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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 19 de Fevereiro 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
2
Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 3
Sabesp e prefeitura inicaim obras de renovação de 171,6 km de tubulações de água em S.Bernardo ....... 3
Vila Itaim, na zona leste da capital, sofre com alagementos há 15 dias ................................................ 4
Condemat apresenta demanda ao deputado do Alto Tietê ................................................................... 5
Sabesp e Prefeitura inciam obras de renovação de 171,6 km de tubulações de água em São Bernardo .... 6
Rio Tietê recebe toneladas de lixo em Salto ...................................................................................... 8
Salto, a cidade que paga pelo nosso desdém e o do Estado com o lixo ................................................. 9
Rio Tietê transborda após chuva e lixo invade ruas de Salto ............................................................. 10
Câmara Municipal aprova projeto de lei que cria a Área de Proteção Ambiental do Timburi, em Presidente
Prudente .................................................................................................................................... 11
Mais uma reunião sobre construção do aterro sanitário regional em Prudente ..................................... 12
Rio Tietê transborda e lixo invade cidade de Salto, SP ...................................................................... 13
Entrevista com o secretário de Prefeituras Regionais, Alexandre Modonezi de Andrade ......................... 14
Desenvolvimento interrompido ...................................................................................................... 15
Walter Ihoshi assume a presidência da Junta Comercial do Estado de São Paulo ................................. 18
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 19
ANM proíbe barragens de mineração com método de alteamento a montante em todo o Brasil ............. 19
Mineradoras têm de retirar instalações perto de barragens até agosto ............................................... 21
Câmara analisa urgência para projeto que cancela corte de subsídios em energia ................................ 22
Petrobras eleva preço da gasolina nas refinarias ao maior nível em quase 2 meses ............................. 24
Abiove e Aprobio contestam Anfavea e defendem aumento de biodiesel ............................................. 25
Esforços para despoluir a Baía de Guanabara .................................................................................. 26
Tecnologia é aposta para trazer popularidade aos carros elétricos ..................................................... 27
1º sistema de armazenamento de energia solar inicia operação em Uberlândia ................................... 28
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 30
Painel ........................................................................................................................................ 30
Prefeito Bruno Covas vai proibir canudinhos plásticos na cidade de São Paulo ..................................... 32
Dengue avança na cidade de SP e chega a 201 casos em seis semanas ............................................. 34
Aneel deverá endurecer fiscalização a mercado livre de energia após crise ......................................... 35
Privatização da Eletrobras vai ficar para 2020, diz ministério ............................................................ 36
Mônica Bergamo: Clima de desconfiança faz até generais deixarem celulares de fora nas reuniões ........ 38
ESTADÃO .................................................................................................................................. 40
Tereza Cristina critica fim do desconto sobre energia para produtor rural ........................................... 40
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 42
Lição de Brumadinho acelera a desativação de plataformas .............................................................. 42
Petrobras vai aposentar plataformas antigas ................................................................................... 43
Setor mineral pode ser desestruturado em MG, diz Zema ................................................................. 45
Com alta de preço, consumo de gasolina cede espaço para álcool...................................................... 47
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Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Diário Regional
Data: 19/02/2019
Sabesp e prefeitura inicaim obras de renovação de 171,6 km de tubulações
de água em S.Bernardo
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Globo – Bom dia SP
Data: 19/02/2019
Vila Itaim, na zona leste da capital,
sofre com alagementos há 15 dias
https://globoplay.globo.com/v/7392869/
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Mogi News
Data: 19/02/2019
Condemat apresenta demanda ao deputado do Alto Tietê
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Abc Reporter
Data: 19/02/2019
Sabesp e Prefeitura inciam obras de
renovação de 171,6 km de tubulações de água em São Bernardo
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Grupo de Comunicação e Marketing
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Cruzeiro do Sul
Data: 19/02/2019
Rio Tietê recebe toneladas de lixo em
Salto
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: R7
Data: 19/02/2019
Salto, a cidade que paga pelo nosso desdém e o do Estado com o lixo
Choveu no sábado (16) em São Paulo. Foram
horas. Houve deslizamentos, ruas alagaram,
crianças morreram. Uma tragédia.
As águas que caíram sobre a região
metropolitana, no entanto, não cessaram
naquele dia. No domingo, elas invadiram
cidades fora da Grande São Paulo,
acompanhadas de lixo. Muito lixo.
Bairros de Araçariguama, a primeira cidade fora
do raio metropolitano da capital, foram
atingidos por garrafas pet, isopor, sacos
plásticos, copos descartáveis. No mesmo dia, a
correnteza arrastou com força o mesmo
material para Salto.
O rio Tietê, que nasce e corre limpo em
Salesópolis, no extremo leste da Grande São
Paulo, arrasta os estragos da cidade grande e
os leva para o interior. Salto e Araçariguama
não são as únicas que sofrem com o despejo de
poluentes e lixo residencial. O cheiro forte corre
pelas vizinhas Santana do Parnaíba, Pirapora
do Bom Jesus até se dissipar na distante Barra
Bonita. A cena da espuma de poluição do Tietê
invadindo as ruas da região oeste da Grande
São Paulo tornou-se um clássico — triste, mas
clássico.
Salto pagou no fim de semana com a falta de
cuidado com o lixo que consumimos — e com a
ajuda do Estado, que desde a década de 1990
tenta despoluir o Tietê. São R$ 2,7 bilhões
dispensados no programa desde 1992. O rio
continua morto, e o lixo, sendo arrastado.
É desesperadora a imagem do lixo invadindo os
pontos turísticos da cidade — ironicamente,
inclusive o Memorial do Rio Tietê. O complexo
de cachoeiras é uma homenagem ao que o rio
fez pela cidade — o nome Salto é inspirado nas
quedas provocadas pelas águas.
Esse desprezo pelo que descartamos e pelos
poluentes, dividido com o poder público a cada
vez que depositamos materiais em lugares
inadequados, é o que causa esse castigo pago
por gente que mora a mais de 100 quilômetros
do raio metropolitano de São Paulo.
A força das águas não é culpa da natureza que
despejou as chuvas do fim de semana, mas da
falta de cuidado com o lixo, poluentes e obras
viárias e de engenharia. O rio corre mais rápido
nas cidades vizinhas porque a água da chuva é
despejada com mais rapidez graças às que
foram encaixotadas por administrações
seguidas em canalizações malfeitas. Um
conceito que na última década começou a ser
consertado pelos planos dos parques lineares,
que recriaram espaços de várzea em que
córregos transbordam em áreas desocupadas.
As ruas que viraram lixão em Salto são
consequência do nosso consumo desenfreado
de plástico e da falta de preocupação em
recolhê-los em locais adequados. Do que é
atirado das janelas dos carros, daquilo que
deixamos nas calçadas, dos sacos pretos de
plástico nas esquinas e que são arrastados pela
enxurrada.
É preciso que tenhamos ciência que essa culpa
deve ser compartilhada entre o poder público e
os nossos hábitos. Salto não merece pagar por
nossas atitudes como porcalhões, nem pelo
dinheiro jogado pelo Estado no ralo do rio Tietê,
que há quase 30 anos espera uma resposta
adequada.
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 – Globo Tv Tem
Data: 18/02/2019
Rio Tietê transborda após chuva e lixo invade ruas de Salto
Parque de Lavras ficou coberto de muita
sujeira, principalmente garrafas pet. Rua 24 de
Outubro e Memorial do Rio Tietê foram
interditados por medida de segurança.
A forte chuva que atingiu a capital paulista no
fim de semana fez com que o volume de água
do Rio Tietê aumentasse no trecho que passa
por Salto (SP), levando também muito lixo até
a cidade.
O Parque de Lavras ficou coberto de muita
sujeira, principalmente garrafas pet. A água
transbordou na Rua 24 de Outubro e a via
precisou ser interditada. A antiga casa de
máquinas continua inundada de lixo e a
correnteza vem trazendo mais.
A água escura, que cheira a produto químico,
chega forte na cidade e carregada do lixo que
vai sendo jogado no caminho da Grande São
Paulo até Salto.
Nível do Rio Tietê sobe e inunda ruas e casas
em bairro de Araçariguama
Nível do Rio Tietê sobe e inunda ruas e casas
em bairro de Araçariguama
O Memorial do Rio Tietê, principal ponto
turístico da cidade, e o Complexo da Cachoeira
também tiveram que ser interditados em vários
trechos por medida de segurança. A enchente
alagou a praça e a força da água quebrou parte
da mureta da Ilha dos Amores.
No bairro Três Marias, tudo foi invadido por
uma enxurrada de lama poluída. Em um vídeo
feito com o celular dá para ver a água
avançando pela rua. Uma marcenaria também
foi alagada.
Foi preciso um caminhão-pipa para tirar a lama
escura que cobriu a Avenida Castro Alves. A
Defesa Civil disse que a cheia do Tietê atingiu
três bairros e quatro famílias tiveram que sair
de casa por causa da invasão da água com
sujeira.
Na manhã desta segunda-feira (18), a vazão na
Usina do Porto de Góes era de 450 metros
cúbicos por segundo, mais do que o dobro do
registrado normalmente no local, segundo
dados da Defesa Civil.
Mesmo assim, segundo o coordenador da
Defesa Civil, Orlando Neri, não há mais riscos
de inundações na cidade.
"A situação está controlada. As pessoas que
foram retiradas de suas residências já
começam a retornar. Só temos um ponto de
alagamento na cidade, que é a 24 de Outubro.
O rio chegou ontem a 700 metros cúbicos de
vazão, hoje já baixou e não há mais previsão
de subir", finaliza.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/02/18/rio-tiete-
transborda-apos-chuva-e-lixo-invade-ruas-de-
salto.ghtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 – Presidente Prudente e Região
Data: 19/01/2019
Câmara Municipal aprova projeto de lei que cria a Área de Proteção
Ambiental do Timburi, em Presidente Prudente
Bairro rural da cidade virou alvo de discussões
depois que uma empresa cogitou instalar um
aterro sanitário na área.
A Câmara Municipal de Presidente Prudente
aprovou em sessão ordinária na noite desta
segunda-feira (18) um projeto de lei que cria a
Área de Proteção Ambiental (APA) do Timburi.
O projeto, de autoria do prefeito Nelson
Roberto Bugalho (PTB), foi aprovado em
primeira e segunda discussões.
Segundo o projeto aprovado, a finalidade da
APA é “proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de ocupação e assegurar
sustentabilidade do uso de seus recursos
naturais”.
O bairro Timburi, na zona rural da cidade, foi
alvo de diversas discussões em Presidente
Prudente porque uma empresa cogitou a
instalação de um aterro sanitário na área.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, na
época, um inquérito civil para investigar o caso.
O artigo 5º do projeto de lei aprovado pela
Câmara aponta que fica vedado, no interior da
APA do Timburi, “o exercício de atividades
efetivas ou potencialmente degradadoras do
meio ambiente”, tais como:
“Implantação e o funcionamento de indústrias
potencialmente poluidoras; instalação de
empreendimentos comerciais e de serviços
potencialmente causadores de significativo
impacto ambiental local; empreendimentos que
envolvam a disposição de resíduos sólidos e de
efluentes não tratados, assim como aterros
sanitários e unidades de gerenciamento de
resíduos; armazenamento, transporte e
distribuição de produtos perigosos; e a
construção de cemitérios e de linhas de
transmissão e subestações associadas”.
O objetivo, segundo o projeto, é garantir a
segurança de clientes e funcionários, das
instalações e dos valores depositados.
Um outro projeto aprovado, de autoria do
prefeito, dispõe sobre o Conselho de Políticas
sobre Drogas de Presidente Prudente
(Compod), órgão deliberativo e consultivo,
vinculado ao Gabinete do Prefeito, que atuará
na prevenção ao uso, tratamento, reabilitação
e reintegração social do usuário.
Também de autoria de Nelson Roberto Bugalho,
o projeto de lei nº 0747 dispões sobre a
organização de sistemas de coleta seletiva de
grandes geradores de lixo em Presidente
Prudente.
Todos os projetos aprovados podem ser
conferidos no site da Câmara Municipal.
https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-
regiao/noticia/2019/02/19/camara-municipal-
aprova-projeto-de-lei-que-cria-a-area-de-
protecao-ambiental-do-timburi-em-
presidente-prudente.ghtml
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12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Rádio Prudente AM 1070
Data: 19/02/2019
Mais uma reunião sobre construção do
aterro sanitário regional em Prudente
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13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Tv Bandeirantes
Data: 19/02/2019
Rio Tietê transborda e lixo invade cidade de Salto, SP
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14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Rádio Globo 94,1 FM
Data: 19/02/2019
Entrevista com o secretário de Prefeituras Regionais, Alexandre
Modonezi de Andrade
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15
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Sistema Costa Norte de Comunicação
Data: 18/02/2019
Desenvolvimento interrompido
Os moradores da Riviera de São Lourenço não
a trocam por nenhum outro lugar no mundo.
Pena que, por enquanto, outros não possam
usufruir deste paraíso, uma vez que o
empreendimento vive um período de
congelamento habitacional, que prejudica,
inclusive, a economia da cidade.
A Riviera de São Lourenço desempenha um
papel importante para Bertioga, tendo em
vista, entre outros fatores, que o
empreendimento é responsável por recolher
cerca de 40% do orçamento municipal, em
IPTU (Imposto Territorial Urbano). Este valor
ainda poderia ser maior, caso algumas áreas
destinadas a novas construções não estivessem
judicialmente embargadas.
Quem habita o bairro, diz não trocá-lo por
nada. Moradora de Riviera há 18 anos, a
empresária Dicléia Fernandes da Costa, 50
anos, diz que seu casamento motivou a
mudança de Santos para Bertioga, uma
mudança de ares que proporcionou maior
qualidade de vida. 'Para mim, é excelente
morar aqui. Tive dois filhos que, assim como
eu, amam o bairro pela segurança e pela praia
em si. Sabemos que podemos andar
sossegados. Não tem ar poluído e aquela
loucura de carros. Outro aspecto interessante
são as amizades, que são feitas como no
interior, com a diferença da praia'. Na opinião
da empresária, para ficar completo, seriam
necessárias apenas mais opções de lazer aos
jovens, ideia compartilhada pela fisioterapeuta
Natália Muller Camilo, de 28 anos. 'Eu adoro
filme e aqui não tem cinema, isto é o que eu
mais sinto falta', comenta.
A jovem moradora da Riviera, mesmo sentindo
a ausência de alternativas de entretenimento,
acredita no crescimento da cidade. Indagada se
trocaria a tranquilidade do bairro para morar na
capital foi taxativa: 'São Paulo? Nem morta!
Jamais. Confesso que, quando eu era mais
nova, eu sempre falei que morria de vontade de
ir para São Paulo; depois que fiquei mais velha,
até fiz minha pós-graduação lá. O acesso a
qualquer lugar é muito mais demorado, trajetos
que aqui fazemos em cinco, dez minutos, na
capital demora cerca de uma hora e meia'.
A grandiosidade do bairro é refletida não
apenas em seus imóveis, mas em uma
estrutura idealizada para causar menos
impacto ao meio ambiente do que a maioria dos
empreendimentos. O projeto deu atenção
especial aos componentes de saneamento
básico, uma referência nacional. A rede de
coleta de esgoto, que atende todos os imóveis,
é direcionada a uma estação de tratamento,
onde passa por processos físicos, biológicos e
químicos. Na etapa biológica, o tratamento é
realizado de maneira totalmente natural em
lagoas, o que reduz, aproximadamente, 85%
de sua carga orgânica. Ao final do processo, o
cloro é adicionado à água e a torna apropriada
para ser despejada no rio Itapanhaú. Esta
estação de tratamento de esgoto é operada
pela Associação dos Amigos da Riviera de São
Lourenço (AARSL), que atua também na
segurança, manutenção e setor administrativo
do empreendimento.
A entidade possui, atualmente, a maior folha de
pagamentos formal de Bertioga. 'A associação
gera cerca de R$ 150 milhões por ano. Riqueza
esta, que circula em Bertioga. Ao final da
implantação da Riviera, esta folha poderá
chegar a mais de R$ 300 milhões', calcula a
gerente administrativa da AARSL, Maria
Lizenilde Lima Costa. Ela ressaltou que,
somente de tributos municipais, o loteamento
gerao equivalente a 1.125 casas populares,
anualmente, podendo, ao final do projeto,
chegar ao dobro deste número. Atualmente, a
Riviera de São Lourenço é responsável pela
maior arrecadação de IPTU de Bertioga.
Sozinha, ela soma R$ 36 milhões/ano de IPTU
e de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis
Inter- -vivos (ITBI). 'A Riviera é um grande
patrimônio de Bertioga. Ela cria empregos, gera
renda, proporciona arrecadação tributária,
contribui para a certificação do município no
selo Verde e Azul concedido pelo estado de São
Paulo. Enfim, por todos os ângulos, o
16
Grupo de Comunicação e Marketing
empreendimento contribui para o
desenvolvimento sustentável de Bertioga',
avaliou.
Estimativas da entidade indicam que,
atualmente, nas 12 mil unidades habitacionais
do bairro, 3,5 mil pessoas moram no local. O
perfil dos proprietários vem sofrendo
modificações nos últimos anos; eles têm
passado mais tempo em suas casas de
veraneio, pondera Maria Lizenilde.
A ampliação do bairro, tanto em aspectos
imobiliários, quanto de geração de emprego e
renda, foi paralisada pelo embargo judicial
instituído a partir de uma denúncia apresentada
pelo Ministério Público do estado de São Paulo,
em 2011. Desde então, qualquer obra ou
interferência ao meio ambiente - até mesmo
poda de árvores-, está proibida em 16 módulos
do loteamento.
O proprietário da PGC Construtora, Carlos
Alberto Camargo, foi um dos afetados e, devido
ao embargo, além dos prejuízos, precisou
demitir mais de 200 empregados. O empresário
contou que os esforços foram muito além das
despesas com o terreno, tais como, atender a
rigorosa documentação necessária,
investimento em marketing e conquista do
interesse de seu público alvo, que chegou a
reservar 40 unidades do empreendimento que
seria construído. 'Fomos surpreendidos por
esta medida do embargo em vários módulos da
Riviera, inclusive onde temos o
empreendimento. Nós paramos, não chegamos
a concretizar o negócio.O empreendimento
seria entregue até o final do ano, e tivemos que
mandar funcionários embora. Isso gerou uma
série de transtornos, sendo que a gente faz
tudo certinho', comentou. Para Carlos Alberto,
projetos como este deveriam servir como
exemplo, tendo em vista a quantidade de casos
de ocupação de áreas de preservação
permanente e o crescimento de favelas.
Ex-morador da Riviera de São Lourenço, o
diretor-presidente do Sistema Costa Norte de
Comunicação, Ribas Zaidan, vê o bairro como
um importante gerador de emprego e renda
para a cidade, que possui um desenvolvimento
equilibrado, levando em conta seus programas
ambientais e o próprio manejo de fauna e flora.
'Quando você embarga um empreendimento,
você tem uma quebra da receita do município
que poderia ser investida, em grande parte, em
projetos sociais, para ajudar na desfavelização.
Um processo como este promove o aumento de
ocupações irregulares no município de
Bertioga, que tem em sua totalidade mais de
90% de sua área de preservação ambiental e,
hoje, depois de editado o decreto do
Zoneamento Ecológico Econômico pelo
governador Geraldo Alckmin, a Riviera de São
Lourenço consta como área urbana'. Zaidan
estranha a demora dos órgãos ambientais em
se manifestarem, já que a Riviera possuía
licenças ambientais, incluindo a da
Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (Cetesb), órgão ligado à
Secretaria do Meio Ambiente do governo
paulista.
Os impactos do processo, que originou o
embargo na Riviera de São Lourenço, foram
comentados pelo mestre em direito ambiental
João Leonardo Mele. Ele avalia que esta
interdição põe em cheque a validação das
licenças concedidas e gostaria que houvesse
uma segurança jurídica das licenças e decisões
dadas pelo poder público. 'Isso não só
tranquilizaria o empreendedor, como daria
possibilidade de um melhor planejamento para
as cidades fazerem uma projeção de ocupação
que, no caso específico da Riviera, é uma
ocupação bastante ordenada, com
planejamento e medidas de proteção
ambiental, bastante significativas. Nós
gostaríamos de ressaltar que, se não houver
estas saídas, para que as cidades se
desenvolvam com ordenamento, com vias de
circulação adequadas, com instrumentos
públicos para atender a população, via de
regra, onde isso não acontece, nós acabamos
tendo invasões, danos ambientais, acomodação
criminal e um problema social e ambiental de
muita relevância, como muitos exemplos que
nós temos na Baixada Santista'. Ele frisa que
esta decisão repete o que aconteceu há muitos
anos, quando o empreendimento foi
implantado na cidade.
17
Grupo de Comunicação e Marketing
Particularmente, Mele acredita que não se pode
perder de vista que, quem promoveu a
interdição, buscou salvaguardar a proteção
ambiental. 'Evidentemente que esta ação caiu
sobre uma área licenciada. A menos que se
encontre algum vício da concessão da licença,
nós acreditamos que, posteriormente, pela via
judicial, será mostrado que a licença tinha sua
legalidade e o empreendimento possa ser
retomado.'
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=18480639&e=577
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18
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Conexão Marilia
Data: 18/02/2019
Walter Ihoshi assume a presidência da
Junta Comercial do Estado de São Paulo
Deputado federal por três mandatos priorizará
modernidade nos processos de trabalho da
autarquia que responde por 40% da abertura
de empresas do Brasil
Deputado federal por três mandatos, Walter
Ihoshi, liderança do PSD, acaba de ser
nomeado pelo governador João Dória (PSDB),
presidente da Junta Comercial do Estado de
São Paulo, a Jucesp. Autarquia estadual
vinculada à Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia, Inovação e Emprego - pasta criada
pelo governo João Dória incorporando as
secretarias de Empregos e Relações e
Desenvolvimento Econômico e conduzida pela
secretária estadual Patrícia Ellen da Silva - é
responsável pela abertura de empresas, desde
as micros e MEIs, até as grandes empresas,
incluindo as companhias de capitais abertos, as
SAs.
'É com honra e determinação em cooperar para
o crescimento do Estado de São Paulo que
assumimos esta missão, tendo neste primeiro
momento a meta de implantarmos a
modernização na Jucesp. Modernização, aliás,
é o objetivo prioritário do governador Dória,
que está trazendo a inovação e a modernidade
para a gestão pública estadual', disse o
presidente da Jucesp.
Embora todos os Estados brasileiros possuam
Juntas Comerciais, a de São Paulo desponta em
números e atividades: é a que responde por
40% das aberturas de empresas de todo o
Brasil. 'Todo este volume de trabalho comprova
a responsabilidade e o papel essencial que a
Jucesp cumpre no desempenho econômico do
Estado de São Paulo', contextualizou Ihoshi.
Dentro deste processo de modernização, além
da digitalização para facilitar abertura e
fechamento de empresas, a gestão de Ihoshi
implantará o aperfeiçoamento das tarefas e
adotará uma reengenharia que permitirá
racionalizar o uso de papel. 'Queremos
proporcionar tempo de espera muito menor
para a abertura de uma empresa. Tudo isso não
depende apenas de nós, da Junta Comercial,
mas também de outros órgãos, incluindo
Receita Federal, Fazenda Estadual e as
secretarias dos Municípios paulistas. Portanto,
neste trabalho contaremos muito com a
cooperação dos demais órgãos e do auxílio da
tecnologia da informação', considerou. Outra
sintonia importante apontada pelo novo
presidente da Jucesp será a sua presença na
pasta estadual que responde pela Famema
(Faculdade de Medicina de Marília),
universidades e toda a tecnologia no Estado.
'Estaremos trabalhando em prol de Marília, em
todos os sentidos, e o complexo Famema pode
continuar contando com a nossa dedicação. O
mesmo afirmo sobre os próximos passos para
a concretização do Parque Tecnológico de
Marília', apontou Ihoshi.
Apoio ao empreendedorismo e sintonia com os
órgãos responsáveis por licenciamentos, a
exemplo da Cetesb, também constam nas
metas de trabalho do novo presidente da
Jucesp. Na próxima semana, dia 25, Walter
Ihoshi cumprirá agenda com o governador
Dória em evento sobre empreendedorismo
programado para acontecer no Palácio dos
Bandeirantes. 'Trabalharemos lado a lado do
governador Dória e sempre que o governador
estiver na região ou em Marília, iremos
acompanhá-lo. Queremos contribuir para que o
empreendedor paulista não perca tempo, aliás
nossos esforços serão todos para que os
empreendedores, empresários e toda a classe
produtiva não perca tempo com burocracia e
papelada. Vamos otimizar todo este tempo para
que São Paulo continue a crescer', concluiu
Walter Ihoshi. A nomeação do novo presidente
da Jucesp foi publicada na edição deste sábado
do Diário Oficial do Estado de São Paulo.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=18482791&e=577
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Data: 19/02/2019
19
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Reuters
ANM proíbe barragens de mineração
com método de alteamento a montante em todo o Brasil
A Agência Nacional de Mineração (ANM) proibiu
a utilização do método de construção ou
alteamento de barragens de rejeitos de
mineração a montante em todo o território
nacional, segundo resolução publicada no
Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-
feira.
O método de construção foi utilizado tanto em
uma barragem da Vale que se rompeu em
janeiro em Brumadinho (MG), quanto em
unidade da Samarco (joint venture da Vale com
a BHP) que entrou em colapso em novembro de
2015.
A tecnologia a montante custa muito menos
que outros tipos de sistemas, mas apresenta
maior risco de segurança, porque suas paredes
são construídas sobre uma base de rejeitos, em
vez de em material externo ou em terra firme.
A resolução da ANM também proibiu os
empreendedores responsáveis por barragens
de mineração, independentemente do método
construtivo adotado, de manter ou construir
instalações na Zona de Autossalvamento.
No caso de instalações, obras e serviços, as
empresas tem até agosto de 2019 para
desativar tais construções. Já no caso de
barramentos, o prazo vai até agosto de 2020.
As barragens de mineração deverão também
contar com sistemas automatizados de
acionamento de sirenes nas Zonas de
Autossalvamento, em local seguro e dotado de
modo contra falhas em caso de rompimento da
estrutura, segundo a ANM.
As determinações vêm após o rompimento da
barragem de Brumadinho deixar mais de 300
vítimas, dentre mortos e desaparecidos, em
parte devido à existência de instalações
administrativas da Vale em uma área que
acabou inundada por lama com o desastre.
A mineradora disse em um comunicado após a
tragédia que não foi possível acionar as sirenes
relativas à barragem “devido à velocidade com
que ocorreu o evento”.
DESCOMISSIONAMENTOS
Com vistas a reduzir ou eliminar o risco de
rompimento, em especial por liquefação, a ANM
determinou ainda que as barragens construídas
ou alteadas pelo método a montante ou por
método declarado como desconhecido deverão
ser descomissionadas, cumprindo um
cronograma específico.
Até 15 de agosto de 2019, as empresas com
esses tipos de barragem deverão concluir a
elaboração de projeto técnico de
descomissionamento ou descaracterização da
estrutura, que deverá contemplar, no mínimo,
obras de reforço da barragem à jusante ou a
construção de nova estrutura de contenção à
jusante.
Até 15 de fevereiro de 2020, deverão concluir
as obras de reforço da barragem à jusante ou a
construção de nova estrutura de contenção à
jusante, conforme estiver previsto no projeto
técnico. E, até 15 de agosto de 2021, concluir
o descomissionamento ou a descaracterização
da barragem.
A resolução especifica que o projeto técnico
para o descomissionamento deverá ser
elaborado por equipe externa e independente,
legalmente habilitada e com experiência
comprovada, sendo ainda auditado por outra
equipe técnica que atenda a essas mesmas
condições.
As barragens de mineração construídas ou
alteadas pelo método a montante ou por
método declarado como desconhecido
atualmente em operação poderão permanecer
ativas até 15 de agosto de 2021, de acordo com
a ANM, desde que observadas algumas
condições, dentre elas de segurança.
Nesse caso, a conclusão do
descomissionamento ou da descaracterização
deverá ocorrer até 15 de agosto de 2023.
No caso de não atendimento das determinações
estabelecidas na resolução no prazo fixado, a
ANM poderá adotar medidas como a interdição
imediata de parte ou da integralidade das
operações, sem prejuízo da imposição das
sanções administrativas cabíveis.
A diretoria colegiada da ANM reavaliará até 1º
de maio de 2019 as medidas impostas na
resolução, podendo, se for o caso, adotar
adequações, que poderão considerar
Data: 19/02/2019
20
Grupo de Comunicação e Marketing
contribuições e sugestões apresentadas em
uma consulta pública sobre a resolução que
ficará aberta por 30 dias.
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1Q71CB-OBRBS
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: O Globo
Mineradoras têm de retirar instalações perto de barragens até agosto
Nova resolução de agência reguladora
proíbe construção a 10 km. Em
Brumadinho, maioria dos mortos estava
na área de trabalho da Vale
A Agência Nacional de Mineração proibiu
mineradoras de manter ou construir instalações
a até 10 quilômetros abaixo de barragens. Uma
resolução da Agência Nacional de Mineração
(ANM), publicada ontem, proíbe mineradoras
de manter e construir qualquer instalação,
fazer obra ou realizar serviço em uma região a
até 10 quilômetros abaixo das barragens de
rejeito ou que pode ser atingida por eventual
inundação em até 30 minutos. As instalações,
obras e serviços existentes na área da
barragem deverão ser desativados até 15 de
agosto deste ano.
Em Brumadinho (MG), a maior parte das
vítimas do rompimento da barragem trabalhava
para a Vale e estava na área de operação da
represa. A determinação da agência vale para
as barragens de mineração de todos os
métodos de construção. A restrição não inclui,
por exemplo, trânsito de funcionário sapé ou
em veículos.
A agência dá como exemplo finalidades de
vivência, de alimentação, de saúde ou de
recreação que tenham “presença humana”. A
ANM não divulgou o número de minas no país
que poderão ser afetadas co messa
resolução.Todas as mineradoras são obrigadas
a implantara medida, que vale apenas para as
instalações das mineradoras.
MÉTODO A MONTANTE
A ANM determinou também a eliminação de
todas as barragens construídas com atécnica de
alteamento amontante. Foram barragens
erguidas comesse método ques e romperam
em Brumadinho e em Mariana.
Por essa técnica, o dique inicial é ampliado para
cima quando a barragem fica cheia de rejeitos
de minério, usando o próprio material
descartado — uma lama formada por ferro,
sílica e água — como fundação. Para
especialistas, o método é comumente usado
por ser mais barato e ocupar menos espaço,
mas tem mais riscos de romper devido à
inexistência de uma base sólida.
As barragens amontante que estão
desativadas, como ade Brumadinho, deverão
ser eliminadas até 15 de agosto de 2021. As
que estão em funcionamento têm prazo até 15
de agosto de 2023 para serem extintas. No
começo deste mês, a agência passou a exigir
inspeções diárias em barragens amontante.
Em uma lista com 717 barragens de rejeitos de
mineração no Brasil, pelo menos 88 têm
método de construção de“alteamento
amontante ou desconhecido”, segundo a
agência de mineração. Entre elas, 43 são
classificadas como barragens de alto dano
potencial associado.
A resolução abrange 84 barragens amontante—
quatro estão fora da lista porque são de
pequeno porte, segundo a ANM. Além da Vale,
outras grandes empresas que têm as barragens
a montante que devem ser desativadas estão
Gerdau, AcelorMittal e Usiminas, segundo o
cadastro da ANM.
“O consenso atual quanto a maior eficiência de
outros métodos de construção e de alteamento
(a jusante e em linha de centro) evidenciam
que o método montante se encontra obsoleto.
Barragens construídas ou alteadas a montante,
principalmente as mais antigas, cujas
características de fundação são comumente
desconhecidas, devem ser descomissionadas
ou descaracterizadas com brevidade e receber
monitoramento mais próximo e intenso até que
tais ações sejam concluídas”, diz o texto da
ANM. (Manoel Ventura)
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Reuters
Câmara analisa urgência para projeto que cancela corte de subsídios em
energia
Por Luciano Costa
A Câmara dos Deputados poderá analisar nesta
semana pedido de urgência para a votação de
um projeto que visa cancelar um corte gradual
de subsídios nas tarifas de energia de
agricultores e empresas de saneamento.
O requerimento, que está sobre a mesa da
Câmara, de acordo com pauta de votações da
semana, é do deputado Elmar Nascimento
(DEM-BA), líder do maior bloco de partidos da
Casa, composto por diversas siglas, incluindo o
PSL do presidente Jair Bolsonaro.
A medida vai contra um decreto do governo
anterior que corta bilhões de reais em
subsídios. Apenas em 2017 os clientes rurais
receberam descontos tarifários de
aproximadamente 2,6 bilhões de reais,
enquanto os consumidores que usam irrigação
deixaram de pagar cerca de 780 milhões de
reais. Já as empresas de água, esgoto e
saneamento foram beneficiadas em quase 700
milhões de reais.
O projeto cuja votação o parlamentar quer
apressar é do deputado Heitor Schuch (PSB-
RS) e busca sustar decreto do Ministério de
Minas e Energia que reduziu em 20 por cento
ao ano a partir de 2019 os descontos na tarifa
de energia dados a empresas de água e esgoto,
serviços de irrigação, cooperativas rurais e
clientes rurais.
No final de semana, em visita à Usina Japungu,
na Paraíba, a ministra da Agricultura, Tereza
Cristina, defendeu que o Congresso Nacional
discuta o decreto assinado pelo governo
anterior. Ela disse que ouviu queixas do setor
produtivo sobre o assunto durante toda a sua
visita ao Nordeste, segundo um comunicado do
ministério.
“O decreto vai contra tudo o que estamos
discutindo com o setor produtivo”, disse a
ministra aos produtores da Paraíba.
Ela explicou, no entanto, que os parlamentares
terão de tratar da questão diretamente com a
equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes,
a quem caberia dar a palavra final sobre o
tema.
A medida assinada pelo ex-ministro Moreira
Franco (MDB) nos últimos dias do governo de
Michel Temer também foi alvo de outros sete
projetos de decreto legislativo (PDLs)
apresentados por parlamentares de diversos
partidos —PT, PSDB, PP e PR, segundo
levantamento feito pela Reuters.
Um dos PDLs foi proposto pelo deputado
Jeronimo Goergen, que chegou a ser
recomendado por representantes do setor
agrícola como possível nome para o Ministério
da Agricultura do governo Bolsonaro.
Os esforços dos parlamentares vêm uma
semana após uma reunião em 11 de fevereiro
no Palácio do Planalto, na qual a secretária-
executiva do Ministério de Minas e Energia,
Marisete Pereira, foi chamada para debater o
decreto de corte de subsídios.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia não
quis comentar a reunião nem revelar seus
participantes. O Palácio do Planalto não
respondeu de imediato a um pedido de
comentários sobre o encontro.
Em seu projeto, o deputado Schuch afirmou
que “acabar com os subsídios ao setor rural não
tem justificativa” e defendeu que os
agricultores exercem “atividade diferenciada...
na produção de alimentos nos mais distantes
rincões deste Brasil”.
“A perspectiva de aumento na conta de luz, em
um setor que depende de maquinário elétrico
para produzir, gera preocupação no campo”,
acrescentou o parlamentar.
SUBSÍDIOS NA MIRA
A medida de Moreira Franco agora questionada
na Câmara veio após estudo do Ministério de
Minas e Energia que apontou diversas
possibilidades de cortes nos subsídios
custeados pelas tarifas de energia elétrica.
O atual ministro de Minas e Energia, almirante
Bento Albuquerque, deu sinais de que também
pretende atuar no tema, ao dizer em seu
primeiro discurso no cargo que iria “buscar a
redução de encargos e subsídios que hoje
representam significativa parcela do preço ao
consumidor final”.
Data: 19/02/2019
23
Grupo de Comunicação e Marketing
Os subsídios presentes nas contas de luz, que
incluem também benefícios a famílias de baixa
renda, entre outros, devem custar um total de
20,2 bilhões de reais neste ano, segundo a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1Q71RR-OBRBS
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Data: 19/02/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Reuters
Petrobras eleva preço da gasolina nas refinarias ao maior nível em quase 2
meses
A Petrobras elevará em 2,5 por cento o preço
médio da gasolina em suas refinarias a partir
de terça-feira, para 1,5970 real por litro, o
maior nível em quase dois meses, enquanto o
diesel seguirá sem alteração, segundo
informações no site da companhia nesta
segunda-feira.
O valor médio da gasolina será o mais alto
desde 22 de dezembro, quando a Petrobras
comercializou o combustível fóssil a 1,6202 real
por litro.
Os reajustes da Petrobras podem ocorrer em
qualquer intervalo de tempo, em meio a uma
política de preços que busca seguir a paridade
internacional.
A companhia utiliza para cálculo indicadores
como câmbio e barril do petróleo, além de
mecanismos de hedge para aliviar a frequência
dos reajustes.
O preço do petróleo no mercado internacional
subiu quase 25 por cento até agora no ano, com
o mercado preocupado com os efeitos de corte
na oferta pela Opep.
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1Q71WL-OBRBS
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Data: 19/02/2019
25
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Estadão Conteúdo
Abiove e Aprobio contestam Anfavea e defendem aumento de biodiesel
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos
Vegetais (Abiove) e a Associação dos
Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio)
contestaram, em nota, o posicionamento
contrário da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
ao aumento da mistura do biodiesel no diesel
comercial.
Desde março de 2018, a proporção de biodiesel
no diesel comercial aumentou de 8% para 10%
e, até 2023, chegará a 15%, conforme decisão
do Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE).
Na sexta-feira, a representante das
montadoras distribuiu nota à imprensa
informando que entregou relatório ao governo
em que não recomenda o aumento do biodiesel
na mistura do diesel de 10% para 15% após a
realização de testes.
Segundo a associação, os testes feitos pelos
fabricantes indicaram aumento da emissão de
Nox (óxidos de nitrogênio); não atendimento à
demanda legal para garantia de durabilidade de
emissões, previsto pelo Programa de Controle
de Poluição do Ar por Veículos Automotores
(Proconve); aumento da periodicidade da troca
de óleo e filtros; entupimento de filtro e
injetores; aumento do consumo de
combustível; desgaste dos componentes
metálicos do motor; e combustível com baixa
estabilidade à oxidação (forma resíduos).
Já a Abiove e a Aprobio, em nota, disseram que
os estudos realizados até o momento com o
B15 (mistura de 15%) mostram que a maioria
das fabricantes não registrou qualquer
problema real no funcionamento dos veículos.
"Foram observadas questões pontuais em
alguns testes, restritos a poucas empresas",
explicaram.
As entidades também afirmaram que, até a
adoção efetiva do B15 (mistura de 15%), há
tempo suficiente para debater e fazer eventuais
ajustes de modo a garantir a segurança do
usuário e que, até então, contribuiu com o
fornecimento de biodiesel aos fabricantes de
veículos e de autopeças para que fossem
realizados os testes por eles propostos no
âmbito do grupo de trabalho que conta com
participação de todos os agentes e setores
produtivos envolvidos.
Abiove e Aprobio disseram, ainda, que
continuarão defendendo o aperfeiçoamento
contínuo das especificações que confiram à
mistura robustez, alta qualidade e adequação
às demandas da sociedade brasileira. "Nesse
sentido, se a inclusão imediata do valor de 20
horas para a estabilidade à oxidação do diesel
comercial (parâmetro hoje não constante da
especificação), já mesmo antes da introdução
de teores maiores, for identificado como
solução, apoiarão, como nunca se opuseram a
discutir quaisquer outros aspectos relevantes
para as empresas do setor automobilístico e
para a sociedade."
Além disso, Abiove e Aprobio defendem que a
decisão do CNPE está alinhada com a estratégia
de diversos países do mundo e reforçam o
sucesso operacional da mudança realizada até
o momento. Segundo as entidades, o biodiesel
vem garantindo segurança de fornecimento e
menores custos aos consumidores de ciclo
diesel, com redução de preços no longo prazo.
http://www.udop.com.br/index.php?item=noti
cias&cod=1176091
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: MMA
Esforços para despoluir a Baía de Guanabara
Brasília – O ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, assinou no sábado (16/02) carta de
intenções para a despoluição da Baía de
Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ). A iniciativa
é da Marinha do Brasil, representada no evento
pelo almirante-de-esquadra, Leonardo Puntel.
A solenidade contou também com a
participação da secretária estadual do
Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia
Santoro, e parceiros de instituições municipais
e da sociedade civil.
“Esta carta mostra que a despoluição não é só
Baía de Guanabara, todo o litoral brasileiro é
prioridade para o Ministério do Meio Ambiente”,
disse Ricardo Salles. “Nesse tema é importante
que todos estejam engajados. A Marinha do
Brasil, que já faz um bom trabalho, em parceria
com a sociedade civil e empresas que
trabalham no mar, como Petrobras”, afirmou.
Questionado sobre o saneamento dos bairros
localizados no entorno da baía, Salles
acrescentou que recebeu o apoio do
governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel, para futuras parcerias. “(Ele) fará tudo
que tiver ao alcance para solucionarmos em
conjunto esse tema no qual é importante a
parceira entre governo federal, estados e
municípios”.
O ministro lembrou, no entanto, que o
saneamento é um tema complexo, porque
demanda investimentos altos, cujos resultados
não são imediatos. “Precisa de um marco
regulatório bem feito para que possamos trazer
investimentos do setor privado, a fim de
recuperar o tempo perdido que o poder público
deixou passar”.
Salles destacou que o governo do estado é o
responsável pela articulação com os
municípios, que devem também se envolver
nas ações. “Quem se beneficia desses projetos
de saneamento é a população. É um tema que
não foi prioridade no passado, mas passa a ser
neste momento. Não apenas o lixo do mar, mas
também o saneamento tão maltratado neste
país”. A primeira fase da Agenda Nacional de
Qualidade Urbana do MMA - Lixo no Mar - é uma
das metas dos cem dias do governo.
AGENDA
A assinatura da Carta da Guanabara ocorreu a
bordo do rebocador Laurindo Pitta, no Porto do
Rio de Janeiro. O documento confirma o
interesse na criação de uma agenda
permanente para a discussão e o
acompanhamento de ações concretas para
melhorar a qualidade da água na baía.
De acordo com o documento, o Ministério do
Meio Ambiente (MMA) apoiará projetos
ambientais voltados à recuperação para a
retomada de áreas degradadas da região, além
de cooperar com iniciativas no nível estadual e
municipal para regularização do saneamento
básico dos municípios do entorno da Baia de
Guanabara.
A carta também foi assinada, ainda, pelo
presidente do Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, Sérgio Besserman
Vianna, deputado Federal Joziel Ferreira Carlos,
diretor-presidente do Museu do Amanhã,
Ricardo Piquet, diretor-técnico do AquaRio,
Marcelo Szpilman, vice-presidente de Mar da
SOS Mata Atlântica, Roberto Klabin, diretor-
executivo do Instituto Semeia, Fernando
Pieroni, representante do Instituto Trata Brasil,
Raul Pinho, e pela sócia-fundadora do Gestão
de Interesse Público (GIP), Ana Toni.
http://mma.gov.br/component/k2/item/15403
-esfor%C3%A7os-para-despoluir-a-
ba%C3%ADa-de-guanabara.html
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Data: 19/02/2019
27
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Estado
Tecnologia é aposta para trazer popularidade aos carros elétricos
Ken Westerman por pouco não comprou o seu
primeiro carro totalmente elétrico, um Tesla
Modelo 3. Disposto a trocar o híbrido que dirige
há anos, um Toyota Prius vermelho, testou esse
novo modelo. Ficou impressionado com o carro,
mas concluiu que o limite de sua autonomia -
480 quilômetros em uma só carga - complicaria
as viagens regulares de Ann Arbor à Costa
Leste e Arkansas.
"São viagens de seis a oito horas e, se tiver de
parar para recarregar, isto vai implicar em duas
horas a mais cada vez", disse Westerman.
"Adorei o carro, mas o seu limite de autonomia
me impediu de comprá-lo". Nos próximos três
anos, as empresas automotivas lançarão
dezenas de automóveis totalmente elétricos e
veículos híbridos `plug-in´. A estratégia
baseia-se no pressuposto de que muitos donos
de automóveis comuns deixarão os carros a
gasolina.
Talvez seja mais difícil persuadir os
consumidores comuns do que os que podem
comprar carros de luxo, os ambientalistas
intransigentes e os que imediatamente
optaram por esta modalidade comprando
Modelos 3 e favoreceram o rápido crescimento
das vendas do Tesla.
As fabricantes concluíram que os avanços da
tecnologia e a queda dos preços das baterias
permitirão produzir carros elétricos com uma
autonomia muito maior e tempos de recarga
muito mais rápidos, e isso já está se tornando
uma realidade.
Para os carros elétricos em geral, um grande
obstáculo é a disponibilidade de postos de
recarga. Embora esteja havendo um aumento
constante destes serviços nos shopping centers
e nos estacionamentos, ainda é
consideravelmente menor do que o número de
postos de gasolina em todo o país.
O tempo de recarga é outro problema. Os
próprios supercarregadores da Tesla levam 40
minutos para repor 80% da carga. Em casa, o
processo toma em geral uma noite inteira. Mas,
agora, as fabricantes terão a ajuda da Electrify
America, uma companhia criada com recursos
da Volkswagen como parte do seu acordo de
solução de disputas, após o escândalo da
ocultação das emissões de diesel.
Com um orçamento de US$ 2 bilhões, a
Electrify America pretende instalar inicialmente
600 carregadores em postos de gasolina, e 1,5
mil em estacionamentos de edifícios de
escritórios e de apartamentos. Depois, haverá
mais três séries.
Mesmo assim, a rede da Electrify America
provavelmente atenderá a apenas 10% das
necessidades do país até 2021, informou em
novembro o diretor executivo da companhia,
Giovanni Palazzo. A empresa espera também
instalar nos próximos anos carregadores de
mais kilowatts, que teoricamente fornecerão
uma carga total em cerca de 15 minutos.
Uma vantagem com a qual contam as
automotivas é a maior variedade dos carros
que colocarão no mercado. "Neste momento, a
variedade não é muito grande, mas à medida
que forem lançados SUVs menores e médios, o
número de compradores aumentará", afirmou
Brian Maragno, diretor de estratégia de vendas
e marketing de veículos elétricos da Nissan. "O
mercado será muito diferente dentro de alguns
anos."
http://www.udop.com.br/index.php?item=noti
cias&cod=1176054
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Data: 19/02/2019
28
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Ciclo Vivo
1º sistema de armazenamento de energia solar inicia operação em
Uberlândia
A Cemig e a Alsol Energia Renováveis iniciaram
na última sexta-feira (15) a operação do
primeiro sistema de armazenamento de
energia em larga escala junto a uma usina
fotovoltaica, com potência máxima de 1,26
MVA e capacidade de armazenamento de 1,36
MWh, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A
previsão é de que os primeiros testes na rede
elétrica sejam feitos nesta semana.
O equipamento é parte de um projeto de
pesquisa e desenvolvimento com um
investimento total de R$ 22,7 milhões – R$
17,5 milhões aplicados pela Cemig e R$ 5,2
milhões pela Alsol, empresa acelerada pelo
grupo Algar, que é a idealizadora e executora
do projeto.
De acordo com Alécio de Melo Oliveira, gestor
do projeto da usina solar com armazenamento
de energia pela Cemig, “esse sistema foi
adquirido da empresa chinesa BYD e sua
tecnologia é íon-lítio, que proporciona maior
capacidade de armazenamento”, afirma.
Próximos passos
Nos próximos meses, outros dois sistemas de
armazenamento com baterias de chumbo
ácido, totalizando 225 kWh de energia, serão
instalados na usina. Esses equipamentos,
fornecidos pela empresa brasileira PHB,
possuem inversores modificados e sistemas de
comutação que permitirão definir qual melhor
estratégia de injeção de energia na rede em
situações específicas, se proveniente da usina
fotovoltaica ou das baterias do sistema de
armazenamento.
A usina fotovoltaica de 400kWp (quilowatt-
pico) combinada com os diferentes sistemas de
armazenamento de energia totalizará uma
capacidade de 1,58 MWh, com potencial de
geração de aproximadamente 640 mil
kWh/ano, energia suficiente para atender pelo
menos 350 residências, com consumo médio de
150 kWh/mês, por um ano.
A usina está localizada na sede da Alsol no
bairro Distrito Industrial, em Uberlândia (MG),
e foi inaugurada no ano passado com 300 kW.
Desde então, a Alsol aumentou 33% a potência
do sistema, chegando a 400kW.
Gustavo Malagoli, presidente da empresa e
coordenador do projeto, afirma que esta é uma
fase essencial para o desenvolvimento do
projeto. “Agora vamos colocar em
funcionamento, em grande escala, o
armazenamento que já estávamos testando em
protótipo. O sucesso dessa ligação será um
marco para a o setor energético no país e,
consequentemente, para os consumidores”,
explica. A energia gerada nesta usina será
utilizada por várias empresas da região.
Primeira no Brasil
Atualmente, as usinas fotovoltaicas em
funcionamento no Brasil fornecem energia para
a rede apenas durante o dia, suspendendo o
fornecimento no momento em que o sistema é
mais demandado.
Com essa nova configuração, essa lógica é
invertida, já que ela permite o armazenamento
ao longo do dia com a presença do sol e, a partir
das 18 horas, considerado o horário de ponta,
é possível injetar na rede 1 MW por uma hora e
meia. Outro exemplo, seria injetar 0,79 MW por
duas horas ou 0,53 MW durante três horas.
De acordo com o superintendente de
Tecnologia, Inovação e Eficiência Energética da
Cemig, Carlos Renato França Maciel, o projeto
representa a constante busca da Cemig por
inovação e traz avanços ao setor elétrico.
“Uma das finalidades da usina é o
desenvolvimento de um novo modelo de
negócio, a partir de plantas híbridas que
combinam geração fotovoltaica e sistemas de
armazenamentos junto a unidades
consumidoras, o que garante a qualidade da
distribuição de energia, especialmente em
horários de maior demanda”, explica.
Ainda segundo Maciel, “a qualidade da energia
entregue será melhorada, aumentando a
rentabilidade da empresa, já que menos
desligamentos devem ocorrer. Há também a
expectativa de redução de perdas em
alimentadores e transformadores durante o
horário de pico, o que influencia a qualidade do
serviço”, aponta.
O projeto de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) foi proposto pela Companhia Energética
de Minas Gerais (Cemig) e aprovado pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Data: 19/02/2019
29
Grupo de Comunicação e Marketing
em abril do ano passado. A execução é de
responsabilidade da Alsol, em conjunto com a
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o
Instituto Federal do Rio Grande do Norte
(IFRN).
https://ciclovivo.com.br/planeta/energia/siste
ma-armazenamento-energia-solar-uberlandia/
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Data: 19/02/2019
30
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO
Painel
Bebianno, 'Lava Jato da Educação' e desavença
com governadores turvam chegada da nova
Previdência
Efeito dominó A nova Previdência desembarca
no Congresso, nesta quarta (20), em mar revolto.
Além da condução da crise que derrubou Gustavo
Bebianno, o governo deflagrou duas operações
que desagradaram aliados. A “Lava Jato da
Educação” deixou a direção do DEM de cabelo em
pé –Mendonça Filho, chefe da pasta na era Temer,
é da sigla. Já a decisão de desidratar o impacto
das mudanças nas aposentadorias sobre a folha
dos estados irritou tanto os governadores que a
equipe econômica recuou.
Cordão sanitário O anúncio da “Lava Jato da
Educação”, feito no fim da semana passada, irritou
a cúpula do DEM. Apesar do consenso de que a
mira da apuração estará voltada para a gestão do
PT, o fato de ninguém ter definido um marco
temporal para as investigações foi alvo de muitas
críticas entre integrantes da sigla.
Diga-me com quem andas O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disparou
mensagens a aliados explicitando sua insatisfação
com a atitude do governo. A colaboração de Maia
é essencial para o andamento da reforma da
Previdência no Congresso.
A história ensina A ala mais programática do
DEM alerta ainda para os possíveis efeitos de uma
caçada irracional a irregularidades em
universidades. Esse grupo cita como mau exemplo
a ofensiva da PF que levou ao suicídio do reitor
Luiz Carlos Cancellier, em 2017.
Temos isso A notícia da decisão do governo de
desatrelar servidores públicos estaduais e
municipais da reforma foi postada num grupo de
WhatsApp que reúne os governadores nesta
segunda (18). O caso foi revelado pela Folha.
Queda de braço As reações se dividiram entre os
que de imediato pregaram deixar o Planalto
sozinho na empreitada de aprovar as novas regras
de aposentadoria e os que defenderam agir à
revelia da equipe de Jair Bolsonaro para mudar o
texto no Congresso.
De olho Com os estados financeiramente
apertados, governadores reivindicam a aplicação
imediata das mudanças impostas pela reforma ao
funcionalismo de estados e municípios. Em troca,
vão ajudar a articular a aprovação da medida. Sob
ameaça de boicote, Paulo Guedes (Economia)
recuou, mas a desconfiança sobre o Planalto
persiste.
Remediado está Aliados de Gustavo Bebianno,
agora ex-ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, receberam antecipadamente a
informação de que Jair Bolsonaro gravaria um
vídeo de desagravo a ele. Após um longo processo
de fritura pública, pessoas próximas diziam que o
outrora braço direito do presidente estava sereno
nesta segunda.
Rebote A saída de cena de Bebianno ampliou a
sensação de que a articulação política do governo
está capenga. Líderes de partidos da base
discutiam nesta segunda (18) um boicote à
reunião com o presidente convocada para quinta
(21).
Isca Integrantes da equipe de Paulo Guedes
(Economia) dizem ver com bons olhos o fato de o
pacote anticrime de Sergio Moro (Justiça) chegar
ao Congresso quase colado à reforma da
Previdência. Para esse grupo, a proposta do ex-
juiz será um chamariz para deputados “youtubers
e fardados”.
Isca 2 O projeto de Moro será levado ao
Congresso nesta terça (19) e, desde já, suscita
polêmica. Nas palavras de um entusiasta da nova
Previdência, pode ser bom dividir os holofotes. “Se
tiver que ter empurra-empurra”, ele diz, que seja
nas comissões que debatem a tese do ministro da
Justiça.
Guarda compartilhada Deputados já preparam
emendas ao projeto de Moro. Um aliado de
Bolsonaro pretende apresentar ao menos 30.
Padrinho Bolsonaristas dizem estranhar o
empenho de Levy Fidelix (PRTB), assessor do vice
Hamilton Mourão, em propagar ideias de Claudio
Lottenberg no governo. O hoje presidente da
UnitedHealth Group sempre figura como opção
para a Saúde. Procurado, Levy não retornou.
Folha, 98 A Folha completa hoje 98 anos.
TIROTEIO
Na Câmara, aliados estão apreensivos com a
condução do caso Bebianno. A fritura pública
deixou a base com o pé atrás
Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), sobre a
crise no governo. Ela diz que, agora, é reconstruir
a confiança para aprovar a reforma
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/02/19/
bebianno-lava-jato-da-educacao-e-desavenca-
com-governadores-turvam-chegada-da-nova-
previdencia/
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Prefeito Bruno Covas vai proibir canudinhos plásticos na cidade de São
Paulo
Guilherme Seto
O prefeito Bruno Covas (PSDB) vai sancionar
projeto de lei que prevê a proibição de
fornecimento de canudos plásticos em
estabelecimentos comerciais da cidade. De autoria
do vereador Reginaldo Tripoli (PV), o projeto
estipula multa para quem descumprir lei com valor
que pode chegar a R$ 8.000.
No Brasil, cidades litorâneas como Fortaleza,
Salvador, Rio de Janeiro, Camboriú (SC), Ilhabela
(SP), Santos (SP), Rio Grande (RS) e todo o
estado do Rio Grande do Norte já sancionaram leis
de proibição dos canudos e de outros plásticos
descartáveis.
O projeto, que tramita na Câmara Municipal de
São Paulo, aguarda primeira votação e não deve
encontrar dificuldades para ser aprovado pelos
vereadores. Covas tem dito a aliados que
sancionará o texto quando chegar à sua mesa, o
que deve acontecer ainda no primeiro semestre de
2019.
A lei se aplica a hotéis, restaurantes, bares,
padarias, clubes noturnos e eventos musicais de
qualquer tipo. Em lugar dos canudos de plástico,
prevê que podem ser fornecidos canudos em papel
reciclável, material comestível ou material
biodegradável.
"A prefeitura aguarda a redação final do projeto
de lei para se manifestar. Mas vê com bons olhos
toda iniciativa para reduzir nossa dependência dos
derivados de petróleo", disse o prefeito à Folha.
Segundo avaliação interna do Executivo, a
proibição aos canudos pode ajudar a gestão Covas
na construção de uma imagem pública
progressista, o que já tem sido feito por meio de
projetos como a implementação de cardápio
sustentável nas escolas, a queima de fogos
silenciosa no Réveillon da Paulista e medidas de
ocupação do centro da cidade.
Partindo da premissa que cada brasileiro utilize
um canudo de plástico por dia, ao final de um ano
teremos consumido 75.219.722.680 canudos.
Se cada brasileiro usar um canudo de plástico por
dia, em um ano terão sido consumidos
75.219.722.680 canudos
Núcleo de Imagem
"Existe clima favorável para a aprovação na
Câmara e é boa a perspectiva de aceitação pelo
Executivo", diz Eduardo Tuma (PSDB), presidente
da Casa, que decidiu abolir o uso de copos
plásticos na sede do Legislativo.
Na justificativa do projeto, Tripoli argumenta que
a aprovação da medida alinharia São Paulo às
"cidades mais desenvolvidas do mundo no
combate à poluição do meio ambiente".
"Na condição de signatários da Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU), é nosso
dever ter uma gestão eficiente de resíduos e
tornar nossa cidade mais sustentável. De uso
individual e efêmero, o canudo plástico é um dos
problemas ecológicos contemporâneos mais
urgentes. Se cada brasileiro usar um canudo
plástico por dia, em um ano terão sido consumidos
75.219.722.680 canudos. De fato, mais de 95%
do lixo nas praias brasileiras é plástico", continua.
À Folha, Tripoli confirma que a perspectiva é a de
que a proibição já esteja em vigor no segundo
semestre deste ano.
"O prefeito sempre teve interesse, desde o
momento que apresentei o projeto. A ideia é que
um próximo projeto abarque outros produtos
plásticos de uso único, como copos, pratos,
talheres. Ou, melhor ainda, que as empresas e
pessoas reduzam o uso desse tipo de produtos,
criando alternativas. Espero que nem precisemos
de leis e que cheguemos a um acordo entre todos
pela redução", diz o vereador.
Segundo relatório da ONU sobre o tema publicado
em junho, já há medidas contra os plásticos em
mais de 90 países, somando iniciativas do
mercado e leis locais.
Grandes redes de restaurantes têm anunciado
medidas para conter o uso de canudos. O
McDonald's parou de entregar canudos aos
clientes no ano passado, e a rede de cafeterias
Starbucks planeja deixar de usar canudos em
todas as suas unidades até 2020.
Em reportagem da Folha, o Instituto Akatu para o
Consumo Consciente fez comparações para
ilustrar a dimensão do uso dos canudos no Brasil.
Empilhando os canudos consumidos por
brasileiros em um ano em um muro de 2,10
Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
metros de altura, seria possível dar uma volta
completa na Terra, numa linha de mais de 45 mil
km, por exemplo.
Reportagem publicada pela Folha em 2018
mostrou os motivos para que os canudinhos
tenham se tornado os novos vilões do planeta.
O mundo já produziu 8.300 milhões de toneladas
de plástico até 2015, segundo artigo publicado na
revista científica Science Advances em 2017. Do
total de resíduos plásticos gerados, estima-se que
apenas 12% foram reciclados e 9%, incinerados.
Os outros 79% estariam no ambiente —
principalmente no mar.
Os chamados plásticos de uso único, categoria na
qual os canudos se enquadram, viraram alvo de
ira porque são consumidos por poucos minutos e,
uma vez descartados, permanecem no ambiente
por mais de dois séculos.
O material, na verdade, nem chega a se decompor
completamente. Vania Zuin, professora da Ufscar
(Universidade Federal de São Carlos) e da
Universidade de York (Inglaterra), afirma que,
como o plástico é um material recente na
natureza, os microrganismos ainda não
aprenderam a metabolizar esses compostos. Pode
levar milhões de anos até surgirem caminhos
naturais para a decomposição.
Se construíssemos um muro de 2,10 metros de
altura (são dez canudos alinhados um em seguida
do outro) ele teria um comprimento de mais de
45.000 quilômetros, suficiente para dar uma volta
completa na Terra.
Empilhando os canudos consumidos por
brasileiros em um ano em um muro de 2,10
metros de altura, seria possível dar uma volta
completa na Terra, numa linha de mais de 45.000
quilômetros
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
2/prefeito-bruno-covas-vai-proibir-canudinhos-
plasticos-na-cidade-de-sao-paulo.shtml
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Dengue avança na cidade de SP e chega a 201 casos em seis semanas
A cidade de São Paulo já registrou neste ano, em
seis semanas, 201 casos de dengue. Em todo o
2018, foram 563 ocorrências da doença.
Os números foram atualizados pela gestão Bruno
Covas (PSDB) até a data de 12 de fevereiro. Em
comparação com os dois primeiros meses inteiros
do ano passado, o aumento é de 18%.
A maior preocupação das autoridades de saúde do
estado neste ano é o tipo 2 da doença, que já fez
um município do interior paulista adiar o início das
aulas e colocou em alerta hospitais públicos e
privados.
O vírus tem quatro sorotipos, e os mais
prevalentes desde 2014 vinham sendo o 1 e o 3.
Pessoas infectadas por sorotipos diferentes em um
período de seis meses a três anos podem
desenvolver formas mais graves da doença.
Não foram registrados casos de chikungunya e
zika na capital por enquanto. Os dois vírus são
transmitidos pelo Aedes aegypti, assim como o da
dengue.
Também não há por ora casos humanos de febre
amarela. O vírus, no entanto, está em circulação
na capital paulista —prova disso é a infecção de
um macaco bugio na área do Jardim Botânico e do
Zoológico.
Apesar do risco, mais de 2,6 milhões de pessoas
ainda não buscaram a imunização. A cobertura
vacinal está em 77%, abaixo da meta de 95%. A
dose está disponível nos postos de saúde do
município.
No ano passado, 13 pessoas foram infectadas por
febre amarela na cidade, e seis morreram.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
2/dengue-avanca-na-cidade-de-sp-e-chega-a-
201-casos-em-seis-semanas.shtml
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Aneel deverá endurecer fiscalização a mercado livre de energia após crise
Taís Hirata
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
deverá tomar medidas para ampliar a fiscalização
no mercado livre de energia, no qual grandes
consumidores elétricos compram diretamente de
geradores e comercializadoras, afirmou à Folha o
diretor-geral do órgão, André Pepitone.
As ações ocorrem após dois incidentes que
abalaram o mercado: ao menos duas
comercializadoras (empresas que compram e
vendem energia) firmaram um grande volume de
vendas futuras de energia e, agora, não possuem
nem recursos nem energia suficiente para
entregar a seus clientes.
As empresas foram pegas de surpresa por uma
disparada nos preços de energia desde o fim do
ano passado.
Uma dessas companhias, a Vega Energy, teria
uma exposição de ao menos R$ 180 milhões junto
a 50 empresas. Outra comercializadora, a Linkx,
também alertou recentemente alguns clientes que
não cumprirá contratos de entrega de energia.
O cenário preocupa porque, se estendido a outros
agentes do mercado, poderia abalar o
fornecimento de energia de grandes companhias,
que têm contratos bilaterais para seu
abastecimento elétrico ao contrário dos
consumidores residenciais, que recebem das
distribuidoras de energia.
Como resposta à crise, a Aneel deverá exigir que
a contabilização da energia e o depósito de
garantias pelas empresas seja feito
semanalmente, e não mais uma vez ao mês, como
é feito hoje.
As operações de compra e venda de energia são
contabilizadas na CCEE (Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica) —que, nos
últimos dias, restringiu o registro de novos
contratos das comercializadoras afetadas.
A ideia é ampliar o controle e trazer mais
segurança ao sistema elétrico, segundo Pepitone.
"Se eu avaliar que uma empresa dessa vai dar um
defaut milionário, eu consigo desidratar o
problema [antes]. Precisamos tornar saudável o
ambiente bilateral."
Além disso, a agência deverá exigir que todas as
comercializadoras façam auditoria externa de seus
balanços.
"Entendemos que essas medidas deveriam ser
adotadas de imediato, mas exige algumas
alterações operacionais, então entendemos como
razoável que ocorra em 1º de janeiro de 2020",
disse Pepitone.
Outra medida, ainda em avaliação, é exigir que os
contratos sejam registrados na CCEE antes da
transação e não depois, como é feito hoje.
A agência também estuda exigir que as transações
que ocorrem na BBCE (Balcão Brasileiro de
Comercialização de Energia) sejam também
registradas na CCEE.
"Estamos avaliando se não seria mais eficaz exigir
o registro desses contratos ex-ante", afirmou.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/02
/aneel-devera-endurecer-fiscalizacao-a-mercado-
livre-de-energia-apos-crise.shtml
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Privatização da Eletrobras vai ficar para 2020, diz ministério
Julio Wiziack
A venda das ações da Eletrobras no mercado
financeiro, processo que levará a União a deixar o
controle da companhia, não deve ocorrer neste
ano, como previa o governo federal.
A mudança de rota levou o Tesouro Nacional a
rever a sua previsão orçamentária.
A secretária-executiva do MME (Ministério de
Minas e Energia), Marisete Pereira, afirmou à
Folha que o governo está reavaliando o modelo de
capitalização da Eletrobras. Com isso, não deve
dar tempo de realizar a operação financeira ainda
neste ano.
"Essa é uma pauta prioritária do ministério. É
certo que faremos a capitalização", disse Pereira.
"O ministro já afirmou que o processo está
mantido. O que estamos discutindo é o modelo,
como fazer. Pelo que vejo, deve ficar para 2020."
Diante da incerteza, a equipe econômica decidiu
retirar a receita de R$ 12 bilhões que estava
prevista no Orçamento da União de 2019.
A retirada dos recursos da conta tem previsão de
ser oficializada no fim de março, quando o governo
concluirá a primeira revisão bimestral de receitas
e despesas.
Em 2018, o governo também chegou a prever a
entrada dos R$ 12 bilhões em caixa. Porém, com
a resistência política à privatização, a equipe
econômica decidiu congelar despesas que seriam
pagas com esses recursos até que tivesse certeza
da operação.
Desta vez não é diferente. O TCU (Tribunal de
Contas da União) tem insistido para que o Tesouro
Nacional seja mais conservador em suas
estimativas de receita.
"Não dava para manter [no Orçamento] porque o
projeto foi arquivado pelo Congresso. Não é mais
uma receita prevista. Temos agora de enviar um
novo projeto", disse Pereira.
Segundo a secretária-executiva, a principal
alteração é que não será preciso prever tantos
detalhes como o texto que foi enviado pelo ex-
presidente Michel Temer (MDB).
"A gente só precisa de um marco legal permitindo
que as usinas que hoje operam no regime de cotas
possam gerar energia pelo sistema de produção
independente [livre mercado]. O restante a gente
pode resolver no ministério."
No entanto, ainda segundo Pereira, o projeto deve
prever a golden share —ação que dá à União
poderes especiais de veto em assuntos
considerados estratégicos. Também incluirá o
limite de 10% de ações para voto em assembleias.
A venda das ações em Bolsa é crucial para a
Eletrobras porque, com o dinheiro que captar no
mercado, pagará à União pelo direito de operar 14
usinas hidrelétricas com regras e preços de
mercado.
É essa receita —a chamada outorga— que o
governo contabilizará no Orçamento assim que a
remodelagem da operação ficar acertada e o novo
projeto de lei autorizando a operação financeira
for enviado ao Congresso.
No governo Temer, a ideia era destinar mais de
50% das ações em poder da União para serem
vendidas ao mercado.
Uma trava de 10% foi definida para impedir que,
mesmo adquirindo um grande volume de ações,
um único comprador não possa assumir o controle
da empresa. O objetivo é que a Eletrobras tenha
capital pulverizado e seu comando seja definido
por uma administração profissional.
Há outro fator que complica a discussão sobre a
capitalização e pode afetar o valor que a União vai
arrecadar com a operação. A Eletrobras precisa
resolver como pagar uma conta antiga, referente
ao chamado risco hidrológico, e isso pode afetar
negativamente o preço das ações.
Sempre quando chove menos do que o previsto, o
governo aciona as usinas térmicas. Isso gera um
aumento na tarifa ao consumidor porque as usinas
hidrelétricas não conseguem produzir o volume de
energia contratado.
Em 2018, essa conta foi de cerca de R$ 20 bilhões.
Esse cálculo terá de ser levado em consideração
porque as 14 usinas que operam no regime de
cotas também foram afetadas.
O governo pretende resolver esse impasse em
outro projeto de lei. Uma das propostas é alongar
Data: 19/02/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
o prazo de concessão das usinas como forma de
quitar essa conta.
A discussão é um pouco mais complexa porque,
além de mexer no passado, o projeto vai também
definir as regras de como funcionará o sistema de
garantias dadas pelas usinas no processo de
geração de energia.
"Hoje as garantias não refletem a geração efetiva
das hidrelétricas", disse Pereira.
O desafio, segundo ela, será mudar essa regra
sem que isso represente quebra de contrato.
Pereira afirma que o principal objetivo do
Ministério de Minas e Energia é dar segurança
jurídica aos investidores privados e a questão
fiscal não é a mais relevante.
Sem a receita da Eletrobras, porém, a equipe
econômica terá mais dificuldade em reduzir o
rombo nas contas públicas neste ano, previsto em
R$ 139 bilhões.
Ao projetar o resultado negativo, ainda em 2018,
o governo contava com os recursos da operação
com a Eletrobras.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/02
/privatizacao-da-eletrobras-vai-ficar-para-2020-
diz-ministerio.shtml
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Data: 19/02/2019
38
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Clima de desconfiança faz até generais deixarem celulares de
fora nas reuniões
O clima de desconfiança no Palácio do Planalto
diante da crise envolvendo a demissão do ex-
ministro Gustavo Bebianno chegou a tal ponto que
auxiliares de Jair Bolsonaro passaram a deixar os
telefones celulares fora das salas quando se
reúnem para tratar do assunto.
SILÊNCIO
Numa das reuniões, na Casa Civil, comandada por
Onyx Lorenzoni, até mesmo os generais Augusto
Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança
Institucional), e Carlos Alberto dos Santos Cruz,
da Secretaria de Governo, tiveram que depositar
seus aparelhos em uma espécie de bonbonnière.
EM CASA
Uma das versões para a queda de Bebianno é a de
que Bolsonaro se sentiu traído porque ele agendou
um encontro com Paulo Tonet, vice-presidente de
Relações Institucionais do Grupo Globo. Não seria
a primeira vez, no entanto, que o executivo esteve
com ministros do núcleo duro do governo.
EM CASA 2
Desde janeiro, Tonet já se reuniu com os generais
Augusto Heleno e Santos Cruz e também com
Onyx Lorenzoni. O encontro com Bebianno acabou
cancelado.
PAGO PARA VER
Bolsonaro foi taxativo ao ser confrontado com a
possibilidade, discutida numa reunião, de a crise
dificultar a aprovação de mudanças da
Previdência: se quiserem acabar com a reforma
por causa de Bebianno, que acabem, chegou a
dizer.
EU ACUSO
Num momento de maior raiva, o presidente
chegou a mostrar o dedo em riste.
EU AVISO
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi um dos
primeiros a dizer que a reforma ficaria
comprometida.
EU BUSCO
Bebianno vai processar as pessoas que
espalharam o número do celular dele pelo
WhatsApp. Uma delas é o militante Thiago Rocha.
O ministro diz que vai atrás de um por um, “dentro
da lei”.
EU MILITO
Thiago Rocha afirma que “na verdade, eu recebi
isso [o número de telefone] e repassei, como
muitos fizeram”. Ele diz que é publicitário mas que
largou tudo para ser ativista político. “Não estou
trabalhando. Parei a minha vida para isso
[militar]”.
LINHAS RETAS
Marisa Ota é a curadora da 35ª edição da feira
Paralela Design; o evento vai reunir lançamentos
de mais de 50 designers nacionais e será realizado
desta terça (19) até a quinta (21), na Oca, no
parque Ibirapuera
RETA FINAL
O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região)
julga na próxima quinta (21) os embargos de José
Dirceu a uma das condenações dele na Lava Jato.
A confirmação da sentença aumenta o risco de que
o petista seja preso antes do fim de março.
ALÍVIO
O maestro João Carlos Martins acordou da cirurgia
que fez na segunda (18), na mão esquerda,
aliviado. “Depois de 17 anos de dores, não senti
nada”, diz.
ALÍVIO 2
“Foi uma grande alegria depois de uma grande
tristeza”, afirma. No domingo (17), ele se
despediu definitivamente do piano. Por causa da
cirurgia, não vai mais poder tocar o instrumento.
DIA DE FESTA
A ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, a
apresentadora Val Marchiori, a pianista Juliana
D’Agostini e a modelo Gianne Albertoni estiveram
no aniversário do promoter Helinho Calfat, na
sexta (15), em SP.
PERMANÊNCIA
Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
As exceções à fixação do teto de captação de
recursos da Lei Rouanet serão mantidas no projeto
de reconfiguração da norma que deverá ser
apresentado Bolsonaro. Nele, o valor máximo de
captação cairá de R$ 60 milhões para R$ 10
milhões.
EXCEÇÃO
Projetos de planos anuais e plurianuais de
atividades, ações ligadas ao patrimônio histórico,
à preservação de exposições organizadas com
acervos museológicos e à construção e
implantação de equipamentos culturais poderão
captar mais do que o montante estabelecido.
ALÔ
A Claro foi penalizada pelo governo de SP com a
suspensão do direito de participar de licitações por
três meses.
RESPONDE!
Segundo o executivo estadual, a empresa deixou
de prestar serviços de telefonia durante 17 dias
em fevereiro de 2016, desobedecendo contrato
firmado por meio de pregão eletrônico com a
Secretaria de Segurança Pública. A empresa diz
que não comenta processos em andamento.
FOLIA
As atrizes Paolla Oliveira e Lucy Ramos, a
apresentadora Rafa Brites e os youtubers Camila
Coutinho e Leo Picon estarão no desfile do Bloco
da Favorita, em São Paulo, no sábado (23). O
cordão carnavalesco foi idealizado pela promoter
Carol Sampaio.
NOITE ARTÍSTICA
O presidente da BB Seguros, Fernando Barbosa, e
o embaixador da Suíça no Brasil, Andrea
Semadeni, foram ao coquetel de abertura da
exposição de Paul Klee no Centro Cultural Banco
do Brasil de SP, na semana passada. A diretora do
Zentrum Paul Klee, Nina Zimmer, também
compareceu.
CURTO-CIRCUITO
O artista Frederico Filippi abre nesta terça (19) a
mostra “Cobra Criada”, na Galeria Athena, no Rio.
A peça “Casa de Bonecas - Parte 2”, protagonizada
por Marília Gabriela, fica em cartaz até o dia 28/3,
no Teatro Faap, às quartas e quintas.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/02/clima-de-desconfianca-faz-ate-
generais-deixarem-celulares-de-fora-nas-
reunioes.shtml
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Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO
Tereza Cristina critica fim do desconto
sobre energia para produtor rural
BRASÍLIA - A ministra da Agricultura, Tereza
Cristina, defendeu, no fim de semana, que o
Congresso Nacional discuta o decreto que acaba
com os descontos no pagamento da energia
elétrica para produtores rurais. Tereza Cristina
esteve no sábado, 16, na Usina Japungu, em
Santa Rita, na Paraíba, onde se reuniu com
produtores do setor sucroalcooleiro.
Conforme sua assessoria, ela disse ter ouvido
queixas do setor produtivo durante a visita ao
Nordeste. "Tanto os pequenos produtores quanto
os grandes reclamaram de altos custos da energia,
nos quatro estados por onde a ministra passou:
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba",
afirma a pasta.
Ainda conforme o Ministério, Tereza Cristina disse
ter sido convidada a debater nesta semana com
lideranças da Câmara dos Deputados o decreto
assinado na gestão Michel Temer. "O decreto vai
contra tudo o que estamos discutindo com o setor
produtivo", disse a ministra aos produtores da
Paraíba. Ela explicou, no entanto, que os
parlamentares terão de tratar da questão
diretamente com a equipe do ministro da
Economia, Paulo Guedes, a quem cabe dar a
palavra final sobre o tema.
Na Paraíba, Tereza Cristina defendeu também que
o Ministério da Agricultura tenha um programa
nacional de irrigação para o campo, de forma a
tentar melhorar o abastecimento de água para os
produtores do Nordeste. Hoje, os programas de
irrigação estão vinculados ao Ministério da
Infraestrutura. Ela também defendeu o projeto
RenovaBio, a política para biocombustíveis que
está sendo implementada no Brasil, e disse que
vai estudar como fazer a cultura do algodão voltar
a crescer novamente no Nordeste.
Lobby. Associações e lideranças do setor elétrico,
da indústria e de consumidores se uniram para
impedir a aprovação do decreto que retoma o
subsídio da energia para agricultores. O benefício
concedia desconto entre 10% a 30% para clientes
rurais, sem contrapartidas. Em carta ao
Congresso, o grupo destaca que metade da conta
de luz dos consumidores são subsídios, taxas,
encargos e impostos, uma distorção que onera
clientes residenciais e industriais, afetando a
produção e o emprego.
“Há anos, esses subsídios vêm sendo praticados
sem que haja nenhuma avaliação sobre o mérito
dos seus benefícios”, diz a carta. “Os efeitos desse
custo para toda a sociedade não se justificam. Por
se tratarem de políticas públicas e de incentivos
que decorrem de decisões de governo, não é justo
que os consumidores de energia elétrica arquem
com esse custo - e ainda paguem impostos sobre
eles.”
Na semana passada, o deputado Heitor Schuch
(PSB-RS) apresentou um projeto de decreto
legislativo para derrubar a decisão do governo
Temer. Um decreto publicado pelo governo Michel
Temer no fim do ano passado prevê o fim dos
descontos na conta de luz de produtores rurais
daqui cinco anos. O benefício custa R$ 3,4 bilhões
por ano e é pago pelos demais consumidores de
energia de todo o País. O desconto será reduzido
em 20% ao ano, até ser extinto.
Parlamentares querem aprovar um pedido de
urgência para que a proposta que ressuscita o
subsídio seja aprovada no plenário da Câmara
nesta semana. A mobilização das associações é
uma tentativa de impedir esse movimento, que
tem apoio de entidades que representam o setor
do agronegócio.
“A aprovação desse decreto legislativo seria
simbólica e significaria o retorno a um processo
que está tornando o setor inviável. Não há
dinheiro subsidiado para manter o setor”, afirmou
o presidente da Associação Brasileira de Grandes
Consumidores Industriais de Energia, Paulo
Pedrosa. “Se não enfrentarmos a questão do
subsídio, a produção nacional será inviabilizada
pelo tamanho do custo.”
Assinam a carta a Associação Brasileira do
Alumínio (Abal), Associação Brasileira de Energia
Eólica (Abeoolica), Associação Brasileira da
Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor),
Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim), Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira
das Indústrias de Vidro (Abividro), Associação
Brasileira de Grandes Consumidores Industriais
de Energia (Abrace), Associação Brasileira dos
Comercializadores de Energia (Abraceel),
Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee), Associação Brasileira dos
Produtores de Ferroligas e Silício Metálico
Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
(Abrafe), Associação Brasileira Geradoras
Termelétricas (Abraget), Associação Nacional dos
Fabricantes de Cerâmica (Anfacer), Associação
Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer
), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(Idec) e Instituto Aço Brasil.
Além das associações que assinam a carta, atuam
nos bastidores contra a proposta o governo e a
Confederação Nacional da Indústria (CNI),
segundo apurou o Estadão/Broadcast.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,t
ereza-cristina-critica-fim-do-desconto-sobre-
energia-para-produtor-rural,70002726609
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Data: 19/02/2019
42
Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO
Lição de Brumadinho acelera a
desativação de plataformas
Por André Ramalho
Ao mesmo tempo em que promete lançar ao mar
13 novas plataformas até 2023, a Petrobras se
prepara para começar a aposentar plataformas
antigas a partir deste ano. A tragédia na barragem
de Brumadinho, da Vale, que pôs em xeque o setor
de mineração, estimulou a Petrobras a acelerar o
fechamento dessas plataformas, operação que as
empresas do setor chamam de
"descomissionamento".
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP),
41% das plataformas que operavam no Brasil no
ano passado tinham 25 anos ou mais de
funcionamento. São mais de 60 unidades com
esse perfil. Só a Petrobras tem planos para
desmobilizar oito unidades até 2021, sobretudo no
sul da Bacia de Campos.
A operação de "descomissionamento" dessas
plataformas é uma atividade nova no Brasil e
envolve ativos em águas profundas, um ambiente
desafiador. A desativação exige cuidados
ambientais e investimentos significativos que
ocorrem no fim da curva de geração de caixa dos
projetos.
"A lição de Brumadinho é que não dá para se
relaxar [com segurança]", disse ao Valor o
professor da Energia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Edmar Almeida. A ANP e o Ibama
estão debruçados na revisão das regras sobre o
assunto. Hoje, cabe à cada empresa propor suas
estratégias para o "descomissionamento", que vão
desde retirar as instalações por completo até
tombar os equipamentos, deixando-os no fundo
do oceano.
A indústria brasileira de petróleo teve algumas
exposições negativas nas últimas décadas. Houve,
por exemplo, a explosão da P-36, da Petrobras,
que matou 11 pessoas em 2011, e, no mesmo
ano, o vazamento do campo de Frade, operado
pela Chevron, na Bacia de Campos. "Mas esse é
um cenário completamente diferente da
mineração. O problema da Vale ocorreu numa
barragem, tipo de empreendimento que não existe
nesse setor", ressalva o advogado Paulo Valois,
especializado na área de petróleo.
https://www.valor.com.br/empresas/6124345/lic
ao-de-brumadinho-acelera-desativacao-de-
plataformas
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Data: 19/02/2019
43
Grupo de Comunicação e Marketing
Petrobras vai aposentar plataformas antigas
Por André Ramalho
Ao mesmo tempo em que promete lançar ao mar
13 novas plataformas até 2023, a Petrobras se
prepara para começar a enxugar a sua frota. A
companhia pretende aposentar uma série de
plataformas antigas a partir deste ano. O plano,
contudo, se dá em meio a lacunas nas regras
ambientais, em um momento sensível para a
indústria extrativa, no Brasil, depois da tragédia
envolvendo os planos de desativação da barragem
da Vale em Brumadinho (MG).
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP),
41% das plataformas que operavam no Brasil em
2018 tinham 25 anos ou mais de operação. São
mais de 60 unidades com esse perfil. Só a
Petrobras tem planos para desmobilizar oito
unidades até 2021, sobretudo no sul da Bacia de
Campos.
O descomissionamento é uma atividade nova no
Brasil e envolve ativos em águas profundas,
ambiente por si só desafiador. Mas mesmo em
águas rasas o assunto possui complexidades. Um
exemplo está no coral-sol, espécie bioinvasora
que se espalhou pela costa brasileira nos anos
1980, em locais com grande movimentação de
plataformas. A preocupação é que o coral-sol
incrustado nas instalações marítimas seja
carregado para a superfície na desmobilização das
unidades. Existe também uma preocupação
financeira, porque a desativação exige
investimentos no final da curva de geração de
caixa dos empreendimentos.
Com 169 mortes confirmadas, o rompimento da
barragem I da Vale na Mina Córrego do Feijão
levantou um debate sobre o tamanho da
fragilidade da cultura da segurança, no país,
sobretudo em ativos em fase final de vida útil.
Ocorrida em barragem em descomissionamento, a
tragédia pôs em xeque o setor de mineração, mas
deixa lições para o óleo e gás.
"A lição de Brumadinho é que não dá para se
relaxar [com aspectos de segurança]. É
importante que os órgãos de fiscalização deem
atenção a esse processo. O campo em desativação
deixa muitas vezes de ser uma prioridade para as
companhias e é preciso que a questão da
segurança seja priorizada", comenta o professor
do Grupo de Economia da Energia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (GEE/UFRJ), Edmar
Almeida.
A ANP e o Ibama estão debruçados na revisão das
regras sobre o assunto. Para Almeida, a regulação
atual define os procedimentos gerais para a
desativação das instalações, mas existem lacunas.
Segundo ele, falta definir as melhores práticas
internacionais e fixar critérios técnicos,
econômicos, de segurança e socioambientais para
definição da melhor opção de
descomissionamento. Hoje, cabe à empresa
propor suas estratégias - que vão desde retirar as
instalações por completo até mesmo tombar os
maquinários, deixando-os no fundo do oceano.
A Petrobras esclareceu que segue todos os
regulamentos "visando manter a integridade das
unidades, independente da idade". Sobre os riscos
associados ao descomissionamento, a empresa
disse que os riscos são "devidamente avaliados
nas etapas de planejamento" e "controlados e
reavaliados constantemente até a conclusão das
atividades". "A Petrobras atende aos requisitos
legais e prioriza a integridade dos ativos e
segurança nas operações em todas as etapas do
ciclo de vida dos empreendimentos, inclusive na
fase de descomissionamento", informou.
Ao comparar petroleiras e mineradoras, o sócio do
escritório Schmidt Valois, Paulo Valois, acredita
que a gestão de riscos na indústria de óleo e gás
é mais madura, depois das muitas exposições
negativas das últimas décadas envolvendo, por
exemplo, a explosão da P-36, da Petrobras, que
matou onze pessoas em 2011; e o vazamento do
campo de Frade, operado pela Chevron na Bacia
de Campos, em 2011, que desencadeou o Plano
Nacional de Contingência, em resposta a
vazamentos. "É um cenário completamente
diferente da mineração. O problema da Vale
Data: 19/02/2019
44
Grupo de Comunicação e Marketing
ocorreu numa barragem, tipo de empreendimento
que não existe no petróleo", ressalva.
Já a especialista em direito ambiental, Fabiana
Figueiredo, sócia da Carvalho, Machado e Timm
Advogados, vê em Brumadinho uma
demonstração da fragilidade da cultura de
compliance ambiental no Brasil. "Nos últimos anos
tivemos mudanças no compliance de integridade,
em resposta aos escândalos de corrupção, mas
falta uma cultura de compliance ambiental", disse.
Dados da ANP e do Fórum Internacional de
Reguladores de Segurança Offshore (IRF, na sigla
em inglês) mostram que o Brasil possui índices de
acidentes acima dos países de referência (Reino
Unido, EUA, e Noruega). Ao menos 15 mortes
offshore foram reportadas nos últimos quatro
anos, com destaque para as explosões da
plataforma São Mateus (2015), operada pela BW
para a Petrobras, com nove mortos; e da sonda
Norbe VIII (2017), operada pela Odebrecht Óleo e
Gás, com três fatalidades.
A ANP esclareceu que atua em três grandes
frentes regulatórias, relativas à segurança
operacional, sendo a primeira delas a fiscalização
(a agência fiscaliza cada instalação a cada dois
anos). O tripé é formado, ainda, pelo debate
permanente com o mercado, e pelo
desenvolvimento de um arcabouço regulatório
com foco em sistemas de gestão que incentivam a
"melhoria contínua e ao desenvolvimento de boas
práticas".
Para o coordenador-geral do Sindipetro Norte
Fluminense, Tezeu Bezerra, o
descomissionamento é um agravante para um
quadro já preocupante. Segundo ele, a redução do
efetivo embarcado e o corte de custos preocupam.
"Quando se coloca ativos à venda, eles saem da
prioridade de investimentos. O
descomissionamento é uma preocupação a mais,
porque vai acontecer principalmente em ativos
que estão sendo vendidos para empresas
menores",
disse.https://www.valor.com.br/empresas/61242
95/petrobras-vai-aposentar-plataformas-antigas
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Data: 19/02/2019
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Setor mineral pode ser desestruturado em MG, diz Zema
Por Marcos de Moura e Souza
Quase um mês depois da tragédia resultante do
rompimento da barragem da Vale na cidade de
Brumadinho, o governador de Minas Gerais,
Romeu Zema (Novo), fez um aceno em favor das
empresas de mineração.
Ele afirmou que empresas especializadas em
atestar a segurança das barragens estão se
recusando a fazê-lo e que é preciso encontrar
alguma nova forma que permita que as
mineradoras continuem operando, a despeito das
dificuldades em obter esses certificados de
segurança.
"É uma situação extremamente angustiante para
nós, mineiros, porque da forma que a coisa está
caminhando não vai demorar e vamos ter
praticamente todas as barragens, ou boa parte
delas, consideradas como de risco", afirmou ele
durante discurso em que o tema central eram
novos recursos para saúde.
Desde fim de janeiro, quando do desastre em
Brumadinho, alertas foram acionados em outras
três cidades, obrigando pessoas a deixarem suas
casas porque a avaliação de risco de
desmoronamento de barragens - duas da Vale e
uma da ArcelorMittal - subiu. O último desses
episódios, ocorreu no sábado e se deveu ao fato
de uma empresa certificadora ter se recusado a
dar o aval de estabilidade para uma barragem da
Vale.
O governador disse ainda que vai se reunir com as
equipes das Secretarias de Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Econômico e também do
governo federal para tratar do assunto. "Porque a
continuar da forma que estamos nós vamos ter
uma desestruturação total do setor", afirmou.
Secretaria de MA prega a extinção de todas as
barragens do Estado construídas a montante,
como a de Brumadinho
Zema falou da segurança das comunidades que
vivem em áreas próximas a barragens. "Não é fácil
lidar com um problema desses, porque não
podemos expor ninguém a risco", disse. "Mas
também não podemos parar uma atividade tão
relevante para o Estado."
O tom das declarações agrada, de modo geral, as
empresas de mineração que tem Minas Gerais,
uma de suas mais importantes bases de produção
no país.
A tragédia de Brumadinho expõe visões que
parecem distintas dentro do próprio governo,
iniciado em janeiro. No domingo, a Secretaria do
Meio Ambiente postou um longo comunicado em
seu site se dizendo "terminantemente contra a
flexibilização da legislação ambiental e são contra
medidas nesse sentido". A secretaria também
voltou a defender medidas que adotou
recentemente, entre elas a ordem para a extinção
de todas as barragens do Estado construídas pela
técnica a montante (como a de Brumadinho).
A medida alcança grandes mineradoras como
Vale, ArcelorMittal, Usiminas Mineração, CSN
entre outras. A assessoria da secretaria afirmou
que o órgão não está submetido a pressões de
dentro do governo ou de empresas.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) seguiu o
caminho do órgão ambiental de Minas. Em uma
resolução publicada ontem também proibiu novas
barragens a montante e determinou a extinção
das que já estão prontas. O prazo é agosto de
2021.
Mineradoras têm evitado questionar publicamente
esse tipo de medida, mas uma avaliação no setor
é que os órgãos governamentais estão agindo sob
o calor dos fatos e que o problema não é método
construtivo de barragens, mas de gestão dessas
estruturas.
Em outra frente, o Ministério Público Estadual
protestou ontem contra um projeto de lei que está
para ser votado na Assembleia Legislativa e que
trata novas regras para licenciamento e
fiscalização de barragens. A crítica se deve ao fato
de que o texto não leva em conta pontos que
Data: 19/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
foram elaborados com participação de promotores
da área ambiental, pelo Ibama e por
ambientalistas. O projeto é visto como mais
favorável às mineradoras.
https://www.valor.com.br/empresas/6124297/se
tor-mineral-pode-ser-desestruturado-em-mg-diz-
zema
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Data: 19/02/2019
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Com alta de preço, consumo de gasolina
cede espaço para álcool
Por André Ramalho
Num ano impactado pela greve dos
caminhoneiros, o consumo de combustíveis se
manteve praticamente estável em 2018. Segundo
a Agência Nacional de Petróleo (ANP), foram
vendidos 136,1 bilhões de litros no ano passado,
o que representa uma alta de 0,03% frente ao ano
anterior, com destaque positivo para o etanol e
diesel.
Em 2017, quando a economia brasileira começava
a sair da recessão, houve um aumento de 0,44%
no consumo. O mercado de combustíveis, na
ocasião, interrompeu dois anos seguidos de
retração.
Historicamente atreladas ao desempenho da
economia, sobretudo do agronegócio e da
indústria, as vendas de diesel subiram pelo
segundo ano consecutivo. Em 2018, houve um
aumento de 1,6%, para 55,6 bilhões de litros,
mesmo diante dos impactos da paralisação dos
caminhoneiros, em maio. Em 2017, o aumento
havia sido de 0,9%.
Já as vendas de gasolina comum recuaram 13,1%,
para 38,3 bilhões de litros, depois de dois anos
seguidos de crescimento. Essa retração é
atribuída, em parte, à perda de competitividade do
derivado para o etanol hidratado, diante do
aumento do dólar e dos preços do barril de
petróleo no mercado internacional - que afetam
diretamente os preços da gasolina, praticados pela
Petrobras.
A participação da gasolina no mercado recuou
para 28,1% no ano passado, ante 32,4% em
2017. O etanol, por sua vez, avançou de 10%, em
2017, para 14,2%, no ano seguinte - a maior fatia
do combustível desde 2009.
As vendas do biocombustível, por sua vez,
subiram 42,1%, para 19,4 bilhões de litros. Esse
aumento, contudo, não foi suficiente para
sustentar o crescimento do mercado do Ciclo Otto
(veículos leves cujos motores operam com etanol
e/ou gasolina) como um todo. Esse segmento é
tradicionalmente vinculado ao consumo das
famílias e, em 2018, caiu 3%, em gasolina
equivalente - medida que considera a equivalência
energética do etanol frente a gasolina.
Outro produto tradicionalmente vinculado ao
consumo das famílias que também teve um 2018
fraco foi o gás liquefeito de petróleo. As vendas do
derivado fecharam o ano passado com queda de
1%, para 13,2 bilhões de litros. O mercado de GLP
é associado, sobretudo, ao segmento residencial,
embora também seja vendido para comércio e
indústrias.
Outra queda relevante foi registrada no mercado
de óleo combustível. Tradicionalmente vinculado
ao comportamento do despacho das termelétricas,
o derivado fechou 2018 com retração de 31,6%,
depois de ter crescido 1,5% em 2017.
Já entre os destaques positivos, as vendas de
querosene de aviação (QAV) cresceram 6,7%. A
expansão acompanha o reaquecimento do
mercado doméstico de aviação, que no ano
passado aumentou em 3,3%, de acordo com a
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
https://www.valor.com.br/brasil/6124311/com-
alta-de-preco-consumo-de-gasolina-cede-espaco-
para-alcool
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