Avaliação Funcional e Processo Incapacitante Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à...

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Avaliação Funcional e Processo Incapacitante

Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”

Ministério da Saúde

A capacidade de tomar decisões e a de autogoverno podem ser comprometidas

por doenças físicas e mentais ou por restrições econômicas e educacionais.

A avaliação funcional, é uma etapa importante no processo de cuidado das

pessoas idosas e com comprometimento físico e / ou neurológico.

Trata-se de um processo sistematizado de avaliar

objetivamente os níveis no qual uma pessoa está funcionando

numa variedade de áreas utilizando diferentes habilidades.

Representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si mesma.

Caso não seja capaz, verificar se essa necessidade de ajuda é parcial, em maior ou menor grau, ou total.

A Capacidade Funcional é avaliada no desempenho das atividades cotidianas ou atividades de vida

diária.

Essas atividades são subdivididas em:

a) Atividades de Vida Diária (AVD) São as relacionadas ao autocuidado e que, no caso de limitação de desempenho, necessitam a presença de um cuidador para auxiliar.

Fonte:BRASIL, 2007

São elas:

Alimentar-se

Banhar-se

Vestir-se

Mobilizar-se

Deambular

Ir ao banheiro

Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas.

Fonte:BRASIL, 2007

b) Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD)

São aquelas relacionadas à participação do individuo em seu entorno social e indicam a capacidade do mesmo em levar uma vida independente dentro da comunidade.

Fonte:BRASIL, 2007

São elas:

Utilizar meios de transporteManipular medicamentosRealizar comprasRealizar tarefas domésticas leves e pesadasUtilizar o telefonePreparar refeiçõesCuidar das próprias finanças

Fonte:BRASIL, 2007

As avaliações funcionais dão ênfase às Atividades de Vida Diárias (AVD).

A primeira escala desenvolvida, e mais utilizada, é a Escala de Katz, que mede a habilidade da pessoa em desempenhar suas atividades cotidianas de forma independente, determinando as necessidades de intervenções de reabilitação.

Posteriormente, foi proposto por Lawton um outro instrumento para avaliar as

Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) (consideradas mais complexas e

cuja independência para desempenho está diretamente relacionada com a capacidade

de vida comunitária independente).

A capacidade em realizá-las torna as pessoas mais autoconfiantes para a

vida em comunidade.

Fonte:BRASIL, 2007

Outro instrumento de avaliação funcional que tem sido utilizado, é

denominado Medida de Independência Funcional (MIF) que

procura quantificar a ajuda necessária ao individuo, por isso,

tem se mostrado muito útil no planejamento assistencial.

Fonte:BRASIL, 2007

Diferença entre desempenho e capacidade funcional.

Desempenho avalia o que o idoso, ou individuo com comprometimento físico ou neurológico realmente faz no seu dia-a-dia.

A capacidade funcional avalia o potencial que a pessoa tem para realizar a atividade, ou seja, sua capacidade remanescente, que pode ou não ser utilizada.

Fonte:BRASIL, 2007

Por exemplo: quando o indivíduo mora em uma casa que possui escada e não a utiliza porque a família teme que ele caia. Logo, não desempenha a função de descer e subir escada por limitação da família, mas, possui capacidade funcional para executá-la.

Fonte:BRASIL, 2007

O processo incapacitante corresponde à evolução de uma condição crônica que

envolve fatores de risco – demográficos, sociais, psicológicos, ambientais, estilo

de vida, comportamentos e características biológicas dos indivíduos.

Fonte:BRASIL, 2007

Estruturação do processo incapacitante:

Fatores de risco Processo Incapacitante

Doença

DéficitLimitação Funcional

Incapacidade

Ambiente

Pessoa

Fatores intra e extra individuo

Fonte:BRASIL, 2007

Dentre as consequências do processo incapacitante destacam-se a

hospitalização e a institucionalização, que influenciam a qualidade de vida das pessoas idosas e/ou com dependência

funcional.

Três conceitos apresentam-se interligados e interdependentes quando se discute o processo

incapacitante. São eles: autonomia, independência e dependência.

Fonte:BRASIL, 2007

Autonomia

Pode ser definida como auto-governo e se expressa na liberdade para agir e para tomar decisões.

Independência

Significa ser capaz de realizar as atividades sem ajuda de outra pessoa.

Dependência

Significa não ser capaz de realizar as atividades cotidianas sem a ajuda de outra pessoa.

Fonte:BRASIL, 2007

Muitas pessoas mantêm sua autonomia (capacidade de decisão) embora sejam dependentes (incapacidade física para executar uma determinada ação).

Por exemplo: um idoso que após um AVE apresenta limitação em sua mobilidade e requer auxílio para tomar banho (dependência), mas pode ser perfeitamente capaz de decidir o horário do banho, a roupa que prefere vestir (autonomia), etc.

Fonte:BRASIL, 2007

A avaliação funcional determinará, necessariamente, o grau de dependência e os

tipos de cuidados que serão necessários, além de como e por quem os mesmos poderão ser mais

apropriadamente realizados.

Nos próximos slides, apresentamos alguns instrumentos que possibilitam a avaliação do grau

de independência:

Fonte:BRASIL, 2007

Continuação...

Para ter acesso à versão completa desses e de outros

instrumentos, acesse o material no acervo do curso do caso José

Clemente!

Referências Bibliográficas

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf

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