Cinco Debates sobre Política Macroeconômica. 1.Devem os formuladores de política monetária e...

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Cinco Debates sobre Política Macroeconômica

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

1. Devem os formuladores de política monetária e fiscal tentar estabilizar a economia?

2. A Política Monetária deveria ser feita por regras, e não discricionariamente?

3. O Banco Central deveria buscar a inflação zero?

4. O governo deveria buscar um orçamento equilibrado?

5. A legislação tributária deveria ser reformulada para estimular a poupança?

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

1.Devem os formuladores de política monetária e fiscal tentar estabilizar a economia?

A FAVOR: OS FORMULADORES DE POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL DEVEM TENTAR ESTABILIZAR A ECONOMIA

A economia é inerentemente instável e tende a flutuação.

Políticas podem administrar a demanda agregada de forma a resolver e reduzir a severidade das flutuações econômicas.

A FAVOR: OS FORMULADORES DE POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL DEVEM TENTAR ESTABILIZAR A ECONOMIA

Não há razão para que a sociedade sofra com os altos e baixos do ciclo de negócios

As políticas monetária e fiscal podem estabilizar a demanda agregada e, assim, produção e emprego

CONTRA: OS FORMULADORES DE POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL NÃO DEVEM TENTAR ESTABILIZAR A ECONOMIA

A política monetária afeta a economia retardadamente e de forma imprevisível, entre a necessidade de agir e o tempo que leva para estas políticas funcionarem.

Muitos estudos indicam que mudanças na política monetária têm pequeno efeito sobre a demanda agregada até cerca de seis meses depois de realizada.

CONTRA: OS FORMULADORES DE POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL NÃO DEVEM TENTAR ESTABILIZAR A ECONOMIA

Políticas fiscais operam com demora devido ao longo processo político que governa mudanças em gastos e impostos.

Podem levar anos para propor, passar e implementar uma mudança importante na política fiscal.

CONTRA: OS FORMULADORES DE POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL NÃO DEVEM TENTAR ESTABILIZAR A ECONOMIA

Frequentemente os formuladores de política, inadvertidamente, podem exacerbar em lugar de mitigar, a magnitude das flutuações econômicas.

Seria desejável que os formuladores de política pudessem eliminar todas as flutuações econômicas, mas isto não é uma meta realista.

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

2.A Política Monetária deveria ser feita por regras, e não discricionariamente?

A FAVOR: A POLÍTICA MONETÁRIA DEVE SER FEITA POR REGRAS

A política monetária discricionária pode sofrer com incompetência e abuso do poder.

Considerando que os bancos centrais se aliam aos políticos, a política discricionária pode levar a flutuações econômicas que refletem o calendário eleitoral — o ciclo de negócios políticos.

A FAVOR: A POLÍTICA MONETÁRIA DEVE SER FEITA POR REGRAS

Pode haver uma discrepância entre que os formuladores de políticas dizem que farão e o que eles realmente fazem – o que é chamado inconsistência de tempo.

Devido aos formuladores cometerem muito freqüentemente ações que geram inconsistência de tempo, pessoas são céticas quando os bancos centrais anunciam suas intenções em reduzir a taxa de inflação.

A FAVOR: A POLÍTICA MONETÁRIA DEVE SER FEITA POR REGRAS

Visando um crescimento moderado e estável da oferta de moeda, o BC limitaria a incompetência, abuso do poder, e inconsistência de tempo.

CONTRA: A POLÍTICA MONETÁRIA NÃO DEVE SER FEITA POR REGRAS

Uma vantagem importante da política monetária discricionária é sua flexibilidade.

Políticas inflexíveis limitarão a capacidade dos formuladores de política em responder a mudanças econômicas circunstanciais.

CONTRA: A POLÍTICA MONETÁRIA NÃO DEVE SER FEITA POR REGRAS

Os problemas alegados com discrição e abuso do poder são altamente hipotéticos.

Além disso, a importância do ciclo de negócios políticos está longe de ser clara.

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

3. O Banco Central deveria buscar a inflação zero?

A FAVOR: O BANCO CENTRAL DEVERIA BUSCAR A INFLAÇÃO ZERO

A inflação não confere nenhum benefício para sociedade, mas impõe ele vários custos reais.

-Custos de sola -de- sapato - Custos de menu -Variabilidade aumentada de preços

relativos -Mudanças involuntárias dos impostos -Confusão e inconveniência

-Redistribuição arbitrária de riqueza

A FAVOR: O BANCO CENTRAL DEVERIA BUSCAR A INFLAÇÃO ZERO

Reduzir a inflação é uma política com custos temporários e benefícios permanentes.

Uma vez que a recessão desinflacionaria está terminada, os benefícios da inflação zero persistiriam.

CONTRA: O BANCO CENTRAL NÃO DEVERIA BUSCAR A INFLAÇÃO ZERO

Inflação zero é provavelmente inalcançável, e chegar lá envolve produção, desemprego, e custos sociais muito altos.

Os formuladores de política podem reduzir muitos dos custos de inflação sem realmente reduzir a inflação.

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

4. O governo deveria buscar um orçamento equilibrado

A FAVOR: O GOVERNO DEVERIA BUSCAR UM ORÇAMENTO EQUILIBRADO

Os déficits orçamentário impõem um fardo injustificável às gerações futuras aumentando seus impostos e diminuindo suas rendas.

Quando as dívidas e os juros acumulados vencerem, contribuintes futuros se depararão com uma escolha difícil: Eles podem pagar altos tributos e

aproveitar menos gastos os do governo, ou ambos

1.7 - Dívida Pública dos EUA(% do PIB)

1792180818241840185618721888190419201936195219681984200020160

20406080

100120140

Fonte: U.S. Government Spending/ U.S. Fiscal Year Budget.

1.8 - Detentores estrangeiros de títulos americanos (% da dívida

intergovernamental total)

25.90%

20.25%

7.77%5.10%

4.60%

36.37% ChinaJapãoReino UnidoP. Exp. PetróleoBrasilOutros

Fonte: Department of the Treasury Federal Reserve Board (15/08/2011 Bulletin)

DÍVIDA LÍQUIDA INTERNA DO SETOR PÚBLICO BRASIL (% DO PIB)

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional

Jan/08

Mar/08

May/08

Jul/08

Sep/08

Nov/08

Jan/09

Mar/09

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Jul/09

Sep/09

Nov/09

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Mar/10

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Sep/10

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Jan/11

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May/11

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A FAVOR: O GOVERNO DEVERIA BUSCAR UM ORÇAMENTO EQUILIBRADO

Trocar os benefícios correntes do governo por custos para as futuras gerações, incorrerá em um desfavorecimento para com os contribuintes futuros.

Déficits reduzem a poupança nacional, levando a um estoque menor de capital, que reduz a produtividade e o crescimento.

CONTRA: O GOVERNO NÃO DEVERIA BUSCAR UM ORÇAMENTO EQUILIBRADO?

O problema com o déficit é frequentemente superestimado.

A transferência de dívida para o futuro pode ser justificada porque algumas compras do governo produzem benefícios no futuro.

CONTRA: O GOVERNO NÃO DEVERIA BUSCAR UM ORÇAMENTO EQUILIBRADO?

A dívida do governo pode continuar a subir porque crescimento da população e progresso tecnológico aumentam a capacidade da nação em pagar sua dívida.

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

5. A legislação tributária deveria ser reformulada para estimular a poupança?

A FAVOR: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

A taxa de poupança de uma nação é uma chave determinante de sua corrida rumo a prosperidade econômica.

A capacidade produtiva de uma nação é amplamente determinada pelo quanto poupa e investe para o futuro.

Quando a taxa de poupança é mais alta, mais recursos estão disponíveis para investimento em novas plantas e equipamentos.

A FAVOR: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

O sistema tributário desencoraja a poupança de muitas formas como a pesada tributação sobre a renda de capital e reduzindo benefícios para aqueles que acumulam riqueza.

A FAVOR: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

As consequências de políticas de impostos altos sobre a renda de capital são a poupança e acumulação capital reduzidas, produtividade do trabalho mais baixa, e crescimento econômico também reduzido.

A FAVOR: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

Uma alternativa para políticas de imposto atualmente defendida por muitos economistas é uma tributação sobre o consumo.

Com um imposto sobre o consumo, uma casa paga impostos baseados no que gasta, não no que ganha. A renda que é poupada é isenta de taxação até

que a poupança seja posteriormente retirada e gasta em bens de consumo.

CONTRA: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

Muitas das mudanças nas leis de imposto para estimular a poupança beneficiam principalmente os ricos. Famílias com renda alta poupam uma

parcela maior de sua renda do que famílias de renda baixa.

Qualquer mudança tributária favorece pessoas que poupam, assim tenderá a favorecer pessoas com rendas altas.

CONTRA: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

Reduzir o peso do imposto sobre os ricos levaria a uma sociedade menos igualitária.

Isto também forçaria o governo a aumentar o peso do imposto sobre os pobres.

CONTRA: A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO DEVERIA SER REFORMULADA PARA ESTIMULAR A POUPANÇA

Aumentar a poupança pública para eliminar o déficit orçamentário do governo é o caminho mais direto e equitativo para aumentar poupança nacional.

RESUMO Defensores de política monetária e fiscal

ativas vêem a economia como inerentemente instável e acreditam que política pode ser usada para compensar esta instabilidade.

Críticos da política ativa enfatizam que esta afeta a economia retardadamente e nossa habilidade de prever condições econômicas futuras fica reduzida, ambos podendo levar a desestabilização.

RESUMO Os defensores de regras para política

monetária argumentam que a política discricionária pode sofrer com a incompetência, abuso do poder, e inconsistência de tempo.

Críticos de regras para política monetária argumentam que a política discricionária é mais flexível para responder às circunstâncias econômicas.

RESUMO Defensores da inflação zero enfatizam

que esta tem muitos custos e poucos ou nenhum benefício.

Críticos da inflação zero defendem que a inflação moderada impõe custos pequenos à sociedade, considerando que a recessão necessária para reduzir a inflação é bastante onerosa.

RESUMO Os defensores da redução da dívida do

governo argumentam que a dívida impõe um fardo às gerações futuras, aumentando seus impostos e diminuindo suas rendas.

Os críticos da redução da dívida do governo argumentam que a dívida representa apenas uma pequena parcela da política fiscal.

RESUMO Defensores de incentivos à poupança

assinalam que nossa sociedade desencoraja a poupança de muitas formas como o imposto sobre a renda de capital e reduzindo benefícios para aqueles que acumulam riqueza.

Críticos de incentivos tributários argumentam que as mudanças que muitos propuseram para estimular a poupança beneficiariam, principalmente, os ricos, além da possibilidade de se obter apenas um efeito reduzido na poupança privada.

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