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BENILDE TEREZINHA DEPUBEL
ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO: PRODUÇÃO DIDÁTICA
Trabalho apresentado como requisito parcial do PDE, orientado pelo Professor Doutor Alexandre S. Ferrari Soares.
Cascavel-PR
2008
Introdução
O presente trabalho tem por objetivo contribuir com as práticas do
trabalho com argumentação e persuasão em sala.
As atividades têm por interlocutor o aluno, e, em decorrência disso, a
linguagem é a mais próxima possível do educando!
A abordagem oferecida é interdisciplinar, haja vista que o conhecimento
não é naturalmente segmentado e trancado a sete chaves em gavetas!
Inicialmente, pensou-se em dar ao trabalho a formatação de Folhas, mas após
algumas opiniões ouvidas, decidiu-se que ele se caracterizaria mais como
unidade didática.
Ao mesmo tempo que é difícil, também é desafiador ler, compreender,
interpretar, relacionar as teorias estudadas e ainda trabalhá-las de forma
didática.
De outra forma, não haveria sentido em teorizar apenas, quando a
realidade grita por transformações!
Argumentação, persuasão, opinião:
O texto acima expressa claramente uma opinião, defende abertamente
uma idéia ou tese. Nos meios de comunicação em geral, encontramos textos
tais como o acima, que demonstram claramente ser textos opinativos, e outros
que, à primeira vista, são só informativos, mas fazendo uma análise mais
profunda, percebemos que também expressam um ponto de vista.
Alguns textos declaradamente opinativos são: editorial, carta do leitor,
ombudsman. Todos eles estão presentes em jornais, revistas Nem todo órgão
de imprensa tem ombudsman, que é contratado para criticar a atuação da
empresa para a qual trabalha, é uma espécie de representante dos clientes,
tanto quando atua na mídia quanto em outros ramos de atividade, como
comércio, por exemplo.
O editorial expressa a opinião dos redatores, da direção, dos
patrocinadores do veículo de imprensa. Costuma aparecer nas primeiras
páginas internas de jornais e revistas.
Carta do leitor é um espaço onde leitores expressam suas opiniões a
respeito de artigos, reportagens, imagens publicadas. O leitor pode
parabenizar, corrigir, ou até esclarecer algum conteúdo veiculado no jornal.
Assim, o leitor que não gostou de uma foto que considerou muito violenta ou
apelativa, pode protestar através dela. Daí a gente fica pensando: nossa, que
democráticos são os periódicos, entretanto, não nos enganemos, nem todas as
cartas são publicadas, ocorre uma seleção. Também o ombudsman não é
independente, e apresenta críticas dentro do aceitável pela empresa.
Interessante é analisarmos, além do conteúdo de um texto, para quem
ele se destina, isto é, qual é o seu público alvo, assim, a carta do leitor se dirige
primeiramente a quem escreveu o conteúdo comentado, mas também a todos
os outros leitores.
Crítica: apreciação feita por alguém a respeito de obra (livro, pintura,
exposição, filme). Algumas vezes é feita por pessoa especializada no asssunto,
geralmente nesse caso temos uma crítica fundamentada em critérios mais
claros e coerentes. Algumas vezes as críticas se perdem em achismo, ou seja,
uma opinião infundada, que não conhece bem aquilo de que fala, ficando
dentro do senso comum.
ATIVIDADES:
1) Considerando as explicações acima, responda:
Quem é o público-alvo?
a) do editorial:
b) da carta do leitor:
2)Sobre o texto 1, responda:
a) Qual é o assunto principal do texto?
b)Na sua opinião, o título do texto tem alguma relação com o conteúdo dele?
Você prefiriria outro título? Qual?
c) Qual é o argumento de quem diz que “é difícil agradar o povo”?
d) Você concorda que é difícil agradar o povo? Por quê?
e) O texto fala que saneamento básico para alguns passa despercebido,
enquanto existem famílias que sonham com ele e seus benefícios. Como o
jornalista define “ cidadão positivamente insatisfeito”?
f) Segundo o autor, qual é a postura das autoridades em fim de mandato como
resposta às cobranças da população?
g) Cite um argumento que o locutor usa para defender a idéia de que as
autoridades devem continuar trabalhando com eficiência até o final do
mandato.
h) Você observa no seu cotidiano que ocorre um enfranquecimento no
atendimento público em finais de mandato ?
i) Existem obras que chamam a atenção da população por serem bonitas,
grandiosas: praças, grandes prédios e outros. Já o saneamento, mesmo
trazendo benefícios importantíssimos, corre o risco de ser pouco notado pelo
povo. Na sua opinião, isso colabora para que os administradores escolham
outras realizações, ficando o saneamento em segundo plano?
3) Escreva ao lado do trecho, se está sendo apenas relatado um fato, ou se
expressa opinião :
a) Ontem, a Gazeta trouxe o quadro das famílias que vivem em precárias
condições de sobrevivência.
b) ”Ontem, a Gazeta trouxe o triste quadro das famílias que vivem em precárias
condições de sobrevivência(...)”
c) Todos continuarão recebendo seus salários até o dia 31 de dezembro.
d) Todos continuarão recebendo seus salários até o dia 31 de dezembro.e
deverão fazer jus a ele.
e) ”Independente de quem assume a administração a partir de 1º de janeiro de
2009, os problemas cotidianos persistem.”
4) O saneamento básico pode evitar doenças?Quais?
5) Pesquise(m) e traga(m) para sala algum texto claramente opinativo, entre
os que estudamos, pode ser individualmente, ou em grupos de até três alunos.
O texto deverá ser lido para a turma, explicando em que classificação se
encaixa: carta do leitor, editorial, etc. A apresentação pode ser criativa, por
exemplo, encenando a apresentação de um jornal.
Para ler e comentar:
09/11/2006 - 12h24
Saneamento básico atinge 75% da população brasileira, diz Pnud
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da Folha Online
O acesso à água atinge 90% da população brasileira, segundo o RDH (Relatório de
Desenvolvimento Humano) --divulgado nesta quinta-feira pelo Pnud (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento). Em 1990, só 83% da população tinha acesso à água.
Com essa melhora, o nível de acesso da população brasileira à água é semelhante ao de países
com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), como Coréia do Sul (92%) e Cuba (91%).
No entanto, o Brasil possui uma taxa de coleta de esgoto de 75%, o que exclui cerca de 43
milhões do acesso ao saneamento básico. Em 1990, 71% da população tinha acesso à coleta de
esgoto. Com esse percentual, o acesso ao saneamento básico no Brasil é pior que o do Paraguai
(80%) --que está em 91º no ranking do IDH, contra o Brasil, em 69º.
O relatório analisou o acesso aos serviços de água e saneamento em 177 países e o impacto do
setor em outros indicadores sociais.
Segundo o Pnud, o avanço do Brasil no acesso à água deixou o país perto da meta de elevar o
indicador de 90% para 91,5% --estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(uma série de metas socioeconômicas que os países-membros da ONU se comprometeram a
atingir até 2015).
No entanto, o país está longe de atingir a meta de saneamento de 85,5%. Para o Pnud, o Brasil
terá que intensificar o ritmo atual de expansão dos serviços e ampliar a cobertura de esgoto em
14% até 2015.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86510.shtml,acessado em 27 de novembro de
2008-11-27
A saúde se constitui numa questão muito séria, tanto que todo candidato
elenca assim suas prioridades: saúde, educação, alimentação. Então, por que
ainda temos tantas doenças evitáveis? Bem, vamos ver um episódio do
saneamento na história do Brasil: a revolta da vacina.
Revolta da Vacina
O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas.
Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este por sua vez chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no Centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.
O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o conseqüente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.
Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela.
Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.
A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados
Acessado em 27 de novembro de 2008-11-27http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/revolta.html
Entre a população, circulava o boato de que a vacina defendida pelo diretor geral da Saúde
Pública, Oswaldo Cruz, tinha por objetivo matar os inquilinos dos cortiços dos bairros centrais e
facilitar as remoções. A indignação popular era incitada por grupos monarquistas e republicanos
radicais que planejavam um golpe de Estado contra Rodrigues Alves.
Cinco dias após a aprovação da lei, é criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. O medo de
morrer por causa da vacina não é o único motivo que inflama o povo. Os agentes de saúde
teimam em inocular as mulheres na perna, o que é considerado um atentado sério ao pudor.
http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=1403&sid=978e19eaf8737b092cf3e10bd11b635f
Talvez você ache ridículas as reações da população de 1904, mas
lembre-se de que não podemos analisar os fatos históricos com a visão do
nosso tempo,
não podemos pretender que os homens daquela época tivessem a mesma
visão de mundo que nós, seres humanos imprensados entre o final do século
XX e a primeira metade do século XXI. Podemos de certa forma afirmar que
vivemos uma época de transição. Analisando pelo nosso senso comum, não
entenderíamos, por exemplo, como os escravos gregos não usavam grilhões,
contudo não fugiam. Somos pessoas de nosso tempo, da nossa cultura, e tudo
que vemos, pensamos e sentimos, é a partir do lugar que ocupamos. É como
lembra Carlos Drummond de Andrade, na poesia “Mãos Dadas”:
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Se tivéssemos vivido em outra época, participado de outros grupos
sociais, teríamos outras idéias e concepções, pois somos sujeitos assujeitados,
presos à nossa época e maneira de pensar! Fazendo parte de uma sociedade
que cria necessidades para nos fazer consumir mais, e mantê-la tal qual é.
Tanto somos assujeitados, que até Rui Barbosa, uma das maiores
inteligências da época, pronunciou-se contra a obrigatoriedade da vacina!Ao
final, a revolta foi violentamente contida, e o Rio, urbanizado. Além de político e
advogado, Rui também era um grande orador,
Proposta de atividade:
Desenhe, em seu caderno, na seqüência:
a) algum animal de que você tem medo.
b) roupas masculinas ou femininas.
Em círculo, cada aluno mostrará o seu desenho, ou, se preferir, falará
sobre ele. Assim, podemos perceber como a nossa visão de mundo é ditada
pelo ambiente, a cultura, a época e o grupo social em que vivemos! Por
exemplo, podemos dizer que a saia é uma roupa feminina, mas em outras
épocas, como na Roma antiga, por exemplo, homens a usavam. Também na
nossa época, em outros lugares como a Escócia, os homens usam o kilt.
Comente então, oralmente: a) Um homem na Escócia usando kilt, seria
considerado moderno ou conservador? Na sociedade brasileira atual, um
homem usando saias poderia ser considerado conservador?
Conforme pudemos concluir juntos, essa visão também é determinada
pela nossa formação discursiva, Eni Orlandi explica formação discursiva:
“aquilo que (...) a partir de uma posição dada em uma conjuntura sócio-
histórica dada–determina o que pode e deve ser dito”.
Dizendo de uma forma mais barata, e esperamos, sem diminuir a
qualidade da explicação, podemos a partir dela afirmar, por exemplo, que a
posição que ocupamos determina o que podemos, mais ainda, o que devemos
dizer. por exemplo, quando você pede um conselho a um padre ou pastor, a
posição social que ele ocupa exige dele que o atenda demonstrando atenção, e
que o conteúdo do conselho esteja dentro das normas da instituição que ele
representa.
Outro ponto importante, é que não ocupamos uma só posição!!! Isso
mesmo!!! Quer dizer que na escola, eu sou a professora, em casa, sou a mãe,
para as amigas sou chamada pelo meu nome. Você também, na escola, é
aluno, na família pode ser chamado pelo nome, de filho ou irmão. Entretanto,
não é só o nome pelo qual somos chamados que muda, é a posição que
ocupamos naquele momento que nos obriga a dizer e agir de acordo com a
nossa posição. Dos pais, espera-se, por exemplo, que recusem e ainda dêem
um sermão quando o filho pede para ir ao cinema na véspera de uma prova
para a qual tem dificuldade!Não é apenas o discurso que eles querem dizer,
mas o que se espera deles.
Atividade 2
Traga para a próxima aula, algum provérbio, com a análise que você fez
dele. Provérbios ou ditados, fazem parte da sabedoria popular, do nosso
folclore. Por exemplo: “É de pequenino que se torce o pepino”. Significa que os
seres humanos devem ser corrigidos enquanto estão no início da sua
existência.
Com a sala em semi-círculo, cada aluno lerá o provérbio e sua
explicação. A conclusão deverá ser que os provérbios tentam nos levar a agir
de determinada forma, inclusive muitos têm verbos no imperativo, que é o
modo próprio para dar ordens, fazer pedidos, ou dar conselhos. Ao contrário
dos clichês, mesmo os provérbios sendo bastante usados, continuam tendo
autoridade de convencer.
Hoje, ainda há pessoas que relutam em se vacinar, ou aos próprios
filhos.Veja abaixo, uma tabela de vacinação obrigatória:
.
* Vacinação oficial obrigatória, disponível gratuitamente nos postos de saúde.
** A vacinação contra a febre amarela para os residentes em área endêmica (Acre,
Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) deverá ser realizada a partir dos seis meses
de idade. Para residentes em área de transição (Bahia, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) a vacina é indicada a partir dos nove meses
http://www.yasminbaby.com.br/30901.html?*session*id*key*=*session*id*val*
Leia e responda:
a) Qual é a situação do Paraná em relação aos outros estados
quanto ao controle da febre amarela?
b) De que forma você considera que poderíamos contribuir para
diminuição dos casos de febre amarela e dengue?
c) Como você considera que a vacinação deve ser: obrigatória,
gratuita, paga, só para quem quisesse? Por quê?
Verifique se você e seus familiares estão em dia com as vacinações!
A vacina visa imunizar a população contra epidemias, preveni-las.
Epidemias são doenças que se espalham rapidamente em determinada região,
atingindo diversas pessoas.
Mas, e depois da obrigatoriedade e gratuidade das vacinas, estamos
livres das epidemias?
Algumas doenças ocupam pouco espaço na mídia, e, talvez por isso,
pensamos nelas como já superadas. Porém, nem sempre são! A febre amarela
e a tuberculose, por exemplo, já eram combatidas na época da revolta da
vacina. Durante muito tempo, não ouvimos falar em dengue, entretanto,
atualmente sabemos que vivemos uma situação complicada quanto à essa
enfermidade.
Acessando hoje, 30 de novembro, o site da SESA,
http://www.saude.pr.gov.br/sesa/ ,vemos que a secretaria estadual de saúde
vem envidando esforços, no sentido de combater entre outras, a febre amarela,
a tuberculose, leptospirose, tuberculose e hanseníase. Isso demonstra que
elas estão ativas.
Agendar uma palestra com um representante da regional de saúde de
Cascavel, sobre saneamento básico, epidemias e profilaxia. Os alunos deverão
fazer anotações e, após a palestra, em grupos deverão fazer um cartaz
relacionado ao tema da palestra.
Produção Textual
Agora que você já dispõe de várias informações sobre saneamento
básico, doenças infecciosas, contágio, você escreverá um texto opinativo.
Contudo, agora que você já é um craque no assunto, tem o que escrever,
estudaremos um pouco sobre como escrever.
Mas você já se perguntou como começou essa necessidade de falar
para convencer, persuadir alguém?
Na antiguidade, os gregos se reuniam numa praça chamada agora, para
discutir e decidir os problemas, afinal, a democracia nasceu na Grécia. Não
esqueça que a democracia grega não considerava cidadãos as mulheres e os
escravos, por exemplo.
Com o hábito grego do debate, foi necessário para aqueles que queriam
influir nas decisões coletivas, se esforçarem por falar de forma a convencer os
concidadãos. É a política, como sempre importantíssima na nossa vida! Quer
nos interessemos por ela ou não! Se não nos interessarmos, alguém tomará
decisões por nós.
Então os jovens gregos passaram a estudar Retórica. Alguns mestres
que ensinavam retórica acreditavam que ela deveria ter compromisso com a
verdade. Já os sofistas afirmavam que o discurso não tinha por objetivo
dizer a verdade, mas sim, convencer. Comente oralmente qual dessas idéias
tem sido mais forte nos discursos dos políticos brasileiros atuais... Há mais
preocupação em dizer a verdade ou convencer?
Dizer a verdade, convencer, falar a verdade de forma a convencer...
Para acreditarmos em algo, precisamos do quê? Enquanto o convencimento
tenta nos influenciar pela razão, a persuasão procura nos atingir pela emoção...
Mas Aristóteles nos salvou um pouco de tanta confusão, deixando-nos
uma obra tão importante, que até os nossos dias ainda serve para formar
escritores e oradores: Arte Retórica. Adilson Citelli, em seu livro Linguagem e
Persuasão, elenca as partes do discurso na esteira de Aristóteles, e as. explica:
1. Exórdio. É o começo do discurso. Pode ser uma indicação do assunto, um conselho, um elogio, uma censura, conforme o gênero do discurso em causa.Para o nosso efeito ‘consideremos o exórdio corno a introdução. Essa fase é importante porque visa a assegurar a fidelidade dos ouvintes. Notem corno age o padre num sermão. Normalmente ele diz: “Caríssimos irmãos, hoje iremos falar sobre. . 2. Narração. É propriamente o assunto, onde os fatos são arrolados, os eventos indicados. Segundo Aristóteles: “O que fica bem aqui não é nem a rapidez, nem a concisão, mas a justa medida. Ora, a justa medida consiste em dizer tudo quanto ilustra o assunto, ou prove que o fato se deu, que constituiu um dano ou uma injustiça, numa palavra, que ele teve a importância que lhe atribuímos” “ É propriamente a argumentação. 3. Provas. Se o discurso haverá que ser persuasivo, é mister comprovar aquilo que se está dizendo. Serão os elementos sustentadores da argumentação. Esta fase é particularmente significativa no discurso judiciário. 4. Peroração. É o epílogo, a conclusão. Pelo caráter finalístico, e em se tratando de um texto persuasivo, está aqui a última oportunidade para se assegurar a fidelidade do receptor, portanto, mais um importante momento no interior do texto. A ela se referia Aristóteles: “A peroração compõe-se de quatro partes: a primeira consiste em dispô-lo [o receptor] mal para com o adversário; a segunda tem por fim amplificar ou atenuar o que se disse; a terceira, excitar as paixões’ no ouvinte; a quarta, proceder a uma recapitulação” .
Perceba bem como antes de Cristo, Aristóteles já sabia o objetivo do
discurso argumentativo, persuasivo: conseguir a adesão do interlocutor.
Assim há discursos para convencer jovens a lutar na guerra, eleitores a votar
de determinada forma num plebiscito, enfim, sempre alguém tenta dominar
através da palavra. Claro que a palavra não é o único meio de dominação,
hegemonia, mas é um deles, e quanto mais percebermos isso, tanto mais difícil
será nos enganarem! O discurso publicitário mesmo, nos invade os dias, e
temos que estar preparados, e não analisá-lo ingenuamente.
Em grupos de cinco alunos, pesquisem um discurso. Observem se ele
segue a estrutura descrita por Aristóteles. Caso siga, aponte nele as partes.
Por exemplo: exórdio: primeiro parágrafo, ou então, das linhas 01 a 04.
Para ajudar mais na construção do seu texto, citamos aqui parte da
dissertação de mestrado da professora doutora Terezinha conceição da Costa
Hubes:
A ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO DISSERTATIVO• Quando se trata da argumentação,
no momento em que se pretende influenciar por meio da fala e/ou da escrita, um grupo ou urna certa pessoa, não se pode menosprezar
• o que o(s) interlocutor(es) já pensam sobre o assunto.
• O locutor deve preocupar-se com a linguagem adequada para aquele(s) inlerlocutor(es). O importante é possibilitar a comunicação.
• Antes de tudo, deve-se ter razão para falar e/ou escrever; e ter vontade de falar e/ou escrever para aquela(s) pessoa(s).
• O orador deve apresentar-se com certa modéstia. Jamais impor suas idéias corno se fossem únicas, absolutas.
• Se quer realmente persuadir, convencer o(s) outro(s), deve, antes de tudo, pensar e selecionar argumentos que podem influenciá-lo(s). É preciso preocupar-se com seu(s) interlocutor(es), com seu estado de espirito, e buscar elementos capazes de persuadi- lo(s).
• Não se deve jamais desprezar a fala do outro. É preciso valorizar suas idéias, seus algumentos corno dignos de participar de urna discussão.
• É preciso alguma habilidade para tomar a palavra e ser lido e/ou ouvido.
• A argumentação oral mais passível de ser ouvida do que a escrita de seirlida. Porém, é preciso que o orador saiba dominar a palavra.
• Como o texto argumentativo visa obter a adesão do leitor, ele deve, por inteiro, preocupar-se com o(s) leitor(es) que procura influenciar.
O TEXTO ARGUMENTATIVO• Não deve se limitar a simples
constatação dos fatos, dos fenômenos, mas esforçar-se para obter a adesão do leitor.
• Seu discurso deve apresentar como um discurso de transformação.
• A voz que se expressa num texto argumentativo deve assumir uma atitude crítica diante do mundo, fazendo da polêmica, do julgamento, do posicionamento, da reflexão, sua razão de ser.
• Quem disserta deve ser disposto a opinar, a defender o seu ponto de vista, através de argumentos sólidos e consistentes.
ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVOINTRODUÇÃO: é a parte em que o autor deve apresentar a idéia-núcleo que será desenvolvida no decorrer do texto. Deve, preferencialmente, apresentá-la em um ou dois períodos curtos, chamados de tópico frasal,!. Pode ser redigido em forma de declaração, interrogação, negação, comparação entre outras.DESENVOLVTMENTO: as informações sobre a idéia-núcleo anunciada na introdução devem ser analisadas aqui. É nesse momento que o autor deverá sustentar sua idéia com argumentos que realmente convençam seus leitores. Para isso, é fundamental saber escolher, selecionar os argumentos.Argumento é tudo aquilo que ressalta, faz brilhar, faz cintilar urna idéia.
Há diferentes formas de provocar a adesão do interlocutor ou leitor, quando o objetivo do autor é defender seu ponto de vista. .Comprovação das declarações: (apresentar provas através de referência de documentos, depoimentos, etc.)• Evocação do concreto, pela narração de fatos ou descrição de lugares, pessoas ou coisas.• A escolha de palavras não pode ser neutra. As palavras devem “empolgar” criar uma rede de forte apelo.Interrogação: é um recurso muito eficiente, que conduz o raciocínio na direção desejada, expressando um julgamento, ao mesmo tempo que pode servir para traduzir uma possível contra-argumentação.• A indeterminação nominal e pronominal: pode revestir os enunciados de um caráter mais objetivo, concedendo maior credibilidade aos argumentos (faz-se necessário, acredita-se...).
CONCLUSÃO: esta parte, também chamada de desfecho, sintetiza o que há de mais relevante no conteúdo desenvolvido; o objetivo dessa retomada de conteúdos e registradas considerações finais do autor sobre o tema.
O QUE EVITAR NO TEXTO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVOFrases muito comuns, tidas como declarações universalmente aceitas, devem ser evitadas, pois perdem em força argumentativa e são reconhecidas como dichês, lugar-comum. (Ex.: A criança é futuro da nação./Deus ajuda quem cedo madruga etc.)O uso de argumentos que não são relevantes (importantes) para o leitor/interlocutor.Frase e parágrafo muito longo. Os períodos curtos convencem mais, pois o leitor compreende-os melhor.
Seguindo todas essas dicas, fica beeeem mais fácil !!! Agora,
vamos à prática! Pois afinal é assim que nossos textos vão melhorar! Por melhor
escritor que você seja, sempre haverá algo a ser melhorado nos seus textos.
Legal é quando você mesmo se dá conta disso, e transforma seu próprio texto.
Redigir um texto é trabalho que se constrói e aperfeiçoa!
Você escreverá um texto opinativo sobre saneamento e sua
importância, pode ser dirigido a autoridades municipais, como aos moradores do
mesmo bairro, ou ainda à associação de moradores do seu bairro. Não esqueça
de que você tem por objetivo conseguir a adesão dos leitores ao seu ponto de
vista. Use argumentos sólidos, fortes. Se quiser, pode escrever em forma de
carta, ok ?
O texto dos alunos será corrigido pelo professor e, se houver
necessidade, refeito.
Produção de texto argumentativo 2: Elabore um texto opinativo sobre
guerra bacteriológica. Você considera justo que algumas nações usem bactérias
para contaminar os adversários? Sim, ou não. Defenda seu ponto de vista!
Escreva um texto com boas argumentações, com objetivo de mudar a opinião
das pessoas! Não esqueça que na revolta da vacina, o governo, uma ditadura,
reprimiu o povo com violência, não tentou fazer campanhas de esclarecimento,
convencer, nem persuadir o povo. É mais uma coisa que aprendemos. A arte do
convencimento, da persuasão é mais comum nas democracias. Embora algumas
ditaduras tenham sabido usar recursos para persuadir. Escreva o texto destinado
a algum colega de sala, ou a seus pais.
Atividade
Em grupos de três alunos, pesquisar um texto publicitário, analisar de
que forma ele tenta convencer o consumidor, a equipe apresentará para todos as
suas conclusões.
Adolescência, rebeldia, mal-do-século, depressão, tuberculose? O que tem
a ver entre si?
Bem, no tempo em que viveu o jovem Manuel, no pouco tempo que ele
viveu, convencionou-se chamar mal do século a uma tendência de escritores que
demonstravam forte melancolia, idealização da morte, tédio, sentimentalismo
exagerado, valorização do eu, do interior do poeta. Como naquela época não
havia astros do rock, do cinema para serem idolatrados, a juventude da época
admirava escritores, entre outros artistas. O nosso Maneco, vamos chama-lo
assim por carinho, sofria influências principalmente do inglês lorde Byron, e do
francês Musset nas suas obras. Que obras? Muitas, e muitas mais teria havido
se não fosse a morte silenciá-lo tão cedo! Precoce, desde sempre brilhante
aluno, vai estudar Direito na famosa Faculdade do Largo do São Francisco. Não
chega a se formar, pois morre antes. Antes de continuar essa história, vamos ver
um pouco de sua obra:
A lagartixa
A lagartixa ao sol ardente viveE fazendo verão o corpo espicha:O clarão de teus olhos me dá vida,Tu és o sol e eu sou a lagartixa.
Amo-te como o vinho e como o sono,Tu és meu copo e amoroso leito...Mas teu néctar de amor jamais se esgota,Travesseiro não há como teu peito.
Posso agora viver: para coroasNão preciso no prado colher flores;Engrinaldo melhor a minha fronteNas rosas mais gentis de teus amores
Vale todo um harém a minha bela,Em fazer-me ditoso ela capricha...Vivo ao sol de seus olhos namorados,Como ao sol de verão a lagartixa.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_actio
n=&co_autor=87
Perceba o humor nessa poesia, que destoa do que alguns autores
costumam falar do Maneco. Pesquise a poesia Namoro a Cavalo do mesmo
autor, e você verá que Álvares de Azevedo não é só o poeta da morte, mas
também de certo humor, sensualidade, como no poema É ela! É ela! É ela! É
ela!
Crie uma ilustração para o texto A lagartixa.
Na poesia abaixo, veremos qual o motivo de Álvares ser conhecido
como “o poeta da morte”.
Lembrança de morrer
Quando em meu peito rebentar-se a fibraQue o espírito enlaça à dor vivente,Não derramem por mim nem uma lágrimaEm pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impuraA flor do vale que adormece ao vento:Não quero que uma nota de alegriaSe cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédioDo deserto, o poento caminheiro— Como as horas de um longo pesadeloQue se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh'alma errante,Onde fogo insensato a consumia:Só levo uma saudade — é desses temposQue amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade — é dessas sombrasQue eu sentia velar nas noites minhas...De ti, ó minha mãe, pobre coitadaQue por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,Poucos — bem poucos — e que não zombavamQuando, em noite de febre endoudecido,Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme aindaÉ pela virgem que sonhei... que nuncaAos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadoraDo pálido poeta deste flores...Se viveu, foi por ti! e de esperançaDe na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,Verei cristalizar-se o sonho amigo....Ó minha virgem dos errantes sonhos,Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitárioNa floresta dos homens esquecida,À sombra de uma cruz, e escrevam nelas— Foi poeta — sonhou — e amou na vida.—
Sombras do vale, noites da montanhaQue minh'alma cantou e amava tanto,Protegei o meu corpo abandonado,E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d'auroraE quando à meia-noite o céu repousa,Arvoredos do bosque, abri os ramos...Deixai a lua prantear-me a lousa!
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000021.pdf
A acima sim, é poesia que trata da morte. Já imaginou escrever um texto
falando até como queria seu epitáfio? Pois bem, Álvares de Azevedo fez isso!
Parece difícil encontrar defeitos no autor, afinal estamos falando de um ótimo filho, amigo afetuoso, irmão carinhoso e escritor precoce. Falta ainda conhecermos, no mínimo um pouco do brasileiro preocupado com seu país, que quando seu pai considerou um discurso dele excessivamente liberal, respondeu:
Meu pai e amigo:
A propósito do manuscrito do discurso, duas palavras:
Não é intenção nenhuma política a minha... Nele. Este discurso não é mais que o desenvolvimento da idéia esboçada do dia 11 de agosto. Falei ai na missão das academias: falo neste da influência política dessa missão. Até ai não mais do que dedução de idéias. Quanto ao que falei sobre instrução publica, sobre o desleixo dos governos de todos os credos no Brasil, bem se vê nisso não há idéia nenhuma de liberalismo exagerado, e muito menos republicanismo. As minhas idéias sobre política resumem-se em querer menos palavras e mais convicções, menos alarido de liberalismo e mais instituições asseladas dele. Não digo se a constituição é boa ou má: ninguém até hoje pode dar opinião definitiva sobre isso. A constituição tem sido atirada por todos os e em todos os tempos para todos os lados, desde que não tem servido de instrumento para os partidos; e isso não foi só feita pela lei de 3 de dezembro. O que lamento é que a constituição garanta instrução primaria e que ela não se dê; que ela garanta universidades e que ninguém cure de realizar a máxima fundamental [...] Teoria é essa que repito, nada tem de repulsiva (AZEVEDO, 1952)
Veja que o autor, mesmo vivendo na época do império, já demonstrava
preocupações com o acesso à universidade e com o desrespeito à
constituição.
É bem de nossos dias a afirmação de várias pessoas de que querem
menos palavras, e mais ações. É o mesmo que o poeta afirma quando diz: “As
minhas idéias sobre política resumem-se em querer menos palavras e mais
convicções, menos alarido de liberalismo e mais instituições asseladas nele”.
Finalmente, ele diz que lamenta. Por que ele lamenta? Qual sua opinião sobre
esse lamento, concorda com Maneco, discorda? Por quê? Discuta oralmente.
Escreva um texto sobre cotas para alunos de escola pública nas
universidades públicas. Posicione-se contra ou favor e tente convencer o leitor.
Considere que seu texto será publicado no jornal, e terá diferentes leitores.
Atividade
Quando Álvares era vivo, a doença que vitimava mais pessoas, era a
tuberculose. Dizem até que ele morreu de tumor na fossa ilíaca, agravada por
um tombo do cavalo. Hoje, alguns estudiosos definem a depressão como mal
do nosso século. Pesquise os sintomas do stress e da depressão.
Agendar palestra com psicólogo (a) ou médico(a) sobre stress e
depressão.
Conclusão
Ao terminar essa fase do trabalho, por um lado, vê-se quanto caminho
ainda se tem a percorrer! Por outro, considera-se que os primeiros frutos já
estão sendo colhidos, e que caminham na direção da prática escolar e sua
melhoria.
A angústia inicial era de construir algo que viesse mesmo de encontro às
necessidades diárias de professores e alunos. Embora pudessem existir
diferentes formas de abordar o assunto, e outras atividades pudessem ser
propostas, considera-se que a presente produção oferece sugestões
adequadas para o trabalho com a argumentação em sala de aula.
Necessário é seguir em frente, construir as próximas etapas do trabalho.
Por ser linguagem diretamente ligada ao aluno, com atividades voltadas a ele,
evitou-se ao máximo citar teóricos, pois a preocupação teórica é
precipuamente do professor, tal como a metalinguagem.
Referências:
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http://www.memoriaviva.digi.com.br/drummond/poema019.htm
ATÉ o fim. Gazeta do Paraná, Cascavel, 24 out. 2008. Editorial,p. 2
Azevedo, Álvaro. Cartas. Obras Completas. Rio de Janeiro, 1942.
AZEVEDO, Álvares. A Lagartixa. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=87 acessado em 12 de novembro de 2008 AZEVEDO.
Álvares. Lembrança de Morrer. lhttp://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000021.pdf acessado em 15 de novembro de 2008
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. São Paulo, Ática, 1991
COSTA, Terezinha da Conceição. Argumentação e Escrita. Dissertação de
Mestrado.UEL.Londrina, 2002.
GERALDI, João W. Portos de Passagem. 4ªed. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
GUIMARÃES, Eduardo R. J. Texto e argumentação um estudo das
conjunções do português. 2ªed. Campinas : Pontes, 2001.
KOCH, Ingedore. A argumentação pela linguagem. 4ªed. São
Paulo: Cortez, 1996
ORLANDI, Eni P. Análise de discurso, Princípios&Procedimentos. 3ªed.
Campinas: Pontes, 1999
PERELMAN, Chain. Tratado da argumentação: a nova retórica /Chain
Perelman, Lucie Olbrechts-Tyteca; tradução Maria Ermantina Galvão- 2ª ed.-
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REBOUL, Olivier. Introdução à retórica: tradução Ivone Benedetti-São
Paulo: Martins Fontes, 2000.
REVOLTA DA VACINA http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/revolta.html
Acessado em 27 de novembro de 2008
SANEAMENTO BÁSICO ATINGE 75% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, DIZ PNUD.
.http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86510.shtml,acessado em 27 de novembro de 2008.
TABELA DE VACINAÇÃO: http://www.yasminbaby.com.br/30901.html?*session*id*key*=*session*id*val* acessado em 15 de novembro de 2008.
http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=1403&sid=978e19eaf8737b092c
f3e10bd11b635f acessado em 12 de novembro de 2008, excerto.
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