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ccccÉxàt Éxàt Éxàt Éxàt hhhhÜutÇÉÜutÇÉÜutÇÉÜutÇÉ.
E - B o o k
M e i o T e r n o , m e i o d e m o l i d o r .
P r i m e i r a E d i ç ã o : M a r ç o d e 2 0 1 2 .
N ã o c o m e r c i a l .
h t t p : / / p o e t a u r b a n o b r a s i l . b l o g s p
o t . c o m . b r /
Salomão (O anjo das asas de aço).
Eu vi um anjo, e ele estava armado.
Despencou do céu com suas asas de
aço. Cantou a rebeldia no paraíso, por
isso foi enviado. Eu vi um anjo, e ele
estava armado. E nas noites escuras e
frias sobrevoa a periferia e com seu
canto rebelde e seu olhar triste, semeia
o ódio contra a burguesia e enquanto
houver tirania, para o céu não vai mais
voltar. Eu vi um anjo e ele estava
armado.
Eu não sou a parte do povo que cala. Eu não sou a parte do povo que cala. Eu não sou a parte do povo que cala. Eu não sou a parte do povo que cala.
Eu sou a fala da parte calada do povo.Eu sou a fala da parte calada do povo.Eu sou a fala da parte calada do povo.Eu sou a fala da parte calada do povo. Poeta Urbano.
Poesia pra justificar o injustificável
Pensei que tinha direito à belezaarranquei a flore levei para casaQuis só pra mim o seu perfumeE ela não suportou
Não resistiu ao jarroNo qual eu quis mantêapesar de todos os cuidadose dedicação de um jardineiroleal e atencioso. Hoje a vejo perfumandooutras mãos e olfatose sofro. Mas, não ouso maiscometer o mesmo erroAgora, sempre desvio de jardinse renuncio a beleza das floresjá que do meu ato
só me ficaram espinhos.
Poeta Urbano.
É poesia, teu jeito de ser!
Tua beleza e doçura emprestam humanidade e ternura aos meus dias já meio embrutecidos. E quase me convencem de que pétalas de rosa e cânticos de homenagem à vida podem conviver harmoniosamente com o criptar de metralhadoras E vou dormir "muito mais gente" do que aUm salve carinhoso, Poeta Urbano.
Poesia pra justificar o injustificável
Pensei que tinha direito à beleza, rranquei a flor
levei para casa. Quis só pra mim o seu perfume
E ela não suportou. Não resistiu ao jarro
quis mantê-la, pesar de todos os cuidados
dedicação de um jardineiro
Hoje a vejo perfumando
utras mãos e olfatos,
não ouso mais
ometer o mesmo erro. sempre desvio de jardins
renuncio a beleza das flores.
ó me ficaram espinhos.
vida podem conviver harmoniosamente com o criptar de metralhadoras insurgentes.
mais gente" do que a horas atrás.
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"Oxigenação" do sonho
Acredito que é possível mudar as coisas, sacudir o mofo e despojar os cadáveres da teoria clássica. Rendendo homenagens a seus feitos e contribuições e rompendo com a “religiosidade” das intenções. Cheira a naftalina a retórica ortodoxa do “esquerdista doente” e do neoliberal facínora. E penso com a cabeça comprometida com o estômago de meu povo e com o sonho socialista de um mundo novo: “É quase uma vida, cem por cento no jogo.” Não vejo caminhões carregados de armas ou munição “encostando” nos escritórios e comitês dos partidos e grupos autoproclamados mestres da radicalidade e da verdade absolutizada, com suas “Bíblias - Manifesto” nas mãos agitadas que se movem espalmadas em reuniões fechadas da cúpula “de coisa alguma” que dirige o processo “do nada” que ora se instala em seu coração militante. E chego a questionar se estou do lado da razão?
Então o iluminismo me assombra e me faz afastar da mente a soberba convicção. Palavras-de-ordem desconexas dos anseios e desejos populares a mim parecem “espinhar” a memória de Lênin e nos lançar no fundamentalismo cego. Reviro a biblioteca em busca de qualquer base, qualquer fonte que “desanuvie” o pensamento e explique tanta panaceia. E só Guy Debord me parece exato. Gramsci atualiza o roteiro. E o cenário se ilumina em muitos atos sem intervalo ou cortinas. Enquanto em mesas de bares, a “Frente Etílica Pseudo Revolucionária” entre copos e análises torpes da conjuntura mundial globalizada, mancha seu paredão imaginário com meu sangue e minha história. Penso na Rússia stalinista e nos “rios de sangue” de sinceros comunistas, derramados por sobre o sonho em nome do sectarismo e da expropriação do poder ao povo. Revisito Marx desde seu tempo. Bebo na fonte: A dialética. E até em Hegel eu tento me apegar. Olho de novo as bandeiras ao vento e me convenço que se faz urgente Uma Nova cultura de Movimento. Poeta Urbano.
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Bate-Bola
Extorsão Contra a vida real E o sentimento sincero. Distorção Do que penso que preciso ou do que mais quero. Maldição A consciência que fustiga a razão e me tira o acesso a todos os ópios E fugas. Solidão Em ruas cheias, cidades agitadas e almas vazias. Reação Proporcional à dor que sinto e as razões pelas quais eu minto. Compaixão Pelas criaturas geradas pela desatenção e pela libido incontrolada. Decepção Com o pouco tempo que a história nos reserva. Perdão Por ter vindo aqui e não mudado quase nada. Paixão Pela luta até o fim.
Realização Tombar no front de armas nas mãos. Emoção Mais o choro que o riso, mais lamentos que comemoração. Lição Não adianta desesperar e nem chamar pela razão. Ou esperar compaixão do opressor. O correto é ir pra frente e pra cima. Para o combate. Sempre! Tensão É o solvente da minha vida e a companhia em toda ação. Frustração Não conseguir comunicar para quem eu gostaria que entendesse, o que faço, e por qual razão. Um sim Pra tudo que vivi e vivo. E um não Pra condição mediana que limita meu intelecto.
PoetaUrbano.
Justiça Sertaneja
ele observa o vulto tosco do movimento lento da lua. Ficou no tempo, longe e esquecida, a felicidade, a terra sua. O sangue de um desgraçado estuprador e assassino lhe custou a liberdade, lhe mudou todo o destino.
como a tantas, a ignora. Poeta Urbano.
Cheira a pólvora
o ar quente que invade a sombra. A água clara da cacimba é fria. O Caxitoré de areias brancas conta a lenda do caboclo bravo. E quando vem a noite,
violas e repente fazem a trilha para o balé de estrelas cadentes.
Hoje distante e por entre as grades, sobre a pedra da cela suja,
esquecida,
Era a dor contra o dinheiro, e se fez defunto,
o filho do fazendeiro. Fez-se viúvo, o cabra guerreiro. Se fez lembrança a sua amada, se fez tristeza a caminhada,
se fez frangalhos da sua vida. Fez-se poesia, a sua saga.
Faço registro da sua história enquanto o sistema e a “justiça”
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Lamentos de um Urbanoide
Quando ganham brilho as luzes de mercúrio e as ofusca o colorido do neon.Olho para os carros e para os prédios e me sinto infeliz. Não sou mais menino, quase não brinco. Já não tenho paciência para os problemas normais e para as coisas comuns. Sinto muita falta da minha alma e das minhas ilusões. Eu queria muito recuperar o calor e não perder de vez a humanidade. Porém, o projétil perfura a peleE o noticiário comove e anestesia a cidade. A poesia é o que sobra para desintoxicar. É tão urbana a minha vida que estrelas e lua clara parecem efeitos especiais. É tão gótico o meu estado que momentos alegres são como o trailer de um filme bom que nunca entra em cartaz. Do cano reforçado parte o tiro que assegura a vinda de dias ruins. E começa a fazer sentido para mimo submundo e as grades. Eu queria ouvir de ti que antes é que eu estava certo: “Todo ser humano é essencialmente bom”. Mas desconfio que assim não pensamou sentem, os outros animais. E o exame de parafina, bem melhor do que a poesia,tem definido o que é humanidade. Tal qual o neon que tem iluminado bem mais amantesdo que a lua e as estrelas têm sido capazes. E quando ganham brilho as luzes de mercúrioolho para o que restou da minha humanidade e me sinto infeliz. Poeta Urbano.
Lamentos de um Urbanoide
Quando ganham brilho as luzes de mercúrio
rido do neon. lho para os carros e para os prédios
Não sou mais menino, quase não brinco. ara os problemas normais
Sinto muita falta da minha alma
Eu queria muito recuperar o calor e não perder de vez a humanidade.
perfura a pele e rasga a carne. o noticiário comove e anestesia a cidade. poesia é o que sobra para desintoxicar.
É tão urbana a minha vida que estrelas e lua clara
É tão gótico o meu estado que momentos alegres como o trailer de um filme bom
Do cano reforçado parte o tiro que assegura
para mim
Eu queria ouvir de ti que antes é que eu estava certo: umano é essencialmente bom”.
não pensam os outros animais.
, tem definido o que é humanidade.
tem iluminado bem mais amantes, do que a lua e as estrelas têm sido capazes. E quando ganham brilho as luzes de mercúrio, olho para o que restou da minha humanidade
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3
EsperançasEsperançasEsperançasEsperanças
Eles correm perigo até se nos deixarem sonhar! E sei que muitos dirão: São só esperanças. Mas do que mais precisamos para forjar vitórias, se tudo que conquistamos, fizemos desta matéria-prima?
ccccÉxàt Éxàt Éxàt Éxàt hhhhÜutÇÉÜutÇÉÜutÇÉÜutÇÉ.
Titularização indevida
Se eu
realmente
fosse um poeta.
Talvez
conseguisse descrever
a tristeza
e a solidão
que estou sentindo.
Poeta Urbano.
Não me peça resignação.
A vida não me deu esse
Pra cima!
Não me peça resignação.
vida não me deu esse dom!!
Poeta Urbano.
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Não me peça resignação.
vida não me deu esse
Só arcanjos podem sentir o medo que se exala pelos poros
Eu sinto o teu medo
Eu sinto o teu medo percorrer os corredores sintéticos do poder. Vejo na tua face que sabes o que está por vir.Sei que sentes a onda se formando e me pego sorrindo sozinho pelas ruas de mais uma capital.Tão distante, tão tarde, tão frio,Os dias se amontoam. O outono é o que mais se apropriado meu sorriso triste,do meu momento cinza, da minha alma de pedra.São janelas se abrindo no alto dos prédioso que mais se aproxima da atenção que a cidade presta a minha atividadequase clandestina. E por detrás da mesa do gabinete nervosovocê acha que é consumado o fato:Mas novamente está enganado.Não é só meu o caminhar. E de novo “não deu teto”, não vou mais voar. Audiências, conchavos, planos mesquinhos.E mesmo assim é somente o frio o que faz gelar meu corpo. Teu veneno não vem, não consegue me alcançar. E leio outro livro olhando para o lago.E novamente compareço sozinhoem frente ao altar. Poeta Urbano.
Só arcanjos podem sentir o medo que se exala pelos poros
Eu sinto o teu medo
sinto o teu medo percorrer
que sabes o que está por vir.
sozinho pelas ruas de mais uma capital. tão frio, tão eu.
se apropriado meu sorriso triste, da minha alma de pedra.
São janelas se abrindo no alto dos prédios o que mais se aproxima da atenção
a minha atividade
do gabinete nervoso, você acha que é consumado o fato: “Já era” o filho do mundo.
novamente está enganado. A sombra não me assombra.
planos mesquinhos. E mesmo assim é somente o frio
olhando para o lago.
sozinho
5
ContatoContatoContatoContato
Conte nada, me fale não.
Nenhuma mensagem.
Sem contatos, nenhum ruído
Só o pensamento e o som do mar.
Não sei se chamo, te mando um bilhete?
Não sei se tento contactar.
Nesse instante me sopra o vento
e a saudade em minha mente vai te buscar.
Não sei se envio uma mensagem,
me distancio, não sei se vou te procurar.
PPPPoeta oeta oeta oeta UUUUrbanorbanorbanorbano.
Poeta Urbano.
ruído ou chamamento.
e o som do mar.
te mando um bilhete?
sei se tento contactar.
Nesse instante me sopra o vento
e a saudade em minha mente vai te buscar.
Não sei se envio uma mensagem, não sei se calo,
não sei se vou te procurar.
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Na trilha de Bertold Brecht
Entre “o rio violento e as margens opressoras”, eu fico com o direito a autodefesa do rio!
Vi farrapos humanos,
Andrajos.
Eu vi pessoas que nada tinham a perder.
Senti sua dor e tremi ante o peso profundo
de seu olhar.
Os vi armados e me assustei. Os compreendi violentos, não condenei.
Vi excluídos, eu vi mendigos se rebelarem.
Eu vi fortunas, e milionários se esconderem por trás de grades de condomínios, se encarcerarem.
Eu vi a vida em tons de cinza. Vi multidões se levantarem.
Eu vi um mundo bem dividido. Eu vi miséria, eu quis chorar.
Mas me encantei com todo o brilho de cada olhar.
E vi certezas acomodadas se desmanchando
em pleno ar.
Poeta Urbano.
Num caso específico...
Poeta Urbano.
Do norte, viria a besta?
As máquinas cospem ogivas,
nos rios serpenteiam línguas de fogo
Os corpos se desmontam e sangram
É guerra!
E a besta brada aos quatro ventos
Estrelas e listras cobrem de choro e medo
E a liberdade envergonhada empunha a tocha
Sabe-se vítima dos ilegítimos
Poeta Urbano.
específico...
Não é estranho que a leveza também possa ferir, cortando a carne desavisada que a quebrou?
E não é justo que sua energia interior ao vazar possa queimar e até matar?
Não há justiça poética no colateral?
Não há Poesia na Justiça?
E não é justo, degustar o efeito poético da dor?
Do norte, viria a besta?
,
de fogo.
e sangram com suas dores.
aos quatro ventos os seus rancores.
de choro e medo parcos valores.
empunha a tocha e olha pro nada.
donos do império, seus detratores.
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Não é estranho que a leveza também possa ferir, cortando a carne desavisada que a quebrou?
E não é justo que sua energia interior ao vazar possa
to, degustar o efeito poético da dor?
O Artista
Te compreendas em meio ao ferro e ao níquel
Por sobre o aço e o bronze
Ante a arte e a vida.
Se puder,
então serás indubitavelmente,
Poeta Urbano.
A arte
Entre o olho e o objeto, reside o olhar, qusignificado e magia arte. Poeta Urbano.
Te compreendas em meio ao ferro e ao níquel.
bre o aço e o bronze. Em meio a pétalas e pólens.
então serás indubitavelmente, um artista.
Entre o olho e o objeto, reside o olhar, que empresta significado e magia à cultura, elevando-a a categoria
A Poesia
“A poesia oferece frestas para observar o
mundo.”
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e empresta a a categoria de
“A poesia oferece frestas para observar o
mundo.”Poeta Urbano.
O Monstro
Parecia uma fornalha, uma fogueira de São João.
A “reis” em pele e osso, morta como a plantação.
E do meio da caatinga na poeira do sertão,
Se levantava um monstro,
Uma “visagem”, assombração.
Feita de cimento, ferro e vidro.
E com uma estranha produção:
Sapato, ao invés de milho.
Jeans, ao invés de feijão.
E o monstro alimentado
de incentivo e isenção
anunciava o assassinato da agricultura
Pela tal INDUSTRIALIZAÇÃO.
O campo vira cidade.
O camponês vira operário.
E a favela, se abastece de sertão.
Poeta nem tãonem tãonem tãonem tão Urbano
Esta obra está licenciada sob uma que seja dado crédito ao autor original (você deve citar: Da obra de Poeta Urbano (Poeta contracultural) e o site:http://poetaurbancriar obras derivadas.
Parecia uma fornalha, uma fogueira de São João.
em pele e osso, morta como a plantação.
E do meio da caatinga na poeira do sertão,
levantava um monstro,
Uma “visagem”, assombração.
Feita de cimento, ferro e vidro.
E com uma estranha produção:
Sapato, ao invés de milho.
Jeans, ao invés de feijão.
E o monstro alimentado
anunciava o assassinato da agricultura
tal INDUSTRIALIZAÇÃO.
O camponês vira operário.
E a favela, se abastece de sertão.
assimassimassimassim.
Esta obra está licenciada sob uma Licença creativecommons Você pode copiar, distribuir, exibir, executar desde que seja dado crédito ao autor original (você deve citar: Da obra de Poeta Urbano (Poeta contracultural) e o
http://poetaurbanobrasil.blogspot.com.br/) Você não pode fazer uso comercial dessa obra. Você não pode criar obras derivadas.
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