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VANESSA ROTH RACHEL HILGENBERG SPONHOLZ
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA UNIDADE FABRIL NO SETOR DE ALIMENTOS
PONTA GROSSA
2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA UNIDADE FABRIL NO SETOR DE ALIMENTOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estadual de Ponta Grossa para obtenção do grau de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Orientador: Prof Luiz Carlos Lavalle Filho, Esp.
PONTA GROSSA 2009
VANESSA ROTH RACHEL HILGENBERG SPONHOLZ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA UNIDADE FABRIL NO SETOR DE ALIMENTOS
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho
VANESSA ROTH RACHEL HILGENBERG SPONHOLZ
Prof. Carlos Luciano Sant´Ana Vargas, D.Eng. Coordenador do Curso
Banca Examinadora:
_______________________________________ Prof. Luiz Carlos Lavalle Filho, Esp.
Orientador
_______________________________________ Prof. João Manoel Grott, Msc.
Membro
_______________________________________ Prof. Anderson Lois Gulmini Taques, Esp.
Membro
Ponta Grossa, 17 de Fevereiro de 2009
"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar; é melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver ..." (Martin Luther King)
LISTA DE ABREVIATURAS
• CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
• CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho.
• SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho.
• DRT – Delegacia Regional do Trabalho.
• EPI – Equipamento de Proteção Individual.
• MTb - Ministério do Trabalho.
• OS – Ordem de Serviço.
• PET – Permissão de Entrada e Trabalho.
• NR – Norma Regulamentadora.
• EPC – Equipamento de Proteção Coletiva.
• PPRA – Programa de Proteção de Riscos Ambientais.
• GLP – Gases Liquefeitos de Petróleo.
• PCMSO – Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional.
• FISP – Folha de Informação de Segurança de Produto.
• MHS – Perigo Maior de Processo.
• CA – Certificado de Aprovação.
• MOPP – Movimentação Operacional de Produtos Perigosos.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 ......................................................................................................
FIGURA 2.......................................................................................................
FIGURA 3 ......................................................................................................
FIGURA 4.......................................................................................................
FIGURA 5 ......................................................................................................
FIGURA 6.......................................................................................................
FIGURA 7 ......................................................................................................
FIGURA 8.......................................................................................................
FIGURA 9.......................................................................................................
FIGURA 10.....................................................................................................
FIGURA 11.....................................................................................................
FIGURA 12.....................................................................................................
FIGURA 13.....................................................................................................
FIGURA 14.....................................................................................................
FIGURA 15.....................................................................................................
FIGURA 16.....................................................................................................
FIGURA 17.....................................................................................................
FIGURA 18.....................................................................................................
FIGURA 19.....................................................................................................
FIGURA 20.....................................................................................................
FIGURA 21.....................................................................................................
FIGURA 22.....................................................................................................
FIGURA 23.....................................................................................................
FIGURA 24.....................................................................................................
FIGURA 25.....................................................................................................
FIGURA 26.....................................................................................................
FIGURA 27.....................................................................................................
FIGURA 28.....................................................................................................
FIGURA 29.....................................................................................................
FIGURA 30.....................................................................................................
FIGURA 31.....................................................................................................
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FIGURA 33.....................................................................................................
FIGURA 34.....................................................................................................
FIGURA 35.....................................................................................................
FIGURA 36.....................................................................................................
FIGURA 37.....................................................................................................
FIGURA 38.....................................................................................................
FIGURA 39.....................................................................................................
FIGURA 40.....................................................................................................
FIGURA 41.....................................................................................................
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FIGURA 43.....................................................................................................
FIGURA 44.....................................................................................................
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................
1.1 APRESENTAÇÃO.........................................................................................
1.2 OBJETIVOS....................................................................................................
1.2.1 Geral............................................................................................................
1.2.2 Específicos...................................................................................................
1.3 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA................................................................
1.4 METODOLOGIA.............................................................................................
1.5 LIMITAÇÕES DO TRABALHO........................................................................
1.6 DEFINIÇÃO DE TERMOS RELEVANTES NESTE ESTUDO.........................
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................
2.1.1 Segurança do Trabalho................................................................................
2.1.2 Auditorias......................................................................................................
2.1.3 Normas Regulamentadoras aplicadas no setor industrial............................
2.2 ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
DO TRABALHO EM UMA UNIDADE FABRIL NO SETOR DE
ALIMENTOS..................................................................................................
2.2.1 Metodologia..................................................................................................
2.2.2 Análise de Riscos.......................................................................................
3 CONCLUSÃO................................................................................................... REFERÊNCIAS ....................................................................................................
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RESUMO
O estudo visa analisar as condições de segurança do trabalho em uma unidade fabril no setor de alimentos através de uma Auditoria, buscando obter as evidências de auditorias e avaliando-as objetivamente, correlacionando-as com seus possíveis impactos e propondo ações de melhoria. Palavras-chave: segurança do trabalho; unidade fabril; setor de alimentos; auditoria.
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1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
A preocupação com a segurança do trabalho é um fator hoje irreversível
para as organizações que desejam sobreviver nesse mercado competitivo. Com as
exigências legais, relativamente altas, torna-se imprescindível que as organizações
mudem sua forma de atuação no mercado, principalmente através de uma
organização interna.
Estes fatores fazem com que as empresas tenham que mudar o seu perfil de
atuação através de:
a) ganhos de produtividade constante;
b) redução continua de custos operacionais;
c) mão de obra especializada;
d) implantação de SGI (sistema de gestão integrada);
e) atualização tecnológica.
Atualmente a área industrial exige dos trabalhadores alta produtividade em
tempo limitado, porém em condições inadequadas de trabalho, com problemas de
ambiente, equipamento e processos. Tais condições acabam levando a
insatisfações, cansaço excessivo, queda de produtividade, problemas de saúde e
acidentes de trabalho.
Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir
e demonstrar um bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), por
meio do controle de seus riscos de SST, coerente com sua política e seus objetivos
de SST. Agem assim dentro de um contexto de legislação cada vez mais exigente,
do desenvolvimento de políticas econômicas e de outras medidas destinadas a
promover boas práticas de SST, e de uma crescente preocupação das partes
interessadas com questões de SST (OHSAS 18001: 2007).
Muitas organizações têm efetuado “análises” ou “auditorias” de SST a fim de
avaliar seu desempenho nessa área. No entanto, por si só, tais “análises” e
“auditorias” podem não ser suficientes para proporcionar a uma organização a
garantia de que seu desempenho não apenas atende, mas continuará a atender,
aos requisitos legais e aos de sua própria política. Para que sejam eficazes, são
10
necessários que esses procedimentos sejam realizados dentro de um sistema de
gestão estruturado que esteja integrado na organização. (OHSAS 18001: 2007).
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Geral
Analisar o estado atual em relação à segurança do trabalho em uma
indústria de alimentos.
1.2.2 Específicos
• Diagnosticar a qualificação e quantificação dos riscos identificados
durante a auditoria realizada na unidade fabril no setor de alimentos;
• Avaliar as condições ambientais comparando com as NR, Portarias,
NBR;
• Avaliar o programa de controle e prevenção de perdas, segurança do
trabalho, gerenciamento de produto, preparação e atendimento à
emergências, saúde ocupacional, controle ambiental e diálogo com a
comunidade;
• Analisar os possíveis impactos;
• Recomendar ações (contramedidas) para cada vulnerabilidade mapeada.
1.3 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA
O presente trabalho fornece orientação para os princípios de segurança,
bem como a percepção de profissionais devidamente capacitados que atuam em
outros segmentos, forneçam, à alta administração, informações para avaliar,
analisar, identificar áreas que podem necessitar melhorias e aprovar as medidas de
controle cabíveis, assegurando adequações contínuas e confiáveis.
11
1.4 METODOLOGIA
No sentido de viabilizar a pesquisa proposta e atender seus objetivos, o
modelo utilizado foi o estudo de caso.
Para Godoy (1995, p. 25), o estudo de caso se caracteriza como um tipo de
pesquisa, cujo objeto é uma unidade que se analisa profundamente. Assim, esse
modelo tem se tornado a estratégia preferida quando os pesquisadores procuram
responder "como" e "por quê" os fenômenos ocorrem, quando há pouca
possibilidade de controle sobre os eventos estudados.
Dentro da sua própria concepção, o estudo de caso não pretende partir de
uma visão predeterminada da realidade, mas aprender os aspectos ricos e
imprevistos que envolvem uma determinada situação (LÜDKE et al., 1992).
Partindo deste modelo, e buscando atingir os objetivos propostos,
desenvolveram-se as etapas abaixo:
A) Revisão teórica sobre assuntos relacionados, a segurança do trabalho,
auditorias e as NRs;
B) Realização da Análise das condições do ambiente do trabalho numa
unidade fabril no setor de alimentos, analisando e avaliando os resultados
obtidos;
C) Análises de possíveis impactos;
D) Recomendações de ações (contramedidas) para cada vulnerabilidade
mapeada.
1.5 LIMITAÇÕES DO TRABALHO
Outro aspecto a ser considerado, é a realização da pesquisa em forma de
Estudo de Caso. Este modelo refere-se apenas à situação estudada, não
considerando possíveis variáveis que a venham existir em outros locais. Sendo
12
assim, auxilia a discussão do tema, porém não permite a generalização das
recomendações propostas.
Este estudo em abordar limita-se alguns requisitos da NR, não se
aprofundando em cada NR e sim no sentido geral.
As Normas Regulamentadoras são de observância obrigatória pelas
empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e
indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
1.6 DEFINIÇÃO DE TERMOS RELEVANTES NESTE ESTUDO
Avaliação de Riscos – Processo de avaliação de risco proveniente de perigo,
levando em consideração a adequação de qualquer controle existente, e decidindo
se o risco é ou não aceitável. (OHSAS 18001: 2007).
Documento – Informação e o meio em que ele está contido. (OHSAS 18001:
2007).
Ações Corretivas – Ação para eliminar a causa de uma não conformidade
identificada ou outra situação indesejável. (OHSAS 18001: 2007).
Registro – Documento que apresenta resultados obtidos ou fornece
evidencias de atividades realizadas. (OHSAS 18001: 2007).
Risco – Combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso
ou exposição com a gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo
evento ou exposição. (OHSAS 18001: 2007).
Incidente – Evento relacionado ao trabalho no qual uma lesão ou doença
(independente da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorrido. (OHSAS
18001: 2007).
Perigo – Fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos
em termos de lesão ou doença ou uma combinação destas. (OHSAS 18001, 2007).
Identificação de Perigos – Processo de reconhecimento de que um perigo
existe e definição de suas características. (OHSAS 18001, 2007).
Auditoria – Processo sistemático, documentado e independente para obter
evidências de auditoria, e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na
qual os critérios da auditoria são atendidos. (NBR ISO19011: 2002)
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Plano de ação de emergência (PAE) - Documento que define as
responsabilidades, diretrizes e informações, visando a adoção de procedimentos
técnicos e administrativos, estruturados de forma a propiciar respostas rápidas e
eficientes em situações emergenciais. (www.nrcomentada.com.br).
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo visa expor e analisar o referencial teórico utilizado no
desenvolvimento deste trabalho, dividindo-se em três seções. A primeira seção
aborda aspectos gerais sobre a segurança do trabalho, e a visão do tema abordado
no meio empresarial.
A segunda seção apresenta algumas definições do conceito de auditoria,
bem como os benefícios que esta apresenta. A terceira seção trata de um resumo
das NRs aplicadas na análise desenvolvida.
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Segurança do Trabalho
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas
que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do
trabalhador. (www.areaseg.com).
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a
Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras,
Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como portarias e
decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil. (www.areaseg.com).
A melhor maneira de minimizar os custos da empresa é investir na
prevenção de acidentes. Muitos empresários têm a idéia errônea que devem diminuir
seus investimentos em equipamentos de proteção individual, contratação de pessoal
de segurança do trabalho e medidas de segurança. O custo de um acidente pode
trazer inúmeros prejuízos à empresa. (www.areaseg.com).
O acidente leva a encargos com advogados, perdas de tempo e materiais e
na produção. Sabem-se casos de empresas que tiveram que fechar suas portas
devido à indenização por acidentes de trabalho. Com certeza seria muito mais
simples investir em prevenção e em regularização da segurança nesta empresa,
evitando futuras complicações legais. (www.areaseg.com)
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Investir em segurança também vai aumentar o grau de conscientização dos
empregados. Fazer treinamento de segurança vai melhorar o relacionamento entre
eles. Se nunca aconteceu acidente não quer dizer que nunca vai acontecer.
(www.areaseg.com)
Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de Segurança de caráter
individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela maioria de seus cidadãos, ao
passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente
inexistentes ou ignoradas. Em alguns destes países a legislação apresenta
certos absurdos como compensação monetária pela exposição ao risco
(periculosidade, insalubridade), fazendo com que empregados e empregadores
concentrem suas atenções no "custo" da exposição e não na eliminação da mesma.
(www.segurancanotrabalho.eng.br)
Existem também outros fatores que limitam a conscientização em
Segurança, ou sejam:
• Baixa valorização da vida – A morte por acidente é tão freqüente, que
consiste fato natural.
• A nossa Legislação ainda é deficiente, omissa e burocratizante e a
fiscalização, inexistente e corrupta em muitas situações.
• Baixo nível cultural e alto nível de crença no inevitável e na
comunicação com o "mundo divino".
• Alto grau de confiança – Nada vai dar errado e no final tudo dá certo.
• Visão obtusa – Usar o cinto de Segurança apenas para evitar ser
multado.
• Baixo grau de expectativa – Se o indivíduo mora em uma favela e
sobrevive diariamente a balas perdidas, porque haverá de usar um
dispositivo de Segurança para reparar uma janela a 10 metros de altura?
• Baixo grau de planejamento – Só sobra tempo para fazer o que dá
dinheiro.
• Falta de recursos monetários – Os recursos são suficientes só para a
gasolina, e não sobram para a manutenção do carro.
• Mentalidade empresarial obtusa – Os recursos devem ser canalizados
para atividades diretamente produtivas.
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• Mentalidade empresarial ainda irresponsável – Fica mais barato não
fazer nada e gastar só quando algo acontecer.
(www.segurancanotrabalho.eng.br), Eng. Marcos A. Bohac Vedovello -
Investir na Segurança: Despesa ou Receita)
2.1.2 Auditorias
Defina-se auditoria como um exame cuidadoso, sistemático e independente
das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, cujo objetivo é
averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou
estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão
adequadas (em conformidade) à consecução dos objetivos. (Aderbal Nicolas Müller)
As auditorias podem ser classificadas em: auditoria externa e auditoria
interna. Atualmente, a auditoria externa se distribui em diversas áreas de gestão,
havendo várias ramificações: auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos,
auditoria da qualidade, auditoria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica,
auditoria contábil, auditoria ambiental, auditoria de segurança, etc (Aderbal Nicolas
Müller).
Auditorias vêm impondo-se como um moderno instrumento de gestão
empresarial contemplando com uma avaliação objetiva, sistemática e periódica os
sistemas de gerenciamento. (NBR ISO 19011:2002).
O objetivo das auditorias é verificar se além do cumprimento das “regras”
estabelecidas, tais “regras” são conscientes/pertinentes quando confrontadas com
os objetivos estabelecidos. (NBR ISO 19011:2002)
A partir do momento em que os auditores “abrem os olhos” dos responsáveis
sobre possíveis ações de melhoria, é indispensável que estes julguem e
estabeleçam as prioritárias e dispensem o tempo necessário e suficiente para as
ações corretivas ou preventivas necessárias. (NBR ISO 19011:2002).
17
2.1.3 Normas Regulamentadoras aplicadas no setor industrial
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs,
regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios
relacionados à medicina e segurança no trabalho no Brasil.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_Regulamentadora)
São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e
pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_Regulamentadora) São as seguintes as Normas Regulamentadoras utilizadas de referência na análise
executada, com um resumo de seu conteúdo:
NR 01 – Disposições Gerais
Estabelece a obrigatoriedade das empresas em garantir a segurança e
saúde de seus empregados, dando-lhes o “direito de saber “em relação aos riscos e
apresenta definições adotadas nas NRs.
NR 02 – Inspeção Prévia
Estabelece a obrigatoriedade de solicitar a aprovação das instalações antes
do início das atividades ao órgão regional do MTB.
NR 03 – Embargo e Interdição
Estabelece que a DRT ou DTM em situações de grave e iminente risco para
o trabalhador poderá embargar/interditar o estabelecimento.
NR 04- Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
Estabelece a obrigatoriedade de manter um SESMT vinculado à gradação
do risco da atividade e ao número de empregados.
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
Estabelece a obrigatoriedade de organizar e manter CIPASs ( Composta por
representantes do empregador e dos empregados ) com o objetivo de verificar
condições de risco e participar das soluções para o controle das mesmas.
18
NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI
Estabelece a obrigatoriedade de fornecimento, gratuito, dos EPIs adequados
ao risco a que os trabalhadores estejam expostos.
NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PCMSO
com o objetivo de promover e preservar a saúde de seus trabalhadores, através da
realização de exames médicos específicos.
NR 08 – Edificações
Estabelece requisitos mínimos a serem observados nas edificações, com o
objetivo de garantir a segurança e o conforto dos trabalhadores.
NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA que
visa a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através das
técnicas de Higiene Ocupacional para controlar a ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade
Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança do
empregados que trabalham em instalações elétricas, em todas as suas etapas, e,
ainda, a segurança de usuários e terceiros.
NR11 -
Estabelece normas de segurança para: instalações e áreas de trabalho,
dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos,
proteção de máquinas e equipamentos, assentos e mesas, fabricação , importação,
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Esta NR estabelece normas de segurança para operação de elevadores,
guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. O
armazenamento de materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para
cada tipo de material.
NR 12 – Máquinas e Equipamentos
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venda e locação de máquinas e equipamentos, manutenção e operação. Contém
anexo sobre motoserras e cilindros de massa.
NR 13 – Caldeiras e Vasos sob pressão
Estabelece os requisitos mínimos obrigatórios para instalação, operação,
manutenção, inspeção de caldeiras e vasos sob pressão e suas interfaces.
NR 14 – Fornos Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, revestida
com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância,
oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores.
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
Define as atividades e operações insalubres, segundo critérios quantitativos
(através da adoção de limites de tolerância )e critérios qualitativos ( através de laudo
de inspeção no local de trabalho) e os percentuais referente ao adicional de
insalubridades, quando cabível.
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores
que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados como
inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção.
NR 17 – Ergonomia
Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de
trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores com o objetivo de
proporcionar conforto, segurança e desempenho suficiente.
NR20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
Estabelece os requisitos específicos envolvendo atividades com líquidos
combustíveis, líquidos inflamáveis, gases liquefeitos de petróleo (G.L.P) e outros
gases inflamáveis.
20
NR 23 – Proteção contra-incêndios
Estabelece a obrigatoriedade das empresas possuírem proteção contra
incêndio com definição de requisitos para: saídas, portas, escadas, ascensores,
portas corta-figo, combate ao fogo, exercício de alerta e outros itens específicos.
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
Estabelece os requisitos mínimos para: instalações sanitárias, vestiários,
refeitórios, cozinhas, alojamento, condições de higiene e conforto para as refeições
e disposições gerais.
Esta NR estabelece os critérios que deverão ser eliminados dos locais de
trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a
evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador.
NR 25 - Resíduos Industriais
NR 26 – Sinalização de Segurança
Estabelece as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho com o
objetivo de prevenir acidentes, identificar equipamentos de segurança, delimitar
áreas, identificar canalizações e advertir contra riscos.
NR 27 – Registro Profissional da Segurança do Trabalho no Ministério do
Trabalho
Estabelece os requisitos mínimos para obtenção do registro profissional do
técnico de segurança do trabalho.
Esta NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento
e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança
e saúde dos trabalhadores eque interagem direta ou indiretamente neste espaços.
NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída,
cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde
21
possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_Regulamentadora/)
2.2 ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DO
TRABALHO EM UMA UNIDADE FABRIL NO SETOR DE ALIMENTOS
Buscando demonstrar a aplicabilidade dos conceitos de segurança do
trabalho, este estudo foi desenvolvido utilizando como situação de referência uma
Unidade Fabril no Setor de Alimentos, composta por: Fábrica de Ração, Unidade de
Beneficiamento de Sementes, Armazéns de Grãos, Armazéns de Insumos e demais
áreas de apoio. Localizada em um dos principais pólos industriais do Paraná.
2.2.1 Metodologia
Para realização do estudo, desenvolvendo-se as seguintes etapas:
a) Auditoria
Nesta fase foi realizada a identificação dos riscos de segurança que o
negócio está exposto, através de uma avaliação sistemática visando mapear as
ameaças e vulnerabilidades nos ativos de riscos: elétricos, processo, produto, ordem
pessoal e meio ambiente de trabalho através de visitas, leituras de documentos,
entrevistas, registros, observação direta e armada com instrumentos como máquina
fotográfica.
• TIPO DE RISCO – ELÉTRICOS
Disposição inadequada de condutores elétricos;
Partes energizadas expostas;
Grau de proteção inadequado ao ambiente;
Sistemas de proteção ausentes ou inadequados;
Equipamentos ou instalações elétricas danificadas;
Ausência de procedimentos seguros de manutenção;
Instalações elétricas impróprias para áreas classificadas;
Ausência ou falhas no programa de manutenção
Outros
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• TIPO DE RISCO – PROCESSOS
Ausência ou deficiência nos sistemas de tratamento de poluentes;
Ausência de procedimentos operacionais padrões;
Instrumentação, alarmes ou detectores ausentes ou deficientes;
Sinalização ausente ou deficiente;
Desperdícios;
Ordem e limpeza deficientes;
Sistema de prevenção de combates a incêndios ausentes ou deficientes;
Lay out inadequado;
Outros.
• TIPO DE RISCO – PRODUTO
Programa de controle de pragas ausente ou ineficiente;
Aberturas que permitem a entrada de animais nas áreas de processo e
armazenagem;
Acúmulo de resíduos que favorecem a atração de animais e insetos;
Falta de asseio pessoal dos colaboradores, empregados e terceiros;
Ausência ou falhas nos procedimentos para garantir a qualidade
desejada;
Outras condições adversas que possam afetar a qualidade do produto.
• TIPO DE RISCO – ORDEM PESSOAL
Falta de capacitação técnica;
Postura incorreta;
Desconhecimento ou não cumprimento de uma norma ou procedimento;
Outros.
• TIPO DE RISCO – MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
Válvulas de segurança, retorno ou retenção, inadequadas, ausentes ou
defeituosas;
Eixos e transmissões sem proteção mecânica;
Isolamento térmico ausente ou defeituoso;
Vibração e ruído incômodo;
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Iluminação inadequada;
Sistema de ventilação ou exaustão ausente ou inadequado;
Problemas estruturais, rachaduras ou trincas;
Sistemas de contenção ausentes ou inadequados;
Tratamento de superfície e pintura ausente ou inadequada;
Equipamento de proteção individual ausente ou inadequado;
Ausência de equipamentos de proteção coletiva;
Outros.
b) Análise de resultados e avaliação de seus impactos
Nesta fase foram analisadas as evidências encontradas na auditoria, como
também foi feito correlação com as Normas Regulamentadoras, relacionada neste
segmento, bem como os conceitos na área de segurança do trabalho. Seus
possíveis impactos formam descritos.
c) Ações propostas.
Nesta fase baseada no conhecimento técnico, foram apresentadas
sugestões para minimizar os riscos existentes.
2.2.2 Análise de Riscos
I. Controle e prevenção de perdas
1. Comunicação de Acidentes
Análise:
Verificado os registros dos acidentes ocorridos no exercício de 2007, as atas
da CIPA, relatórios de acidentes, prontuários de ambulatório, as CAT emitidas e o
sistema intranet.
Resultado:
A empresa possui um sistema de intranet, onde foi verificado que a unidade
fabril possuía 11 (onze) investigações de acidentes das quais 2 (duas) eram de
outras unidades diferente da unidade analisada; em relação as CAT’s na unidade
fabril analisada, foram emitidas 8.
24
As CAT’s são emitidas no dia, mas sempre parcial, sendo que a
complementação é efetuada após alguns dias.
2 Investigação do acidente
Análise:
Investigação dos acidentes de 2007, a equipe de investigação e as ações
corretivas das investigações.
Resultado:
Dos 8 (oito) acidentes que foram emitidas CAT’s todos foram investigados, a
equipe de investigação sempre formada pelo técnico, encarregado de setor e
acidentado. Em relação às ações propostas na investigação quando relacionado a
ação instruir a mesma não possui nenhum registro que possa evidenciar a instrução.
Em uma ação proposta de uma investigação foi solicitada a orientação aos
transportadores e motoristas, foi evidenciado o documento elaborado para a
orientação, mas em entrevista realizada ao motorista, o mesmo nos informou que a
única orientação recebida é em relação ao uso de bermudas e chinelos, sendo que o
mesmo presta serviços a tempos e com muita freqüência.
3 Relatório estatístico de acidentes/incidentes
Análise:
Verificado o envio do relatório estatístico de acidentes conforme NR-4,
quadro VI.
Resultado:
No quadro enviado ao MTb foi informado 9 (nove) acidentes, sendo que
foram emitidas 8 (oito) CAT’s.
25
4 Preparação a atendimento à emergência – Documentação
Análise:
Verificada existência de projetos:
Sistema de Combate a Incêndio quanto à rede de hidrantes e de cobertura
por extintores.
Saídas de emergência e iluminação de emergência.
Proteção contra descargas atmosféricas.
Resultado:
Em relação existência de projetos documentados de proteção contra
incêndios somente o Prédio da Fábrica de Rações possui o projeto aprovado pelo
órgão competente e executado, nas demais instalações não há a existência de
projetos documentados de acordo com as normas do Código de Prevenção de
Incêndios – Corpo de Bombeiros do Paraná; as instalações de extintores foram
efetuadas de maneira aleatória.
Não há estudo para o dimensionamento, identificação e definição de saídas
e iluminação de emergência.
Os pára-raios foram instalados de maneira aleatória com a inexistência de
estudo para a definição de dimensionamento e área de abrangência.
5 Preparo contra emergência – Requisitos Básicos
Análise:
Verificada existência de plano de emergência e de um único canal de
comunicação de emergência.
Resultado:
A Unidade não possui plano de emergência descrito e implantado, também
não há canal único para a comunicação de emergência sendo utilizado o ramal do
técnico de segurança.
6 Preparação e atendimento à emergência – Treinamento e Simulado
Análise:
Verificada existência de alarme de emergência e se o mesmo é audível em
todas as áreas.
Resultado:
Há um único alarme de emergência sendo que o mesmo não á audível em
todas as áreas. As simulações para a avaliação da eficiência do alarme somente são
realizadas por membros da CIPA sem programação estabelecida.
26
Estão implantando um programa anual de treinamentos.
7 Preparação e atendimento à emergência – Informações Médicas
Análise:
Verificado se o departamento de Medicina Ocupacional possui controle de
informações médicas. Em caso de acidentes como estas informações são
repassadas.
Resultado:
As informações médicas ficam de posse do técnico de segurança em pasta
com todas as informações juntas (fichas de entrega de EPI’s, controle de
treinamentos), não há um único documento com as informações necessárias para o
uso em caso de acidentes.
IMPACTO
Legal(Ministério do Trabalho, Corpo de Bombeiro ).
Falta de veracidade das informações.
Repetição de acidentes devido a não eliminação da causa real e/ou
ineficiência da ação corretiva proposta.
Não uso adequado do investimento (intranet, instalações de extintores).
Prejuízo predial, pessoal e ambiental originados por uma descarga
atmosférica e incêndio.
Prejuízo pessoal por falta de informações médicas.
Prejuízo pessoal por falta de canal único de comunicação de acidentes.
Indenizações.
AÇÕES PROPOSTAS
Treinamento adequado ao uso do sistema – intranet.
Organização da documentação de registros referente aos acidentes.
Implantação de sistema para avaliação da eficácia das ações propostas
nas investigações.
Elaborar/atualizar projetos de prevenção contra incêndios relativos à rede
de hidrantes (caixas d’água, cisternas, válvulas de bloqueio, localização
de hidrantes, alarme etc) e de cobertura por extintores (tipo, capacidade,
etc) nos diversos níveis.
27
Elaborar projetos relativos ao sistema de iluminação de emergência e
saídas emergência nos diversos locais de trabalho.
Elaborar projetos relativos ao sistema de proteção contra descargas
atmosféricas nos diversos locais de trabalho.
Elaborar plano de emergência descrito e divulgar o mesmo para todos os
colaboradores nas diversas áreas.
Possuir um canal oficial de comunicação de emergência e divulga-los a
todos os colaboradores.
Redimensionar o alarme de emergência para que o mesmo seja audível
nas diversas áreas principalmente as mais críticas em termos de ruído e
de isolamento (afastamento em relação ao posicionamento do alarme).
Implantar sistema de brigada de incêndio.
Criar um formulário de informações médicas de cada funcionário
deixando-o de fácil acesso para o uso em caso de acidente.
II Saúde e Segurança do Trabalho
1. OS – Ordem de Serviço
Análise:
Verificada existência da elaboração da OS antes do inicio dos serviços (não
rotineiros) que possam ocorrer riscos de acidentes e que tenham potencial de gerar
riscos aos empregados, patrimônio e ambiente.
Resultado:
Não há elaboração de nenhuma ordem de serviço para elaboração de
qualquer tipo de serviços, incluindo: serviços em altura, espaços confinados e
trabalhos com eletricidade.
2 Bloqueio de Equipamentos
Análise:
Verificado o sistema de bloqueios de equipamentos durante a operação das
manutenções.
Resultado:
Não há nenhum sistema de bloqueio eficiente nos equipamentos. Com
exceção do sistema de operação implantado na Fábrica de Ração, onde todo o
sistema de bloqueio de equipamentos é controlado pelo próprio sistema de
28
produção, onde as comunicações das manutenções e os bloqueios são efetuados
eletronicamente.
FIGURA 1
FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
3 Trabalhos em Locais Elevados
Análise:
Verificada existência da elaboração da OS – Ordem de serviço antes do
inicio dos trabalhos em locais elevados em que possam ocorrer riscos de acidentes
e que tenham potencial de gerar riscos aos empregados, patrimônio e ambiente.
Resultado:
O sistema de elaboração de OS, para serviços em trabalhos em altura não
esta implantado, somente foi elaborado o modelo do formulário da PTA - Permissão
de Trabalho em Altura.
Foram identificados locais sem guarda-corpo adequado (arames) e até
mesmo com isenção total dos mesmos.
29
FIGURA 2
FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
FIGURA 3 FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
30
FIGURA 4 FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
FIGURA 5
FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
31
a. Espaço Confinado
Análise:
Verificada existência da elaboração da PET – permissão de entrada e
trabalho – antes do inicio dos serviços que possam ocorrer riscos de acidentes e que
tenham potencial de gerar riscos aos empregados, patrimônio e ambiente.
Resultado:
O sistema esta sendo implantado, já foi efetuada uma listagem onde
constam os locais denominados espaços confinados, foi elaborado o formulário PET,
os trabalhadores já foram treinados, sendo que todos os trabalhadores receberam
capacitação para supervisores.
FIGURA 6
FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
32
FIGURA 7
FONTE: ARQUIVO PARTICULAR
b. Trabalhos com Eletricidade (NR-10)
Análise:
Verificados aterramentos de toda instalação e/ou peças condutoras de
energia e se os mesmos são projetados/executados adequadamente, bem como sua
conservação para prevenir riscos de choques, incêndios e explosões.
Verificado se os sistemas de proteção individual e coletivo são suficientes
para o controle de acidentes, se as ferramentas manuais são eletricamente isoladas,
e se existem procedimentos para serviços de manutenção e/ou reparo em
instalações elétricas e são realizadas por trabalhadores qualificados.
Verificado a existência dos esquemas elétricos fixados nos motores elétricos.
Verificado o local das instalações condutoras de energia.
Resultado:
As instalações elétricas antigas e/ou peças condutoras são completamente
embutidas e aterradas, mas não foram projetadas quando da sua instalação, já as
33
instalações novas que estão sendo executadas estão sendo projetadas conforme as
normas vigentes.
Os responsáveis pelos serviços são trabalhadores qualificados (NR-10),
porém sem reciclagem. Foi constatado que o operador de secador executa trabalhos
em painéis elétricos, sendo que o mesmo não possui treinamento/EPI’s/ferramentas
apropriadas para esta atividade. Em entrevista o mesmo informou que esta atividade
é um serviço rotineiro.
Foram constatadas existência de ferramentas, EPI’s e EPC’s atendendo as
necessidades, mas não foi identificado nenhum procedimento documentado para
execução dos serviços em eletricidade.
Os motores elétricos novos possuem esquemas elétricos.
Encontrado em diversos locais de instalações elétricas: materiais de limpeza,
material de escritório, estoque de peças de reposição e armários de ferramentais.
Foi evidenciada a falta de identificação de sinalizações de segurança em
todas as salas de painéis elétricos. (Figuras 8, 9, 10, 11, 12 e 13)
Figura 8 Fonte: Arquivo particular
34
Figura 9 Fonte: Arquivo particular
Figura 10 Fonte: Arquivo particular
35
Figura 11 Fonte: Arquivo particular
Figura 12 Fonte: Arquivo particular
36
Figura 13 Fonte: Arquivo particular
c. Itens relacionados aos EPI’s (NR-6)
Análise:
Observada existência dos EPI’s, fichas de entrega dos mesmos bem como
treinamento e sua utilização.
Resultado:
Os EPI’s entregues aos trabalhadores possuem CA e estão de acordo com a
solicitação descrita no PPRA. O controle de entrega é formal e com as orientações
descritas de sua correta utilização, mas a sua forma de arquivo não é organizada,
permanecendo juntamente com outras informações (fichas de treinamento, fichas
médicas).
37
Durante a visita foi constatado que alguns trabalhadores não utilizam de
forma correta os EPI’s recebidos, deixando-os espalhados na unidade. (Figuras 14 e
15)
Figura 14 Fonte: Arquivo particular
Figura 15 Fonte: Arquivo particular
38
d. Itens relacionados ao PPRA (NR-9)
Análise:
Verificado existência do PPRA e o seu atendimento em relação a NR-9.
Resultado:
O PPRA é elaborado pela própria empresa.
Foi constatado que as ações propostas no plano de metas não são
cumpridas dentro do prazo estipulado, sendo as mesmas repetidas no plano de
metas do PPRA do ano seguinte. O plano não é apresentado e discutido na CIPA
conforme solicitação da NR-9 item 9.2.2.1.
e. Aspectos relacionados a Caldeiras e Vasos de Pressão (NR-13)
Análise:
Verificado existência de 2 (duas) caldeiras, as mesmas estavam sendo
inspecionadas na hora da avaliação; foram analisados todos os documentos, laudos,
registros que se referem as mesmas.
Foram encontrados vários vasos de pressão (compressores) instalados em
diversos pontos da unidade.
Resultado:
Durante a análise da documentação relacionada às caldeiras foram
constatados que, as mesmas não possuem o prontuário conforme descrito na NR-
13, item 13.1.6, quanto aos projetos de instalação somente a caldeira de registro n°
272 possui projeto, sendo que a de n° 079 não possui projeto de instalação; em
relação aos registros de segurança, manual de operação e segurança na
manutenção, as duas caldeiras estão conforme descritos na NR-13, itens 13.1.7,
13.3 e 13.4 respectivamente e as inspeções de segurança são realizadas
anualmente.
Na inspeção da caldeira de n° 079, realizada na data de 29 de dezembro de
2007 (conforme laudo) foi proposto as seguintes recomendações: submeter a
caldeira uma rigorosa avaliação de integridade para determinação da sua vida
remanescente e novos prazos máximos para inspeção conforme descritos no item
13.5.6 da NR-13, e submeter as válvulas de segurança à calibração em períodos de
no máximo um ano.
Na inspeção da caldeira de n° 272, realizada na mesma data, foram
propostas as seguintes recomendações: submeter as válvulas de segurança à
39
calibração em períodos de no máximo um ano, submeter a viga de sustentação da
grelha e manutenção e reparar o vazamento dos tubos no espelho dianteiro.
Das recomendações citadas acima somente foi realizada em janeiro de 2008
a recuperação da viga de sustentação da caldeira de n° 272.
Em relação aos vasos de pressão não há nenhum controle conforme
solicitado no item 13.6 da NR-13, somente são realizadas manutenções corretivas.
(Figuras 16, 17 e 18)
Figura 16 Fonte: Arquivo particular
Figura 17 Fonte: Arquivo particular
40
Figura 18 Fonte: Arquivo particular
f. Atividades e operações perigosas com Inflamáveis (NR-16)
Análise:
Verificado as áreas de armazenagem de produtos perigosos e inflamáveis
(GLP), seu controle de acesso, seus procedimentos de carga e descarga e
treinamento dos trabalhadores envolvidos.
Resultado:
Foi observado que existem 3 (três) locais de armazenamento de GLP, sendo
que os mesmos não possuem nenhum controle de acesso, os portões permanecem
abertos, o sistema de sinalização é precário (as placas caídas e danificadas) e os
trabalhadores envolvidos não recebem treinamentos. (Anexo I – Figuras 19, 20 e 21)
41
Figura 19 Fonte: Arquivo particular
Figura 20 Fonte: Arquivo particular
42
Figura 21 Fonte: Arquivo particular
g. Dias de Trabalho Restrito
Análise:
Verificada existência de controle pelo departamento médico quando o
trabalhador por motivo de acidente ou doença não pode exercer sua atividade.
Resultado:
Existe procedimento de orientação médica.
h. Restrição ao Fumo
Análise:
Verificada existência de área sinalizada e especifica para fumantes.
Resultado:
Foram identificadas áreas para fumantes, porém em diversos locais foram
encontradas bitucas de cigarro inclusive dentro dos graneleiros e bueiros. (Figuras
22 e 23)
43
Figura 22 Fonte: Arquivo particular
Figura 23 Fonte: Arquivo particular
44
i. Preparo de Atendimento de Primeiros Socorros
Análise:
Verificada existência de meios disponíveis para atendimento de primeiros
socorros, bem como equipe de resgate, recursos necessários (caixa de primeiros
socorros, macas, colete cervical).
Resultado:
Não há equipe formada/treinada para o atendimento, os meios disponíveis
(ambulância, bombeiros) não são divulgados. Os recursos necessários encontrados
são insuficientes e alguns existentes apresentavam-se vencidos.
j. Itens relacionados ao PCMSO (NR-7)
Análise:
Verificada existência do PCMSO, e a realização de exames médicos
admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e
demissionais.
Resultado:
O PCMSO está atualizado e atende a NR-7.
Foi evidenciado o exame de retorno ao trabalho de um funcionário
atendendo as normas, porém este exame foi registrado como periódico prejudicando
assim a programação dos demais exames solicitados no PCMSO, deixando de
atender os prazos.
IMPACTO
• Morte
• Legal (falta de cumprimento das NR’s).
• Prejuízo predial, pessoal e ambiental.
• Falta de uso de recurso (equipamento para medição de atmosfera).
• Ações trabalhistas
AÇÕES PROPOSTAS
• Elaborar procedimento documentado para emissão de ordem de
serviço quando o tipo de serviço for não rotineiro.
• Implantar um sistema (procedimentos, registros e treinamentos) de
bloqueio de equipamentos elétricos e mecânicos para a realização segura dos
serviços de manutenções e/ou reparos.
45
• Implantar um sistema (procedimentos, registros e treinamentos) para
realização de trabalhos em altura.
• Revisar o formulário da PET para atender os requisitos conforme o
ANEXO II da NR-33.
• Definir funções (supervisor, vigia e trabalhadores), pois atualmente
todos os trabalhadores possuem a mesma responsabilidade, gerando assim um
sistema sem uma hierarquia de comando e de difícil controle.
• Realizar a medição da atmosfera dentro dos espaços confinados
utilizando o equipamento adquirido.
• Sinalizar todos os espaços confinados, conforme padrão de etiqueta de
sinalização ANEXO I da NR-33.
• Executar “as builts”1
• Elaborar treinamento de reciclagem NR-10, de todos os trabalhadores
envolvidos com atividades em instalações elétricas.
das instalações antigas.
• Afixar em todos (novos e antigos) motores elétricos os esquemas
elétricos.
• Elaborar procedimentos para execução de serviços em eletricidade.
• Readequar as salas de painéis elétricos para que as mesmas possuam
em seu interior somente os painéis elétricos e que não sejam locais de permanência
de pessoas e/ou deposito de utensílios.
• Realizar treinamento/campanhas de conscientização para uso
higienização e conservação de EPI’s.
• Organizar a forma de arquivo para controle de fichas de entrega de
EPI’s.
• Apresentar e discutir na CIPA o PPRA.
• Realizar o plano de metas dentro dos prazos estabelecidos pelo PPRA.
• Elaborar prontuário da caldeira, conforme 13.1.6 da NR-13.
• Renomear o Manual de Procedimento de Operação da Caldeira para
Segurança na Manutenção conforme item 13.4 da NR-13, evitando assim que haja
distinção entre o Manual de Operação e o Manual de Manutenção.
• Realizar reciclagem de treinamento para os operadores de Caldeira.
1 As builts - (como construído – “tradução nossa”).
46
• Realizar, gerenciar e registrar todas as ações propostas nos Laudos de
Inspeção das Caldeiras.
• Identificar os vasos de pressão conforme item 13.6.3 da NR-13.
• Elaborar prontuário, registro de segurança, projeto de instalação e ou
alteração/reparo, relatório de inspeção dos vasos de pressão, conforme itens da NR-
13, 13.6.4, 13.6.5, 13.7, 13.9.2, 13.9.3 e 13.10.8 respectivamente.
• Adequar as áreas de armazenamento de GLP, delimitando o acesso
restrito aos trabalhadores envolvidos, rever as sinalizações existentes e criar um
procedimento para o manual de carga e descarga do material, bem como definir e
treinar os responsáveis.
• Rever as áreas restritas ao fumo, bem como os procedimentos de
orientação e fiscalização.
• Definir e treinar equipe de resgate de primeiros socorros, divulgar os
canais de comunicação (SIAT, Bombeiros, Ambulância), providenciar recursos para
a prestação de primeiros socorros.
4 Gerenciamento de Produto
a. FISP’s - Folha de Informação de Segurança de Produto
Análise:
Verificada existência de inventário dos produtos perigosos existentes
na unidade, bem como a identificação de todo produto novo adquirido e da
disposição de suas FISP’s, e se os trabalhadores envolvidos são treinados com base
nas mesmas.
Resultado:
Foi iniciado o inventário dos produtos perigosos, porém o sistema de
controle/gerenciamento ainda não foi implantado. Não há FISP’s disponíveis nas
áreas de armazenamento e manuseio. Os trabalhadores envolvidos não possuem
orientação/treinamento para utilização correta dos produtos, bem como
procedimentos de emergência em casos de vazamentos. (Figuras 24, 25 e 26)
47
Figura 24 Fonte: Arquivo particular
Figura 25 Fonte: Arquivo particular
48
Figura 26 Fonte: Arquivo particular
b. Identificação de Riscos do Produto – Diamante de Hommel
Análise:
Verificada existência de identificação de riscos de produtos perigosos
nas áreas que utilizam/armazenam os mesmos.
Resultado:
Somente existência de identificações nos rótulos das embalagens dos
produtos perigosos.
IMPACTO
• Intoxicação.
• Ambiental.
• Legal.
• Morte.
• Incêndio.
AÇÕES PROPOSTAS
• Implantar o sistema de controle/gerenciamento de produtos perigosos,
já iniciado.
• Dispor as FISP’s nos locais de manuseio e armazenamento dos
produtos perigosos.
49
• Treinar todos os envolvidos que manuseiam e manipulam produtos
perigosos.
• Implantar sistema de identificação de riscos do produto (diamante de
hommel).
5 Transporte e Distribuição
a. Gerenciamento de riscos
Análise:
Verificada existência de avaliações regulares dos riscos de distribuição
e transporte de materiais internos e externos que considerem os perigos dos
materiais, a possibilidade de acidentes e o potencial de exposição humana e
ambiental.
Verificada existência de investigação de acidentes ou incidentes
ocorridos no transporte e distribuição.
Verificado a qualificação dos transportadores que conduzem produtos
químicos.
Resultado
Foi iniciada a análise de identificação de perigos e riscos em toda a
unidade, porém o sistema de controle/gerenciamento ainda não foi implantado.
Não há investigação de acidentes ou incidentes ocorridos no transporte
e distribuição.
Foi verificada a qualificação de três transportadores, com o curso do
MOPP atualizado.
b. Manuseio e Estocagem
Análise:
Verificada existência de procedimentos escritos para o carregamento e
descarregamento de produtos na empresa.
Verificada existência de critérios definidos para limpeza e
descontaminação das embalagens reutilizáveis/ recicláveis.
Verificado treinamento dos trabalhadores envolvidos no manuseio,
estocagem e distribuição de produtos.
50
Resultado:
Foi verificada existência de procedimentos de orientação a serem entregues
a todos os motoristas que entram na unidade, mas foi constatado através de
entrevista que a orientação não é seguida.
Evidenciada existência de sala de tratamento de sementes, onde as
embalagens são devidamente descontaminadas para seu descarte final.
Evidenciado falta de padrão do empilhamento máximo.
Verificado que os operadores de empilhadeira são devidamente treinados.
Verificado que existem empilhadeiras que não estão com luz de ré funcionando e
sem alarme. (Figuras 27, 28, 29 e 30)
Figura 27 Fonte: Arquivo particular
51
Figura 28 Fonte: Arquivo particular
Figura 29 Fonte: Arquivo particular
52
Figura 30 Fonte: Arquivo particular
c. Preparação e Atendimento a Emergência
Análise:
Verificada existência de PL
ano de atendimento a acidentes ocorridos durante o transporte e distribuição
de produtos da empresa.
Resultado:
Não há procedimento documentado em relação ao plano de atendimento a
acidentes.
IMPACTO
• Intoxicação.
• Ambiental.
• Social.
• Legal.
• Morte.
• Incêndio.
53
AÇÕES PROPOSTAS
• Implantar o sistema de identificação de perigos e riscos já iniciado.
• Realizar investigação de acidentes ou incidentes ocorridos no
transporte e distribuição.
• Treinar e auditar os procedimentos de instruções aos motoristas.
• Executar revisões gerais das empilhadeiras existentes na unidade.
• Implantar um procedimento de plano de atendimento a acidentes
ocorridos durante o transporte e distribuição.
6 Segurança de Processos
a. Documentação
Análise:
Verificada existência de documentações atualizadas. Ex: diagramas
elétricos, “as builts”2
b. MHS – Perigo Maior de Processo
.
Resultado
Não existem documentações atualizadas.
Análise:
Verificado se estão identificados na Unidade os processos de maiores
riscos.
Verificada existência de procedimentos operacionais e se os mesmos estão
disponíveis.
Resultado:
Não há identificação dos processos de maiores riscos.
Há procedimentos operacionais somente na fábrica de rações, onde os
mesmos estão disponíveis.
c. Treinamento e Certificação
Análise:
Verificados se os envolvidos nas operações estão treinados em seus
procedimentos devidos.
2 “as builts” – (como construído – “tradução nossa”)
54
Resultado:
Somente foi identificado treinamento para os trabalhadores da fábrica de
ração.
d. Mudanças Operacionais e/ou de Instalação
Análise:
Verificada existência de avaliação prévia de segurança de projeto e posterior
avaliação de segurança de pré-partida antes da execução do projeto e ou da
mudança.
Verificada existência de análise de riscos para todos os cenários possíveis
das áreas.
Resultado:
Não há sistema de avaliação nem mesmo de análise de riscos nas áreas.
Foi constatada na Fábrica de Rações, partes de equipamentos sem
isolamento em áreas de acesso. (Figuras 31 e 32)
Figura 31 Fonte: Arquivo particular
55
Figura 32 Fonte: Arquivo particular
e. Condições de Instalação
Análise:
Verificada as condições de instalações adequadas dos equipamentos de
processo em relação aos riscos adicionais aos funcionários, contratados e visitantes
nas suas respectivas áreas de atuação.
Verificada a definição e a demarcação das áreas industriais e
administrativas, circulação de pessoas e de acesso as unidades fabris.
Resultado:
Foi constatada a falta de identificação de acesso restrito bem como a
demarcação de áreas de circulação e equipamentos.
Foi identificada a falta de delimitação de área da Unidade para evitar o
acesso de pessoas não autorizadas a adentrar na unidade fabril;
IMPACTO
• Acidentes.
• Perdas no processo.
• Segurança patrimonial.
56
AÇÕES PROPOSTAS
• Atualizar documentações do processo.
• Elaborar procedimentos operacionais das atividades críticas.
• Treinar e certificar todos os envolvidos na operação.
• Elaborar prévia avaliação de segurança antes da execução de qualquer
tipo de projeto de ampliação/reforma.
• Definir demarcações de equipamentos e áreas de circulação nas áreas
industriais e administrativas.
• Executar o isolamento do perímetro da área onde a unidade fabril esta
instalada.
• Elaborar um sistema de controle eficaz de entrada e saída de pessoas
e veículos dentro da unidade fabril.
7 Proteção Ambiental
a. Controle de Efluentes
Análise:
Verificada existência de licença ambiental de operação e se a mesma se
encontra atualizada.
Resultado
A Unidade possui licença atualizada.
b. Armazenamento de Produtos Perigosos
Análise:
Verificada existência de mecanismos para a contenção de possíveis
vazamentos de produtos químicos, combustíveis e inflamáveis.
Resultado:
Não foi constatada existência de projetos de dimensionamento das bacias
de contenções existentes.
Produtos químicos estocados diretamente no piso e no ar livre. (Figuras 33,
34, 35, 36 e 37).
57
Figura 33 Fonte: Arquivo particular
Figura 34 Fonte: Arquivo particular
58
Figura 35 Fonte: Arquivo particular
Figura 36 Fonte: Arquivo particular
59
Figura 37 Fonte: Arquivo particular
c. Gerenciamento e Redução de Resíduos
Análise:
Verificada existência de um inventário de resíduos da unidade.
Verificado se os resíduos gerados estão sendo devidamente classificados e
identificados.
Verificado se existem mecanismos internos que garantam, a saída da
unidade, dos resíduos gerados e o recebimento no respectivo destinatário,
confirmando a quantidade e descrição do resíduo recebido.
Resultado:
Existe um inventário dos resíduos gerados na Unidade e os mesmos são
devidamente classificados e identificados.
Constatado o controle de saída e chegada no destino.
Verificada existência de um plano de implantação do Programa Ambiental.
60
d. Controle de pragas
Análise:
Verificada existência de programa de controle de pragas.
Verificado a ausência de acúmulo de entulhos dentro da unidade fabril.
Resultado:
O controle de pragas é efetuado por empresa terceirizada, porém foram
observadas falhas na identificação das iscas e as mesmas encontravam-se muito
sujas.
Encontrado em diversos locais acúmulos de entulhos, propiciando a
proliferação de pragas. (Figuras 38, 39, 40, 41 e 42)
Figura 38 Fonte: Arquivo particular
61
Figura 39 Fonte: Arquivo particular
Figura 40 Fonte: Arquivo particular
62
Figura 41 Fonte: Arquivo particular
Figura 42 Fonte: Arquivo particular
63
IMPACTO
• Ambiental.
• Legal.
• Social.
• Acidentes.
• Incêndio.
AÇÕES PROPOSTAS
• Elaborar projetos de dimensionamento das bacias de contenção
existentes.
• Identificar os tanques de armazenamento.
• Colocar etiquetas para o registro da inspeção quinzenal em cada isca,
garantindo assim que todas as iscas da unidade sejam inspecionadas.
8 Diálogo com a Comunidade
a. Programas de Visitas a Unidade
Análise:
Verificada existência de procedimento para o controle de visitas contendo as
seguintes orientações: EPI’s necessários, identificação de visitante, e normas
mínimas de segurança.
Resultado
Não há nenhum procedimento formal para controle de visitas, somente na
fábrica de ração existe controle.
b. Integração de Terceiros
Análise:
Verificado se os empregados da empresa contratada iniciam suas atividades
somente após a comprovação da integração de segurança.
Verificado se as integrações são refeitas a cada seis meses.
Resultado:
As empresas contratadas não são submetidas a integração de segurança.
Foi constatada a falta de controle por parte da empresa contratante do uso
correto de EPI’s. (Figuras 43 e 44)
64
Figura 43 Fonte: Arquivo particular
Figura 44 Fonte: Arquivo particular
65
IMPACTO
• Legal.
• Ação trabalhista.
• Acidentes.
AÇÕES PROPOSTAS
• Implantar programa para controle de visitas.
• Implantar sistema de integração de terceiros.
66
3 CONCLUSÃO Na Análise realizada, pudemos constatar que são grandes as dificuldades
encontradas para a implantação da segurança do trabalho, uma vez que trata-se da
necessidade de investimentos, vícios comportamentais, exigências legais, onde
requerem uma força tarefa muito grande.
Porém, apesar destas dificuldades, acreditamos que se as ações propostas
forem executadas, poderá ocorrer um “upgrade” (atualizar, modernizar. “tradução
nossa”) na segurança do trabalho, nesta Unidade Fabril no Setor de Alimentos.
Identificamos que este tipo de situação, na sua grande maioria, é oriundo de
uma deficiência de projetos executados antes das leis e normas serem
estabelecidas, como também a falta de profissionais qualificados para exercerem
funções dentro do setor industrial.
Salientamos também, que apesar das leis já existirem há mais de 30 anos a
preocupação com o cumprimento das normas deixa muito a desejar nos mostrando
o pouco comprometimento dos empresários no ramo industrial com a implantação do
conceito de segurança do trabalho.
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REFERÊNCIAS Artigo disponível em <www.areaseg.com> Acesso em 30 jan 2009. Artigo disponível em <www.segurancanotrabalho.eng.br> Acesso em 30 jan 2009. Artigo disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_Regulamentadora> Acesso em 30 jan 2009. Artigo disponível em <www.nrcomentada.com.br> Acesso em 30 jan 2009. Artigo disponível em <www.segurancanotrabalho.eng.br> , Eng. Marcos A. Bohac Vedovello -Investir na Segurança: Despesa ou Receita) Acesso em 30 jan 2009. GODOY, A..S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. RAE, p.20-29, 1995. LUDKE, M.; ANDRÉ, A. D. E. M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1992. MINISTÉRIO DE TRABALHO. Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. Disponível em <http://mtb.gov.br/legi/nrs/ > Acesso em 30 jan 2009. NBR ISO 19011:2002. OHSAS 18001: 2007. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ,manuais de legislação atlas, São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008. Edição 62.
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