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Coliseu de RomaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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julho de 2012). Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor, verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo.
Coordenadas: 41° 53' 24.61" N 12° 29' 32.17" E
Coliseu de Roma
O grandioso Coliseu de Roma
Local Regio IV Templum Pacis
Construído em 68-79 d.C.
Construído por/para Vespasiano, Tito
Tipo de estrutura Anfiteatro
Artigos relacionados Nenhum.
Anfiteatro Flaviano
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano ou Flávio (em latim: Amphitheatrum Flavium), é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga. Deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal do imperador romano Nero , que ficava perto da edificação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico. Originalmente capaz de abrigar perto de 50 000 pessoas1 , e com 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 400 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores
atrações turísticas em Roma e em 7 de julho de 2007 foi eleita umas das "Sete maravilhas do mundo moderno". Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via Sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas.
Em dezembro de 2011 fragmentos da construção passaram a cair em vários dias. A construção tem 3 mil fissuras catalogadas e deve ser restaurada a partir de março de 2012. 2
Índice
[esconder]
1 História da construção
o 1.1 Denominação
o 1.2 Jogos inaugurais do Coliseu
o 1.3 Espetáculos
o 1.4 Os cristãos e o Coliseu
o 1.5 Utilização no fim do Império Romano do Ocidente
2 Arquitetura e dimensão social
3 Influência do Coliseu
o 3.1 Representações na cultura
4 O Coliseu hoje
5 Ver também
6 Referências
7 Ligações externas
História da construção[editar | editar código-fonte]
Mapa do centro de Roma durante oImpério Romano, com o Coliseu a nordeste, fora do núcleo urbano, no canto superior
direito.
O Coliseu de Roma foi construído entre 70 e 90 d.C. Iniciado por Vespasiano de 68 a 79 d.C., mais tarde foi inaugurado por Tito por volta de 79 a81 d.C., embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 000 espectadores1 , em três andares. Durante o reinado de Alexandre Severo e Gordiano III, foi ampliado com um quarto andar, podendo abrigar então cerca de 90 000 espectadores [carece de fontes]. Finalmente foi concluído por Domiciano, filho de Vespasiano e irmão mais novo de Tito, por volta de 81 a 96 d.C..
A construção começou sob ordem de Vespasiano numa área que se encontrava no fundo de um vale entre as colinas de Célio, Esquilino e Palatino. O lugar fora devastado pelo Grande incêndio de Roma do ano 64, durante a época de governo do imperador Nero, e mais tarde havia sido reurbanizado para o prazer pessoal do imperador com a construção de um enorme lago artificial, da Casa Dourada (em latim: Domus Aurea), situada num complexo de uma villa,3 e de uma colossal estátua de si mesmo.4
Vespasiano, fundador da dinastia Flaviana, decidiu aumentar o moral e auto-estima dos cidadãos romanos e também cativá-los com uma política depão e circo,3 demolindo o palácio de Nero e construindo uma arena permanente para espectáculos de gladiadores, execuções e outros entretenimentos de massas. Vespasiano começou a sua própria remodelação do lugar entre os anos 70 e 72, possivelmente financiada com os tesouros conseguidos depois da vitória romana na Grande Revolta Judaica, no ano 70. Drenou-se o lago e o lugar foi
designado para o Coliseu. Reclamando a terra da qual Nero se apropriou para o seu anfiteatro, Vespasiano conseguiu dois objectivos: Por um lado realizava um gesto muito popular e por outro colocava um símbolo do seu poder no coração da cidade.5 Mais tarde foram construídos uma escola de gladiadores e outros edifícios de apoio dentro das antigas terras da Casa Dourada, a maior parte da qual havia sido derrubada.6
Vespasiano morreu mesmo antes de o Amphitheatrum Flavium ser concluído. O edifício tinha alcançado o terceiro piso e Tito foi capaz de terminar a construção tanto do Coliseu como dosbanhos públicos adjacentes (que são conhecidos como as Termas de Tito) apenas um ano depois da morte de Vespasiano.6
A grandeza deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios.
Denominação[editar | editar código-fonte]
O nome original do Coliseu de Roma era Anfiteatro Flávio ou Flaviano (em latim, Amphitheatrum Flavium), tendo sido construído no reinado dos imperadores da Dinastia Flaviana, após o governo do imperador Nero. Curiosamente, este nome não foi exclusivo do Coliseu, visto que Vespasiano e Tito haviam construído um anfiteatro que portou o mesmo nome, na cidade dePozzuoli, na província de Nápoles. O nome Anfiteatro Flavio é empregado ainda hoje, embora seja mais popularmente conhecido como Coliseu de Roma. A sua designação de "Coliseu" começou a difundir-se a partir do século VIII, o qual se crê que tenha sido devido a uma grande estátua de Nero, que se encontrava perto do edifício, na Casa Dourada, conhecida popularmente como o Colosso de Nero. Este fato pode ter sido a razão pela qual o anfiteatro de Roma tenha adoptado o nome de Coliseu. Essa dita estátua foi destruída provalvelmente para reciclagem do seu bronze. Apenas a sua base chegou aos nossos dias, e pode ser vista entre o anfiteatro e o Templo de Vénus e Roma.3
Jogos inaugurais do Coliseu[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Jogos inaugurais do Coliseu
Mapa da Roma medieval representando o Coliseu.
Os jogos inaugurais do Coliseu tiveram lugar ano 80, sob o mandato de Tito, para celebrar a finalização da construção. Depois do curto reinado de Tito começar com vários meses de desastres, incluindo a erupção do Vesúvio, um incêndio em Roma e um surto de "peste", o mesmo imperador inaugurou o edifício com jogos pródigos que duraram mais de cem dias, talvez para tentar apaziguar o público romano e os deuses. Nesses jogos de cem dias teriam ocorrido combates de gladiadores, "venationes", lutas de animais, execuções, batalhas navais, caçadas e outros divertimentos numa escala sem precedentes.3
Espetáculos[editar | editar código-fonte]
"Pollice Verso" por Jean-Léon Gérôme,1872.
No Coliseu eram realizados diversos espectáculos, com os vários jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, chamados muneras, não eram pagos pelo Estado, mas sim por indivíduos em busca de prestígio e poder.
Outro tipo de espetáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras,
mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios amovíveis. Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigante; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 000 animais e 10 000 gladiadores no decorrer de 123 dias.
Segundo o documentário produzido pelo canal televisivo fechado History Channel, o Coliseu também era utilizado para a realização de naumaquias, ou batalhas navais. O coliseu era inundado por dutos subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Passada esta fase, foi construída uma estrutura, que é a que podemos ver hoje nas ruínas do Coliseu, com altura de um prédio de dois andares, onde no passado se concentravam os gladiadores, feras e todo o pessoal que organizava os duelos que ocorreriam na arena. A arena era como um grande palco, feito de madeira, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena; o filme "Gladiador" retrata o funcionamento dos elevadores. Os estudiosos, há pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados por baixo da arena do Coliseu. Acredita-se que o Coliseu foi construído onde, outrora, foi o lago do "Palácio Dourado de Nero"; O imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa.
"A última prece dos mártires cristãos", por Jean-Léon Gérôme(1883).
Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitectos construiriam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida à simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.
Embora o Coliseu tenha funcionado até o século VI, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões.
Os cristãos e o Coliseu[editar | editar código-fonte]
Os relatos romanos referem-se a cristãos sendo martirizados em locais de Roma descritos pouco pormenorizadamente (no anfiteatro, na arena...), quando Roma tinha numerosos anfiteatros e arenas. Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o Papa Bento XIV consagrou-o no século XVII à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX
Utilização no fim do Império Romano do Ocidente[editar | editar código-fonte]
O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até o período do imperador Honório, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentiniano III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído.
Arquitetura e dimensão social[editar | editar código-fonte]
Outro ângulo do Coliseu
Vista da fachada original do Coliseu.
O Coliseu, como não estava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a maioria dos teatros e anfiteatros romanos. Em vez disso, possuía um "anel" artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta substrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado um outro. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.
A arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates (certa vez foi colocada água na representação de uma batalha naval), sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e jaulas que tinham acessos diretos para a arena.Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas.Esses arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem.
Os assentos eram em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o pódio, para as classes altas; asmaeniana, sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. O pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no pódio e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espectáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro.
Panorama do interior do Coliseu.
Influência do Coliseu[editar | editar código-fonte]
O Coliseu era sobretudo um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia de toda uma civilização, e tal como era já profetizado pelo monge e historiador inglês Beda na sua obra do século VII "De temporibus liber": "Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma ruirá e quando Roma cair, o mundo cairá".
O Coliseu é conhecido como o maior símbolo da cidade de Roma, e um dos melhores exemplos da engenharia e da arquitetura romana.
Representações na cultura[editar | editar código-fonte]
No filme Gladiador, de 2000, de Ridley Scott, o Coliseu foi recriado via computação gráfica para "restaurá-
lo" à glória do século II. A imagem do edifício é geralmente acurada e dá uma boa impressão de como o
hipogeu (porão) teria sido.
O Coliseu hoje[editar | editar código-fonte]
O coliseu atualmente é a maior atração turística de Roma, com milhares de turistas pagando para ver o interior da arena, embora a entrada seja subsidiada para cidadãos europeus, e grátis para europeus menores de 18 e maiores de 65 anos.3
O Coliseu é lugar de cerimônias da Igreja Católica nos séculos XX e XXI. Por exemplo, a Via Crúcis, cerimônia realizada na Sexta-Feira Santa, tem uma das estações no Coliseu 7 .
Em 2012, foi anunciado que o Coliseu está a tombar de um lado: o sul do edifício tem menos 40 cm do que o lado norte, e os especialistas dizem que precisa de intervenção semelhante à que foi feita na Torre de Pisa 8 .
Ver também[editar | editar código-fonte]
Roma Antiga
Jogos inaugurais do Coliseu
Referências
1. ↑ Ir para:a b WOODHEAD, Henry - diretor. História em revista: 400 a.C.-200 d.C. Impérios em ascensão. 1 ed. Rio de
Janeiro: Cidade Cultural, 1990. 176 p. 1 vol. vol. 1.
2. Ir para cima↑ Novos fragmentos caem do Coliseu e autoridades minimizam problemas (em português) Folha de S.
Paulo - UOL (27 de dezembro de 2011). Visitado em 8 de maio de 2012.
3. ↑ Ir para:a b c d e History of the Colosseum. Visitado em 11-7-2010.
4. Ir para cima↑ Suetónio, De Vita Caesarum, Vaidade de Nero
5. Ir para cima↑ Bowman pp. 19–20
6. ↑ Ir para:a b CLARIDGE pp. 276–82
7. Ir para cima↑ Vatican Description of the Stations of the Cross at the Colosseum: Pcf.va
8. Ir para cima↑ Coliseu de Roma está a tombar.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
O Commons possui imagens e outras mídias sobre Coliseu de Roma
Website dedicado ao Coliseu (em inglês e em italiano)
Fotografias do Coliseu de Roma (em inglês, italiano, alemão e espanhol)
Estrutura do Coliseu
Estrutura de Roma
O Coliseu de Roma
1. Apresentação
Evidentemente, em se tratando de Coliseu de Roma, textos e imagens não faltam para pesquisa, tanto na Internet
como em outros tipos de mídias, como revistas e livros de história.
No entanto, escolhemos não nos abster apenas ao contato inicial com o tema proposto, mas sim, um mais profundo e
detalhado estudo sobre primeiramente, a arte romana, suas características e influências, não só na arquitetura, mas
em outras modalidades, como a pintura e a escultura.
Propomo-nos também a desenvolver um estudo do Império Romano, suas características e fases marcantes durante
sua ascensão e queda, e também a um conhecimento maior da cidade de Roma.
Por final, nos lançamos a uma deliciosa viajem ao grande anfiteatro, palco de espetáculos grandiosos, onde homens
poderosos, gladiadores, o povo e animais, misturavam-se ao cheiro de sangue, gritos sedentos de ação e luxo.
Coliseu, um símbolo do Império Romano que fora usado por mais de 500 anos, e hoje sobrevive ainda imponente,
como se sua presença servisse para sabermos do que o homem pode ser capaz.
2. O Império Romano
Há dois mil anos, um único governo e seu estilo de vida dominavam a maior parte da Europa ocidental, do Oriente
Médio e da costa da África. O Império Romano baseava-se numa organização rígida e Na centralização do
poder.Cidades situadas em países diferentes eram projetadas exatamente da mesma maneira. Uma
rede de estradaspavimentadas com pedras (algumas existentes até hoje) ligavam todas as localidades a Roma. O
governo do primeiro imperador, Augusto, iniciou um longo período de estabilidade, conhecido como Pax Romana,
que durou cerca de duzentos anos. Fortificações guardadas pelo exército romano protegiam as fronteiras do Império,
enquanto um habilidoso regime civil o governava. O comércio prosperava e o povo era muito unido. O Império
Romano atingiu seu apogeu em cerca de 200 d.C. e, a partir daí entrou em decadência, dividindo-se em dois em 284.
Constantino I, o Grande, ordenou a construção de Constantinopla, que tornou-se capital do Império Romano do
Oriente, já no ano de 476, tribos bárbaras conquistaram o Império Romano do Ocidente, sediado em Roma.
O Império do Oriente sobreviveu até 1453, quando Constantinopla foi invadida pelos Turcos Otomanos.
Em seu auge, o Império Romano estendia-se da Bretanha até o Oriente Médio. Povos de diferentes raças e idiomas
viveram sob o domínio de Roma. O poder do Império Romano baseava-se em seu exército profissional. Os soldados
de uma legião (grupamento com cerca de 5 mil homens) eram rigorosamente treinados e equipados com lanças,
escudos e espadas(gladios). Além de lutar, os legionários construíam estradas e fortalezas para manter as
conquistas de Roma. Os romanos celebravam seus êxitos militares com paradas e representavam-nas em relevos
esculpidos. Por exemplo, relevos apresentando a conquista da Romênia, então chamada de Dácia, adornam a
coluna de Trajano, em Roma. Podemos, de maneira ilustrada, ver o Império de Roma da seguinte maneira: Suas
centenas de estradas são veias, e o esmagador exército é o sangue que por ali corre dando vida ao Império.
Foram criadas em Roma, novas tecnologias em equipamentos, bélicos, como os gladios, que eram pequenas
espadas afiadíssimas, que davam grande mobilidade ao soldado, além de servirem como eficaz instrumento de
execução. A biga romana, inspirada em modelos mais antigos, porém muito possante e forte representou grande
medo para aqueles que se impuseram contra o maior poderio militar do mundo antigo.
O Império Romano, com um exército extraordinário e de imenso poderio, avançou de forma esmagadora sobre
diversas civilizações, não somente as dominando territorialmente, mas também psicologicamente, impondo um medo
aos povos dominandos que tornava quase impossível, uma reação por parte dos dominados que viam-se passivos
àquele grande império e a todas as decisões por ele tomadas.
O Império Romano e suas várias etapas históricas estavam ligados ao modo de produção escravagista. O motor do
desenvolvimento estava nas grandes propriedades apropriadas pela aristocracia patrícia que, controlando os meios
de produção, as terras e as ferramentas necessárias ao trabalho agrícola, dominavam as classes pobres e livres dos
plebeus. Já os escravos eram classificados como res (coisa), eram uma espécie de propriedade instrumental
animada.
Dividirei essa longa história romana em três períodos políticamente diferentes, cujo intuito é facilitar o entendimento
de como se deu o desenvolvimento da cidade, e posteriormente, o levante e a queda do império.
Realeza (até 509 a.c.)
Na época de sua criação, Roma e seus arredores eram habitados basicamente por uma população com idioma
comum, o latim. Eram pastores com meios muito limitados, que pouco cultivavam o solo. Essa população
normalmente habitava em vici (aldeias), muitas vezes nas alturas que circundavam o planalto em que se encontrava
a cidade, em lugares de refúgio , com território circundante, para se protegerem do ataque de outros povos.
Essas aldeias , localizadas nas colinas arborizadas que formavam o local da antiga Roma, eram ocupadas por
grandes famílias patriarcais agrupadas em gentes. Os chefes de família, denominados patres, advindo daí a alcunha
de patrícios para os romanos, reuniam-se e formavam o que mais tarde iria ser chamado de Senado Romano.
O rex (chefe comum, rei) era geralmente um estrangeiro imposto para comandar Roma, sendo na sua grande maioria
de origem etrusca. A Etrúria era, nessa época, a potência política e econômica mais importante do território que hoje
vem a ser a Itália. Com o enfraquecimento do domínio etrusco o poder do rei também diminui, abrindo caminho para
o período históricamente conhecido como República.
República (509 a 27 a.c.)
Esse novo regime, capitaneado pelo Senado Romano, é caracterizado pela pluralidade das assembléias e
magistraturas, anuais e colegiais. Vale dizer que o magistrado romano era um órgão da cidade, um titular do poder,
ou seja não era um juiz como hoje entendemos, mas sim o detentor de importantes cargos públicos, como era o caso
do pretor e do cônsul.
Havia distinção de tratamentos entre os fundadores de Roma, denominados patrícios, e os outros habitantes da
cidade, composta também pela plebe e pelos peregrinos (estrangeiros). Essa distinção valia inclusive para questões
jurídicas, havendo normas distintas para cada classe social. Os concilia plebes, por exemplo, assembléias próprias
da plebe, que não contavam com a participação de patrícios, elegiam os tribunos da plebe, que não contavam com a
participação de patrícios, elegiam os tribunos da plebe e votavam os plebiscitos, leis reservadas à plebe. Para entrar
em vigor essas leis deveriam passar pelo crivo do senado, órgão composto exclusivamente por patrícios, no entanto,
apartir de 287 a.c. os plebiscitos foram assimilados as leges e passaram a ser apliacados aso patrícios também.
Só os cives, os cidadãos romanos, gozavam do direito dos romanos, do ius civile. Os estrangeiros, os peregrini,
estavam submetidos apenas aos ius gentium, o direito comum a todos os homens.
O comando de Roma estava totalmente nas mãoes dos patrícios, já que o senado tinha por incumbência intervir na
autorização das despesas públicas, no recrutamento de tropas, nas relações externas , no controle dos magistrados
e na ratificação das decisões das assembléias.
As guerras de conquistas eram um dos motores da economia romana. O seu objetivo, além de saques praticados,
era o aprisionamento dos vencidos, fornecendo terras e escravos para os latifúndios patrícios, que retribuíam
liberando peuqenos proprietários para fazerem parte do exército. Esse pequenos proprietários eram cada vez mais
substituídos pelos escravos. A conseqüência imediata foi o aumento da população urana, exigindo maior nível de
produção, obtida mediante a conquista militar de novas terras.
Quando terminavam suas missões, os soldados eram dispensados sem nehuma indenização, o que gerou uma série
de revoltas. Esse foi um dos motivos da queda da república e a ascenção dos generais. Somente com o advento do
império esses problemas foram solucionados, com a distribuição de lotes para os soldados e gratificações.
Império
Divide-se em dois períodos distintos, analisados a seguir.
Alto Império (27 a.c. a 284 a.c.): Surgiu com a crise política provocada pelas dificuldades sociais, pelas vastas
conquistas e pela má administração do progresso econômico. Dentro dessa crise, o poder concentrava-se cada veze
mais nas mãos dos genereais. Um deles, Octavio, conseguiu centralizar todos os poderes em suas mãos e acabou
por receber, do senado, o titulo de Augusto, sendo proclamado imperator (general vitorioso). Foi a época de
explendor da civilização roamana.
Império: com o governo de Diocleciano, em 284, marcando o inicio da decadência do povo romano, e foi até o
término do império de Justiniano I.
Um dos governos mais marcantes dessa época foi o de Constantino, período em que a religião cristã foi reconhecida
oficialmente, com a publicação do Edito de Milão, em 313. Constantino também foi o responsável pela fundação de
uma nova capital – Constantinopla, antiga Bizâncio - , que se tornou sede do Império Romano do oriente. Este, ao
contrário do Império do Ocidente, que sucumbiu às invasões bárbaras em 476, manteve-se até o século XV.
Justiniano, que governou entre 527 565, foi o último imperador desse período.
3. Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército
bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas
(século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os
romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a
Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a
ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos
para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do
Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
4. Principais imperadores romanos :
Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-
192).
5. Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego
na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as
cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma
revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos
alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o
Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os
problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
6. Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e
arquitetura grega.Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e
membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem
naIdade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.A mitologia romana representava formas de explicação da
realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da
cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto
de Proserpina.
7. Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram
retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas
também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características
( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses
principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas
e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
O surgimento e expansão do cristianismo estiveram ligados diretamente ao Império Romano. A princípio, os romanos
tinham uma religião politeísta dividida entre doméstica e oficial. Na doméstica, as famílias consideravam seus
antepassados protetores e os cultuavam. Todas as casas possuíam um altar onde eram realizados os cultos. Os
romanos cultuavam diversas divindades herdadas dos gregos como Júpiter, Vênus, Diana, Baco, Minerva, Netuno e
outros. O cristianismo surgiu na Palestina, uma província romana e, progressivamente, difundiu-se por todo o Império
Romano. É uma religião monoteísta, messiânica e profética. Jesus Cristo ensinou o amor a um único Deus, ao
próximo, assim como pregou a humildade e a fraternidade. Os princípios do cristianismo são: a crença na Trindade,
crença em anjos, no juízo final, na ressurreição da carne e na vida eterna. A Boa Nova dos cristãos foi pregada pelos
apóstolos, no Oriente, e chegou até Roma, posterior a morte de Cristo. Inicialmente, essa religião foi muito
perseguida pelo Estado romano. Mas, após sua oficialização por Teodósio, constituiu-se como a religião universal e a
mais importante do Ocidente.
8. A arte romana
A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade
vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza.
A Arquitetura foi a arte mais desenvolvida, marcada pela grandiosidade de suas construções: muralhas, estradas,
teatros, anfiteatros, templos, aquedutos, termas e outros.
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada
nas construções.Nos bons tempos, quando o poderio romano era inquestionável, o império cobria uma área territorial
imensa, que ia da atual Inglaterra até a Rússia, passando por todo o norte da África, incluindo o Egito. Era um
império formidável e modificou o mundo com novos conceitos sociais, administrativos e políticos. Recebendo a
influência de muitos povos, os romanos foram os responsáveis por espalhar pelo mundo uma grande quantidade de
idéias e princípios, como o próprio cristianismo. Também com a arte, a influência recebida de diversos povos -
principalmente os gregos -, tratou de ser divulgada e implementada nos quatro cantos do planeta, pois o Império
Romano significava a maior parte do mundo conhecido e civilizado nos séculos que antecederam e sucederam o
nascimento de Cristo. É dessa época que estamos falando.
Cenas de batalha com soldados romanos e ducos e o
Imperador Augustos - arte romana
Na verdade, os poderosos romanos inicialmente traziam as obras de arte encontradas na Grécia conquistada, assim
como de outros povos, inundando o império com essa arte que não era sua, propriamente. Os navios chegavam
carregados de trabalhos feitos pelos artistas gregos para adornar os edifícios públicos e suntuosas residências dos
patrícios. Os artistas romanos começaram simplesmente a copiar trabalhos gregos e depois homenagear
personalidades locais realizando esculturas ao estilo grego. Horácio, o poeta romano filho de um liberto e protegido
por imperadores, disse naquela época que a Grécia submetida a Roma havia, na verdade, conquistado o
conquistador romano, tal era a influência grega dentro do território de Roma. Mas os romanos, claro, como não
poderia deixar de ser, foram também criativos e inovadores.
Busto do Imperador Hadrianus e a deusa Minerva - trabalhos esmerados
A principal característica de Roma foi a organização e a eficiência. Na arte, também primaram pela busca da utilidade
e praticidade imediata - tanto que o principal destaque vai para a arquitetura, onde a grandeza ressaltava a idéia do
poderio romano. As termas são uma invenção romana e funcionaram como centros sociais, com local para esportes,
reuniões, jardins e banhos, naturalmente. As basílicas não tinham a conotação de igrejas, inicialmente. Eram locais
comerciais e só passaram a ter funções religiosas com a propagação do cristianismo dentro da influência de Roma.
Os circos e anfiteatros, como o Circus Maximus e o Coliseu, são símbolos de uma arquitetura primorosa que
adornava todos os edifícios com esculturas e transformaram a Roma atual na maior concentração de obras de arte
urbanas que conseguimos imaginar. Passear por Roma é passear por um grande museu e pelos corredores da
história do mundo ocidental.
Anfiteatro de Nenis, em Paris e o Coliseu, em
Roma - partes do grande império
Os romanos tinham o hábito de pintar nas paredes, imitando janelas e varandas que reproduziam cenas externas
com paisagens e animais, dando uma idéia de maior tamanho ao ambiente. Eram mestres nesse assunto.
Reproduziam também cenas de teatro ou cópias de trabalhos gregos, declarando uma influência que nunca foi
negada ou disfarçada. Entretanto, os romanos diferiam dos gregos no temperamento básico, muito mais realista. Isso
de reflete de forma nítida na escultura. Ao invés da beleza ideal retratada pelos gregos em suas esculturas, os
romanos retratavam as pessoas como de fato elas eram, sem aquele idealismo de uma beleza hipotética. As
estátuas romanas representam figuras verdadeiras da casta social. Claro que existiam muitas estátuas dos principais
deuses, como Júpiter, Minerva ou Juno, mas os artistas concentravam-se primordialmente em retratar
personalidades.
Painéis pintados nas paredes e o jogo de bola - a
vida em Roma
Arcos e abóbadas proliferaram na Roma antiga. Os arcos serviam para comemorar grandes eventos e vitórias
conquistadas. É importante considerarmos, na análise da arte romana, que o antigo império caracterizou-se por ser
uma organização cosmopolita e de intenso inter-relacionamento com todos os povos, conquistados ou não. Brutal,
imperialista, dominadora, a sociedade romana, entretanto, permitia as diferenças e copiava sem restrições; valorizava
mesmo, hábitos e conquistas de outros povos, nas artes, ciências e todas as demais ramificações das atividades
humanas. Roma pilhava, esmagava e destruía, mas preservou idéias e realizações que, de outro modo, teriam
provavelmente desaparecido nos meandros da história, se a força organizadora de Roma não houvesse exercido o
seu papel.
Aqueduto na França e o Arco de Tito, em Roma - o arco
caracteriza a arquitetura romana
Fartamente documentado, fruto da organização administrativa romana, esse período da história nos traz o legado de
informações detalhadas que faltam em outras épocas. Sabemos dos etruscos, dos gregos, dos judeus, muitas vezes
através dos romanos. O Arco de Tito, totalmente feito em mármore, serviu para comemorar a vitória sobre Jerusalém.
A arquitetura romana tendia para o monumental e grandioso, até como símbolo da grandeza do poderoso império.
Por volta do ano 200 d.C., o território romano equivalia aproximadamente ao tamanho dos Estados Unidos e a
população era de 100 milhões de habitantes. Os romanos construíram 300 quilômetros de estrada, um
empreendimento notável considerando os recursos. Roma era uma cidade de um milhão de habitantes já naquela
ocasião. O Circus Máximus tinha capacidade para 150 mil pessoas e foi depois ampliado. É muito para um mundo
sem máquinas motorizadas.
Maquete da antiga Roma onde se vê o Coliseu e
uma moeda - poderoso império
Embora os romanos não tenham se destacado especialmente como artistas, foram grandes propagadores e
financiadores da arte, tanto da própria arte como da arte desenvolvida e feita por outros povos. Acumulando riquezas,
a classe dos patrícios adornava suas casas com trabalhos feitos em qualquer lugar, principalmente na Grécia. Como
a maior metrópole do mundo antigo, Roma propiciou o debate e o intercambio, divulgando e propagando a criação e
o surgimento de novos conceitos. Extremamente mercantilista, a sociedade romana deu aos sistemas de cunhagem
de moedas a maior importância. Imponente, criou nos ambientes palacianos a suntuosidade que requeria o talento e
o trabalho oferecido pelos artistas. Os escravos gregos trazidos para Roma, freqüentemente eram prestigiados e
honrados pelo talento artístico. A queda do Império Romano do Ocidente determinou o fim da Idade Antiga e começo
da Idade Média e um período caótico, embora fascinante, da história da humanidade. A Idade Moderna começaria
quase mil anos depois, com a queda do Império Romano do Oriente, evento mais conhecido como a queda de
Constantinopla em poder dos turcos.
ARQUITETURAAs características gerais da arquitetura romana são:* busca do útil imediato, senso de realismo;*
grandeza material, realçando a idéia de força;* energia e sentimento;* predomínio do caráter sobre a beleza;*
originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.As construção eram de cinco espécies, de acordo com
as funções:1) Religião: TemplosPouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de
Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi
planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua
planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto. 2)
Comércio e civismo: BasílicaA princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia
para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma
igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a
cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi
concluída no Império de Otávio Augusto.3) Higiene: TermasConstituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as
termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho,
eram centro de reuniões sociais e esportes.4) Divertimentos:a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de
Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos:jogos circenses - corridas de carros;ginásios - incluídos
neles o pugilato;jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo;jogos de escravos - executados por
cavaleiros conduzidos por escravos;Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo
ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".b) Teatro: imitado do teatro grego. O
principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis.c) Anfiteatro: o povo romano
apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de
qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o
mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos
arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem
coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não
tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções
chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.5)Monumentos decorativosa) Arco de
Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o
arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.b) Coluna
Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiralque possui a narrativa histórica
dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de
Trajano sobre os dácios e os partos.6)Moradia:CasaEra construída ao redor de um pátio chamada Atrio.
PINTURAO Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.A maior parte das
pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela
erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes
internas dos edifícios em quatro estilos.Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso
pintado; que dava impressão de placas de mármore.Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis
que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um
grande mural.Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos
detalhes.Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega,
imitando um cenário teatral.
ESCULTURAOs romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes
dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um
ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade.Mais
realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos. Com a invasão dos bárbaros as
preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da
decadência do Império Romano que, no séc. V - precisamente no ano de 476 - perde o domínio do seu vasto
território do Ocidente para os invasores germânicos.
MOSAICO
Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os
masaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza. As cores vivas e a
possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem
a prevalecar sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação das primeiras
igrejas cristãs.
9. O COLISEU
No começo de nossas pesquisas, uma informação que se tornou quase que repetitiva foi a de que o Coliseu fora algo
quase que perfeito, uma construção que de tamanha perfeição e engenhosidade, teria hoje uma eficiência na
evacuação digna de muitas estações de metrô, espalhadas pelo mundo.
Muito embora, de princípio, talvez mesmo pelo encanto e fascínio que este morumento parece exercer sobre as
pessoas, julgamos ser perfeitamente capaz, ainda mais tratando-se de uma obra romana feita pelos magníficos
arquitetos romanos, no entanto, em meio as nossas pesquisas, descobrimos uma experiência feita por pesquisadores
e cientistas no laboratório de realidade virtual da Universidade da Califórnia (Ucla), em Los Angeles, onde ficaram
evidentes falhas na arquitetura e planejamento do anfiteatro.
Descobriu-se que no térreo, que dava acesso aos melhores lugares do anfiteatro, os vestíbulos eram espaçosos e
bem iluminados. Nos andares superiores, ao contrário, a plebe tinha de se espremer em corredores estreitos e
escuros para chegar às arquibancadas. No fim dos espetáculos, a saída do público na certa era tumultuada e lenta.
Muito embora descoberta falhas em seu projeto, nada ofusca o brilho que mantém até hoje em pé esse monumento
da história, verdadeira obra de arte da civilização.
O Coliseu com mais de 50 metros de altura, cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, que mais
tarde com o reinado de Severus Alexander e Gordianus III foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de
suportar de 70 a 90 mil espectadores.
O Coliseu de Roma foi construido entre 70 a 90. Iniciado por Flávio Vespasiano de 68 a 79, mais tarde foi inaugurado
por Tito por volta de 79 a 81 mas ainda inacabado. Finalmente foi concluido por Domiciano, filho de Vespasiano e
irmão mais novo de Tito, por volta de 81 a 96.
Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-
se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o pavimento em que se
encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma
diversificação do espaço.
Os assentos são em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às
diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici,
ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se
situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.
Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espetáculo, sendo
protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passadeira superior de madeira, para o
caso de algum acidente.
Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada
a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e
galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. O edifício permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe
romana até ao período do Imperador Honorius, no século V.
Danificado por um terremoto no começo deste mesmo século, foi alvo de um extensivo restauro na época
deValentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transforma-o em fortaleza e, ao longo dos séculos
XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido
construído.
Acredita-se que o Coliseu tenha sido cenário dos primeiros martírios de cristãos e, por isso, no século XVII, o papa
Bento XIV consagrou-o à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado.Os trabalhos de consolidação e restauração
parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no
século XIX.
A imponência desse monumento testemunha o verdadeiro poder e esplendor de Roma na época dos Flávios. Em
Fevereiro de 2004 foi lançada uma reportagem na BBC BRASIL.Com, com os planos da Prefeitura de Roma de
remodelar a região antiga da cidade para dar uma "melhor perspectiva do visual da Roma Antiga", os planos previam
a reconstrução das partes que faltam da muralha exterior do Coliseu, o que causou muitos protestos na Itália.
Particularmente, todo o charme e explendor que o coliseum exerce sobre todos, está diretamente ligado ao fato de
estar em ruínas, como se fossem cicatrizes de sua longa história e de todas as fases que o anfiteatro passou, ao
decorrer da história.
O Coliseu não era usado apenas como palco para barbáries entre gladiadores, mas usado também para caças, por
exemplo, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram
os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes,
girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados.
Essa caças eram elaboradas, com todo um aparato em torno dos principais atores, os animais, com árvores e uma
espécie de cenário implantado ao centro do anfiteatro, com o intuito de deixar o clima de caçada ainda mais realístico
e inspirador.
Lembro-me de ter assistido certa vez, uma maravilhoso documentário feito pelo canal de TV paga, The History
Channel, onde de forma nunca antes vista, e com auxilio de computação gráfica, os telespectadores puderam
imaginar de forma realística como eram os espetáculos entre os gladiadores, e também, como eram as caçadas, que
movimentavam todo um aparato complexo, com inúmeros concursos, e a participação de mais de 10 mil animais,
durante semanas de apresentações.
Espetáculos de mitologia romana também eram feitos lá, com uma assombrosa realidade, pois em peças em que
heróis eram, por exemplo, mortos por animais ou queimados vivo, isso também os acontecia dentro do palco, numa
extrema demonstração de poder do império romano, pois a fim de entreter sua população, eles cometiam os mais
bárbaros crimes.
Outra curiosidade importante sobre o Coliseu é que, ele era inundado, a fim de fazerem lá espécies de batalhas
navais.
O Coliseu permaneceu sendo usado como palco de espetáculos, até ao período do imperador Honorius, em meados
do século V. Após isso, neste mesmo século, passou por um terremoto, mas no entanto, foi restaurado. Ao longo dos
séculos XV e XVI, foi por diversa vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com que tinha sido
construido.
O Coliseu entra em desuso e passa a ser usado para outros fins, como fortaleza, palco de cultos religiosos e até
mesmo, palco para o cantor Elthon Johm, em um grande espetáculo realizado por ele.
Hoje, apesar de estar em ruínas - e até sob a ameaça de desabamento - o Coliseu ainda guarda sua majestade.
Localizado bem no centro da capital italiana, rodeado por avenidas, ele é considerado o principal sítio arqueológico
da cidade e recebe, anualmente, mais de 3 milhões de visitantes, que circulam dentro dele para sentir um pouco o
clima do mais grandioso anfiteatro da Antiguidade.
10. Conclusão do trabalho
O coliseu trata-se de uma obra arquitetônica de estilo Romano, localizado no centro de Roma foi mandado construir
por Flávio Vespasiano, por volta do ano 70 a.C.,e foi concluido com 3 andares em 82 a.C.por Domiciano.No século III
foi acrescentado mais 1 andar. Várias centenas de gladiadores e milhares de animais foram mortos nos cem dias de
festivais de banhos de sangue que marcaram a inauguração.
É construido em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas
dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Os assentos eram em mármore e
cavea , escadaria ou arquibancada, divididas em 3 partes correspondentes ás diferentes classes sociais: o podium,
para as classes altas, as maeniana, para as classes médias, e os portici, construidos em madeira, para a plebe e as
mulheres.
Quanto a análise histórica, o Coliseu trata-se de um ícone do império romano que resiste ao tempo e a tudo,
demosntra o poderio de um magnífico império que escravisava, matava e dominava de forma brutal, aqueles que os
afrontassem.
Finalizando, percebemos que a magnitude de uma obra como essa, que esta entre as sete maravilhas do mundo,
nos remete a um tempo que não diferente do que acontece hoje, povos eram dominados por outro povos, e
submetidos a inúmeras injustiças e brutalidades.
Concluímos então, que mesmo passados séculos da construção do Coliseu até os dias atuais, o homem ainda tem
um lado sombrio que o faz o mais predador e temido dos animais.
BiBliografia:
1. História do Direito – editora Saraiva, MACIEL, José Fabio, 3ºedição, 2008
2. O livro completo da filosofia – editora Magras, MANNION, James, 2004
3. Wikipédia (coliseu)
4. Portal Arqueologia (império romano)
5. The History Channel
6. Discovery Channel
7. Portal mistériosantigos.com (coliseu)
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