Características gerais da Madeira A madeira é um tecido complexo devido a sua formação por...

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Características gerais da MadeiraA madeira é um tecido complexo devido a sua formação por diferentes tipos de células, as quais desempenham diferentes funções.

Características gerais da Madeira

• 1. Casca externa

• 2. Casca interna• 3. Câmbio• 4. Alburno• 5. CerneAs células do câmbio são vivas e capazes de se dividirem repetidas vezes

MADEIRA – CONÍFERAS E FOLHOSAS

• Existem muitas espécies produtoras de madeiras, cada uma possuindo características anatômicas distintas. Os tipos de células do lenho, suas porcentagens, e arranjos diferem entre as diversas espécies de árvores.

MADEIRA – CONÍFERAS

• A massa específica básica das Coníferas de modo geral variam entre 300 a 600 kg.m-3, com média em torno de 400 kg.m-3. No gênero Pinus por exemplo, existem espécies que produzem madeiras mais densas ou duras e madeiras menos densas ou macias, Figuras 9 e 10.enquanto que a massa especifica básica das Folhosas varia entre 200 a 1.200 kg.m-3, sendo a média em torno de 600 kg.m-3 .

MADEIRA –FOLHOSAS

• As Folhosas possuem elementos celulares especializados, os vasos na função de condução e as fibras na de sustentação. As características destes elementos celulares condizem com suas funções. Os vasos se apresentam com diâmetros relativamente grandes, freqüentemente com paredes finas e aberturas ou perfurações largas. As fibras tem diâmetros relativamente pequenos e freqüentemente paredes espessas. e pequenas aberturas.

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DA MADEIRA

Fatores determinantes das características:

• o solo,• o clima,• condições locais de onde provém a

árvore,• a espécie e sua fisiologia,• a anatomia do tecido lenhoso,• a variação da composição química.

Fatores naturais • A espécie botânica da madeira• Densidade• A localização da peça no lenho• A presença de defeitos• A umidade

Fatores tecnológicos

Fatores determinantes das propriedades:

Propriedades físicas da madeira: Condutibilidade elétrica e térmica, Condutibilidade sonora, Modulo de elasticidade, Retratilidade, Resistência ao fogo,

(CALIL JUNIOR apud RITTER,

1990)

Propriedades mecânicas:COMPRESSÃO

A) compressão axial; B) compressão normal as fibras (CALIL apud RiTTER, 1990).

TRAÇÃOA) tração paralelas as fibras (CALIL apud RITTER, 1990)

B) tração normal as fibra (CALIL apud RITTER, 1990)

Baixos valores de deformação e elevados valores de resistência.

Baixos valores de resistência. Deve ser evitado em projetos.

CISALHAMENTO

A) cisalhamento horizontal; B) cisalhamento Rolling (CALIL apud RITTER, 1990).

Plano de cisalhamento perpendicular as fibras = alta resistência ao cisalhamento. Plano de cisalhamento paralelo à fibra ocorre cisalhamento horizontal. Se a direção das tensões é perpendicular as fibras, tendência desses elementos rolarem um sobre os outros (cisalhamento Rolling). Menor resistência ao cisalhamento horizontal.

TORÇÃO

É a capacidade do material de absorver energia pela deformação. NBR 7190 (1997), prevê o ensaio de flexão dinâmica (resiliência).

RESISTÊNCIA AO CHOQUE

NBR 7190 (1997), recomenda evitar a torção de equilíbrio em peças de madeira em virtude do risco de ruptura por tração normal às fibras, decorrente do estado múltiplo de tensões atuantes.

Parâmetros de Ensaios:

Amostragem:

• O volume do lote deve ser inferior a 12 m3

• 6 corpos-de-prova para caracterização simplificada

• 12 corpos-de-prova para espécies pouco conhecidas

Teor de umidade Esquema para extração de corpos-de-prova das peças (NBR 7190, 1997).

Estabilidade dimensional ou retratilidade da madeira

Curvas de retratilidade volumétrica e linear (Pinho do Paraná, IPT) (Bauer, 1979)

Madeira material anisotrópico, as retrações ou inchamentos são diferenciados segundo as direções principais:

Longitudinal (axial), Radial e Tangencial à peça

Efeitos de retratilidade em peças de madeira. (Bauer, 1979)

PRODUÇÃO

CORTE TORAGEM FALQUEJO

DESDOBRO APARELHAMENTO DAS PEÇAS

PRODUÇÃO

DEFEITOSAnomalia que prejudique o emprego do material,

comprometendo sua resistência, durabilidade e trabalhabilidade, reduzindo assim, sua aplicabilidade.

DEFEITOS DE CRESCIMENTO:

Defeitos dos nós: Conseqüência do envolvimento de ramos vivos ou mortos por sucessivos anéis de crescimento.Defeitos de desvio de veio e provocados por ventos: De veio são devidos ao crescimento das fibras periféricas, quando o crescimento interno permanece estacionário. De vento são os descolamentos, separações descontínuas entre as fibras ou anéis de crescimento, (golpes ou ações dinâmicas)

DEFEITOS DE PROCESSAMENTO: fraturas, fendas e machucaduras do abate, cantos quebrados e fibras cortadas na serragem ou por desdobro variação da seção transversal

DEFEITOS DE SECAGEM:Provocados pela retrabilidade do material na perda de umidade pelos processos de secagem natural ou artificial.

RachadurasFendilhamentoEmpenamentos Modelos de empenamento. a) Empenamento no

sentido longitudinal, b) Empenamento torcido.

( Mainieri, 1983 )

DEFEITOS POR ATAQUES BIOLÓGICOS: Predadores, fungos e insetos, causam reduções consideráveis na seção resistente de peças estruturais e agravamento dos demais defeitos preexistentes.

Apodrecimento: desintegração avançada da madeira,

Bolor: formação fúngica de aspecto esbranquiçado na superfície da madeira sob a ação do calor e da umidade,

Furo de insetos: orifício provocado por insetos na madeira em qualquer fase de sua evolução

Madeira atacada por fungos de podridão. Fonte: Laboratório Nacional de

Engenharia Civil

PRESERVAÇÃO E TRATAMENTOS

A durabilidade da madeira é uma característica muito relativa que depende, além da sua resistência natural aos agentes de deterioração, das suas condições de umidade e das condições do ambiente onde é empregada.Causas de deterioração: a putrefação ou podridão, por fungos e bactérias ação dos insetos a ação dos moluscos e crustáceos fatores meteorológicos, fogo, agentes químicos fortemente concentrados, etc. Ibracon

Brazolin et al (2004) - Sistema de Classes de Risco baseado nas condições de exposição ou uso da madeira,

MÉTODO DE TRATAMENTO E PRODUTOS

DESENSEIVAMENTOInvariabilidade de volume e resistência aos agentes de deterioração, retira-se a seiva por diluição natural ou artificial.

PRODUTOS PRESERVATIVOS: Oleosos Óleos-solúveis HidrossolúveisPROCESSOS DE APLICAÇÃO: Sem pressão Com pressão

PROCESSO CURATIVO – FUMIGAÇÃO Eficiente no combate aos insetos Ação de gás tóxico

A UTILIZAÇÃO DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Usos temporários

peças na forma de vigas, caibros, ripas,pranchas e tábuas; pontaletes empregados em andaimes, escoramento e fôrmas para concretos; forros, painéis, lambris e guarnições, de utilidade geral, esquadrias (portas, venezianas), caixilhos; assoalhos (tábuas corridas, tacos, tacões e parquetes).

De forma definitiva

Os produtos derivados da madeira:•chapas de partículas orientadas (OSB);•chapas de partículas não orientadas (WB);•chapas isolantes de fibras;•chapas de média densidade de fibras (MDF) • chapas duras de fibras;•chapas sarrafeadas;•chapas compensadas e as chapas compostas.

Madeira Aglomerada

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