Aula 08 Chamamento ao processo Incidente de ... · Aquele que deve alimentos em primeiro lugar faz...

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Aula 08

Chamamento ao processo

Incidente de desconsideração da

personalidade jurídica

Amicus Curiae

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. Chamamento ao processo - Artigo 130 e 131 do Código

de Processo Civil

O chamamento ao processo é forma de

intervenção de terceiros por meio do qual o fiador ou

devedor solidário, originariamente demandado, trará

para compor o polo passivo, em litisconsórcio com ele,

o afiançado ou os demais devedores solidários.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O chamamento ao processo é requerido pelo réu:

a) do afiançado, na ação em que o fiador for réu;

b) dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou

alguns dele;

c) dos demais devedores solidários, quando o credor

exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida

comum.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Na ação de cobrança, o chamamento ao processo

é facultativo. Se o réu não o fizer, poderá acionar

posteriormente os demais coobrigados.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Eles são litisconsortes do réu originário e

considerados ulteriores.

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O devedor que quitar a dívida poderá exigir o

cumprimento da obrigação dos demais devedores

solidários.

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ATENÇÃO

O réu [executado] não perde o direito de regresso

se não optar pelo chamamento ao processo.

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O fiador só poderá exercer o benefício de ordem

na fase de execução, se tiver chamado ao processo o

devedor principal.

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OBSERVAÇÃO

O fato de fiador perder o benefício de ordem, não

o impede de propor ação em face do devedor.

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O chamamento ao processo será requerida na

contestação. O réu requererá a citação dos chamados

para figurarem como litisconsórcios passivos, devendo

ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias sob pena de

ficar sem efeito o chamamento.

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Nova modalidade de chamamento ao processo

Art. 1.698 do CC. Se o parente, que deve alimentos em

primeiro lugar, não estiver em condições de suportar

totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de

grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a

prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção

dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma

delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

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Aquele que deve alimentos em primeiro lugar faz

o chamamento ao processo dos demais devedores que

concorrerem ao grau imediato, quando não tiver

recursos para fazer frente à integralidade do débito.

Exemplo: Pai tem dois filhos e propõe ação de alimento

em face de um deles. Este pode chamar ao processo o

outro irmão.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____

VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________

(Deixar 10 cm)

Autos do Processo n. ______________________

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CAIO DE SOUSA, brasileiro, casado, motorista, portador da

Cédula de Identidade RG nº. [...], devidamente inscrito no CPF/MF nº. [...],

caio@email.com.br, residente e domiciliado na Rua [...] nº. [...], no bairro de [...],

CEP [...], nesta Capital, por intermédio de seu advogado e bastante procurador

abaixo-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, mui respeitosamente, à

presença de Vossa Excelência, com base nos artigos 335 a 342 e 130 a 132

todos do Código de Processo Civil apresentar CONTESTAÇÃO e

CHAMAMENTO AO PROCESSO na ação em epígrafe que lhe move ULPIANO

FRANCISCANO DA SILVA em face de TÍCIO VIEIRA, brasileiro, casado,

bancário, portador da Cédula de Identidade RG/SSP/SP n.º _______________,

inscrito no CPF/MF nº. ____________, tício@email.com.br, residente e

domiciliado na Rua ________ nº. ____, no bairro de _________, CEP

__________, nesta Capital, pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados:

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I - DA CONTESTAÇÃO

1. O autor propôs ação de cobrança a fim de receber a

quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) referente à pintura da

residência do réu.

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2. No entanto, razão não assiste ao peticionário, porque

a prestação de serviço não se efetivou. O autor iniciou a pintura no

imóvel do réu, contudo, não finalizou o trabalho.

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3. Não pode agora vir requer o pagamento de serviço

que efetivamente não prestou. Ressalta ainda o réu que o autor

simplesmente interrompeu a pintura no imóvel e desapareceu. O réu

tentou por diversas vezes encontrá-lo, contudo, não logrou êxito.

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4. Dessa forma, o autor não tem direito de receber a

quantia contratada, uma vez que abandonou a obra.

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II – DO CHAMAMENTO AO PROCESSO

5. O réu tem certeza de que Vossa Excelência julgará

improcedente a presente demanda, mas é importante ressaltar que o

contrato acostado na inicial indica que o chamado também assinou o

contrato, tornando-se devedor solidário do réu.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

6. Dispõe o artigo 130, inciso III, do Código de Processo

Civil, explicita que: “É admissível o chamamento ao processo, requerido

pelo réu: III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de

um ou de alguns o pagamento da dívida comum.”

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7. Explicita o Acórdão retirado do Agravo de Instrumento de n.

0062607-25.2015.8.19.0000 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro que: “Sabe-se que o chamamento ao processo é a modalidade de

intervenção de terceiros em que o devedor solidário, acionado

isoladamente para responder pela totalidade da dívida, objetiva acionar os

demais coobrigados, para que cada um responda na proporção de suas

cotas.”

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8. Note-se, portanto, que o réu preenche os requisitos

legais para requerer que o chamado figure também no polo passivo da

ação, para que figure também no polo passivo da demanda, porque é

devedor solidário.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

III - DOS PEDIDOS

Isto posto, requer a Vossa Excelência que se digne de

julgar improcedente a ação de cobrança proposta pelo autor a fim de

que se faça a costumeira Justiça.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Requer também a citação do chamado, nos termos do artigo

246, inciso I, do Código de Processo Civil para integrar a relação

processual como litisconsorte passivo, para que seja declarada na

mesma sentença a responsabilidade dos devedores.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos

em direito.

Termos em que

pede deferimento.

Local e data.

Assinatura, nome e OAB.

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DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA

PERSONALIDADE JURÍDICA

Artigos 133 a 136 do Código de Processo Civil

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. Conceito de incidente de desconsideração da personalidade

jurídica

A desconsideração da personalidade jurídica é uma

prática no direito civil e no direito do consumidor de, em certos

casos, desconsiderar a separação patrimonial existente entre o

capital de uma empresa e o patrimônio de seus sócios para os

efeitos de determinadas obrigações, com a finalidade de evitar sua

utilização de forma indevida, ou quando este for obstáculo ao

ressarcimento de dano causado ao consumidor.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 50 do CC. Em caso de abuso da personalidade

jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela

confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento

da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber

intervir no processo, que os efeitos de certas e

determinadas relações de obrigações sejam estendidos

aos bens particulares dos administradores ou sócios da

pessoa jurídica.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 28 do CDC. O juiz poderá desconsiderar a

personalidade jurídica da sociedade quando, em

detrimento do consumidor, houver abuso de direito,

excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou

violação dos estatutos ou contrato social. A

desconsideração também será efetivada quando houver

falência, estado de insolvência, encerramento ou

inatividade da pessoa jurídica provocados por má

administração.

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Cabimento:

a) Todas as fases do processo de conhecimento

b) Na fase do cumprimento da sentença

c) Execução fundada em título executivo extrajudicial

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Credor Devedor (Empresa)

SÓCIOS DA EMPRESA

Desconsideração da personalidade jurídica

Bens dos sócios

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Atenção

A desconsideração da personalidade jurídica não

transforma o sócio em codevedor da empresa, mas

estende a responsabilidade patrimonial a ele.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A desconsideração da personalidade jurídica

passa a ser intervenção de terceiro, porque o sócio fica

como responsável patrimonial na demanda.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O pedido de desconsideração da personalidade

jurídica pode ser requerida na inicial, contudo, compete

ao exequente demonstrar o preenchimento dos

requisitos dos artigos 50 do Código Civil e 28 do

Código de Defesa do Consumidor.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O credor deverá requerer o incidente de

desconsideração da personalidade jurídica da

empresa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Atenção

A desconsideração da personalidade jurídica cabe

em todas as fases do processo de conhecimento, no

cumprimento de sentença e na execução fundada em

título executivo extrajudicial.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Cabe também em grau de recurso a

desconsideração da personalidade jurídica. Da decisão

do relator cabe agravo interno - artigo 1.021 do Código

de Processo Civil.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Desconsideração inversa da personalidade

jurídica: o sócio é devedor e os bens da empresa são

penhorados.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Artigo 137 do Código de Processo Civil

Acolhido o pedido de desconsideração, a

alienação ou a oneração de bens, havidos em fraude de

execução, será ineficaz em relação ao requerente.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A desconsideração da personalidade jurídica

requerida na inicial não é classificada como

intervenção de terceiro, porque o sócio ou a empresa

(desconsideração inversa) já figuram no polo passivo

da demanda.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Ao incluir o sócio, deve-se deixar claro na petição

inicial que ele não é codevedor, mas seu patrimônio

responde pela dívida da empresa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Nesse caso, a desconsideração será declarada

na sentença. O sócio deverá, portanto, recorrer por

meio do recurso de apelação.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____

VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________________

Deixar 10 cm

Autos de Processo n. ______________________ - Fase de Execução

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Nome e prenome do autor, nacionalidade, estado

civil (a existência de união estável), profissão, portador do RG/SP n. __________,

inscrita no CPF/MF sob nº __________, endereço eletrônico, residente e

domiciliado na Rua ___________ n. ___, bairro __________, CEP__________,

nesta Capital, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento

de mandato incluso), vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, com

fundamento nos artigos 133 a 136 do Código de Processo Civil propor

INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA em

face de Nome e prenome do réu (empresa ou sócios), CNPJ ___________,

endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua ___________ n. ___, bairro

__________, CEP__________, nesta Capital, pelos motivos de fato e de direito

abaixo articulados:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. O exequente obteve êxito na demanda que versa sobre

indenização por danos morais em razão de erro médico cuja sentença

transitou em julgado. Depreende-se da decisão que o hospital foi

condenado a pagar a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais). No

entanto, até agora o executado furta-se a satisfazer o débito.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

2. Na fase de cumprimento da sentença, o exequente

constatou por meio dos documentos em anexo que o hospital executado

não foi localizado no endereço por ele fornecido à Receita Federal e ao

Registro de Comércio. Ademais, todos os meios para localizar a

executada foram empregados sem êxito, inclusive não havendo bens

disponíveis para serem penhorados. Caracterizada está, portanto, a

atuação fraudulenta da executada, com abuso da personalidade jurídica

prevista no artigo 50 do Código Civil que assim preleciona:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 50 do CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica,

caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão

patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do

Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que

os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações

sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou

sócios da pessoa jurídica.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

3. Quando o abuso da personalidade jurídica ficar

caracterizado pelo desvio de finalidade, prejudicando sobremaneira

credores, o magistrado pode desconsiderar a personalidade jurídica e

estender aos bens particulares dos sócios a responsabilidade de quitar o

débito da empresa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

4. Sabe-se que a relação estabelecida entre paciente e hospital é

regida pelo Código de Defesa do Consumidor. Por esse motivo, o art. 28

do CDC dispõe que:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da

sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver

abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou

ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A

desconsideração também será efetivada quando houver

falência, estado de insolvência, encerramento ou

inatividade da pessoa jurídica provocados por má

administração.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

5. Como se pode notar, a desconsideração da

personalidade jurídica tem por finalidade coibir a prática de atos

fraudulentos por parte dos sócios do hospital executado, havendo,

inclusive, indícios de sua liquidação irregular, devendo ser aplicada no

caso a Súmula n. 435 do C. Superior Tribunal de Justiça: “Presume-se

dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu

domicílio sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o

redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Isto posto, nos termos dos arts. 133 a 135 do CPC, o

exequente requer a Vossa Excelência que se digne de:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

a) instaurar o incidente de desconsideração da

personalidade jurídica, determinando-se a imediata comunicação da

instauração deste incidente ao distribuidor, a fim de que se façam as

anotações devidas, nos termos do art. 134, § 1º, do CPC;

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

b) requer a suspensão do processo principal até o

julgamento final do presente incidente, conforme dispõe o art. 134, § 3º,

do CPC;

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

c) citar os sócios do executado para se manifestarem e

requererem as provas cabíveis, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias,

consoante art. 135 do CPC;

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Nestes termos,

pede deferimento.

Local e data.

Nome, assinatura e OAB.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

DO AMICUS CURIAE

Art. 138 do CPC

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. Conceito

É um terceiro que não tenha interesse jurídico na

demanda possa ser atingido pela sentença. Nesse

caso, representa um interesse institucional.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O “amicus curiae” pode funcionar como um

auxiliar do juiz em processo alheio para melhor proferir

a sentença, visto que a causa pode ter repercussão

social.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O “amicus curiae” pode ser uma pessoa, um órgão ou uma

entidade, que não tenha interesse próprio na causa, mas cujos interesses

inconstitucionais poderão ser afetados.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

2. Requisitos para intervenção

a) Relevância da matéria (econômico, político, social ou

jurídico)

b) Especificidade do tema objeto da demanda

(conhecimento profundo sobre o tema)

c) Repercussão social da controvérsia (repercussão

que mobilize interesse institucional)

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

3. Requisitos do terceiro (“amicus curiae”)

a) Deve ser terceiro

b) Pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade

especializada

c) Representatividade adequada

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Atenção

O juiz de direito pode determinar de ofício a

entrada do “amicus curiae”, quando a matéria exigir.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A petição será endereçada ao juiz de direito ou ao

Ministro. Analisados os requisitos, o juiz de direito poderá

deferir ou indeferir o “amicus curiae”.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O “amicus curae” emitirá uma manifestação, ou

seja, opinará sobre a matéria que é o objeto da demanda.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR [Colocar o nome

do Relator] DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Deixar 10 cm

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. __________

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Qualificação completa do autor e endereço, por

intermédio de seu advogado infra-assinado, (instrumento de mandato em

anexo), vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com

fundamento no art. 138 do CPC, requerer a sua admissão no processo na

qualidade de “Amicus Curiae”, nos autos da ADIn. ____, a fim de elucidar

pontos relevantes e a preservação do interesse público para melhor

contribuir com o julgamento da ação, manifestando-se sobre as questões

de fato e de direito abaixo expostas:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

I – DA POSSIBILIDADE JURÍDICA DA ADMISSÃO DO “AMICUS

CURIAE”

1. O requerente apresenta esta peça na qualidade de

“amicus curiae”, modo de intervenção de terceiro atípico previsto no

ordenamento jurídico brasileiro, conforme preleciona o art. 138 do CPC:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

“O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a

especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão

social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício

ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-

se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou

jurídica, órgão ou entidade especializada, com

representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias.”

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

2. Ao tratar do tema, Marcus Vinicius Rios Gonçalves

explicita que:

“O amicus curae” é o terceiro que, conquanto não tenha

interesse jurídico próprio, que possa ser atingido pelo

desfecho da demanda em andamento, como tem o assistente

simples, representa um interesse institucional, que convém

seja manifestado no processo para que, eventualmente, possa

ser considerado quando do julgamento.” Direito processual

civil esquematizado. 6. ed. São Paulo : Saraiva, 2016, p. 265.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

3. Por sua vez, a doutrina interpreta que a figura do

“amigo da corte” tem por escopo produzir subsídios técnicos e jurídicos,

para obter a melhor solução à questão suscitada. Daí o significado da

expressão “representatividade adequada”, uma vez que o amicus curae

ser especializado na matéria sub judice.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

4. Já o entendimento desta Egrégia Corte é no sentido

de admitir a intervenção processual de terceiros, na condição de “amicus

curiae”, “como fator de pluralização e de legitimação do debate

constitucional”, de modo que a Suprema Corte “venha a dispor de todos

os elementos informativos possíveis e necessários à resolução da

controvérsia” (ADI-MC 2321/DF)

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

II – DA REPRESENTATIVIDADE DA REQUERENTE

Neste tópico, o requerente deverá demonstrar sua

legitimidade para atuar como “amicus curiae”, nos termos do art. 138 do

CPC.

ATENÇÃO: Seguir a numeração dos parágrafos anteriores (5.); (6.); (7.)

etc.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

III – DO PEDIDO

Isto posto, requer a Vossa Excelência a

admissão do requerente na qualidade de “amicus curiae” com a

determinação das anotações de praxe, a fim de que o subscritor da

presente seja intimado das decisões proferidas nesta ação, admitindo as

razões aqui lançadas para reforço da tese, para que se faça a costumeira

Justiça.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Nestes termos,

pede deferimento.

Local e data.

Assinatura, nome e OAB.

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