar apto a tratar as AC, mas não deve se esquecer de
que podem constituir um sinal de alerta para uma condição clínica de maior gravidade.
Palavras-chaves: Arritmias, emergência, atendimento, terapia intensiva.
Perfil e prevalência de lesões em praticantes de crossfit: uma revisão de literatura.
Domingos Ribeiro da Silva Neto; Amanda Mayara Gomes dos Santos; Arianne Lira da Cunha Pedrosa;
Caike Henrique Gomes Ramos da Silva; Luanna Ferreira da Silva; José Wilker Torres Soares.
Introdução: O CrossFit é uma recente modalidade esportiva que tem ganhado popularidade principalmente
nos dias atuais. Esse método de treinamento físico se encaixa no regime de HIFT (High-Intensity Functional
Training), o qual tem como pilar o treino de alta intensidade e tem como objetivo primordial o ganho de
aptidão física aliado à preparação para desafios corporais. Entretanto, há grandes controvérsias entre a
comunidade científica quanto à segurança e a existência de maior risco de lesões na prática de CrossFit.
Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre o perfil e prevalência de lesões físicas em praticantes de
CrossFit, com ênfase nos locais mais recorrentes e levando em consideração a avaliação de risco comparada
às outras modalidades esportivas. Método: Foi realizada uma busca de estudos nas bases de dados Pubmed,
Medline, Scielo e Lilacs, do período de 2013 a 2019 com as palavras-chave “prevalence”, “injuries” e
“crossfit. Foram selecionados 22 artigos escritos em inglês, português e espanhol e, após leitura dos
resumos, foram excluídos 3, dos quais um abordava sobre a questão do vício da prática e os outros dois
sobre lesões não físicas. Resultados: A literatura aponta a prevalência de lesões em praticantes de CrossFit
com variação de 5 a 74% e com taxa de lesão variando entre 2 e 3,5 lesões por 1000 horas de treinamento.
O perfil de lesão mais comumente encontrado foi danos em pernas ou joelho, ombros e costas com índice de
relevância considerável. Outras lesões em cotovelos, pulsos e a síndrome de rabdomiólise também foram
relatadas, mas com baixa prevalência. A maioria dos estudos não relataram diferenças significativas de
lesões quanto ao sexo e idade, mas revelam influência do tempo de treinamento e a existência de lesão
prévia com maior probabilidade de lesão de maneira diretamente proporcional, porém há disparidades entre
os resultados. Conclusão: A quantidade de estudos sobre o perfil e prevalência de lesões em praticantes de
CrossFit ainda é escassa, não apresentando diferenças significativas entre esta modalidade esportiva e outras
mais praticadas. Os resultados sugerem que o risco de lesão é aceitável em comparação a maior quantidade
de benefícios à saúde, necessitando de acompanhamento com profissionais capacitados durante a prática, a
fim de garantir bom desempenho e reduzir riscos.
O eletrocardiograma como ferramenta no diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.
Ilary Gondim Dias Sousa; Ravy Lopes Silva
Introdução: O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma condição temida, uma vez que, devido a
inespecificidade de sintomas, pode levar o paciente a óbito antes do próprio diagnóstico. As mortalidade
estimada da doença é muito alta e varia de 67 a 91%. Na tentativa de diminuir esse número, os profissionais
de saúde buscam pelos achados mais comuns de TEP na maior variedade possível de exames. Assim, tem-se
o eletrocardiograma como um aliado, exame de fácil acesso e aplicabilidade, muito presente em unidades de
terapia intensiva, onde a maioria dos pacientes possui um alto risco para desenvolver TEP. Apesar disso,
trata-se de um exame pouco usado na prática clínica para esse propósito devido à baixa sensibilidade das
alterações encontradas, aliada ao próprio desconhecimento das principais alterações no ECG em quadros de
TEP. Objetivos: Avaliar a importância do ECG no diagnóstico de TEP; verificar quais achados mais
aparecem no diagnóstico de TEP no ECG. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de
natureza descritiva e abordagem quanti-qualitativa. O presente artigo teve como questão norteadora: “Quais
os achados mais específicos para TEP no ECG?”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados do Pubmed,
da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Scientific Electronic Library Online (Scielo) a partir das
seguintes palavras-chave, em inglês, espanhol e português, e operadores booleanos: “electrocardiogram
AND pulmonary thromboembolism”. Resultados: Ao todo foram encontrados 3589 artigos. Após retirada
dos artigos repetidos, inserção de filtros de tempo e de espécie humana, screening dos estudos e aplicação
dos critérios de inclusão e exclusão, encontramos 72 artigos. No total, foram incluídos 99 indivíduos dentro
dos artigos encontrados, alguns com mais de uma alteração. O achado mais comum foi o padrão S1Q3T3
(30 casos), seguido por alterações do segmento ST (29), inversão da onda T (20), taquicardia sinusal (19) e
bloqueio de ramo direito - BRD (13). Foi observado que o S1Q3T3 era preditor de lesão de ventrículo
direito, principalmente se associado a BRD. Todos os achados se relacionaram a um pior prognóstico e
aumento de mortalidade, sendo que, quanto mais próximo o ECG fosse da normalidade, menor o número de
complicações. Algumas alterações pouco relatadas mostraram grande especificidade e sensibilidade para
TEP, como um RS maior que 64,20 ms. Entretanto, tais alterações ainda têm que ser melhor estudadas. Vale
ressaltar que o ECG de lado direito mostrou-se mais sensível a alterações e alguns distúrbios permaneciam
no ECG mesmo após a resolução do episódio de TEP. Conclusão: Ainda não há um estudo unindo todos os
achados no ECG relacionados ao TEP. Apesar de termos muitos protocolos para TEP, na literatura ainda
temos muitos artigos e informações dispersos, fato que dificulta o uso do ECG como ferramenta primordial
para o diagnóstico precoce e menos dispendioso de TEP.
Palavras-chave: Eletrocardiograma, Tromboembolismo Pulmonar, S1Q3T3.
O uso da procalcitonina como biomarcador no diagnóstico da sepse, em situações de
emergência.
Victor Barbosa Assis; Medicina; Victor Monteiro Pontes;
INTRODUÇÃO. A sepse caracteriza-se como uma disfunção orgânica grave, decorrente de uma
desregulação da resposta imune do hospedeiro à infecção, a qual pode evoluir para o choque séptico. Tal
realidade demonstra o conjunto de desafios enfrentados pelos profissionais das áreas de emergência, durante
os atendimentos iniciais de pacientes afetados por essa comorbidade. Seu rápido diagnóstico é fundamental
para melhorar as chances de sobrevida das pessoas acometidas, incluindo pacientes hospitalizados e
admitidos de outros serviços. Dessa forma, verifica-se a necessidade do uso de biomarcadores, os quais são
moléculas provenientes do metabolismo corporal, seja por um processo fisiológico ou por um conjunto de
alterações bioquímicas de origem patológica. Um bom marcador de distúrbios patológicos deve agregar
valor à avaliação clínica, reduzir o tempo para a obtenção do diagnóstico definitivo e diferenciar as formas
infecciosas das não infecciosas. Entretanto, a demora na obtenção de uma concentração sérica referente a
um possível diagnóstico de sepse atrelado a uma baixa capacidade de especificação da patologia é
responsável pela busca constante por novas moléculas sinalizadoras. Diante disso, a procalcitonina (PCT)
destaca-se por ser um marcador mais específico, principalmente no contexto das infecções bacterianas, e
mostra-se importante para facilitar o diagnóstico clínico e reduzir o tempo para o início da terapia.
OBJETIVOS. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura sobre a eficácia da procalcitonina na
identificação precoce e na especificação da sepse, em situações de emergência. MÉTODOS. Foi feita uma
pesquisa bibliográfica baseada em artigos publicados entre 2016 e 2020. Utilizou-se nas bases de dados
Pubmed e BVS os descritores: sepsis, biomarker e emergency. RESULTADOS. A concentração sérica
normal de procalcitonina no organismo é menor que 0,1ng/ml. Desse modo, dois estudos prospectivos com
taxas de PCR maiores que 1,03ng/ml e 2,2ng/ml, obtiveram valor de sensibilidade para a sepse de 87% e
98%, respectivamente, enquanto que a taxa de especificidade para o mesmo foi de 78% e 89%,
respectivamente. CONCLUSÃO. A procalcitonina mostra-se como um biomarcador confiável para auxiliar
os profissionais para o diagnóstico precoce da sepse juntamente com a apresentação clínica do paciente Sua
produção em rins, fígado e pulmões aumenta em resposta a infecções bacterianas, sendo perceptível entre 2-
4 horas do início da sepse, com pico entre 8-24 horas. Porém, mais estudos devem ser realizados para
definir valores de corte que indiquem com maior acurácia um quadro de sepse, afastar outros quadros
clínicos que causam aumento de procalcitonina e apresentar outros biomarcadores tão confiáveis quanto.
Proteômica na sepse.
Nathália de Oliveira Azevedo; Shirlaynne Medeiros uchoa; Maria Gabriela Fernandes de Souza; Roberto de
Souza Medeiros; Isis Iane Ferreira de Almeida
Introdução: A sepse ou síndrome de resposta inflamatória sistêmica é desencadeada por uma infecção
advinda de um foco infeccioso ou agente causal, que gera uma resposta inflamatória e alterações
hemodinâmicas advindas da interação complexa entre citocinas e moléculas que provavelmente determinam
o curso e apresentação clínica da sepse. A fisiopatologia da sepse estabelece relações entre o agente
etiológico e o hospedeiro, e a ampliação de técnicas de analises proteômicas permitem avaliar a expressão
funcional de um genoma, avaliando as condições fisiológicas específicas, permitindo maior entendimento
relacionado as vias de sinalização celular, proteínas, modificações pós traducionais e marcadores biológicos
na doença. Na sepse, a sobrevida e o sucesso terapêutico dependem da precocidade do tratamento, dessa
forma, conter o quadro de forma efetiva e imediata, diminui por sua vez, as sequelas e a atual taxa de
mortalidade por sepse, que chega a 65% (ILAS,2018). Atualmente, ainda não se conhece o biomarcador
ideal para sepse, entretanto, se sabe que alterações nos níveis de algumas moléculas são verdadeiras, como
no caso da PCR, IL-6 e fator de inibição da migração de macrófagos, além da existência também de
citocinas proinflamatórias, tais como interleucinas1, 2 ,6, 8,12, fator de necrose tumoral alfa e fator de
necrose tumoral beta. Objetivos: Compreender mais sobre as bases moleculares da sepse afim de acelerar o
diagnóstico e o tratamento. Métodos: revisão de literatura de relato de caso e também de revisão de
literatura sistemática. Conclusão: Foram identificadas 14 proteínas expressas diferencialmente durante os
estágios da sepse, assim como, uma proteína não expressa em todos os estágios, deixando claro a existência
de biomarcadores específicos em diferentes momentos. Entre elas a amilóide sérico A, apolipoproteina A-
1, albumina humana e inibidores de proteases.
Obstrução de vias aéreas por corpo estranho em crianças: Uma emergência médica
Lara Nunes Gomes; Gabriela Braga Santos; Beatriz Nunes Gomes; Halina de Oliveira Lima; Renatta
Morgana Lacerda de Alencar
INTRODUÇÃO: A obstrução de vias aéreas por corpos estranhos é uma emergência pediátrica comum e
que pode, devido ao atraso do reconhecimento e atendimento ou ao manejo ineficaz, evoluir com sequelas
irreversíveis e até com o óbito. Para isso é fundamental agilidade e atendimento adequado a fim de reverter
o quadro de maneira efetiva, assim como, conhecimento das possíveis causas e de como reduzir a
incidência, a qual ocorre predominantemente por acidente domiciliar em idade pré-escolar. OBJETIVO:
Compreender a importância do diagnóstico e dos procedimentos para manejo eficaz e precoce de obstruções
de vias aéreas por corpos estranhos em crianças. MÉTODOS: Realizou-se pesquisa bibliográfica na busca
avançada das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SCIELO, MEDLINE e UPTODATE e
selecionou-se artigos com os descritores “vias aéreas”, “corpo estranho”, “criança” e “emergência” entre os
anos de 2002 e 2019. Em seguida, utilizou-se os seguintes métodos de inclusão: idioma português e inglês,
assunto principal: corpo estranho e obstrução de vias respiratórias. RESULTADOS: O intervalo entre a
introdução do corpo estranho, o diagnóstico e a sua retirada é de fundamental importância clínica para os
pacientes, tendo em vista que os quadros agudos têm evolução rápida, apresentando potencial desfecho
fatal. Nesse sentido, os sintomas frequentes como tosse súbita, palidez, cianose, sibilância e estridores são
alertas tanto para os profissionais como para a família que pode iniciar os primeiros socorros no ambiente
domiciliar. A presença de um responsável no momento ou logo em seguida ao surgimento dos sintomas é
essencial para a análise do ambiente e suspeita inicial da introdução de um objeto via oral ou via aérea,
facilitando, portanto, a conduta médica, que é auxiliada também pelas imagens obtidas à radiografia simples
do tórax. A técnica de retirada por broncoscópio rígido é a de escolha inicial por exigir menor
complexidade, porém não se apresenta efetiva em todos os casos já que o objeto pode não ser localizado ou
migrar, podendo se alojar na traquéia e brônquios principais, sendo o brônquio direito mais comum devido a
sua figuração anatômica. Além disso, outros procedimentos adicionais como toracotomia ou traqueostomia
podem ser realizados a depender do quadro clínico do paciente. CONCLUSÃO: Tendo em vista a grande
recorrência das obstruções respiratórias infantis por corpos estranhos, conclui-se a importância de rápido
diagnóstico e atendimento, uma vez que quanto mais tempo retido o corpo estranho, maiores serão as
complicações, como atelectasia, pneumonia, infecções, bronquiectasias, hipóxia por asfixia e até óbito, além
de possíveis tratamentos não indicados devido a um erro de diagnóstico. Dessa forma, o preparo de
profissionais e familiares deve ser reforçado, em busca da redução no número de obstruções de vias aéreas
nas emergências hospitalares.
Promoção em saúde: Ensino de reanimação cardiopulmonar à população
Karlla Stephanie Alves e Silva, Andrew Pereira da Silva, David Emanoel Alves Teixeira, Luís Felipe de
Melo Silva, Pedro Érico Alves de Souza
Introdução: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é caracterizada pela interrupção do funcionamento do
coração e do sistema respiratório, correspondendo a uma das principais causas de morte no mundo. No
Brasil, há em média 200 mil paradas cardíacas por ano, sendo metade dessas em ambiente extra-hospitalar.
O conjunto de práticas utilizadas para reverter a PCR é denominado de Reanimação Cardiopulmonar (RCP),
sendo constituído por compressões torácicas, ventilações, desfibrilações e uso de medicamentos. Objetivos:
Refletir sobre a importância do ensino da RCP à população, como prática de promoção em saúde. Métodos:
Revisão integrativa de literatura foi realizada em Janeiro de 2020, na base de dados PubMed, utilizando-se
os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Educação”, “Promoção em Saúde” e “Reanimação
Cardiopulmonar”, através do Operador Booleano “AND”. Foram encontrados 49 artigos, destes apenas 24
estavam disponíveis e foram publicados nos últimos cinco anos. Após avaliação crítica dos títulos e resumos
foram selecionados 11 artigos para a revisão. Resultados: A Reanimação Cardiopulmonar objetiva
restaurar o fluxo sanguíneo e a oxigenação tecidual. Tal prática, além de ser efetuada com eficácia deve ser
imediata, uma vez que a velocidade com que a RCP é iniciada está associada ao aumento em até quatro
vezes da sobrevida dos pacientes e à diminuição das sequelas decorrentes da PCR, como prejuízo e falência
de órgão vitais. Estatisticamente, em média 50% dos eventos resultantes em PCR ocorrem em ambientes
extra-hospitalares, portanto para que a vítima tenha uma maior chance de sobrevida, a RCP deve ser
praticada pelos espectadores do evento, até que uma unidade móvel de emergência e profissionais de saúde
cheguem ao local. Ou seja, em todo o mundo quando há um evento de parada cardíaca a sobrevida do
paciente depende da educação destinada aos leigos, em países que investem no ensino de RCP à população
como forma de promoção em saúde os índices de prestação de socorro imediato e eficaz são infinitamente
superiores àqueles de países que não investem. Conclusão: A adoção de políticas de promoção em saúde
através de campanhas publicitárias, parcerias com escolas/empresas e programas de capacitação popular em
ambientes públicos podem aumentar os índices de atendimento por espectadores a pessoas vítimas de PCR
e, consequentemente, a sobrevida delas.
Palavras-Chave: Educação, Promoção em Saúde, Reanimação Cardiopulmonar.
A gravidez ectópica de risco como consequência da salpingotripsia
Ana Luiza Menino Acioly; João Victor Maia Lima Costa; Perciliano Dias da Silva Neto
INTRODUÇÃO: A incidência da gravidez ectópica vem aumentando no decorrer dos anos, e atualmente,
está presente entre 1,3 - 2% das gestações. Segundo Silva, J. (2012) os sítios anatômicos em que acontecem
a fecundação errônea não podem acomodar devidamente o desenvolvimento placentário ou crescimento do
embrião, podendo desencadear rotura e hemorragia, desenvolvendo um quadro de emergência médica. Um
fator que comprovadamente colabora para essa condição é o método cirúrgico, conhecido como
salpingotrispsia. OBJETIVO: Discorrer sobre a gravidez ectópica e seus casos de riscos e emergenciais,
enfatizando a mesma como consequência da salpingotrispia. METODOLOGIA: Revisão na literatura
científica selecionando artigos de revisão. Utilizou-se os bancos de dados: Scielo e google acadêmico.
Foram filtrados 15 artigos de pesquisa, sendo avaliados 9 e incluídos 6. RESULTADO: A gestação ectópica
é definida como a implantação do blastocisto em qualquer lugar que não seja a cavidade endometrial
(HOPKINS, J. 2006). Essa condição pode ser classificada de acordo com a localização onde o embrião está
se desenvolvendo, sendo elas: Cornual, Abdominal, Ovariana, Cervical e Tubária, sendo esta a mais
frequente (95%). A circunstancia citada é mais frequente em mulheres com mais de 45 anos e de raça negra;
podendo também prejudicar o futuro reprodutivo da paciente, sendo a principal causa de morte no primeiro
trimestre (SILVA, J. 2012). Na chegada da paciente a emergencia, faz-se importante a anamnese, ligada a
exames como ultrassom endovaginal, teste de gravidez, beta-hCG e níveis de progesterona, com o principal
intuito de identificar o nível de risco da situação. Existem algumas causas que podem condicionar a
gestação ectópica de alto perigo, entre elas, estão as cirurgias previas sobre a tuba uterina, como a
salpingotripsia, este é um procedimento em que as tubas uterinas são alteradas impedindo o esperma de
alcançar o óvulo e causar fertilização (CRON, J. TODD, K. HUGGINS, G. 2006). Apesar deste método
contraceptivo ser bastante eficiente, caso ocorra a fecundação, há chances de 30-80% de ser ectópica.
CONCLUSÃO: Dessa forma, entendendo que apesar da salpingotripsia ser um método muitas vezes
necessário, observou-se que o emprego do mesmo pode acarretar danos à saúde reprodutiva da mulher. Com
isso, sugere-se que esse método seja pouco ou nada empregado. Entretanto, se faz necessário também um
maior número de estudos e pesquisas para maiores esclarecimentos ou aperfeiçoamento da técnica utilizada.
PALAVRA-CHAVE: Gravidez, Risco, Laqueadura.
Análise do diagnóstico e das consequências clínicas da síndrome hellp em pacientes na
emergência: uma revisão na literatura.
Marília Aparecida de Andrade Romão; Liandra Bezerra dos Santos ; Anne da Nóbrega Souza; Thayná
Figueirêdo Araujo; Matheus Vinicius de Araújo Lucena
Introdução: As doenças relacionadas a quadros hipertensivos na gravidez são consideradas emergências
obstétricas, portanto, há a necessidade de compreensão do diagnóstico rápido e suas consequências clínicas.
A síndrome de HELLP, patologia que pode ser considerada como uma variação da Doença Hipertensiva
Específica da Gravidez (DHEG), é uma condição geralmente iniciada a partir do 3º trimestre da gravidez
com a evolução desse quadro. Os achados laboratoriais das pacientes com a síndrome podem incluir
alteração nos glóbulos vermelhos, enzimas hepáticas elevadas e baixa quantidade de plaquetas. Objetivos:
Analisar artigos que tratem da síndrome de HELLP, abordando seu diagnóstico e consequências clínicas,
além de apresentar a relação da síndrome com os quadros de DHEG e as complicações envolvidas ao longo
da evolução dos seus sinais e sintomas. Métodos: Uma revisão de literatura. A pesquisa foi realizada nas
bibliotecas virtuais BVS e SciELO. Os descritores utilizados foram “Síndrome de HELLP” AND “DHEG”.
Selecionaram-se artigos publicados entre 2010 e 2019 que estivessem disponíveis na forma online com
texto completo, nas línguas inglês e português e cujo assunto principal fosse a síndrome de HELLP, seu
diagnóstico e consequências do quadro. Encontraram-se oito artigos na BVS e três na SciELO, totalizando
onze artigos selecionados. Resultados: As principais repercussões clínicas destacadas nos artigos
selecionados foram o aparecimento de hematoma subdural agudo espontâneo, além de casos com
hemorragia hepática subcapsular e também perpassando por distúrbios gastrintestinais e coagulopatias.
Considerando que a paciente com a síndrome está, na maioria dos casos, com um quadro clínico de
eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, a DHEG é um importante sinal de alerta pois levanta suspeitas para o
diagnóstico da HELLP. A fisiopatologia da síndrome - ainda não tão destrinchada pela literatura- demonstra
a relevância dos achados laboratoriais de plaquetopenia, elevação das enzimas hepáticas e hemólise no que
tange à exclusão de outras hipotéses diagnósticas, portanto, exames de urina, hemograma, DHL, creatinina,
ácido úrico, transaminases e bilirrubina devem ser realizados. Conclusão: A fim de promover a melhora do
prognóstico da paciente e evitar o óbito fetal, o diagnóstico rápido e apropriado da síndrome é de extrema
relevância, considerando-a como uma emergência obstétrica, começando também na Atenção Básica,
através do pré-natal. Além disso, a HELLP requer uma estreita cooperação entre obstetras e cirurgiões para
a intervenção correta em prol da saúde materno-fetal.
Palavras-chave: HELLP; DHEG; emergência
Trauma por arma de fogo em região mamária esquerda com lesão de artéria axilar direita e
ausência de lesão de plexo braquial.
Alice Maria Plácido Caldas Gitaí, Taís Cardoso Braga, Sônia Wanderley Silva Persiano, Renata
Carvalho Vasconcelos, José Raiumundo Ferreira Neto, Filipe Amorim Braga.
Introdução: Relato de caso de um trauma por arma de fogo em região mamária esquerda com projétil
fazendo um trajeto subcutâneo, lesando a Artéria Axilar Direita e ausência de lesão de Plexo Braquial.
Descrição de Caso: Paciente, sexo feminino, 27 anos, admitida no Serviço de Emergência do Hospital de
Emergência Dr. Daniel Houly, em Arapiraca-AL, vítima de agressão por arma de fogo. Com história de
hemorragia pelo orifício de entrada de projétil. Acordada, hipotensa, hipocorada (+/4+). Foi realizado
primeiro atendimento pela cirurgia geral do serviço, com exame físico mostrando lesão perfuro contusa em
região mamária esquerda e lesão transfixante em Membro Superior Direito, ausência de hemotórax ou
pneumotórax, presença de hematoma em região supra-axilar direita e ausência de pulso em membros
superiores. Realizado reposição hidroeletrolítica, transfusão de sangue. Posteriormente solicitado
Radiografia de tórax, punho direito, Tomografia Computadorizada de Tórax e avaliação da Cirurgia
Vascular. Em radiografia e tomografia de tórax, foi observado projétil alojado próximo à articulação
escapuloumeral direita. Em avaliação vascular, inicialmente mantinha membros superiores perfundidos,
com ausência de pulso. Após melhora hemodinâmica, observou-se pulso em membro superior esquerdo e
ausência no direito. Foi solicitado Doppler Vascular arterial e venosa de membro superior direito, que
apresentou Oclusão segmentar em Artéria Axilar direita em seu terço médio, Fluxo reabitado em transição
axilo-braquial por ramos colaterais musculares do tipo monofásico até o punho e Fluxo venoso pérvio sem
alterações em membro superior direito e sem alterações de plexo braquial. Com isso, foi realizado
Intervenção cirúrgica para revascularização de Artéria Axilar Direita, feito um enxerto com Artéria Safena
Magna, que por auxílio do doppler facilitou o controle proximal evitando a secção da clavícula. Conclusão:
O caso apresentado reforça a relevância do atendimento rápido, por equipe multidisciplinar, seguido por
exames físico e complementares que auxiliaram no diagnóstico específico do trauma vascular. Levando em
consideração o caso clínico relatado, essa conduta médica tem o intuito de recomendar no primeiro tempo o
reparo da lesão. Possibilitando reconstrução de Artéria axilar com interposição com enxerto de Veia Safena
Magna reversa. Com o fim de evitar complicações, como a isquemia, pseudoaneurisma, claudicação de
membro e até óbito do paciente.
Palavras chaves: artéria axilar, traumatismos, corpos estranhos
Descolamento prematuro de placenta motivada por hipertensão arterial-revisão de
literatura.
Ana Gabriela Venancio de Paula Bezerra; Caio Gabriel Barboza Aragao; Francimar Moura Gomes
Junior; Maria Fernanda Coutinho Pessoa; Vivian Maria Maia
Introdução: O DPP ou deslocamento prematuro da placenta é uma emergências obstétrica e é
descrita como separação abrupta da placenta do corpo uterino, depois da 20° semana de gestação.
A causa primária do DPP é desconhecida, entretanto associa-se frequentemente com hipertensão
arterial sistêmica (HAS). A conduta adotada depende das condições maternas e fetais. O
reconhecimento rápido dessa urgência obstétrica e a intervenção apropriada podem garantir a
sobrevivência materna e neonatal. Objetivo: Esta revisão de literatura é relatar acerca do
deslocamento da placenta associado a hipertensão, a sua fisiopatologia e o diagnóstico.
Metodologia: O presente artigo é uma revisão de literatura na qual foram analisados artigos
científicos publicados no SciElo, Pubmed e BVS. Resultado: Fisiologicamente, a placenta está
aderida fisicamente à parede uterina devido a moléculas de adesão existente entre a placa basal,
cujo constituinte celular é o trofoblasto extraviloso, na porção fetal e a matriz extracelular, na
porção materna. O trofoblasto, invade os vasos maternos, promovendo a transformação das artérias
espiraladas de alta resistência, em vasos dilatados, de baixa resistência, para que haja a maior
nutrição e oxigenação do feto e da placenta. Patologicamente, Perturbações como HAS em uma
das fases de invasão trofoblástica invés de vasodilatar os vasos, irá contrair-los formando, assim,
vasos maternos anormais. Estes vasos na decídua basal sofrem rotura na proximidade de regiões
onde a adesão entre as partes fetais e maternas estejam enfraquecidas por um processo patológico,
como, por exemplo, por reação inflamatória excessiva. O sangramento, seguido da formação do
coágulo e da resposta inflamatória desencadeada, somado aos fenômenos patológicos iniciais leva
a um quadro de isquemia e, posteriormente, infartos, comprometendo a circulação sanguínea fetal.
Por consequência, inicia-se o sangramento retroplacentário, sendo formado plano de clivagem.
Segue-se infiltração sanguínea na parede que, irritando o miométrio,
provoca contrações da miocélulas e consequente elevação do tônus basal em consequência
rompimento prematura das membranas. O diagnóstico de DPP é fundamentalmente clínico,
classicamente , representados por dor localizada no baixo ventre, hipertonia uterina e sangramento
transvaginal em 80% dos casos. Conclusão:O DPP é uma patologia hemorrágica
da segunda metade da gestação que pode levar à mortalidade materna e fetal se não diagnosticada e
tratada de imediato. Estudos recentes mostram que a maior adesão das gestantes
ao Pré-Natal e a identificação dos fatores de riscos relacionados, especialmente a Hipertensão
Materna, que está associada a 75% dos casos, pode reduzir a incidência dos casos de DPP.
PALAVRAS-CHAVES: Deslocamento prematuro da placenta; hemorragia; sintomas;
diagnóstico; tratamento.
Ventilação mecânica em pacientes com sara: uma revisão de literatura:
Kennedy da Mota Dantas Júnior, Ana Carolina Souza Diniz, Arthur Edmilson Barbosa Souto, Islany de
Souza Porto Diniz Ramalho, Caio Quincas de Medeiro, Milton Antônio Gonçalves de Oliveira.
Introdução: A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA/SDRA) é uma condição clínica
caracterizada pela falência respiratória aguda e danos na difusão alveolar decorrente de vários insultos
locais ou sistêmicos que acarretam lesão da estrutura alvéolo/capilar com aumento da permeabilidade
capilar, inflamação aguda e perda da função de barreira. Portanto, resultam no surgimento de edema
exsudativo, distúrbios quantitativos e qualitativos do surfactante da via aérea terminal e do espaço alveolar.
Assim, a ventilação mecânica (VM) se faz necessária para manter adequada troca gasosa e compensar o
aumento de carga no sistema ventilatório. Objetivo: Avaliar os efeitos das diferentes modalidades de VM
utilizadas em pacientes com SARA. Metodologia: Foi conduzida uma revisão da literatura na base de dados
PubMed nos últimos cinco anos e selecionou-se artigos que avaliassem alguma estratégia de VM em
pacientes com SARA e que apresentasse entre seus desfechos a menor mortalidade. Resultados: Há
evidências demonstrando que a estratégia usada na VM pode afetar a atividade inflamatória pulmonar
durante a SARA bem como a resposta inflamatória sistêmica. Entretanto, ultimamente, ocorreram
transformações nas estratégias ventilatórias utilizadas em pacientes com SDRA, sendo os ventiladores
mecânicos ajustados com o objetivo de evitar os efeitos adversos da VM. Tal mudança se deve ao crescente
entendimento de que a VM pode piorar uma lesão pulmonar preexistente, ou ocasionar uma lesão pulmonar
aguda de novo em pulmões saudáveis. Com base na fisiopatologia da SDRA e levando em conta apenas os
aspectos relacionados a VILI (Lesão pulmonar induzida por Ventilador) e às trocas gasosas, o emprego de
PEEPs (Pressão Expiratória Final nas Patologias) altas, quando indicado, deveria ser precedido da
realização de uma manobra de recrutamento, pois, promovido a abertura de alvéolos, o nível de PEEP
necessário para manter nessas condição é menor, em comparação com as situações em que a manobra não é
feita. Por fim, temos a posição prona que reduz áreas de atelectasias e melhora a relação
ventilação/perfusão, tanto pelo aumento da área ventilada, quanto pela melhor ventilação de áreas mal
perfundidas, além de reduzir a lesão pulmonar induzida pela ventilação. Conclusão: Com todo o avanço nas
gerações de ventiladores mecânicos microprocessados, a síndrome ainda tem um índice considerável de
morbimortalidade, existindo ainda várias controvérsias clínicas a respeito. No entanto, a VM tanto para o
tratamento como para o agravamento da SARA são importantes para que se desenvolvam novas maneiras
de conduzir e empregar a VM. Todavia, as estratégias ventilatórias protetoras de lesão pulmonar, com
volume corrente reduzido, amenizando a distensão excessiva alveolar, ainda parece ser o maior avanço
relacionado a VM, com forte impacto nas taxas de mortalidade.
Palavras-chaves: Ventilação mecânica; SARA; mortalidade.
Manejo de paciente complicada por infecção de sítio cirúrgico iatrogênica após realização de
histerectomia total: Um relato de caso
Renata Vasconcelos de Carvalho (autora principal); Lusitania Maria Barros (orientadora); Luiza
Maria Rabelo de Santana; José Raimundo Ferreira Neto; Alice Maria Plácido Caldas Gitaí; Isis
Carvalho Miranda
INTRODUÇÃO: A Infecção de sítio cirurgico (ISC) consiste em uma importante causa de infecções
relacionadas à assistência em saúde (IRAS), representando a segunda maior etiologia de infecções
hospitalares e uma problemática no contexto da saúde em geral pois prolonga o tempo de internação,
aumenta os riscos de reinternação e por fim eleva a morbimortalidade dos pacientes. Em muitas situações
estas ocorrem por iatrogenia no processo cirúrgico devido à negligência nos cuidados pré e pós-operatórios
como: assepsia da ferida operatória, técnica cirúrgica inadequada, tempo cirúrgico superior a duas horas,
perda sanguínea, tempo de internação prolongado e uso inadequado de antibioticoprofilaxia prévia à
cirurgia. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 35 anos, dá entrada em unidade docente
assistencial na cidade de Maceió com queixa de febre alta e drenando secreção fecalóide pela cicatriz
pélvica e cúpula vaginal após realização de procedimento de histerectomia total em hospital da cidade há
sete dias. Foi sugerida como hipótese diagnóstica uma fístula entre a cavidade abdominal e a cúpula vaginal
com evolução para infecção de sítio cirúrgico. Solicitou-se exames laboratoriais – uréia, creatinina, glicose,
hemograma, contagem de plaquetas, PCR e VDRL, evidenciando processo inflamatório de provável origem
infecciosa e uma ultrassonografia pélvica cujo laudo descreveu ovários pouco aumentados de volume, com
imagens císticas e septos finos, além da ausência do útero, mas nada que complementasse a hipótese
diagnóstica. Como conduta a paciente foi referenciada ao hospital de realização do procedimento com
indicação para a realização de uma laparotomia exploradora, no sentido de localizar a fístula e realizar sua
correção cirúrgica e iniciada a antibioticoterapia oral. Até o momento a paciente segue internada ainda em
antibioticoterapia, no entanto sem retificação do processo fistuloso. CONCLUSÃO: O manejo de um
paciente cirúrgico exige um cuidado por parte da equipe de saúde, de início é preciso entender que além dos
fatores de risco para infecção que dependem da assistência em saúde, existem variáveis inerentes ao
paciente, e que muitas destas não podem ser modificadas- idade, estado nutricional prejudicado, diabetes,
obesidade, tabagismo, imunossupressão, infecção em outro sítio e má higiene pessoal- estes surgem como
um desafio para a atenção em saúde no controle das IRAS. No contexto da histerectomia, a ISC desponta
como uma das maiores causas de morbimortalidade, uma complicação que decorre diretamente da má
qualidade e cuidado da assistência em saúde e a falta de atenção os fatores predisponentes. Cuidados que
visam impedir a evolução de uma cirurgia simples não contaminada que em geral não evolui com
comorbidades a um quadro complicado, que pode ocasionar sepse grave e evoluir com óbito desse paciente.
Palavras chave; Infecção de sítio cirúrgico, fístula, histerectomia.
Urgências e emergências decorrentes doenças hipertensivas da gestação: uma revisão de
sistemática.
Thássia Rachel Brito Figueiredo de Almeida; Jefferson Alain Emiliano e Melo; Thayse
Rachel Brito de Figueiredo Almeida; Rafaella Fiquene de Brito Filgueira, Matheus Crispim
Mayer Ramalho; Estephanye Vasconcelos Nunes de Farias
INTRODUÇÃO Doenças hipertensivas na gestação, são consideradas a principal causa de morbidade e
mortalidade materna. Elas podem ser classificadas em: hipertensão gestacional, pré eclampsia, hipertensão
crônica mais pré eclampsia associada e hipertensão crônica. Dentre muitas complicações dessas doenças
hipertensivas, podemos destacar o hematoma subcapsular do fígado, síndrome de encefalopatia posterior
reversível, paralisia facial de bell e mortalidade fetal, complicações essas que necessitam de intervenções
imediatas. OBJETIVOS Analisar a produção científica nacional e internacional acerca das complicações
relacionadas a desordens hipertensivas na gestação. METOLOGIA Foi realizada uma revisão de literatura
na qual se identificaram 85 artigos no Lilacs. Foram incluídos, inicialmente, apenas estudos clínicos,
revisões de literatura e relatos de caso avaliando complicações relacionadas a eclampsia, no período dos
últimos cinco anos, nos idiomas: português, inglês e espanhol. Excluíram-se os estudos duplicados, teses e
artigos que não constavam na íntegra. RESULTADOS Cinco artigos preencheram os critérios de inclusão
e exclusão. Os artigos selecionados evidenciaram que hipertensão na gravidez configura-se como uma das
maiores causas de mortalidade e morbidade. Um estudo evidenciou que de 162 mulheres gravidas com pico
de pressão, 61% apresentava pre-eclampsia, sendo a cesareana feita em 72% dos casos. A mortalidade
neonatal correspondeu a 24 casos a cada 1000 nascimentos vivos Um outro estudo evidenciou o mau
diagnóstico de hematoma subcapsular de fígado associado a ao quadro clínico prévio de pré eclampsia e
síndrome de hellp, sendo essa complicação uma importante causa de mortalidade materna. Foi evidenciado
também que a eclampsia é associada a síndrome de encefalopatia posterior reversível, bem como na
síndrome de hellp, e se da graças a um desbalanço na regulação dos vasos sanguíneos cerebrais, causada por
uma hipertensão severa. A pré eclampsia e hipertensão gestacional, foi associada a ocorrência de paralisia
facial de Bell no terceiro trimestre da gestação e menos comum na primeira semana do pós parto.
CONCLUSÃO Com o avanço da tecnologia e dos novos métodos diagnósticos, fica mais fácil o manejo
das urgências e emergências hipertensivas da gestação, bem como de suas complicações. Dessa forma é
imprescindível que o diagnóstico e conduta aconteça de forma eficaz a fim de evitar danos adversos
maternos graves e danos fetal.
O ultrassom pulmonar na uti como um fator prognóstico e preventivo da insuficiência
respiratória.
Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva
Melo Neto; Letícia Lemos Rios Vital; Marílya Vitórya dos Santos Silva; Bianca Etelvina
Santos de Oliveira.
Introdução: A insuficiência respiratória é uma das condições mais comuns na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e, comumente, requer uma imagem torácica para diagnóstico definitivo e precoce. A
Tomografia Computadorizada (TC) é considerada o exame padrão nesses casos e as radiografias são
utilizadas com frequência na rotina. Porém, o diagnóstico através do ultrassom pulmonar, um método
menos invasivo e mais inócuo, vem ganhando notoriedade na comunidade cientifica. Objetivos: Avaliar o
uso do ultrassom pulmonar na UTI com o objetivo de difundir um método barato, eficaz e inócuo para o
diagnóstico de diversas patologias pulmonares potencialmente fatais. Métodos: Estudo de revisão
sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2019 e 2020, com artigos em inglês.
Resultados: O Ultrassom Pulmonar (UP) é um método não invasivo de fazer uma avaliação
semiquantitativa da congestão pulmonar e avaliar o conteúdo extravascular pulmonar. Essa técnica tem sido
utilizada como diagnóstico de patologias em pacientes críticos, possui curva de aprendizado baixa, fácil
manuseio, portabilidade e é um método inócuo, podendo ser usado em diversos grupos, a saber grávidas.
Ademais, a viabilidade do UP é de 100% e o tempo necessário para o desempenho nunca excede 5 minutos,
o que resulta em economia tempo no cenário da emergência. A redução da aeração pulmonar pode ser
observada se as linhas B estiverem presentes e a consolidação pode ser vista através da hepatização do
tecido pulmonar, podendo estar associado a um broncograma aéreo. É importante salientar que inundação
alveolar acontece principalmente nos campos inferiores, por isso, a maior parte dos achados são nessa área
do pulmão. O UP, principalmente quando associado as ultrassonografias cardíaca e vascular, pode auxiliar
no diagnóstico diferencial de insuficiência respiratória. Além disso, esse método pode ser utilizado para
complementar às investigações dos níveis de peptídeos natriuréticos e das medidas ecocardiográficas, isto é,
avaliação das pressões de enchimento do lado esquerdo e direito. Conclusão: Sendo assim, concluímos que
a UP pode representar uma ferramenta de cabeceira válida para monitorar a depuração da síndrome
intersticial e sua distribuição após as primeiras horas de tratamento em situações de emergência. Porém,
ainda é necessária uma padronização para o uso dessa ferramenta, sendo assim, o UP deve ser
adequadamente testado para permitir um valor clínico adequado em vários contextos.
Palavras-chave: Ultrassom Pulmonar, Insuficiência Respiratória, Unidade de Terapia Intensiva.
A epidemiologia do trauma como um problema de saúde: uma revisão sistemática da
literatura.
Déborah Thaise Bezerra de Campos; Jordan Willy Galdino Lins; Sarah Cavalcanti de Andrade ; Priscila
Coutinho Ferreira; Ana Beatriz Menezes Pinto.
INTRODUÇÃO: A Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado define trauma como
um evento que acarreta lesão ou dano, possuindo etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas,
prevenção, controle, cura e reabilitação bem definidas. Até 2015, segundo o SIM (Sistema de Informação
sobre Mortalidade), o trauma era a terceira maior causa de morte no mundo e, segundo a OMS, até 2020 o
trauma por acidentes automotivos seria a segunda maior causa. Porém, há um cenário de ausência de
informações que sincronizem morbidade e mortalidade, gerando uma epidemia da sociedade moderna, o
mais importante problema nacional de saúde. OBJETIVOS: Expor a epidemiologia do trauma a nível
nacional, evidenciando sua importância como problema de saúde pública e visando à busca por
resolutividade. Analisar a parcela populacional mais predominantemente afetada por óbitos de causa externa
e atentar aos cuidados primários, secundários e terciários. METODOLOGIA: Foram considerados 10
artigos publicados entre 2010 e 2020, sendo selecionados 5. Os critérios de exclusão foram baseados em
relevância e contribuição ao tema analisado. As bases de dados utilizadas foram Scielo e Lilacs.
RESULTADOS: A morte e invalidez decorrente de acidentes são uma epidemia da sociedade moderna e a
principal causa de morte na primeira metade da vida (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES, 1966).
Segundo os dados do SIM, entre 1996 até 2013 o trauma por causas externas predominou na população
masculina (83,4%), branca (39%), com faixa etária entre 20 e 29 anos (28,1%), com baixa escolaridade e
principalmente por acidentes de trânsito. Sendo uma parcela da população economicamente ativa, cada
morte significa de 30 a 40 anos de vida potencialmente perdidos. Em 2013, em média, morriam-se 17
pessoas por hora no Brasil por causas externas. O Brasil é o quinto país no mundo em mortes provocadas
pelo trânsito, com 28% destas envolvendo motocicletas (BRASIL, 2015). No trauma, classifica-se a
prevenção como primária, secundária e terciária. A primeira dá-se por ações de educação coletiva,
normativas e leis. A segunda, no controle dos agravos e, a terceira, na reabilitação. Percebe-se, então, que a
atenção básica deve ser direcionada à fomentação de estratégias de educação e leis que instituam esse
cuidado. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que o trauma é uma doença que merece atenção
especialmente em sua epidemiologia. No Brasil, ainda não há um sistema eficaz e confiável para o
dimensionamento desse problema, bem como a assistência ao paciente, dificultando o melhor
direcionamento de políticas públicas. O trauma possui prevenção e pode ser realizada eficientemente, com
baixo custo e por ações populares e legislativas. Percebe-se a importância da capacitação de mais
profissionais que atuem nessa área e promovam o atendimento adequado ao paciente vítima de trauma.
Capacitação em libras na urgência e emergência.
Manuela Magalhães Dardenne Tenório; Ana Beatriz Nogueira Da Cruz; Camila Jales Lima De Queiroz;
Gabriela Silva De Brito; Gabrielle Dantas Soares Galindo Vaz; Raphael Pinheiro Camurugy Da Hora
INTRODUÇÃO: A língua brasileira dos sinais é a segunda língua oficial do Brasil. No país, os portadores
de deficiência auditiva correspondem a 9,7 milhões, o que equivale à 5,1% da população em geral. Logo, a
capacitação dos profissionais de saúde em Libras torna-se fundamental para o processo de inclusão e
acessibilidade desses pacientes na urgência e emergência, tornando os atendimentos aos Surdos cada vez
mais eficiente. OBJETIVO: Esclarecer a relevância da capacitação em Libras dos profissionais da área da
saúde no âmbito da urgência e emergência. MÉTODOS: Revisão literária, com nove artigos (2011-2019)
disponível em texto completo, em português e inglês, pesquisados nas plataformas PubMed, Scientific
Eletronic Library On-line (SCIELO) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), através dos descritores: Libras,
urgência, capacitação. RESULTADOS: Partindo do pressuposto de que toda pessoa possui o direito da
atenção à saúde, bem como sua promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, no Brasil, o que se depara
é um cenário oposto do que propõem os marcos legais, especialmente no que diz respeito as pessoas com
deficiência. No país supracitado, 23,9% da população é composta por pessoas que possuem algum tipo de
deficiência. Desses, cerca de 2,3 milhões são deficientes auditivos. Percebe-se então, uma quantidade
significativa dessa parcela da sociedade, sendo exposta aos mesmos riscos do restante da população. Por
isso, a aplicação do contato dos médicos socorristas com a Libras é tão relevante, uma vez que torna o
acesso à saúde dos Surdos mais seguro e resolutivo. Assim sendo, a capacitação dos profissionais da saúde,
incluindo médicos, é possível de diminuir erros diagnósticos e de tornar o manejo terapêutico mais
eficiente. Além disso, há a promoção da saúde, da humanização para com o surdo, da melhoria da relação
entre médico-paciente e como resultado, há a redução da morbimortalidade desses pacientes.
CONCLUSÃO: Após a análise, conclui-se que é fundamental o uso da Libras no atendimento aos surdos,
pois implica diretamente na promoção da saúde por meio da acessibilidade, inclusão social e redução da
morbimortalidade dos deficientes auditivos no âmbito de urgência e emergência. Por fim, faz-se necessário
a disponibilização de cursos profissionalizantes dentro do assunto pertinente, treinamentos, e atualizações
visando a educação continuada, bem como fatores somáticos necessários aos avanços na assistência aos
Surdos.
Importância da introdução do estudante de medicina nos serviços de urgência e emergência
através das ligas acadêmicas: relato de experiência
Ana Karolynne da Silva; Kássya Mycaela Paulino Silva; Antônia Távora Pinho Rosado Ventura; Victor
Donato Meneses Mendes; Marie Anne Gomes Cavalcanti.
Introdução: A formação médica deve conter habilidades, competências e atitudes direcionadas a um bom
atendimento aos doentes nos diferentes cenários da urgência e emergência. Entretanto, durante a graduação,
o acadêmico lida com uma modesta quantidade de horas curriculares nessa área, e assim, a participação em
ligas acadêmicas oportuniza ao estudante agregar conhecimentos, através de um projeto de atividade
extracurricular que associa a prática social e humana, permitindo-lhes adquirir habilidades técnicas e
experiência fundamentais para a prática profissional futura. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo,
portanto, relatar as experiências vivenciadas como integrantes da Liga Acadêmica de Urgências e
Emergências Clínicas (LAUEC) durante o ano de 2019. Métodos: A liga possui integrantes do sétimo ao
11° período do curso de medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da UNIFACISA,
e desenvolve atividades teóricas semanais, além dos estágios quinzenais nas Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs) da cidade de Campina Grande - PB. Resultados: A LAUEC proporciona encontros
teóricos dinâmicos com os ligantes, nos quais são exercitados o raciocínio clínico diante de casos
emergenciais diversos e são discutidas as condutas necessária para cada situação exposta. Além dos
ligantes, participam ainda das reuniões, o orientador da liga e outros profissionais/professores convidados
inteirando-nos de suas vivências e das adversidades que surgem na rotina da atuação médica em
departamento de emergência, sobretudo no âmbito do serviço público de saúde. Por meio dos estágios nas
UPAs, tivemos a oportunidade de atuar no cenário pré-hospitalar, desde a discussão dos casos em
atendimento, até a realização de procedimentos, sempre sob supervisão dos preceptores. Ademais, pudemos
vivenciar o trabalho em equipe multidisciplinar e treinar o desenvolvimento de raciocínio rápido com
análise individualizada até a tomada de decisões imediatas que repercutem diretamente no prognóstico e,
consequentemente, na vida do paciente. Conclusões: A inserção acadêmica em departamentos de
emergência contribui à formação do profissional médico, sendo importante, pois, não raro, os profissionais
recém-formados iniciam sua carreira em plantões de pronto-socorros, UPA ou atendimento pré-hospitalar.
Assim, a participação na LAUEC promove benefícios que perpassam o âmbito teórico-prático, com
experiências para além do que a grade curricular do curso de medicina oferece, e com isso, permite o
aprimoramento pessoal e a segurança na tomada de decisão.
Projeto de um novo dispositivo de fixação pélvica com regulação lateral em talas removíveis.
Milton Paulo Cabral de Melo Pinto; João Victor Alves Ribeiro; Fernanda de Oliveira Mendonça; Fernando
de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana
Introdução: Traumas envolvendo lesões nos ossos pélvicos podem levar a quadros de extrema
complexidade e gravidade, tendo em vista a proximidade de grandes vasos a essas estruturas articulares,
decorrendo consequências como: hemorragias, choques hipovolêmicos e perda de membros diante da
interrupção do fluxo sanguíneo. Diante disto, é necessário que a equipe de atendimento pré-hospitalar esteja
bem treinada afim de realizar o diagnóstico correto destas lesões, bem como equipada com dispositivos que
produzam um efeito estabilizador rápido e eficiente da cintura pélvica. Objetivos: O presente trabalho tem
como objetivo descrever e simular a aplicabilidade de um novo dispositivo para fixação pélvica com
regulação lateral em talas removíveis diante de uma cena atendimento simulado. Esse projeto foi
desenvolvido por um aluno do sexto período do curso de medicina da faculdade UNIPÊ e visa auxiliar no
manejo de um paciente traumatizado em região pélvica, além de evitar iatrogenias por lesões secundárias ao
trauma. Métodos: Foram utilizados para o desenvolvimento do projeto os mesmos princípios já existentes
em outros equipamentos no mercado, bem como materiais duráveis, resistentes e de fácil limpeza. Contudo,
o novo dispositivo apresenta espaços laterais nos quais são permitidos a regulação e posterior fixação com
talas, fato que melhora sobremaneira a estabilidade mecânica da articulação pélvica dificultando lesões
secundárias no momento do transporte do paciente da cena ao hospital. Resultados: Os resultados do
presente trabalho ainda são insignificantes, tendo em vista os poucos testes realizados com o dispositivo.
Apenas os alunos pertencentes ao grupo tiveram a oportunidade de testá-lo. Conclusão: Além de se tratar de
um dispositivo de fácil manuseio e rápida colocação em volta da cintura pélvica do paciente, conta com
espaços laterais a serem utilizados por talas, o que garante ao socorrista uma melhor fixação e segurança no
transporte deste paciente. Além disso, foi confeccionado com materiais de fácil acesso, que facilitam a
limpeza após seu uso, resistentes à tração e principalmente de baixos custos de produção, fatores que
auxiliariam muito sua fabricação em larga escala, possibilitando equipar inúmeras ambulâncias que prestam
serviços de atendimento pré-hospitalar em trauma, evitando assim lesões secundárias e melhorando o
prognóstico em pacientes acometidos por esses tipos de lesões.
Palavras chave: dispositivo, trauma pélvico, lesão secundária, fixação pélvica.
Queda no idoso: variação da taxa de mortalidade por regiões do brasil nos anos de 2009 e
2019.
Victoria Stahlhofer Konze, Maria Gabriela Falcão Monteiro, Victor Albuquerque
Ferreira, Rebeca Galindo Mendes, Andressa Higino de Souza Introdução: No Brasil, a transição demográfica vem fazendo com que o número de pessoas com 60 anos ou mais cresça de maneira progressiva, o que gera impactos no âmbito da saúde. Isso se dá por meio de uma quantidade maior de idosos à procura dos serviços devido a doenças crônicas e outras patologias, bem como emergências, resultando em maiores internações e maior tempo de permanência nos leitos. Visto isso, sabe-se que o envelhecimento populacional requer qualidade de vida, uma vez que nessa faixa etária problemas de saúde são mais frequentes, como os de locomoção, o que pode resultar em quedas. As quedas estão entre as principais causas de internação na população idosa, podendo resultar em graves danos, como diminuição da qualidade de vida, perda da funcionalidade, trauma cranioencefálico (TCE) e morte. Dessa forma, é importante que seja quantificada a taxa de mortalidade de idosos por queda no Brasil, para que haja maior promoção e prevenção desse agravo no âmbito da saúde.Objetivos: Quantificar a variação da taxa de mortalidade de idosos por queda no Brasil nos anos de 2009 e 2019. Métodos: Realizou-se uma pesquisa epidemiológica na base de dados DATASUS, conforme dados oferecidos pelo Ministério da Saúde, alimentados pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS, referente à taxa de mortalidade por queda de pacientes com 60 anos ou mais, de ambos os sexos e envolvendo todas as etnias, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019. A pesquisa foi estratificada pelas regiões do Brasil. Resultados: Ao estratificar por regiões, percebeu-se tanto aumento quanto diminuição das taxas de mortalidade resultantes de queda em idosos, variando com os diferentes locais do país, havendo, nacionalmente, aumento de cerca de 5,0% desta taxa. Todas as regiões do Brasil, exceto a região Centro-Oeste, obtiveram aumento da taxa de mortalidade. A região Nordeste obteve o maior aumento, sendo de aproximadamente 18,4%, seguida da região Norte, que obteve aumento de 17,4%. A região Sudeste apresentou aumento de 8,3% e a região Sul, de 6,0%. A região Centro-Oeste, por outro lado, obteve diminuição de 33,7%.Conclusão: Houve aumento das taxas de mortalidade por quedas em idosos em todas as regiões do país, exceto a Centro-Oeste. Palavras-chave: Queda, idoso, mortalidade.
Trauma por escalpelamento acidental em eixo rotativo do motor de um kart e posterior
atendimento médico-hospitalar.
Milton Paulo Cabral de Melo Pinto, João Victor Alves Ribeiro; Fernanda de Oliveira Mendonça
Fernando de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana.
Introdução: As lesões por escalpelamento (perda do couro cabeludo), são decorrentes da avulsão parcial ou
total do couro cabeludo mediante força de tração aplicada de forma abrupta aos fios dos cabelos que por sua
vez tracionam toda a sua base de fixação tecidual. Lesões desse tipo são muito frequentes em acidentes
envolvendo pequenas embarcações, onde o contato dos fios de cabelos longos a eixos de motores com alta
frequência rotativa causa uma força de sucção instantânea que lesiona a vítima. Acidentes dessa magnitude
são frequentemente vistos na região amazônica, em comunidades ribeirinhas, principalmente relacionados à
atividade náutica nesta região, portanto, são raros os casos de acidente por escalpelamento na região
nordeste. O presente trabalho tem como objetivo descrever a lesão por escalpelamento os tipos deste
acidente e graus de lesão, baseados na dinâmica do trauma, nas áreas de tensão, linhas de tracionamento e
forças aplicadas pela avulsão ao cabelo, além de descrever um caso, desde a cena no qual ocorreu o acidente
até seu posterior atendimento médico-hospitalar ocorrido no dia 11 de agosto de 2019, no qual uma jovem
de 19 anos teve seu couro cabeludo avulsionado após seu cabelo entrar em contato com o eixo rotativo do
motor de um kart, que era utilizado como diversão, em pista amadora construída em um estacionamento de
um supermercado na cidade do Recife. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, estudante, 19 anos,
caucasiana, 53 Kg, solteira. Foi vítima no dia 11 de agosto de 2019, as 16:30, na cidade do Recife-PE, de
acidente automobilístico por escalpelamento, tendo todo o couro cabeludo e fronte avulcionados, devido à
força de sucção exercida em seus cabelos pelo contato com o eixo rotativo do motor de um kart. O tecido
foi retirado do motor pelo seu namorado e acondicionado, sem nenhum tratamento prévio ou mínima
limpeza, em uma sacola plástica do próprio supermercado. Após a demora da chegada da ambulância, a
paciente resolveu ir de carro próprio, sendo conduzida por terceiros ao serviço de emergência do Hospital
de Restauração em Recife-PE, onde deu entrada às 17:30. A paciente desceu do carro sozinha, apresentando
deambulação normal, estado geral regular lúcida e orientada em tempo e espaço, apesar da visão
prejudicada pela lesão tecidual supra orbicular, da grande perda volêmica e de fortes dores relatadas pela
mesma. De imediato foi feito acesso venoso em antebraço esquerdo com aplicação de soro para reposição
volêmica e 5,5 ml de morfina para tratamento analgésico. O trauma levou à avulsão de 93% das partes
moles, incluindo couro cabeludo, muscular, e toda a fronte, conservando apenas parte anterior do m.
temporal esquerdo e partes orbital e palpebral do m. orbicular esquerdo, deixando o tecido ósseo craniano
totalmente exposto e o tecido palpebral sem fixação e inserção, rebaixados a nível dos globos oculares. Foi
feita hemostasia em sangramentos persistentes e encaminhamento ao bloco cirúrgico para reimplante do
tecido escalpelado que fora recuperado da cena do acidente. Conclusão: o atendimento de emergência durou
em média 4,5h, desde a entrada da paciente no hospital até a operação para a tentativa de reconstrução
tecidual. A cirurgia teve início às 20h, com duração de aproximadamente 11h, em vídeo conferencia com
uma equipe de cirurgiões vasculares de Huston, EUA. Devido ao grande trauma sofrido pelos tecidos
musculares avulsionados, bem como vasos e nervos desta região, o reimplante dos tecidos recuperados na
cena do acidente não obteve sucesso, tornando necessária a realização de inúmeras cirurgias reparadoras de
reconstrução tecidual. Palavras chave: Trauma, avulsão de couro cabeludo, escalpelamento, acidente
envolvendo eixo de motor rotativo
i e o e i e o t i e o exte i e e i e o
e ío o e
Lucas Germano Figueiredo Vieira; Antônia Távora Pinho Rosado Ventura; Victor Donato
Meneses Mendes ; Ana Karolynne da Silva; Marie Anne Gomes Cavalcanti; Thiago Araujo
Cardoso
Introdução: De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), os acidentes e violências
são denominados de causas externas (CE). Eles se subdividem em quatro grandes grupos: acidentes, quedas,
lesões autoprovocadas intencionalmente e agressões. Esses dados representam importantes problemas de
saúde pública e de segurança, e a análise desses dados são importantes para identificar grupos de risco e
promover políticas publicas direcionadas à população local. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da
mortalidade por causas externas na cidade de Campina Grande na Paraíba. Metodologia: Os dados foram
coletados através do sistema do DATASUS e foi realizada uma revisão bibliográfica a partir de artigos
pesquisados no banco de dados da BVS, e PubMed. Resultados: Entre os anos de 2010 a 2017, ocorreram
4.386 mortes por causas externas em Campina Grande-PB; 84% das mortes ocorreram no sexo masculino.
O índice de mortalidade por causas externas foi decrescente nesse período, indo de 11,3% em 2007 para
10,5% em 2017, índice inferior ao nacional (12%). As principais causas foram: acidentes (56%), agressões
(39%) e outras causas (4%). Entretanto, foi vista uma inversão nesse padrão em 2017, com predomínio das
agressões sobre os acidentes, seguindo o padrão nacional. Dentre os acidentes, predominou acidentes com
veículos, com 75,6%, seguido por queda, com 18,5%. A diferenciação de óbitos por acidentes de
motocicletas ou de automóveis foi comprometido, uma vez que cerca de 60% dos dados constavam apenas
como “acidentes de transporte terrestre”. Houve um predomínio da mortalidade na faixa etária de 20 a 39
anos, correspondendo à 46,1%, com predomínio das agressões. Já na faixa etária de mais de 80 anos, há o
predomínio de mortalidade por queda. Conclusão: Com esses dados, podemos identificar grupos de risco,
como homens jovens envolvidos com acidentes e com agressões e idosos vítimas de queda, e uma inversão
no padrão de mortalidade, com as mortes violentas superando os acidentes. Apesar dessa inversão, o índice
de mortalidade por causas externas diminuiu, sendo menor que o valor nacional. Outro ponto relevante
neste trabalho foi a identificação de subnotificações, decorrente do preenchimento inadequado das causas do
óbito.
Palavras-chave: epidemiologia, mortalidade, causas externas.
Depressão: Elucidando os seus eventos na emergência psiquiátrica
Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Natália
Victória Guedes Galindo; Natália Fernandes Ribeiro; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.
Introdução: A depressão trata-se de uma doença psiquiátrica que produz uma alteração de humor
caracterizada por sentimentos como tristeza, angústia e desânimo. De acordo com dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de depressão cresceu 18% em dez anos. Até 2020, esta será a
doença mais incapacitante do planeta, na previsão da OMS. Objetivos: Revisar as contribuições acerca das
características clínicas da depressão; analisar os dados epidemiológicos quanto às populações mais afetadas;
bem como medidas de tratamento para o transtorno. Metodologia: Estudo de revisão sistemático qualitativo
realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual Saúde (BVS) e United States
National Library of Medicine (USNLM), entre 2015 e 2019, em inglês e português. Resultados: A
depressão é um transtorno de humor grave e, estudos epidemiológicos mostram que cerca de 800 mil
pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com
idade entre 15 e 29 anos. Nesse viés, a fisiopatologia da depressão ainda não está totalmente estabelecida,
porém, estudos revelam que há uma redução no sistema de monoaminas, dessensibilização dos receptores e
alterações nas regiões neuroanatômicas do cérebro. O tratamento para depressão deve ser realizado
considerando aspectos biológicos, psicológicos e sociais de cada paciente. Portanto, a terapia deve abranger
todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia
farmacológica. Conclusão: Conclui-se que, a depressão é uma patologia cujos índices epidemiológicos
estão aumentando em uma alarmante crescente. Portanto, foi definido que a presença desse transtorno pode
ocorrer em função de mecanismos múltiplos e que, o tratamento medicamentoso associado a outras
soluções, constitui-se fundamental. Haja vista os dados supracitados, é necessária uma postura ativa dos
profissionais de saúde para a promoção da saúde mental e prevenção da doença, a fim de evitar que a
incidência e prevalência dessa mesma patologia aumente.
Palavras-chave: Depressão; Transtorno mental; Diagnóstico; Tratamento.
Delirium em idosos: uma questão emergencial.
Cássio Timótheo de Souza Filho; Alícia Dantas de Oliveira Lima
INTRODUÇÃO: O delirium é uma síndrome cerebral de origem orgânica caracterizada, principalmente, por
comprometimento da consciência em associação com degradação das funções motoras. Tende a ocorrer
primordialmente em idosos, sendo grande motivo de entrada no serviço de emergência. Contudo, vale
ressaltar que a agudização do quadro pode ocorrer naqueles pacientes que já se encontram hospitalizados
por outras demandas. Dessa forma é de demasiada valia a percepção, pelos profissionais presentes, do
quadro de delirium. OBJETIVOS: Essa revisão bibliográfica visa relatar e compreender quais os fatores de
risco que predispõem o surgimento do delirium em idosos. Objetiva analisar a importância do diagnóstico
no setor emergencial e de que forma a rápida percepção pode cooperar para a resolutividade do quadro.
MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando como base científica dados coletados no
PubMed e no SCIELO. Os descritores foram: delirium; emergência; idosos. Foram incluídos artigos
publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas inglês e português. RESULTADOS: O delirium é uma
patologia que acomete predominantemente pacientes idosos devido a sua associação com a presença de
doenças crônicas; redução da cognitividade e; aumento do retardo motor. Além disso, é válido considerar
que a agudização dos quadros de delirium acometem mais idosos que se encontram no setor emergencial e
que habitam as casas de cuidados. Assim, é indispensável que os profissionais atuantes saibam reconhecer
os principais sinais e sintomas presentes na situação. Podemos classificar os pacientes com essa síndrome
como hipoativos (como a fala lentificada, aparência letárgica, prostração), hiperativos (como agitação
motora, agressividade) ou de sintomas mistos. Ademais, é importante estar atento para os casos de curso
flutuante da doença; alteração na consciência, orientação, memória, pensamento e percepção. Contudo,
ainda é comum que os pacientes sejam subdiagnosticados, afinal, a tendência é associar os sintomas ao
processo natural de envelhecimento dos pacientes, ao invés de investigar as causas dos transtornos. Os casos
de subdiagnóstico atingem níveis alarmantes, com a taxa variando entre 16% e 35%. Consequentemente, a
carência do diagnóstico prejudica o tratamento e a resolução do quadro. CONCLUSÃO: É preciso aos
profissionais do serviço de emergência saber identificar e diferenciar o quadro de delirium, principalmente
em pacientes idosos, para possa ser garantido o devido tratamento a esse grupo. Assim, será possível
diminuir os riscos, bem como a morbidade e mortalidade dos indivíduos acometidos por essa síndrome.
Palavras-Chaves: delirium, emergência, idosos.
Clínicas virtuais como intervenção nos casos de emergência relacionados com asma
pediátrica.
Pedro Érico Alves de Souza ; Andrew Pereira da Silva, Karlla Stephanie Alves e Silva, Luís Felipe de Melo
Silva.
Introdução: A asma é um processo inflamatório crônico caracterizado por uma hiperresponsividade
brônquica que leva a uma inflamação das vias aéreas. Essa condição é um motivo comum de readmissão
hospitalar de crianças nas emergências pediátricas, no entanto a maioria delas não recebe cuidados
preventivos após a alta. Nesse sentido, com o auxílio de clínicas virtuais, é possível atuar positivamente na
saúde das crianças e reduzir custos com internações decorrentes da exacerbação da asma. Objetivos:
Destacar os impactos da intervenção das clínicas virtuais nos casos de emergência relacionada a asma
pediátrica. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada no mês de fevereiro de 2020
através de uma busca avançada no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a busca dos
artigos a serem analisados foram selecionados os seguintes descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
“Asma”, “Pediatria” e “Emergência”. Os descritores foram relacionados através do operador Booleano
“AND”. Inicialmente foram encontrados 720 resultados. Após aplicação dos filtros buscando artigos com
texto completo e com data de publicação nos últimos 5 anos, esse número se reduziu a 106. A partir disso,
uma avaliação crítica dos títulos e resumos foi realizada, em que, ao final, foram selecionados 8 artigos.
Resultados: Apesar da obstrução das vias aéreas que a asma provoca ser reversível, a asma é uma condição
comum que pode se tornar uma ameaça à vida da criança e a levar à internação nas emergências
hospitalares. Contudo, boa parte das admissões relacionadas com a asma estão associadas com fatores
potencialmente evitáveis. Dessa maneira com o auxílio de mecanismos
da eSaúde, como as clínicas virtuais, sejam por portais virtuais de bate papo ou por ligações, foi possível
fornecer apoio aos cuidadores e reforçar os cuidados preventivos adequados a fim de que as crianças fossem
internadas menos vezes, mas com o mesmo controle da asma que uma consulta ambulatorial poderia
oferecer. Conclusão: Com o auxílio dessas clínicas virtuais foi possível melhorar o atendimento pós-alta das
crianças hospitalizadas com asma e diminuir as revisitas para o hospital. Assim, a disseminação desse
modelo de atendimento tem potencial para melhorar o atendimento ambulatorial de asma e melhorar
significativamente a qualidade de vida das crianças asmáticas. Palavras-Chaves: Asma, Pediatria,
Emergência.
Os perigos do uso de medicamentos potencialmente inapropriados em urgência geriátrica.
Marílya Vitórya dos Santos Silva ; Luciano da Silva Lopes ; Letícia Lemos Rios Vital; Fernando de Paiva
Melo Neto ; Marinna Karla da Cunha Lima Viana
Introdução: Nas últimas décadas, a expectativa de vida aumentou e aos poucos, as causas de morte foram
sendo substituídas de doenças infecto-contagiosas por agudizações e complicações de doenças crônicas e
degenerativas, resultando em uma maior utilização de serviços de saúde e de medicamentos por parte da
população idosa. Diante deste cenário, faz-se necessário o uso racional de medicamentos, que segundo a
Organização Mundial de Saúde é definido quando “os pacientes recebem a medicação adequada a suas
necessidades clínicas, nas doses correspondentes aos seus requisitos individuais, durante um período de
tempo adequado” e a sua utilização inadequada ocorre quando a dispensação, a prescrição, a utilização ou a
administração dos fármacos ocorre de forma que aquela definição não esteja sendo cumprida. Vale ressaltar
ainda a importância do uso racional de medicamentos, sobretudo em serviços de Urgência e Emergência,
pois se deve levar em consideração o fato de que, muitas vezes, as doenças crônicas se intercalam nessa
população e o uso de medicações concomitantes é cada vez mais comum. Logo, deve-se ter muita atenção
às possíveis interações medicamentosas, que correspondem à capacidade de um fármaco modificar a ação
de outro administrado simultaneamente ou sucessivamente. Além disso, foi-se visto que em ambiente
hospitalar, 3 a 73% dos idosos são expostos a essas interações potenciais. E os medicamentos mais
implicados nessas situações são aqueles usados de rotina pelos idosos, como os de ação no sistema nervoso
e no sistema cardiovascular. Objetivos: verificar os riscos da administração de medicamentos
potencialmente inapropriados na população idosa, discutindo sobre os prejuízos que essas condutas podem
acarretar nessa faixa etária nos serviços de urgência. Métodos: Estudo de revisão bibliográfica nas bases de
dados Google Acadêmico, SciELO, Associação Brasileira de Geriatria e Gerontologia e ScienceDirect, de
caráter exploratório e descritivo. Resultados: Observou-se que independente da condição clínica, alguns
fármacos não são recomendados em idosos devido ao alto risco de efeitos colaterais como sangramentos,
hipotensão e outros distúrbios; entre esses fármacos destacam-se antiarrítmicos como a amiodarona e a
digoxina (em doses >0,125mg/d) , anti-hipertensivos como a metildopa, o antiagregante ticlodipina,
ansiolíticos como o diazepam e aspirina em doses maiores que 150mg/dia. Conclusão: Por existirem
protocolos que apresentam os fármacos de uso inapropriado em idosos, é de suma importância sua difusão
entre os médicos em urgências para que sejam tomadas condutas terapêuticas que respeitem as
particularidades fisiológicas e farmacológicas dos idosos, a fim de evitar complicações graves diante de um
quadro que necessite de uma conduta adequada e imediata. Palavras-Chaves: iatrogenia, idoso,
medicamento.
Perfil epidemiológico de casos de infarto agudo do miocárdio do brasil nos últimos 10 anos.
Ana Beatriz Freire Gadelha; Camila Melo do Egypto Teixeira;Cristiano Paludo De Negri
; Alan Goes de Carvalho; Atália Isabelle Estevam Nogueira Ferreira ; Rafaela Carneiro de Almeida Formiga
Introdução: Infarto agudo do miocárdio é a necrose miocárdica resultante da obstrução aguda de uma artéria
coronária. Os sintomas incluem desconforto torácico com ou sem dispneia, náuseas e diaforese. O
diagnóstico é efetuado por ECG e pela existência ou ausência de marcadores sorológicos. O tratamento
consiste em drogas antiplaquetárias, anticoagulantes, nitratos, betabloqueadores, estatinas e terapia de
reperfusão. O estudo do infarto agudo do miocárdio (IAM) é fundamental pela alta prevalência, mortalidade
e morbidade da doença, sendo a primeira causa de morte no país. Objetivo: Analisar e comparar os casos de
infarto agudo do miocárdio no Brasil durante a última década. Metodologia: Trata-se de um estudo
ecológico descritivo com base em dados de Morbidade Hospitalar (SIH/SUS) do DataSUS, no período de
2009 a 2019, utilizando as variáveis cor, sexo, faixa etária, região, internações e taxa de mortalidade.
Resultados: No Brasil houve um total de 1.060.131 internações registradas por Infarto agudo do miocárdio
entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019. O ano de 2019 esteve à frente em número de casos com 120.069,
seguido por 2018 com 120.009, já 2009 teve o menor número com 68.497. A região com maior incidência
foi a sudeste com 50,52%, seguida da Sul com 19,89%, Nordeste com 19,32%, Centro-Oeste com 6,27% e
por fim a norte com 3,97%. A faixa etária mais acometida foi entre 60 a 69 anos e mais, com 310.803 casos
(29,31%). A população mais afetada foi a Branca seguida pela Parda, com 430.727 e 279.720
respectivamente, já o sexo foi o masculino com 63,48% dos casos. O total de óbitos foram 122.667 (11,57),
a taxa de mortalidade foi maior nas regiões Norte (12,65) e Nordeste (12,62) e menor na Sul (10,90).
Conclusão: Em face do exposto, percebeu-se o aumento do número de internações por Infarto Agudo do
Miocárdio no Brasil nos últimos 10 anos, principalmente em homens, brancos, faixa etária de 60-69 anos.
Nesse contexto, a região com mais incidência de casos notificados foi a Sudeste, embora a mortalidade
tenha sido maior no Norte e Nordeste, ratificando a necessidade de adoção de políticas públicas de
promoção de saúde, acesso aos recursos e condutas clínicas adequadas ao tratamento para poder modificar
para melhor os resultados aqui mostrados.
Perfil dos queimados na região nordeste do brasil.
Camila Melo do Egypto Teixeira; José Valdério Moraes Neto; Nicole Morais Dillon ; Eduardo Augusto
Silva Monteiro; Pedro Palitot Pereira Pedrosa; Victoria Carneiro de Almeida Formiga
Introdução: As queimaduras são lesões na pele causadas pelo contato com fogo, líquidos, superfícies ou
vapores quentes, produtos químicos ou irradiação e são classificadas com base na quantidade de camadas da
pele afetadas. As queimaduras de primeiro grau lesam a pele externa; as de segundo grau afetam a camada
externa e a parte da camada subjacente, chamada derme. As de terceiro grau danificam todas as camadas da
pele, e as de quarto grau destroem todas as camadas da pele, além de lesionar músculos, tendões e os ossos.
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de queimaduras na região Nordeste no período de janeiro de 2015
a dezembro de 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, quantitativo, utilizando
dados registrados no DATASUS referente aos casos de queimaduras no período de janeiro de 2015 a
dezembro de 2018 na região Nordeste. Resultados: Segundo o DataSus, no período de 2015 a 2018
ocorreram 28.996 internações por queimadura na Região Nordeste, representando 29% dos casos
brasileiros, com 61 ocorrências a cada 100.000 habitantes na Região, destacando-se os anos de 2016 (7.692;
26%) e 2017 (6.972; 24%) como os de maiores e menores registros, respectivamente. Quanto a faixa etária,
observou-se maior prevalência na faixa de 20 a 49 anos (11.208; 39%), seguida da faixa de 0 a 4 anos
(7.796; 27%), a faixa etária com menos ocorrências foi a acima de 50 anos (4.502; 15%). A maioria dos
casos nordestinos foi do sexo masculino (17.703; 61%) em detrimento do sexo feminino (11.293; 39%).
Houve mais internações entre pardos (15.077; 52%), seguidas por amarelos (801; 3%) e menos em
indígenas (76; 0,3%). Conclusão: De acordo com os dados obtidos no período analisado, nota-se que o
perfil dos queimados no Nordeste mostra uma predominância do sexo masculino, da cor parda e faixa etária
entre 20 a 40 anos, seguido de 0 a 4 anos. Sendo assim, percebe-se a importância de um programa eficaz
para prevenção de queimaduras nos domicílios e escolas, assim como pesquisas e estudos específicos sobre
o tema, com foco na redução dos índices de queimaduras, principalmente em adultos jovens e crianças.
Perfil epidemiológico dos casos de avc nos estados nordestinos nos últimos 10 anos.
Ana Beatriz Freire Gadelha; Atália Isabelle Estevam Nogueira Ferreira; Glauber Silva Cristo; Rafaela
Carneiro de Almeida Formiga; Alan Goes de Carvalho; Victoria Carneiro de Almeida Formiga
Introdução: O AVC se configura como uma súbita perda neurológica causada por interrupção do fluxo
sanguíneo para o encéfalo a qual impede o suprimento de nutrientes e oxigênio para o tecido neuronal. O
Acidente Vascular Cerebral (AVC) corrobora um grande impacto na sociedade e na saúde pública em razão
de sua prevalência e mortalidade, pois é a terceira causa mais comum de morte em adultos em países
ocidentais de acordo com CARR e SHEPERD. No Brasil, observam-se oscilações da taxa de mortalidade no
perfil epidemiológico entre os estados, atestando contribuições ambientais, culturais e de políticas públicas
para a ocorrência de AVC. Objetivo: Analisar o número de casos de Acidente Vascular Encefálico nas
Unidades da Federação da Região Nordeste do Brasil e, a partir dos dados obtidos, traçar o perfil
epidemiológico regional dos últimos 10 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo
com base em dados secundários extraídos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), do período de
janeiro de 2009 até dezembro de 2019. Levou-se em consideração variáveis cor, faixa etária, internações,
número de óbitos e taxa de mortalidade. Resultados: No Nordeste houve um total de 412.604 internações
registradas por Acidente Vascular Cerebral entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019. O ano de 2019 esteve
à frente em número de casos com 47.689, seguido por 2018 com 44.018, já 2009 teve o menor número com
26.050. O estado da Bahia foi o que apresentou maior número de casos com 119.576 (28,98%), seguido por
Pernambuco com 85.724 (20,77%), e o estado com menor número de casos registrados é o estado de
Sergipe, com 9.114 casos (2,20%). A faixa etária mais acometida foi entre 80 anos e mais, com 95.753
casos (23,20%). A população mais afetada foi a Parda seguida pela Branca, com 191.216 e 22.945
respectivamente. A taxa de mortalidade é maior nos estados de Sergipe e Alagoas, sendo a predominância
de óbitos na Bahia. Conclusão: O número de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil, em
especifico a região nordeste, como segunda região do país com maior número de casos, é comum em idosos
acima de 80, normalmente homens brancos ou pardos. Porém, na região Nordeste, a taxa de óbitos não é tão
elevada, como em outras áreas do Brasil. Para diminuirmos os casos de AVC, é de suma importância,
realizar as prevenções cabíveis, bem como melhorar o atendimento de emergência, visando a redução dos
óbitos. Dessa forma, pode-se orientar aos familiares que realizem o preventivo de forma mais eficaz,
buscando controlar a pressão arterial, ter uma alimentação melhor e práticas de exercício mais regulares.
A extração em ângulo zero de vítimas de colisão automobilística.
Alícia Dantas de Oliveira Lima; Cássio Timótheo de Souza Filho.
INTRODUÇÃO: A extração em ângulo zero é uma tática que objetiva retirar a vítima do veículo buscando
a menor movimentação possível, em relação à posição na qual ela se encontra, preservando a angulação.
Sendo assim, a referência deixa de ser o automóvel e passa a ser o corpo da vítima, o ângulo zero. Tal
técnica difere do KED, Kendrick Extrication Device, pois reduz a mobilização da vítima, tornando possível
diminuir a quantidade de agravos secundários às lesões. O atendimento pré-hospitalar tem a função de
analisar qual é o manejo adequado para o paciente lesionado. Para isso, é imprescindível a comparação entre
os benefícios e os malefícios de ambas as técnicas de remoção. OBJETIVOS: Compreender os princípios
utilizados para realizar a remoção da vítima de dentro do automóvel através da extração em ângulo zero e
suas principais implicações na saúde do paciente politraumatizado. Comparar os benefícios e os malefícios
entre a técnica mencionada e o KED. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando
como base científica dados coletados no PubMed e no SCIELO. Os descritores foram: KED; acidentes
automobilísticos; extração em ângulo zero. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos, nos
idiomas inglês e português. RESULTADOS: Para comparar ambas as técnicas, é preciso considerar que
elas possuem variação de acordo com o paciente na cena do trauma. As duas variáveis que mais necessitam
ser consideradas são referentes ao peso e a altura do paciente, que são diretamente proporcionais à maior
chance de lesão na coluna, a partir da movimentação. O risco de comprometimento da função pulmonar; o
aumento da pressão intracraniana em detrimento do uso do colar cervical; as dores provocadas,
principalmente nas costas e na cabeça, são algumas das desvantagens do KED. Contudo, é imprescindível
afirmar que ele facilita a mobilização do paciente, além de reduzir os riscos de determinadas injúrias
secundárias. Por sua vez, a extração em ângulo zero visa realizar as funções do KED, reduzindo a
mobilização do paciente, evitando imbróglios na função pulmonar, além de possuir menor relação com as
dores. Por fim, através de comparações realizadas, já é possível considerar que ambas possuem equivalência
se comparadas a quantidade de lesão neurológica acometida, fator indispensável ao considerar a utilização
de uma nova forma de realizar o atendimento pré-hospitalar. CONCLUSÃO: É notório que a técnica de
extração em ângulo zero pode ser uma boa escolha no que tange o resgate de vítimas de acidentes
automobilísticos. Porém, é fundamental que o profissional saiba levar em consideração as variáveis da
vítima e da cena em questão para poder, então, optar pela técnica mais adequada. Somam-se a isso as
atualizações em relação à extração em ângulo zero, sendo necessária a continuidade dos estudos de
comparação entre ela e o KED.
Mortes por complicações secundárias à assistência médica: análise comparativa entre os
estados da região nordeste.
Maria Gabriela Falcão Monteiro, Victoria Stahlhöfer Konze, Rebeca Galindo Mendes, Andressa Higino de
Souza, Victor Albuquerque Ferreira, Marcel Rolland da Penha.
Introdução: A assistência médica consiste em serviços disponibilizados a fim de promover cuidados de
saúde para os indivíduos, abrangendo desde serviços de prevenção à tratamento de doenças. Sendo assim, é
de grande importância que esse amparo seja bastante efetivo e tenha qualidade, uma vez que
a responsabilidade dos serviços de saúde está extremamente ligada ao conceito de mortes evitáveis. Logo, a
análise dos dados de mortes secundária à assistência médica é fundamental para promover melhorias nesse
considerável setor. Objetivos: Quantificar a variação da taxa de mortalidade por complicações secundárias
à assistência médica no Brasil entre os anos de 2009 e 2019, realizando uma análise comparativa entre os
estados da região Nordeste. Métodos: Realizou-se uma pesquisa epidemiológica na base de dados
DATASUS, conforme dados oferecidos pelo Ministério da Saúde, alimentados pelo Sistema de Informações
Hospitalares do SUS, referente à taxa de mortalidade por complicações secundárias à assistência médica de
todas as idades, ambos os sexos e envolvendo todas as etnias, no período de janeiro de 2009 a dezembro de
2019. A pesquisa foi estratificada por estados da região Nordeste. Resultados: Ao estratificar por estados
da região Nordeste, houve uma redução geral de 18% na taxa de mortalidade por complicações secundárias
à assistência médica. Todos os estados obtiveram redução da taxa, com exceção do Maranhão, que obteve
aumento de 155%. O estado que apresentou maior percentual de redução foi Sergipe, com 83,3%, seguido
do Rio Grande do Norte, com 70,4%. O estado de Pernambuco teve diminuição de 28,9%, já o estado da
Paraíba, de 9,5%. Conclusão: Houve redução da taxa de mortalidade por complicações secundárias à
assistência médica em todos os estados do Nordeste, com exceção do Maranhão, que apresentou aumento
expressivo.
Palavras-Chave: morte, complicações, assistência médica, Nordeste.
Perfil da população atendida em uma unidade de emergência traumatológica no estado da
Paraíba no ano de 2019.
Andréa Guedes Pereira Pitanga de Moura; Luiz Gustavo César de Barros Correia; Anna Luiza
Ribeiro Coutinho Ummen de Almeida; Taynah de Almeida Melo; Laercio Bragante de Araújo;
Paulo César Gottardo.
INTRODUÇÃO: O Estado da Paraíba possui vários hospitais municipais e estaduais relacionados a
assistência médica e hospitalar; o grau de complexidade hospitalar está intrinsicamente relacionado ao perfil
de atendimento, de acordo com o grau de capacidade de cada nosocômio. As principais áreas que
correspondem complexidade do SUS estão organizadas em “redes”; dentre os quais, destacam-se a
assistência de trauma-ortopedia, procedimentos de Neurocirurgia, cirurgias de calota craniana, dentre
outros. A assistência de alta complexidade do SUS, nas áreas exclusivas de trauma, devem possuir um plano
de fluxo de referência e contra-referência, com o objetivo de direcionar o atendimento a alta complexidade;
direcionando a outras unidades, os casos de média e baixa complexidade. OBJETIVOS: Descrever o perfil
de atendimento de emergência no ano de 2019, dos pacientes atendidos em Hospital de alta complexidade
do Estado da Paraíba. MÉTODOS: O método usado foi descritivo retrospectivo, cuja amostragem ficou
constituída pelos boletins de atendimentos (BE), referentes ao período de janeiro a dezembro/2019. O
instrumento foi estruturado com base nos dados do BE. RESULTADOS: No ano de 2019, houveram 60.617
atendimentos médicos neste ambiente hospitalar; dos quais, 39% dos indivíduos apresentavam traumatismo
em algum segmento do corpo; os demais atendimentos tiveram as seguintes causas: Acidente Vascular
Cerebral (6%); Dor aguda (3%); Corpo estranho na córnea (3%); Corpo estranho no ouvido (2%); dentre
outros (42%); CONCLUSÃO: As estatísticas do ano de 2019, demonstram a real necessidade de fluxo de
referencia e contra-referência, tendo em vista que menos que 50% dos atendimentos foram de causas
traumatológicas, no hospital de alta complexidade; deve ser encorajado, através de pactuações com os
municípios, o aprimoramento da rede de média e baixa complexidade, com o intuito de salvaguardar os
atendimentos mais complexos, para o serviço de alta complexidade.
Palavras-Chaves: Politraumatismo, Alta complexidade, Perfil de atendimentos.
Pesquisa epidemiológica: variação da taxa de mortalidade por agressão física no Brasil entre
os anos de 2009 e 2019.
Maria Gabriela Falcão Monteiro, Victoria Stahlhöfer Konze, Rebeca Galindo Mendes, Andressa
Higino de Souza, Victor Albuquerque Ferreira, Marcel Rolland da Penha
INTRODUÇÃO: No Brasil de acordo com o IBGE, de 2012 a 2017 a população idosa é
de 4,8 milhões, correspondendo a um crescimento de 18% desse grupo etário. Dessa
forma os serviços de emergência vêm identificando um significativo aumento no
atendimento a pessoa idosa, requerendo o desenvolvimento de políticas públicas, visto
estes necessitarem de cuidados especifico em função de suas condições físicas,
psicológicas e sociais. OBJETIVOS: Realizar avaliação entre os estudos realizados de
2014 a 2019, referente ao perfil do atendimento de pessoas idosas em serviços de
emergência. METÓDOS: Estudo descritivo, exploratório, de estudos referentes aos
atendimentos de pessoas idosas nos serviços de emergência, de 2014 a 2019, tomando
como base os estados do Rio Grande do Norte e de Minas Gerais. RESULTADOS: Nos
achados de estudos, identificamos que no atendimento hospitalar em Minas Gerais os
pacientes entre 60-69 anos correspondiam a 43,3% do total de atendimentos na
emergência, no Rio Grande do Norte estes representam 38,2%. Destaca-se ainda que em
Minas Gerais o percentual de mulheres atendidas (67%) excede o de homens (33%),
diferentemente do estado do RN no qual os homens representam (51,8%) e as mulheres
(25,9%).Outrossim, enquanto no Rio Grande do Norte , as quedas e traumas são as causas
mais comuns no atendimento emergencial (SAMU), correspondendo a 56,8%, na unidade
hospitalar de Minas Gerais, os atendimentos estão mais correlacionados com as
comorbidades, sendo elas hipertensão arterial sistêmica aliada as cardiopatias (por volta
dos 30%) e até mesmo a insuficiência renal crônica (por volta dos 15%), sendo esta mais
comum no sexo masculino (10%). CONCLUSÃO: O estudo comparativo de estudos, nos
apresentam realidades distintas, demonstrando que condições diferentes propiciam que as
pessoas idosas busquem o atendimento de emergência. E que estas condições variam entre
os estados, demonstrando assim, a necessidade de estratégias que certamente precisam
nortear políticas públicas locais que possam atender as necessidades desse grupo
populacional.
Perfil do atendimento da pessoa idosa em serviços de emergência: 2014-2019.
Maria Gabriela Fernandes de Souza; Mariana Patricia de Medeiros Linhares.
INTRODUÇÃO: No Brasil de acordo com o IBGE, de 2012 a 2017 a população idosa é de 4,8 milhões,
correspondendo a um crescimento de 18% desse grupo etário. Dessa forma os serviços de emergência vêm
identificando um significativo aumento no atendimento a pessoa idosa, requerendo o desenvolvimento de
políticas públicas, visto estes necessitarem de cuidados especifico em função de suas condições físicas,
psicológicas e sociais. OBJETIVOS: Realizar avaliação entre os estudos realizados de 2014 a 2019,
referente ao perfil do atendimento de pessoas idosas em serviços de emergência. METÓDOS: Estudo
descritivo, exploratório, de estudos referentes aos atendimentos de pessoas idosas nos serviços de
emergência, de 2014 a 2019, tomando como base os estados do Rio Grande do Norte e de Minas Gerais.
RESULTADOS: Nos achados de estudos, identificamos que no atendimento hospitalar em Minas Gerais os
pacientes entre 60-69 anos correspondiam a 43,3% do total de atendimentos na emergência, no Rio Grande
do Norte estes representam 38,2%. Destaca-se ainda que em Minas Gerais o percentual de mulheres
atendidas (67%) excede o de homens (33%), diferentemente do estado do RN no qual os homens
representam (51,8%) e as mulheres (25,9%).Outrossim, enquanto no Rio Grande do Norte , as quedas e
traumas são as causas mais comuns no atendimento emergencial (SAMU), correspondendo a 56,8%, na
unidade hospitalar de Minas Gerais, os atendimentos estão mais correlacionados com as comorbidades,
sendo elas hipertensão arterial sistêmica aliada as cardiopatias (por volta dos 30%) e até mesmo a
insuficiência renal crônica (por volta dos 15%), sendo esta mais comum no sexo masculino (10%).
CONCLUSÃO: O estudo comparativo de estudos, nos apresentam realidades distintas, demonstrando que
condições diferentes propiciam que as pessoas idosas busquem o atendimento de emergência. E que estas
condições variam entre os estados, demonstrando assim, a necessidade de estratégias que certamente
precisam nortear políticas públicas locais que possam atender as necessidades desse grupo populacional.
Descrição dos casos de meningite aguda em João Pessoa-Pb durante 5 anos
João Victor Alves Ribeiro; Daniel Rocha Diniz Teles; Sabrina de Freitas Barros Soares; Renan Rocha Diniz
Virginio; Larissa Negromonte Azevedo; Milton Paulo Cabral de Melo Pinto
INTRODUÇÃO: a meningite aguda é um processo inflamatório das meninges, de caráter grave e
emergencial, decorrendo mais comumente de causas infecciosas, como bactérias e vírus. Nas meningites
infeciosas, há um risco de evolução para sepse, choque séptico e morte. Além disso, a doença pode causar
sequelas neurológicas, por isso requer diagnóstico precoce e tratamento imediato. Trata-se de uma doença
de notificação compulsória no Brasil, dada a sua capacidade de contágio e causar surtos na população.
OBJETIVOS: descrever o número de casos notificados e confirmados de meningite aguda no município de
João Pessoa, Paraíba, entre os anos de 2014 a 2018, de acordo com o total de casos, faixa etária acometida,
etiologia da doença, critérios de confirmação e evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: foi feito um
estudo descritivo do número de casos de meningite aguda em João Pessoa em um período de 5 anos. Os
dados foram coletados na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no
intervalo de 2014 a 2018, separando os resultados de acordo com as variáveis que se pretendia pesquisar.
RESULTADOS: Ao longo desses 5 anos, foram 100 casos confirmados em Joao Pessoa, com uma média de
20 casos por ano e com uma taxa de mortalidade de 13%. Só no ano de 2014 foram 34 casos confirmados.
Entre 2015 e 2017, houve a mais alta taxa de mortalidade, com 16%. A faixa etária mais acometida foi de
20 a 39 anos, seguida por menores de 1 ano de idade. Os meios de diagnóstico mais utilizados foram o
exame quimiocitológico e o exame clínico. Quanto à etiologia, a maioria dos casos foi de causa não
específica, seguida por bacteriana. A evolução dos pacientes se deu com 82 altas hospitalares, 13 pacientes
evoluíram para óbito e não se tem informação sobre os outros 5. CONCLUSÃO: entre 2015 e 2017, a taxa
de mortalidade encontrada foi de 16%, maior que a relação óbitos/internações por meningites em 2018 no
Brasil, de 9,8%. Além disso, o risco de morte das 4 principais causas de morte prematura por doenças
crônicas não transmissíveis no Brasil, em 2016, foi semelhante, atingindo 16,6%. Dessa forma, percebemos
que a meningite aguda é uma doença de alta gravidade e de caráter emergencial, apresentando um alto
índice de mortalidade no município de João Pessoa e um grande risco à população. Assim, é preciso que
sejam divulgadas mais informações sobre essa doença para a população, prezando primeiramente pela
prevenção e promoção a saúde. É importante que os serviços de saúde tenham acesso a ferramentas
diagnósticas para investigação de síndromes meníngeas atendidas na emergência, sendo a coleta do líquor
fundamental para diagnóstico etiológico, que orientará o tratamento do paciente e medidas preventivas para
a comunidade.
Importância do manejo correto na via aérea em pacientes politraumatizados: Revisão
integrativa.
Davi Rodrigues de Sousa; Eduardo Pimentel Carneiro Braga; Luciano Gonçalves do Nascimento
Júnior; Mauricio Vasconcelos Valadares Neto; Gabriela Neto Rodrigues; Kamyla Félix Oliveira
dos Santos.
Introdução: A sobrevida de uma vítima politraumatizada está relacionada à rapidez com que é submetida a
tratamento definitivo adequado. Má ventilação e privação de oxigênio em órgãos isquêmicos sensíveis
podem causar danos graves. Assegurar a permeabilidade das vias aéreas, manter a oxigenação e ventilação
de suporte ao politraumatizado são etapas fundamentais para o manejo adequado desses pacientes.
Objetivo: Caracterizar a relevância do preparo e o exercício do socorrista em relação ao atendimento e
estabelecimento de via aérea adequada em politraumatizados. Metodologia: Trata-se de uma revisão
integrativa realizada através dos bancos de dados da Literatura Latino Americana e do Caribe de
Informação em Ciências da Saúde (LILACS), da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS) e PubMed. Para viabilizar a coleta de dados foram utilizados como descritores:
“Traumatismo Múltiplo and Serviços Médicos de Emergência” e “Ventilação Mecânica and Intubação”.
Dessa forma, a amostra foi composta por dez publicações. Resultados: O paciente politraumatizado
apresenta altas taxas de mortalidade devido à gravidade dos danos, sendo seu atendimento um desafio. O
trauma múltiplo é originado por eventos que causam lesões de pelo menos dois órgãos ou sistemas
orgânicos que remetem a risco de vida. Após a lesão, o corpo se apresenta hipermetabólico, hipercoagulável
e extremamente estressado, requerendo um cuidado intenso da equipe, o que pode dificultar o manejo da via
aérea. O preparo dos profissionais para a rápida obtenção da via aérea, de maneira segura, precoce e sem
causar prejuízos para tais pacientes torna-se primordial. A via aérea difícil é definida como a situação
clínica na qual o médico tem dificuldade de ventilar com máscara, intubação orotraqueal ou ambos. O
método preconizado para tal abordagem é a sequência rápida de intubação, que além do treinamento e
estudo antecipado utiliza sedação e bloqueador neuromuscular – sendo elementar a percepção
farmacológica. O grande percentual de óbitos neste grupo é causado por erros ou omissões simples,
principalmente pela falha em reconhecer a gravidade do problema. Conclusão: Quando o
comprometimento da via aérea ocorre, são necessários profissionais treinados para a rápida obtenção da via
aérea, de maneira segura, precoce e sem causar mais prejuízos para as vítimas. A educação e o treinamento
para situações de via aérea difícil devem se tornar obrigatórios a todos os profissionais de saúde. Eles
devem buscar um nível de excelência de forma a ampliar seus conhecimentos técnicos e científicos através
de estudos e cursos de capacitação. Somente o treinamento apropriado e o raciocínio ágil, frutos da
educação continuada, podem salvar vidas.
Palavras-chaves: Traumatismo, emergência, via aérea, ventilação mecânica.
APRESENTAÇÃO
ORAL
Prevalência e fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em pacientes pediátricos
Hugo Pires Toscano de Britto, Julia Domingues Morales, Andresa do Rêgo Barros Vieira Santos,
Álvaro Luiz Vieira Lubambo de Britto, Roxana de Almeida Roque Fontes Silva, Constantino
Giovanni Braga Cartaxo.
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é doença que se inicia na infância e adolescência,
favorecendo o desenvolvimento de cardiopatias estruturais e funcionais e da arteriosclerose no adulto. Na
infância, em geral é secundária. Mudanças no estilo de vida favorecem ocorrência precoce da hipertensão
primária. A aferição da pressão arterial (PA) na população pediátrica difere da propedêutica de adultos, e os
valores dependem de gênero, idade e percentil de estatura. O diagnóstico nessa idade permite adoção de
medidas de prevenção de morbidades e tratamento antes de surgir repercussões. Objetivo: estudar a
prevalência da HAS e condições associadas em população pediátrica. Métodos: este é um estudo descritivo,
observacional e transversal, com amostra não probabilística e por conveniência. A população estudada foi
de crianças de 4 a 14 anos de idade internadas em enfermaria de um hospital universitário ou atendidas na
Atenção Primária à Saúde (APS), cujo responsável concordasse em participar do estudo. Foram analisadas
idade, procedência, sexo, renda familiar, diagnóstico sindrômico, medidas antropométricas, PA, tabagismo
passivo, história familiar de HAS e aferição anterior da PA. Resultados: foram incluídas 98 crianças, com
média de idade de 9,16 anos (+ 2,7 DP), sendo 49% atendidas na APS e 79,6% provenientes da zona
urbana. 17,3% possuíam renda familiar menor que um salário mínimo, 16,3% entre um e dois, 45,9% entre
2 e 3, e 20,4% mais que três salários mínimos. 50% dos pacientes tinham história familiar, e 35,5% eram
tabagistas passivos. Evidenciou-se 62,2% de normotensos, 28,6% de pré-hipertensos, 7,1% de hipertensos
grau 1 e 2% de hipertensos grau 2. Observou-se correlação entre medidas de PA e Índice de Massa Corporal
(IMC). Pacientes com sobrepeso ou obesidade tiveram medidas de PA maiores que os eutróficos (p<0,001),
assim como indivíduos com história familiar positiva (p<0,001). Não houve associação entre aumento de
PA e varáveis como sexo (p=0,321), tabagismo passivo (p=0,07) e local de atendimento (p=0,668). A
quantidade de fatores de risco e as medidas de PA apresentaram correlação moderada entre si. Apenas 8,2%
da amostra já havia aferido PA antes. Conclusão: a prevalência de pré-hipertensão neste estudo está dentro
da observada na literatura, enquanto a de crianças hipertensas foi maior que em outros trabalhos, podendo
representar uma limitação desta pesquisa. Na literatura, valores aumentados de IMC também estão
relacionados a maiores medidas de PA, assim como história familiar positiva. O tabagismo passivo também
não esteve relacionado a maiores medidas de PA em outros estudos. Assim, associa-se o peso e história
familiar a maior prevalência de HAS e observa-se como se negligencia a aferição de PA na população
pediátrica.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Pediatria, Prevalência, Fatores de risco.
Fatores de risco e indicações para histerectomia periparto de emergência: uma revisão de
literatura.
Ana Karolynne da Silva; Marielle Boaventura de Sousa Manoel; Luiz Gustavo Silva; Daniela Carvalho da
Silva; Kássya Mycaela Paulino Silva; Alexandre Silva Mélo
Introdução: A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de morbimortalidade materna no mundo,
tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Em hemorragias maciças
incontroláveis, potencialmente fatais, e resistentes aos tratamentos, a histerectomia periparto de emergência
(HPE) representa a opção final. Esse procedimento é definido como a cirurgia realizada dentro das 24 horas
após o parto. Por ser um tratamento que traz mudanças na qualidade de vida e na fertilidade é necessária
uma melhor compreensão das circunstâncias e indicações para tal prática. Objetivo: Analisar as principais
indicações para a realização da HPE, bem como os principais fatores de risco. Métodos: Foram pesquisados
os termos “emergência obstétrica” e “histerectomia” nos bancos de dados LILACS, PUBMED e
MEDLINE. Foram utilizados como critérios de inclusão: trabalhos com textos completos disponíveis, em
inglês, cujo tema principal era histectomia. Foram encontrados 9 artigos, todos publicados nos últimos 10
anos. Após, 3 examinadores os leram e selecionaram 6, com o total de 561 pacientes. Resultados: em um
estudo feito em países nórdicos com 211 histerectomias, as principais indicações foram acretismo
placentário, sangramento por atonia e ruptura uterina. Esses diagnósticos se repetiram em outro estudo
retrospectivo, com 23 pacientes, e o principal fator de risco foi multiparidade. Em um estudo egípcio
publicado em 2014, as indicações foram placenta acreta/increta, atonia, ruptura e placenta prévia, sendo a
cesariana o mais importante fator de risco. Um estudo de coorte retrospectivo, realizado na Tasmânia,
apontou a placenta anormal como a principal causa de hemorragia massiva, seguido da atonia e ruptura
uterina. Outro estudo, no sudeste chinês, apontou como principal fator de risco a atividade de protrombina
no pós-parto inferior a 50%. Os autores consideram que a atividade da protrombina pode ser considerado
como um marcador de perda sanguínea, sendo motivo de alarme quando inferior a 50%, sugerindo que a
monitorização da coagulopatia. Conclusão: Os estudos corroboram que o parto cesáreo, o parto cesáreo
anterior, a curetagem uterina, cirurgias uterinas prévias, a atividade de protrombina abaixo de 50%, bem
como a multiparidade são fatores de risco conhecidos para a hemorragia obstétrica. Os diagnósticos mais
frequentes são de acretismo placentário (45%), atonia (29%), ruptura (17%), sendo os 9% restantes
provenientes de placenta prévia e de outros distúrbios. Sendo assim, o risco de HPE pode ser diminuído
com o pré-natal adequado e mais próximo, bem como com a instrução das gestantes acerca dos perigos do
parto sem assistência qualificada. Além disso, ainda são necessárias diretrizes clínicas adequadas para
estabelecer adequado acompanhamento das gestantes.
Parada cardiorrespiratória: uma análise dos conhecimentos gerais sobre o tema envolvendo
a população leiga e graduandos do curso de medicina em um campus universitário.
Yanne Almeida Aguiar; Gabriel Tenório Cursino, Letícia Pereira Araújo de Lima, Maria Gabriela Falcão
Monteiro, Pablo Terto Magalhães Feitoza, Victoria Stahlhöfer Konze.
Introdução: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como o súbito cessar da atividade
mecânica cardíaca, confirmada pela ausência de sinais de circulação. Devido à larga importância de
informar à população princípios básicos sobre ela, foi elaborada, pelos graduandos do curso de Medicina da
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) pertencentes à Liga Acadêmica de Trauma e Emergências
Cirúrgicas, uma pesquisa, baseada em questionários, para sondar se a população apresenta noções básicas a
respeito desse tema. Objetivos: Esse trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento da população geral
acerca da PCR e a conduta no atendimento inicial à vítima, além de comparar o entendimento a respeito da
temática entre estudantes de saúde e leigos. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo,
descritivo e transversal. A pesquisa foi elaborada no campus da UNICAP, durante um evento denominado
17ª Semana de Integração. Foi realizada a aplicação de um questionário composto por 5 perguntas de
múltipla escolha ou verdadeiro/falso acerca do tema aos transeuntes do evento. Participaram 103 indivíduos,
sendo 56 graduandos do curso de Medicina (GCM) e 47 leigos. O principal objetivo do questionário era
avaliar temáticas como: número do SAMU, quantidade de compressões que devem ser realizadas por
minuto, respiração boca a boca, conduta inicial na PCR e desfibrilador externo automático (DEA). Para
codificar os dados coletados, foi utilizado o software Excel 2017. Resultados: Com relação ao número do
SAMU, 61,7% dos leigos e 75% dos GCM responderam corretamente. Já acerca de quantas compressões
devem ser realizadas por minuto, 70,2% dos leigos e 82,1% dos GCM acertaram. A respeito da respiração
boca a boca, 55,3% dos leigos e 73,2% dos GCM responderam corretamente que não deve ser realizada.
Quando questionados acerca de qual a primeira coisa a se fazer diante de uma PCR, 46,8% dos leigos e
66,1% dos GCM pontuaram. Na última questão, sobre a presença do DEA em locais públicos, 76,6% dos
leigos e 89,3% dos GCM afirmaram de forma correta que ele deve estar presente. Conclusão: Com base nos
dados, é possível verificar que parte da população leiga apresenta uma boa noção sobre o tema que foi
explanado, visto que em uma parcela significativa das perguntas, mais da metade do público estudado
marcou a opção correta. Em relação à população graduanda no curso de Medicina, também demonstrou-se
bastante satisfatória na pesquisa em questão. O conhecimento acerca desse tema é de extrema importância
para a população em geral, já que uma PCR pode ser presenciada por qualquer indivíduo e em qualquer
local e as condutas iniciais são imprescindíveis para o prognóstico do paciente. Palavras-chave: Parada
cardiorrespiratória, Atendimento inicial, Conhecimento.
Medicina de emergência e desastres com perdas humanas Relato de experiência em
desmoronamento de edifício em área nobre de Fortaleza, Ceará:
Patricia Lopes Gaspar, Samer Heluany Khoury, Khalil Feitosa de Oliveira, Nicole Pinheiro
Moreira, Carolina Lage Taketomi
INTRODUÇÃO: As grandes tragédias que ocorrem em todo o mundo nos diversos países, em maior ou
menor grau, geram grande comoção entre a população, principalmente quando envolvem um grande número
de vítimas. Ao longo dos anos foram sendo criados protocolos de atendimento em incidentes com múltiplas
vítimas, a fim de reduzir as perdas humanas e sistematizar a assistência aos envolvidos nas catástrofes.
DESCRIÇÃO DA EXPERIENCIA: No dia 15 de outubro de 2019, na cidade de Fortaleza, ocorreu o
desmoronamento do Edifício Andrea, construção em área nobre da cidade, envolvendo múltiplas vitimas,
com mobilização de grande número de profissionais treinados em emergência e comprometidos com o
atendimento e assistência aos feridos, bem como às famílias destes. Houve recrutamento de profissionais de
saúde, dentre eles médicos emergencistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além daqueles
especializados em resgate. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado,
disponibilizando duas ambulâncias avançadas no local para eventuais ocorrências e transporte dos feridos.
Foi instituído, inicialmente, juntamente ao SAMU, o método START (Simple Triage and Rapid Treatment),
com alocação de lonas classificadas por cores de acordo com os critérios de gravidade. Além disso, os
familiares dos envolvidos no incidente que se encontravam na cena, que necessitaram de atendimento
médico durante o aguardo dos resgastes, foram socorridos prontamente pelos profissionais presentes no
local. Apesar de o número de vítimas não ter categorizado o desmoronamento como um IMV (incidente
com múltiplas vítimas) devido à própria característica do acidente e retirada lenta dos feridos do local, a
cena estava protegida e preparada para receber um grande número de pacientes de uma só vez, caso fosse
necessário, com atendimento especializado treinado em emergência e suporte médico avançado. Além
disso, hospitais de referência públicos e privados, no entorno do acidente, estavam de sobreaviso para
receber os resgatados, bem como prestar atendimento aos familiares das vítimas, mostrando a importância
da comunicação entre o serviço pré-hospitalar e o serviço hospitalar, garantindo maior segurança e agilidade
no transporte e continuidade do tratamento. CONCLUSÃO: A organização de protocolos para garantir
atendimento sistematizado às vítimas garante uma redução das perdas humanas, bem como o treinamento de
profissionais para situações de desastres, garantindo maior agilidade, triagem eficiente e encaminhamentos
adequados e direcionados para hospitais de apoio. A medicina de emergência vai delineando seu papel nas
mais diversas situações de emergência, garantindo assistência especializada e classificação de risco
adequadas.
PALAVRAS-CHAVE: Desastres, Desmoronamento, Método START (Simple Triage and Rapid
Treatment).
Hemorragia subaracnóidea por síndrome de vasoconstrição cerebral reversível em puérpera
Relato de caso.
Patricia Lopes Gaspar, Samer Heluany Khoury, Khalil Feitosa de Oliveira, Nicole Pinheiro
Moreira.
INTRODUÇÃO: A síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR) é um evento raro, descrito na
literatura como manifestações neurológicas agudas que podem ocorrer no período puerperal decorrentes de
lesões isquêmicas ou hemorrágicas. A vasoconstrição arterial multifocal que ocorre na SVCR é
normalmente autolimitada e reversível, caracterizando desfechos clínicos potencialmente favoráveis. Neste
trabalho será relatado um caso de SVCR em puérpera apresentando queixa de cefaléia no departamento de
emergência (DE) com achado de hemorragia subaracnóidea (HSA), evoluindo com bom desfecho clínico.
DESCRIÇÃO DO CASO: Puérpera, 38 anos, G2P2A0, 5 dias de pós-parto cirúrgico, sem relato de
comorbidades prévias, apresenta-se no DE com queixa de cefaleia súbita, intensa, em região temporal
bilateral e em região occipital, sem irradiações, pulsátil, com piora ao deitar, acompanhada de náuseas e
vômitos, sem déficits neurológicos associados e iniciada há um dia do internamento. Em investigação inicial
no DE, realizada tomografia de crânio sem contraste evidenciando HSA grau 2 na escala de Fisher com
presença de sangue na fissura inter-hemisférica e na cisterna ambiens esquerda. Angioressonância e
arteriografia cerebral não evidenciam causas estruturais para o sangramento e descartam etiologia
aneurismática. Paciente evoluiu sem intercorrências em unidade de terapia intensiva (UTI) recebendo alta
com diagnóstico de HSA por SVCR sem comprometimentos neurológicos secundários e em bom estado
geral. Recebeu alta hospitalar sem déficits neurológicos, e com completo retorno às suas atividades
rotineiras. CONCLUSÃO: Cefaleias são queixas frequentes no DE. O reconhecimento dos sinais de alarme
e a investigação etiológica bem empregada são fundamentais para o desfecho favorável. Embora rara, a
SVCR é uma importante causa de lesão neurológica no puerpério e pode evoluir de forma desfavorável sem
seu reconhecimento e suporte adequados. A discussão de relatos de casos engrandece a discussão e
conhecimento médicos e acrescenta dados ao estudo da SVCR.
PALAVRAS-CHAVE: Hemorragia Subaracnóidea, Vasoespasmo Intracraniano, Vasoconstrição, Período
Pós-Parto.
Simulação realística da reanimação neonatal na emergência: avaliando o treinamento de
internos de medicina frente o primeiro minuto de vida de recémnascidos a termo.
Renata Maria Santos de Freitas; Daniel Meira Nóbrega de Lima ;Julia Domingues Morales;Lucas Henrique
Palpitz Mendes; Valderez Araújo de Lima Ramos
Introdução: A simulação realística é tão relevante para o ensino médico quanto a reanimação
cardiorrespiratória é essencial para auxiliar o recém-nascido no momento do nascimento. Pois, é no
primeiro minuto de vida que ocorre o processo de significativas mudanças fisiológicas para adaptar-se a
vida extrauterina, necessitando do subsídio profissional para realizar essa trajetória, e garantir parâmetros
fisiológicos adequados. Por isso, o profissional deve estar apto a auxiliá-lo durante essa fase de forma
efetiva, em 60 segundos, utilizando as técnicas adequadas e equipamentos diversos. Objetivo: Avaliar a
aquisição de habilidades, conforme treinamento de simulação realística emergencial no contexto da
reanimação neonatal, exercidas por internos de medicina, no primeiro minuto de vida de recém-nascidos.
Método: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, que mensurou o processo de aprendizagem do
treinamento ofertado por uma equipe de alunos, já treinados por docentes especialistas vinculadas a
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Foram realizadas simulações de casos, e conforme aplicação de
testes teóricos, foi avaliado a capacidade de exercer manobras de reanimação neonatal conforme os treinos
de simulação. Os dados foram computados através do software SPSS IBM 25.0, que estatisticamente
identificou a taxa de acerto das simulações. Essas ocorreram entre os meses de janeiro a dezembro de 2019,
com duração de 6 horas de treinamento. A amostra foi por conveniência, composta por 120 internos
divididos em grupos de 12 por mês. Resultados: O cenário foi estruturalmente equipado com bebês
simuladores e kits de materiais, e após treinamento, realizou-se teste de múltipla escolha contendo 15
questões. Os resultados foram de 92% de acerto das questões. Sendo observada uma maior dificuldade,
relacionada as questões de fixação das doses medicamentosas, com 84% de acertos. Porém, se o acadêmico
treinado conseguiu atingir o primeiro minuto com sucesso, utilizando apenas equipamentos não invasivos,
seguindo o protocolo da SBP como visto em simulação realística, logo não necessitaria da infusão de
drogas, pois apenas 1 a cada 100 bebês necessitam de intubação orotraqueal e infusão de drogas ao
nascimento. Conclusão: Ao submeter-se a esse treinamento, o discente torna-se apto a garantir as manobras
adequadas, em tempo hábil, com eficiência. Sendo capacitado para atuar nos cenários de emergências
neonatais e pediátricas, sejam esses hospitalares ou não. Ademais, existem situações, as quais o parto ocorre
em ambientes desestruturados, e/ou durante o percurso de deslocamento, distante da realidade de hospitais
equipados com aparato de primeira linha, estando o médico recém-formado alocado para atuar com sucesso.
Palavras-chave: reanimação cardiorrespiratória, simulação realística, neonato
Síndrome hellp x aborto: uma revisão de literatura sobre esta complicação da Pré-eclâmpsia.
Rebeca Campelo Dantas de Lima; Júllia Rocha Santos; Mariana Soares Madruga Guedes Pereira; Layse
Claudino de Souza; Alinne Beserra de Lucena Marcolino.
INTRODUÇÃO: A síndrome HELLP é uma condição emergencial, sendo uma doença multissistêmica,
caracterizada pela hemólise e elevação de enzimas hepáticas, associada à baixa titulação de plaquetas
(trombocitopenia). É um achado do espectro de alterações que ocorrem em mulheres grávidas, considerada
uma variante da pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Apresenta como sintomas mais comuns: dor na parte alta ou
central do abdômen (epigastralgia), cefaléia, náuseas, vômitos e mal estar. A principal causa de morbi-
mortalidade materna está relacionada a gravidade da doença e, no que se refere às causas perinatais, estas
provêm da idade gestacional. OBJETIVO: Analisar e discutir a produção científica acerca da síndrome
HELLP e sua relação com o aborto. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura que buscou
artigos nacionais e internacionais na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como
descritores as palavras: Síndrome HELLP (HELLP Syndrome) e aborto (abortion), com os filtros “texto
completo”, “inglês”, “português” e “espanhol”, no recorte temporal da última década (2010 -2019).
RESULTADOS: Dos 23 artigos encontrados, foram excluídos estudos duplicados (2) e os que não
atenderam ao objetivo da pesquisa (8). Desta forma, o corpus foi constituído por 13 artigos, sendo
identificados 2 eixos temáticos: Fatores que interferem na gravidade da doença e Variação de manejo
clínico quanto a idade gestacional. A gravidade da síndrome advém, geralmente, do edema agudo dos
pulmões, da insuficiência renal, da falência cardíaca, das hemorragias e da ruptura do fígado, podendo
ocasionar a morte materna e também fetal. Caso a idade gestacional esteja abaixo de 24 semanas, é preciso
que haja interrupção da gravidez (aborto) e, entre 24 e 28 semanas, dependendo do estado clínico da
gestante, indica-se o uso de corticóides administrados em altas doses, para otimizar as chances de
sobrevivência do feto, sendo uma possibilidade o parto normal ou cesariano imediato. De qualquer forma, a
gravidez não deve ultrapassar as 34 semanas, pois os riscos superam os benefícios para ambos. É inegável
que os profissionais devem atentar-se à história clínica e ao comportamento das alterações laboratoriais da
gestante no intuito de realizar uma abordagem terapêutica precoce, pois, nem sempre, vem acompanhada da
elevação da pressão arterial. CONCLUSÃO: O diagnóstico precoce é fundamental na eficácia do
tratamento, evitando possíveis complicações, visto que essa patologia está relacionada aos altos índices de
aborto, tendo como principal causa o descolamento prévio de placenta. Devido ao difícil diagnóstico, toda
mulher que apresenta elevação da pressão arterial deve realizar hemograma e sumário de urina, facilitando o
diagnóstico precoce. Ademais, a reposição de fluidos, componentes sanguíneos e medicações que previnem
convulsão no intuito de controlar a pressão arterial são de fundamental importância, objetivando prevenir a
síndrome e estabilizar o binômio mãe-bebê.
PALAVRAS - CHAVES: Síndrome HELLP. Aborto. Pré-eclâmpsia. Revisão integrativa de literatura.
Perfil de pacientes com infarto agudo de miocárdio com supradesnivelamento de segmento
ST e estratégias terapêuticas: um estudo prospectivo.
Sâmia Israele Braz do Nascimento; Railane Sousa Arrais de Morais; Arêtuzya Oliveira Barbosa; Antônio
Matheus Gomes Mota ; Ítalo Marcelo Maia Marques; Hérbert Lima Mendes
INTRODUÇÃO: O Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) é
uma condição aguda e com risco de vida, sendo o principal colaborador de morte em todo o mundo,
resultando em substanciais encargos médicos e econômicos. A taxa de mortalidade brasileira, por essa causa
(183,3/100.000) encontra-se entre as maiores do mundo e é semelhante à de países como a China e do Leste
Europeu. OBJETIVOS: Avaliar a relação entre a atuação na conduta de cuidado do infarto agudo do
miocárdio com supradesnivelamento de seguimento ST, no Hospital do Coração do Cariri, e o seu impacto
na morbimortalidade hospitalar, a partir da instituição de terapias de reperfusão. MÉTODOS: Trata-se de
uma pesquisa original, prospectiva, realizada no Hospital do Coração do Cariri, envolvendo 93 pacientes.
Para a coleta de dados foi elaborado um questionário. O programa estatístico Jasp (Versão 11.1) foi
utilizado para análise estatística dos dados. RESULTADOS: A amostra é composta de 59,14% (55) do sexo
masculino, enquanto 37,63% (35) eram mulheres. Quanto à faixa etária, 56,98% (55) têm mais de 61 anos,
37,63% (35) entre 41-60 anos, e 2,15% (2) tinham menos de 21 anos. Outra variável analisada foi o tempo
desde o início dos sintomas até admissão no Hospital do Coração do Cariri. Pode-se observar que 44,08%
(41) dos casos envolvidos na pesquisa foram admitidos em até 2 horas do início dos sintomas, 29,03% (27)
em 6 horas, 10,75% (10) em 12 horas. No tocante aos fatores de risco, 65,59% (61) eram tabagistas, apenas
19,35% (18) faziam uso de álcool. Em relação às comorbidades prévias, 11,82% (11) sofreram infarto
antigo. Somente 4,3% (4) tiveram acidente vascular cerebral prévio. A obesidade acometia 27,95% (26) dos
casos averiguados. O sedentarismo acomete 47,31% (44) dos participantes. A história familiar de doença
cardiovascular está presente em 48,37% (45). O diabetes mellitus acomete 30,10% (28), a hipertensão
arterial sistêmica afeta 59,14% (55) dos casos. No que diz respeito à abordagem terapêutica instituída no
Hospital do Coração, foi possível analisar as variáveis independentes: tratamento conservador e intervenção
coronariana percutânea (ICP). Faz-se necessário ressalvar o alto valor de proteção oferecida pela
intervenção invasiva coronariana. Pacientes submetidos a este procedimento apresentaram 92,2% menos
chance de óbito quando comparados aqueles destinados ao tratamento conservador. Denota-se ainda que a
terapêutica invasiva reduz em 12 vezes a chance de óbito. Neste estudo, 24 pacientes foram submetidos à
angioplastia e cateterismo cardíaco. Destes, apenas 4 foram a óbito. Por outro lado, 58,33% dos casos
submetidos ao tratamento conservador faleceram. CONCLUSÃO: Em síntese, pode-se verificar que a
intervenção coronariana percutânea é superior ao tratamento conservador do infarto agudo do miocárdio,
com redução de mortalidade.
Palavras-chaves: Cateterismo cardíaco, Infarto agudo do miocárdio, Mortalidade
Dissecção aguda de aorta desencadeando infarto agudo do miocárdio: relato de caso.
Amanda Laysla Rodrigues Ramalho; Maria Carolina Trigueiro Lucena Cavalcante, Lucas Werton de
Queiroga, Raissa Montenegro Nóbrega de Pontes, Lucas Lenine Dantas Formiga, Maria Vitória Ideão Leite
da Rocha.
Introdução: A Dissecção Aguda de Aorta (DAA) é uma emergência que exige diagnóstico imediato, bem
como terapêutica agressiva, sem os quais a mortalidade é expressiva. Tem incidência de cerca de 5 a 30
casos por 1 milhão de pessoas por ano e mortalidade de até 68% em 48 horas. a. O diagnóstico é baseado na
suspeita clínica e confirmado através de métodos de imagem como TC, RNM e ecocardiografia
transesofágica. O fator desencadeante desse agravo ainda é desconhecido, mas sabe-se que a maioria dos
pacientes têm algum grau de anormalidade estrutural devido a presença de fatores de risco (Hipertensão
arterial sistêmica, aterosclerose, tabagismo, entre outros). A classificação de Stanford divide as dissecções
em tipo A, quando há acometimento da aorta ascendente; e, tipo B, quando a aorta ascendente não é
atingida. Nos casos de DAA tipo A de Stanford pode ocorrer acometimento do óstio coronariano, sobretudo
do direito, levando à sua oclusão e, consequentemente, Infarto Agudo do Miocárdio Com
Supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Nestes pacientes, o diagnóstico da DAA é retardado e a
terapia clássica para IAMCSST não surte efeito benéfico resultando em aumento da mortalidade. Relato de
caso: Paciente de 62 anos, sexo feminino, hipertensa e tabagista. Foi ao pronto-socorro queixando-se de dor
precordial em aperto, de intensidade 10/10, com irradiação para membro superior esquerdo, associado a
sudorese. Realizou eletrocardiograma que evidenciou supradesnivelamento do ST em parede inferior. Foi
medicado com AAS 300mg, clopidogrel 300mg, enoxaparina 30mg e fibrinolítico (alteplase) cerca de 2
horas após início dos sintomas. Teve discreta melhora, mas em instantes a dor retornou, sendo então
encaminhado para hospital de maior porte. Cineangiocoronariografia e aortografia evidenciaram artérias
coronárias sem obstruções e DAA tipo A de Stanford. Iniciou-se terapia com betabloqueador e
vasodilatador sistêmico sendo então encaminhado para cirurgia cardiovascular. Como havia desabamento da
valva aórtica associado e comprometimento da artéria coronária direita foi realizada a cirurgia de Bentall e
De Bono. Paciente cursou com boa evolução no pós-operatório recebendo alta hospitalar em 15 dias.
Conclusão: O IAMCSST causado por DAA é um evento raro, mas de alta mortalidade, constituindo-se
assim um desafio diagnóstico. O tratamento equivocado com antitrombóticos aumenta a mortalidade, pois
atrasa a conduta adequada, sendo assim, o relato reforça a recomendação de que diante do quadro de dor
torácica é necessário considerar a possibilidade de DAA.
Palavras-chaves: Síndrome coronariana aguda, Infarto do miocárdio, Dissecção de Aorta, Emergência
cardiológica.
Abordagem da febre falciforme na emergência pediátrica.
Débora Oliveira dos Santos; Roberta Guerra de Brit
o Oliveira Lima; Narjara Seixas Batista Gadelha; Letícia Miná de Britto Cavalcanti; Lorena Pereira Vieira;
Nadirgerlane Rodrigues de Carvalho Almeida Guedes.
Introdução: Anemia falciforme é uma desordem adquirida geneticamente, atinge diversos órgãos e deve-
se a uma alteração nas propriedades dos glóbulos vermelhos que contêm uma hemoglobina mutante
chamada Hemoglobina S. A gravidade clínica é variável, mas um contingente significativo de pacientes tem
as formas crônica e grave da doença, exacerbada pelas chamadas “crises”. A infecção, que se manifesta com
febre em doente falciforme, requer investigação médica minuciosa, pois é responsável pela primeira causa
de mortalidade nesta doença, podendo desenvolver infecção generalizada em menos de 24 horas. Objetivo:
Identificar, de uma forma sintética, os principais conhecimentos necessários para que o profissional médico
possa diagnosticar, tratar e conduzir a febre na criança com anemia falciforme em um contexto de
emergência. Método: Trata-se de uma revisão sistemática e de literatura em que se utilizou os descritores
em português “Anemia falciforme”, “Febre” e “Emergência pediátrica” para pesquisa nas bases de dados,
através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), publicados
entre 2015 e 2019. Resultados: No caso de crianças, as infecções constituem a principal causa de morte em
anemia falciforme. O risco de septicemia e/ou meningite por Streptococcus pneumonia e ou Haemophilus
influenzae chega a ser 600 vezes maior do que em crianças sem doença falciforme. Essas infecções podem
provocar a morte em poucas horas. Pneumonias, infecções renais e osteomielites também ocorrem com
maior frequência nessas crianças. Os episódios de febre devem, portanto, ser encarados como situações de
risco, nas quais os procedimentos diagnósticos precisam ser aprofundados e a terapia iniciar-se de imediato.
Conclusão: Todo paciente com doença falciforme submetido a evento agudo, inclusive febre, deve ter seu
atendimento normatizado e sistematizado. Portanto, deve-se abordar, acolher e confortar o paciente,
inicialmente e posteriormente, promover a avaliação inicial, identificando tecnicamente os problemas e a
gravidade clínica, efetuar a intervenção médica de qualidade. Vale ressaltar, a importância de fornecer o
apoio devido aos familiares que se encontram em situação vulnerável e de risco.
Palavras-chaves: Anemia falciforme; Febre; Emergência pediátrica.
Análise epidemiológica dos atendimentos pediátricos realizados por um aph móvel
José Arthur Campos Da Silva; Nayara Costa Alcântara De Oliveira; Aimê Alves De Araujo; Bruna Simões
Romeiro; Gustavo Mendonça Ataíde Gomes; Ana Lúcia Soares Tojal.
INTRODUÇÃO: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foi criado sob
responsabilidade da Política Nacional de Atenção às Urgências como componente essencial para a
assistência pré-hospitalar, onde o indivíduo é assistido no local onde estiver precisando de ajuda. Diante do
grande impacto que a violência e acidente leva ao SUS, foi necessário a introdução da atenção às urgências
como política nacional a partir de 2003, através da implementação de algumas portarias que estabelecem
essa política. Em 2017, o SAMU de Maceió realizou um total de 51.210 atendimentos, porém, não é
indicado a quantidade de serviços prestados a pacientes pediátricos, o que demonstra a necessidade de
estudar e divulgar esse dado estatístico para determinar novas estratégias para melhorar o atendimento de
pacientes nessa faixa etária. OBJETIVOS: Determinar a quantidade de atendimentos pediátricos feito pelo
SAMU de Maceió no ano de 2017 e classificar a assistência aos pacientes pediátricos entre urgência clinica
ou traumática. MÉTODOS: O presente estudo refere-se a uma análise documental de aspecto quantitativo
de dados e prontuários guarnecido pelo SAMU Maceió, sendo incluídos as fichas de pacientes com idade de
06 a 16 anos, de ambos o sexo e do ano de 2017. Com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a
análise foi feita no setor de Estatística do SAMU de Maceió. RESULTADOS: O início do levantamento
dos dados se deu após pesquisa na literatura sobre o tema do estudo. O Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência de Maceió atendeu 51.210 pacientes no ano de 2017, sendo 643 prontuários de pacientes na faixa
etária determinada no estudo. A prevalência das urgências clínicas foi de 323 atendimentos, enquanto as
traumáticas foi de 245, além de 75 prontuários não especificarem o tipo de urgência do paciente. Desse
modo, os atendimentos clínicos ficaram num percentual de 50,2%, os traumáticos com 38,1% e os não
especificados com 11,7%. CONCLUSÃO: Diante disso, observa-se dados epidemiológicos sobre os
atendimentos pediátricos feito pelo SAMU de Maceió. Assim, demonstra-se a prevalência das ocorrências
pediátricas e sua natureza clinica ou traumática realizadas pelas unidades móveis de APH do SAMU. Com
isso, é interessante ressaltar a necessidade de criação de estratégias que preparem os profissionais de saúde
que trabalhem nesse componente pré-hospitalar, a fim de oferecer atendimento especifico para a faixa etária
do estudo e suas limitações e especificidades da idade.
PALAVRAS-CHAVES: Urgência, Criança, Epidemiologia.
Fatores de risco e prognóstico relacionados à sepse em pacientes oncológicos.
Anne da Nóbrega Souza, Maria Letícia Barbosa de Abrantes, Marília Aparecida de Andrade
Romão, Thayná Figueirêdo Araujo, Willyane Barros da Silva, Maine Virginia Alves Confessor.
Introdução: As diretrizes da Campanha de Sobrevivência à Sepse, publicadas em 2004, contribuíram para
uma maior conscientização a respeito do choque séptico, proporcionando um melhor entendimento,
conhecimento e aumento do número de notificações de casos por parte dos profissionais de saúde.
Entretanto, verifica-se que o choque séptico é uma das principais consequências clínicas em pacientes
oncológicos e sua incidência é até dez vezes maior do que em pacientes saudáveis. Estudos recentes
abordaram que até 20% dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) com sepse têm
câncer. Nesse contexto, torna-se evidente a necessidade de estudos que melhorem a caracterização e a
estratificação de risco de choque séptico nessa população. Objetivo geral: Analisar os principais fatores
relacionados à sepse em pacientes oncológicos. Objetivos específicos: Avaliar características, prognóstico,
tempo de internação e mortalidade; verificar a incidência de sepse em pacientes oncológicos. Metodologia:
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, utilizando-se das plataformas PubMed
e Scientific Library Online (SCIELO). Foi feita a análise dos resumos, resultados e conclusões de 08
estudos inicialmente encontrados, dos quais 06 foram selecionados para compor esta revisão. Os critérios de
inclusão foram pautados no acesso aos artigos publicados em periódicos nacionais, na língua portuguesa,
que abordassem totalmente e/ou parcialmente o assunto da revisão e publicados nos últimos 10 anos.
Resultados: Dos seis estudos selecionados, quatro deles exploraram as características, prognóstico, tempo
de internação, mortalidade e incidência da sepse em pacientes oncológicos; dois não abordaram o tempo de
internação dos pacientes. Tem sido demonstrado aumento considerável do número de hospitalizações
devido à sepse, chegando aproximadamente a 18 milhões de pessoas em todo o mundo. Em relação à taxa
de mortalidade, os dados apontam diferenças importantes entre países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos. No Brasil, 47,3 % dos casos apresentam letalidade, estando uma maior porcentagem
relacionada a hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (49,1%) em relação aqueles do Sistema de Saúde
Suplementar (36,7%). Os pacientes oncológicos desenvolvem sepse por vários fatores, sendo o principal
deles a neutropenia, além da infecção que é uma complicação relacionada ao próprio ambiente hospitalar, às
condições clínicas, à predisposição do paciente e aos procedimentos invasivos, além do uso de antibióticos
que também contribuem para a ocorrência de infecções. O fator de risco mais importante é a
granulocitopenia, assim como idade inferior a um ano ou superior a 65 anos, perda de epitélio, cateter
venoso central, dispositivos de longa permanência como cateter vesical e enteral, diabetes, doenças renais,
hepáticas, cardiovasculares, pulmonar e gastrointestinal. A sobrevivência do paciente com câncer melhorou
acentuadamente nas últimas décadas, correspondendo a mais de 50% dos casos, estando a precocidade do
diagnóstico relacionada com o prognóstico do paciente assim como o perfil do agente agressor, as
características ligadas ao hospedeiro, a presença de imunossupressão decorrente de neoplasias, além de a
resposta inflamatória estar ligada a fatores genéticos. Conclusão: O câncer é um grave problema de saúde
pública, apresentando alta incidência, alta letalidade e custos elevados e sendo uma das principais causa de
óbito na população mundial. Nesse sentido, o tratamento precoce do agente infeccioso é fundamental para
um bom prognóstico. Protocolos e escalas pré-estabelecidas ajudam a identificas e intervir na deterioração
clínica.
Palavras-chaves: sepse, câncer, terapia intensiva
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS NO AMBIENTE DOMICILIAR
Araújo, Lorena Moura Galvão¹.
Introdução: As emergências pediátricas são situações em que existem ameaça ou risco iminente à vida,
sofrimento intenso ou lesões permanentes, havendo necessidade de tratamento médico imediato. Além disso
,segundo pesquisas nacionais e internacionais, correspondem a cerca de 45% dos acidentes domésticos.
Objetivo: Avaliar a importância de se realizar uma educação em saúde de familiares sobre como proceder
em emergências pediátricas no ambiente domiciliar. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de
literatura, com embasamento em artigos científicos encontrados na base de dados Scielo, utilizando-se as
seguintes estratégias de busca: acidentes domésticos AND crianças; Emergência AND casa; Emergência
AND pediatria. Não houve delimitação de tempo e idioma. Incluídos apenas os artigos que abordavam
casos de acidentes domésticos com crianças até nove anos de idade. Os dados foram coletados mediante
revisão de titulo, resumo e artigo completo. Resultado: Foram encontrados 127 artigos dos quais
excluíram-se 107 após análise de título, 95 foram descartados depois da leitura do resumo e 1 artigo foi
excluído após avaliação completa do estudo. Totalizando nove artigos usados para elaboração deste
trabalho. Após a leitura dos resultados, observão-se que os acidentes infantis mais frequentes são: a
penetração de corpo estranho no nariz e na boca e a sufocação, atingindo principalmente os menores de um
ano; entre crianças de um a quatro anos, as principais ocorrências são afogamento e sufocação; já na faixa
etária de cinco a nove anos, os principais casos são quedas, queimaduras e sufocação. Os resultados
mostraram que os índices de acidentes com crianças são bastante altos e podem causar sérios danos à vida,
devido à fragilidade e ao curto tempo de recuperação dos sinais vitais que uma criança possui. Conclusão:
Os artigos estudados afirmam que os índices de morbidade em crianças com idade até nove anos poderiam
ser reduzidos se a população leiga tivesse um treinamento básico de reanimação cardiopulmonar e manobras
para aliviar a asfixia por corpo estranho, ambos sendo realizado de forma adequada à idade da vitima. De
acordo com dois dos artigos, esse resultado já seria bastante eficaz, se apenas 20% dessa população
recebesse educação em saúde. Desta forma, é preciso experimentar praticas de promover a prevenção dos
acidentes domésticos com foco centrado na família, utilizando-se de uma abordagem educativa,
participativa e corresponsável.
Palavras chave: Emergência, pediatria, acidentes domésticos, crianças.
Eficácia do treinamento teórico-prático em reanimação neonatal frente o primeiro minuto
de vida de recém-nascidos à termo: uma emergência na sala de parto
Renata Maria Santos de Freitas,Daniel Meira Nóbrega de Lima,Julia Domingues Morale, Lucas Henrique
Palpitz Mendes, Valderez Araújo de Lima Ramos
Introdução: O primeiro minuto de vida de um recém-nascido consiste num processo de rápidas e
significativas mudanças fisiológicas para adaptar-se a vida extrauterina. É um momento importante de
transição cardiorrespiratória, pois é nessa fase que ocorre a oxigenação alveolar e o bebê sozinho efetiva a
hematose, estabilizando seus parâmetros de vitalidade. Logo, esse poderá necessitar da assistência
profissional para realizar essa trajetória, e garantir parâmetros adequados, devendo o profissional estar
apto a auxiliá-lo durante essa fase de forma ágil e desenvolto, utilizando as técnicas adequadas e os
equipamentos disponíveis. Objetivo: Avaliar a aquisição de habilidades, conforme treinamento teórico-
prático emergencial em sala de parto no contexto da reanimação neonatal, exercidas por internos de
medicina, no primeiro minuto de vida de recém-nascidos por meio de cenário simulado. Método: Trata-
se de um estudo longitudinal prospectivo realizado entre junho a dezembro de 2019. A amostra foi por
conveniência, composta por 90 alunos do internato médico, em grupos de 13 por mês, que eram
submetidos a testes iniciais, seguidos de 6 horas de treinamento ministrado por alunos, habilitados por
docentes especialistas vinculadas a Sociedade Brasileira de Pediatria. Em seguida aplicou-se simulações
de casos, e posteriormente novos testes teóricos, o qual avaliou a capacidade de execução das manobras
de reanimação neonatal. Os dados foram analisados pelo software SPSS IBM 25.0, que estatisticamente
identificou os percentuais de acertos e erros dos alunos após as simulações. Resultados: O cenário foi
estruturalmente equipado com bebês simuladores e kits de materiais, após o treinamento realizou-se teste
de múltipla escolha contendo 15 questões. Os resultados foram de 92% de acerto das questões. Sendo
observada uma maior dificuldade, relacionada a fixação das doses medicamentosas, com 84% de acertos.
Porém, se o acadêmico treinado conseguiu atingir o primeiro minuto com sucesso, utilizando apenas
equipamentos não invasivos, seguindo o protocolo da SBP como visto em simulação, logo não
necessitaria da infusão de drogas, pois apenas 1 a cada 100 bebês necessitam de intubação orotraqueal e
uso de medicamentos ao nascimento. Conclusão: Ao submeter-se a esse treinamento, o discente torna-se
apto a garantir as manobras adequadas, em tempo hábil, com eficiência. Sendo capacitado para atuar nos
cenários de emergências neonatais e pediátricas, sejam esses hospitalares ou não. Ademais, existem
situações, as quais o parto ocorre em ambientes desestruturados, e/ou durante o percurso de
deslocamento, distante da realidade de hospitais equipados com aparato de primeira linha, estando o
médico recém-formado alocado para atuar com sucesso.
Palavras-chave: Reanimação neonatal, Vitalidade, Recém-nascido, Simulação .
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