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Boletim Adunifesp-SSind #15, gestão 2013-2015, publicado em 05 de dezembro de 2014 Jornalista responsável: Rafael Freitas Projeto gráfico e diagramação: Rafael Freitas
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AAssssoocciiaaççããoo ddooss DDoocceenntteess ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee SSããoo PPaauulloo
AAdduunniiffeessppSSeeççããoo SSiinnddiiccaall ddoo BBoolleettiimm AAdduunniiffeesspp
BBoolleettiimm AAdduunniiffeesspp ##1155 0055 ddee ddeezzeemmbbrroo ddee 22001144 SSããoo PPaauullooSSPP
Em discussão: Carreira Docente, promoçãopara classe "D" (Professor Associado)
wwwwww..aadduunniiffeesspp..oorrgg..bbrr AAdduunniiffeesspp SSSSiinnddf
AdunifespSSind enquanto entidade voltada para
defesa constante de melhoria das condições de
trabalho da categoria docente realizou um
trabalho minucioso de compilação de informações
legais, investigação das regras construídas por outras
universidades e vem incentivando a proposição de debates
nos campi, e nas assembleias gerais por ela convocadas.
As condições aprovadas para promoção à classe “E”
(professor titular) pelo MEC, apesar de não plenamente
satisfatórias, estão mais próximas da estrutura de carreira
docente pela qual o movimento nacional dos professores
federais lutou na greve de 2012, com destaque para a
conquista obtida em relação à não restrição do número de
vagas, de tal forma que se abre agora a possibilidade de
que todos os colegas que reúnam os requisitos exigidos
possam chegar ao último nível da carreira. Salientese que
as normativas para a promoção à classe “E” devem
também servir de orientação para a promoção à classe “D”
(professor associado).
Dando continuidade à discussão desta Seção sobre
carreira docente – em que no Boletim Adunifesp #13
apresentamos os detalhes da promoção para classe “E” –
convidamos para um olhar mais atento às propostas de
normatização emanadas da gestão da Unifesp para
promoção à classe “D”.
Tratase, como já dito, de pensarmos etapas da carreira
docente que são distintas mas que, de nenhuma maneira
deveriam ser pensadas e discutidas de forma separada já
que têm pontos em comum no que diz respeito à minuta de
resolução preparada pela PróPessoas, visando
estabelecer diretrizes para sua regulação.
A11)) AA LLiivvrree DDooccêênncciiaa sseerráá ccoonnssiiddeerraaddaa ppaarraa
ppoonnttuuaaççããoo ddaa pprroommooççããoo,, mmaass iinncclluuííddaa nnaa pprroodduuççããoo
cciieennttííffiiccaa ee nnããoo ccoommoo uumm iitteemm àà ppaarrttee;;
22)) OOss ppeessooss ddaass ggrraannddeess áárreeaass ddee aattiivviiddaaddee sseerrããoo
ddiissttrriibbuuííddooss ddaa sseegguuiinnttee ffoorrmmaa:: EEnnssiinnoo ((2255 ppoonnttooss));;
PPeessqquuiissaa ((3355 ppoonnttooss));; EExxtteennssããoo ((2255 ppoonnttooss));; GGeessttããoo
((1155 ppoonnttooss)).. EE sseerrããoo iigguuaaiiss ppaarraa ttooddooss ooss ccaammppii;;
33)) OO ppeerrííooddoo ddee aavvaalliiaaççããoo ddaa vviiddaa aaccaaddêêmmiiccaa ddoo
ccaannddiiddaattoo tteerráá ccoommoo êênnffaassee aaqquueellee eemm qquuee eesstteevvee nnaa
ccllaassssee ddee PPrrooffeessssoorr AAssssoocciiaaddoo,, oo qquuee nnããoo iinnvvaalliiddaa aa
iimmppoorrttâânncciiaa ddaaddaa ppeelloo ccaannddiiddaattoo aa eevveennttooss qquuee
eesstteejjaamm ffoorraa ddeessttee ppeerrííooddoo;;
44)) AAss CCoonnggrreeggaaççõõeess ddaass UUnniiddaaddeess UUnniivveerrssiittáárriiaass
ppooddeerrããoo ddaarr ppoonnttuuaaççããoo ddiiffeerreennttee ppaarraa ooss iitteennss
ddeennttrroo ddee ccaaddaa ggrraannddee áárreeaa ddee aattiivviiddaaddeess;;
55)) NNããoo hhaavveerráá aauullaa ddee eerruuddiiççããoo;;**
**((MMaaiiss ddeettaallhheess nnaa nnoottaa ddaa AAdduunniiffeessppSSssiinndd ppuubblliiccaaddaa
eemm 2277 ddee nnoovveemmbbrroo,, ddiissppoonníívveell nnoo ssiittee ddaa eennttiiddaaddee))..
Relembramos que na reunião extraordinária do Conselho
Universitário, realizada no dia 18 de novembro, foram
aprovadas as normas para promoção à classe “E” e
apontamos, em destaque, seus principais aspectos:
Entendemos que tais balizamentos também devem orientar
a normativa sobre a promoção à classe D e não é isso que
se observa considerando a minuta proposta pela
PróPessoas (documento compilado no dossiê preparado
pela AdunifespSsind disponível em:
http://issuu.com/adunifesp/docs/dossi___
_plano_de_carreira_docente).
Historicamente, na Unifesp, a promoção para Professor
Associado era regulamentada pela Resolução nº40 de
2006, que já se encontra em processo de revisão
substituição, levandose em consideração as novas
diretrizes emanadas do MEC das instâncias anteriormente
citadas, assim como pelos desdobramentos do debate
interno à Unifesp promovido junto à pela categoria docente.
Além da referida esta Resolução, a Unifesp conta com a
Comissão Permanente do Pessoal Docente (CPPD) que
tem se encarregado de todo processo burocrático interno
para viabilizar tanto as promoções como as progressões (a
CPPD possui um regimento próprio disponível em sua
página
http://www.unifesp.br/reitoria/cppd/index.php/regimento).
No dia 15 de outubro de 2014 foi amplamente discutido, em
Assembleia Geral convocada pela AdunifespSSind, o tema
da carreira docente com destaque para promoção à classe
“D” e suas relações com a promoção para classe “E”.
Desta assembleia foi aprovado como encaminhamento
alguns pontos que devem estar presentes na proposta de
resolução interna à Unifesp que substituirá a Resolução
nº40 e passará a regulamentar a promoção para classe
“D”.
E é exatamente sobre os critérios de avaliação para tal
promoção que a nova resolução que será em breve votada
no Conselho Universitário versará. Tendo em vista a
importância dessa discussão e seguindo o
encaminhamento da referida assembleia geral, chamamos
a atenção para os seguintes pontos, considerando as
propostas de resolução existentes no Dossiê elaborado
pela AdunifespSSind:
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Primeiramente ficou evidente que a discussão sobre
carreira docente e as decisões votadas no CONSU
deveriam ser feitas de maneira conjunta e simultânea, e
não de forma separada, como foi encaminhada nos
campi e no CONSU, por isso é imprescindível que se
considere como referência as normas aprovadas na
reunião do Consu de 18/11/2014 para promoção classe
“E” visando a apreciação e votação das normas para
promoção à classe “D”.
E, em terceiro lugar é necessário considerar o
momento em que o docente reúne os prérequisitos
para promoção e apresenta a documentação à CPPD
como o início do prazo para nova posição na carreira,
devendo, assim, receber os meses entre o
protocolamento do pedido e sua aprovação em
retroativo.
Em segundo lugar que a Livre Docência não deve ser
uma condição ou exigência na promoção para classe
“D”, já que será considerada para classe “E” (evitando
maiores dificuldades para promoção e também uma
dupla contagem de pontos).
Assim é importante frisar que otrabalho e as discussões sobre acarreira docente na Unifesp não
acabaram e, é com a mesmamotivação e compromisso que
convidamos aos docentes,principalmente aqueles em vias
de promoção à classe “D” abuscarem informações einiciarem debates sobre a
próxima etapa a ser objeto deaprovação no Consu. Etapa esta
em que a AdunifespSSindbuscará ter, novamente, umimportante papel junto aos
docentes para continuarmosconquistando melhorias em
relação à carreira docente, poisA LUTA CONTINUA, colegas!
“Lei natural” do taylorismo universitárioou o produtivismo antropofágico
autodestrutivo
a esfera do processo de produção e reprodução de sentidos e de conhecimento na universidade, a expressãomais acabada da reificação é a transformação dos próprios envolvidos, docentes, técnicos e estudantes, emprodutos que se disseminam como apêndices da máquina burocrática da universidade expressos, inclusive, noscritérios de produtividade acadêmica definidos pelas agências avaliadoras, os quais foram formulados pelos
próprios pares encastelados em gabinetes assépticos e isolados da realidade cotidiana.
Todos são incorporados como parte burocratizada e automatizada do sistema de reprodução do qual passam a fazer parte eao qual devem se submeter, o que o fazem sem qualquer reação, como se fossem um rebanho a caminho do matadouro. Aspropriedades qualitativas humanas coletivas e individuais são cada vez mais eliminadas em benefício do aspecto puramentequantitativo do tempo de trabalho de estudo, abstrato e racionalmente calculável, minuciosamente parcelado, objetivado,destacado, alheio ao diálogo com o conjunto da coletividade acadêmica e da personalidade dos “trabalhadores doconhecimento” calcado em frágil consciência do papel social e na qualidade de sua contribuição intelectual.
Capturados pelos índices, pelos critérios de qualidade e de produtividade,pelos regimentos e regulamentos, pelas normas de processos e deprogressão, pelo status progressivo das categorias de pesquisa e decapacidade de captar verbas para a universidade, os docentes,acreditandose assim plenamente inseridos na atmosfera universitária, nãose dão conta do quanto comprometem a própria essência do trabalho dereflexão.
Na universidade contemporânea, o princípio da quantificação e dapossibilidade racional de calcular tudo deve englobar o conjunto das formasde manifestação da vida acadêmica. Essa estrutura determinada impedesistematicamente que sejamos capazes de conceber e resolver anecessidade de desenvolver uma condição qualitativamente diferente,orientada pelas balizas da rica criatividade e individualidade em benefíciogeral.
Efeitos perniciosos decorrentes: despolitização, desmobilização, individualismo como princípio e necessidade de realização,tecnicização exacerbada, profissionalização precoce, arrivismos de toda sorte, esvaziamento da importância dos conteúdosde pesquisa e descompromisso social dos pilares [ensino, pesquisa e extensão] da universidade.
Para retomar o texto em epígrafe e os termos de um velho adágio, o bom, neste caso, é inimigo do ótimo, pois ao nostomarmos por bom parâmetro do que há de melhor no trabalho universitário, condenamos qualquer possibilidade deconsideração dos severos limites impostos por esse destroçamento naturalizado como “preço a pagar” e propagamos, umavez mais, o que em verdade poderíamos ter pretendido combater.
N
EEddiittoorriiaall ddaa DDiirreettoorriiaa
““OO bboomm sseennssoo éé aa ccooiissaa mmaaiiss bbeemm rreeppaarrttiiddaa eennttrree ooss hhoommeennss,, ppooiiss ccaaddaa qquuaall ppeennssaaeessttaarr ttããoo bbeemm pprroovviiddoo ddeellee,, qquuee mmeessmmoo ooss qquuee ssããoo mmaaiiss ddiiffíícceeiiss ddee ccoonntteennttaarr eemm
qquuaallqquueerr oouuttrraa ccooiissaa nnããoo ccoossttuummaamm ddeesseejjaarr ttêê lloo mmaaiiss ddoo qquuee oo ttêêmm..””
[[RReennéé DDeessccaarrtteess,, DDiissccuurrssoo ddoo mmééttooddoo.. SSããoo PPaauulloo:: AAbbrriill CCuullttuurraall,, CCooll.. ““OOss PPeennssaaddoorreess””,,11997799,, pp.. 2299..]]
"Capturados pelos índices,pelos critérios de qualidade e deprodutividade, pelos regimentose regulamentos, pelas normasde processos e de progressão,
pelo status progressivo dascategorias de pesquisa e decapacidade de captar verbas
para a universidade, osdocentes, acreditandose assim
plenamente inseridos naatmosfera universitária, não se
dão conta do quantocomprometem a própriaessência do trabalho de
reflexão".
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s sindicatos são, historicamente, resultado danecessidade que os trabalhadores têm de se unir para sedefenderem contra a precarização dos salários e dascondições de trabalho a que são cada vez mais
submetidos no processo de desenvolvimento das forças produtivas.
Mas parece que o sindicato, sobretudo pelo caso dos governosditos “trabalhistas” ou “de esquerda”, tem sido tomado como umafase no desenvolvimento do empenho político de uma categoriatrabalhista. Depois viriam “naturalmente”, a militância em um partidopolítico, a eleição para um mandato público de representação e,finalmente, a participação em um governo. Em seguida, muitos setornariam consultores privilegiados, gestores seniores ouprofessores, com sorte, eméritos. Antes do sindicato, haveria todauma sorte de experiências em movimentos sociais, de associaçõescomunitárias, clubes, uniões estudantis, pastoraisreligiosas e, mais raramente, em movimentosartísticos e culturais.
Mas além de visto como uma fase, por outro lado,o sindicalismo é também um ponto de vistapolítico, menos passageiro, portanto. Originário de“cindir” (ou scindere), o sentido de ruptura secompleta com o de crítica e de julgamento (emscindicat) e constitui a orientação de um modo deavaliar e intervir no cenário políticotrabalhista, oque privilegia uma postura mais ativa, maisparticipativa e reivindicativa e, por isso, menosadaptada ou conformista como o exigem muitasvezes e de formas sutis ou flagrantes ascondições de trabalho e de exercício profissional. O sindicatodispõem, como sabemos, de um potencial, de uma força e de umaprática mais radicais.
O desgaste imposto pelas determinações históricas e culturais(astutamente semeadas e propagandeadas pelo sistemaeconômicomidiático) ao tipo de exigência que faz o sindicatocoage o trabalhador e, mais amplamente, a sociedade a julgaremcomo precipitados, injustificados ou meramente arruaceiros osapelos e as mediações estabelecidos pela fiscalização do sindicato,como, por exemplo, no caso da universidade pública, à gestão, aoMEC e ao Andifes.
CCuullttuurraa SSiinnddiiccaall
Sindicato, associação docente eparticipação política
““ÉÉ eemm ffaaccee ddaa ccoonnsscciiêênncciiaa pprrooffiissssiioonnaall,, ddaa ooppiinniiããoo ddooss ccoolleeggaass,, ddoosseennttiimmeennttoo ddee eessttaarr ttrraabbaallhhaannddoo nnoo rruummoo cceerrttoo qquuee uumm pprrooffeessssoorrccoonnsseegguuee ddaarr oo mmeellhhoorr ddee ssii ee ttoorrnnaarrssee aaggeennttee ccaappaazz nnoo pprroocceessssoo ddeehhuummaanniizzaaççããoo ddoo aalluunnoo ee ppoorrttaannttoo ddaa ssoocciieeddaaddee..””
[[AAnnttoonniioo CCaannddiiddoo,, ““PPrrooffeessssoorr,, eessccoollaa ee aassssoocciiaaççõõeess ddoocceenntteess””,,RReevviissttaa PPrrooppoossiiççõõeess,, vv.. 1144,, nn.. 22,, mmaaiioo//aaggoossttoo ddee 22000033]]
Ao pretender, portanto, “não se deixar levar por um grupo desupostos radicais”, o docente se deixa aprisionar,imperceptivelmente, por uma lógica nefasta que além de enganáloquanto à autonomia de suas próprias decisões, o faz crer quesozinho, “no mundo contemporâneo”, poderá mais e melhor do quecoletivamente contra a precarização progressiva das condições detrabalho.
Como nos lembra o professor Antonio Candido, quando na direçãoda Adusp, “antes o professor estava interessado em formar outraspessoas, agora está mais interessado em formar a própria carreira”,o próprio currículo, diríamos. E complementa: “Ora, se o professorse demora resolvendo o problemas de um aluno, ou "perde tempo"melhorando a qualidade das suas aulas, isto não aparece na sua féde ofício. Mas pesarão três artigos ou duas palestras.” O ato
docente sempre pressupõe um modo de serelacionar com conhecimento, e por seu trabalhoresultar em formação de novos cidadãos,pressupõem uma concepção de ordem social.
Diante dessa arrevesada aritmética, quase nadase pode fazer se não houver esclarecimento,informação, debate e consolidação de umdiagnóstico de classe, isto é, recompor osmeandros políticos, jurídicos e institucionais queresultam em configurações naturalizadas degestão da coisa pública e de compreensão dolugar social do docente, da universidade e daEducação.
Pela complexidade, extensão e profundidade dos temas envolvidos,esse desafio só pode ser enfrentado coletivamente e a associaçãodocente é, no caso dos professores, a via institucional legítima dapossibilidade de constituição democrática de soluções duradouras,do exercício do espírito de colaboração, do cultivo do respeitofundamental de uns pelos outros e do senso para as necessidadessociais, pois, sabemos há tempos, que resoluções unilaterais depretensos déspotas esclarecidos nunca dão nem darão bonsresultados.
"Origináriode“cindir” (ouscindere), o sentidoderupturase completa comodecrítica ede julgamento (emscindicat) econstitui aorientaçãodeummododeavaliare intervirnocenáriopolíticotrabalhista, oqueprivilegiaumapostura
mais ativa, mais participativa ereivindicativa e, por isso, menos
adaptadaouconformista"
O
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Abusos morais, violênciasexual e a omissão da USP
odos os anos nas universidades brasileiras umasérie de casos de violência física e moral entre osmembros da comunidade universitária são
denunciados. Essa trágica rotina, que se repeteanualmente em trotes e jogos universitários, mastambém diariamente nas relações entreprofessores técnicos e estudantes,hierarquicamente determinadas e perversamentedistorcidas acabam perpetuando os casos deabusos. Nos últimos meses as denúncias na USPvoltaram ao foco por conta do violento troteaplicado aos calouros da Faculdade de Medicina,com vítimas de estupro e assédio físico e moral.Foram denúncias de preconceito, racismo,sexismo, machismo, homofobia e abusos morais por toda auniversidade, e neste caso, em eventos com a presençaexclusiva de membros dacomunidade universitária.Infelizmente, sem muitosdesdobramentos para suasuperação, medidaspunitivas costumam ser aresposta imediata dasinstituições universitárias.Já estamos familiarizadoscom o roteiro: intensacobertura dos grandescanais de mídia, pedidosde aumento da“segurança”, que setraduz, por exemplo,no caso da USP, napresença violenta edesmedida da políciamilitar no campus etudo parece cair noesqueciment o até opróximo escândaloser divulgado.
A AdunifespSSind se posiciona contra qualquer tipo deviolência física ou moral, assim como contra essavergonhosa ação das autoridades universitárias da USP que,
ao seesquivaremdaresponsabilidade de apurardos fatos eacolher asvítimas,tornamsecúmplices daação. Não
podemos ignorar essa situação. É necessário refletir,responsabilizarse e agir coletivamente contra esses abusos.
Que tais denúncias sirvam de indicadorpara ampliarmos a atenção e crítica aoscasos de violação da humanidade nasrelações sociais, já que obviamente essetipo de violência não é restrita à USP. Oscondicionantes e elementos para seuindesejável acontecimento estão presentesem toda nossa organização social, incluindoa universitária. Ou vamos ignorar que taisfatos também podem ocorrer nauniversidade em que trabalhamos,estudamos e construímos conjuntamente?
TEstudante de Ciências Sociais, LetíciaPinto referiuse à manifestação havidanesta terçafeira na porta da FMUSP,
promovida pela Frente Feminista da USP.Elogiou a coragem das denunciantes de
violência sexual e reclamou que a USP nãodá qualquer amparo às vítimas, tanto
mulheres quanto LGBT.
Representante do DCE da USP, GabrielRegensteiner informou que desde que
começaram a ser divulgadas as deviolações dos direitos humanos, a
entidade começou a receber diversasdenúncias de sexismo, racismo
institucional e contra a população LGBT.Disse que há tendência de se ocultar osproblemas, e que só proibir festas não
adianta, pois é preciso mudar a estruturade poder autoritária existente.
Felipe Pessoa, aluno de pósgraduação,disse que as violações aos direitos humanos
são uma cultura corrente em todas asfaculdades. Na pósgraduação continuam,ainda mais porque há relação de poder e
proximidade entre orientador e orientado, oque possibilita assédio moral e sexual.
Fonte: trechos dos relatos reproduzidos de matéria da Assembleia Legislativa do Estado, redação Monica Ferreiro
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CARTA DENÚNCIA
Ex.mo Srs. Membros do Conselho Universitário (CO) da Universidade de São Paulo.É com imensa preocupação que observamos nos últimos dias o nome de nossa universidade estampado nos jornais de maiores
alcances regional e nacional de nosso país. As notícias não são boas, associam o nome da Faculdade de Medicina da USP ao descaso e àcompleta falta de apoio frente a denúncias de preconceito, racismo, homofobia, abusos morais e violência sexual, resultando muitasvezes na perseguição das vítimas.
Isto ocorre frente à lentidão e ausência de posicionamento institucional no trato dos casos denunciados nas instâncias internas dafaculdade, culminando no afastamento do Prof. Dr. Paulo Saldiva da Universidade de São Paulo, obrigando portanto, as vítimas abuscarem justiça em instâncias externas à Universidade. Há aproximadamente dois meses o Ministério Público Estadual (MPE) solicitouà Faculdade de Medicina da USP informações sobre casos de trotes violentos e violação de direitos humanos em festas. Somente sob osholofotes e atenção da grande mídia, o diretor da FMUSP se pronunciou, afirmando que até a próxima semana seriam tomadas todasmedidas necessárias para evitar a repetição de tais violações, bem como, enviados os documentos que relatam os incidentes questionadospelo MPE. Se não fosse o suficiente, no dia 14/11/14 (sexta feira) foi publicado pela Rede Brasil Atual a denúncia de que o mesmodiretor da FMUSP, pressionou os Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo para nãorealizarem a audiência pública das denúncias de abusos, tentando exaustivamente por telefone, realizar uma manobra para inviabilizálapor falta de quórum.
A Universidade de São Paulo têm colecionado e protagonizado, ao longo de pelo menos os últimos 5 anos, denúncias de múltiplasformas de violência e desrespeito, afetando especialmente as categorias menos prestigiadas da universidade, como alunos de graduação,pós graduação e funcionários. Denúncias relatando violência moral, como por exemplo, o constante e velado assédio moral por parte deprofessores aos seus alunos graduandos e pós graduandos, sobretudo ao gênero feminino e à comunidade LGBT, como também aviolência sexual, moral e de cunho preconceituoso, praticada entre alunos em festas e trotes universitários, têm sido parte da rotina destauniversidade. Aqui colocamos uma reflexão: se os próprios diretores, professores, alunos e sociedade civil concordam que qualquer tipode violência não pode ser naturalizada e deve ser punida, então essa rotina de violência mais velada ou mais extrema, porém causadorasde danos humanos profundos, deveria ser investigada, punida e prevenida. Contudo, o discurso por parte dos gestores da USP observadona mídia está diametralmente distante da prática que encontramos em nosso cotidiano, como demonstrou a recente tentativa deesvaziamento da audiência da ALESP. Este fato configura uma absoluta negligência de quem deveria, por obrigação, dar o melhorexemplo, seja investigando e punindo com o rigor da lei os responsáveis pelos abusos, seja pela criação de instrumentos, orgãos epolíticas educacionais que evitem a ocorrência de novos casos. Esta negligência demonstra também, os valores ultrapassados, machistas,sexistas, despotistas e antidemocráticos praticados e afirmados nesta instituição e portanto, torna seus gestores coresponsáveis e coautores de todos os casos e práticas violentas em vigor na universidade.
O mais grave e mais estarrecedor é que, em sendo a USP uma universidade pública, sustentada pelos impostos de toda a populaçãopaulista, dos mais pobres aos mais ricos, ela têm por obrigação moral servir à sociedade e estar sempre na posição vanguarda em tudo,não apenas em sua produção acadêmica ou nos títulos de seus professores que embelezam as paredes da instituição. Essa rotina violentaquase enraizada, institucionalizada pela negligência de seus gestores, se tornou uma importante força motriz do declínio da qualidade doensino e de formação humanística oferecida ao corpo discente como também, do conhecimento que ultrapassa os muros da instituição echega para a sociedade. A negligência e porque não, a negação de todas as formas de violência moral e sexual existentes na USP éoutrossim, uma faceta pouco palatável à opinião pública, de um projeto violento e segregador que vem sendo construído pelos gestores egoverno do estado de São Paulo, que a cada dia torna a universidade menos pública. Isto ocorre na medida em que se dificulta o acessodo público em geral aos acervos nas bibliotecas e de todos os espaços que poderiam ser utilizadas coletivamente, mas não o são emfunção das catracas, camêras de vigilância e PM dentro de campus que supostamente protegeriam o patrimônio estrutural e aintegridade física das pessoas que utilizam tais espaços, o que também não procede, considerando os dados divulgados na mídia, quemostram o crescente aumento de roubos e outras formas de violência desde a instauração da PM dentro do campus. Muitas das vezes emque vítimas denunciam os erros ocorridos no interior desta instituição, imediatamente são colocadas na posição de agentes que visamdepreciar a imagem da universidade, têm suas denúncias dissolvidas sob a alegação de exagero ou pouco discernimento político,passando portanto por um processo de silenciamento e responsabilização por todos os malfeitos. Desta forma, aqueles que violentam oupermitem a violência na instituição, sentemse protegidos e tudo continua como sempre, em prol de uma moral e um nome a ser zeladodiante da opinião pública. Portanto, os diretores, a reitoria, o governo do estado de São Paulo e todos os que têm vetado as investigaçõesé que são o cerne da violência observada nesta universidade e isto precisa ser revisto, investigado, modificado e retirado. Que se retire ocerne do mal pela raiz.
Neste contexto, viemos por meio desta carta, a denunciar a violência e negligência alertando que todas estas situações são deintegral responsabilidade da instituição e que, se queremos zelar pelo nome, pela qualidade e pela credibilidade dela, investigar e punircom rigor e transparência, doa a quem doer, sendo exemplo no combate e prevenção do racismo, sexismo, machismo e homofobia é aatitude que se espera dos gestores daquela que foi por muito tempo, uma das mais importantes, conceituadas e arrojadas universidades dopaís.
Respeitosamente,Associação dos Pós Graduandos Helenira “Preta” Rezende (APG USP Capital)
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yotzinapa devidamente inquieta, cidadãos mexicanos nas ruas, mais de 250 atos de protesto espalhados pelomundo contra a tragédia mexicana, centenas de manifestantes presos por expressar sua indignação e cobrara transparência e responsabilização do caso, documentos encaminhados as embaixadas mexicanas, inclusive
no Brasil, expressam o repúdio à violência e solidariedade às famílias.
Admirável manifestações, mas ainda nos resta umsentimento profundo de tristeza, alimentada pela impotênciafrente a falência de nosso modelo social, em que asegurança é mercadoria no balcão da cidadania comoconsumo e definitivamente a violência e os abusos deautoridade são permanentes. Como se não bastasse emnosso contexto nacional as supostas autoridadespacificadoras desaparecerem com o pedreiro Amarildo, semexplicação, sem responsabilização, sem vergonha nenhuma.Ainda num contexto mais local o segurança Ricardo,assassinado com oito tiros, sem explicação, semresponsabilização, sem vergonha nenhuma. Temos queengolir a seco, primeiro a morte de 6 estudantes e a notíciado desaparecimento de 43 num mesmo dia de manifestação política. E no mês seguinte a confirmação do assassinatodesses 43, com envolvimento da polícia, dos representantes da sociedade civil no governo e do crime organizado. Comomanter a postura para refletir? Onde encontrar forças para acreditar na mudança social, na justiça e fim da violência edesigualdade?
Jamais esqueceremos da tragédiamexicana, vivos foram levados, vivos nós
os queremos!
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Fonte: Agencia Autonoma de Comunicação Subversiones, ANDESSN, Carta Capital.
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Fundação de Previdência Complementar do ServidorPúblico Federal, que administra o FunprespExe fundo deprevidência complementar privado criado pelo governo
para os servidores públicos federais, mudou suas táticas para tentarreverter a pequena adesão entre docentes de Instituições Federais deEnsino (IFE). Depois de enviar cartilhas às casas dos docentes, oFunpresp agora começa a bombardear os professores com ligações,emails e visitas aos departamentos das IFE.
Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a SeçãoSindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm – Seção Sindical doANDESSN) tem recebido reclamações de que funcionários doFunpresp tem ligado para a casa dos professorescom o objetivo de agendar reuniões nas quais sediscutiria a adesão ao Fundo. “Eles têm todos osdados pessoais e de remuneração dessesdocentes, o que chama muito a atenção. Algunsprofessores chegaram a achar que poderia ser umgolpe, mas quando foram perguntar à PróReitoriade Recursos Humanos (PRRH), foram informadosde que é o Funpresp mesmo que está fazendoessas ligações”, conta Adriano Figueiró, presidenteda Sedufsm.Cláudia March, secretária geral e encarregada deassuntos da aposentadoria do ANDESSN, afirmaque é problemática a relação entre asuniversidades e o fundo, pois as instituições estãocedendo dados pessoais dos docentes aoFunpresp. Cláudia ressalta a necessidade de retomar a campanhacontrária à adesão para aqueles professores que não aderiram,explicitando os riscos inerentes ao mercado financeiro. "Seguimoslutando também pela reversão da Reforma da Previdência, e paraexplicitar nossas divergências em relação a esse tema para o conjuntoda categoria", concluiu a docente.
Em busca de ampliaradesão, Funpresp assedia
professores
greve das três universidades estaduais cearenses já se aproxima de três meses deduração, e segue sem perspectiva de negociação com o governo estadual. Os docentesda Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca) e
Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA) estão paralisados para cobrar do governador ocumprimento do acordo que encerrou a greve anterior da categoria, em janeiro de 2014.
O acordo descumprido previa, entre outros pontos, a realização de concursos públicos para577 docentes. “Em setembro desse ano, o governador Cid Gomes sinalizou novamente para apossibilidade de cumprimento do acordo, mas terminado o segundo turno das eleições não tocoumais no assunto, nem recebeu mais os grevistas”, afirma Epitácio Macário, 2º vicepresidente do ANDESSN e um dos coordenadores do Setor dasInstituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes).
Os docentes grevistas elaboraram um documento intitulado “Por uma política de estado para as universidades estaduais do Ceará”, que foi entregueà equipe do governador. Epitácio Macário ressalta que a greve continua nas universidades e que em janeiro, quando o novo governador assume, osdocentes ampliarão a mobilização de rua para serem recebidos e atendidos pelo governo do estado.
Greve das universidades estaduais doCeará continua forte
4ª turma do Tribunal Regional Federal (TRF) emitiu parecerfavorável à Associação dos Professores da Universidade Federaldo Paraná (Apufpr Seção Sindical do ANDESSN) e aos docentes
representados pela entidade, ao reconhecer a prática de assédio moralinstitucional coletivo na Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Essadecisão respalda a nossa luta, demonstrando que o assédio moral éinaceitável e que precisa ser combatido. Com isso, a categoria também ficaprotegida de outras incidências dessa questão”, defende o presidente daApufpr, João Negrão.
Em 2007, a Apufpr entrou com o processo denunciando a prática deassédio moral coletivo na UFPR, em especial cometido peladireção do Setor Litoral. O problema denunciado pelosindicato teve origem na ausência de normatização doentão campus Litoral como determina o estatuto daUniversidade , e a falta de um projeto político pedagógico eda avaliação dos docentes em estágio probatório. Todasessas irregularidades deixaram vulnerável toda a categoriadocente da unidade e resultaram no desequilíbrio dasrelações, impulsionando a prática de assédio moral.
De acordo com a assessoria jurídica da Apufpr essa éuma decisão inédita em relação a uma categoria do serviçopúblico. “O ineditismo dessa decisão é um resgate à ideiade que as relações no Estado são de poder, que fragilizamas pessoas de forma incisiva ao ponto das pessoasadoecerem. Nesse sentido, a decisão judicial tenta resgataro equilíbrio nas relações entre pessoas no serviço público,
pois ele não tem espaçopara subjetividades”,destaca o assessorjurídico do sindicato,João Luiz Arzeno.
Justiça reconhece assédiomoral institucional
coletivo na UFPRA A
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m meio à pressão imposta para que as universidades firmemcontratos de adesão com a Empresa Brasileira de ServiçosHospitalares (Ebserh), a comunidade acadêmica destasinstituições, juntamente com outras entidades, intensificam
as mobilizações na defesa da saúde e da educação. Os atos têm comoobjetivos revelar a realidade por trás das promessas de melhoria edenunciar os problemas em hospitais que passaram a ser geridos pelaEmpresa.
Na capital sergipana, a Frente Estadual contra a Privatização daSaúde promove, nesta quartafeira (22), uma coletiva de imprensa emfrente ao Hospital Universitário, por entender que a implantação daEbserh significa a perda do caráter público do HU, assim como acaracterística nata de instituição de ensino vinculada à UniversidadeFederal de Sergipe (UFS).
Na manhã última sextafeira (17), servidores do Hospital deClínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), emUberaba (MG), realizaram o ato “Chá com Mentiras” em frente aoambulatório Maria da Glória,pedindo a anulação docontrato com a EmpresaBrasileira de ServiçosHospitalares (Ebserh). Noperíodo da tarde, houve aindamanifestação em frente aoHospital das Clínicas, quecontou com a participação dedocentes e estudantes daUFTM, além dos técnicos.
Em entrevista aoJornal da Manhã, acoordenadora do SinteMedafirmou que, com acontratação da Ebserh, os problemas pioraram, o número defuncionários tem caído, a burocracia é cada vez maior e os pacientestêm sido prejudicados. “Queremos o cancelamento do contrato comesta Empresa, e ainda que o governo federal realize concursos paracontratação de novos profissionais, investindo no hospital sem ter depassar por uma empresa terceirizada. Nesta sexta (17) fez um ano daassinatura deste contrato que, durante as férias, o reitor assinou sempassar pelo aval do Conselho Universitário. Sobrepondo duasaudiências públicas e um plebiscito que foi contra a privatização dohospital”, explica.
Ainda de acordo com os servidores, as promessas de melhoriascom a Empresa não foram cumpridas. “Todos que hoje trabalham noHC estão fazendo hora extra, muitos pediram conta devido àdesmotivação, a sobrecarga está alta, é muito paciente para poucostrabalhadores”, explica a coordenadorageral do SinteMed àreportagem.
Comunidade acadêmicasegue mobilizada contra
a Ebserh
m consideração feita pelo procurador da república Júlio
Oliveira ao Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério
Público Federal (MPF) avalia que, ao tentar impor às
universidades federais a implantação da Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (Ebserh) como gestora dos Hospitais
Universitários (HUs), o governo está agindo de forma inconstitucional,
ilegítima e imoral. A consideração foi feita em dezembro de 2012, ao
encaminhar um processo junto ao TCU solicitando a prorrogação do
prazo especificado pelo acórdão do Tribunal, publicado ainda em 2006,
que mandava substituir os
terceirizados que atuam de forma
irregular em órgãos federais, entre
eles, nos HUs. A solicitação do
MPF acabou sendo atendida pelo
TCU, através do ministro relator,
José Múcio Monteiro, com o prazo
de vigênci do acórdão, que
encerraria em 31 de dezembro de
2012, se estendendo até 31 de
dezembro de 2013.
No texto encaminhado ao
TCU, o procurador citou o
desenrolar da problemática dos terceirizados ao longo dos últimos
anos. Conforme o MPF, o Executivo federal deixou de tomar as
medidas necessárias ao longo de mais de uma década para suprir os
órgãos públicos do número suficientes de servidores. Não bastasse
isso, permitiu que fosse buscada a alternativa dos terceirizados, o que
afetou, em especial, os Hospitais Universitários, com um contingente
de 27 mil no total.
Após a constatação das situações irregulares, em 2006 o TCU
publicou a decisão ordenando que o Executivo substituísse os
terceirizados até 31/12/2010. Ao longo de quatro anos, destaca o
relator, o governo federal buscou solução para os terceirizados em
órgãos como Ibama, Funai, Polícias Federal e Rodoviária Federal, mas
simplesmente ignorou a questão dos HUs. Na última hora, encerrando
seu mandato, o presidente Lula assina, em 31 de dezembro de 2010, a
Medida Provisória (MP) 520 como tentativa de solucionar a questão
específica dos hospitais, criando a Ebserh.
MP ao TCU: imposição daEbserh é ilegítima e
imoral
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