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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO CENTRAL PROFESSOR
APPARECIDO DOS SANTOS - UNICEPLAC
ARQUITETURA E URBANISMO
THAÍS PAULINO ALMEIDA
UNIDADE DE ACOLHIMENTO SOCIAL:
DESTINADA A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
GAMA – DF
2018
THAÍS PAULINO ALMEIDA
UNIDADE DE ACOLHIMENTO SOCIAL:
DESTINADA A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como parte das atividades
para obtenção do título de Bacharel, do
curso de Arquitetura e Urbanismo da
UNICEPLAC - Centro Universitário Do
Planalto Central Professor Apparecido
Dos Santos.
Orientador: Professor Raul Chagas.
Gama – DF
2018
UNIDADE DE ACOLHIMENTO SOCIAL:
DESTINADA A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como parte das atividades
para obtenção do título de Bacharel, do
curso de Arquitetura e Urbanismo da
UNICEPLAC - Centro Universitário Do
Planalto Central Professor Apparecido
Dos Santos.
Gama DF, 28 de junho de 2018.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Orientador Raul Chagas
____________________________________________
Prof. ______________________________
__________________________________________
Prof. ______________________________
__________________________________________
Prof. ______________________________
__________________________________________
Prof. ______________________________
Dedico este trabalho aos que me
acompanharam no dia a dia, direta ou
indiretamente, e com seu carinho, me deu
forças e energias positivas,
compreendendo minhas ausências e
sempre torcendo por mim. Em especial
aos meus pais, Eziel Almeida e Rita
Paulino, pelos valores que me ensinaram
apoio, compreensão e presença.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de chegar até aqui, de me
proporcionar forças para superar cada obstáculo e por ter guiado meus passos
durante essa trajetória.
A todos os amigos que ao longo desta jornada fizeram parte e me auxiliaram
em todos esses anos de esforço, dedicação e renúncias, mas que ao mesmo tempo
me proporcionou muita satisfação, tanto nos momentos alegres, quanto nos de
dificuldade.
Sou grata a todos os professores, mestres e doutores que me ensinaram,
incentivaram, apoiaram e foram tão importantes na minha vida acadêmica e
formação profissional.
Em especial quero agradecer a minha família que sempre esteve ao meu
lado, por compreenderem minhas decisões, minhas ausências e por sempre me
apoiarem, dando o suporte necessário para a realização desta etapa tão importante.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo elaborar, para a cidade de Brasília, o
projeto arquitetônico de uma Unidade de Acolhimento a pessoas em situação de
vulnerabilidade social, que de alguma forma perderam contato com suas famílias.
Buscando assim contribuir para o desenvolvimento físico e social, prover maior
dignidade aos que estão nesta situação, através do ambiente construído e das
possibilidades de interação espacial do projeto de arquitetura social.
Palavras Chaves: Acolhimento, Arquitetura Social, Vulnerabilidade.
ABSTRACT
The present work aims to elaborate, for a city of Brasilia, the architectural
project of a Reception Unit of a person in a situation of social vulnerability, that in
some way can lose contact with their families. Seeking, therefore, to contribute to the
physical and social development, to demonstrate greater dignity to those who are in
this situation, through the built environment and the possibilities of spatial interaction,
of the social architecture project.
Key Words: Hosting, Social Architecture, Vulnerability.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Fachada do Edifício. ............................................................................ 22
Figura 2- Pátio Interno. ....................................................................................... 23
Figura 3- Pavilhão adaptado para dormitórios ao ar livre.................................... 23
Figura 4- Planta de Implantação. ........................................................................ 24
Figura 5- Planta de Pavimento Térreo. ............................................................... 24
Figura 6- Planta Segundo Pavimento. ................................................................ 25
Figura 7- Planta Terceiro Pavimento................................................................... 25
Figura 8- Fachada do Edifício. ............................................................................ 27
Figura 9- Fachada do Edifício. ............................................................................ 27
Figura 10- Planta de Setorização. ....................................................................... 29
Figura 11- Planta Baixa Bloco C. ........................................................................ 30
Figura 12- Fachada do Bloco C. ......................................................................... 30
Figura 13- Cozinha ............................................................................................. 31
Figura 14- Pátio. ................................................................................................. 31
Figura 15- Refeitório ........................................................................................... 32
Figura 16- Mapa Meso ........................................................................................ 35
Figura 17- Mapa Micro mostra vias, equipamentos e serviços públicos
disponíveis. ............................................................................................................... 36
Figura 18- Vias Urbanas. .................................................................................... 37
Figura 19- Tipologia e Equipamentos. ................................................................ 37
Figura 20- Topografia Terreno. ........................................................................... 37
Figura 21- Mapa micro, equipamentos e serviços públicos disponíveis.............. 38
Figura 22- Vias Urbanas. .................................................................................... 39
Figura 23- Tipologia e Equipamentos. ................................................................ 39
Figura 24- Topografia Terreno. ........................................................................... 40
Figura 25- Mapa micro, equipamentos e serviços públicos disponíveis.............. 41
Figura 26- Vias Urbanas. .................................................................................... 41
Figura 27- Tipologia e Equipamentos. ................................................................ 42
Figura 28- Topografia do Terreno. ...................................................................... 42
Figura 29- Fluxograma Primário. ........................................................................ 44
Figura 30- Fluxograma Secundário. .................................................................... 44
Figura 31- Programa de Necessidades. .............................................................. 45
Figura 32- Vias Urbanas, Tipologia, Equipamentos. ........................................... 48
Figura 33- Topografia. ......................................................................................... 48
Figura 34- Croqui evolução da forma. ................................................................. 49
Figura 35- Implantação e Planta de Cobertura. .................................................. 50
Figura 36- Planta Baixa Térreo. .......................................................................... 51
Figura 37- Planta Baixa Pav. Superior. ............................................................... 51
Figura 38- Vista Superior Dormitório. .................................................................. 52
Figura 39- Vista Interna Dormitório. .................................................................... 53
Figura 40- Vista da Varanda. .............................................................................. 53
Figura 41- Corte A-A com detalhe estrutural. ...................................................... 54
Figura 42- Fachada Norte, Sul, Leste e Oeste. ................................................... 54
Figura 43- Marquise e Guarita. ........................................................................... 54
Figura 44- Acesso vista pátio central. ................................................................. 55
Figura 45- Área de Convivência. ......................................................................... 55
Figura 46- Vista dos dormitórios e Varandas. ..................................................... 55
Figura 47- Estacionamento e Pomar................................................................... 56
Figura 48- Perspectiva aérea do edifício. ............................................................ 56
ÍNDICE DE ABREVIAÇÕES
SEDES - Secretaria Adjunta De Desenvolvimento Social
SDH – Secretaria Direitos Humanos
CIEU - Conselho Interagências dos Estados Unidos
MDS – Ministério do Desenvolvimento Social
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
SEDEST – Secretaria de Desenvolvimento Social e transferência de Renda
GDF – Governo do Distrito Federal
NBR – Norma da Associação Brasileira
PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial
RDC – Resolução
NR – Norma Regulamentadora
UnB – Universidade de Brasília
NGB – Norma de Gabarito.
CENTRO POP – Centro de Referência Especializado para População em Situação
de Rua
NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
CODEPLAN – Companhia de Planejamento
PIB – Produto Interno Bruto
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12
1.0 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ........................................................................ 14
1.1 FONTES ....................................................................................................... 14
1.2 LEGISLAÇÕES ............................................................................................ 15
NBR 9050 ..................................................................................................... 15
NBR 15575 ................................................................................................... 15
NORMA DE GABARITO ............................................................................... 16
PDOT ........................................................................................................... 16
RDC 50 ........................................................................................................ 16
LEI Nº 2.105 ................................................................................................. 16
NR 23 ........................................................................................................... 16
2.0 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................. 17
3.0 OBJETIVO ................................................................................................... 18
4.0 OBJETO ...................................................................................................... 19
5.0 ESTUDO DA ARTE ..................................................................................... 21
5.1 – THE BRIDGE HOMELESS ASSISTANCE CENTER ................................. 21
5.2 – CENTRO POP .......................................................................................... 25
5.3 CASA SANTO ANDRÉ ................................................................................ 28
6.0 CIDADE ....................................................................................................... 33
7.0 ANÁLISE DE SÍTIO ..................................................................................... 35
7.1 SÍTIO 01 ....................................................................................................... 35
7.2 SÍTIO 02 ....................................................................................................... 38
7.3 SÍTIO 03 ....................................................................................................... 40
8.0 PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................. 44
9.0 PROJETO .................................................................................................... 47
9.1 CONCEPÇÃO FORMA ................................................................................ 48
9.2 IMPLANTAÇÃO ............................................................................................ 49
9.3 SETORES .................................................................................................... 50
9.4 SISTEMA CONSTRUTIVO ........................................................................... 53
10.0 CONCLUSÃO .............................................................................................. 57
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 58
12
INTRODUÇÃO
O tema a ser desenvolvido se deu pela proximidade de convívio e afinidade,
que acarretaram vínculos pelo contato com pessoas em situação de rua,
despertando assim o interesse. Segundo dados do Serviço Especializado de
Abordagem Social, da SEDES - Secretaria Adjunta De Desenvolvimento Social,
(2015) cerca de 4 mil pessoas vivem em situação de rua no Distrito Federal. O tema
do projeto Unidade de Acolhimento, será destinado a jovens em situação de
vulnerabilidade social. A cidade escolhida foi Brasília por retratar elevado número de
moradores de rua nos centros urbanos da Capital Federal.
De acordo com SDH – Secretaria Direitos Humanos, (2013) o fenômeno dos
sem-abrigo é um processo complexo e evolutivo que se caracteriza por uma
diversidade de trajetórias de vida dos indivíduos ou grupos em questão, em que as
circunstâncias que levam a entrar ou a sair dessa situação são as mais diversas.
Segundo Paula, (2013), a condição das pessoas em situação de rua é um dos
exemplos mais extremos e devastadores da pobreza e exclusão social no mundo.
Segundo Reis, (2012) o processo social chamado população em situação de
rua remonta ao início das primeiras formações sociais, ou seja, existem registros de
pessoas vivendo nas ruas desde o início das primeiras grandes formações sociais
como: Egito, Grécia. China e Roma. Mas é com o início do capitalismo no século XV
que este processo deixa de ser um estilo de vida para se transformar em um
problema social.
Devido ao crescimento econômico desigual, em grande parte dos países
desenvolvidos o número de moradores de rua teve um aumento significativo, e
corroborado pelo CIEU - Conselho Interagências dos Estados Unidos sobre os
Desabrigados, (2017) afirma, que 553 mil pessoas se encontram em condições de
desabrigados.
Segundo o Censo e Pesquisa Nacional, realizado pelo MDS – Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2008), sobre a População em Situação
de Rua foram identificadas 31.922 pessoas em condições de rua, o levantamento foi
realizado em 71 cidades do Brasil, de acordo com os dados, Brasília está entre as 4
cidades com maior número de moradores em situação de rua.
13
No Distrito Federal existem aproximadamente 55 instituições que trabalham
com pessoas em situação de rua, os dados são do Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) e da Secretaria de Desenvolvimento Social e
transferência de Renda (SEDEST/GDF), portanto, sendo insuficientes para atender
à crescente demanda da região.
O sistema construtivo a ser aplicado, visa a adequação do projeto quanto ao
aspecto bioclimático, tendo como base a utilização dos métodos de sustentabilidade
assim como, materiais que oferecem melhor custo benefício. Desse modo, o sistema
construtivo aplicado será pré-fabricado, oferece menor tempo na execução da obra,
evita desperdícios de materiais, consequentemente prevê um sitio sem resíduos,
causando menos impacto ao meio ambiente.
Crianças, adolescentes, jovens, adultos e famílias, que se abrigam sob
marquises, árvores e viadutos do Distrito Federal, devem ser incentivados pela
política social, mas acabam sendo ignorados pela sociedade e poder público, onde
maioria dos serviços e ações não atendem as reais necessidades para solucionar o
problema. O projeto busca trazer uma reeducação social, cultural com novos hábitos
e padrões comportamentais aos jovens, oferecendo a infraestrutura arquitetônica
necessária para atender com eficácia as atividades que serão desenvolvidas no
edifício, buscando executar os princípios sustentáveis, garantindo o conforto e
eficiência.
14
1.0 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
1.1 FONTES
Historicamente não existem documentos que comprovem indícios sobre o
início do contexto dos moradores de rua no Brasil. Contudo, nos estudos realizados
é possível identificar registros históricos em âmbito mundial, que foram
preponderantes para o surgimento deste fenômeno que é a população em situação
de rua.
Segundo Reis, (2012) o processo social chamado população em situação de
rua remonta ao início das primeiras formações sociais, ou seja, existem registros de
pessoas vivendo nas ruas desde o início das primeiras grandes formações sociais
como: Egito, Grécia. China e Roma. Mas é com o início do capitalismo no século XV
que este processo deixa de ser um estilo de vida para se transformar em um
problema social.
Conforme Rocha, (2015) o processo histórico sobre a população de rua no
Brasil é apresentado a partir do final da década de 80, onde o país inicia lentamente
as políticas de Assistência Social. De modo geral a redemocratização do Brasil é
feita a partir da nova Constituição Federal no ano de 1988, onde a Constituição
impulsiona as politicas públicas sociais, como também a direciona a visão política
para as pessoas em situação de rua, que diante do artigo 5º declara que todos
somos iguais perante a lei e os direitos sociais.
Em 2004 segundo (Brasil, SDH, 2013) foi aprovada a Política Nacional de
Assistência Social (Resolução CNAS nº 145, de 15 de outubro de 2004), que atribui
à Proteção Social Especial ao atendimento da população em situação de rua.
Segundo dados do Serviço Especializado de Abordagem Social, da SEDES -
Secretaria Adjunta De Desenvolvimento Social, (2015) cerca de 4 mil pessoas vivem
em situação de rua no Distrito Federal.
A causa do aumento no número de pessoas em situação de rua, do Distrito
federal em sua maioria e devida a crise econômica e problemas estruturais, sejam
por vícios, perdas, indiferenças ou sofrimento, são histórias de vida que acabam se
repetindo mesmo com a diversidade de pessoas. De um modo geral é necessário
reforçar as políticas sociais, além disso é relevante a mudança de mente e visão que
15
a sociedade impõe das pessoas em situação de rua, sendo esse um dos principais
desafios para reinserção à sociedade.
Segundo Paula, (2013), a condição das pessoas em situação de rua é um
dos exemplos mais extremos e devastadores da pobreza e exclusão social no
mundo.
As pessoas em situação de rua vivem diariamente em condições de vida
terríveis, sendo expostas a todas as formas de vulnerabilidade, condições
inaceitáveis que vão contra valores dos Direitos Humanos. Desse modo é
imprescindível que os direitos sejam protegidos, proporcionando assistência social,
saúde, educação e trabalho, tendo como objetivo primordial reverter a situação
vivenciada.
1.2 LEGISLAÇÕES
NBR 9050
A Norma garante acessibilidade as edificações, equipamentos urbanos de
uso coletivo nos espaços públicos e privados. Estabelece critérios e parâmetros
técnicos que devem ser observados quanto ao projeto, construção, instalação e
adaptação de edificações às condições de acessibilidade. Proporciona ainda a
utilização de maneira independente e com segurança aos ambientes, edificações e
mobiliário a uma quantidade maior de pessoas, independente de idade, estatura ou
limitação de mobilidade ou percepção.
NBR 15575
A Norma de Desempenho traz para o desenvolvimento dos edifícios
preocupações com a expectativa de vida útil, o desempenho, a eficiência, a
sustentabilidade e a manutenção dessas edificações. Estabelece vários requisitos
que uma edificação deve atender quanto aos usuários, seu foco está no
comportamento em uso dos elementos e sistemas do edifício no atendimento dos
requisitos dos usuários.
16
NORMA DE GABARITO
As normas de gabarito da cidade estabelecem delimitação de uso do solo
bem como destinação para comércio, habitação, serviço, além de área e cota de
coroamento, ou seja, altura máxima permitida para cada tipologia.
PDOT
O Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) é o instrumento básico
da política territorial. Tem por finalidade propiciar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da propriedade urbana e rural e o uso socialmente justo e
ecologicamente equilibrado de seu território, de forma a assegurar o bem-estar de
seus habitantes.
RDC 50
A Resolução apresenta Regulamento Técnico destinado ao planejamento,
programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde, a ser observado em todo território
nacional, na área pública e privada.
LEI Nº 2.105
A Lei dispõe sobre o Código de Edificações do Distrito Federal que instrui
toda e qualquer obra de construção, modificação ou demolição de edificações.
Estabelece padrões de qualidade dos espaços edificados que satisfaçam as
condições mínimas de segurança, conforto, higiene, saúde e acessibilidade aos
usuários e demais cidadãos, por meio de procedimentos administrativos e preceitos
técnicos que serão observados pela administração pública e pelos demais
interessados e envolvidos no projeto, na execução de obras e na utilização das
edificações.
NR 23
A Norma Regulamentadora (NR 23) estabelece medidas e apresenta
disposições gerais de proteção contra Incêndios, saídas de emergência e
equipamentos de combate ao fogo, que devem dispor os locais de trabalho, visando
à prevenção da saúde e da integridade física dos usuários.
17
2.0 PROBLEMATIZAÇÃO
No Brasil, a ocorrência de pessoas em situação de rua e algo complexo e
típico das grandes cidades. São pessoas que se encontram num ciclo de pobreza,
com vínculos familiares fragilizados onde a maioria apresenta problemas com álcool
e drogas.
A sociedade fecha os olhos para essas pessoas que acabam se tornando
seres invisíveis, sendo alimentados por medo e desesperança. Sem ter quem os
direcione, milhares pessoas, sem bases sólidas, com sérios transtornos
psicológicos, traumatizados, sem noção e sentido de existência, esperança ou foco
na vida, encontram nas ruas uma saída ilusória para a situação.
O Eixo central de Brasília é a área de maior concentração de moradores em
situação de rua. Estudo realizado pelo Departamento de Sociologia da Universidade
de Brasília (UnB), constatou que os lugares que apresentam maior índice são as
superquadras 306/307 Norte e a Rodoviária do Plano Piloto.
18
3.0 OBJETIVO
A Unidade de Acolhimento tem por finalidade a aplicação de método
Institucional e traz o conceito de entidade filantrópica, que será destinada a adultos
de modo geral, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, que apresentam
em sua maioria necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Tem com o objetivo de garantir proteção integral, garantindo privacidade,
respeitando costumes, tradições e a diversidade de: ciclos de vidas, arranjos
familiares, raça/etnia, religião e gênero.
O projeto apresenta como finalidade proporcionar acolhimento, refúgio,
segurança, abrigo, educação, esporte, lazer e cultura. Oferecendo o suporte
necessário como moradia, busca de emprego, garantindo espaços de convivência e
espaços de introspecção, com as mais diversas atividades proporcionadas como
aulas dinâmica, local para realizar eventos internos, horta comunitária, quadras de
esporte, academia, contato com a natureza, atendimento psicológico e com
assistentes sociais, ateliê de arte, biblioteca, laboratórios de computadores e
Auditório. Onde o tempo de permanência na unidade são de seis meses, podendo
variar de acordo com a necessidade de cada pessoa.
O projeto propõe uma reeducação social, cultural com novos hábitos e
padrões comportamentais para adultos, onde será oferecida toda a infraestrutura e
assistência necessária. Tendo como objetivo beneficiar pessoas que se encontram
em condições desfavorável, residindo em ruas da cidade, bem como conduzir, um
projeto de interesse social de fundamental importância que traga benefícios a
sociedade.
19
4.0 OBJETO
Trata-se de uma Instituição filantrópica, composta por setor de apoio, setor
de serviço, administrativo e lazer que tem por fim proporcionar oportunidade de
moradia, educação e cultura.
O projeto traz consigo o conceito de acolhimento para pessoas em situação
de vulnerabilidade. Com isso a ideia de forma é algo que traga boas sensações,
sentimentos de abraço e acolhimento oferecidos pelo ambiente. Diante disso será
trabalhada a ideia de blocos separados, portanto interligados diretamente entre si,
que serão locados em melhor condição topografia e bioclimática do terreno,
representando a ideia reconfortante de se estar protegido e acolhido, a tipologia dos
blocos será térrea, de acordo com maior necessidade o limite será de até 3
pavimentos conforme NGB – Norma de Gabarito.
Com diferentes usos, áreas que serão acessadas ao público e com a
extensão do programa de necessidades é indispensável manter segura as pessoas
acolhidas, no entanto permanece a importância de analisar os setores e suas
conexões de forma a atender todos esses requisitos com aspecto harmônico,
evitando barreiras que comprometam a sensação de acolhimento.
A quantidade de pessoas que serão atendidas, foi definida de modo
quantitativo, analisando critérios dos estudos de caso usados como referência e
outras unidades de acolhimento da região que estão de acordo com as normas e
critérios, com isso a Unidade de Acolhimento terá capacidade para atender 50
pessoas.
Tem como objetivo aplicar medidas socioeducativas e reintegração social,
com isso a unidade de acolhimento e de característica transitória, onde o tempo de
permanência varia de acordo com a necessidade do acolhido, e a entrada na
unidade é de caráter voluntario. Destaca como importante na concepção a
realização de diferentes atividades em grupos permitindo a socialização, e o
desenvolvimento de vínculos afetivos entre os acolhidos e cuidado.
No que se refere ao conforto ambiental do edifício, as aberturas devem
permitir a ventilação natural cruzada, aproveitando a luz natural de modo a proteger
as fachadas que recebem maior incidência solar.
O sistema construtivo a ser aplicado, visa a adequação do projeto quanto ao
aspecto climático predominante da região do Distrito Federal, que se enquadra na
20
zona bioclimática 4, tendo como base a aplicação dos métodos de sustentabilidade
assim como, materiais que oferecem melhor custo benefício. Desse modo, o sistema
construtivo aplicado será de estrutura metálica, oferece menor tempo na execução
da obra, evita desperdícios, consequentemente prevê um sitio sem resíduos,
causando menos impacto ao meio ambiente. O segregamento dos ambientes
internos serão de steel frame, revestidos com manta mineral lã de rocha que se
caracteriza pelo isolamento termo acústico prevendo, contudo, um conforto
ambiental pertinente. A aplicação dos materiais serão funcionais no requisito ao
conforto ambiental pertinente do projeto.
21
5.0 ESTUDO DA ARTE
As análises de estado da arte foram feitas em 03 obras existentes, que
auxiliam na inspiração para a elaboração do projeto da Unidade de Acolhimento
Social, entre elas estão o The Bridge, Centro POP e Casa Santo André. Os projetos
apresentam forma de integrar a população com sociedade, no quesito a profissão,
educação, requalificação, etc.
5.1 – THE BRIDGE HOMELESS ASSISTANCE CENTER
The Bridge é um Centro de Assistência a pessoas em situação de rua.
Projetado pelo escritório Overland Partnes, concluída em 2008, está localizado no
centro de Dallas, Texas, EUA, a instalação possui cerca de 75.000.00 m². O projeto
apresenta novo modelo de abrigo para lidar com a falta de moradia em Dallas.
Ganhou o prêmio “Best Architectural Entry” em uma competição que homenageia
edifícios para desabrigados e busca novas maneiras de lidar com a falta de moradia.
The Bridge oferece, cuidados de emergência e habitação transitoria para
mais de 6.000 pessoas da cidade sem abrigo a longo prazo. A infraestrurura é
composta por cinco prédios (Figura 04), onde cada edificio atende a um tipo de
assistência, locados em torno de um pátio central aberto, tento como foco um
refeitório, dando espaço para áreas verdes externas ao ar livre, gerando ambiente
amplo e agradável para descanso e convivência,
O projeto possui um programa diversificado, inclue nas atividades oferecidas
dormitórios, setor de apoio a saúde mental e fisica, higienização, consultorios
médicos, escritórios de advocacia e aconselhamento, lavanderia, setor para
crianças, biblioteca, refeitório, setor de treinamento, local para cuidado de animais e
um pavilhão de dormitorios ao ar livre.
As atividades foram divididas da seguinte forma: Um edificio com 3
pavimentos (Figura 05, 06 e 07), onde o térreo e voltado para área educacional e
atendimento médico, segundo pavimento com áreas para trabalho e quartos
individuais, e no terceiro pavimento com administração, dormitorios e apartamentos.
Os outros blocos são de pavimentos térreos (Figura 05) onde se tem um bloco
destinado para recepção e área comunitaria como higienização e biblioteca, outro
22
bloco para refeições e área de banho e um bloco que funciona como pavilhão de
dormitorios ao ar livre. O projeto expressa uma conexão entre os blocos térreos com
a praça central.
Os materiais ultilizados no edificio consiste em tijolos, metal, e vidro (Figura
01). O bloco de acesso possui um projeto artistico com painéis de vidro colorido na
fachada principal, o remete a uma melhor visibilidade.
O projeto apresenta relevancia na composição de uma praça central aberta
com área verde (Figura 02), ambiente de dormitórios ao ar livre (Figura 03), algo não
comum a outros centros de acolhimento porém torna-se funcional no contexto.
Contudo, esse estado de arte tornou uma referência importante em toda a
concepção de forma geral.
Figura 1- Fachada do Edifício.
Fonte: archdaily, 2018.
23
Figura 2- Pátio Interno.
Fonte: archdaily, 2018.
Figura 3- Pavilhão adaptado para dormitórios ao ar livre.
Fonte: archdaily, 2018.
24
Figura 4- Planta de Implantação.
Fonte: archdaily, 2018.
Figura 5- Planta de Pavimento Térreo.
Fonte: archdaily, 2018.
25
Figura 6- Planta Segundo Pavimento.
Fonte: archdaily, 2018.
Figura 7- Planta Terceiro Pavimento.
Fonte: archdaily, 2018.
5.2 – CENTRO POP
Os Centros Pop possuem um atendimento especializado para pessoas em
situação de rua, realiza serviço de atendimentos especializados individuais e
coletivos para jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam a rua como espaço de
moradia e/ou sobrevivência. No caso de crianças o serviço e realizado quando
estiverem acompanhadas de familiar ou pessoa responsável. O serviço pode ser
acessado de forma espontânea pela pessoa em situação de rua a qualquer
momento, por encaminhamento do Serviço Especializado em Abordagem Social, por
26
outros serviços de assistência social e por órgãos do Sistema Judiciário. Tem como
objetivo ser um espaço de convivência social e desenvolvimento da sociabilização
da população em situação de rua, um local de preparo para que essa população
possa se reintegrar à sociedade.
O local para funcionar o Centro Pop, foi escolhido pela proximidade com o
centro da cidade, com terminal de ônibus e estação ferroviária, além de ser próximo
a uma via caracterizada pela grade incidência da população que fazem pernoite na
área.
No que se refere a infraestrutura do Centro Pop de Mogi das Cruzes, o local
é uma residência adaptada que atende a veracidade das necessidades, está situada
na região metropolitana de São Paulo, munícipio de Mogi das Cruzes, no bairro
Mongilar.
Atende uma média de 20 a 25 pessoas diariamente. Os agentes sociais
fazem a abordagem nas ruas, trazem essas pessoas para o Centro POP, onde se
faz a triagem e encaminha o acolhido para uma unidade de acolhimento ou outra
entidade com vaga disponível. O funcionamento acontece das 8h às 17h, de 2a a 6a
feira. Compõem o grupo de funcionários dois psicólogos, dois assistentes sociais,
dois auxiliares administrativos, quatro agentes sociais, dois motoristas e um diretor.
A instituição oferece banho, almoço, atividades diversas que trabalham a
sociabilização e convivência, e o atendimento individual com psicólogos e
assistentes sociais. O sobrado possui garagem, recepção, dois banheiros com
ducha e vaso sanitário para os acolhidos, e um para funcionários, além de um
lavabo no salão de atividades, quatro salas para atendimento psicológico/
assistenciais, uma sala administrativa, uma sala para o diretor, cozinha para os
funcionários, pátio externo, biblioteca, dois depósitos e um almoxarifado (Figura 09).
A fachada do edifício remete a um estilo clássico e expressa um aspecto de
ambiente acolhedor característico de um edifício residencial. (Figura 08)
27
Figura 8- Fachada do Edifício.
Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2018.
Figura 9- Fachada do Edifício.
Fonte: Silva, Ana (2018).
28
5.3 CASA SANTO ANDRÉ
A Associação Casa Santo André é uma entidade sem fins lucrativos e tem
a missão de ajudar os moradores de rua a ter uma chance de reconstruir sua
história, oferecendo a essas pessoas a oportunidade de retomar suas vidas, voltar à
atividade profissional e reestruturar seu lar.
Apresenta um trabalho multidisciplinar atuando no resgate dos moradores de
rua. Conta com o apoio de voluntários, para realização de diversas atividades.
Diante disso oferece alimentação, assistência espiritual, atendimento psicossocial,
encaminhamento hospitalar, entre outros serviços.
O Acolhimento acontece também de modo voluntario, no qual as pessoas
em situação de rua conhecem a casa podendo ficar ou retornar quando se sentir
mais confortável.
São oferecidos cursos para que os moradores de rua e dependentes
químicos possam qualificar-se e mudar de vida. A Casa Santo André também
oferece um ambiente familiar àqueles que necessitam.
A edificação é setorizada por blocos, que agrega as seguintes atividades
(Figura 10):
Bloco A: Acesso principal, recepção, sala de oficina para qualificação
profissional;
Bloco B: Salas de apoio, odontologia, psicologia, assistente social;
Bloco C (Figura 11): Dormitórios, refeitório (Figura 15), cozinha (Figura
13), vestiários, banheiro, capela, recepção (Figura 12) salas administrativas, serviço;
Bloco D: Serviço, lavanderia;
Bloco E: Deposito de materiais para manutenção, serralheria;
Bloco F: Deposito, almoxarifado, administrativo, banheiro.
Agrega ainda uma grande área externa para lazer (Figura 14)
29
Figura 10- Planta de Setorização.
Fonte: LOCAL, 2018.
30
Figura 11- Planta Baixa Bloco C.
Fonte: Local, 2018.
Figura 12- Fachada do Bloco C.
Fonte: Site da Instituição, 2018.
31
Figura 13- Cozinha
Fonte: Site da Instituição (2018)
Figura 14- Pátio.
Fonte: Site da Instituição (2018)
32
Figura 15- Refeitório
Fonte: Site da Instituição (2018)
33
6.0 CIDADE
Brasília está localizada, na região Centro-Oeste do país, a cidade é a sede
do Distrito Federal. A construção ocorreu entre os anos de 1956 a 1960, a partir de
um projeto urbanístico moderno, mediante o “Concurso Nacional do Plano Piloto da
Nova Capital do Brasil”, organizado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital
Federal do Brasil – NOVACAP, onde a proposta vencedora foi do arquiteto e
urbanista Lúcio Costa, que apresentou uma ideia simples partida do traço de dois
eixos que se cruzam em ângulo reto, como sinal de uma cruz, diante do projeto
urbanístico da cidade aprovado o arquiteto Oscar Niemeyer foi escolhido como
responsável pela construção dos monumentos. A Cidade de Brasília foi inaugurada
em 1960 pelo então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek. A ideia de transferir
a capital já estava prevista na Constituição de 1891. Brasília apresenta
características importantes não apenas pela questão política, mas também por ser
um espaço dotado de uma organização espacial interessante, planejado e
organizado para fins específicos. Neste sentido, a história, a economia e os
aspectos turísticos de Brasília refletem um pouco da complexidade e importância
deste espaço no cenário nacional.
Diante da construção de Brasília foram surgindo pequenos acampamentos
ao redor do Plano Piloto para abrigar os trabalhadores que vieram para construir a
nova capital, o que compôs inicialmente as cidades satélites, atualmente tornou – se
regiões administrativas que compõem o Distrito Federal.
A cidade foi concebida como patrimônio Cultural da Humanidade,
reconhecida pela concepção modernista, que integram a escala monumental, com
os grandes espaços e construções, e à intenção bucólica na convivência ao redor de
grandes áreas verdes. Os monumentos integram ao plano urbanístico que expressa
uma arquitetura ligada a arte.
A migração da população de diversas regiões do país para a construção de
Brasília, foi o que tornou a cidade povoada a partir de uma miscigenação, ou seja,
reuniu diversos fragmentos o que resultou numa identidade própria da região.
No último censo realizado pelo IBGE em 2010, a população era de
2.570.160 habitantes, em 2017 estima-se mais de 3 milhões de pessoas na capital
federal. As mulheres correspondem 52%, com idade média de 30 anos. A
expectativa de vida é de 77,6 anos, a densidade demográfica é de 444,66 hab/km².
34
A maioria dos imigrantes ainda hoje vem da região Nordeste, principalmente
Bahia, Maranhão e Piauí, e do Centro-Oeste, a maior parte de Goiás. A capital atrai
imigrantes por conta das oportunidades de trabalho, principalmente no setor público.
A maioria dos imigrantes ainda hoje vem da região Nordeste, principalmente Bahia,
Maranhão e Piauí, e do Centro-Oeste, a maior parte de Goiás.
Segundo dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) (2015),
população economicamente ativa da cidade é 71,8% trabalha na área de serviços
diversos, sendo que 15% é servidor público, defesa ou seguridade social. A cidade
apresenta um índice alto do Produto Interno Bruto (PIB) fator este que demonstra o
desenvolvimento econômico e social de Brasília, do mesmo modo o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de Brasília é alto, e demonstra que em teoria a
população apresenta uma condição boa de vida.
Assim como outros grandes centros urbanos, Brasília apresenta problemas
sociais. A formação das regiões administrativas, se deu pela marginalização de
pessoas que não se enquadravam no plano piloto no contexto da constituição de
Brasília. Estas regiões administrativas estão ao entorno de Brasília e são moradia de
uma significativa parcela de trabalhadores que se deslocam pendularmente para
trabalhar na capital. Em geral as cidades foram constituídas sem planejamento,
portanto, não apresentam uma adequada infraestrutura e oferta de serviços aos
seus habitantes.
O clima de Brasília determinado tropical, apresenta temperatura média de 22
°C e variações que vão de 13 °C a 28 °C ao longo do ano.
O Distrito Federal é tomado pelo Cerrado, onde dispõe de diversidade da
fauna e flora, constituída de espécies que se adaptam ao clima seco e aos terrenos
com pouca água e baixo nível de nutrientes. Brasília é composta por grandes áreas
verdes que enfeitam boa parte da cidade, Brasília integra grande variedade de
vegetação a maioria nativa, típica do cerrado e de porte médio. De modo a garantir a
preservação, muitas espécies são tombadas pelo Patrimônio Ecológico do Distrito
Federal.
35
7.0 ANÁLISE DE SÍTIO
Os locais demarcados indicam os pretendidos sítios para implantação do
projeto (Figura 16), que apresentam de modo geral características similares, como
por exemplo os três sítios a serem analisados atendem pela NGB 01/86, que permite
edificação institucional com finalidade filantrópica.
Figura 16- Mapa Meso
Fonte: Google Earth.
7.1 SÍTIO 01
Identificada na figura 17 como Área „A‟, o sítio está situado na região norte
do Plano Piloto, especificamente no Setor de Grandes Áreas Norte 915 – Asa Norte,
a margem da Via W5 Norte, o local atualmente está vazio e conta com uma
vegetação escassa. O acesso principal está direcionado a leste, com vias urbanas
que facilitam o acesso de diversos modais de transporte (Figura 18) sendo que a
distância percorrida pelo pedestre do ponto de ônibus ao sitio e aproximadamente
36
400 metros, a área possui um desnível considerável de 5 metros (Figura 20). O
tamanho do terreno é de 300,00m x 60,00m, uma área total de 18.000 m².
No que diz sobre bioclimatismo o sitio proporciona conforto físico dos
indivíduos, que está ligado a condição climática que o projeto proporciona. Relativo
aos ventos, insolação e acústica.
Tornando funcional no requisito ao desempenho funcional do lugar e suas
proximidades. A área apresenta como característica uma agradabilidade visual e
conforto na percepção de todo espaço tomada por residências em sua maioria térreo
e edifícios institucionais o que reduz o fluxo intenso de veículos na região (Figura
19), calçadas largas favorece o pedestre. A topografia do terreno é considerável
uma declividade de cinco metros, a proposta do projeto e trabalhar em blocos
distintos, o que não implica em ter disposição de níveis diferentes desde que todos
acessíveis.
Figura 17- Mapa Micro mostra vias, equipamentos e serviços públicos disponíveis.
Fonte: Google Maps.
37
Figura 18- Vias Urbanas.
Fonte: Google Earth.
Figura 19- Tipologia e Equipamentos.
Fonte: Google Earth.
Figura 20- Topografia Terreno.
Figura 20 – Fonte: SICAD (Quadrante 103).
38
7.2 SÍTIO 02
Identificada na figura 21 como Área „B‟, o sítio está situado na região sul do
Plano Piloto, especificamente no Setor de Grandes Áreas Sul 903 – SGAS I – Asa
Sul, a margem da Via W5 Sul, o local atualmente está vazio e conta com uma
vegetação escassa. O acesso principal está direcionado a sudeste, com vias
urbanas que facilitam o acesso de diversos modais de transporte (Figura 22) sendo
que a distância percorrida pelo pedestre do ponto de ônibus ao sitio e
aproximadamente 500 metros, a área possui um desnível considerável de três
metros (Figura 24). O tamanho do terreno é de 200,00m x 50,00m, uma área total de
10.000 m².
No que diz sobre bioclimatismo o sitio proporciona conforto físico favorável
aos indivíduos pela sua disposição relativo aos ventos e insolação. Tornando
funcional no requisito ao desempenho do lugar e suas proximidades com comercio,
escola, faculdade, hospital, etc (Figura 23). A área apresenta agradabilidade visual e
conforto na percepção de todo espaço, o que traz desconforto e em relação ao
aspecto sonoro por conta de tantos edifícios comerciais próximo ao sítio, porem as
calçadas largas e sombreadas favorece o pedestre. A topografia do terreno é
consideravelmente plano sua declividade de três metros. A questão econômica
financeira pra o local e viável por ter uma topografia praticamente plana, o que reduz
o custo na superestrutura, e o posicionamento em relação a carta solar e bem
considerável pois necessitara de menos recurso para um bom desempenho térmico.
Figura 21- Mapa micro, equipamentos e serviços públicos disponíveis.
Fonte: Google Maps.
39
Figura 22- Vias Urbanas.
Fonte: Google Earth.
Figura 23- Tipologia e Equipamentos.
Fonte: Google Earth.
40
Figura 24- Topografia Terreno.
Fonte: SICAD (Quadrante 137).
7.3 SÍTIO 03
Identificada na figura 25 como Área „C‟, o sítio está situado na região sul do
Plano Piloto, especificamente Conjunto E, SGAS II St. de Grandes Áreas Sul 603 –
Asa Sul, a margem da Via L2 Sul, o local atualmente possui uma edificação que será
desconsiderada para execução do projeto, a área apresenta pouco massa verde em
lugares distintos. O acesso principal está direcionado a Noroeste, com vias urbanas
que facilitam o acesso de diversos modais de transporte (Figura 26) sendo que a
distância percorrida pelo pedestre do ponto de ônibus ao sitio e aproximadamente
130 metros, a área possui um desnível acentuado de 8 metros (Figura 28). O
tamanho do terreno é de 165,00m x 50,00m, uma área total de 8.250 m².
No que diz sobre bioclimatismo o sitio requer um cuidado maior o que
implica custos para gerar o conforto essencial, relativo aos ventos, insolação e
acústica aplicando a melhor disposição para o projeto. Demostra funcionalidade no
requisito ao desempenho funcional do lugar e suas proximidades. A área apresenta
como característica agradabilidade visual e conforto na percepção de todo espaço
tomada por habitações em sua maioria de até 6 pavimentos, tem proximidade com o
Setor de Embaixadas o que torna a área mais valorizada, o comercio local tem uma
distância considerável do sítio (Figura 27), fazendo com que o fluxo de veículos na
41
região seja reduzido, calçadas largas favorece o pedestre também na questão de
sombreamento. A topografia do terreno uma declividade de 8 metros, maior que os
dois outros sítios analisados acima no item 7.1 e 7.2, a proposta do projeto e
trabalhar em blocos distintos, por ter uma decida mais acentuada pode acarretar
custos.
Figura 25- Mapa micro, equipamentos e serviços públicos disponíveis.
Fonte: Google Maps.
Figura 26- Vias Urbanas.
Fonte: Google Earth.
42
Figura 27- Tipologia e Equipamentos.
Fonte: Google Earth.
Figura 28- Topografia do Terreno.
Fonte: SICAD (Quadrante 137).
Diante das considerações do capítulo 7 destinado a análise de sítios, e da
necessidade que demanda o programa de necessidades, o sitio 01 foi escolhido por
apresentar características com maior relevância.
A escolha do local se deve a proximidade com o centro da cidade, e ao
mesmo tempo distante das zonas críticas, tendo localização de fácil acesso, uma
zona segura, próximo a paradas de ônibus, faculdades, escolas, comércios,
restaurantes, e etc. Localidade tranquila, sem fluxo intenso de carros. Segundo a
43
norma NGB 01/86 o endereço também tem por finalidade o uso para fundações com
fins filantrópicos.
44
8.0 PROGRAMA DE NECESSIDADES
Tendo como base o objetivo do projeto, assim como referências de estado
da arte, no intuito de apresentar uma estrutura arquitetônica funcional, a figura 29
apresenta o fluxograma básico para o projeto que conta com cinco setores, a figura
30 faz referencia aos setores em conjunto com os ambientes internos e a figura 31
indica o programa de necessidade composto por setores, ambiente seguido da área
necessária assim como a respectiva organização.
Figura 29- Fluxograma Primário.
Fonte: Autor.
Figura 30- Fluxograma Secundário.
Fonte: Autor.
45
Figura 31- Programa de Necessidades.
SETOR AMBIENTE DESCRIÇÃO QUANT. ÁREA
1 HallEntrada principal para recepcionar
visitantes e os acolhidos1 18 m²
2 RecepçãoReceber e prestar atendimento ao
público e acolhidos1 5 m²
3 TriagemPrimeira atendimento prestado ao
acolhido1 15 m²
4 Assistência SocialAtendimento inicial, acompanhamento
e Assistência social1 16 m²
5 AdministraçãoSala para funcionarios do setor
administrativo3 83 m²
6 Coordenação Sala do diretor e coordenador 2 65 m²
7 Sala de ReuniãoSala de para qualificação e
treinamento de funcionarios1 40 m²
8 Arquivo Sala restrita a documentos oficiais 1 17 m²
9 SanitáriosSanitários públicos e para
funcionários3 27 m²
SETOR ADMINISTRATIVO
_____________________
Unidade tem a função de
atender demandas diversas,
acompanhar e receber os
acolhidos e visitantes.
ÁREA TOTAL DO SETOR ADMINISTRATIVO 286 M²
SETOR AMBIENTE DESCRIÇÃO QUANT. ÁREA
10 Guarita
Área destinada a uma barreira de
segurança que controla entrada e
saída, atraves de funcionários
1 60 m²
11 Cozinha Preparo de refeições 1 28 m²
12 Copa p/ FuncionáriosLocal para alimentação de
funcionários1 25 m²
13 Área de ServiçoDestinada a lavagem e secagem de
roupas, acesso para os acolhidos2 60 m²
14 Área de ServiçoDestinada a lavagem e secagem de
roupas, acesso retrito a funcionarios1 30 m²
15 DepositoDestinado ao armazenamento de
equipamentos dos setores1 15 m²
16 DespensaDestinado ao armazenamento
alimentos e quipamentos de cozinha1 15 m²
17 DMLManutenção e armazenamento de
materiais de limpeza1 15 m²
18 Descarte de LixoEspaço para descarte de lixos
comuns, contaminados e reciclaveis3 12 m²
19 Sanitários Sanitários para funcionários 2 32 m²
SETOR DE SERVIÇOS
E APOIO
_____________________
Responsável por toda a área
de apoio do edificio e serviços
prestados aos acolhidos e
funcionarios.
ÁREA TOTAL DO SETOR DE SERVIÇOS E APOIO 292 M²
SETOR AMBIENTE DESCRIÇÃO QUANT. ÁREA
20 Salas de AulaEspaço de aprendisagem ao ensino
básico e médio3 133 m²
21 LaboratóriosEspaço para capacitação profissional
1 53 m²
22 Ateliês Espaço para capacitação profissional
marcenaria e arte/artesanato
2 120 m²
23 SanitáriosSanitarios feminino, masculino e PNE
3 30 m²
ÁREA TOTAL DO SETOR INSTITUCIONAL 336 M²
SETOR INSTITUCIONAL
_____________________
Destinado a educação e
profissionalização dos
acolhidos
SETOR AMBIENTE DESCRIÇÃO QUANT. ÁREA
24 Consultório OdontológicoDestinado ao atendimento
odontológico dos acolhidos2 35 m²
25 TerapeutaEspaço destinado ao
acompanhamento do acolhido1 15 m²
26 PsicólogoEspaço destinado ao
acompanhamento do acolhido1 15 m²
27 Assistente SocialEspaço destinado ao
acompanhamento do acolhido1 15 m²
28 Nutricionista
Espaço destinado ao
acompanhamento alimentar do
acolhido
1 15 m²
29 Clinico GeralEspaço destinado ao atendimento do
acolhido1 15 m²
30 RecepçãoReceber e prestar atendimento aos
acolhidos1 12 m²
31 Sanitários Sanitarios feminino e masculino 1 30 m²
ÁREA TOTAL DO SETOR DE SAÚDE 152 M²
SETOR DE SÁUDE
_____________________
Responsável pelo bem estar
físico e mental dos acolhidos.
46
Fonte: Autor.
SETOR AMBIENTE DESCRIÇÃO QUANT. ÁREA
32 Dormitório Masculino Quarto com varanda para homens 16 340 m²
33 Dormitório Feminino Quarto com varanda para mulheres 16 340 m²
34 Vestiário MasculinoEspaço destinado a banho e troca de
roupa para homens1 25 m²
35 Vestiário FemininoEspaço destinado a banho e troca de
roupa para mulheres1 25 m²
36 Sanitários MasculinoCompartimento para os cuidados de
higiene pessoal1 20 m²
37 Sanitários FemininoCompartimento para os cuidados de
higiene pessoal1 20 m²
38 Manutenção e serviçoManutenção de equipamentos do
setor1 10 m²
39 Rouparia Espaço destinado a armazenar
roupas de cama1 12 m²
40 Dormitório p/ Plantonista Quarto para funcionarios de plantão 2 14 m²
41 Hall/ RecepçãoDestinada ao controle e segurança
interna dos acolhidos1 27 m²
ÁREA TOTAL DO SETOR DE ACOLHIDOS 833 M²
SETOR DE ACOLHIDOS
_____________________
Área intima de alojamentos e
acolhimento.
SETOR AMBIENTE DESCRIÇÃO QUANT. ÁREA
42 Refeitório Espaço para servir refeições diarias 1 90 m²
43 Salão Multiuso
Espaço destinado a eventos coletivos,
apresentações musicais, teatrais e
seminários
1 115 m²
44 Quadra Poliesportiva Destinada a atividades esportivas 1 432 m²
Sala de Leitura 1 25 m²
46 Sala de TVEspaço destinado a assistir TV e
descanso1 25 m²
47 PomarArea destinada ao plantio de árvores
frutíferas1 1500 m²
49 Lavanderia coletiva 1 50 m²
49Pátio central/Feira
temporária
Entrada principal coberta que
direciona aos demais setores, onde
será realizada feira semanalmente
1 370 m²
SETOR DE ATIVIDADES
COLETIVAS
_____________________
Áreas destinadas a
socialização.
ÁREA TOTAL DO SETOR DE ATIVIDADES COLETIVAS 2.724 M²
SETOR ÁREA
286 M²
292 M²
336 M²
152 M²
833 M²
2.724 M²
ÁREA TOTAL 4.623 M²
QUADRO GERAL DE ÁREAS
SETOR ADMINISTRATIVO
SETOR DE SERVIÇOS E APOIO
SETOR INSTITUCIONAL
SETOR DE SÁUDE
SETOR DE ACOLHIDOS
SETOR DE ATIVIDADES COLETIVAS
47
9.0 PROJETO
O projeto apresenta como finalidade proporcionar acolhimento, refúgio,
segurança, abrigo, educação, esporte, lazer e cultura. Destinada a adultos de modo
geral, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, que apresentam em sua
maioria necessidades decorrentes do uso substancias químicas. Oferecendo o
suporte necessário como moradia, busca de emprego, garantindo espaços de
convivência e espaços de introspecção, com as mais diversas atividades
proporcionadas.
A cidade de implantação para a proposta foi Brasília localizada, na região
Centro-Oeste do país, a cidade é a sede do Distrito Federal, e atualmente apresenta
um elevado número de pessoas nessa situação. Especificamente será locada na
região norte do plano piloto, 915 setor de grandes áreas, a margem da Via W5
Norte, o local atualmente está vazio e conta com uma vegetação escassa, segundo
pesquisas realizadas e normas local a área destinada atende a execução da
tipologia do projeto apresentado. O entorno do sitio possui área residencial,
institucional e comercio, interligados por vias arteriais e coletoras.
O acesso principal está direcionado a leste, com vias urbanas que facilitam o
acesso de diversos modais de transporte sendo que a distância percorrida pelo
pedestre do ponto de ônibus ao sitio e aproximadamente 300 metros, o terreno
possui uma declividade com sentido sul para o norte de 6 metros, que reflete no
escoamento de águas pluviais, considera relativamente bom a área de
permeabilidade do solo devido a área verde do sitio. O tamanho do terreno é de
300,00m x 60,00m, uma área total de 18.000 m².
48
Figura 32- Vias Urbanas, Tipologia, Equipamentos.
Fonte: Autor.
Na parte central do terreno foi proposto um platô para a implantação do
edifício, de modo a compensar a área de corte na área destinada ao aterro de terra,
para equilibrar o desnível correspondentemente será executado um talude
considerável acompanhando o perfil natural do terreno.
Figura 33- Topografia.
Fonte: Autor.
9.1 CONCEPÇÃO FORMA
Ao observar os moradores rua podemos perceber pessoas que de modo
geral apresentam os fatores emocionais abalados, que geram conflitos internos,
sentimento de impotência, e para tentar fugir dessa realidade se viciam no uso de
49
substancias químico. O princípio da concepção se deu através do olhar observador
acompanhado de um abraço acolhedor.
A forma tensionante intervêm na intenção de elevar os sentimentos de
grandeza, moral e espiritualidade, refletindo diretamente no aumento da autoestima
e valorização pessoal, estabelecendo uma ressignificação para a vida dos acolhidos.
Através da sinuosidade do projeto em sua forma e traçado, é proporcionado
sentimentos de liberdade, proteção, acolhimento, paz e tranquilidade.
A forma partiu do princípio geométrico simples côncavo. Com conceito
fundamentado no olhar da águia cinzenta típica da região do cerrado. A
desconstrução do elemento geométrico resultou na disposição de três blocos que se
interage com cada setor interligados diretamente, tomando uma forma curva,
ganhado volumetrias verticais e horizontais variando consideravelmente em
diferentes alturas de modo proporcionar melhor condição de iluminação para cada
setor, bem como a influenciar diretamente na situação climática, trançando
caminhos sinuosos convidativos para o acesso na edificação.
Figura 34- Croqui evolução da forma.
Fonte: Autor.
9.2 IMPLANTAÇÃO
O projeto foi locado de modo a proporcionar conforto físico adequado as
pessoas, que está ligado a condição climática, relativo aos ventos, insolação e
acústica.
50
Figura 35- Implantação e Planta de Cobertura.
Fonte: Autor.
9.3 SETORES
O projeto propõe oferecer o suporte a moradia, busca de emprego,
garantindo espaços de convivência e espaços de introspecção, com as mais
diversas atividades proporcionadas como aulas dinâmica, local para realizar eventos
internos, horta, quadras de esporte, academia, contato com a natureza, atendimento
psicológico e com assistentes sociais, ateliê de arte e marcenaria, biblioteca,
laboratório de informática e salão multiuso.
A demanda da unidade de acolhimento consiste em seis setores:
Setor Administrativo: Unidade tem a função de atender demandas
diversas, acompanhar e receber os acolhidos e visitantes
Setor de Serviços e Apoio: Responsável por toda a área de apoio do
edifício e serviços prestados aos acolhidos e funcionários
Setor Institucional: Destinado a educação e profissionalização dos
acolhidos
Setor de Saúde: Responsável pelo bem-estar físico e mental dos
acolhidos
Setor de Acolhidos: Área intima de alojamentos e acolhimento
Setor de Atividades Coletivas: Áreas destinadas a integração social.
51
Figura 36- Planta Baixa Térreo.
Fonte: Autor.
Figura 37- Planta Baixa Pav. Superior.
Fonte: Autor.
52
O setor de acolhidos foi instalado no térreo e primeiro pavimento. O térreo
conta com 16 dormitórios que integra varandas individuais, dormitório para
plantonista de modo a garantir melhor controle e segurança do setor, rouparia,
manutenção e serviço para equipamentos, sanitários e vestiários coletivos que
atende as mulheres abrigadas nesta área. O primeiro pavimento se assemelha ao
térreo e conta com os mesmos ambientes, contudo a área é destinada aos homens.
Os quartos têm um layout replicado que atende até duas pessoas, a
disposição de mobiliário e composta por duas camas, dois criados de suporte ao
lado das camas para pertences pequenos, um guarda roupa e varanda situada em
uma área privada com sensação de liberdade por estar ao ar livre que possibilita
uma variação na configuração de equipamentos de acordo com o perfil de cada
acolhido, a princípio é proposto rede e poltrona para esse ambiente, contudo tem a
possibilidade de humanizar trazendo o contato com a natureza aliviando a pressão
psicológica do acolhido através do cultivo, cuidado e manutenção de plantas
ornamentais em vasos, trazendo um cotidiano de quintal pois a varanda relembra
casas tradicionais brasileiras.
Figura 38- Vista Superior Dormitório.
Fonte: Autor.
53
Figura 39- Vista Interna Dormitório.
Fonte: Autor.
Figura 40- Vista da Varanda.
Fonte: Autor.
9.4 SISTEMA CONSTRUTIVO
O método construtivo a ser aplicado, visa a adequação do projeto quanto ao
aspecto climático predominante da região do Distrito Federal, o sistema será de
estrutura metálica que proporciona facilidade na execução e possibilidade de
desenvolver em forma ousada, o fechamento lateral será de steel frame um sistema
rápido e que responde de forma positiva a eficiência energética do edifício, a laje
steel deck usada se caracteriza pela leveza e adequação para a forma curva de
estrutura metálica favorecendo o conforto térmico adequado para o edifício através
da sua composição mista, a cobertura em telha zipada permite vencer vãos maiores
com inclinação de 2,5%. Para o pátio central a laje será impermeabilizada.
Referente ao conforto ambiental do edifício, as aberturas deveram
permitir a ventilação natural cruzada, aproveitando a luz natural de modo a proteger
as fachadas que recebem maior incidência solar. A aplicação dos materiais será de
modo funcional no requisito a eficiência energética pertinente do projeto.
54
Figura 41- Corte A-A com detalhe estrutural.
Fonte: Autor.
A volumetria da unidade foi projetada variando consideravelmente em
diferentes alturas o que proporciona melhor condição de iluminação para cada setor.
Figura 42- Fachada Norte, Sul, Leste e Oeste.
Fonte: Autor.
Figura 43- Marquise e Guarita.
Fonte: Autor.
55
Figura 44- Acesso vista pátio central.
Fonte: Autor.
Figura 45- Área de Convivência.
Fonte: Autor.
Figura 46- Vista dos dormitórios e Varandas.
Fonte: Autor.
56
Figura 47- Estacionamento e Pomar.
Fonte: Autor.
Figura 48- Perspectiva aérea do edifício.
Fonte: Autor.
O projeto traz características de uma arquitetura social, com aspectos
modernistas de impacto para sociedade. O intuito da proposta apresentada é fazer
com que os acolhidos recebam o estimulo do ambiente arquitetônico e reaja a ele,
Carvalho JB (2018, p.133) afirma que “A vida é uma questão de ponto de vista, de
perspectiva, de visão e de olhar”, contudo o projeto arquitetônico traz um conceito de
olhar e uma visão de futuro aos acolhidos, que envolve uma descoberta de
identidade de quem eles realmente são, onde podem chegar e quem podem se
tornar.
57
10.0 CONCLUSÃO
Diante do processo de pesquisa aplicada, identificou a situação de pessoas
que utilizam os espaços urbanos públicos como forma de sobrevivência, condição
crítica presente no mundo inteiro, uma ocupação que causa desconforto na
sociedade e gera uma política de afastamento excludente.
Os acolhimentos lidam com grupos divergentes, e traz dificuldades para a
aplicação de soluções mais pontuais, que exige programa e espaços flexíveis a
atender a diversidade de público. Contudo, para a elaborar de alternativa que
abrange a reinserção social, foi necessário estudo e conhecimento sobre os
indivíduos e contexto em que estão inseridos.
Em virtude dos fatos mencionados, o projeto tem como objetivo acolher
pessoas em situação de rua, estimular o convívio social, e romper o ciclo para que
os indivíduos não retornem as ruas e tornam a ter os mesmos hábitos.
58
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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inserirem por meio da educação formal, 2012.
Disponível em: <http://bdm.unb.br/handle/10483/4892>
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experiências do Distrito Federal, Paris e Londres. / Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República. Brasília: SDH, 2013.
Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/bibliotecavirtual/promocao-e-
defesa/publicacoes-2013/pdfs/dialogos-sobre-a-populacao-em-situacao-de-rua-no-
brasil-e-na-europa-1>
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aprendo a contar: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua.
Brasília, DF: MDS; Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, Secretaria
Nacional de Assistência Social, 2009.
Disponível em:
<http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Livros/Rua_apre
ndendo_a_contar.pdf>
NBR 9050/2015, Disponível em:
<http://www.ufpb.br/cia/contents/manuais/abnt-nbr9050-edicao-2015.pdf>
Rocha, Alexandre. Moradores de rua - um enfoque histórico e
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