COMO USAR ADEQUADAMENTE ALGUNS TERMOS METODOLÓGICOS

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COMO USAR ADEQUADAMENTE ALGUNS TERMOS METODOLÓGICOS

METODOLOGIA DE PESQUISA METODOLOGIA DE PESQUISA DA PÓS-GRADUAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO

LATO SENSULATO SENSU

UNIFRANUNIFRANSETEMBRO DE 2009SETEMBRO DE 2009

Prof. Ms. Maria Virgínia de Prof. Ms. Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto RosaFigueiredo Pereira do Couto Rosa

Nos trabalhos científicos faz-se necessário que os pesquisadores fiquem

atentos quanto ao rigor e emprego adequado de

alguns termos.

Faremos aqui, uma breve conceituação de alguns termos

científicos que apresentam dúvidas quanto ao seu emprego,

com o intuito de orientar, esclarecer e conduzir o leitor

para o seu uso correto.

Assim sendo, vejamos a distinção entre:

VEJAMOS

•CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES

FINAIS

•APÊNDICES E ANEXOS

•SUMÁRIO E ÍNDICE

•QUADRO E TABELA

CONCLUSÃO E

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO é uma proposição final, a qual se chega após a consideração de evidências, argumentos ou premissas.

Podemos usar o termo CONCLUSÃO quando os objetivos propostos no início do trabalho foram todos atingidos

integralmente.

Apresenta-se assim, a resposta à problemática exposta. Esta resposta deve ser clara e concisa e referir-se às

hipóteses levantadas e discutidas no trabalho.

O autor deve manifestar seu ponto de vista sobre os resultados obtidos e seu alcance.

Não se permite a inclusão de dados novos neste item. Mantém-se o uso dos termos impessoais, ressaltando-se a

contribuição científica deixada para os profissionais da área, leitores e pesquisadores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O termo CONSIDERAÇÕES FINAIS só deve ser usado quando os objetivos

propostos, no início da pesquisa, não foram atingidos ou alcançados na sua

integralidade.

Algumas hipóteses levantadas e que mereciam resposta, permanecem em

aberto.

Assim sendo, o conteúdo deve ser, ainda, mais amplamente verificado, em próximas pesquisas,

alcançando-se uma resposta fidedigna que encerre a dúvida levantada ou apresente uma solução para o que

era, até então, considerado um problema.

Concluindo use:

CONCLUSÃO – quando se têm respostas, no término da pesquisa, para todas as

hipóteses levantadas no seu início.

CONSIDERAÇÕES FINAIS – quando uma ou mais hipóteses não obtiveram

respostas, ficando em aberto, tornando-se necessário que novos estudos sejam

efetuados para respondê-las.

APÊNDICES E

ANEXOS

Ambos são opcionaisAlguns autores e dicionaristas não fazem

distinção alguma quanto a estes dois termos.

Mas, cientificamente, cumpre-nos seguir as orientações da ABNT.

Vejamos:

APÊNDICES

São elementos pós-textuais.

A ABNT NBR 14724 de 2005 define os apêndices como sendo “texto ou documento elaborado pelo

próprio autor a fim de complementar a sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do

trabalho”.

Assim sendo, todos os materiais elaborados pelo próprio autor e as técnicas de pesquisa utilizadas

são considerados apêndices.

Podemos citar aqui os: questionários, formulários, entrevistas, histórias de vida, organogramas,

fluxogramas, dentre outros.

Devem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos

respectivos títulos.

Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na sua identificação,

quando esgotadas as letras do alfabeto.

Vêm depois das referências e seguem a paginação do trabalho.

Ex.: APÊNDICE A — Avaliação tridimensional.

APÊNDICE AA — Avaliação institucional.

ANEXOS

Também, na ABNT NBR 14724 de 2005, define-se os ANEXOS como: “texto ou

documentos não elaborados pelo autor que servem de fundamentação, ilustração ou

comprovação”.

São considerados suportes elucidativos e indispensáveis para a compreensão do texto.Podemos citar aqui os: estatutos, legislações e

regimentos.

Algumas figuras, gráficos, tabelas e explicações diversas transcritas de outros autores, quando estas

não puderem vir inseridas no corpo do trabalho.

Devem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos

títulos.

Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na sua identificação,

quando esgotadas as letras do alfabeto.

Vêm após os apêndices ou após as referências, se por ventura a pesquisa não apresentar

apêndices, seguindo a paginação do trabalho.

Ex.: ANEXO A — Autorização do Diretor da Escola de Primeiro Grau “Anália Penha” para que a pesquisa se realize no interior

da Instituição.

ANEXO AA — Autorização do Diretor da Escola de Primeiro Grau “Paula Fracinette” para que a pesquisa se realize no interior da Instituição.

SUMÁRIO E

ÍNDICE

Muitos autores, há anos, vêm empregando inadequadamente estes termos.

Vejamos o uso correto:

SUMÁRIO

SUMÁRIO

É de uso obrigatório em todas as pesquisas científicas.

SUMÁRIO, segundo a ABNT-NBR 6027 é:

“Enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede”.

Ou seja

“É a indicação sistematizada do conteúdo desenvolvido, refletindo as divisões ou seções na mesma ordem em que aparecem no texto”.

Assim sendo, é a enumeração das principais divisões do trabalho oferecendo ao leitor uma visão global do estudo realizado.

Não podemos usar a designação “índice” ou “lista” como substituição.

Aparece sempre no início da obra. Havendo mais de um volume, devemos incluir o sumário completo em cada um deles.

Não constam do Sumário as folhas anteriores a ele.

Seus elementos deverão ser devidamente alinhados entre si.

ÍNDICE

ÍNDICE

É opcional

Índice é a relação detalhada de assuntos, nome de pessoas, nomes geográficos e outros

com sua indicação no texto.

É um documento secundário que apresenta uma lista ordenada de termos selecionados definindo-os conforme a sua significação.

Pode ser considerado um sinônimo de dicionário.

Deve ser bem elaborado.

Localiza-se sempre no final da pesquisa, e não no início

substituindo o sumário, como muitos autores têm feito, mas de

forma inadequada.

Aparecendo deve, sempre, seguir a paginação do trabalho.

QUADROS E TABELAS

São considerados um dos mais úteis instrumentos de

trabalhoem todos os campos de

investigação

QUADROS

Os QUADROS quando apresentados não esgotam, evidentemente, a tarefa do

pesquisador.

A investigação vai muito além da coleta de dados e da sua codificação.

Na fase de análise e interpretação a

codificação é de grande valia, permitindo:

•A concentração do maior número possível de informações no mesmo espaço.

•A visualização dos fenômenos através da representação material figurada.

•A comparação de cifras ou dados, através da aproximação, pois os dados não

adquirem pleno significado, senão quando comparados entre si.

Assim sendo, através do QUADRO temos condições de visualizar, em

um só espaço, todos os dados colhidos numa pesquisa e

analisá-los.

Ex.:

Quadro 1– Recursos públicos aplicados em Educação no Brasil de 2006 a 2008

ANOFEDERAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS TOTAL

2006 309. 327 1. 556.546 122.000 1. 987.873

2007 1. 234.232 1. 567.345 234.090 2. 923.579

2008 1. 323.098 2. 443.546 345.600 4.112.244Fonte: SILMARA, 2002, p. 139.

TABELAS

As TABELAS são resumos que reúnem resultados e grande número de informações.

Após expostos em quadros, os dados de uma pesquisa são analisados e chega-se a um resultado.

Este resultado pode ser apresentado em uma TABELA.

Por isso, podemos dizer que a TABELA apresenta-nos os resultados finais de uma pesquisa.

A TABELA constitui-se em um valioso recurso para condensação de dados e

economia de textos.

Fornecem valores numéricos, sendo mais precisas que os gráficos.

Sua construção deve obedecer às Normas de apresentação tubular do Conselho

Nacional de Estatística (1963).

Não são fechadas nas laterais.

Tabela 1 - Resultados: estatura X peso em meninos de 13 anos

PESO ESTATURA

35 128

38 140

45 141

Fonte: RENTES, 2008, p. 19.

Ex.:

OBS.:

Tanto nos QUADROS quanto nas TABELAS, o título claro e conciso deve vir localizado acima deles.

São numerados seqüencialmente, em todo o trabalho, em números arábicos.

FIM

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