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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

ALEXANDRE DOS SANTOS EUGENIO

SISTEMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES

RESIDENCIAIS: PROCESSO DE ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA EVITAR REPETIÇÃO

DE FALHAS TÉCNICAS.

SÃO PAULO 2008

1

Orientador: Profº. Dr. Wilson Shoji Iyomasa

ALEXANDRE DOS SANTOS EUGENIO

SISTEMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES

RESIDENCIAIS: PROCESSO DE ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA EVITAR REPETIÇÃO

DE FALHAS TÉCNICAS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi

SÃO PAULO 2008

2

Trabalho ________________ em: ___ de

_______________ de 2008.

______________________________________________

Profº. Dr. Wilson Shoji Iyomasa

______________________________________________

Nome do professor(a) da banca

SÃO PAULO 2008

SISTEMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES

RESIDENCIAIS: PROCESSO DE ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA EVITAR REPETIÇÃO

DE FALHAS TÉCNICAS.

ALEXANDRE DOS SANTOS EUGENIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi

Comentários:_________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3

Eu dedico este trabalho primeiramente a Deus que está sobre todas as coisas que

aqui estão presentes. Sem ele nada seria possível.

À minha noiva que me ajudou muito na concepção do trabalho; foi muito

compreensiva durante o desenvolvimento do trabalho além de dar total apoio na

elaboração desta pesquisa.

4

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador Profº. Dr. Wilson Shoji Iyomasa, um excelente profissional que

acreditou em mim e me ajudou enormemente, perdendo tempo além do programado

e executando serviços mais do que esperados para a elaboração deste trabalho.

Dedico também aos meus pais que sempre estiveram comigo e me ajudaram

bastante durante todo o curso e aos meus colegas da universidade que

acompanharam minha vida estudantil com os quais compartilhei momentos alegres e

difíceis da minha vida.

5

RESUMO

Com o mercado imobiliário em ritmo acelerado de evolução, embora tenha ocorrido

problemas no mercado mundial nas ultimas semanas, fica cada vez mais difícil a

busca de um diferencial para que as empresas construtoras se destaquem

positivamente e ampliem sua carteira de clientes e investidores. Para a obtenção

desse diferencial é imprescindível a contínua melhoria no processo construtivo dos

empreendimentos residenciais oferecidos aos clientes, melhorias que acontecem

graças a um excelente processo de atualização de banco de dados controlado pela

equipe de Assistência Técnica da construtora. A Klabin Segall por meio da Assistec,

desenvolveu um sistema de retroalimentação de irregularidades ocorridas nos

empreendimentos entregues que possibilita passar a informação aos departamentos

envolvidos na concepção do empreendimento residencial. Na maioria das vezes é

feita uma apresentação aos departamentos envolvidos por meio de slides de

registros fotográficos e durante a reunião pode-se discutir as possíveis soluções dos

problemas apresentados. Com o intuito de desenvolver um projeto de condomínio

residencial sem grandes irregularidades, a implantação deste sistema foi a melhor

forma encontrada para evitar retrabalhos e custos adicionais. A empresa construtora

ganhou não só na redução de custos, que seriam os retrabalhos executados

normalmente pelo setor de assistência técnica, mas também na melhoria de

qualidade dos empreendimentos trazendo a maior satisfação do cliente. Ressalta-se

também que a busca da melhoria depende de todo os departamentos envolvidos em

aplicar esta idéia e torná-la usual em seu dia-a-dia.

Palavras Chave: Retroalimendação, Banco de Dados

6

ABSTRACT

Due to the accelerated development in the real estate market, although it has been

occurred some problems in the worldwide market lately, it has become more and

more difficult to constructors to achieve a differential which can be a highlight to help

them to increase their client and investor portfolio. To achieve this stage, it is vital the

continuous improvement of the constructive process used in residential enterprises

and offered to the market. This improvement happens thanks to an excellent

databank upgrade process controlled by constructor's technical assistance team.

Klabin Segall through Assistec developed a feedback system fed with the

irregularities found in finished enterprises. This system allows passing the information

to the departments implicated in the project conception. Usually, those irregularities

are presented to the departments in a series of photographs and during the meeting

it is possible to discuss the solutions to those problems. Aiming to develop an

enterprise free of those irregularities, the usage of this system was shown to be the

best solution to avoid re-works or additional costs. The company not only was

benefited by reducing costs (such as re-works executed by technical assistance) but

also improving its quality which brought more satisfaction from the clients. It should

be pointed that the search for continuous development depends on all implicated

departments applying this idea and using it every day.

Key-words: Feedback, Data bank

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 6.1- Mapa de localização do empreendimento..............................................23

Figura 6.2 - Foto aérea do empreendimento............................................................23

Figura 6.3 - Foto ilustrativa do empreendimento......................................................24

Figura 6.4 - Níveis de retroalimentação do processo de projeto..............................27

Figura 6.5 – Detalhe 1 das manchas causadas pela pingadeira imprópria..............29

Figura 6.6 – Detalhe 2 das manchas causadas pela pingadeira imprópria..............29

Figura 6.7 – Detalhe do projeto da pingadeira correta.............................................30

Figura 6.8 – Tela de registros de solicitações de assistência técnica do programa

Affinity.......................................................................................................................32

Figura 6.9 – Mancha no piso do sub-solo devido à correção de imperfeições.........33

Figura 6.10 – Fissuras no piso do sub-solo devido a retração do cimento,cura

inadequada...............................................................................................................34

Figura 6.11 – Mancha no mármore devido ao contato da mangueira de ducha

oxidada.....................................................................................................................35

Figuras 6.12 – Depósitos privativas são difíceis à visualização na área interna por

não ter iluminação e sequer tomada próximo...........................................................36

Figura 6.13 – Tampa de inspeção para manutenção da bomba de

hidromassagem.........................................................................................................37

Figura 6.14 – A linha vermelha detalha exatamente o local onde não deve ter o

mármore, deixando um recorte para instalação do Box............................................38

Figuras 6.15 e 6.16 – Lixeiras plásticas são instaladas nas escadarias pelo fato de

não haver local pré-determinado...............................................................................39

Figura 6.17 – Fachada central onde ocorrem os destacamentos..............................40

Figura 6.18 – Identificação das camadas da fachada................................................41

Figura 6.19 – Fachada central onde ocorrem os destacamentos..............................42

Figura 6.20 – Identificação das camadas da fachada................................................43

Figura 6.21 – Exemplo de Ficha de Verificação de Serviço.......................................44

Figura 6.22 – Página de acesso do Autodoc para determinar o serviço a ser

verificado....................................................................................................................45

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 6.1: Distribuição dos custos de falhas da qualidade na Suécia, internas e

externas......................................................................................................................26

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PBQP-H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Construção Habitacional

GPR Ground Penatrating Radar.

SADP Sistema de Armazenamento de Dados de Projeto

FVS Fichas de Verificações de Serviços

FVM Ficha de Verificação de Material

ASSITEC Departamento de Assistência Técnica

AUTODOC Programa que armazena documentações de qualidade

AVCB Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiro

10

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................11

2. OBJETIVOS ..........................................................................................................................................................................13

2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................................................................13

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ......................................................................................................................................................13

3. MÉTODO DE TRABALHO ..................................................................................................................................................14

4. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................................................................15

5. SISTEMA DE QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................................................................................16

5.1 IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE QUALIDADE NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ..........................................................16

5.1.1 O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Construção Habitacional ........................................17

5.1.2 Falhas de execuções no Brasil............................................................................................................................18

5.1.3 Os 5 S ....................................................................................................................................................................19

5.2 QUALIDADE NA ELABORAÇÃO DO PROJETO.......................................................................................................................20

5.2.1 Projeto Estrutural .................................................................................................................................................20

5.3 QUALIDADE NA EXECUÇÃO ................................................................................................................................................21

5.4 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL...........................................................................................................22

5.4.1 TECNOLOGIA NOS MATERIAIS E PROCESSO DE CONSTRUÇÃO ............................................................................................22

5.4.2 EQUIPAMENTOS PARA USO NA CONSTRUÇÃO ...................................................................................................................23

5.5 BANCO DE DADOS.............................................................................................................................................................24

5.5.1 Softwares de Engenharia .....................................................................................................................................25

5.5.2 Processo de Atualização de Banco de Dados....................................................................................................29

5.5.3 Sistema de transmissão ou inserção de alteração no campo ...........................................................................30

6. ESTUDO DE CASO...............................................................................................................................................................32

6.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO E LOCALIZAÇÃO .........................................................................................................................32

6.2 ELABORAÇÃO DO PROJETO ..............................................................................................................................................34

6.3 EXECUÇÃO DA EDIFICAÇÃO ...............................................................................................................................................41

6.4 IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS ..................................................................................................................................41

6.5 APRESENTAÇÃO AOS DEPARTAMENTOS ENVOLVIDOS..........................................................................................................42

6.5.1 Interferências que acontecem durante a obra....................................................................................................43

6.5.2 Interferências identificadas após a entrega do apartamento ............................................................................44

6.5.3 Interferências que acarretam na segurança .......................................................................................................48

6.5.4 Destacamento de cerâmica em fachada .............................................................................................................49

6.6 SOLUÇÕES ADOTADAS....................................................................................................................................................53

6.6.1 CORREÇÕES DE PROJETO ..............................................................................................................................................53

6.6.2 SOLUÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO .................................................................................................................................54

7. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................................................................................................56

8. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................................................58

9. RECOMENDAÇÕES ...........................................................................................................................................................59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:.........................................................................................................................................60

11

1. INTRODUÇÃO

As inovações nos métodos construtivos, quando não aplicada de forma adequada,

proporcionam o aparecimento de interferências na obra em construção. Procura-se

construir com o máximo de economia e em prazos mais curtos, aumentando o risco

de segurança devido o desconhecimento de novos materiais e técnicas.

Devido à necessidade de busca de um diferencial, as construtoras visam a

excelência e a satisfação de clientes, e para obter esta satisfação é necessário

executar os empreendimentos com qualidade.

Para construir os empreendimentos com qualidade é necessária uma boa gestão de

projetos, pois as soluções adotadas na etapa do projeto têm ampla repercussão em

todo o processo construtivo e no desenvolvimento do produto final, a ser entregue

ao cliente. Para isso, os novos projetos devem ser aperfeiçoados, inserindo as

correções de falhas detectadas em projetos já construídos nos antigos

empreendimentos.

A Klabin Segall tem a missão de ser referência em viabilizar e entregar soluções de

espaços inovadores e de alta qualidade com criatividade. Para isso procurou-se

investir na melhoria de gestão do processo de projetos, devido aos impactos que um

projeto mal elaborado pode provocar sobre todas as outras fases subseqüentes do

processo de construção.

Para ter uma melhoria na gestão de projeto, refletindo em todas as etapas

produtivas, faz-se necessário a revisão dos projetos por meio de um sistema de

retroalimentação.

A retroalimentação é a ferramenta utilizada no processo de produção, desde a

concepção do projeto, passando pelo período de execução quando se identificam

problemas que ocorrem na obra até o momento de entrega ao cliente. Nesse

processo o departamento de Assistência Técnica é envolvido para registro e

alimentação do banco de dados, bem como pode apresentar informações capazes

de alimentar a gestão de projetos.

12

O departamento de Assistência Técnica tem como um dos objetivos, apresentar ao

departamento de gestão de projetos, por meio de palestras, apresentações de

PowerPoint e registros fotográficos, as irregularidades normalmente identificadas

pelos clientes, com as correções e soluções para os próximos projetos.

Infelizmente há problemas que surgem apenas com o uso, chamados de vícios

ocultos, ou seja, não identificados durante a fase de execução da obra. Para facilitar

e agilizar o atendimento ao cliente, existe o departamento de gestão de clientes, que

visa a plena satisfação dos clientes. Em geral, os clientes são informados que será

feita uma vistoria técnica e posteriormente é realizado o reparo nas edificações.

Durante a vistoria, feita pelo técnico do departamento de Assistência Técnica,

identificam-se os problemas e os possíveis motivos que vieram a ocasionar estes

problemas. Os registros são feitos por meio de relatórios e fotografias para

apresentação posterior.

Portanto apresenta-se nesta pesquisa uma das possíveis soluções para que as

construtoras posam alcançar um diferencial no mercado de venda de edificação. E

conseqüentemente procurar conquistar a confiança de futuros clientes.

13

2. OBJETIVOS

A pesquisa procura estudar e identificar irregularidades nas obras para

aprimoramento nos novos empreendimentos, independentemente da fase do projeto

ou da construção. Para isso é proposto o processo para corrigi-las e apresentá-las

aos departamentos responsáveis com o intuito de propor melhorias na execução de

edificações residenciais fundamentado na experiência e informação sobre as

anomalias presentes nos empreendimentos já entregues.

2.1 Objetivo Geral

Levantar e apresentar os problemas ocorridos durante a construção de

empreendimentos, mostrando suas eventuais causas e possíveis soluções, para que

estes fatos relatados nos edifícios já entregues sejam expostos para as equipes de

projetos, planejamento e execução de obras. Essa atitude visa prevenir problemas e

evitar que nos empreendimentos a serem construídos no futuro, não ocorram

retrabalhos.

2.2 Objetivo Específico

Implementar o processo de atualização de banco de dados da construtora, utilizando

o modelo adotado no empreendimento Condomínio Acervo Alto de Pinheiros, para

evitar a repetição de problemas detectados em empreendimentos anteriores.

Esse processo de atualização requer o emprego de sistema de qualidade, como o

Autodoc (AUTODOC, 2008), que foi utilizado no estudo de caso. Nesse sentido a

pesquisa visa, ainda, a ampliação de ferramentas, como Plano de Ação e Melhoria

(PAM), onde ficam cadastrados os aspectos técnicos das irregularidades

construtivas encontradas.

14

3. MÉTODO DE TRABALHO

O presente estudo está fundamentado em artigos técnicos, publicações e relatórios

consultados na fase de pesquisa bibliográfica.

A organização desses documentos técnicos permitiu compreender parte do sistema

de qualidade da construção civil direcionado para a melhoria sucessiva na

elaboração de projeto de edificações ou na fase de execução.

A partir do conhecimento extraído da bibliografia procurou-se colocar em prática e

avaliar um caso que ocorreu na construção de uma edificação residencial.

O estudo de caso é uma edificação que foi concebida pelo empreendedor, que

utilizou informações técnicas de um banco de dados para evitar a ocorrência de

irregularidades e problemas técnicos, tanto na fase de elaboração do projeto, como

na fase executiva do empreendimento.

Embora esse condomínio tenha sofrido correções de antigas anomalias, foram

encontrados novos problemas na fase de execução da obra. Discute-se no estudo

de caso, a identificação desses problemas, o registro técnico e disponibilização para

todos os setores envolvidos na construção do empreendimento antes de inserir as

informações técnicas no banco de dados da empresa construtora.

15

4. JUSTIFICATIVA

A inserção dos conceitos de sistemas de qualidade no processo das construções

civis visa evitar re-trabalhos e propõe melhorias na fase de execução, bem como,

reduzir custos dos empreendimentos.

A disseminação do sistema de controle de qualidade nas construtoras de edifícios

residenciais e comerciais e o acúmulo de informações técnicas no banco de dados

garantem ao setor de planejamento a elaboração de planos e orçamentos de novos

empreendimentos com previsões de eventuais irregularidades já ocorridas nos

edifícios concluídos.

A melhoria alcançada na construção de edifícios residenciais, associada a redução

de custos, em decorrência da inserção de um sistema de qualidade no Condomínio

Acervo Alto de Pinheiros, permitiu o desenvolvimento da presente pesquisa

tecnológica.

O acompanhamento deste caso despertou interesse em estudar o sistema de

melhoria e aperfeiçoamento dos projetos e das construções de edificações.

16

5. SISTEMA DE CONTROLE DE QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO

CIVIL

O mercado da construção civil está aquecido, isto em conseqüência da estabilização

da economia brasileira e o aumento da competitividade gerada pela abertura para o

mercado internacional. Este aquecimento tem gerado a falta de mão-de-obra,

material e ferramentas, trazendo assim uma grande queda na qualidade da

construção civil.

Em busca de um diferencial nesta área que se encontra cada vez mais concorrido,

as construtoras buscam soluções por meio de novas técnicas, visando à qualidade,

para a satisfação de seus clientes.

Porém, há certo desequilíbrio em relação ao preço, prazo e qualidade. Nota-se que

pelo fato de ter uma redução nos prazos de construção, a utilização de material e

mão-de-obra alternativos para reduzir os custos e diminuir o tempo de execução,

traz prejuízos ao processo de qualidade. E deixar a qualidade em segundo plano,

que é praticamente voltar no tempo, quando se geravam gastos desnecessários.

A qualidade, em qualquer organização, destaca-se pela sua importância para o

sistema de controle do processo construtivo e principalmente para seus

consumidores. Para as empresas da indústria da construção civil não basta adaptar

e criar alguns sistemas de controle qualidade. É necessário implantar na prática,

primeiramente em fase de teste para adaptações no sistema para colocação em

funcionamento no futuro (SOUZA e MEKBEKIAN, 1996).

5.1 Implantação dos sistemas de qualidade nas empresas de

construção civil

As grandes empresas do setor buscam, cada vez mais, comprometer-se com a

qualidade, onde elas conseguem observar por estatísticas, melhorias que acarretam

tanto a elas, quanto aos clientes. Para as empresas construtoras, isso permite obter

um diferencial a mais, em relação às outras construtoras do mercado.

17

A implantação do sistema de controle de qualidade permite uma avaliação mais

adequada do mercado construtivo, criando valores de referência que permitam a

comparação dos resultados entre empresas.

Segundo Souza (1996), o sistema de qualidade na construção civil.

“se mostra essencial, na medida em que exerce forte impacto sobre

os custos, a produtividade e a qualidade do produto final entregue ao

cliente. Neste caso a metodologia adotada também segue as diretrizes das

normas ISO 9000 e se assenta sobre os aspectos, da padronização dos

procedimentos de execução e inspeção dos serviços de obras, de modo a

documentar a tecnologia construtiva da empresa e possibilitar sua repetição

na execução e no padrão de qualidade das varias obras da construtora; do

treinamento de equipes e operários responsáveis pela condução de

serviços, seja mão-de-obra própria ou de contratada; definição das

responsabilidades da equipe de gestão da obra com relação ao sistema da

qualidade e sua implantação prática: quem treina, quem verifica, quem

implementa ações corretivas, quando e como são conduzidos os processo

de execução e inspeção dos serviços; retroalimentação do sistema,

permitindo a correção de falhas na execução de serviços , na qualificação

de fornecedores de serviços e a adoção de novas tecnologias de processos

construtivos.“

5.1.1 O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Construção

Habitacional

O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Construção Habitacional -

PBQP-H foi estabelecido a partir da portaria nº 134 de 18.12.98, do Ministério do

Planejamento e Orçamento. Esse programa veio para auxiliar o setor da construção

civil na busca de melhorar a eficiência ao longo de toda cadeia produtiva, criando-se

uma forma específica de qualificar empresas projetistas e construtoras, produção de

materiais e todos os elementos que produzem em conformidade com as normas

técnicas.

18

O PBQP-H propõe-se a organizar o setor da construção civil em torno da melhoria

da qualidade e da modernização produtiva, gerando um ambiente de isonomia

competitiva. Para isso, o Programa conta com a participação ativa dos segmentos da

cadeia produtiva, agregando esforços na busca de soluções com maior qualidade e

menor custo para redução do déficit habitacional no país (MC, 2008).

5.1.2 Falhas de execuções no Brasil

São diversos os motivos que causam as irregularidades em um empreendimento,

algumas falhas ocorrem devido aos erros de planejamento; por desconhecimento; e

negligência de alguns profissionais.

Registra-se que há interferência na construção que é gerado por condições

adversas, tais como mudança de uso da edificação, alterações das condições locais,

execução de obras vizinhas, ações do tempo e do meio ambiente, rebaixamento do

lençol freático, abalos sísmicos entre outras situações.

Novas tecnologias surgem constantemente no mercado da construção civil. Por isso,

deve-se tomar cuidado com soluções e desempenhos duvidosos de materiais, que

não tenham sido caracterizados corretamente.

Entretanto, o emprego de tecnologias e novos materiais de qualidade podem trazer

grandes vantagens, como a redução de prazo e de custo.

Alguns técnicos, por falta de experiência ou por má fé, acreditam que por ter

utilizado métodos construtivos de qualidade duvidosa, em outros empreendimentos

residenciais, não teriam problema em repetir o feito uma vez que estes métodos

trazem economias.

É muito importante que os profissionais da construção civil não se iludam por

soluções de caráter duvidoso, de fácil resolução e baixo custo, caso elas não

estejam em conformidade com as normas brasileiras e boas técnicas da engenharia.

Há grandes chances de vir a dar problemas no futuro, acarretando sempre danos

pessoais e grandes prejuízos financeiros. É sempre mais econômico e seguro fazer

19

da maneira correta logo na primeira vez, visto que os reparos e reforços posteriores

sempre implicam um custo final mais elevado para a obra(MARCELLI, 2007).

5.1.3 Os 5 S

Segundo Hirschfeld (1996), a qualidade técnica na construção civil, no Japão, foi

introduzida por meio os conceitos dos chamados 5 S, que são palavras japonesas

que começam com a letra S:

• SEIRI – descarte, discernimento, eleições, arrumação.

• SEITON – arrumação, ordenação, austeridade fiscal, organização.

• SEISO – manutenção de limpeza, simplicidade, desregulamentação.

• SEIKETSU – higiene, compromisso, respeito mútuo, conceitos anteriores.

• SHITSUKE – disciplina, ética, decência, trabalho em equipe.

As cinco palavras japonesas que começam com a letra S, representam um ponto

alto na obtenção da qualidade no Japão. Os 5 S podem representar a âncora para a

competitividade brasileira sustentável no futuro para igualar este país com as outras

economias adiantadas do mundo.

É preciso convencer a todos os que participam de uma construção que a qualidade

é necessária e vai trazer benefícios a todos. Quem não produzir as construções civis

com qualidade ao preço sustentável corre o risco de ver seu faturamento ser

transferido para o concorrente.

Existem empresas onde os 5 S estão sendo implantados que, em dois meses,

retiraram muitas toneladas de materiais desnecessário a produção, ganhando tempo

na linha de trabalho, originando melhor ambiente e aumento de produtividade

(HIRSCHFELD, 1996).

20

5.2 Qualidade na elaboração do projeto

O departamento de projeto recebe as informações que cabem a eles e fazem as

correções, quando necessário, para os próximos empreendimentos. Em grande

parte dos projetos, a qualidade é posta de lado, provocando falta de produtividade e

desperdícios. Uma grande inadequação é a falta de planejamento na execução, o

que provoca erros e falhas dos serviços.

Os projetos devem ser eficazes, devendo haver uma coordenação entre todas as

etapas e serviços dos projetos para uma perfeita compatibilização.

Projetar é antecipar, de forma gráfica, aquilo que deverá ser executado. Hoje,

existem simulações em computadores, facilitando o planejamento da idéia mais

eficiente. Todos os projetos devem ter especificações precisas além de correta

quantificação dos materiais permitindo uma exata apresentação dos custos (Souza e

Mekbekian, 1996).

Nos países desenvolvidos, o cronograma de um empreendimento inclui o tempo

necessário para a realização completa de todas as etapas e serviços, os projetos

são duas a três vezes maiores que o tempo gasto na construção. É preciso projetar

e planejar com o tempo suficientemente adequado para que a execução seja

realizada conforme o idealizado. Para isso, é necessário conhecer todas as

restrições legais e jurídicas além dos insumos requeridos (Souza e Mekbekian,

1996).

5.2.1 Projeto Estrutural

Existem atualmente computadores potentes e programas sofisticados para o cálculo

de qualquer tipo de estruturas, entretanto, ainda são encontrados algumas falhas na

concepção e dimensionamento dos projetos estruturais.

O computador é uma ferramenta indispensável nos últimos dias e passou a ser um

aliado nos escritórios de cálculo estrutural e na elaboração de todo os tipos de

21

desenhos, desde as formas até o detalhamento das ferragens, melhorando assim a

qualidade do cálculo e da apresentação do projeto.

Erros nos projetos estruturais são passíveis de acontecer, sendo muito difícil

encontrar um escritório que não tenha cometido erros ao considerar o grande

número de projetos elaborados. O que ocorre é que na maioria das vezes os erros

são corrigidos em tempo, antes que ocorra falha na execução da obra.

5.3 Qualidade na execução

A qualidade da obra é resultante de uma série de aspectos: planejamento e

gerenciamento do canteiro de obra, condições de higiene e segurança do trabalho,

correta operacionalização dos processos administrativos em seu interior, o controle

de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da qualidade na

execução de serviços (HIRSCHFELD, 1996).

Durante a construção é necessário garantir a padronização dos procedimentos de

execução e inspeção dos serviços, treinar os operários a executar os serviços de

acordo com os procedimentos estabelecidos e realizar a verificação e inspeção da

qualidade dos serviços de acordo com os procedimentos. A tarefa de garantir a

qualidade do serviço cabe ao engenheiro da obra, em conjunto com o mestre e os

encarregados, por meio de um gerenciamento eficaz da mão-de-obra e da produção,

de forma a motivar e orientar os funcionários ou empreiteiros na execução de cada

serviço. A verificação e a inspeção do serviço executado ou em execução, com as

respectivas ações corretivas em caso de não-conformidade, evitam o desvio de

rumos e garantem o andamento normal da obra sem ocorrência de problemas que

podem repercutir nas etapas posteriores. As formas de conferência ou inspeção

também devem ser documentadas para que todos os engenheiros, mestres ou

encarregados utilizem os mesmos critérios de verificação da qualidade dos serviços.

Todos os processos devem ser objetivos, sucintos e desenvolvidos com base nas

normas técnicas brasileiras, artigos técnicos publicados em livros, revistas técnicas e

publicações setoriais e na experiência acumulada dos técnicos de diversas áreas da

empresa. Os registros de qualidade dos serviços também devem ser anotados em

formulários específicos denotando que o controle de qualidade foi realmente

22

realizado. Isto permitirá a retroalimentação efetiva do sistema de qualidade e a

composição do arquivo de qualidade da obra, além de possibilitar o rastreamento,

caso ocorram anomalias e patologias construtivas (SOUZA e MEKBEKIAN, 1996).

Um bom gerenciamento das edificações durante a execução, refere-se a um

acompanhamento diário da obra no seu aspecto físico-financeiro, que vai desde o

recebimento de materiais, conferência de notas fiscais, avaliação física da obra, até

a emissão do relatório gerencial mensal (GOLDMAN, 2004).

5.4 Inovações Tecnológicas na Construção Civil

Grandes avanços tecnológicos têm ocorrido nos últimos 10 anos na área da

construção civil, seja quanto aos materiais e processos ou nos avançados sistemas

de automação de equipamentos. Muitas das inovações já atingiram o mercado

brasileiro.

As empresas estão instalando sistemas novos com softwares atualizados com a

finalidade em trazer melhorias nos processos de suas atividades. Entretanto,

ressalta-se que é comum a ocorrência de problemas na instalação e manuseio das

novas ferramentas (sistema novo) em decorrência da aquisição efetuada sem os

cuidados necessários. Tal fato decorre de aquisição de sistemas e softwares feita

por profissionais inexperientes das empresas construtoras.

Diversos métodos construtivos, materiais e equipamentos têm sido desenvolvidos ao

longo do tempo, visando dotar o processo construtivo de maior racionalidade,

colaborando para a economia de insumos, para a redução do consumo de força

física dos trabalhadores e para a otimização da relação entre insumos consumidos e

benefícios alcançados.

5.4.1 Tecnologia de materiais e no processo de construção

Os materiais mais aplicados na engenharia civil têm sido desenvolvidos

sistematicamente com a inserção de novas tecnologias e os resultados alcançados

23

são as melhorias de produtos com rendimentos nunca atingidos. As melhorias

alcançadas em alguns tipos de materiais são citadas nos parágrafos seguintes.

Nos últimos dez anos, o avanço no desempenho do concreto superou tudo o que

havia sido conseguido em cem anos de evolução desse material. Os

desenvolvimentos da sílica ativa, das adições de aditivos permitiram avanços

significativos, resultando em materiais melhores desenvolvidos para a construção

civil. Relacionado ao concreto armado, atualmente existem técnicas para melhorar o

desempenho da armadura aos esforços de tração do concreto, que são as fibras

sintéticas. Tais fibras podem ser confeccionadas em carbono acrílico. Por outro lado,

o processo de bombeamento do concreto também vem sendo aprimorado: hoje é

possível vencer grandes alturas, o que reduz o tempo de execução da concretagem.

Escoramentos metálicos, fôrmas metálicas deslizantes, painéis pré-fabricados e

outros acessórios relacionados ao serviço de concretagem, evoluções tecnológicas

(Okuda, 2004).

Foram idealizados os mais diversos tipos de paredes e divisórias que resultaram da

aplicação de tecnologias. As sofisticações tecnológicas devem ser aplicadas de

acordo com a necessidade da obra e atualmente, podem até ser parte da estrutura

do empreendimento.

Revestimentos e pinturas, além de contemplar novos produtos decorativos, podem

também dar maior agilidade ao processo de execução e com maior economia.

Os materiais utilizados nas instalações prediais são também resultantes de

pesquisas tecnológicas como tubos e conexões (Okuda 2004).

5.4.2 Equipamentos para uso na construção

Diversos equipamentos vêm sendo desenvolvidos para a construção de edifícios; a

força braçal está sendo rapidamente substituída por guinchos, guindastes,

elevadores, gruas e pequenos equipamentos para escavação e movimentação de

material.

24

Para movimentação e transporte vertical de cargas e trabalhadores, com segurança,

desenvolveram-se no mercado gruas, elevadores e balancins elétricos, que podem

facilmente ser removidos e não prejudicam o desenvolvimento da obra.

Os serviços com concreto ou argamassa agregam uma série de equipamentos que

são utilizados com certa rotina em praticamente todas as partes do mundo:

equipamentos de projeção de concreto; sistema de bombeamento, réguas

vibratórias, acabadores giratórios e outros.

Os equipamentos utilizados na fase de investigação do terreno também já inserem

uma série de tecnologias novas, como o GPR – Ground Penatrating Radar,

pressiômetros etc. Durante a execução das obras é comum a realização de

levantamento topográfico com uso de estação total e mira a laser, em substituição

aos tradicionais teodolitos.

Avaliações da integridade das estruturas em concreto podem ser feitas com uso de

radar de alta freqüência.

5.5 Banco de dados

Para atender aos requisitos mínimos de qualidade de execução exigidos na

construção civil é necessária a instalação de um sistema de comunicação interna

entre departamentos, projetos, planejamento, execução e assistência técnica.

Portanto a integração entre os participantes pode se tornar mais efetiva.

Um banco de dados bem montado e um sistema de rede eficiente possibilita a

comunicação entre todas as envolvidas no projeto e permite a revisão sistemática do

projeto. No caso de se verificar incoerências ou possibilidade de melhorias nos

projetos ou processos executivos, o sistema de rede e o banco de dados permitem o

armazenamento dessas informações para uso em obras futuras.

Com a finalidade de executar obras civis, como máximo de excelência, a indústria da

construção civil, tem aprimorado sistematicamente o banco de dados, que é uma

ferramenta fundamental para a melhoria de qualidade.

25

Segundo Okuda (2004),”as soluções adotadas na etapa do projeto têm amplas

repercussões em todo o processo da construção e na qualidade do produto final a

ser entregue ao cliente. É na etapa de projeto que acontece a concepção e o

desenvolvimento do produto, que deve ser baseado na identificação das

necessidades dos clientes em termos de desempenho, custos e das condições de

exposição a que será submetido.”

A qualidade da solução do projeto determinará a qualidade do produto e,

conseqüentemente, condicionará o nível de satisfação dos usuários finais.

Investimentos na melhoria da etapa de elaboração de projeto têm sido apontados

como vitais por muitos autores e pesquisadores ligados ao setor da construção em

todo o mundo, em função dos impactos que exerce sobre todas as outras fases

subseqüentes do processo de produção. Neste contexto verifica-se que a melhoria

na gestão do processo de projetos está relacionadas ao sistema de retroalimentação

(Okuda, 2004).

Em função da característica de distribuição física da construção civil com canteiros

de obra, escritório de arquitetura e de engenharia em diferentes locais, associada a

necessidade de troca de informações precisas e em tempo real, criaram-se

programas que permitem acesso a informações em forma de um consócio virtual e

temporário para que se realize um empreendimento (Olga, 2006).

Em meio aos programas específicos e atuais no mercado para a Engenharia Civil

existe o SADP (Sistema de Armazenamento de Dados de Projeto), que esta sempre

sendo revisado para melhor atender as necessidades das empresas de construção

civil. A estrutura do programa confecciona para a equipe de projetos na construção

civil, pode ser adaptada à necessidade especificas do usuário.

5.5.1 Softwares de Engenharia

Com o avanço tecnológico, a utilização de programas de computação voltados à

engenharia contribui no desenvolvimento e melhoria de todo setor. Há variedades de

26

softwares desenvolvidos para os setores internos das construtoras, seja na

qualidade, no planejamento, em projetos, na execução, no atendimento ao cliente,

receita imobiliária, comercial / marketing e financeiro.

5.5.1.1 AutoCAD

O software AutoCAD permite projetar, visualizar e documentar plantas estruturais, de

arquitetura, hidráulica, elétrica, entre outros com maior rapidez, clareza e eficiência.

O AutoCAD, hoje utilizado por quase todas as empresas de engenharia civil, permitiu

melhorar a produtividade e agilidade das atividades. Existem programas similares de

outras empresas que executam as mesmas funções (Auto Desk, 2008).

5.5.1.2 Autodoc

Autodoc é uma empresa que elabora softwares destinados a aplicações

empresariais, prioritariamente atendendo ao setor da construção. A empresa possui

uma linha de produtos prontos que são classificados como softwares online de uso

imediato, e outra linha de produtos “customizados” segundo as necessidades das

empresas (Auto Desk, 2008).

AutoDoc Qualidade - O sistema possui 7 módulos com funções que permitem o

controle de sistemas de Gestão Integrado – Qualidade, Segurança e Meio Ambiente.

Os módulos do sistema são: Controle de Documentos e Registros, Gerenciamento

de Não-Conformidades, Gerenciamento de Treinamentos, Auditoria Interna, Plano

de Metas, FAQ - Frequently Asked Questions e Administrativo. Em breve o Autodoc

Qualidade disponibilizará todas as FVS (Ficha de Verificação de Serviços) e FVM

(Fichas de Verificação de Materiais) via internet, integrado aos sistemas mobile

(Auto Desk, 2008).

AutoDoc Obras - O conceito deste produto é de que ele foi concebido para exercer o

papel do ESCRITÓRIO VIRTUAL no canteiro de obras, funcionando como braço

direito do engenheiro. A primeira fase deste produto, que já está em operação, tem

os seguintes módulos: repositório de documentos, painel gerencial, atas de reunião,

27

plano de ação, controle de tarefas, controle fotográfico, controle de tarefas. A

segunda fase do AutoDoc Obras, que está em desenvolvimento, contemplará os

seguintes módulos: controle de resíduos, controle de contratos, check list de

medições de fornecedores, agendas e tarefas, obrigações legais, responsáveis da

obra e atribuições, lista telefônica, painel de avisos e lista de envolvidos na obra e no

projeto (Auto Desk, 2008).

5.5.1.3 Programa Affinity Klabin Segall atendimento ao cliente

Por meio do Programa Affinity, a empresa tem uma única pretensão: criar canais de

comunicação de fácil acesso, com profissionais capacitados em oferecer soluções

individualizadas e eficientes (Klabin Segall, 2008).

A Klabin Segall desenvolveu um sistema exclusivo de relacionamento com clientes.

O retorno a qualquer solicitação tem de ocorrer em até 24 horas, e cada cliente

possui uma ficha única com todas as suas características e solicitações. O

atendimento é descentralizado, possibilitando que a pessoa fale sempre com um

profissional habilitado. Esse sistema permite também à empresa monitorar e avaliar

o nível de atividade de cada área e, acima de tudo, o fluxo de demandas e qualidade

dos serviços prestados (Klabin Segall, 2008).

Por meio do site www.klabinsegall.com.br, a Klabin Segall oferece um canal de

comunicação rápido e eficiente. Com uma senha pessoal, os clientes da empresa

têm acesso à sua posição financeira, serviços de antecipação de parcelas e boleto

on line, status das suas últimas solicitações, além de agenda de arquitetura e tour

virtual pela obra com registro fotográfico, gráficos e informativos atualizados

mensalmente. Para atender às demandas específicas e orientar sobre os canais de

contato e informações da empresa, a Klabin Segall possui uma Central de

Relacionamento, responsável pelo Programa (Klabin Segall, 2008).

5.5.1.4 Sistema de Armazenamento de Dados de Projeto - SADP

Desenvolvido pela empresa SISTRUT Software e Tecnologia S/C Ltda., há quase

vinte anos no mercado de desenvolvimento de softwares para engenharia, o sistema

28

SADP, cuja primeira versão foi desenvolvida em 1999, vem sendo utilizado por

empresas de construção civil na gestão de projetos, permitindo a conexão entre o

canteiro de obras e escritório central.

Pelo levantamento efetuado, permite afirmar que o sistema foi o primeiro data

waterhouse (armazenamento de dados) direcionado para as empresas de

construção civil e projetos, baseado em sistemas colaborativos no Brasil.

Trata-se de um sistema de informação baseado na tecnologia WEB para projetos –

Extranet de projeto. Há outras empresas que mantêm estes serviços e oferecem

outras funcionalidades, como: visualização on line de documentos; markup

(anotações no projeto); automação dos processos e do fluxo de trabalho (workflow)

(MIURA, 2005).

O sistema SADP permite gerenciar obras em todo o país, aproveitando dos

benefícios que a rede tecnológica oferece: a localização das organizações torna-se

não tão importantes, pois na rede WEB todas as organizações estão “à mesma

distância” dos consumidores em relação á seus serviços e produtos (MIURA, 2006).

O sistema aceita o recebimento em tempo real por diversos projetistas localizados

em diferentes pontos da rede. Permite, ainda, atuação simultânea em um

determinado projeto. Portanto, requer uma redistribuição cuidadosa das partes do

projeto para que as pendências e interferências sejam analisadas por todos (OLGA,

2006).

Ao analisar o SADP pode-se afirmar que se trata da união de três tecnologias que

reunidas disponibilizam uma série de recursos para os usuários, em especial para a

coordenação e para o gerenciamento de projetos e obras. A três tecnologias

seguem abaixo:

• Armazenamento de Arquivos – esta tecnologia permite que em uma área

segura de um servidor de armazenamento da rede Internet seja depositado

arquivos de qualquer tamanho ou estilo, com finalidade de disponibilizar o

acesso às informações aos parceiros cadastrados;

29

• Base de Dados – essa tecnologia gerencia o funcionamento do sistema

permitindo ao coordenador do sistema: configurar permissões; documentar e

registrar quem e quando foram cadastrados os arquivos; quando revisados e

cadastrados novos arquivos; e permite o bloqueio dos arquivos antigos;

Colaboração – esse recurso trata da comunicação entre todos os usuários

cadastrados na rede, notificando os parceiros de todas as operações que foram e

estão sendo realizadas. O sistema aceita, ainda, que cada parceiro usuário

configure os seus próprios procedimentos de aviso (imediatos, relatórios diários, etc)

(OLGA, 2006).

5.5.2 Processo de Atualização de Banco de Dados

A retroalimentação é um fator muito importante para controlar a qualidade do

processo, uma vez que, sem ela o sistema de gestão de projetos não tem como

avaliar o andamento das tarefas planejadas anteriormente, não podendo, portanto,

balizar projetos futuros (Okuda, 2004).

A retroalimentação do projeto deve ocorrer pelo acompanhamento das diversas

partes do seu desenvolvimento, avaliação na obra e do produto entregue, e consulta

ao usuário final, com objetivo de fornecer às obras um projeto executivo racional,

com custos de execução planejados, prazo compatível e menor margem de erro.

Qualquer esforço que procure reduzir custos, como é o caso da retroalimentação de

projetos, resultando na diminuição de desperdícios, no aumento da produtividade e

na redução de patologias construtivas, é um passo importante no apoio às políticas

habitacionais públicas que procuram atender tanto à população de baixa renda, com

a produção de habitações de interesse social, quanto à própria classe média

(Okuda, 2004).

Na construção civil, nota-se que a incidência de manifestações patológicas nos

edifícios construídos persiste, em meio às pressões, desde o início da década de 90,

por maior eficiência produtiva, em resposta às mudanças econômicas, tecnológicas

30

e sociais vividas no Brasil. As razões dessas manifestações patológicas são várias,

e muitas delas podem seguramente ser imputadas à ausência da retroalimentação

de informações obtidas por meio da avaliação do produto final e de sua pós-

ocupação (MARCELLI, 2007).

Tem sido um grande desafio para os estudiosos do setor da construção civil a tarefa

de adaptar as teorias da qualidade para a realidade do setor de construção

brasileiro, cujas características dificultam a sua transposição. É importante ressaltar

que, além disso, a cadeia produtiva que forma o setor da construção civil é bastante

complexa e possui uma grande diversidade de agentes e de produtos parciais

gerados ao longo do processo de produção que irão afetar a qualidade do produto

final, isso quer dizer que elevar os padrões de qualidade da construção civil significa

articular esses diversos agentes do processo e comprometê-los com o sistema de

retroalimentação de informações de seus produtos parciais e com a qualidade do

produto final (MARCELLI, 2007).

5.5.3 Sistema de transmissão ou inserção de alteração no campo

A implantação do sistema de controle qualidade nas empresas da construção civil

tem como objetivo ENEGEP (2002), portanto:

• Regulamentar e documentar;

• Controlar e planejar as atividades do projeto;

• Controlar e planejar as atividades de construção;

• Assegurar a adequação dos recursos necessários à construção, que incluem

equipes, materiais, equipamentos e outros insumos;

• Melhorar a produtividade e a qualidade dos serviços;

• Reduzir os custos do empreendimento;

• Otimizar as relações com os clientes;

• Melhorar a imagem da empresa, obtendo maiores e melhores participações no

mercado.

O sistema traz muitos benefícios tanto para as empresas, como para o setor público

e, também para o consumidor. Para as empresas revela grandes oportunidades no

31

aumento da sua competitividade, a redução de desperdícios, uma melhor formação

dos profissionais, acesso a projetos e materiais de melhor qualidade e adequação às

normas técnicas. Assim, as empresas se ajustam às disposições do Código de

Defesa do Consumidor evitando certas penalidades previstas e o lançamento no

mercado de produtos que não atendam às normas brasileiras. Já para o setor

público, é uma oportunidade para utilização do seu poder de compra como forma de

selecionar os fornecedores com maior qualidade, otimizando o uso dos recursos

públicos e solicitando, no processo licitatório, os atestados de qualificação. E

finalmente, beneficia o consumidor, visto que traz grande oportunidade para sua

decisão no poder de compra, podendo escolher aquelas empresas que produzem

com qualidade (ENEGEP, 2002).

No entanto, DALCUL (1996) mostra que as empresas, além de investirem, não vêm

alcançando plenamente os seus objetivos, pelo fato de, muitas vezes, haver uma

ação pontual, sem a preocupação com o todo, visando retorno imediato e sem

garantir o aperfeiçoamento contínuo e a renovação para o futuro.

32

6. ESTUDO DE CASO

O estudo de caso aborda o sistema de controle de qualidade e a atualização do

banco de dados da empresa Klabin Segall para as execuções de futuros

empreendimentos residenciais sem falhas reincidentes, por meio de correção em

projetos e melhoria em planejamentos.

Como estudo de caso, foi escolhido o Condomínio Acervo Alto de Pinheiros, edifício

residencial de alto padrão e com boa localização; teve a venda de suas unidades

todas em fase de lançamento, que totalizam 200 apartamentos.

6.1 Descrição do Projeto e Localização

O empreendimento é dividido em 2 torres de 25 andares cada e 4 apartamentos por

andar. A torre Matisse e Miro possui 96 apartamentos com 167m² e com 2 ou 3

vagas de garagem. Possui, ainda 4 coberturas duplex de 276m², com 3 vagas de

garagem. A torre Monet e Renoir também possui 96 apartamentos, com 208m² e

com 3 vagas na garagem. Nessa torre foram construídas, também, 4 coberturas

duplex de 320m² com 4 vagas de garagem.

O condomínio, localizado na Rua Dr. José Rodrigues Alves Sobrinho nº 150 próximo

ao Shopping e Parque Villa Lobos próximo ao Colégio Santa Cruz, situa-se na

região oeste da cidade de São Paulo. As Figuras 6.1 e 6.2 mostram a localização

dos empreendimentos.

33

Figura 6.1 Mapa de localização do

empreendimento.Fonte: Cyrela.

Figura 6.2 Foto aérea do empreendimento.

Fonte: Google Earth.

A fachada dos edifícios é do tipo contemporâneo e ocupa um terreno de 15.000 m².

A amplitude e o aproveitamento do terreno proporcionam mais de 10 mil m² de

jardins e entretenimento: Quadra Poliesportiva, Quadra de Tênis, Sala de aula de

ginástica, Sala de Ginástica, Piscina Coberta com raia de 25m, Sala de Massagem,

Sala de Descanso com hidro, Sauna Úmida e Seca, Salão de Jogos, Pomar,

Playground, Área de Estar com Bancos (Praças), Espelhos d'água, Salão de Festas,

Brinquedoteca, Lan House, Lounge Adolescente, Lounge Adulto, Espaço Gourmet,

Ofurô, Piscina descoberta Adulto e Infantil, Solarium e Redário.

34

Este empreendimento foi escolhido como estudo de caso devido à ocorrência de

falhas e as soluções tecnológicas adotadas. Esses aspectos são discutidos nos

subitens deste capítulo.

6.2 Elaboração do Projeto

O projeto de arquitetura, do empreendimento em referência, foi desenvolvido pelo

arquiteto Paulo Segall e sua equipe, o paisagismo é de responsabilidade do

arquiteto e paisagista Gilberto Elkis e a decoração de mobiliários projetada por João

Mansur. Projetos que possibilitaram a execução foram de Ávila Estruturas, com

projetos de forma e estrutura, as instalações, elétrica e hidráulica foram projetados

pela empresa Projetar.

Pelo fato de um projeto arquitetônico ser diferente de qualquer outro, e não ser uma

produção em série, o projeto de um edifício não acontece simplesmente pela

evolução direta de um edifício anterior. Porém, projetos similares devem formar um

banco de dados a partir de avaliações realizadas na fase de pós-ocupação,

assistências técnicas.

Figura 6.3 foto ilustrativa do empreendimento.Fonte: Cyrela.

35

A identificação de eventuais patologias, avaliações das tecnologias construtivas

empregadas por meio de Fichas de Verificações de Serviços (FVS), durante a

execução e desempenho do edifício na fase de uso e manutenção, se coletadas,

podem servir como uma preciosa ferramenta para o desenvolvimento de um projeto

eficiente na busca de qualidade do edifício. A firme busca de atualização desse

banco de dados, mesmo durante o processo de desenvolvimento do projeto, garante

a retro-alimentação de novos projetos.

O projeto de qualquer edifício torna-se extremamente dinâmico, pois todas as

informações devem trazer evoluções e adaptações para uma constante atualização

de conceitos e necessidades do mercado, empregando tecnologias e processos

construtivos atualizados.

Para a elaboração do projeto executivo arquitetônico do condomínio Acervo Alto de

Pinheiros foram coletadas e analisadas informações de falhas de outros

empreendimentos já entregues e observados durante a fase de execução e após a

entrega das unidades. Essas falhas foram sistematizadas por meio de um processo

de retro-alimentação, auxiliando na tomada de decisões do projeto.

Melhado (1994) apresentou um estudo realizado na Suécia por Hammarlund &

Josephson que definiu uma distribuição relativa entre os fatores de custo

responsáveis por falhas internas (segundo a ISO 9004, aquelas decorrentes de

reprocessamento antes da entrega do produto) e uma outra distribuição para fatores

de custo de falhas externas (ocorridas após a entrega do produto), na qual se pode

observar que a parcela devida ao projeto representa 20% das falhas internas e 51%

das falhas externas, somando aproximadamente um terço do total de falhas de

qualidade. A Tabela 6.1 reproduz esses dados.

36

Tabela 6.1: Distribuição dos custos de falhas da qualidade na Suécia, internas e externas (HAMMARLUND & JOSEPHSON, 1992).

INTERNAS EXTERNAS ORIGEM DAS FALHAS

(% relativa) (% relativa)

CLIENTE 3% -

PROJETO 20% 51%

GERENCIAMENTO 34% -

EXECUÇÃO 20% 26%

MATERIAIS 20% 10%

EQUIPAMENTOS 1% -

PÓS-OCUPAÇÃO - 9%

OUTROS 2% 4%

TOTAL

(face aos custos da produçâo) 6% 4%

A retro-alimentação de projetos contribuiu para a melhoria da qualidade da

elaboração deste projeto. Cada agente do processo deve avaliar o produto com

relação aos seus anseios e necessidades. O incorporador avalia a qualidade no que

diz respeito ao alcance de seus objetivos empresariais, ou seja, na obtenção do

lucro previsto e da credibilidade alcançada no mercado com o sucesso de seu

empreendimento. O construtor avalia a qualidade no que diz respeito aos prazos de

execução alcançados, a facilidade no planejamento da execução face à suficiente

quantidade de informações vindas do projeto, dos desperdícios e correções durante

a obra, da assistência técnica pós-ocupação etc. A coleta de dados em obra serve

tanto para a execução do projeto quanto para as melhorias que estão relacionadas

ao próprio desempenho dos projetistas.

Resumindo, pode-se identificar quatro níveis de retroalimentação do projeto, como

mostra a Figura 6.4, proposta por Reis (1998).

37

Figura 6.4 Níveis de retroalimentação do processo de projeto (modificado de REIS, 1998).

A seta 1 (Figura 6.4) corresponde às alterações e acertos que precisam ser

realizados durante a execução, quando são identificadas falhas no canteiro,

incompatibilidade de projetos, falta de detalhamento, erros gráficos etc. Esses erros,

quando detectados, devem ser reportados aos projetistas para que sejam eliminados

e não sigam durante o andamento do empreendimento.

Na seta 2 (Figura 6.4), a retro-alimentação aos projetistas deve ser proveniente da

coleta de dados em obra pela empresa construtora e de sua estruturação em um

Banco de Dados. Na Klabin Segall utiliza-se relatórios e diário de obra. É importante

que o engenheiro residente, apesar dos prazos curtos, entenda a importância da

Projeto Executivo

Produção

Produção

Controle da

Execução

Assistência Técnica

Avaliação

Pós-ocupação

Níveis de Retroalimentação para projeto

1- Redefinição e acertos no

projeto durante a execução da

obra.

2- Retroalimentação vinda do

controle final da produção

3- Retroalimentação vinda do

serviço de assistência técnica

4- Retroalimentação vinda de

Avaliação Pós-Ocupação

3

2 1

4

38

disposição de tempo para essa retroalimentação, que traz benefícios e qualidade à

obra.

O engenheiro residente deve ver o projeto como fonte de toda informação, e

qualquer acréscimo de informação, seja na alteração de algum detalhe existente,

seja na solicitação de que seja desenvolvido algum detalhe específico que surgiu

durante a obra é de suma importância, pois traz evolução no processo de produção

de novos edifícios. Todas as boas soluções propostas devem ser devidamente

documentadas.

Na seta 3 (Figura 6.4), o serviço de assistência técnica da construtora, no caso a

Sinco Engenharia e com o auxilio da equipe da Assitec / Klabin Segall, deve

identificar todas as irregularidades ocorridas para que sejam avaliadas as causas

das anomalias. Sejam elas por uma inadequada execução, sejam por detalhes ou

escolhas de projeto, devem ser levadas à construtora para melhoria do controle da

execução dos próximos edifícios, e aos projetistas, para a adequação do projeto

para futuros empreendimentos.

Na última ligação (seta 4 da Figura 6.4) , a retro-alimentação ocorre a partir de

dados obtidos da avaliação pós-ocupação. Essa avaliação pós-ocupação sempre

que possível deve ser realizada por empresas especializadas em avaliar a satisfação

do cliente. É importante que todas as opiniões, reclamações etc. ou seja, que todos

os dados obtidos de ordem técnica sejam repassados aos projetistas.

Os profissionais envolvidos devem ser procurados não simplesmente pelo

conhecimento técnico que carregam consigo, mas por sua própria competência, pois

o banco de dados de retroalimentação deve fazer parte das informações dos

escritórios projetistas.

Responsabiliza-se a equipe de Coordenação de Projetos por gerenciar e

compatibilizar os projetos tornando novas versões, revisadas, sempre atualizadas

em campo e verificando se todos os dados de retroalimentação foram devidamente

documentados e realizadas as respectivas modificações de projeto, formalizando-as

por meio de reuniões periódicas durante o desenvolvimento dos projetos e durante a

39

fase de obras. Ao término da obra, se todas as alterações e erros durante a obra

foram objeto de modificações do projeto até a entrega do edifício, significa que

praticamente será desnecessária a elaboração do “as built”.

Seguem abaixo alguns registros fotográficos de detalhes arquitetônicos (Figuras 6.5

a 6.7) que sofreram melhorias a partir de outros projetos.

Figura 6.5– Detalhe 1 das manchas causadas pela pingadeira imprópria (OKUDA, 2008).

Figura 6.6– Detalhe 2 das manchas causadas pela pingadeira imprópria Fonte: Própria

40

A ausência da pingadeira, mostrada na figura acima, permite que ocorram manchas

devido ao acumulo de sujeira e a presença da chuva, obrigando a uma limpeza

constante e pintura com maior freqüência.

Figura 6.7 – Detalhe do projeto da pingadeira correta (OKUDA, 2008).

41

6.3 Execução da edificação

O empreendimento foi desenvolvido em parceria feita pela Klabin Segall, Cyrela e

Tecnisa e a construtora responsável pela execução foi a Sinco Engenharia, o

empreendimento teve seu lançamento em novembro de 2004 e a finalização, em

setembro de 2007.

A Klabin Segall, além de desenvolver o empreendimento, foi responsável pelo

atendimento aos clientes, possibilitando a total personalização das unidades, desde

a escolha de planta com diversas possibilidades e com a escolha de inclusão de

pontos elétricos, mudanças de louças e metais, permitindo até a alteração de

maçanetas, revestimento de pisos, box e armários.

A maior responsabilidade da Klabin Segall durante a execução foi o gerenciamento

da construção realizada pela Sinco Engenharia. A equipe direcionada para este

gerenciamento foi composta por um engenheiro e dois estagiários, que tinha como

responsabilidades, controlar os projetos personalizados e individualizados dos

apartamentos, realizar verificações de serviços por fichas conhecidas como Ficha de

Verificação de Serviços(FVS), emitir relatórios mensais de acompanhamento de obra

entre outros serviços.

6.4 Identificação de irregularidades

Estas irregularidades são apresentadas nas unidades autônomas e na área comum

e são identificadas a partir do instante em que o proprietário entra em contato com a

equipe de gestão de clientes da Klabin Segall apontando uma irregularidade em seu

apartamento ou alguém do conselho deliberativo do condomínio identifica

irregularidades na área comum após isso é agendada uma vistoria para inspeção.

A identificação só é possível, após agendar a vistoria (Figura 6.8) marcada entre

Gestão de Clientes e o proprietário, para que seja enviado um técnico à unidade

para identificações das irregularidades. A resposta é dada em no máximo 3 dias

úteis, avaliando-se os itens entre procedente e não-procedente. Caso tenha

42

procedência, ou seja, se é de responsabilidade da construtora, deve-se passar ao

cliente o cronograma de realização dos reparos apontados.

Figura 6.8 – Tela de registros de solicitações de assistência técnica do programa Affinity (KLABIN).

O Affinity é a ferramenta utilizada na Klabin Segall onde estão todos os dados dos

proprietários, permitindo verificar o andamento da solicitação.

6.5 Apresentação aos departamentos envolvidos

Os engenheiros, juntamente com estagiários do departamento de assistência técnica

da Klabin Segall, acompanham as vistorias realizadas pela construtora Sinco

Engenharia e registram as falhas por meio de fotografias e planilhas detalhadas.

Essas informações são enviadas para todas as áreas técnicas da empresa

construtora com a finalidade em desenvolver projetos novos sem as falhas

detectadas.

43

6.5.1 Irregularidades que acontecem durante a obra

Durante a obra são observadas algumas imperfeições que podem ou não ser

corrigidas pela própria obra, mas mesmo assim valem para registros no banco de

dados a titulo de informação para as demais obras, tanto as que estão em

andamento como as obras futuras.

As Figuras abaixo (6.9 e 6.10), representam uma irregularidade que ocorreu durante

a obra acima especificada e é devido ao uso inadequado durante a execução da

obra. Esse local foi utilizado como refeitório para funcionário e para armazenamento

de materiais.

Foi realizada a correção no piso que estava fissurado e em alguns pontos estava se

desprendendo devido a aplicação de “nata de cimento” (cimento e água), posterior a

retirada completa da camada que se desprendia.

Figura 6.9 – Mancha no piso do sub-solo devido à correção de imperfeições (KLABIN, 2008).

44

Figura 6.10 – Fissuras no piso do sub-solo devido à retração do cimento,cura inadequada (KLABIN, 2008).

Realizou-se o registro fotográfico da irregularidade percebida durante a fase da obra,

anexando-o ao banco de dados para posterior apresentação ao departamento de

produção.

6.5.2 Irregularidades identificadas após a entrega do apartamento

As irregularidades apontadas nesse item foram registradas pelo departamento de

Assistência Técnica e aconteceram após o recebimento das unidades e do

empreendimento. São irregularidades classificadas como de vícios ocultos, que

aparecem apenas posteriormente à habitação dos proprietários ou depois de alguns

anos.

A locação do ponto hidráulico que alimenta a ducha higiênica, mostrada na Figura

6.11 foi dimensionada de forma indevida, pois por estar muito próximo ao piso

revestido com mármore, a mangueira flexível (metálica) da ducha encosta no piso e

com o processo de oxidação mancha o mármore.

Para este caso, a correção é feita com água oxigenada volume 400 e com uso de

papel absorvente. Essa solução é limitada para manchas superficiais. Em casos

mais graves a solução é a substituição da placa de mármore.

45

Nos próximos empreendimentos o departamento de projetos, posteriormente a

apresentação do problema, deve corrigir este item, elevando o ponto hidráulico que

alimenta a ducha higiênica.

Figura 6.11 – Mancha no mármore devido ao contato da mangueira de ducha oxidada (KLABIN, 2007).

Outra falha verificada nesse empreendimento foi com o depósito privativo. É comum

nos empreendimentos novos a oferta aos proprietários desses depósitos privativos

normalmente localizados no sub-solo. Estes depósitos são utilizados para armazenar

utensílios, objetos e materiais não muito utilizados no dia-a-dia.

Verificaram-se, após a entrega das unidades residenciais nos empreendimento

antigos, reclamações dos proprietários pelo fato de não ter ponto de iluminação na

área interna e ao menos um ponto de tomada elétrica, como mostra a Figura 6.12.

Já para o condomínio Acervo Alto Pinheiros, foi instalado um ponto de tomada a

cada 3 depósitos e no teto dos depósitos existe uma eletro-calha com fiação já com

energia e possibilita ao proprietário, caso queira, a instalação da iluminação interna.

46

Figura 6.12 – Depósitos privativos é difícil a visualização na área interna por não ter iluminação e sequer tomada próximo (KLABIN, 2007).

Na imagem a seguir (Figura 6.13) é possível observar uma correção em relação aos

projetos antigos, mas que ocasionou outro problema que deverá ser corrigido para

os próximos empreendimentos.

Foi corrigido o deslocamento do acionador da banheira (liga e desliga) que

anteriormente estava afastado da tampa de inspeção e dificultava a substituição do

mesmo, porém neste empreendimento a tampa de inspeção ficou muito próxima à

bacia sanitária e dificulta a manutenção do motor de hidromassagem, quando

necessário, o local apropriado deveria ser na outra extremidade.

Outra falha incidente nesta mesma imagem é que a tampa de inspeção está com o

tamanho menor que a bomba de hidromassagem e impossibilita se necessário a

retirada dela.

47

Figura 6.13 – Tampa de inspeção para manutenção da bomba de hidromassagem (KLABIN, 2008).

Outra interferência identificada nos banheiros que tem a presença de banheira são

ocorridas devido á falta de previsão para a instalação de Box de vedação para

banho, possível ver na imagem a seguir (Figura 6.14). O “frontão”, peça de mármore

instalada na vertical, utilizada para dar acabamento no encontro da banheira com a

parede cerâmica é instalada em todo perímetro.

Pela ausência de um recorte no “frontão” as instaladoras de Box têm grandes

dificuldades de instalá-los, pois são necessárias cantoneiras metálicas que

contornam o frontão ocasionando um recorte no vidro e futuramente causando

naquela região um ponto propício a vazamento caso a vedação não seja de forma

adequada.

Normalmente as medidas do Box são padronizadas, por tanto esta previsão é

passível de execução, sem que haja grandes falhas e traz grandes vantagens, pois

gera uma redução no custo do Box e minimiza a ocorrência de futuros vazamentos.

48

Figura 6.14 – A linha vermelha detalha exatamente o local onde não deve ter o mármore, deixando um recorte para instalação do Box (KLABIN, 2008).

6.5.3 Irregularidades que acarretam na segurança

Os projetos antigos especificavam dutos com tampas no hall de serviço dos andares

apropriados para descartes de lixos, eram shafts que ligavam os andares a lixeira

instalada no sub-solo, mas o grande inconveniente que tinha era que os sacos de

lixos acabavam rasgando quando chegava na lixeira, devido a altura que eram

lançados causando muita sujeira e falta de higiene.

Hoje são comumente utilizadas lixeiras plásticas instaladas pela própria

administradora do condomínio durante a ocupação do prédio, mas alguns

empreendimentos não estão apropriados para receber estas lixeiras, pelo fato de

não haver um local definido, como apresentado nas figuras 6.15 e 6.16.

49

A não previsão de um local específico para locação de lixeiras nos andares acarreta

na colocação nas escadarias, o que prejudica a utilização da escada para acesso

aos andares e principalmente na rota de fuga em caso de incêndio. Como

conseqüência os condomínios poderia ter problemas para a renovação do Auto de

Vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB), na primeira vistoria realizada pelo bombeiro.

Figuras 6.15 e 6.16 – Lixeiras plásticas são instaladas nas escadarias pelo fato de não haver local pré-determinado (KLABIN, 2007).

6.5.4 Destacamento de cerâmica em fachada

Faz-se necessário quando há um problema de destacamento de revestimento

cerâmico na fachada, trazendo grandes riscos aos pedestres e moradores que por

ali passam a identificação e recomendação de procedimentos de correções destas

anomalias que ocorrem.

Vê-se nas imagens a seguir as prováveis causas geradoras da perda de aderência

dos revestimentos cerâmicos das fachadas do edifício Terraço Klabin e as

recomendações referentes aos métodos construtivos e materiais que podem ser

empregado na recuperação da fachada.

A imagem a seguir mostra alguns quadros de desplacamentos que ocorrem no

revestimento cerâmico (Figura 6.17).

50

Figura 6.17 – Fachada central onde ocorrem os destacamentos (KLABIN, 2008).

O revestimento cerâmico de fachada de edifícios é o conjunto monolítico formado

por camadas (inclusive chapisco e emboço) aderido à base portante da fachada do

edifício (alvenaria ou estrutura), cuja capa exterior é constituída de placas

cerâmicas, assentadas e rejuntadas com argamassa ou material adesivo (Figura

6.18).

51

Figura 6.18 – Identificação das camadas da fachada (KLABIN, 2008).

As camadas que constituem a prumada da fachada cerâmica são as seguintes:

• Base pode ser de estrutura de concreto ou de alvenaria de vedação

executadas com blocos de concreto;

• Chapisco é a ponte de aderência aplicada entre as bases e a argamassa de

emboço:

- Sobre as faces da estrutura de concreto foi utilizado chapisco conhecido

como rolado, preparado em obra;

- Sobre as bases de alvenaria por vezes o chapisco era inexistentes

(aplicação da argamassa de emboço diretamente sobre a superfície de concreto)

e outras vezes era verificada camada de pequena espessura de chapisco rolado;

• Argamassa de emboço industrializada.

• Argamassa colante industrializada para cerâmica.

• Placa cerâmica é de cor castanha fabricada pela Gail com reentrâncias do

tardoz maior que 1 mm;

• Rejunte é fabricado in loco durante a obra com areia de quartzo conforme

indicação do fabricante da cerâmica;

O registro fotográfico (Figura 6.19) mostra algumas camadas que constituem a

fachada.

52

Figura 6.19 – Fachada central onde ocorrem os destacamentos (RAGUEB, 2008).

As prováveis falhas ou fatores que influenciaram no destacamento da cerâmica

(Figura 6.20) foram apresentadas ao setor técnico e a recuperação de revestimento

de fachada deve ser feita por meio da remoção do revestimento próximo a estrutura

para a instalação das juntas de dilatações.

Foi possível identificar também que a aplicação da argamassa colante não foi feita

de forma adequada possibilitando que algumas placas cerâmicas ficassem sem o

preenchimento total, ocasionando infiltrações de água e o conseqüente

destacamento cerâmico.

53

Figura 6.20 – Identificação das camadas da fachada (KLABIN, 2008).

6.6 SOLUÇÕES ADOTADAS

Após a apresentação do registro fotográfico das anomalias aos departamentos

envolvidos coube ao gerente de cada área acompanhar as correções para evitar

futuras falhas nos projetos. A prevenção e correção reduz gastos indesejáveis, evita

insatisfação dos proprietários e melhora a qualidade técnica tanto do

empreendimento como na empresa.

6.6.1 Correções de projeto

É possível observar que pequenas falhas nos projetos acabam causando grandes

problemas de manutenção, no futuro. Uma irregularidade que acontece na planta de

um pavimento pode apresentar problema em diversos apartamentos, e por isso, a

equipe de projeto deve estar atenta nos detalhes e revisões que são apresentados

pelo departamento de assistência técnica. Além disso, correções em projetos que

aconteceram durante a obra, devem ser revisadas e apresentadas “As Built”, que é o

projeto final do empreendimento.

54

6.6.2 Soluções durante a execução

Na maioria das vezes, as falhas durante a execução da obra são identificadas por

meio de um controle criterioso e freqüente. Em geral, utilizam-se regularmente as

Fichas de Verificações de Materiais e Serviços (FVM e FVS), cujas verificações dos

serviços são feitas em diferentes estágios de obra.

Figura 6.21 – Exemplo de Ficha de Verificação de Serviço (SETIN, 2008).

Todos os formulários são arquivados eletronicamente no Autodoc e as fichas não

devem ser impressas para evitar o arquivamento de documento desatualizado, pois

sofrem constantemente revisões e por questões de auditoria pode ocorrer uma não

conformidade.

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Figura 6.22 – Página de acesso do Autodoc para determinar o serviço a ser verificado (SETIN, 2008).

As falhas depois de serem identificadas e analisadas são apresentadas para as

equipes responsáveis pela execução da obra e procede-se pelo acompanhamento

sistemático em todas as etapas construtivas do serviço, que havia sido detectada

com falhas, até seu término.

56

7. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O sistema de atualização de irregularidades detectadas em obras anteriores permitiu

evitar a repetição de falhas no Condomínio Acervo Alto de Pinheiros. Portanto, as

informações técnicas passadas para a equipe de construção, no início e durante a

execução da edificação, permitiram também reduzir re-trabalho e custos adicionais.

No entanto surgiram falhas novas, sendo que algumas foram decorrentes do

processo de modificações executadas para evitar as falhas antigas. E as outras

foram conseqüências do próprio projeto do Condomínio Acervo Alto de Pinheiros. As

falhas novas foram armazenadas no banco de dados, discutidas e apresentadas,

posteriormente, aos departamentos envolvidos.

As principais irregularidades que podem ser destacadas como prioridades para a

retroalimentação nas futuras obras de edificações residenciais são: a inclusão de

pontos elétricos dentro dos depósitos privativos, a previsão de encaixe do Box por

meio de um recorte no frontão de mármore acima da banheira, o posicionamento e

tamanho da tampa de acesso ao motor de hidromassagem e a localização das

tubulações hidráulicas no projeto ”as built” constante no manual do proprietário.

Ressalta-se que a localização das tubulações é para limitar o posicionamento dos

fixadores de armários na área das redes embutidas para evitar problemas de

perfuração indesejada.

As discussões técnicas e as análises das falhas construtivas observadas nos

empreendimento anteriores possibilitaram evitar re-trabalhos, reduzir custos

desnecessários, melhorar a qualidade técnica no produto final, além de trazer

ganhos técnicos à equipe executora.

Pode-se afirmar que a implantação de sistema de retroalimentação de dados

técnicos nos departamentos envolvidos garante uma maior eficiência no produto

final, aumentando consideravelmente a qualidade técnica de todas as equipes

envolvidas e reduz o custo final das edificações ao empreendedor.

57

Portanto, é fundamental aplicar este sistema de atualização das informações

técnicas, por meio de banco de dados, em todos os departamentos de engenharia.

58

8. CONCLUSÕES

O presente trabalho permite concluir que o sistema de atualização de falhas

construtivas totalmente implantado na construção das edificações residenciais da

construtora, possibilita uma grande melhoria no processo construtivo, traz benefícios

para toda área técnica, eleva a qualidade e traz satisfação aos clientes e aumenta o

sucesso da empresa construtora. Sabe-se também que o sistema deve ser

constantemente atualizado, e mesmo assim, é impossível garantir que não ocorram

irregularidades nos próximos empreendimentos, porém garante-se que as

irregularidades e falhas identificadas em empreendimentos anteriores não se

repitam.

Os novos empreendimentos tendem apresentar qualidade melhor que os anteriores,

pois as correções executadas minimizam as reclamações e elevam a característica

do produto final trazendo tranqüilidade aos proprietários e redução de custos para a

construtora.

O uso das informações constantes no banco de dados e a atualização do processo

executivo permitiram adotar soluções nesse empreendimento que foram

consideradas corretas, pois além de evitar as falhas antigas não resultaram em re-

trabalhos e gastos desnecessários.

Portanto, nas vistorias técnicas para identificação de problemas, quando são

encontradas irregularidades que possam se repetir nas obras futuras ou que já tenha

ocorrido anteriormente, realiza-se o registro fotográfico e preenche-se a planilha

técnica com o histórico e as informações técnicas para disponibilizá-las no Plano de

Ação e Melhoria. Essa atitude facilita os técnicos envolvidos no projeto e execução

da obra verifiquem os projetos novos com mais rigor técnico para evitar repetições

de falhas ou irregularidades.

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9. RECOMENDAÇÕES

Para as construtoras, independentemente do seu porte, sugere-se instituir um

departamento responsável pela retroalimentação de informações técnica,

especificamente, de falhas e irregularidades técnicas para oferecer apoio ao

departamento da assistência técnica e de qualidade, além de realizar auditorias

internas nas áreas envolvidas.

O emprego sistemático de informações cadastradas no banco de dados permite

melhoria contínua nos novos produtos a serem desenvolvidos, reduz custos,

principalmente gastos desnecessários após a entrega do empreendimento.

Além disso, a inserção de um sistema de qualidade poderá auxiliar na redução de

problemas construtivos e de re-trabalho.

60

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