AS NOVAS CONCEPÇÕES AFETIVAS E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: UM ESTUDO DE CASOS NA EDUCAÇÃO...

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AS NOVAS CONCEPÇÕES AFETIVAS E A CONSTRUÇÃO DO

CONHECIMENTO:UM ESTUDO DE CASOS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

AcadêmicaMariana Martins Pereira

InstituiçãoUniversidade do Estado de

Minas GeraisFaculdade de Educação

Curso de PedagogiaCBH - UEMG

"O ser humano é o mais complexo, o mais variado e mais inesperado dentre todos os seres do universo conhecido...

Relacionar-se com ele, lidar com ele, haver-se com ele é, por isso, a mais emocionante das aventuras.

Em nenhuma outra assumimos tanto o risco de nos envolver, de nos deixar seduzir, arrastar, dominar, encantar...”

José Ângelo Gaiarsa

“Qual o questionamento foi evidenciado?”

As conseqüências que ausência das relações afetivas

poderão acarretar nos diferentes domínios do

desenvolvimento e do conhecimento a partir das relações vivenciadas pelas

crianças.

“O que me fez pensar no assunto”?

• A prática de um estágio extracurricular, no qual a estagiária de Pedagogia vem integrar-se a uma equipe de profissionais educacionais, como auxiliar de turma no quadro profissional de uma escola da rede particular de ensino.

“O que me fez pensar no assunto”?

• As observações e percepções da rotina diária em todas atividades desenvolvidas com as crianças.

•A importância das relações vivenciadas no contexto familiar e educacional.

•As relações afetivas como fator indispensável ao processo de construção do conhecimento e da prática educativa nessa etapa de escolarização das crianças.

“Objetivos específicos”?

• Descrever o processo de escolarização infantil e as relações estabelecidas entre instituição, familiares e educandos.

• Verificar como os problemas e as relações de aprendizagem apresentados por estes alunos no transcorrer de um período escolar (10 meses) evidenciam as questões relativas à afetividade e o que podem ocasionar na construção do conhecimento.

“Definição do marco teórico”

Este estudo monográfico entende o afetivo como uma qualidade das relações humanas e das experiências que elas evocam (...) São as relações sociais, com efeito, as que marcam a vida humana, conferindo ao conjunto da realidade que formam seu contexto (coisas, lugares, situações, etc.) um sentido afetivo. (PINO, 1994, p.130).

“Definição do marco teórico”

       A afetividade neste estudo monográfico é trabalhada no seu sentido mais amplo, vinculada não apenas ao afeto, simpatia, afeição, mas à toda e qualquer relação vivenciada que afeta, como: as emoções, os sentimentos, a razão e o amor.

As novas concepções afetivas segundo Humberto Maturana

e António Rosa Damásio

Toda história individual humana é a transformação de uma estrutura inicial hominídea fundadora, de maneira contingente com uma história particular de interações que se dá constitutivamente no espaço humano.

(MATURANA, 1998, p. 28).

Todo ato de conhecimento é uma construção de um sujeito observador que verifica, vê, explica, reage, qualifica e classifica os fenômenos a partir de uma emoção constitutiva fundamental. “A emoção fundamental que torna possível a história da hominização é o amor”. (MATURANA, 1998, p. 23).

O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social. (MATURANA, 1998, p. 23).

Segundo Damásio (1996) o estabelecimento de situações adaptativas seria moldado pelas emoções e da seleção de comportamentos determinados pela razão. Desta forma, a emoção está por assim dizer intimamente associada à memória; ou seja, ao contexto em que é adquirida na experiência individual.

Quando o corpo se conforma aos perfis de uma daquelas emoções, sentimos-nos felizes, tristes, irados, receosos ou repugnados. Quando os sentimentos estão associados a emoções, a atenção converge substancialmente para sinais do corpo, e há partes deles que passam do segundo para o primeiro plano de nossa atenção. (DAMÁSIO, 1996, p.180).

O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência. (MATURANA, 1998, p. 29).

“Como fiz a pesquisa”?

• Através da observação assistemática, a qual ocorreu em tempo real e contínuo, e de conversas tanto com os educandos, como com os familiares, pretendeu-se verificar as descrições verbais, as não verbais, os processos de análise e síntese.

Se o principal objetivo do sistema educacional é um dos fatores que influenciam a auto-estima da criança, e se a própria auto-estima do professor é outra, o terceiro é o ambiente em sala de aula. Isso se refere à maneira como a criança é tratada pelo professor e vê como ele trata as outras crianças. (BRANDEN, 1997, p.265).

“O que encontrei”?

A afetividade e a construção do conhecimento:

• A equipe de profissionais: a observação, a reflexão e a prática;

• Os problemas emocionais que se manifestaram-se de maneira negativa sobre o processo de construção do conhecimento.

• A demanda de novas concepções afetivas que considerem as relações vivenciadas no contexto familiar e também educacional.

“O que aprendi”?

• Reconhecer a subjetividade do sujeito, a partir da observação, da reflexão e da prática.

• A especificidade da identidade profissional da pedagoga(o) e sua práticas efetivas no âmbito educacional.

• O conhecimento e a discussão das Leis que fundamentam o trabalho com a educação infantil e sua práticas diversas.

As organizações são compostas por pessoas. Se as pessoas não mudam, as instituições não mudarão (...) pessoas mais abertas, confiantes, bem resolvidas podem compreender melhor e implantar novas formas de relacionamento, de trabalho, de cooperação. Estão atentas para o novo, conseguem ouvir os outros e expressar-se de forma clara, não ficam ressentidas porque suas idéias não foram eventualmente aceitas. (MORAN, 1998, p. 92 e 93).

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