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PORTO ALEGRE E SERRA GAÚCHA – RS
03 a 07 de dezembro de 2008
Caderno de Avaliação e Resultados
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MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização Equipe Técnica da Coordenação-Geral de Apoio à Comercialização Carolina C. Neves de Lima SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Décio Coutinho Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Mônica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Fabricio Takayassu – Equipe Técnica Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica Consultores Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Simone Scorsato Articulador Local Maude Celluppi
3
SUMÁRIO
O Projeto Caravana Brasil.........................................................................04
1- Características do destino.....................................................................07
1.1- Porto Alegre..................................................................................08
1.2- Bento Gonçalves ...........................................................................08
1.3- Gramado ......................................................................................09
1.4- Canela..........................................................................................09
2- A oficina de capacitação para o Encontro de Conhecimento.....................10
3- A Viagem Técnica................................................................................12
4- Avaliação de características do destino ..................................................17
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa Fornecedores x Operadores
e Agentes............................................................................................17
5- Análise de produto .............................................................................25
5.1- Análise de produto – Participantes da Oficina de Capacitação ............25
5.2- Análise de produto – Operadores e Agentes.....................................26
6- Público-alvo – Operadores e Agentes ....................................................29
7- Avaliação de oportunidades comerciais por Operadores e Agentes ...........30
8- Considerações finais ............................................................................33
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PROJETO CARAVANA BRASIL
O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003,
tem como principal meta incentivar a comercialização de novos
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. Com
isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística
brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450
destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais
formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e
internacional, além da imprensa.
A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE
firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana
Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais do
projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas
características a fim de se adaptar com mais eficiência ao
mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza:
1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os
participantes conhecem destinos e produtos turísticos e também
visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;
2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os
destinos já comercializados;
3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os
5
participantes conhecem novos destinos com a finalidade de
diversificar sua “cesta de produtos”.
A Caravana Brasil Nacional promove ainda:
1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos
visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de
Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus
produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece
durante a viagem precursora em que representantes do projeto
visitam o destino para a validação do roteiro final.
2- Encontros de Negócios, que são encontros entre
Operadoras de Turismo, Representantes Institucionais e
Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses
e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as
viagens com Operadoras de Turismo.
3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação
do destino de forma diferenciada para Operadoras e Agentes.
Esta ação acontece durante as viagens entre Operadoras de
Turismo e Agentes de Viagem.
4- Encontros para Apresentação dos Resultados das
Avaliações, que constituem um retorno ao destino das
avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo. Esta ação acontece em um evento previsto para
aproximadamente um mês depois da viagem.
6
O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações,
desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As
ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta
para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento
qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um
importante gerador de divisas do país.
7
1- CARACTERÍSTICAS DO DESTINO
Um dos principais cartões postais do Brasil, a Serra Gaúcha é um
destino consagrado no país, mas que ainda reserva grandes
surpresas.
Fonte: Projeto Economia da Experiência
“Sempre vendi Serra Gaúcha como um destino de inverno, mas nunca imaginei
encontrar atrativos, infra-estrutura e características tão diversificadas para
vender o ano todo”, Agente de viagens participante da Caravana.
A proposta do Projeto Caravana Brasil Nacional a Serra Gaúcha é
apresentar aos agentes e operadores os atrativos já consolidados
da região juntamente com uma nova modalidade de turismo
ainda insipiente no Brasil, que são as visitas as vinícolas, o
turismo associado à produção de uva e vinho e conhecer toda a
evolução da oferta de serviços que a região hoje oferece.
A partir desta visita técnica, os agentes e operadores
selecionaram o público potencial para o destino, com destaque
aos casais, famílias, melhor idade e grupos de interesse
específico.
Estes e outros dados contidos neste material visam orientar o
destino e os canais de distribuição para suas ações de marketing.
8
1.1- Porto Alegre
Capital do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre é, também,
uma das “capitais” do Mercosul que torna realidade a integração
sócio-econômica e cultural dos países do Cone Sul da América. O
céu e o Guaíba são, sem dúvida, as primeiras e mais fortes
impressões de Porto Alegre. Mas a cidade tem muito mais a
mostrar e a celebrar com seus visitantes. Originalmente fundada
por 60 casais de açorianos (habitantes dos Açores, arquipélago
português), tornou-se uma cidade cosmopolita. É terra de um
povo de tradição e história, que traz na alma e nas feições a
herança dos imigrantes italianos e alemães e a determinação da
gente das fronteiras, incumbida de defender territórios, além dos
traços de outras cerca de 30 etnias. É terra de boa mesa e bons
negócios, de profunda valorização da cultura e de povo sempre
muito acolhedor. As principais atrações são passear nos parques
urbanos, museus, construções históricas, e ver o pôr-do-sol no
Rio Guaíba. O bairro Moinhos de Vento concentra boa parte dos
melhores restaurantes e divide com a Cidade Baixa a preferência
dos boêmios.
1.2- Bento Gonçalves
Bento Gonçalves mescla características de uma agradável e
tranqüila cidade do interior com ares de modernidade e regresso,
apresentando um perfil econômico de pólo moveleiro e
vitivinícola. A maior parte das vinícolas está no Vale dos
9
Vinhedos, onde se pode degustar vinhos e derivados. Outras
opções de passeio são o rafting no Rio das Antas, a viagem de
maria-fumaça até Carlos Barbosa e o Roteiro Caminhos de Pedra.
1.3- Gramado
Casas com arquitetura de inspiração bávara e enxaimel,
restaurantes especializados em fondue, cafés em uma rua
coberta, dezenas de lojas de chocolates e o frio do inverno
(junho a agosto) fazem de Gramado um dos destinos mais
procurados pelo turismo doméstico. O verão (dezembro a
fevereiro), época em que a cidade exibe canteiros de hortênsias
por todos os lados, também é uma época concorrida. Em agosto,
acontece o Festival de Cinema, mais importante evento do
gênero no país.
1.4- Canela
Mais tranqüila que a vizinha Gramado, tem parques, passeios
junto à natureza e esportes de aventura no Rio Paranhana. Uma
das principais atrações é o bem preservado Parque do Caracol,
com mirantes e uma queda d’água de 131m. No inverno, a
temperatura baixa e a precipitação de neve emprestam ares
europeus à cidade.
O Festival Internacional de Bonecos e a Festa da Colônia também
chamam a atenção dos turistas.
10
2- A OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA O
ENCONTRO DE CONHECIMENTO
Houve a participação de representantes de empresas e de
instâncias de governança local da região que abrange Porto
Alegre, Gramado, Canela, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, São
Francisco de Paula e Região das Hortênsias.
Ao todo participaram 33 pessoas e a avaliação foi realizada por
29 pessoas, representadas no seguinte grupo:
Participantes por município
Porto Alegre 6 Gramado 4 Caxias do Sul 4 Bento Gonçalves 4 Canela 6 Região das Hortênsias 1 São Francisco de Paula 2 Canela + Gramado 1 Sem resposta 1 Total 29
Entre os participantes encontravam-se representantes de
diversos setores empresariais como pousadas, hotéis, receptivo
local, restaurantes, além de expressiva participação das
secretarias de turismo dos municípios, além de outras
organizações como conselhos de turismo, Conventions Bureaux,
e instâncias governamentais de toda a região.
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EMPRESAS E INSTITUIÇÕES – OFICINA DE CAPACITAÇÃO
ENCONTRO DE CONHECIMENTO
Empresa Representante
1 Associação Cultural dos Caminhos da Colônia Floriano Molon
2 ACIC – Associação Comercial de Canela Sabrina Kmevitz
3 Alpen Park Renato Fensterseifer
4 Brocker Turismo Ane Brocker
5 Fazenda Passo Alegre Helmut Maier
6 Fellini Turismo e Viagens Mirian Ingrid La Piazza
7 Gramado, Canela e Região das Hortênsias C&VB Angela Tegner
8 Hospedaria Provençal Ricardo Mentz
9 Prefeitura Municipal de Canela Andrea Tais Conci
10 Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula Eron França
11 Ritter Hotéis Luciane Atti
12 Secretaria de Turismo do Estado do RS Lenora Schneider
13 Sindetur – RS José Zago
14 Sindicato da Hotelaria da Região das Hortênsias Monica Leidens
15 Varanda das Bromélias Telma Renner
16 Versare Rede de Hotéis Francisco Candela
17 Pousada Recanto da Lua Anderson Mendes
18 Arte do Turismo Monica De La Torre
19 Vinícola Miolo Kelly Bressan
20 Guia de Turismo Angela Cristina Ferreira
21 Sindegtur Lucia C. M. do Canto
22 J. M. Rafting João Telmo S. Machado
23 Mundo a Vapor Aline Viezzer
24 ABBTur Neneca Campos
25 Sueli Ribeiro Sueli Ribeiro
26 Casa do Imigrante Ademir Zinani
27 Hotel Lage das Pedras Adroaldo Moreira
28 Giordani Turismo Rodrigo Ricieri
29 Rio das Antas Turismo Marciane Saures
30 Secretaria de Turismo de Bento Gonçalves Denise Rolleben
31 Secretaria de Turismo de Caxias do Sul Waldir Valdemar Bertollo
32 Abrasel Paulo Meira
33 Guia de Turismo Roger Brater
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3- A VIAGEM TÉCNICA
A viagem técnica aconteceu de 03 a 07 de dezembro de 2008
seguindo o seguinte roteiro:
03 de dezembro (quarta-feira)
Porto Alegre
– Check-in e Visita Técnica Hotel Plaza São Rafael
– Visita: city tour panorâmico
– Jantar de recepção (Restaurante CTG 35 com apresentação
típica gaúcha)
04 de dezembro (quinta-feira)
Porto Alegre
– Café da manhã e check-out
– Encontro de Conhecimento
– Almoço (Restaurante Gambrinos – Mercado Municipal)
– Visita Técnica: Hotel Deville
– Transfer para Gramado
Gramado
– Visitas: Lago Negro e tour panorâmico pelo centro
– Check-in Hotel Continental Canela
– Desfile de Natal
– Jantar típico (Noite Suíça no Restaurante La Famille de Gazon)
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05 de dezembro (sexta-feira)
Gramado
– Café da manhã e check-out
– Visitas: Catedral de Pedra, Mundo a Vapor e Casa de Chocolate
Caracol
– Almoço (Café Colonial – Restaurante Bela Vista)
– Visitas Técnicas: Hotéis Casa da Montanha e Varanda das
Bromélias
– Transfer para Bento Gonçalves
Bento Gonçalves
– Visita Técnica: Vinícola Vallontano
– Check-in Hotel Villa Europa SPA do Vinho
– Jantar (Restaurante Dall’Onder Vittoria)
06 de dezembro
(sábado)
Bento Gonçalves
– Café da manhã
– Visita: Maria
Fumaça entre
Bento Gonçalves e
Carlos Barbosa, com show típico italiano, tarantela e degustação
– Almoço e Visita Técnica (Vinícola Casa Valduga)
Passeio de Maria Fumaça.
Foto: Evandro Soares.
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– Visitas: Caminhos de Pedra (Casa da Ovelha e Casa do Mate)
– Jantar (Restaurante Don Ziero)
Casa da Ovelha – Visita Técnica. Foto: Evandro Soares.
Casa do Mate – Visita Técnica. Foto: Evandro Soares.
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07 de dezembro (domingo)
Bento Gonçalves
– Café da manhã
– Check-out
– Visitas: Vinícola Miolo e Hotel Vila Michelon
– Almoço (Restaurante Giuseppe)
– Traslado para aeroporto de Porto Alegre
Vinícola Miolo – Visita Técnica. Foto: Evandro Soares.
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PARTICIPANTES OPERADORES DE TURISMO
EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF 1 Luxtravel Turismo César Augusto do Nascimento São Paulo/SP 2 Tam Viagens Juliana de Souza São Paulo/SP
AGENTES DE VIAGEM 1 Bib’s Tur Karen Scarpim São Paulo/SP 2 Blitztur Maria Cristina Caliento Ribeirão Preto/SP 3 DH Turismo Maria Angélica de Biase São Paulo/SP 4 Donadons Viagens Maria Izabel de Matos São Paulo/SP 5 Intterprime Turismo Juliana Bisconcin São Paulo/SP 6 Jakarta Turismo Marilene Fátima do Nascimento São Caetano do Sul/SP 7 Planeje Turismo Regiane Fernandes Piracicaba/SP 8 Tour Delivery Karina Neves São Paulo/SP 9 Travel Well Viagens Ivens de Oliveira São Paulo/SP
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4- AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DO
DESTINO
As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como
objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais
(fornecedores) sobre seu destino. Para isto foram elaboradas
atividades e das tabulações de cada uma delas extraídos índices
de avaliação.
Exercício 1
Percepção do lugar: a hospitalidade do destino/cidade
Exercício 2
Análise de produto e mercado
No decorrer da viagem técnica os operadores e os agentes foram
convidados a opinar e destas opiniões também foram extraídos
índices de avaliação com o objetivo de informar os fornecedores
e também de propiciar, quando possível, referenciais de
comparação entre as visões (fornecedor x operadores e agentes).
OBS.: Apesar de serem 12 os participantes, um absteve-se de
avaliar, o que explica o fato do total de 11 avaliações.
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa
Fornecedores x Operadores e Agentes
A análise da hospitalidade do destino foi feita por meio de
atividade individual, e os fornecedores avaliaram os aspectos de
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hospitalidade, de acordo com valores de referência abaixo. Estas
avaliações foram agrupadas e tabuladas de acordo com a cidade
dos participantes.
Assim, foi possível verificar as diferentes percepções entre as
cidades do destino alvo do Projeto Caravana Brasil Nacional do
ponto de vista dos fornecedores locais.
Responderam a esta avaliação durante a oficina:
• 8 participantes de Porto Alegre
• 7 participantes de Canela
• 6 participantes de Gramado
• 4 participantes de Bento Gonçalves
• 4 participantes de Caxias do Sul
• 2 participantes de São Francisco de Paula
Durante a viagem técnica foram coletadas informações
semelhantes dos operadores e agentes, o que possibilita as
comparações exibidas a seguir. Cabe destacar os critérios
adotados para a tabulação, de acordo com a tabela abaixo:
Valores de referência para as tabelas 0 – Inexistência de tais aspectos
1 – Insuficiência e/ou deficiência nos serviços ou produtos 2 – Serviços ou produtos regulares
3 – Excelência nos atributos indicados
Operadores e agentes Fornecedores (média)
ótimo acima de 2,25
bom de 1,5 à 2,25
regular de 0,75 à 1,49
ruim abaixo de 0,75
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A avaliação do índice hospitalidade pelos fornecedores locais
resultou na média “BOM”.
Na avaliação dos operadores houve predomínio do conceito
“ÓTIMO”.
20
Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com que o lugar e
seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere
aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao
grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos
transportes turísticos de todos os tipos, estradas, etc. A média
geral aproximada mostra que se considerou o item acesso “Bom”.
Para os operadores e agentes o item acesso foi avaliado como
“BOM” ou “ÓTIMO” conforme o gráfico seguinte.
21
A Legibilidade, entendida como a facilidade com a qual as partes
da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e
organizadas de acordo com uma imagem coerente foi avaliada
conforme os gráficos que seguem.
Há coincidência na visão por parte dos participantes da viagem e
a grande maioria avalia o item como “ÓTIMO”.
22
No olhar dos fornecedores, o item notoriedade, aqui considerado
como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, foi
avaliado como “BOM”.
O mesmo conceito que predomina entre os operadores e
agentes, com apenas uma indicação de “REGULAR”.
23
Já o item identidade que está relacionado ao grau de experiência
que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos
hábitos, costumes, história e memória do lugar, teve avaliação
positiva na média impulsionada pela avaliação positiva
principalmente de Gramado. Note-se, entretanto, que alguns
conceitos tiveram nota menor como no caso de Caxias do Sul.
A avaliação dos operadores e agentes, considerada a média, é
bem mais positiva com predomínio do conceito “ótimo”.
24
Em relação à concentração de oferta, ou seja, o destino possuir
uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados
ao turista, ampliando as taxas de permanência e gasto, houve
por parte dos fornecedores avaliação bastante positiva que
resultam na média “ÓTIMO”. Note-se que mesmo nas cidades
que individualmente tiveram conceito “BOM”, as médias
aproximaram-se de “ÓTIMO”, casos de Gramado, Bento
Gonçalves e Caxias do Sul.
Os operadores e agentes, avaliando a mesma questão pareceram
concordar, sendo que apenas um deles avaliou a média das
cidades neste item como regular.
25
5- ANÁLISE DE PRODUTO
5.1 – Análise de produto – Participantes da Oficina de
Capacitação
Os participantes, em grupos formados aleatoriamente, foram
convidados a citar e avaliar produtos turísticos regionais. O
objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados
espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular,
bom ou excelente).
Estão colocados na tabela aqueles atrativos de lembrança
recorrente entre os diferentes grupos, em meio a outras
lembranças isoladas, pois muitos foram os atrativos lembrados.
PORTO ALEGRE E SERRA GAÚCHA PRODUTOS MAIS LEMBRADOS – AVALIAÇÃO
Produto (por ordem de mais citados) Avaliação (poder de atratividade)
Passeio de barco e almoço em Porto Alegre EXCELENTE Feira do Livro de Porto Alegre EXCELENTE Roteiro Gastronômico Padre Chagas/Calçada da fama BOM Vale dos Vinhedos EXCELENTE Maria Fumaça EXCELENTE Caminhos de Pedra BOM Cristais de Gramado BOM Natal Luz EXCELENTE Festival de Cinema de Gramado EXCELENTE Alpen Park BOM Lago São Bernardo BOM Cascatas EXCELENTE
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5.2- Análise de produto – Operadores e Agentes
Os operadores e agentes participantes da viagem técnica
avaliaram pontos fortes e fracos dos locais visitados. As tabelas
abaixo representam uma síntese da avaliação, lembrando que
tratam-se de citações espontâneas (não estimuladas).
Indubitavelmente, merece destaque a avaliação da qualidade e
adequação dos meios de hospedagem e a região dos vinhedos.
Considerações dos agentes e operadores de viagens:
“O roteiro integra muito bem os três destinos e se torna um
excelent produto – Porto Alegre, Serra Gaúcha e Vale dos
Vinhedos Serra Gaúcha. É a soma da vida urbana de Porto
Alegre, as belezas naturais, receptividade e o turismo de compras
da Serra Gaúcha, com a região dos Vinhedos, onde o Brasil se
prepara para competir com as melhores regiões vinículas
internacionais”.
27
“No geral, Gramado, Canela e Bento Gonçalves apresentaram
atrativos interessantes, hotéis aconchegantes, pessoal
hospitaleiro e muito preocupado com o bem estar dos turistas.”
“Todos os atrativos das cidades visitadas me supreenderam e
foram muito bem apresentadas pela Caravana, o que resultará
em melhor comercialização na minha empresa.”
“Como agente de viagens e turista, estou encantada com Bento
Gonçalves. É um dos pontos altos da viagem, que deve ser
fortemente trabalhado em termos de promoção e
comercialização.”
“O projeto me surpreendeu pelas inúmeras informações que os
agentes de viagens receberam. Todos os empreendedores nos
recepcionaram de forma fabulosa e apresentaram com muita
sabedoria o destino.”
“Tenho só a destacar pontos positivos ao destino Serras, a
estrutura é perfeita, rica gastronomia e hospedagens muito bem
estruturadas”
28
Note-se que ao apontarem pontos fracos, os operadores e
agentes, lembraram de um número bem menor em relação ao de
pontos fortes, o que pode ser considerado positivo.
Observe-se também que são observações bastante pontuais e
que poderiam ser justificadas por detalhes no momento das
visitas que foram em sua maioria realizadas em curto espaço de
tempo.
“Falta de divulgação das diversas atividades além da visita as
vinícolas, como o rafting e o Parque Caracol, que poderia atrair o
público jovem e estudante.”
29
6- PÚBLICO-ALVO – OPERADORES E AGENTES
Os operadores e agentes participantes da visita identificaram os
principais públicos com o perfil para comercialização do destino.
Note-se o predomínio de casais e famílias nos públicos com
potencial de comercialização, com destaque também ao público
da melhor idade.
Destaca-se também o fato de não haver menção ao público de
jovens e estudantes fato que deve ser considerado pelo destino
se houver pretensão de se trabalhar com este público.
30
7- AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES
COMERCIAIS POR OPERADORES E AGENTES
O objetivo foi avaliar se os operadores e agentes identificaram, a
partir da caravana e, sobretudo, do encontro de conhecimento,
novas possibilidades de comercialização e divulgação do destino.
A primeira questão, conforme gráfico abaixo, referia-se à
imagem:
Foto: Evandro Soares.
31
Nota-se que apesar de se tratar de destino turístico estruturado e
conhecido pelo mercado, a Caravana contribuiu para a melhoria
da imagem para 100% dos participantes.
O próximo gráfico diz respeito à identificação de novas
possibilidades de comercialização, com a diversificação do
portfólio das empresas.
Nota-se também que o objetivo de projeto foi alcançado, já que
9 dos 11 participantes avaliadores identificaram novas
oportunidades de comercialização através da Caravana.
Outra indagação se fez sobre o Projeto: “Notou esforço comercial
e de promoção por parte do destino?”
Novamente, as respostas foram bastante satisfatórias como se vê
no próximo gráfico.
32
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8- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do
Projeto Caravana Brasil Nacional em sua edição no Rio Grande do
Sul – Serra Gaúcha, foram satisfeitos.
Os operadores e agentes apontaram alguns problemas que
devem ser considerados para efeito de planejamento, gestão e
comercialização porque tendem a estar próximos da visão dos
próprios turistas.
Mais importante ainda é o fato de haver tantas “surpresas”
positivas ao longo das avaliações, ou seja, mesmo se tratando de
um destino estruturado e conhecido, a Caravana parece ter
propiciado uma nova visão de alguns aspectos do roteiro.
Hotel Spa do Vinho – Visita Técnica. Foto: Evandro Soares.
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O Encontro de Conhecimento foi avaliado muito positivamente
também conforme gráficos abaixo.
Os participantes mostraram-se também satisfeitos com a forma
com que foram apresentados os produtos.
Além disso, o último gráfico reforça o fato de terem sido, exceção
feita a um dos participantes, surpreendidos pela existência de
novos produtos.
35
Em relação à oficina de capacitação, ela parece ter propiciado
reflexão coletiva suficiente à melhoria dos resultados do Encontro
de Conhecimento.
A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição
parece ter ocorrido de forma bastante satisfatória.
O desafio que se sugere vencer é o de ampliar tanto a reflexão
coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais
de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a
máxima freqüência possível.
Os resultados positivos serão constantes.
É para o que se espera ter contribuído este projeto.
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