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Artigos para Deficientes Físicos
A pessoa com deficiência física tem limitações geradas por sua deficiência seja ela
qual for, no desenvolvimento desta dissertação abordagem tratara sobre artigos para (PCD),
em especial cadeirantes e deficientes visuais. Sabemos que a humanidade através dos tempos
sempre teve como forte o desenvolvimento tecnológico, tecnologia no qual seu significado é
“conhecimento”, sabemos também que doenças de todos os tipos foram caminhando junto
com os seres humanos, o conhecimento junto com a forma de adaptação geraram ao longo da
história vários tipos de curas advindas de remédios e tratamentos. No caso da deficiência
física herdada de nascença ou adquirida por traumas no trabalho, acidentes de transito, ou
outros tipos, deixam sequelas irreparáveis, mas à tecnologia humana através de invenções
ajudaram e ajudam até hoje a pessoa com (PCD), as invenções como a cadeira de rodas, o
braile, a bengala branca ajudam a diminuir as limitações geradas pela deficiência. Um
cadeirante consegue viver, uma vida normal usando sua cadeira de rodas, ele consegue
trabalhar, estudar, e até mesmo praticar esportes, uma pessoa com deficiência visual também
consegue viver uma vida não 100% normal devido o fato que a visão é o principal sentindo
humano, mas o braile e a bengala branca trazem estas pessoas bem perto da normalidade, o
braile tem a importância não só da alfabetização ele também é responsável pela inclusão do
deficiente visual no mercado de trabalho, nas escolas, faculdades e até mesmo orienta o
deficiente visual, em sua locomoção, em órgãos públicos e privados como estações de trens,
metro, pontos de ônibus, cinema, bibliotecas e muitos outros órgãos que usam desta
tecnologia para dar acessibilidade ao deficiente visual, á bengala branca como se sabe é
importante para locomoção do deficiente visual em qualquer lugar que ele esteja.
Cadeira de Rodas
A cadeira de rodas surgiu muitos anos atrás, inventada para suprir a necessidade de
locomoção do deficiente. O primeiro protótipo de cadeira para inválidos foi criado em 1595
para o rei Felipe II da Espanha, era mais uma cama de luxo para rei, do que propriamente uma
cadeira de rodas em seu formato original, ela continham quatros rodas pequenas, encostos
paras pernas e um estribo, o detalhe que descaracteriza como cadeira de rodas, é o fato da
necessidade de ajuda na locomoção, para o rei era simples, pois possuía serviçais de prontidão
para sua locomoção, uma pessoa normal sem títulos de nobreza e deficiente não podia manter
o custo gerado pela nova invenção, propriamente foi um invento criado em especial para o rei
Pecci (1980).
Em 1655 o primeiro homem a andar de fato em uma cadeira de rodas foi o alemão
Stephan Farfler, ele era paraplégico desde os 3 anos de idade, e aos 22 anos inventou a
primeira cadeira de rodas com facilidade de locomoção.
“ Foi um alemão, Stephan Farfler, de Aldorf, perto de Nuremberg, o primeiro a se locomover numa cadeira de rodas. Paraplégico desde dos três anos, ele
mesmo idealizou e construí quando tinha 22 anos, em 1655. Era uma cadei ra baixa, pequena, toda de madeira, com duas rodas atrás e uma na frente. A
da frente era acionada por duas manivelas giratórias. O próprio Stephan amovimentava. Ele utilizava essa cadeira, não apenas em casa, mas saía com ela, trabalhava e passeava” ( PECCI, 1980, p. 71).
A cadeira de rodas criada por Stephan Farfler é considerada como a primeira cadeira
de rodas construída para um paraplégico, e podia ser locomovida sem auxilio de outra pessoa.
Com o passar do tempo ainda na época rude à cadeira não evolui muito continuo sendo de
madeira e sem muita praticidade, comparando com as da atualidade, mas o tempo foi
passando e a época rude ficou para trás, em meados do fim do século XVIII surgiu uma
cadeira considera sensação da época, possuía duas grandes rodas atrás, e uma pequena na
frente, era toda de ferro e continha uma espécie de capota para cobrir o deficiente, um fato
que chama atenção é que nem todos os usuários eram deficientes, pessoas ilustres com títulos
usavam como requinte social, usando como forma de status Pecci (1980).
Então vieram as guerras e o homem para sanar o problema dos mutilados que tornaram
cadeirantes, começou a criar cadeiras novas que continham mais praticidade, na guerra civil
americana “surgem cadeiras com grandes rodas de madeira na frente. Tinham raios também
de madeira e um circulo sobressalente para auto-impulsão. Atrás, duas rodas pequenas”
(PECCI, 1980, p. 72).
No inicio do século XX a bicicleta contribui com os raios (arames de sustentabilidade
das rodas), então Erbert Everest engenheiro, ficou paraplégico em 1918, cansado da
descomodidade das cadeiras de madeiras e a falta de praticidade devido ao seu tamanho, criou
uma empresa em Los Angeles, e em 1933 lançou a primeira cadeira leve e dobrável e feita de
metal, com rodas utilizando arames, revolucionando de vez a cadeira de rodas Pecci (1980).
A evolução continua até nos dias atuais, estamos atualmente no século XXI, onde
cadeiras de rodas são movidas a baterias elétricas e tem computadores auxiliando no
monitoramento do deficiente, fazendo com que a vida dos mesmos seja como qualquer de
outra pessoa normal. Com certeza a cadeira de rodas esta entre as principais invenções da
humanidade.
Braile
O braile (sistema de escrita em alto relevo) foi criado na França em 1829, vindo de
uma adaptação da chamada, escrita noturna criada pelo capitão da artilharia francesa Charles
Barbier para comunicar-se com seus soldados, a escrita era composta de pontos em alto relevo
era usada em construção de frases e palavras, Barbier criou a escrita na intenção de codificar
mensagens com estratégias de guerras, se caíssem nas mãos dos inimigos não fossem
decifradas Costa (2011). Baseando-se nesta escrita Louis Braille criou o braile na sua forma
original, professor francês nascido em 1809, cego desde os três anos devido ao um acidente,
estudou na instituição Royale des Jenues Aveugles, o fundador foi Valentin Hauy, onde ele
aprendeu a ler no alfabeto de escrita noturno, mas Braille percebeu que o método não era
eficiente devido sua complexidade, o sistema tinha como parâmetro o difícil entendimento
devido ser criado como instrumento de comunicação para guerra. Braille após muitos anos de
pesquisa desenvolveu o sistema de leitura em alto relevo, mas de forma eficiente sem
complexidade e de fácil entendimento permitindo que todo deficiente visual pudesse entender
e consequentemente se alfabetizar. Logo depois seu sistema foi utilizado por matemáticos e
por músicos na leitura das partituras musicais Sampaio (2009).
Segundo (SAMPAIO 2009, p. 236), “O moderno alfabeto braile consiste em 63
caracteres, cada qual feito de um a seis pontos em alto relevo ou em furos. Já foi adaptado
para um grande numero de escritas alfabéticas (cirílica, árabe, hindi...)”. Como citado o braile
é um grande instrumento para os deficientes visuais, ele é responsável pela inclusão destas
pessoas em inúmeros campos socioambientais.
Bengala Branca
A bengala branca foi criada pelo James Biggs ex-fotógrafo e à francesa Guilly
d’Hebermont, James ficou cego em um acidente, e acabou escrevendo artigos para deficiente
visuais nas mídias de imprensa e instituições que auxiliavam estas pessoas, isto tudo ocorreu
na década de 1920, na intenção de propagar a ideia que James obteve em 1921 de pintar sua
bengala de branco para ser reconhecido como deficiente visual. Por sua vez a francesa Guilly
gerou a ideia de munir os deficientes visuais com uma bengala branca para facilitar seu
reconhecimento no grande transito de paris e que não parava de crescer com o passar dos dias,
e consequentemente levando mais perigo para os deficientes visuais Martins (2013). Apoiada
pelo editor L’écho de Paris, Guilly lançou em 1931 uma campanha pela distribuição de
bengalas brancas para todo deficiente visual parisiense, e obteve grande aceitação chegando
até o acolhimento das entidades governamentais, uma delas foi a “Associação dos Veteranos
Cegos da Primeira Guerra Mundial” a guerra alavancou o uso do instrumento devido
inúmeros soldados cegos em batalhas, sua forma de uniformidade e auxilio na locomoção
fizeram, estes homens terem uma vida digna . Mesmo com todos os esforços de Guilly, o
reconhecimento maior ficou com o presidente norte-americano três décadas depois, Lyndon S.
Johnson proclamou em 6 de outubro de 1964, que o dia 15 de outubro era o dia da bengala
branca, e rapidamente a informação da proclamação de Lyndon, se internacionalizou e foi
conquistando a outros países e organizações nacionais voltadas para o auxilio da pessoa com
deficiência visual, em 1970 veio o reconhecimento internacional, que o dia 15 de outro é
oficialmente o dia mundial da bengala branca, reconhecimento dado pela International
Federation of the Blind Martins (2013).
A bengala branca não é só um artigo para locomoção do deficiente visual, ela é um
símbolo da luta pela acessibilidade e inclusão, sua história é feita de força, esperança,
perseverança e atitudes de pessoas com vontade de fazer o bem.
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