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estoques
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TEMA: ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUE
PARA A REDUÇÃO DE PREJUIZOS NAS EMPRESAS COMERCIAIS DE
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
INTRODUÇÃO
Os olhos dos administradores nunca estiveram voltados para os estoques quanto nos
dias de hoje. Antigamente, quanto maior fosse o estoque, maior seria o poder aquisitivo. No
mundo competitivo, a administração de estoque ou administração dos produtos estocados, é
indispensável ao sucesso das empresas, por minimizar o dispêndio financeiro desnecessário,
efetuando apenas a aquisição dos produtos em quantidade necessária à cadeia de
abastecimento ao utilizar o JIT (Just – In – Time), sistema de administração de estoque que
visa ter o produto certo, na quantidade certa e no momento certo. (Grifo nosso).
Devido ao costume de manter grandes estoques, nos dias atuais observam-se
prejuízos em várias empresas, resultado de produtos com prazos de validade vencidos no
estoque e nas prateleiras. Isto retira da empresa a credibilidade, causando a evasão da clientela
e conseqüentemente a redução da lucratividade, que são causados pela má administração de
estoque. Este problema foi diagnosticado em várias empresas comerciais no município de
Exu, Pernambuco.
Este trabalho como objetivo de modo geral, mostrar que é possível reduzir estes
prejuízos, custos e despesas através da adequada administração de estoque e conscientizar os
comerciantes exuenses quanto à importância de criar uma meta de excelência na
administração do estoque, a fim de maximizar seu lucro.
Em especial, torná-los cientes da importância de avaliação dos próprios estoques,
partindo do ponto de vista crítico, identificando e corrigindo os problemas na administração
do estoque – administração de materiais, evitando despesas desnecessárias; Disseminar o
conhecimento necessário ao tratamento das mercadorias desde a aquisição, o modo
estratégico de exposição nas prateleiras, até o transporte da mercadoria à casa do consumidor
final, atendendo satisfatoriamente as necessidades da cadeia de abastecimento.
Este artigo visa apresentar uma sugestão aos estabelecimentos comercias da cidade
de Exu Pernambuco no que diz respeito à administração do estoque. Neste sentido, pretende-
se demonstrar que é fundamental a aplicação de um sistema de controle de estoque adequado
a atividade comercial, visto que os investimentos nesse tipo de ativo objetivam,
principalmente, a rentabilidade e a diminuição dos custos.
Inicialmente, faz-se uma abordagem sobre a o gerenciamento dos investimentos em
estoque. Em seguida, será enfocado um referencial teórico sobre a administração,
classificação e sistemas de controles de estoques, aplicáveis nos estabelecimentos comerciais,
além disso, para tornar a gestão de estoque eficaz é vital que o gestor obtenha informações
abrangentes e de qualidade relativas a todas as áreas envolvidas.
Após a revisão bibliográfica, será exposto um breve panorama sobre a rentabilidade de
mercado, considerando-se as características pecuniárias da atividade exercida pelos
comerciantes, será divulgada uma aplicação de um sistema de controle estoque de fácil
adaptação e capaz de produzir informações suficientes à tomada de decisão nesse ramo de
negócio.
CADEIA DE ABASTECIMENTO
É impossível falar em administração de estoque sem conhecer a cadeia de
abastecimento. Esta cadeia exige uma adequada administração de estoque para que suas
necessidades sejam supridas satisfatoriamente, ou seja, é o fato gerador da administração de
estoque.
Esta cadeia não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras,
depósitos, varejistas e os próprios clientes, tendo como objetivo maximizar o valor global, que
é a diferença entre o valor adicionado ao produto final vendido para o consumidor final e o
esforço realizado pela cadeia de abastecimentos para atender ao pedido dos clientes.
Para que a movimentação da cadeia gere lucros, é necessário que haja um alinhamento
estratégico, isso implica dizer que ambas as estratégias tanto competitiva quanto de cadeia
tenham os mesmos objetivos, ou seja, deve haver compatibilidade entre as prioridades do
cliente, satisfeitas pela estratégia competitiva, e as habilidades da cadeia de abastecimento.
A cadeia de abastecimento é composta por quatro grupos, sendo o primeiro grupo:
fornecedores - responsáveis pela comercialização da matéria prima, através da venda às
empresas. Segundo grupo: manufatureiras (indústrias) - transformam a matéria prima em
produtos acabados. Após este processo, são adquiridas pelo terceiro grupo: distribuidores
(empresas comerciais) - que recebem, acondicionam e repassam ao quarto grande grupo:
Consumidores finais. (ANEXO I)
Todo empresário deve saber o que, quando, quanto, como e para quem produzir, a fim
de manter um estoque que atenda demanda da cadeia e não entre em escassez de oferta de
produtos. Uma vez, não atendendo a demanda, a credibilidade da entidade poderá ser
comprometida no mercado. Para que a empresa obtenha resultados positivos é indispensável
que ela adote um sistema de administração de estoque e planejamento logístico adequado.
Para obter resultados positivos devem ser observados os fatores-chave do desempenho
da cadeia de abastecimento. Tais fatores encontram-se divididos em quatro: estoque,
transporte, instalações e informação. São estes fatores que determinarão se o alinhamento
estratégico será ou não alcançado.
» Estoque: modificações na política de estoque podem alterar drasticamente a eficiência e da
cadeia. Um grande estoque, no entanto aumentará os custos do comerciante, tornando-o
menos eficiente. É importante que este estoque seja reduzido ao máximo para evitar que os
produtos ultrapassem seus prazos de validade. Pois o trabalho direto ou indireto com clientes
requer a existência de estoques. Conforme Ballou (2001), “As razões para se manter estoques
relacionam-se com o serviço ao cliente ou com as economias de custos derivadas
indiretamente dele”.
» Transporte: é o movimento da mercadoria estocada de um ponto para outro dentro da cadeia
de abastecimento, o momento mais crítico para os produtos, por ser no transporte que muitos
produtos são extraviados ou expostos a temperaturas irregulares ocasionando a degradação do
produto alimentício. Para o bom desempenho dos serviços de transporte, são feitas
combinações entre rotas e meios de transporte, observando cada um a característica particular
de desempenho.
» Instalações: são os locais dentro da cadeia de abastecimento, onde o estoque é armazenado,
montado ou fabricado. Os principais locais são os de produção e armazenamento. As decisões
a respeito da localização, capacidade e flexibilidade influenciam significativamente no
desempenho da cadeia de abastecimento. Caso houvesse instalações para depósitos próximas
aos clientes, esta atitude reduziria a eficiência. Por outro lado, um distribuidor eficiente
reduziria a quantidade de depósitos.
» Informações: este é o fator-chave potencial, feito concluem-se através da coleta de dados e
análises a respeito do estoque, transporte, instalações e clientes que fazem parte da cadeia de
abastecimento, providenciando as informações sobre os padrões de demanda dos clientes,
tornando a empresa capaz de armazenar em antecipação à demanda do cliente. Assim,
poderão encontrar o produto que necessitam no momento em que a necessidade ocorre.
As informações contribuem para a eficiência e eficácia da cadeia, o fornecimento de
oportunidades aos gerentes de escolherem os tipos de transporte que lhe cause menos custos,
sem deixar de atender às exigências necessárias aos serviços e à pontualidade de entregas.
Entretanto, para que a movimentação dos produtos dentro da cadeia de abastecimento
o corra gerando o menor custo possível é necessário o conhecimento sobre logística.
LOGÍSTICA
A logística resulta da junção de quatro atividades básicas que são: aquisição,
movimentação, armazenagem e entrega. É a palavra-chave para tornar satisfatório o
abastecimento da cadeia sem causar prejuízos ao comerciante.
O dicionário Eletrônico Houaiss como: substantivo feminino. ¹Rubrica: termo
militar.organização teórica da disposição, do transporte e do abastecimento de tropas em
operação militar. ²Derivação: por extensão de sentido. Administração e organização dos
pormenores de qualquer operação.
DEFINIÇÃO DE ESTOQUE
Local de armazenamento dos produtos da empresa. Também, uma modalidade de
aplicação, localizada no Ativo Circulante onde, encontram-se as matérias-primas e
embalagens, produtos inacabados, produtos acabados – no caso das indústrias e mercadorias
para revenda – em empresas comerciais. Para cada modalidade de empresa, existe um estoque
específico. Dentre estes, encontra-se um que é utilizado pela maioria das empresas e,
conforme classificada sua relevância, pode até não ser contabilizado.
TTIPOS DE ESTOQUE
1 – Almoxarifado, espécie de estoque para material de expediente, adotado por muitas
empresas como forma de unificar as despesas de consumo administrativo. Com este
armazenamento, uma vez que nele encontram-se diversos materiais, mas, em quantidades
reduzidas, que somada não surtirão efeito significativo no resultado do exercício.
2 – Estoque de matéria-prima: utilizado pelas empresas manufatureiras (indústria) –
onde ficam armazenados os produtos que ainda não foram aplicados no processo de
transformação.
3 – Estoque de produtos em elaboração: neste encontram-se os produtos ainda
inacabados, ou seja, ainda em fase de elaboração;
4 – Estoque de produtos acabados: onde estão localizados os produtos acabados, mas
que ainda não foram vendidos às empresas comerciais para que possam chegar ao seu destino:
consumidor final.
5 – Estoque de mercadorias para revenda: utilizado pelas (empresas comerciais), para
armazenarem as mercadorias destinadas à venda para o consumidor final.
6 – Estoque de lotes econômicos: geralmente utilizados pelas empresas comerciais
para armazenarem produtos que comprados em grandes lotes geram descontos consideráveis
para o comerciante. Este tipo de estoque é empregado nas empresas que participam de
cooperativas, estas cooperativas selecionam um grupo de fornecedores e adquirem os lotes de
produtos por menor custo e repassam aos comerciantes.
SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUE
Os sistemas de controle de estoque são ferramentas indispensáveis ao sucesso da
administração de estoque. Dentre estas ferramentas as mais aplicadas são: KANBAN, Just-In-
Time (JIT) e Learn e os 4P’s. Temos também as filosofias estabelecidas em algumas empresas
que se tornam ferramentas: Kaizen e 5S’s. De modo geral, estas filosofias influenciam sobre o
comportamento produtivo da equipe na empresa.
KANBAN, esta ferramenta possibilita o controle dos níveis de estoque, por meio de
cartões, etiquetas e até mesmo, através de faixas pintadas na parede indicando o nível de cada
estoque, sendo possível a visualizar a carência em determinado produto, seja ele de matéria-
prima, de produtos inacabados, de produtos acabados e de mercadorias para revenda. Esta
ferramenta é aplicada dentro do Just-In-Time (JIT). Para possibilitar o suprimento de toda a
cadeia de abastecimento sem que haja falta de algum tipo de produto. (ANEXO II)
Utilizar o Kanban e o JIT em empresas comerciais de produtos alimentícios é simples
e fácil, bastando verificar a o prazo de validade de cada produto e disponibilizá-los de acordo
com as cores e ordens dos cartões.
JUST-IN-TIME só se admite este sistema após a implantação do kanban, pois o JIT é
o resultado positivo. Considera os grandes estoques um investimento de capital desnecessário,
afirmando que ao reduzir o volume de estoque, restariam mais recursos para serem
empregados em outros projetos que dessem maiores retornos que um estoque parado.
O JIT é um dos métodos mais usados pelas grandes empresas, este método determina
que os produtos devam ser produzidos, vendidos e transportados no momento certo. Para que
uma empresa possa implantar este sistema, é necessário que haja um bom planejamento
logístico e de marketing.
O maior exemplo do emprego do JIT é a empresa Dell Computers, ela praticamente
produz apenas o que vende. Tem crescido consideravelmente. Mas, capaz disto porque antes
houve uma triagem dos fornecedores, prestadoras de serviços, levando em consideração
pontualidade e o nível de comprometimento de cada um, permanecendo apenas os mais
eficientes e eficazes diante da necessidade imediata da reposição de máquinas e
equipamentos, matérias-primas e embalagens. Enfim, todo o material necessário desde o
processo de produção, montagem, venda e serviços para o transporte do produto até a casa do
consumidor final.
LAERN MANUFACTURING, sistema de produção utilizado pela Toyota, conhecido
como Sistema Toyota de Produção, voltado à redução dos sete desperdícios mais freqüentes
nas empresas: superprodução, espera, transporte desnecessário, processamento excessivo,
inventário, movimento desnecessário e defeitos. (grifo nosso).
Com a eliminação ou redução de cada um destes elementos, a empresa reflexos
positivos nas metas de qualidade, custo e entrega, pois diminui a quantidade de atividades
que não agregam valor ao produto ou serviço. Dentro do Learn está compreendida a filosofia
dos 4P´s da Toyota. (grifo nosso).
» Philosophy (Filosofia) - A empresa é um veículo para agregar valor aos clientes, à
sociedade, à comunidade e aos seus funcionários.
» Process (Processo) - Quando os líderes seguem o processo certo, conseguem os resultados
certos, incluindo redução de custo a longo prazo e melhoria da qualidade.
» People and Partners (Pessoas e Parceiros) - Agregar valor a uma organização, desafiando
seus funcionários e parceiros a crescer e a se tornarem mais capazes e confiantes.
» Problem Solving (Solução de Problemas) - Resolver continuamente a raiz dos problemas
conduz à aprendizagem organizacional.
Basicamente tudo o que concerne à obtenção dos materiais corretos no local correto,
na quantidade correta, minimizando o desperdício, sendo flexível e estando aberto a
mudanças.
A FILOSOFIA DOS 5S´s
» Seiri: (Senso de utilização). Voltada à prática de verificar todas as ferramentas, materiais,
etc. na área de trabalho mantendo somente os itens essenciais para o trabalho que está sendo
realizado. O restante é guardado ou descartado. Este processo conduz à diminuição dos
obstáculos à produtividade do trabalho.
» Seiton: (Senso de ordenação). Enfoca a necessidade de um espaço organizado. A
organização, neste sentido, refere-se à disposição das ferramentas e equipamentos em uma
ordem que permita o fluxo do trabalho. Ferramentas e equipamentos deverão ser deixados nos
lugares onde serão posteriormente usados. O processo deve ser feito de forma a eliminar os
movimentos desnecessários.
» Seisō: (Senso de limpeza). Designa a necessidade de manter o mais limpo possível o espaço
de trabalho. A limpeza, nas empresas japonesas, por exemplo, é uma atividade diária. Ao fim
de cada dia de trabalho, o ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares. O foco deste
procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário, e não uma mera
atividade ocasional quando os objetos estão muito desordenados.
» Seiketsu: (Senso de Normalização). Criar normas e sistemáticas em que todos devem
cumprir. Tudo deve ser devidamente documentado. A administração visual é fundamental
para fácil entendimento de cada norma.
» Shitsuke: (Senso de autodisciplina ou hábito, costume). Refere-se à manutenção e revisão
dos padrões. Uma vez que os 4S’s anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se
numa nova maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas. Entretanto,
quando surge uma nova melhoria, uma nova ferramenta de trabalho, ou a decisão de
implantação de novas práticas, pode ser aconselhável a revisão dos quatro princípios
anteriores.
Estas filosofias são muito úteis ao comércio de produtos alimentícios, por trazer a
organização, limpeza e o hábito da recolocação de cada produto em seu lugar evitando
desperdício e principalmente que algum produto fique fora do lugar e acabe esquecido no
estoque e conseqüentemente terá perda pelo vencimento do prazo de validade.
PREVISÕES DE ESTOQUE
Provisionar um estoque significa prever a demanda de determinados produtos, é saber
“o que”, “quando” e “quanto” deve ser reposto no estoque, controlando que sai e o que
resta de produto estocado. Esta informação deve estar disponível a qualquer momento do dia,
sem que haja necessidade de contar ou medir fisicamente o estoque.
» O que? Saber quais produtos devem estar no estoque é de primordial importância para
adquiri-los com a certeza que a mercadoria terá uma boa saída no mercado.
» Quando? Observar os níveis de estoque e estabelecer uma quantidade mínima destes
produtos significa dizer que haverá investimento de capital no momento certo.
» Quanto? Elaborar um planejamento de aquisição de produtos baseado na preferência da
clientela, observando a quantidade que cada cliente costuma adquirir é uma fonte de dados
importante no momento da reposição dos estoques. Esta previsão é feita do seguinte modo:
» Calcula-se a média de vendas/consumo dos últimos meses;
» Multiplica a média pelo valor unitário e obtenha o valor mensal de cada item;
» Soma todos os valores e terá o valor total de vendas/consumo do mês;
» Calcula o percentual de cada item, dividindo o valor mensal pelo total do estoque.
CURVA DE PARETO - CLASSIFICAÇÃO ABC
Esta é uma técnica importante de gestão de estoques e que identifica quais são os
principais produtos/materiais que necessitam maior atenção. Na classificação ABC, os
produtos são separados de acordo com o valor que expressam em relação ao estoque total.
.Estrutura da tabela de classificação é constituída por quatro colunas: a primeira A, B e
C, denominam-se classes, a segunda coluna contem o percentual de volume do estoque, na
terceira coluna encontra-se o percentual do investimento e na quarta coluna a representação
dos produtos. Na classe A 20% do material estocado representa aproximadamente 80% do
valor investido; classe B 30% do material estocado representa 10% do valor investido e a
classe C 50% do material estocado representa 10% do valor total do investimento (ANEXO
II)
Para manter a organização após a classificação dos produtos, é necessário que haja
um controle específico para cada uma das classes. Quanto aos produtos da Classe A:
» Deve-se organizar em posições estratégicas nas prateleiras, tornando mais acessível para a
colocação e a retirada;
» Comprar somente o necessário e após ter calculado a quantidade a ser reposta;
» Controlar rigidamente as entradas, as saídas e os saldos;
» Certificar-se com cada fornecedor a assiduidade na entrega, afim de manter um estoque de
segurança baixo.
Quanto aos produtos da classe B e C:
» É necessário manter um controle, porém de caráter menos rígido que a classe anterior, o
suficiente evitar a escassez da oferta;
» Por serem mais baratos é aconselhável comprar maiores quantidades destes produtos pois
cada aquisição gera custos como despesas com frete e contratos com fornecedores elevando
os custos.
»Neste caso deve ser mantido um maior estoque de segurança.
INVENTÁRIO DOS ESTOQUES
O inventário dos estoques divide-se em dois modos: Inventário Periódico e
Permanente. Elaborar o inventário dos estoques contribui diretamente no aumento da
lucratividade da empresa, melhora o fluxo de caixa, minimiza os espaços dos estoques, entre
outros benefícios.
» Inventário Periódico – assim denominado porque os dados são atualizados no final de cada
período – geralmente um ano.
» Inventário Permanente – os dados deste inventário são atualizados permanentemente, ou
seja, a cada entrada ou saída de mercadoria é feito o registro do fato.
Para a elaboração do inventário, deve-se fazer o levantamento (relação) de todos os
itens do estoque; a contagem e o registro de toda a quantidade de produtos armazenados; a
ordenação dos itens, começando a partir do que expressar maior valor monetário e identificar
o valor unitário e total dos estoques.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
Segundo Chiavenato, “A Avaliação dos estoques é levantamento do valor financeiro
dos materiais desde as matérias-primas iniciais, os matérias em processamento, semi-
acabados ou acabados, até os produtos acabados, tomando por base o preço de custo ou o
preço de mercado.”
Baseando-se nos artigos 261 e 292 do RIR/99, as pessoas jurídicas submetidas à
tributação com base no lucro real devem, ao final de cada período de apuração, proceder ao
levantamento e à avaliação dos seus estoques
Avaliação dos estoques pode ser feita por meio de quatro métodos diferentes:
1 – Avaliação pelo Custo Médio.
2 – Avaliação pelo Método PEPS (FIFO).
3 – Avaliação pelo Método UEPS (LIFO).
4 – avaliação pelo Custo de Reposição.
AVALIAÇÃO PELO CUSTO MÉDIO
É o método mais utilizado. Baseia- se no preço de todas as retiradas ao preço médio do
suprimento total do item em estoque. A saída de estoque é calculada pelo custo médio.
Avaliações do saldo de estoque que permanece no almoxarifado bem como o custo do
material fornecido à produção são calculados pelo custo médio.
No longo prazo, a avaliação pelo custo médio indica os custos reais das compras de
material e funciona como um estabilizador ao equilibrar as flutuações de preços que ocorrem
ao longo d tempo. (ANEXO I).
AVALIAÇÃO PELO MÉTODO PEPS (FIFO)
A sigla PEPS é a abreviação da frase: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair. Em inglês,
FIFO: First in, First out. A avaliação dos estoques é feita pela ordem cronológica das
entradas. Sai o material que entrou antes, isto é, o lote mais antigo e cujo preço está baseado
no custo em que ele entrou para o estoque. Terminado o lote mais antigo, aplica-se o preço do
segundo lote mias antigo. O saldo em estoque é calculado pelo custo das entradas de material.
A vantagem desse tipo de avaliação é que o valor dos estoques sempre atualizado em
relação ao valor de da ultima entrada. Isso significa que o valor dos estoques se aproxima dos
preços atuais do mercado. Por outro lado, o custo de produção é calculado em função dos
valores dos primeiros lotes de entradas no almoxarifado. (ANEXO II)
AVALIAÇÃO PELO MÉTODO UEPS (LIFO)
A sigla UEPS é a abreviatura da frase: Último a Entrar, Primeiro a Sair. Em inglês
LIFO: Last in, First out. A saída do estoque é feita pelo preço ultimo lote a entrar no
almoxarifado. O valor dos estoques é calculado ao custo do ultimo preço, que normalmente é
o mais elevado. Provoca, com isso, a supervalorização do preço do material computado na
produção, ao final do exercício, produz um credito positivo de matérias. A vantagem desse
método reside na simplificação dos cálculos. . (ANEXO III).
AVALIAÇÃO PELO CUSTO DE REPOSIÇÃO
É o custo de reposição do estoque que ajusta a avaliação financeira dos estoques.
Assim, o valor dos estoques é sempre atualizado em função dos preços de mercado. (ANEXO
IV).
Geralmente, utiliza-se a seguinte equação:
CR = PU + ACR
Onde:
CR= Custo de Reposição.
PU = Preço Unitário do material
ACR= Acréscimo do Custo de Reposição em porcentagem (%).
METODOLOGIA
Para a elaboração deste artigo foram realizadas pesquisas de revisão bibliográfica,
leitura de outros artigos, pesquisa em sites de empresas especializadas em consultoria, e a
aplicação de um questionário aos proprietários dos estabelecimentos comerciais de produtos
alimentícios da cidade de Exu - Pernambuco, composto por quinze questões para o
levantamento dos dados.
Após a coleta dos dados que fundamentaram a pesquisa, houve a separação dos
resultados e estes foram lançados em gráficos e planilhas, a fim de possibilitar o entendimento
visual dos resultados.
ANEXOS AGRUPADOS POR TÍTULOS
CADEIA DE ABASTECIMENTO
ANEXO I
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
ANEXO II.
KANBAN
HNJKGJDLFJSDKÇKAS FALTA KANBAN
ANEXO II.
Fornece a matéria-prima
FORNECEDOR
Transforma a matéria-prima em produtos acabados
INDUSTRIAMANUFATUREIRA Intermediador.
Compra os produtos e vende ao quarto grande grupo
EMPRESASCOMERCIAIS
É o adquirente da mercadoria ou bem, para uso ou consumo próprio ou integração no ativo imobilizado
CONSUMIDOR FINAL
CLASSES % DO NÍVEL DO NÍVEL DE ESTOQUE % DO INVESTIMENTO REPRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS
A 20% 80% ITENS DE ALTO VALOR
B 30% 10% ITENS DE MÉDIO VALOR
C 50% 10% ITENS DE BAIXO VALOR
CLASSIFICAÇÃO ABC (CURVA DE PARETTO)
SISTEMA MRP (Material Requiriment Planing)
SISTEMA MRP (Plano de Aquisição de Material)
ANEXO III
Carteira de pedidos
Ordens de compras
Plano mestre de produção
Plano de materiais
Previsão de Vendas
Situação dos estoques
Ordens dos serviços
Lista de Materiais MRP
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
ANEXO I
CUSTO MÉDIO
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Data Histórico Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo Total
20-Oct NF 048 200 R$ 2.00 R$ 400.00 200 R$ 2.00 R$ 400.00
25-Nov NF 058 200 R$ 4.00 R$ 800.00 400 R$ 3.00 R$ 1,200.00
28-Nov 100 R$ 3.00 R$ 300.00 300 R$ 3.00 R$ 900.00
10-Dec NF 087 300 R$ 5.00 R$ 1,500.00 600 R$ 4.00 R$ 2,400.00
Custo Unitário
Custo Unitário
Custo Unitário
ANEXO II
ANEXO III
UEPS
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Data Histórico Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo Total
20-Oct NF 048 200 R$ 2.00 R$ 400.00 200 R$ 2.00 R$ 400.00
25-Nov NF 058 200 R$ 4.00 R$ 800.00 400 R$ 3.00 R$ 1,200.00
28-Nov 100 R$ 4.00 R$ 400.00 300 R$ 2.66 R$ 800.00
12-Dec 100 R$ 4.00 R$ 400.00 200 R$ 2.00 R$ 400.00
13-Dec 100 R$ 2.00 R$ 200.00 100 R$ 2.00 R$ 200.00
100 R$ 4.00 R$ 400.00 100 R$ 4.00 R$ 400.00
Custo Unitário
Custo Unitário
Custo Unitário
Data Histórico Quant.Custo
UnitárioCusto Total Quant.
Custo Unitário
Custo Total Quant.Custo
UnitárioCusto Total
20/out
25/nov NF 048 200 R$ 2,00 R$ 400,00 200 R$ 2,00 R$ 400,00
28/nov NF 058 200 R$ 4,00 R$ 800,00 400 R$ 3,00 R$ 1.200,00
12/dez 100 R$ 2,00 R$ 200,00 300 R$ 3,33 R$ 1.000,00
13/dez 100 R$ 2,00 R$ 200,00 200 R$ 4,00 R$ 800,00
100 R$ 4,00 R$ 400,00 100 R$ 4,00 R$ 400,00
SALDOS
PEPS
ENTRADAS SAÍDAS
ANEXO IV
AVALIAÇÃO PELO CUSTO DE REPOSIÇÃO
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Data Histórico Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo Total
20-Oct NF 048 200 R$ 2.00 R$ 400.00 200 R$ 2.00 R$ 400.00
25-Nov NF 058 200 R$ 4.00 R$ 800.00 400 R$ 3.00 R$ 1,200.00
28-Nov 100 R$ 4.00 R$ 400.00 300 R$ 2.66 R$ 800.00
12-Dec 100 R$ 4.00 R$ 400.00 200 R$ 2.00 R$ 400.00
13-Dec 100 R$ 2.00 R$ 200.00 100 R$ 2.00 R$ 200.00
100 R$ 4.00 R$ 400.00 100 R$ 4.00 R$ 400.00
Custo Unitário
Custo Unitário
Custo Unitário
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