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Aula 1 Saúde e Ambiente Objetos de Conhecimento
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DISCIPLINA SAUDE AMBIENTAL
Apresentação da disciplinaCronograma
Data Temática da Aula
20 março Apresentação da disciplina: Saúde e Ambiente como objetos de conhecimentos
27 março Conceitos básicos de ecologia em saúde – Os ecossistemas, o território e os
movimentos ambientalistas
10 abril Risco – Segurança e Seguridade
17 abril Noções de Toxicologia (Prof. Volney)
24 abril Informação em ambiente e saúde
08 maio Educação Ambiental (Profa. Márcia a confirmar)
15 maio Poluições 1
22 maio Poluições 2
29 maio Metabolismo sócio-ecológico
12 junho Planejamento atividade prática
19 junho Atividade prática 1
26 junho Atividade prática 2
03 julho Discussão atividade prática
10 julho Prova escrita
17 julho Prova final / Entrega de monografia
Apresentação da disciplinaAvaliação
Requisitos de aprovação
● 75% presença em sala de aula
● Participação satisfatória na atividade prática
● Aprovação de uma das provas escritas
● Entrega de ensaio monográfico individual
Apresentação da disciplinaAvaliação
Requisitos de aprovação
● 75% presença em sala de aula
● Participação satisfatória na atividade prática
● Aprovação de uma das provas escritas
● Entrega de ensaio monográfico individual
Presença em sala de aula
• O regulamento da UFRJ exige 75% de presença em sala de
aula como condição de aprovação das disciplinas.
• Será computada em horas.
• Por isso, cada alun@ assinará duas listas de presença: (i) uma
disponível até uma hora de iniciada a aula; e outra (ii) na
finalização da aula.
• Situações que impeçam a presença em sala de aula deverão
ser comunicadas ao professor por e-mail
Apresentação da disciplinaAvaliação
Requisitos de aprovação
● 75% presença em sala de aula
● Participação satisfatória na atividade prática
● Aprovação de uma das provas escritas
● Entrega de ensaio monográfico individual
Atividade prática
• Haverá uma aula de planejamentodessa atividade; duas aulas para a suaexecução e uma aula para discutir osresultados.
• Será um trabalho em equipe, a serrealizado no Campus da UFRJ.
• Em princípio, acontecerá em junho.
Apresentação da disciplinaAvaliação
Requisitos de aprovação
● 75% presença em sala de aula
● Participação satisfatória na atividade prática
● Aprovação de uma das provas escritas
● Entrega de ensaio monográfico individual
Provas escritas• A prova escrita está prevista para acontecer no dia
10 de julho.
• Quem não aprovar essa prova, ou não poder estarpresente naquele dia terá uma segundaoportunidade no dia 17 de julho (último dia útil dosemestre).
• Quem tiver aprovado a primeira prova, mas desejaraumentar a nota, pode aplicar a segunda prova.Será considerada a nota mais alta alcançada emqualquer uma das provas.
Apresentação da disciplinaAvaliação
Requisitos de aprovação
● 75% presença em sala de aula
● Participação satisfatória na atividade prática
● Aprovação de uma das provas escritas
● Entrega de ensaio monográfico individual
Cálculo da nota final
A nota final será a média aritmética da notas conseguidas na prova escrita, na atividade prática e na monografia.
A nota de aprovação é igual ou superior a 7,0
Roteiro para elaboração do ensaio monográfico individual
1- Visitar a Biblioteca do IESC
2- Procurar livros que contengam informação sobre ‘sustentabilidade’
3- Escolher um ou dois capítulos (do mesmo livro ou não) relacionados
a esse assunto
4- Lê-los atentamente
5- Redigir uma resenha de entre 1600 e 4000 palavras discutindo as
leituras
6- Utilizar a formatação dos artigos da Revista ‘Cadernos de Saúde
Coletiva’ http://www.scielo.br/revistas/cadsc/pinstruc.htm
Forma de comunicação oficial
Qualquer comunicação ou solicitação ao professor será feitaexclusivamente por e-mail, seja por meio de e-mail coletivoou pessoal d@s alun@s.
Comunicações via G+; Twitter; Facebook, WhatApp ou demaisredes sociais podem ser utilizadas apenas paracomunicações pessoais, mas não contam como informaçãooficial da disciplina.
Alguma dúvida?
AULA 1: SAUDE e AMBIENTEComo objetos de conhecimentos
Saúde
A saúde é algo que se possui, que se tem, igual a doença?
Saudável ou doente é algo que se é / se está?
Idéia de saúde como aussencia de
doença
Saúde
Conceito ampliado
A saúde é um estado de completo bem-estar físico,mental e social, e não consiste apenas na ausência dedoença ou de enfermidade.
Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO)Nova Iorque, EUA, em 22 de Julho de 1946
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html
Saúde
Gozar do melhor estado de saúde que é possível atingirconstitui um dos direitos fundamentais de todo o serhumano, sem distinção de raça, de religião, de credo político,de condição econômica ou social.
A saúde de todos os povos é essencial para conseguir a paz ea segurança e depende da mais estreita cooperação dosindivíduos e dos Estados.
Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO)Nova Iorque, EUA, em 22 de Julho de 1946
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html
Saúde
Os resultados conseguidos por cada Estado na promoção eproteção da saúde são de valor para todos.
O desigual desenvolvimento em diferentes países no querespeita à promoção de saúde e combate às doenças, emespecial, as contagiosas, constitui um perigo comum.
Os Governos têm responsabilidade pela saúde dos seuspovos, a qual só pode ser assumida pelo estabelecimento demedidas sanitárias e sociais adequadas.
Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO)Nova Iorque, EUA, em 22 de Julho de 1946
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html
Saúde como direito constitucional
Art. 196 (Constituição Nacional 1988)
A saúde é direito de todos e dever do Estado,garantido mediante políticas sociais e econômicasque visem à redução do risco de doença e de outrosagravos e ao acesso universal e igualitário às açõese serviços para sua promoção, proteção erecuperação.
Saúde como direito constitucional
Art. 196 (Constituição Nacional 1988)
A saúde é direito de todos e dever doEstado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem àredução do risco de doença e deoutros agravos e ao acesso universale igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção erecuperação.
Equidade
Universalidade
Integralidade
A interface entre o Ambiente e a Saúde
A Saúde precisa ser entendida como o resultado de um processo determinado por uma rede complexa e articulada de condicionantes de ordem histórica, política, social, biológica, tecnológica, ecológica e psicológica que se dispõem e organizam no espaço geográfico gerando o território
O território é o espaço físico ocupado e transformado pela ação antrópica.
O ambiente é o resultado histórico e sintético das tensões no território entre a lógica da natureza (que busca a adaptação evolutiva) e a lógica da atual sociedade (que busca o progresso material por meio do avanço da tecnologia).
A interface entre o Ambiente e a Saúde
“Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis,
influencias e interações de ordem física,
química, biológica, social, cultural e urbanística,
que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas”.Conselho Nacional do Meio Ambiente
Resolução Nº 306, de 5 de Julho de 2002http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30602.html
A interface entre o Ambiente e a Saúde
No entanto, o senso comum costuma identificar o ambiente apenas
com a natureza, colocando o ser humano por fora dela, ora como
beneficiário, ora como agredido, ora como agressor.
Compreender esse equívoco é crucial para entender melhor a
produção social da saúde e da doença como parte de um processo
historicamente determinado.
A interface entre o Ambiente e a Saúde
Para os antigos gregos, natureza (Physis) era aquilo que emerge ese desenvolve por si só (autopoiética e auto organizada).
O ser humano, no entanto, também vem dotado de capacidadesracionais e semióticas que lhe outorgam instrumentalidadetécnica e poder decisório para intervir nos processos da natureza,alterando a essência da poieses (surgir por si mesmo) dosorganismos e organização dos ecossistemas.
A humanidade está condicionada a construir um mundo artificialonde desenvolver uma vida mundana e realizar a suahumanidade, e esta construção sempre implica a necessáriadestruição de porções de natureza.
A interface entre o Ambiente e a Saúde
Os efeitos da relação
entre saúde e ambiente
não são acontecimentos
apenas “naturais”.
Sua ocorrência é
antropogênica e sua
origem está relacionada
aos processos de
produção e reprodução
da sociedade.
A interface entre o Ambiente e a Saúde
A interface entre o Ambiente e a Saúde
O Sanitarista cuida da saúde da população, portanto, a dimensão desua ação é coletiva e territorial. Ou seja, na sua profissão lhe érequerido integrar a questão ambiental no território em que atuapara poder apreender o processo saúde-doença da forma maispróxima possível da realidade.
No exercício de suas práticas profissionais, o sanitarista precisacompreender a complexidade dos fenômenos geradores denocividades ambientais, para poder atuar na integralidade dosproblemas e obter níveis de prevenção mais adequados e, assim,promover e proteger com maior efetividade a saúde dos grupospopulacionais sob seus cuidados.
Aviso aos navegantesLia Giraldo da Silva Augusto, 2009.
Saúde Ambiental
Saúde Ambiental
[Causalidade] Doenças humanas provocadas por exposições
ambientais.
[Determinação] Determinação sócio-ecológica de agravos à
saúde humana.
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Agente patogênico externo2. Nidalidade3. Abordagem sócio-ecológica
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Agente patogênico externo2. Nidalidade3. Abordagem sócio-ecológica
1. Agente externo
Agente patógeno
Doença
ORGANISMO HUMANO
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Transmissão das doenças
AMBIENTE
AGENTE HOSPEDEIRO
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Agente patógeno externo
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Agente patógeno externo
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Transmissão das Doenças
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Transmissão das Doenças
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Agente Patogênico Externo2. Nidalidade3. Abordagem sócio-ecológica
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
2- Nidalidade
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
2- Nidalidade
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
2- Nidalidade
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
1. Agente patogênico externo2. Nidalidade3. Abordagem sócio-ecológica
Três perspectivas Processo Saúde-Doença
A situação de saúde ou de doença de uma população;assim como a qualidade saudável ou nociva dosambientes são expressões sócio ecológicas que resultamde processos historicamente determinados.
Determinantes da Saúde
Determinação Sócio-ecológica da Saúde
“A proteção e promoção da saúde detodas as pessoas, em um ambiente quepropicie seu bem-estar, deve ser oprincipal critério que oriente as decisõesno planejamento e na gestão dodesenvolvimento econômico”
Carta Pan-Americana sobre Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Humano Sustentável
http://www.opas.org.br/ambiente/UploadArq/cartapan.pdf
Ambiente como direito constitucional
Art. 225 (Constituição Nacional 1988)
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Ambiente como direito constitucional
Art. 225 (Constituição Nacional 1988)
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A saúde é um valor a ser cuidado?
A saúde é um valor deontológico com prioridade lexical
Estar saudável, ter saúde, é uma condição fundamental para conquistar outros valores, realizar projetos, satisfazer desejos e desenvolver uma vida digna de ser vivida.
Mas será que a saúde sempre foi valorizada assim?
A saúde na antiguidade clássica
Paganismo greco-romano:
culto ao bem-estar do cidadão
Ordem cósmica
As doenças e as catástrofes naturais como consequências da desordem, da vida indesejável.
A saúde na antiguidade clássica
“A variedade conduz à desordem; desta maneira sãoengendradas as doenças. E em um Estado em que reinem asdoenças e a desordem, não serão necessários logo os hospitaise os tribunais? E não gozarão de prestígio a medicina e ocurandeirismo quando um grande número de cidadãos bemnascido as cultive com fervor? – sem dúvidas – existe algumsinal mais certo da má educação de um Estado do que anecessidade de médicos e juízes hábeis, não só para os artesãose para o povo baixo, mas também para aqueles que dizem tersido educados como homens livres?”.
PlatãoA República
Livro terceiro - 1992: 134-5
A saúde na antiguidade clássica
“A variedade conduz à desordem; desta maneira sãoengendradas as doenças. E em um Estado em que reinem asdoenças e a desordem, não serão necessários logo os hospitaise os tribunais? E não gozarão de prestígio a medicina e ocurandeirismo quando um grande número de cidadãos bemnascido as cultive com fervor? – sem dúvidas – existe algumsinal mais certo da má educação de um Estado do que anecessidade de médicos e juízes hábeis, não só para os artesãose para o povo baixo, mas também para aqueles que dizem tersido educados como homens livres?”.
PlatãoA República
Livro terceiro - 1992: 134-5
A saúde na antiguidade clássica
O vocábulo grego οικοζ (oikos) significa casa, lugar onde se habita.
Para os antigos gregos, a ação de fazer habitável a casa expressava-se οικοζποιόζ (oikopoiós); ao tempo que οικοηομοζ (oiconomos)denominava a gestão da casa.
O oikos da cultura clássica denominava a unidade básica deprodução e satisfação das necessidades vitais. Por tanto, ooikonomos (economia) referia-se às normas de gestão com asque se administravam os bens ou rendimentos domésticos.
Gestão é a ação de gerir, ou seja, a ação de dirigir, regular, governar, administrar por conta própria ou de outrem.
A saúde na antiguidade clássica
A labor e o trabalho que sustentavama οικοηομοζ (economia doméstica) docidadão era desenvolvida porescravos, artesãos e pelo “povo baixo”(sem propriedades).
O trabalho na pesca, na agricultura,na mineração, na construção civil edentre outras atividades, determinavaum perfil de adoecimento diferenteao do cidadão “educado comohomem livre”.
A saúde na antiguidade clássica
A gestão da οικοηομοζ pertencia aocidadão (homem – pater - patriarca) donoresponsável pelo οικοζ (proprietário daterra e dos escravos).
O caráter doméstico da economia, restritoa esfera privada, foi se perdendo namedida em que a pátria (o conjunto depatriarcas) foi tendo a necessidade dediscutir necessidades humanas (incluídasquestões sanitárias) na esfera pública(antes reservado só à política), foi esse onascimento da economia política e daesfera social, em termos de politização /socialização das necessidades humanas.
A saúde na antiguidade clássica
A saúde na antiguidade clássica
A saúde na antiguidade clássica
A cosmovisão decorrente da órdem cósmica continha lógica totalizadora e racionalidade dedutiva.
A medicina clássica reconhecia e explicava o adoecer na relação entre o indivíduo doente e o seu entorno (ambiente).
O olhar do médico não se dirigia apenas ao corpo doente; era requisitado para estar atento aos sinais transmitidos pela natureza no seu todo.
Havia a percepção clara que as doenças ocorrem em determinados sítios, por causas específicas.
A saúde na antiguidade clássica
«Quem quiser aprender bem a arte de médicodeve proceder assim: em primeiro lugar deveter presentes as estações do ano e os seusefeitos, pois nem todas são iguais mas diferemradicalmente quanto à sua essência específicae quanto às suas mudanças. [...]»
“Dos Ventos, Águas e Regiões”Corpo Hipocrático
A saúde na antiguidade clássica
«Deve ainda observar os ventos quentes e frios,começando pelos que são comuns a todos oshomens e continuando pelos característicos decada região. Deve terpresentes também osefeitos dos diversos géneros de águas.[... ]»
“Dos Ventos, Águas e Regiões”Corpo Hipocrático
A saúde na antiguidade clássica
«Quando um médico chegar a uma cidadedesconhecida para ele, deve determinar, antesde mais, a posição que ela ocupa em relaçãoàs várias correntes de ar e ao curso do Sol ...assim como anotar o que se refere às águas ...e à qualidade do solo...»
“Dos Ventos, Águas e Regiões”Corpo Hipocrático
O final do mundo clássico (476 d. C)
A saúde no cristianismo medieval
“Quem se opõe à autoridade, revela-se contra a ordem divina; e osrebeldes terão para si a condenação”.
Paulo de TarsoRomanos: 13
Ordem Divina
As doenças e as catástrofes naturais como consequências do afastamento da vontade de Deus.
“O que é a moral judeu cristã? É o acaso que perdeu suainocência, a desgraça envilecida pela ideia do pecado, obem-estar convertido em perigo e em tentação”.
“A igreja é inimiga da higiene pessoal a título desensual; a primeira medida cristã depois da expulsãodos mouros espanhóis, foi proibir os banhos públicos... ocristianismo pretende domesticar feras; e o meio doqual se vale é fazê-las adoecer”
Friedrich NietzscheO Anticristo
A saúde no cristianismo medieval
“Nós, que valorizamos a saúde, quanta razão temospara desprezar uma religião que engana o corpo, quejulga meritória a desnutrição, que combate a saúdecomo uma espécie de inimigo, de demônio, de tentação!Que está persuadida de que pode se albergar uma almaperfeita em um corpo agonizante”
Friedrich NietzscheO Anticristo
A saúde no cristianismo medieval
Tentación de San Jerónimo - Francisco de Zurbarán – 1639 – Monasterio de Guadalupe
A Saúde no Renascimento
Manutenção da cosmovisãototalizadora da Ordem Divina,porém, com declíneo crescente doraciocínio dedutivista, e trânsitono sentido do indutivismo porcaminhos da alquimia e da magia.
A Saúde no Renascimento
A Saúde no Renascimento
O trânsito à modernidade
Dubito, ergo cogito, ergo sum
René Descartes Discurso do Método
Separação carteciana Objeto – sujeitoNascimento da ciência moderna
O trânsito à modernidade
Pilhagem colonial
Revoluções democráticas
Revolução industrial
Reforma religiosa
Origem do Capitalismo
A gestação da relação sociedade/natureza hegemônica
Desde o início da colonização europeia-ocidentaldo mundo, a ambiguidade em torno da relaçãosociedade - natureza tem sido fortementeinfluenciada pela sinergia de três concepçõeshegemônicas:
• Teológica;
• Filosófica;
• Moral
Teológica Imago dei
Teológica Imago dei
De acordo com esse dogma, a natureza, que inicialmente foi criada para usufruto e satisfação humana, transformou-se também em elemento externo de punição, a partir do desafio arrogante da criatura ao seu criador.
Filosófica Cogito ergo sum
O desafio dos pré-modernos era encontrar um método que permitisse o acesso ao conhecimento verdadeiro dos fenômenos da natureza.
Nesse contexto, nasce o método analítico cartesiano baseado na segmentação das partes do todo em busca de explicar fenômenos por meio de relações lineares simples (causa-efeito; estímulo-resposta) que possam ser comprovadas experimentalmente sob uma perspectiva mecanicista.
Filosófica Cogito ergo sum
Cedo, os primeiros empiristas perceberam que parapoder explorar a natureza, e colocá-la a serviço do serhumano, seria preciso antes conhecer muito bem as leisque a regem. No entanto, também perceberam que anatureza resiste a revelar com facilidade seus segredos.
É célebre a citação de Francis Bacon explicando que opapel que cabe ao filósofo natural no ato daexperimentação é arrancar esses segredos sob tortura,como se faz com a mulher para dominá-la e submetê-la.
MoralRazão instrumentalUtilitarismoLiberalismo
Nos primórdios da Modernidade, a burguesiaeuropeia precisou construir um estatuto ético que lhepermitisse impor o arcabouço jurídico do nascenteEstado-Nação e, dessa maneira, consolidar-se como anova classe social dominante.
Nesse contexto, a natureza – vista como um bemcomum inexplorado – poderia ser legitimamenteapropriada por parte de quem, ao explorá-la, atransforme em utilidades de bem público
MoralRazão instrumentalUtilitarismoLiberalismo
Essa é a justificativa moral do Estado Liberal paraconceder aos particulares a propriedade privada e odireito exclusivo de exploração de pedaços denatureza que antes eram públicos.
Somente a partir dessa concessão foi possívellegitimar socialmente o extraordinário processo deacumulação de recursos naturais que inaugurara aeconomia capitalista. Efetivamente, a acumulaçãooriginária não é o resultado desse modo de produção,mais seu ponto de partida.
REFERENCIAL TEÓRICO DESTA AULA
• AUGUSTO, LGS. Aviso aos navegantes. Extraído de: Saúde do trabalhador eSustentabilidade do Desenvolvimento Humano Local. Editora UFPE 2009
• SCHÜTZ, GE e al. Saúde Ambiental: O Cuidado do Ambiente comoEstratégia de Promoção da Saúde. Extraído de: Promoção da Saúde:Fundamentos e práticas. Editora Yendis 2013
• SCHÜTZ, GE. Segunda parte: Justiça Sanitária. Extraído de: Quando o “IgualTratamento” Acaba em Injustiça. Um Paradoxo Bioético das Políticas SanitáriasUniversalistas de Alocação de Recursos.. Dissertação de Mestrado. ENSP
FIOCRUZ 2003.
Dúvidas?
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