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Federação Portuguesa de Rugby
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Assunto: Recomendações para a elaboração de Manual de Procedimento de Proteção de Funcionários e Praticantes para o retorno à utilização de instalações desportivas no rugby Data: 17 de maio de 2020 Exmos. Senhores, Tendo a resolução do Conselho de Ministros do Governo da República autorizado a utilização de estádios e campos de rugby para a prática desportiva individual ao ar livre, mantendo a proibição de treinos de grupo superiores a 2 ou 5 (com técnico) e a obrigatoriedade de distanciamento social, vem a Federação Portuguesa de Rugby emitir o presente parecer/recomendação para elaboração do Manual de Procedimento que permita um regresso gradual à pratica desportiva em segurança. O documento que se apresenta segue as orientações expressamente enviadas pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude e reforça a continuidade da proibição dos treinos coletivos de rugby. Vai, igualmente, no seguimento das orientações da World Rugby e da reunião de 21 de abril de 2020, mantida com os contactos médicos dos clubes da Divisão de Honra e demais clubes nacionais que responderam ao pedido de identificação oficial do seu contacto médico, em email enviado pela Federação Portuguesa de Rugby, para debater o retorno à prática desportiva. Reforça-se a importância de os clubes que não o fizeram ainda de o fazerem logo que possível, sob pena de atrasos na receção de documentação relevante da área médica. Para salvaguarda de todos os intervenientes, convém relembrar que: as instalações (balneários e sanitários) dos estádios e campos não devem ser utilizadas, exceto em situação de emergência, conforme previsto no respetivo Manual de Procedimento; todos os intervenientes devem cumprir escrupulosamente as orientações do Governo e da Direção Geral da Saúde; o uso de máscara (exceto no treino) e a cuidada higiene das mãos e etiqueta respiratória deveram ser a regra. No final deste documento anexa-se o Manual de Procedimento de Proteção de Funcionários e Praticantes da Federação Portuguesa de Rugby relativo às instalações do Centro de Alto Rendimento do Jamor, já aprovado pelo responsável clínico do Instituto Português do Desporto e Juventude e em vigor, para orientação dos clubes na elaboração do seu próprio documento. Anexa-se, também, o Termo de Responsabilidade a assinar obrigatoriamente por todos os funcionários e praticantes, bem como pelo Presidente do clube e que deverá ser enviado à Federação Portuguesa de Rugby antes da utilização das instalações.
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Relativamente ao Manual de Procedimentos de Proteção de Funcionários e Praticantes, ele deve conter, no mínimo, os seguintes parâmetros:
A. Pessoal autorizado a utilizar as instalações
1. Pedido de Autorização
Deverá ficar claro quem tem acesso às instalações e as condições em que o pode fazer.
2. Termo de responsabilidade individual
Deverá ser elaborado um termo de responsabilidade individual que todos os funcionários e
praticantes que utilizem as instalações
B. Plano de contingência em caso sintomas COVID-19 durante a atividade
Deverá constar definição de caso (cumprimento da norma 004/2020 da Direção Geral da Saúde,
cuja última atualização é de 25/04/2020), informações sobre plano de contingência e algoritmo
da abordagem de pessoa suspeita, bem como local definido para o isolamento.
C. Deslocações e processo administrativo 1. Comportamento fora do treino Aconselha o comportamento de todos os agentes fora do treino. 2. Deslocações para e das instalações de treino Fornece recomendações sobre como devem os agentes deslocar-se de e para o treino. 3. Circulação nas instalações de treino Estabelece a forma e os circuitos a instituir para circulação nas instalações de treino. 4. Processo Administrativo Explica o modo de funcionamento e as regras a implementar para o tratamento de assuntos administrativos (incluindo atendimento de pessoas). 5. Controlo de acessos Estabelece o protocolo de controlo e vigilância dos acessos às instalações. 6. Salas, horários e utilização Na eventualidade de existência de salas e funcionários a trabalhar nessas instalações, definem-se os processos, regras, horários e utilização dos espaços.
D. Balneários Todos os balneários devem estar encerrados e o Manual refletir essa orientação. E. Instalações sanitárias As instalações sanitárias, para uso de atletas e treinadores, devem estar higienizadas e prontas a usar apenas em caso de emergência. Deve ser estabelecido o protocolo a seguir em caso de utilização de emergência das instalações sanitárias. F. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Deve constar do documento o tipo de EPI e as condições em que devem ser usados. G. Instalações que podem ser utilizadas na atividade desportiva Deverá ser explicitada, dentro das infraestruturas desportivas consideradas, quais estarão destinadas para a prática de atividade desportiva 1. Treino individual no campo de rugby
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No caso específico da utilização de campos de rugby para treino individual ou em grupos de até 5 elementos (com técnico e sem partilha de equipamentos), devem-se considerar os seguintes princípios básicos: i. A circulação deve fazer‐se exclusivamente por percursos devidamente sinalizados. As deslocações devem ser realizadas com utilização de máscara cirúrgica e com a distância de, pelo menos, 2 metros de outros utilizadores. A utilização da máscara cirúrgica só é opcional no momento do treino; ii. Distanciamento individual – os atletas devem manter uma distância entre si e os treinadores de 2 metros quando em estado estacionário e de 6 metros quando em movimento de treino; iii. O treinador deve, em todos os momentos, encontrar‐se a uma distância, no mínimo, de 2 metros do atleta; iv. É estritamente proibida a partilha de todo o equipamento de treino/jogo não higienizado entre utilizadores; v. É estritamente proibida a partilha de equipamento pessoal (toalhas, bebidas ou outros); vi. É estritamente proibido o contacto físico entre utilizadores. 2. Horário de utilização Devem ser definidos horários de utilização, em períodos distintos ao longo do dia, para o treino de cada grupo (ou grupos, atendendo às dimensões da área a utilizar, cumprindo as regras da DGS), garantindo-se um intervalo mínimo entre cada rotação, para permitir que não se cruzem e que haja desinfeção das infraestruturas (se adequado); 3. Medidas de higienização antes e depois do treino Deve incluir, pelo menos o seguinte: i. O atleta chega equipado do domicílio e sai sem utilizar os balneários (que estão encerrados); ii. O atleta deve higienizar as mãos antes e após terminar o treino; ii. O atleta deve levar consigo todo o seu equipamento individual, evitando que este toque em superfícies, instalações ou outros utilizadores. H. Formação interna de funcionários, treinadores e atletas Deve-se estabelecer um plano de formação interna de todos os agentes (técnicos, atletas, dirigentes e funcionários) para treino e esclarecimento de assuntos de relevo associados ao Manual. I. Revisão do documento Deve ser estabelecida uma data para a revisão do Manual que esteja em linha com o calendário do Governo de Portugal para o desconfinamento. Como em todo este processo, o Departamento Médico da Federação Portuguesa de Rugby está disponível a auxiliar os departamentos médicos dos clubes nacionais que o solicitem. Assim que esteja concluído o respetivo Manual de Procedimento de Proteção de Funcionários e Praticantes, cada clube deverá enviá-lo para a Federação Portuguesa de Rugby.
Com os melhores cumprimentos,
António Cruz Ferreira, Doutor
Diretor Clínico da Federação Portuguesa de Rugby Cédula Profissional nº 49573
MANUAL DE PROCEDIMENTO DE PROTEÇÃO DE PRATICANTES E FUNCIONÁRIOS
(CAR RUGBY DO JAMOR)
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE RUGBY
(DEPARTAMENTO MÉDICO)
Versão de 6 de maio 2020 (próxima atualização até 31 de maio 2020)
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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Índice
Índice ............................................................................................................................................. 1
Introdução ..................................................................................................................................... 3
A. Pessoal autorizado a utilizar as instalações .............................................................................. 4
1. Pedido de Autorização .............................................................................................................. 4
2. Termo de responsabilidade individual ...................................................................................... 4
B. Plano de contingência em caso sintomas COVID-19 durante a atividade ................................ 4
C. Deslocações e processo administrativo .................................................................................... 8
1. Comportamento fora do treino ................................................................................................ 8
2. Deslocações para e das instalações de treino ........................................................................... 8
3. Circulação nas instalações de treino ......................................................................................... 8
4. Processo Administrativo ............................................................................................................ 8
5. Controlo de Acessos .................................................................................................................. 9
6. Salas, horários e utilização ........................................................................................................ 9
D. Balneários ................................................................................................................................. 9
E. Instalações sanitárias .............................................................................................................. 10
F. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ............................................................................ 10
1. Colaboradores ......................................................................................................................... 10
2. Utilizadores.............................................................................................................................. 10
G. Instalações que podem ser utilizadas na atividade desportiva .............................................. 10
1. Treino individual no campo de rugby ...................................................................................... 11
2. Horário de utilização ............................................................................................................... 11
3. Medidas de higienização antes e depois do treino ................................................................. 11
H. Formação interna de funcionários, treinadores e atletas ...................................................... 12
I. Revisão do documento ............................................................................................................. 12
J. Planta do CAR Rugby ................................................................................................................ 12
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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Autor
António Cruz Ferreira, MD, PhD | Diretor Clínico da Federação Portuguesa de Rugby
Agradecimentos
João Beckert, MD, PhD |Responsável Clínico do Centro de Alto Rendimento do Jamor
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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Introdução
Durante o mês de abril, acompanhando o exercício realizado pela World Rugby, outras
congéneres e o IPDJ, a Federação Portuguesa de Rugby, através do seu departamento médico e
em articulação com peritos e contactos médicos dos clubes, tem aprofundado o tema do
regresso à competição e os moldes em que o mesmo pode ser feito em segurança.
Perante o calendário que foi apresentado pelo Governo, o regresso de competições de rugby
em Portugal apenas poderá ser feito no início da próxima época desportiva (agosto/setembro
de 2020), assim a evolução positiva a que temos assistido se mantenha.
Como anteriormente abordado com os clubes (em reunião a 21 de abril de 2020) e proposto à
direção da Federação Portuguesa de Rugby, o retorno à prática desportiva e à competição terá
de ser gradual e obedecer integralmente às orientações das autoridades de Saúde, procurando-
se evitar uma nova vaga da doença e garantindo o bem-estar e a segurança de todos os agentes
da modalidade.
Considerando, assim, como data inicial o levantamento das restrições à utilização de
infraestruturas desportivas, recomenda-se que o retorno à competição permita garantir que:
1) Todos os praticantes e agentes desportivos assumam o cumprimento escrupuloso das
orientações da Direção Geral da Saúde e do Governo de Portugal;
2) Seja feito de forma gradual. Primeiro com os atletas a treinar isoladamente, depois em
pequenos grupos (pares – mantendo distância social), por fim em equipa, assegurando-
se, sempre, o cumprimento de regras básicas;
3) Que um eventual calendário de competições a definir contemple um período mínimo
de 4-6 semanas após a autorização de utilização de todas as infraestruturas desportivas.
Quanto à utilização das instalações do Centro de Alto Rendimento (CAR) e de acordo com as
orientações e acordo estabelecido com o Responsável Clínico do CAR, o mesmo apenas poderá
acontecer através da elaboração e escrupuloso cumprimento do presente documento.
Faz-se notar que este documento não se substitui às orientações das autoridades de saúde e
está alinhado com a proposta da World Rugby e os documentos de trabalho enviados para
orientação da elaboração do presente pelo Doutor João Beckert, Responsável Clínico do CAR.
O primeiro volume deste documento corresponde ao “Manual de Procedimento de Proteção
de Praticantes e Funcionários da FPR” .
António Cruz Ferreira, MD, PhD
Diretor Clínico da Federação Portuguesa de Rugby
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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I. Manual de procedimento de proteção de praticantes e funcionários do CAR Jamor - Rugby
O presente documento segue a estrutura, recomendações acordadas e documentos partilhados
pelo Responsável Clínico do Alto Rendimento do Jamor, Doutor João Beckert.
A. Pessoal autorizado a utilizar as instalações
1. Pedido de Autorização
A autorização para utilização das instalações do CAR Jamor fica limitada aos funcionários e
praticantes desportivos de alto rendimento que reúnam as condições de utilização, bem como
aos treinadores e pessoal diretamente ligado às equipas de treino, que constem dos pedidos
remetidos ao Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) pelas Federação Portuguesa
de Rugby (FPR). Estes devem, simultaneamente, não apresentar sinais ou sintomas sugestivos
de COVID‐19 (tosse, febre (>38º), dificuldade respiratória, corrimento nasal, dor de garganta,
dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, cansaço, diarreia ou perda do olfato).
As listas de utilizadores serão ser enviadas para o CAR Jamor, através de email, pela FPR.
A avaliação de risco da modalidade/especialidade desportiva e das várias atividades que
decompõem o seu processo de treino é realizada neste documento, utilizando a matriz proposta
pelo CAR Jamor, na qual estiveram envolvidas as partes interessadas (departamento médico e
departamento técnico da federação).
2. Termo de responsabilidade individual
Antes de acederem às instalações desportivas, todo os utilizadores terão de assinar e enviar para
o Departamento Clínico do CAR Jamor, através do email car.servicosclinicos@ipdj.pt o Termo
de Responsabilidade Individual, anexo ao presente documento. Todos os utilizadores realizarão
uma avaliação prévia do risco pessoal e comunitário da responsabilidade do Departamento
Médico da FPR.
B. Plano de contingência em caso sintomas COVID-19 durante a atividade
No cumprimento da norma 004/2020 da Direção Geral da Saúde (última atualização a
25/04/2020):
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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Abordagem de pessoas com Suspeita de COVID-19. Definição de Caso
1. As pessoas que desenvolvam quadro respiratório agudo com tosse(de novo ou agravamento
da tosse habitual), ou febre(temperatura ≥ 38.0ºC), ou dispneia/dificuldade respiratória, são
consideradas suspeitas de COVID-19.
2. As pessoas com suspeita de COVID-19 ligam para a Linha SNS24 (808 24 24 24).
3. Perante a identificação de um caso suspeito, este deverá ser colocado em local isolado, com
acesso a instalações sanitárias e onde existam condições para que se possa manter durante
algum tempo (com acesso a água engarrafada e barras de cereais). No CAR Rugby convenciona-
se a utilização do balneário localizado na ala norte (Seniores) agora desativado.
4. Após a saída do indivíduo suspeito em coordenação com as autoridades de saúde (ou
indicações da linha SNS24), a sala deverá ser encerrada por 5 dias, seguindo-se adequada
higienização.
5. A saída do atleta será feita pela “Entrada Ginásio” pelo facto de ser a mais próxima da sala de
isolamento e ter acesso fácil a ambulância, se tal for necessário, via entrada norte.
6. Os contactos diretos do caso suspeito deverão ficar em isolamento social e contactar a linha
SNS24 (808 24 24 24).
7. Adicionalmente, recomenda-se o encerramento das instalações pelo período correspondente
ao encerramento da sala de isolamento utilizada pelo caso suspeito (5 dias).
Informações sobre COVID-19 e plano de contingência
a) Transmissão da infeção
Considera-se que a COVID-19 pode transmitir-se:
− Por gotículas respiratórias (partículas superiores a 5 micra);
− Pelo contacto direto com secreções infeciosas;
− Por aerossóis em procedimentos terapêuticos que os produzem (inferiores a 1 mícron).
O atual conhecimento sobre a transmissão do SARS-CoV-2 é suportado no conhecimento sobre
os primeiros casos de COVID-19 e sobre outros coronavírus do mesmo subgénero. A transmissão
de pessoa para pessoa foi confirmada e julga-se que esta ocorre durante uma exposição próxima
a pessoa com COVID-19, através da disseminação de gotículas respiratórias produzidas quando
uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, as quais podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz
ou olhos de pessoas que estão próximas. O contacto das mãos com uma superfície ou objeto
com o novo coronavírus e, em seguida, o contacto com as mucosas oral, nasal ou ocular (boca,
nariz ou olhos), pode conduzir à transmissão da infeção. Até à data não existe vacina ou
tratamento específico para esta infeção.
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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As medidas preventivas no âmbito da COVID-19 a instituir pela FPR têm em conta as vias de
transmissão direta (via aérea e por contacto) e as vias de transmissão indireta
(superfícies/objetos contaminados).
b) Quais os efeitos que a infeção de trabalhador(es) por SARS-CoV-2 pode causar na FPR?
A existência de um caso (confirmado ou suspeito) de infeção de trabalhador por SAR-CoV-2
obrigará à identificação de todos os contactos próximos eventuais que tenham ocorrido num
espaço temporal recente que, por sua vez, deverão seguir as orientações em vigor no nosso
território. Para o efeito, deverão consultar as fontes de informação oficial da Direção Geral de
Saúde (https://www.dgs.pt/corona-virus.aspx) ou ligar para o número do SNS24 808 24 24 24.
c) O que preparar para fazer face a um possível caso de infeção por SARS-CoV-2 de
colaborador(es)?
Medidas de contenção de propagação do vírus
- A divulgação do presente manual por todos os colaboradores e atletas;
- Disponibilização de material didático e formação a todos os colaboradores e atletas que
utilizem as instalações comuns;
- Nesses mesmos locais, deverá ser disponibilizada solução para lavagem das mãos de base
alcoólica em local acessível;
- Deverá estar bem identificado o local para manter em isolamento casos suspeitos e as vias de
circulação.
d) O que fazer numa situação em que existe um trabalhador(es) suspeito(s) de infeção por SARS-
CoV-2 na empresa?
Nesta situação, todos os funcionários com contacto direto com esse caso suspeito deverão
manter-se em isolamento social (de preferência no domicílio) e contactar a linha do SNS24 808
24 24 24.
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e) Algoritmo de abordagem de caso suspeito de COVID-19
Indivíduo com:
Febre (>38ºC), Tosse
(Aguda ou Agudização de tosse crónica)
ou Dispneia
Funcionário/colaborador encaminha para Sala de isolamento:
- Verificar o ajuste da máscara ao rosto (cobre nariz e boca) de ambos
- Evitar contacto próximo com caso suspeito (manter distância >2m)
- Encaminhar para sala de isolamento, garantindo >2m de distância
- Seguir o trajeto que tenha menos pessoas no caminho
- Explicar ao caso suspeito que deve manter-se em isolamento até indicação em contrário
- Higienizar as mãos com solução de lavagem das mãos de base alcoólica
- Limitar o número de contactos com o caso suspeito
Ligar para SNS24 (808 24 24 24)
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C. Deslocações e processo administrativo
1. Comportamento fora do treino
Naturalmente, o comportamento fora do treino deve reger‐se pelas orientações da Direção
Geral de Saúde (recolhimento domiciliário, distanciamento social, etiqueta respiratória e demais
recomendações).
2. Deslocações para e das instalações de treino
As deslocações de e para as instalações de treino devem ser efetuadas em veículo próprio sem
contacto com terceiros (preferencialmente), ou em transportes públicos, respeitando as mais
recentes orientações da Direção‐geral de Saúde e do Governo de Portugal.
Os utilizadores só devem dirigir‐se às instalações do CAR Jamor se assintomáticos. Na presença
de sintomas ou de temperatura elevada medida no domicílio, devem permanecer no domicilio
e ligar para a linha SNS24 ou procurar assistência médica.
3. Circulação nas instalações de treino
A circulação no interior das instalações deverá realizar‐se exclusivamente pelo seguinte
percurso: no caso do CAR Rugby, a entrada nas instalações deverá ser feita pela “entrada do
segurança” e a saída pela “saída do ginásio” [ver planta anexa] que deverão manter-se abertas
durante todo o horário de funcionamento.
Estão proibidas socializações dentro das instalações.
As deslocações nas instalações devem ser realizadas com a distância de, pelo menos, 2 metros
de outros utilizadores e com máscara cirúrgica.
Quando aplicável, a utilização da máscara cirúrgica apenas é opcional no momento do treino.
4. Processo Administrativo
Toda a atividade administrativa deverá ser realizada preferencialmente por forma eletrónica.
Em casos excecionais, será realizado pelos Serviços Administrativos, respeitando a distância de
2 metros. Não é permitido o contacto físico nem a troca de objetos e a duração máxima do
atendimento deverá ser de 15 minutos, mantendo a sala bem ventilada e com todos os
intervenientes a utilizar a máscara cirúrgica obrigatória.
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5. Controlo de Acessos
O controlo de acessos será realizado pelos colaboradores e vigilantes das instalações,
respeitando a distância de 2 metros, não sendo permitido o contacto físico nem a troca de
objetos. A identificação dos utilizadores será verificada à distância.
Na entrada do segurança ficará localizado um ponto de controlo, para verificação da
temperatura e sintomas dos utilizadores. O posto de controlo será equipado com termómetro,
oxímetro, máscaras, luvas descartáveis, espátula abaixa línguas, toalhetes alcoolizados, solução
de desinfeção de superfícies, saco de armazenamento de resíduos.
6. Salas, horários e utilização
A Federação Portuguesa de Rugby apenas pretende utilizar as salas que têm ventilação para o
exterior. Não haverá utilização do ginásio, cozinha e sala de equipamentos que não têm
ventilação para o exterior – até 31 de maio de 2020.
Os horários dos funcionários serão desfasados e será dado primazia ao teletrabalho para que
não haja sobreposição de funcionários no mesmo espaço e no mesmo horário. Após a saída de
cada funcionário da respetiva sala, a equipa de limpeza deverá proceder à higienização da
mesma. A gestão dos horários de trabalho será feita pelo responsável de cada sector.
Tabela 1. Salas do CAR Rugby e utilizadores
Nome da Sala Número de Funcionários Ventilação para o exterior
Fisioterapia 1 a 2 funcionários Sim
Sala Administrativa 2 funcionários Sim
Sala Multiusos 2 funcionários Sim
Sala Vídeo 3 funcionários Sim
Sala Técnicos/ DTN 2 funcionários Sim
Sala Reuniões 1 funcionário (p/videoconferência) Sim
Corredores - Sim
Cabine do segurança 1 funcionários Sim
D. Balneários
Todos os balneários encontram‐se encerrados.
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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E. Instalações sanitárias
As instalações sanitárias, para uso de atletas e treinadores, encontram‐se higienizadas e
prontas a usar em caso de emergência. Corresponde, no caso do CAR Rugby aos sanitários dos
balneários (atualmente encerrados) localizados na ala SUL (Sub18-Sub20). Em caso de
utilização de instalações sanitárias, existirá um kit de limpeza para minimizar o risco de contágio
(solução alcoólica, água corrente, sabão, papel descartável, contentor próprio com saco
descartável.
Após ser utilizada, a instalação sanitária ficará encerrada por um período de 1 a 3 dias e será
sujeita a limpeza e desinfeção antes de reabrir para nova emergência.
As instalações sanitárias para uso dos colaboradores estão identificadas (WC em frente à sala
Administrativa e Arrumos – ver planta anexa), estando sujeitas a reforço de limpeza e
desinfeção.
F. Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
1. Colaboradores
Todos os colaboradores deverão seguir as normas mais recentes da Direção‐geral de Saúde
relativamente à utilização de EPIs. Quando em contacto com utilizadores (atletas, treinadores e
pessoal diretamente ligado às equipas de treino), os colaboradores deverão manter a distância
de segurança de 2 metros e estar munidos de máscara cirúrgica.
2. Utilizadores
Todos os utilizadores das instalações deverão utilizar máscara cirúrgica. A utilização da máscara
cirúrgica só é opcional no momento do treino.
G. Instalações que podem ser utilizadas na atividade desportiva
Considerando as caraterísticas desportivas, técnicas e regulamentares específicas das
modalidades desportivas que utilizam as instalações do CDNJ e CAR Jamor, bem como as
características das instalações e as condições de higienização recomendadas pelas Autoridades
de Saúde; identificados os procedimentos e as necessárias medidas de minimização dos riscos
de utilização das instalações; será possível retomar a atividade desportiva no Campo n.º1 do
CAR Rugby, exclusivamente para atletas de Alto Rendimento, em treino individual, mediante
a adoção dos termos de utilização adiante explicados neste documento e após prévio
Manual de Procedimento de Proteção de Praticantes e Funcionários | Federação Portuguesa de Rugby
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agendamento com os Serviços Administrativos. Até 31 de maio de 2020 este documento será
revisto relativamente à possibilidade de alterar o modo de utilização das instalações.
1. Treino individual no campo de rugby
i. A circulação faz‐se exclusivamente pelos percursos devidamente sinalizados, estando
proibidas socializações dentro das instalações. As deslocações devem ser realizadas com
utilização de máscara cirúrgica e com a distância de, pelo menos, 2 metros de outros
utilizadores. A utilização da máscara cirúrgica só é opcional no momento do treino;
ii. Distanciamento individual – os atletas devem manter uma distância entre si e os treinadores
de 2 metros quando em estado estacionário e de 6 metros quando em movimento de treino;
iii. O treinador deve, em todos os momentos, encontrar‐se a uma distância, no mínimo, de 2
metros do atleta;
iv. É estritamente proibida a partilha de equipamento de treino não higienizado entre
utilizadores;
v. É estritamente proibida a partilha de equipamento pessoal (toalhas, bebidas);
vi. É estritamente proibido o contacto físico entre utilizadores.
2. Horário de utilização
i. Definição de 5 períodos de treino: 8h00/9h30, 10h00/11h30, 12h00/13h30, 14h00/15h30,
16h00/17h30. Cada período de treino poderá ser constituído por grupos de até 3 atletas e
respetivos treinadores;
ii. Rotação entre vários grupos de treino: deverá ser realizada com distância de, pelo menos, 2
metros, sem socialização;
iii. Tempo para desinfeção: entre turnos de treino.
3. Medidas de higienização antes e depois do treino
i. O atleta chega equipado do domicílio e sai sem utilizar os balneários (que estão encerrados);
ii. O atleta deve higienizar as mãos antes e após terminar o treino;
ii. O atleta deve levar consigo todo o seu equipamento individual, evitando que este toque em
superfícies, instalações ou outros utilizadores.
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H. Formação interna de funcionários, treinadores e atletas
Para garantir o entendimento e cumprimento do presente Manual, todos os utilizadores das
instalações do CAR Rugby do Jamor terão, obrigatoriamente, de frequentar 3 sessões de
formação (que poderão ser realizadas por videoconferência/online) sobre os seguintes temas:
- utilização de máscara cirúrgica;
- higienização das mãos;
- procedimentos a adotar perante a identificação de um caso suspeito de COVID-19.
Estas sessões de formação serão administradas por um profissional de saúde do Departamento
Médico da FPR com curso de formação em Educação Médica da World Rugby.
I. Revisão do documento
Este documento será revisto até à data de 31 de maio de 2020.
J. Planta do CAR Rugby
Legenda:
T- sala técnicos/DTN
V- sala vídeo
R- sala reuniões
S- segurança
W- sanitários dos funcionários
F- fisioterapia
G- ginásio
M- sala multiusos
A- sala administrativa
AR- sala equipamentos
E1- “entrada do segurança”
E2- “saída do ginásio”
Termo de Responsabilidade para utilização instalações desportivas durante a
pandemia da doença COVID-19
Nome:_____________________________________
Data de Nascimento: ______/_______/__________
Número de Cartão de Cidadão: _________________
Data: ______/_______/__________
Por este instrumento, eu, ________________________________________________________,
declaro que:
Fui devidamente informado/a, em linguagem clara e objetiva, que a frequência das instalações
desportivas, para efeitos de treino desportivo de alto rendimento, resulta de uma DECISÃO POR
MIM TOMADA, numa avaliação consciente e informada, em que pondero as vantagens
resultantes do efeito de treino, face ao aumento de RISCO DE SAÚDE.
Fui devidamente informado/a que o conjunto de medidas de mitigação implementadas se
destinam a diminuir o risco e possibilidade de infeção pelo SARS-CoV-2, mas não podem
assegurar a segurança plena nas instalações desportivas e da atividade, no contexto de
pandemia, sendo fundamentais o distanciamento físico, a etiqueta respiratória, a lavagem das
mãos, a não partilha de objetos e a permanência no domicílio.
Fui esclarecido e alertado sobre os riscos acrescidos que corro em contrair a doença (COVID-19),
bem como das consequências e eventuais sequelas que acarretam não só para minha saúde,
como para a dos outros.
Neste contexto, comprometo-me a seguir as Normas e Orientações da Direção-geral de Saúde,
bem como as recomendações dos Serviços Clínicos dos Departamentos Médicos do COP, das
Federações Desportivas e do meu Médico Assistente.
Por fim, fazendo uso dos direitos a que a lei me garante, declaro a minha intenção de utilizar as
seguintes instalações desportivas _________________________________________________.
O Praticante/Funcionário: _________________________________ Data: ____/______/_____
O Presidente do Clube: ____________________________________ Data: ____/______/_____
RISCOS da doença COVID-19
• Isolamento, interrupção do processo de treino
• Sequelas com diminuição da função pulmonar
(ou outras desconhecidas à data atual)
• Morte
• Transmissão secundária
• Riscos para a minha comunidade
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