Arte Colonial Brasileira - Urbanismo e Arquitetura Civil (Resumo)

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Resumo a partir de um item do capítulo 1 do livro "História da arte no Brasil: textos de síntese", de Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira et al.

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  • ARTE COLONIAL BRASILEIRA

    URBANISMO E ARQUITETURA CIVIL

    A colonizao portuguesa quase no deixou vestgios materiais nas quatro primeiras dcadas do sculo XVI.

    descaso inicial dos portugueses pela Colnia americana.

    nada subsistiu das construes desses 1s tempos simples feitorias em madeira e barro, levantadas em pontos esparsos da costa, onde aportavam as naus portuguesas em busca do pau-brasil.

    1 tentativa de organizao poltica-administrativa do territrio (1534) diviso em capitanias hereditrias

    insuficincias deste sistema resultados satisfatrios Pernambuco e So Vicente

    constantes ameaas de corsrios estrangeiros na costa desprotegida.

    governo portugus decide ocupar-se diretamente do Brasil 1549 Governo Geral (sede na cidade de Salvador).

    dignidade de cidade capital deve Salvador origens plano ortogonal regularizador, semelhante aos traados em xadrez das cidades espanholas da Amrica.

    plano, de carter excepcional no contexto do urbanismo lusitano da poca, teve seu emprego no Brasil restrito aos centros administrativos de maior importncia, tais como o Rio de Janeiro, So Lus do Maranho, Belm do Par e ainda Mariana, escolhida em 1745 para sede do primeiro bispado de Minas Gerais.

    Nas vilas e povoados do Brasil colonial modelo informal de urbanizao de razes medievais

    arruamentos estreitos e irregulares, acompanhando as curvas de nvel das encostas dos morros, ocupados pelos monumentos religiosos ou civis de maior destaque e outros acidentes geogrficos do terreno, como os riachos aurferos de Minas Gerais.

    arruamentos espontneos voltas pitorescas e constantes subidas e descidas um dos principais encantos das cidades coloniais brasileiras, algumas das quais ainda conservam notvel grau de preservao arquitetnica e urbanstica.

    Exemplos particularmente bem conservados Olinda e Ouro Preto (cidades patrimnio mundial pela Unesco) o qualidade arquitetnica de seus monumentos o casario colonial, inseridos no traado urbano original.

    Fundada em 1537 pelo donatrio Duarte Coelho sede da capitania de Pernambuco Olinda o uma das mais antigas fundaes portuguesas na Amrica o destruies ocorridas no perodo da dominao dos holandeses (1630-1657) o estabeleceram sua capital na vizinha cidade do Recife o conserva ainda excepcional conjunto de monumentos religiosos e civis dos sculos XVII e XVIII e um casario

    homogneo, pitorescamente implantado em meio a uma exuberante vegetao tropical.

    OURO PRETO

    o reunidos em 1711 para constituir a antiga Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar. fuso de trs arraiais mineradores de criao espontnea.

    o ponto de referncia para a localizao das minas era o pico do Itacolomi. o Inseridas no tecido urbano, nas partes baixas ou em destaque no cimo dos morros, as igrejas com suas torres

    coroadas por graciosos bulbos rococs so focos predominantes de ateno, subordinando a si o casario derramado pelas encostas.

    cidades martimas fortalezas e fortes ocupavam situao de destaque. o plantas variadas (complexos desenhos poligonais) o curvilneos

    FORTE DOS REIS MAGOS EM NATAL

    o construes planejadas por engenheiros militares atestam a criatividade e a percia tcnica desses profissionais.

    SO MARCELO EM SALVADOR

    alta qualidade esttica dos conjuntos urbanos maioria das construes civis coloniais, quando focalizadas individualmente, apresentam padres arquitetnicos simples e pouco diversificados, j que tanto as casas de moradia quanto os edifcios pblicos reproduziam com fidelidade os tipos tradicionais portugueses.

  • o monotonia repetitiva das fileiras de fachadas o linha contnua dos telhados de duas guas, com cumeeiras paralelas s ruas o quebrada apenas pela diferena do nmero de pavimentos um (casas trreas); dois ou trs (sobrados)

    Nas paredes lisas e caiadas de branco vos se distribuem de forma harmoniosa, enquadrados por molduras de pedra ou de madeira pintada de cores vivas, segundo o material construtivo empregado (alvenaria de pedra ou barro e madeira).

    sobrados janelas com balces isolados ou de sacada corrida, incluindo vrias janelas em uma espcie de corredor externo. Esses balces so protegidos por balastres de ferro ou de madeira pintada de grande efeito decorativo, marcando a destinao residencial desses pavimentos superiores, em oposio aos trreos reservados a atividades comerciais e administrativas.

    festas religiosas grande frequncia nos tempos coloniais janelas de sacada corrida eram camarotes ideais para assistir s procisses e outros eventos religiosos e polticos, ocasies em que eram decoradas com colchas adamascadas e vasos de flores.

    Salvador concentrao de riqueza (produo do acar) construo de uma srie de imponentes sobrados senhoriais, com brases e portadas barrocas trabalhadas no arenito local

    o tais como os do antigo A maioria desses sobrados (um dos principais atrativos da arquitetura colonial de Salvador) ltimas dcadas do

    sculo XVII e das primeiras do XVIII.

    Solar Saldanha

    reas rurais + alinhadas com as tradies lusas casas-grandes dos engenhos do Nordeste e da Bahia e os casasares de fazenda do Sudeste apresentam acentuada homogeneidade em todas as regies do pas.

    construes oficiais ausncia de monarca residente at o ano de 1808 programas de maiores pretenses resumiram-se s casas de cmara e cadeia, nas municipalidades, e aos palcios de governadores e bispos, nas capitais.

    Palcios governadores do RJ, MG e Belm do PA construes de grandes dimenses e com certo apuro ornamental, MAS com simplicidade arquitetnica bsica dos programas civis portugueses dos sculos XVII e XVIII.

    casas de cmara e cadeia smbolo do poder poltico nas antigas vilas coloniais praa principal o tipologia antiga domus municipalis medieval com a tradicional torre central do sino do povo, a exemplo

    das que ainda se conservam em Salvador, Ouro Preto, MARIANA, Gois Velho.

    o Tipicamente lusitana associao em um mesmo edifcio atividades administrativas da cmara e da priso dos condenados pavimento trreo reservado para a priso e o superior para a cmara, com acessos externos independentes.

    ARTE COLONIAL BRASILEIRAUrbanismo e arquitetura civil

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