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Debret. Calceteiros , 1824

aquarela sobre papel 17,1 x 21,1 cm

Museus Castro Maya -(Rio de Janeiro, RJ)

ARTE NEOCLÁSSICA NO BRASIL

Princípio do século XIX.

NEOCLASSICISMO BRASILEIRO

Espírito do exagero do barroco, começa

a ser suavizado;

Arte mais tranquila e equilibrada;

A passagem de um estilo para outro é

sempre gradativa, vai acontecendo aos

poucos, com pequenas transformações;

TAMBÉM FOI CARACTERÍSTICO NO

BRASIL;

PRINCIPALMENTE NA

ARQUITETURA DAS CIDADES DE

SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO.

ARQUITETURA: SURGIU A

PARTIR DOS MODELOS

GRECO-ROMANOS E DO

RENASCIMENTO ITALIANO.

MUSEU PAULISTA, SÃO PAULO - SP

As construções neoclássicas

imitavam as construções gregas:

colunas, frontões geométricos

triangulares, superfícies brancas.

TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

CONTEXTO HISTÓRICO Princípio do século XIX;

Europa sob o domínio de Napoleão Bonaparte;

Inglaterra: tentativas de forçar D. João a embarcar

para o Brasil;

Sem saída, embarcou para o Brasil com toda a

família real e a Corte - cerca de 10 mil pessoas da

aristocracia, além de todo o Tesouro português,

livros, obras de arte, alimentos e animais.

Antes de a

família Real

chegar no Brasil

era proibido nas

colônias criar

escolas

superiores,

tipografia,

importar livros,

ou seja, Portugal

temia a

emancipação

cultural do

Brasil.

FAMÍLIA REAL

NO BRASIL

Rio de Janeiro passa a ser o centro das atenções políticas e

culturais do Brasil, no lugar de Pernambuco, Bahia e Minas Gerais

(Barroco).

D. João VI decidiu-se contra Napoleão Bonaparte, sem saída,

embarcou para o Brasil com toda a família real e a Corte - cerca de

10 mil pessoas da aristocracia, além de todo o tesouro português,

livros, obras de arte, alimentos e animais.

SEDE DA CORTE A sede da corte foi

instalada no Convento do Carmo, no Rio de

Janeiro.

Hoje o prédio foi devidamente reformado

e adaptado, e sua capela foi transformada

em teatro e sala de concertos.

NOS DIAS DE HOJE

“Queremos garantir para o convento o que foi feito há alguns anos com o

Paço Imperial: a transformação do espaço em um centro cultural.

Assim terá um conjunto de

prédios nobres e importantes

que garantirá a perpetuação

da memória do Centro da

Cidade”,

SEDE DA CORTE

Essas mudanças com a

vinda da Família Real

trouxeram profundas

transformações sociais,

econômicas e culturais para

o Brasil.

GRANDES MUDANÇAS

D. João VI, constrói teatro,

porto, fabricas, tipografias,

observatório astronômico,

Jardim Botânico e o

Museu Nacional além de

liberar o comércio e

importação de livros.

Arquitetura como vimos resgata

o domínio de valores da

Europa;

Volta-se a valores clássicos do

Renascimento, pela busca do

equilíbrio e da simplicidade na

imitação das linhas greco-

romanas, denominando Arte

Neoclássica ou Academicismo.

REGRAS ACADÊMICAS

ACADEMISMO – base para o ensino nas academias.

Escolas de belas-artes, mantidas pelos governos europeus.

Retomam-se os princípios da arte da Antiguidade greco-romana.

Os princípios desta época tornam conceitos básicos para o ensino das artes nas academias.

Daí o Neoclassicismo também ter sido denominado Acadêmico.

ACADEMIA DE BELAS-ARTES A ideia de criar uma

escola de belas-artes

veio com a família real;

Levou algum tempo

para ser realizada e foi

sofrendo

transformações;

1816 – Funda-se a

Escola Real das

Ciências, Artes e

Ofícios;

1824 – Passa a ser Real Academia

de Desenho, pintura, Escultura e

Arquitetura Civil.

1826 – Muda-se para Escola de

Belas-Artes.

E que hoje é o Museu Nacional de

Belas-Artes, magnífico prédio

construído em 1909 por Adolfo

Morales de los Rios, no centro do

Rio de Janeiro

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES - RJ

ACADÊMIA

IMPERIAL

DE BELAS ARTES

RIO DE JANEIRO

Assim como qualquer outra

instituição de ensino, baseava

seu currículo metodológico em

teorias e regras rigorosas de

aprendizado;

REGRAS ACADÊMICAS

Cópia de obras originais dos grandes mestres da Europa - desenho de

observação, memorização, modelo nu.

Estava lançado o modelo de ensino que se disseminaria por todas

as escolas do país e que caracterizaria o século XIX.

.

CRIAÇÃO DA ACADEMIA IMPERIAL

DE BELAS ARTES DO R.J.

A criação da

Academia Imperial de

Belas Artes - Aiba, no

Rio de Janeiro, 1826,

inaugura o ensino

artístico no Brasil em

moldes semelhantes

aos das academias de

arte europeias.

As academias

procuram garantir aos

artistas formação

científica e

humanística, além de

treinamento no ofício

com aulas de

desenho de

observação e cópia

de moldes.

CÓPIAS DE MODELOS VIVOS

DESENHOS

DENTRO

DOS

MODELOS

ACADEMICOS

ACADEMIA DE BELAS-ARTES São responsáveis, ainda, pela

organização de exposições, concursos

e prêmios, conservação do patrimônio,

criação de pinacotecas e coleções, o

que significa o controle da atividade

artística e a fixação rígida de padrões

de gosto.

MISSÃO ARTISTICA FRANCESA

O Brasil não contava com

mão de obra qualificada

para promover a

modernização deseja;

D. João VI contrata artistas

franceses que desejavam

sair da França, pois tinham

apoiado Napoleão, que

derrotado estava preso em

Santa Helena;

Jacques Le Breton que dirigia

a Academia Francesa de

Belas-Artes na França

assume a chamada Missão

Francesa do Brasil no Rio

de Janeiro de 1816;

Breton trouxe da França,

pintores, escultores,

arquitetos e músicos,

ajudantes, mecânicos,

serralheiros, ferramenteiros

e carpinteiros;

MARCAS NA ARTE BRASILEIRA

Assim ocorre uma nova

colonização cultural, onde os

brasileiros reagiram

desfavoravelmente a essa

“invasão”;

Com essa colonização cultural

ficaram marcas profundas na

arte brasileira, principalmente

na pintura, na paisagem

urbana e na arquitetura;

Artistas eram interessados no

naturalismo da natureza

tropical.(paisagem – fauna –

flora);

MISSÃO FRANCESA

26 de março de 1816 aportam no

Rio de Janeiro vários artistas:

Joachin LeBreton,

Debret,

Nicolas Taunay,

Auguste Taunay,

Grandjean de Montigny,

Pradier,

François Ovide,

Charles Henri Lavasseur;

Com o objetivo de fundar a

Academia de Arte do Reino

Unido e difundir a arte

neoclássica.

Esses artistas organizam acervos

e indicam padrões de gosto

neoclássicos.

GRANDES PINTORESNicolas Antoine

Taunay – chegou com

a Missão em 1816.

Produziu inúmeros quadros com

diversos temas: bíblicos,

mitológicos, históricos,

paisagens e retratos infantis.

Deixou 30 paisagens do Rio de

Janeiro.

Teve dois filhos artista, um

chegou a dirigir a escola de

Belas-Artes (Félix Émile

Taunay) e outro morreu

embrenhado na mata

brasileira para representar

nossos índios (Adrien Aimé

Taunay).

Largo do Carioca,

1816, óleo

sobre tela,

46,5 x 57,4cm.

NICOLAS ANTOINE TAUNAY - PAI

Praia de Botafogo,

1816, óleo sobre

tela, 32 x 46cm.

NICOLAS ANTOINE TAUNAY - PAI

).

FÉLIX ÈMILE TAUNAY Filho que dirigiu a escola de Belas Artes

Baía de Guanabara vista da ilha das Cabras, c.1828, óleo sobre tela, 68 x 136cm.

).

ADRIEN AIMÉ TAUNAYFilho que morreu na mata

Agrupamento de índios bororos do acampamento chamado Pau-Seco, entre os

riachos Paraguay e Jauru, 1827, aquarela sobre papel, 26,6 x 22cm.

GRANDES PINTORESJean Baptiste Debret –

principal pintor da

Missão Francesa, fez

um verdadeiro

documentário

sociológico panorâmico

da vida do Brasil.

Criou sua própria escola, já

que Academia de Belas-

Artes demorava tanto

para ser instalada.

Produziu retratos da família real e

cenas da vida cotidiana dos

nobres, dos burgueses e dos

escravos.

Chefe de

bororenos

partindo para uma

expedição guerreira.

JEAN BAPTISTE DEBRET

Negras livres vivendo

de suas atividades.

JEAN BAPTISTE DEBRET

JEAN BAPTISTE DEBRET

Retratando a corte.

Retrato de Dom João VI ,

1817

óleo sobre tela, 60 x 42 cm

Museu Nacional de Belas

Artes (Rio de Janeiro, RJ)

GRANDES PINTORESJoaquim Cândido

Guillobel (1790-

1860) – pintor

português que

veio ao Brasil

junto com a

Missão

Francesa.

Documenta, em

desenhos

pequenos, tipos

e costumes da

sociedade da

época.

JOAQUIM

CÂNDIDO

GUILLOBEL

Figuras

populares

do rio de

Janeiro

Aquarela

sobre papel,

19,2 x 12cm.

CIENTISTASAlém dos artistas, vinham cientistas, que registravam a paisagem com grande valor descritivo e iconográfico.

Ilustrações para livros.

Quina-do-campo(Strychnos pseudoquina St. Hil.)

Auguste de Saint-Hilaire(1816-1822)

Percorreu grande

extensão do território

brasileiro pesquisando

e desenhando a flora.

Já denunciava a

devastação da

natureza

Phillip

von

Martius

Floresta tropical,

muitas das

vezes com

detalhes de

animais.

Ilustração de

livro.

Auguste-Marie

Taunay (1768-1824)

irmão do pintor Nicolas

Antoine Taunay.

ESCULTOR

Além de diversas

esculturas,

ornamentou o

Rio de

Janeiro para

as festas de

Aclamação de

D. João VI

como Rei de

Portugal.

Busto de Camões

Feito em bronze.

ARQUITETOAuguste Henry

Grandjean(1776-1850).

Responsável por importantes

construções do período

Neoclássico;

Seus croquis podem ser vistos no

Museu Nacional de Belas-

Artes.

Pórtico da Escola de Belas Artes, no jardim Botânico, Rio de Janeiro –RJ

Auguste Henry Victor Grandjean de Montigny

ARQUITETO

Casa França

Brasil, RJ

Auguste Henry Victor

Grandjean de Montigny

ARQUITETOHoje é um espaço

para variada

atividades

culturais.

É palco de

exposições,

performances e

apresentações

musicais.

O conde de Boa Vista contratou Louis Leger Vauthier, que

construiu o teatro Santa Isabel, deixando assim a característica neoclássica na cidade de Recife.

NEOCLASSICISMO NO RECIFE

Teatro Santa Isabel

ROMANTISMO

NO

BRASILVICTOR MEIRELLES

MOEMA

ROMANTISMO NO BRASILUma nova reação

as regras e

modelos clássicos

greco-romano se

instalam;

Há necessidade de

expressão,

emoção e paixão;

Querem buscar as

raízes da

nacionalidade;

Querem enaltecer a

natureza tropical;

Querem viver o amor

intensamente.

ROMANTISMO NO BRASILNo Brasil, o romantismo

vem depois da

Independência (1822), e

junto com a Abolição

(1888) e a Proclamação

da República (1889);

Esses acontecimentos pela

consolidação do Brasil

levam uma turbulência

política;

Assim os ânimos dos artistas se

preocupam com uma

linguagem nacional, mas ainda

influenciados pela Europa.

ROMANTISMO NO BRASIL

Os principais artistas desta fase são Victor Meirelles e Pedro Américo.

Meirelles.

Primeira Missa no Brasil ,

Meirelles, Moema ,

Américo.

Independência ou Morte

VICTOR MEIRELLES

Meirelles. Primeira Missa no Brasil , 1860 - óleo sobre tela, 268 x 356 cm

Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)

Depois de terminada a cerimônia o sacerdote fez uma pregação

narrando a vinda dos portugueses;

Vaz de Caminha acreditava também que a conversão dos índios não

seria difícil, já que eles foram muito respeitosos quanto a religião;

Nos dias seguintes, os portugueses tentaram mostrar para os índios o

respeito que tinham com a cruz, se ajoelharam um por um e a

beijaram;

Alguns índios fizeram o mesmo gesto, o que fez com que fossem

considerados inocentes e fáceis de evangelizar;

Vaz de Caminha pede ainda para o rei que venha logo o clérigo para

batizá-los a fim de conhecerem mais sobre a fé deles.

PEDRO AMÉRICO

Américo.

Independência ou

Morte , 1888

óleo sobre tela,

415 x 760 cm

Acervo do Museu

Paulista (São Paulo, SP)

7 DE SETEMBRO

A imagem que consagrou o 7 de

Setembro, mas não relata com

exatidão o ocorrido no Dia da

Independência;

"Foi uma cena produzida pela

imaginação do pintor;

O próprio Pedro Américo reconheceu

que seria impossível fazer uma relação

entre a pintura e o episódio;

Não apenas porque havia uma

grande diferença de tempo [a tela foi

pintada em 1888, e a Independência

ocorreu em 1822], mas também

porque não seria possível reconstituir

minuciosamente o acontecido,

faltavam relatos“.

Meireles, com um olhar romântico, retrata o corpo da jovem,

deitado à beira do mar, numa pose sensual, com a tanga presa

apenas a um dos lados dos quadris, a perna esquerda apoiada

numa rocha e os cabelos soltos espalhados na areia. O mar

aparece difusamente por detrás e, ao longe, percebe-se a

mata, onde sobressaem algumas árvores e palmeiras. A figura

bem desenhada demonstra a maestria de Meireles, que

também pode ser vista no desenho preparatório conservado

no Museu Nacional de Belas-Artes.

VICTOR MEIRELLES

Meirelles, Moema ,

1866

óleo sobre tela,

129 x 190 cm

Museu de Arte de São

Paulo Assis

Chateaubriand (SP)