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7/23/2019 Capitulo II - Dimensionamento de Escadas
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ESTRUTURAS DE CONCRETO II
CAPÍTULO 2 – DIMENSIONAMENTO DE ESCADAS
PROFESSOR: RENATO OLIVEIRA FONSECA
7/23/2019 Capitulo II - Dimensionamento de Escadas
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SUMÁRIO
1 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ........................................................................ 3
2 AÇÕES ....................................................................................................... 4 2.1 PESO PRÓPRIO ..................................................................................... 4
2.2 REVESTIMENTOS .................................................................................. 4
2.3 AÇÃO VARIÁVEL (OU AÇÃO DE USO) ................................................ 4
2.4 GRADIL, MURETA OU PAREDE E PEITORIL ...................................... 6
3 ESCADAS RETANGULARES .................................................................... 7
3.1 ESCADAS ARMADAS TRANSVERSALMENTE ................................... 7
3.2 ESCADAS ARMADAS LONGITUDINALMENTE ................................... 8
3.3 ESCADAS COM PATAMAR ................................................................... 9
3.4 ESCADAS COM LAJE EM BALANÇO ................................................ 10
3.5 ESCADAS COM DEGRAUS ENGASTADOS UM A UM (ESCADA EM"CASCATA") ................................................................................................... 11
3.6 ESCADAS EM L ................................................................................... 12 3.6.1 ESCADA EM L COM VIGAS EM TODO O CONTORNO EXTERNO 12
3.6.2 ESCADA EM L SEM UMA VIGA INCLINADA .................................. 13
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CAPÍTULO 2 – DIMENSIONAMENTO DE ESCADAS
1 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Recomenda-se, para a obtenção de uma escada confortável, que seja
verificada a relação: s + 2 e = 60 cm a 64 cm (Figura 1), onde s representa o
valor do "passo" e e representa o valor do "espelho", ou seja, a altura do
degrau.
Entretanto, alguns códigos de obra especificam valores extremos, como, por
exemplo: s ≥ 25 cm e e ≤ 19 cm. Valores fora destes intervalos só se justificam
para escadas com fins especiais, como por exemplo escadas de uso eventual.
Impõe-se ainda que a altura livre (hl) seja no mínimo igual a 2,10 m. Sendo lv o
desnível a vencer com a escada, lh o seu desenvolvimento horizontal e n o
número de degraus, tem-se:
Figura 1. Dimensões em escadas
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2 AÇÕES
As ações serão consideradas verticais por m2 de projeção horizontal.
2.1 PESO PRÓPRIO
O peso próprio é calculado com a espessura média hm, definida na Figura 2, e
com o peso específico do concreto igual a 25 kN/m3.
Se a laje for de espessura constante, o peso próprio será calculado somando-
se o peso da laje, calculado em função da espessura h1, ao peso dos degraus,
calculado em função da espessura média e/2.
Figura 2. Espessura média para o cálculo do peso próprio
2.2 REVESTIMENTOS
Para a força uniformemente distribuída de revestimento inferior (forro), somada
à de piso, costumam ser adotados valores no intervalo de 0,8 kN/m2 a 1,2
kN/m2.
Para o caso de materiais que aumentem consideravelmente o valor da ação,como por exemplo o mármore, aconselha-se utilizar um valor maior.
2.3 AÇÃO VARIÁVEL (OU AÇÃO DE USO)
Os valores mínimos para as ações de uso, especificados pela NBR 6120
(1980), são os seguintes:
• escadas com acesso público: 3,0 kN/m2;• escadas sem acesso público: 2,5 kN/m2.
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Ainda conforme a NBR 6120 (1980), em seu item 2.2.1.7, quando uma escada
for constituída de degraus isolados, estes também devem ser calculados para
suportar uma força concentrada de 2,5 kN, aplicada na posição mais
desfavorável. Como exemplo, para o dimensionamento de uma escada com
degraus isolados em balanço, além da verificação utilizando-se ações
permanentes (g) e variáveis (q), deve-se verificar o seguinte esquema de
carregamento, ilustrado na Figura 4.
Figura 3. Degraus isolados em balanço: dimensionamento utilizando-se a forçaconcentrada variável Q
Degraus Isolados
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2.4 GRADIL, MURETA OU PAREDE E PEITORIL
Quando a ação de gradil, mureta ou parede não está aplicada diretamente
sobre uma viga de apoio, ela deve ser considerada no cálculo da laje. A rigor
esta ação é uma força linearmente distribuída ao longo da borda da laje. Noentanto, esta consideração acarreta um trabalho que não se justifica nos casos
comuns. Sendo assim, uma simplificação que geralmente conduz a bons
resultados consiste em transformar a resultante desta ação em outra
uniformemente distribuída, podendo esta ser somada às ações anteriores. O
cálculo dos esforços é feito, então, de uma única vez.
a) Gradil
O peso do gradil varia, em geral, no intervalo de 0,3 kN/m2 a 0,5 kN/m2.b) Mureta ou parede
O valor desta ação depende do material empregado: tijolo maciço, tijolo
cerâmico furado ou bloco de concreto. Os valores usuais, incluindo
revestimentos, são indicados no Quadro 1
Quadro 1. Ações para mureta ou parede
c) Peitoril
Segundo o item 2.2.1.5 da NBR 6120 (1980), ao longo dos parapeitos e
balcões devem ser consideradas aplicadas uma carga horizontal de 0,8 kN/m
na altura do corrimão e uma carga vertical mínima de 2 kN/m (Figura 4).
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Figura 4. Ações definidas pela NBR 6120 (1980), para parapeitos
3 ESCADAS RETANGULARES
3.1 ESCADAS ARMADAS TRANSVERSALMENTE
Figura 5. Escada armada transversalemente
Este tipo de escada apóia-se geralmente em paredes ou vigas laterais.
Em geral, a taxa de armadura de flexão resulta inferior à mínima (asmín). Nocálculo da armadura mínima recomenda-se usar h1:
asmín = 0,15% bw h1, sendo h1 .≥ 7 cm.
Denominando-se a armadura de distribuição de asdistr, obtém-se:
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O espaçamento máximo das barras da armadura principal não deve ser
superior a 20 cm. Já o espaçamento da armadura de distribuição não deve
superar 33 cm.
3.2 ESCADAS ARMADAS LONGITUDINALMENTE
Figura 6. Escada armada longitudinalmente
O peso próprio é em geral avaliado por m2 de projeção horizontal.
Para o dimensionamento das armaduras considera-se somente a espessura h.
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3.3 ESCADAS COM PATAMAR
Para este tipo de escada, são possíveis várias disposições conforme mostra a
Figura 7. O cálculo consiste em se considerar a laje como simplesmente
apoiada, lembrando que a ação atuante no patamar em geral é diferentedaquela atuante na escada propriamente dita.
Figura 7. Tipos de patamares
Considerando-se o cálculo mencionado (escada simplesmente apoiada), deve-
se tomar muito cuidado no detalhamento da armadura positiva. A armaduramostrada na Figura 8 (a) tenderá a se retificar, saltando para fora (empuxo ao
vazio) da massa de concreto que, nessa região, tem apenas a espessura do
cobrimento. Para que isso não aconteça, tem-se o detalhamento correto
ilustrado na Figura 8 (b).
Figura 8. Detalhamento da armadura
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3.4 ESCADAS COM LAJE EM BALANÇO
Neste tipo de escada, uma de suas extremidades é engastada e a outra é livre.
Na Figura 9, o engastamento da escada se faz na viga lateral. O cálculo da laje
é bastante simples, sendo armada em uma única direção, com barrasprincipais superiores (armadura negativa).
No dimensionamento da viga, deve-se considerar o cálculo à flexão e à
torção.
Este último esforço deverá ser absorvido por pilares ou por vigas ortogonais.
Figura 9. Degrau em balanço engastado em viga lateral
Na Figura 10, os espelhos dos degraus trabalham como vigas engastadas na
viga lateral, recebendo as ações verticais provenientes dos degraus, dadas por
unidade de projeção horizontal. Já os elementos horizontais (passos) são
dimensionados como lajes, geralmente utilizando-se uma armadura construtiva.
Figura 10 . Degrau (espelho) engastado em viga lateral
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3.5 ESCADAS COM DEGRAUS ENGASTADOS UM A UM(ESCADA EM "CASCATA")
Figura 11. Escada em cascata
Figura 12. Esforços na escada em cascata
Figura 13. Esquema para armadura em escada em cascata
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3.6 ESCADAS EM L
Este tipo de escada pode ter ou não vigas ao longo do contorno externo.
Figura 14. Escada em L
3.6.1 ESCADA EM L COM VIGAS EM TODO O CONTORNOEXTERNO
Uma escada em L com vigas em todo o contorno externo encontra-se
esquematizada na Figura 15. As reações de apoio podem ser calculadas pelo
processo das áreas, conforme indicado na Figura 16.
Figura 15. Escada em L com vigas laterais
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Figura 16. Escada em L com vigas laterais – reações nas vigas
O processo simplificado ora sugerido para cálculo dos momentos fletores
consiste em dividir a escada conforme o esquema indicado na Figura 17. As
lajes L1 e L2 são consideradas apoiadas em três bordas, com a quarta borda
livre. As ações são admitidas uniformemente distribuídas nas lajes.
Figura 17. Escada em L com vigas laterais – esquema de cálculo
3.6.2 ESCADA EM L SEM UMA VIGA INCLINADA
Uma escada em L, sem uma das vigas inclinadas, encontra-se indicada na
Figura 18 a. A Figura 18 b indica a distribuição das reações de apoio, segundo o
processo das áreas.
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Figura 18. Escada em L sem uma viga inclinada: forma estrutural e esquema das
reações de apoio
O cálculo dos momentos fletores encontra-se esquematizado na Figura 19.
Considera-se que a laje L1 esteja apoiada nas vigas V1 e V2 e na laje L2. Já a
laje L2 é considerada apoiada nas vigas V2 e V3. A reação de apoio da laje L1
na L2, obtida pelo processo das áreas, é considerada uniformemente
distribuída na L2. Esta reação resulta no valor indicado a seguir, que é somado
à ação que atua diretamente na laje L2:
Figura 19. Escada em L sem uma viga inclinada: esquema de cálculo
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Para obtenção dos momentos fletores na laje L1, como já foi visto, podem-se
utilizar tabelas, considerando-se carregamento uniformemente distribuído, três
bordas apoiadas e a outra livre. Já a laje L2 é considerada biapoiada, com:
onde l, no caso, é igual ao comprimento (c + d). e p*, o valor do
carregamento total distribuído na escada.
3.7. ESCADAS COM LANCES ADJACENTES.
Figura 20. Escada com vãos adjacentes
3.7.1 Escada com lances adjacentes, sem as vigas laterais de apoio
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Figura 21. Escada com lances adjacentes sem as vigas laterais de apoio:forma estrutural
Uma escada com lances adjacentes, sem as vigas laterais de apoio, encontra-
se indicada na Figura 21.
A Figura 22 indica a distribuição das reações de apoio segundo o processo dasáreas.
Figura 22. Escada com lances adjacentes sem as vigas laterais de apoio:
reações de apoio
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O cálculo dos momentos fletores encontra-se esquematizado na Figura 23.
Considera-se a laje L1 como estando apoiada nas vigas V1 e V3. Já a laje L2 é
considerada apoiada nas vigas V3 e V5. Os momentos fletores que atuam nas
lajes L1 e L2 são calculados considerando-as biapoiadas:
, sendo l = a + b.
Figura 23. Escada com lances adjacentes sem as vigas laterais de apoio:esquema de cálculo
Exercício 1. Detalhar a escada da figura abaixo considerando:
- fck ≥ 20 Mpa= 2,0 kN/cm2- edificação residencial – escada de uso comum;- cobrimento das armaduras = 2cm- V103 – 15x40 ; Vescada – 10x45- aço CA 50 A-ancoragem da armaduras conforme NBR 6118/2003
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285,0 bd f
M k
cd
d = K deve ser menor que KL (0,376)
)211(85,0 k f
bd f A yd
Lcd s −−=
Aço
CA/tensão(KN/cm2)
25 40A 40B 50A 50B 60A 60B
kL 0,427 0,396 0,315 0,376 0,301 0,358 0,289
Exercício 2. Detalhar a escada da figura abaixo considerando:
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- fck ≥ 25 MPa;- edificação residencial – escada de uso comum;- cobrimento das armaduras = 2cm- aço CA 50 A-ancoragem da armaduras conforme NBR 6118/2003
15
15
100130
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Exercício 3. Detalhar a escada da figura abaixo considerando:- fck ≥ 20 MPa;-hmínimo = 10cm-dimensões dadas: e=18cm ; p=28cm- cobrimento das armaduras = 2cm
- aço CA 50 A-Carregamentos a considerar:• edificação residencial – escada sem acesso público – Qacidental =
2,5kN/m2;• Revestimento cerâmico – Qrevestimento = 1,2kN/m2;• Qalvenaria=2,5kN/m2 (bloco de concreto de 15cm de espessura)
-ancoragem da armaduras conforme NBR 6118/2003:
-Fórmulas de cálculo:
2
85,0 bd f
M k
cd
d = K deve ser menor que KL (0,376)
)211(85,0
k f
bd f A
yd
Lcd s −−=
Aço
CA/tensão(KN/cm2)
25 40A 40B 50A 50B 60A 60B
kL 0,427 0,396 0,315 0,376 0,301 0,358 0,289
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