ÁREA DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO E ARTES Curso e Publicidade e Propaganda DISCIPLINA: Produção...

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ÁREA DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO E ARTESCurso e Publicidade e Propaganda

DISCIPLINA: Produção Publicitária em Rádio

PROFs: MSc. Mariângela Torrescasana

Período:  6°     Carga horária:  72 h/a       Ano/Semestre:  2013/ 2°

RÁDIO

 •Meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a audiências numerosas. A tecnologia é a mesma da radiotelefonia (ou seja, transmissão de voz sem fios).

RÁDIO

•"Veículo de radiodifusão sonora que transmite programas de entretenimento, educação e informação. Serviço prestado mediante concessão do Estado, que o considera de interesse nacional, e deve operar dentro de regras preestabelecidas em leis, regulamentos e normas”. ( Rabaça e Barbosa)

O meio RÁDIO O rádio é a mais criativa das

mídias porque não oferece nenhuma idéia acabada. A criação se completa na cabeça, no coração do ouvinte. O ouvinte participa da criação e por isso é mais fácil estimular alguém pelo rádio do que por qualquer outra mídia.

Características do Rádio Sensorialidade Abrangência Regionalismo Intimidade Imediatismo

Características do Rádio Acessabilidade Investimento barato Simplicidade Mobilidade Instantaneidade

Função Social do Rádio Como agente de informação e

formação do coletivo, vem se firmando como um serviço de utilidade pública, deixando como legado, princípios como:

Ação: Atuação; Transformação e mobilização.

Motivações pessoais Informar; Instruir; Entreter; Tranqüilizar; Chocar; Ganhar

dinheiro;

• Divertir-se;• Transformar;• Manter o status

quo;• Converter a uma

crença;• Apresentar

opções ;

RÁDIO

Nasceu pelas mãos de Roquette Pinto com a finalidade cultural-educativo

O Brasil entra na era do rádio: 7 de setembro de 1922 - Exposição Internacional do Rio de Janeiro.

RÁDIO Programação: para as classes altas e não incluía a emissão de publicidade

“O rádio estreou no Brasil como um meio sem programas, sem ouvintes e sem dinheiro”. (Renato Murce - Bastidores do rádio )

Rádio x Publicidade História da publicidade radiofônica no

Brasil: a) a descoberta dos formatos de

anúncio, de 1922 a 1930; b) a expansão e consolidação dos

investimentos, de 1930 a 1960; c) as mudanças ante a presença da

televisão, de 1960 a 1980; d) a transição para um novo modelo de

mercado, a partir de 1980.

Rádio x Publicidade

“Fundo de broadcasting” = uma espécie de patrocínio aos programas (alusão ao nome das empresas que apoiavam as emissões) É o primeiro formato de anúncio do qual se tem alguma referência documentada, o que constituiu uma questão-chave na história da publicidade radiofônica no Brasil.

Rádio x Publicidade O primeiro passo - rádio com finalidade comercial

- de 1925 e 1930 com os avanços técnicos nos sistemas de

transmissão, a popularização dos aparelhos a inserção regular dos anúncios na programação. Mudanças na oferta programática: mesclar música

popular, esportes e informação de atualidade Surgia o conceito de audiência no rádio.

Rádio x Publicidade O rádio e a publicidade radiofônica

viveram o seu período dourado entre as décadas de 1930 e 1960.

O investimento publicitário cresceu, as emissoras criaram o Departamento Comercial, a redação de anúncios incorporou os primeiros redatores especializados em publicidade.

Rádio x Publicidade Getúlio Vargas:

Em 1° de março de 1932 editou o decreto-lei 21.111, regulamentando a difusão de publicidade no rádio e limitando o tempo total destinado à emissão dos anúncios a 10% da programação diária.

Rádio x Publicidade Ao final da década de 40, o rádio ocupava o

segundo posto no ranking dos investimentos publicitários, com uma quota de participação de 26% na divisão dos recursos destinados aos meios.

O rádio exerceu uma grande influência no mercado publicitário até e 1950, quando a primeira emissora de televisão do Brasil, TV Tupi inaugurou as suas transmissões em São Paulo.

Rádio x Publicidade

Em 27 de agosto de 1962, o governo implantou o Código Brasileiro de Telecomunicações e fixou em 25% da programação diária o tempo máximo permitido para a difusão de publicidade no rádio e na televisão.

Quanto ao rádio, surgiram as emissoras que transmitiam em FM e que se popularizaram na década de 70. O rádio terminou os anos 70 com 8% de participação no bolo publicitário.

Rádio x Publicidade

Nas décadas de 60 e 70, a televisão se popularizou, reduzindo a influencia, a audiência e uma fatia significativa do bolo publicitário do rádio. A quota de participação do rádio nos investimentos publicitários baixou dos 23,6% registrados em 1958 para 13,2% em 1970

Rádio x Publicidade

A década de 80 – eventos importantes no mercado publicitário: Criação do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR), em 1980.

O rádio tentava se fortalecer com o lançamento da Central do Rádio - Formação de redes teve um objetivo unicamente econômico: fortalecer o rádio como um suporte publicitário – mais dividendos com menor investimento.

Rádio x Publicidade Investimento publicitário: a queda

iniciada nas décadas de 60 e 70 se manteve durante os anos 80 e o rádio entrou na década de 90 com apenas 4,8% de participação no mercado.

De 1950 (ano em que surgiu a televisão no Brasil) até 1990, a participação do rádio na distribuição dos recursos publicitários baixou 82%.

Rádio x Publicidade Como resultado do avanço das novas tecnologias de

comunicação e para se adequar à nova realidade do mercado, o negócio radiofônico inicia uma reorganização. As redes de emissoras se fortalecem e se abre o capital das empresas à participação dos investidores estrangeiros.

Os dados do Projeto Inter-Meios revelam que o mercado publicitário brasileiro voltou a mostrar vigor em 2010. Os investimentos em rádio aumentaram 10,9%, para R$ 1,09 bilhão, ou 4,18% do total.

A publicidade no rádio

VANTAGENS1º- Fonte de entretenimento - -é um meio de

entretenimento e diversão que o ouvinte tem à sua disposição a qualquer hora.

2°- Impacto - pelo uso da música e da sonoplastia reforça o efeito da palavra, dando maior impacto aos textos publicitários.

3°- Não absorve a atenção total - o ouvinte pode, ao mesmo tempo, executar outras tarefas.

4°- Maleabilidade - permite cancelar, trocar ou inserir a mensagem publicitária em poucas horas.

A publicidade no rádio -Limitações

1°- Age exclusivamente pelo ouvido.

2°- É inadequado para a apresentação de temas complexos ou coisas técnicas que demandam explicações mais ou menos longas.

3°- A mensagem radiofônica vive apenas no momento em que está no ar. Ao contrário da imprensa não pode ser lida.

4°- É um veículo local.

O RÁDIO COMO VEÍCULO PUBLICITÁRIO

Características básicas: a) Baixa cobertura por mensagem

transmitida. b) Cobertura local: as emissoras

locais são líderes de audiência;

c) Mídia seletiva: através da programação ou faixa horária.

Aspectos positivos:

1) Requer poucos investimentos em termos absolutos para a transmissão da mensagem;2) Rapidez na colocação da mensagem. Pode-se autorizar a veiculação e ter a mensagem "no ar" no mesmo dia.3) Permite grande frequência de exposição devido ao seu baixo custo unitário.

Aspectos negativos:

1) Necessita maior frequência de comerciais;

2) Sua cobertura é lenta, não permitindo a rápida rotação de estoque;

3) Por ser uma mídia local, as campanhas nacionais requerem centenas de emissoras.

A linguagem publicitária no Rádio

Som, música, ruídos, palavras e... Silêncio.

Recursos lingüísticos mais freqüentes:

FONÉTICOSLÉXICO-SEMÂNTICOSMORFOSSINTÁTICOS

A linguagem publicitária no Rádio - FONÉTICOS

a) Sons característicos: sibilância. Ex: A 1ª faz tcham, a 2ª faz tchum e... tcham, tcham, tcham, tchaaammm.

b) Evocação de ruídos: onomatopéia. Ex: toc-toc, atchimm..

c) Motivação sonora: aliteração, assonância.

Ex: O rato roeu a roupa do rei da Rússia

A linguagem publicitária no Rádio -LÉXICO-SEMÂNTICOS

a) Criação de novos termos - Ex: bebemore com Antártica. Tom bom é tom bom.

b) Mudanças de significado - Ex: barbeiro - significando alguém ruim no volante.

c) Clichês - Ex: Quem vê cara não vê coração

.

A linguagem publicitária no Rádio -LÉXICO-SEMÂNTICOS

d) Frases feitas - Ex: O primeiro chope é bom para a saúde; o segundo é bom para o prazer; o terceiro é bom para a vergonha e o quarto é bom para a loucura

e) Provérbios - x: A palavra é prata, o silêncio é ouro

f) Sentidos conotativo (figurado) e denotativo (real) - Ex: Ela é uma rosa de bonita

A linguagem publicitária no Rádio - MORFOSSINTÁTICOS

a) GRAFIAS INUSITADAS - Ex: Konverta-se e Finlandize-se.

b) RELAÇÕES NOVAS ENTRE ELEMENTOS - Ex: A moda que vai pegar no seu pé.

Ainda não inventaram um passe bem melhor que passe bem.

Produções de áudio - JINGLE: vem do inglês = música pequenamensagem musicada de curta duração, de comunicação rápida, fácil de se lembrar e cantar, composta especialmente para determinado produto ou serviço. Pode ter um tempo de 30"s, 15"s e 1min, normalmente veiculado em TV , rádios e vídeos.

Produções de áudio - JINGLE:• função é reforçar a imagem do produto

ou idéia.

o texto deve ser objetivo, claro e simples. Ele deve despertar, estimular o interesse do publico alvo pelo produto ou idéia e ficar claro nas linhas melódicas

Produções de áudio - JINGLE: três momentos definidos:

a) Desperta a curiosidade e cria expectativa no ouvinte.

b) Introduz o produto como resposta a expectativa criada.

• Assinatura do jingle com o nome do produto e/ou empresa.

Produções de áudio - SPOT: Criação do texto, produção com locução, efeitos vocais e sonoros. Este comercial é gravado com vocal masculino ou feminino de acordo com o gosto do cliente. Tamanho / formato - 15'', 30'', 45'' E 60''.

Produções de áudio - TEXTO – FOGUETE : Parecido com o SPOT, possui uma duração menor, entre 5 a 7 segundos. Geralmente estes tipos de mensagens surgem por meio de transmissões esportivas. Ex.: ...e passa

longe da meta do goleiro alvinegro. 51 - uma

boa idéia leva a outra. Caninha 51. -2 a O

para São Paulo aqui no Morumbi.

Produções de áudio - ROTATIVO:

Comercial de rádio e TV, sem uma programação rígida de horário a ser veiculado, que é apresentado várias vezes ao dia, entre os programas de diferentes horários.

Produções de áudio – ESPERA TELEFÔNICA:

São produzidos textos com dados fornecidos pela empresa. Cria-se uma trilha personalizada ou de gosto do cliente . A gravação é feita em fita sem fim, a qual não precisa ser virada, rebobinada. .

Produções de áudio - VINHETAS• Áudio feito com trilha efeitos e

vocal, destinado normalmente para rádios.

• tempo bastante pequeno: 5"s, a 30 "s.

• iniciam programas e quadros, hora certa, noticiário extraordinário, e outros eventos radiofônicos

facilitam a identificação da emissoras e dos programas das mesma.

Produções de áudio - VINHETAS

Cantadas- Com dados fornecidos pela empresa, serão produzidos textos e trilhas. Cada vinheta pode durar de 5 à 30 segundos.

Ponte- Serão criados textos para cada vinhetas. A produção será feita com efeito sonoro e vocal. Cada vinheta terá a duração de 5 à 10 segundos.

Produções de áudio - TRILHA• Áudio sonoro composto para ser usado

em jingles spots e vídeos. De acordo com o cliente é criado uma trilha e a assinatura é feita com o nome da loja

• Seu tempo varia muito de acordo com a utilização (1min, 30", 15"...)

Produções de áudio – FITA DE RUA

textos com dados fornecidos pelo cliente. A gravação é feita com dez minutos para cada lado da fita. A gravação é feita com músicas de sucesso (cuidado com os direitos autorais!) e com vocais masculino ou feminino

Produções de áudio - PARÓDIA

substituição da letra original de uma canção por uma mensagem publicitária, preservando-se a melodia.

Referências Básicas e complementares

FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a historia e a técnica. 2. ed. Porto Alegre: Sagra DC Luzzatto, 2001. 374 p. ISBN 852410614X MCLEISH, Robert. Produção de rádio: um guia abrangente de produção radiofônica. 4. ed. São Paulo: Summus, c1999. 242 p. ISBN 853230589X SILVA, Júlia Lúcia de Oliveira Albano da. Rádio: oralidade mediatizada: o spot e os elementos da linguagem radiofônica. 1. ed. São Paulo: Annablume, 1999. 115 p. ISBN 8574190896 CÉSAR, Cyro. Como falar no rádio: prática de locução AM e FM . São Paulo: Summus, 2009. 295 p. ISBN 9788532306646 (broch.).RÁDIO: produção, programação e performance. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 512 p. ISBN 9788522107438 (broch.). REIS, Clóvis.. Evolução e tendências dos investimentos publicitários no rádio: Brasil (1991-2000).. Revista de divulgação cultural, v. 76,, 2002

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