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COMPLIANCE: ESTUDO DE CASO NA EMPRESA JBS S/A, MAIOR
PROCESSADORA DE CARNES DO MUNDO
Bruna Bertol de Mello
RESUMO
O Compliance representa um dos pilares de sustentação para o desenvolvimento e
fortalecimento de um ambiente empresarial pautado pela transparência em suas operações.
Nesse contexto, a presente pesquisa visa abordar teorias a cerca de Compliance, a partir do
ponto de vista de diversos estudiosos da área. O objetivo geral do estudo é abordar os
aspectos que revelam a importância do Compliance na validação das operações das
instituições. Além disso, realizou-se um estudo de caso na empresa JBS S/A, maior
processadora de carnes do mundo, tendo como base a observância aos princípios de
Compliance. Quanto aos aspectos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória e
descritiva, tendo abordagem qualitativa do problema. Os principais resultados desse estudo,
revelaram que o Compliance agrega confiança e segurança aos processos organizacionais,
conferindo-lhes maior transparência, auxiliando dessa maneira no desenvolvimento e
fortalecimento da imagem da instituição perante o mercado. No que tange ao estudo de caso,
percebeu-se que a empresa não respeitou os princípios de Compliance, o que resultou na
adoção de posturas antiéticas por parte da organização na condução de seus negócios,
ocasionando a exposição da companhia a vários fatores de riscos, que afetam negativamente
sua imagem e seu crescimento.
Palavras Chaves: Compliance. Governança corporativa. Transparência.
1 INTRODUÇÃO
Diante dos constantes casos de corrupção envolvendo grandes empresas, e até mesmo
entidades públicas, faz-se necessário a busca imperiosa por mecanismos que possam
minimizar e neutralizar esses atos, trazendo maior confiabilidade e estabilidade ao mercado.
Discente do Curso de MBA em Gestão Financeira e Controladoria, na Universidade La Salle – Unilasalle,
matriculada na disciplina de Trabalho de Conclusão. E-mail: brunabertol@yahoo.com.br, sob a orientação do
Prof. Me. Marino da Silva Siqueira. E-mail: marino.siqueira@unilasalle.edu.br. Data de entrega: 29 jun. 2018.
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Neste sentido, o Compliance surge como elemento garantidor do cumprimento das
normas, agregando maior segurança ao processo de tomada de decisão e gestão dos negócios.
O termo Compliance teve origem no verbo inglês to comply, o qual significa agir de
acordo com uma regra. Assim, Compliance fundamentalmente denota estar em conformidade
com as leis e regulamentos externos e internos, possibilitando, dessa maneira, o cumprimento
das expectativas organizacionais dos stakeholders.
Devido as necessidades empresariais, o Compliance passou a atuar também na
validação de processos e políticas operacionais adotadas pela instituição, com o intuito de
preservar a integridade da organização, além de buscar melhorias constantes em seus projetos.
Nesse contexto o Compliance, é elemento de grande valia para a Governança
Corporativa das empresas, uma vez, que ele objetiva o cumprimento dos procedimentos,
tornando as transações da organização mais transparentes e éticas. Dessa forma, ele contribui
também para a valorização da instituição perante novos investidores, estimulando assim, sua
competitividade e credibilidade no mercado.
Diante do cenário empresarial, onde a ética e o comportamento são postos à prova
cotidianamente, e onde a busca desenfreada por negócios lucrativos, muitas vezes, culminam
em abalos nas estruturas econômicas e políticas do país, é pertinente estudarmos a
importância do Compliance na busca pela transparência nas transações e na conduta das
instituições. Nesse sentido, emerge a seguinte indagação para fundamentar essa pesquisa: Os
princípios de Compliance foram observados pela empresa JBS S/A, maior processadora de
carnes do mundo, nos últimos cinco anos?
O objetivo geral da pesquisa é abordar os aspectos que revelam a importância do
Compliance na validação das operações das instituições. Para alcançar esta finalidade, foram
estabelecidos três objetivos específicos; (i) abordar teorias acerca de Compliance e de
Governança Corporativa; (ii) evidenciar a importância do Compliance no processo de
desenvolvimento e solidificação das organizações; (iii) apresentar o estudo de caso da
empresa JBS S/A, tendo como base a observância aos princípios de Compliance.
A pesquisa é constituída por cinco tópicos. Este primeiro, denominado Introdução,
fornece uma visão geral a respeito da pesquisa; o segundo compreende o embasamento do
estudo e constitui-se da apresentação dos conceitos da literatura existentes acerca do estudo
sobre Compliance e Governança Corporativa; o terceiro tópico trata da metodologia que
norteará a pesquisa; o quarto apresenta o estudo de caso; e no quinto apresentam-se as
considerações finais.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
No referencial teórico apresentam-se aspectos conceituais acerca de Compliance e
Governança Corporativa, bem como abordagens a respeito da atuação do profissional de
Compliance no organismo empresarial.
2.1 Origem do Compliance
O Compliance teve origem nas instituições financeiras, com a criação do Banco
Central Americano, em 1913, que objetivou a formação de um sistema financeiro mais
flexível, seguro e estável, e, logo após a quebra da Bolsa de Nova York de 1929, foi criada a
Política Intervencionista New Deal, em uma tentativa de intervir na economia para “corrigir
as distorções naturais do capitalismo.” (MANZI, 2008, p. 27).
Conforme abordado por Carli (2012) em 1934, a SEC, agência regulatória do mercado
de ações, o equivalente à CVM no Brasil, havia sido criada para coibir às atividades ilegais
das empresas. Em 1960, a figura do profissional de Compliance (Compliance Officer) ganha
força, e a sua primordial função é dar efetivo cumprimento às leis e proteger os negócios dos
investidores.
No Brasil a Lei n. 12.846, de 1º de agosto de 2013, foi instituída com o objetivo de
coibir práticas de corrupção, foi denominada de a Lei Anticorrupção para o setor privado
(BRASIL, 2013). Com ela, o cenário de fiscalização aumentaria, tendo em vista que todas as
empresas brasileiras e seus dirigentes passariam, a partir de então, a serem expostos a graves
consequências, na esfera civil e administrativa, por práticas de atos lesivos (fraudes,
corrupção) à administração pública, nacional ou estrangeira, praticado em seu interesse ou
benefício, exclusivo ou não. Nesse cenário, o Compliance passou a ter atuação contínua
dentro das organizações e entes públicos, no sentido de garantir a integridade e transparência
das operações.
2.2 Aspectos conceituais sobre Compliance
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2007), Compliance é o
dever de cumprir, estar em conformidade e fazer cumprir regulamentos internos e externos
impostos às atividades da instituição. Nesse sentido, “ser compliance”, é conhecer as normas
da organização, seguir os procedimentos recomendados, agir em concordância e sentir o
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quanto são fundamentais a ética e a idoneidade em todas as atitudes [...] Estar em Compliance
é estar em acordo com as leis e regulamentos internos e externos.
Não se pode confundir Compliance com o mero cumprimento de regras formais e in-
formais, sendo o seu alcance bem mais amplo, ou seja, “é um conjunto de regras, padrões,
procedimentos éticos e legais, que, uma vez definido e implantado, será a linha mestra que
orientará o comportamento da instituição no mercado em que atua, bem como a atitude dos
seus funcionários.” (CANDELORO; RIZZO; PINHO, 2012, p. 30).
O respeito à lei, é uma forma de controlar o poder cada vez maior das organizações na
sociedade atual. O Compliance pode ser visto, então, como uma decorrência e, até mesmo,
uma exigência do Estado Democrático de Direito. O compromisso ético das organizações não
se esgota na obediência ás leis, mas começa no respeito por esse “mínimo ético”.
(COIMBRA; MANZI, 2010, p. 16).
Para que o Compliance atue de forma contínua, são necessários mecanismos que os
subsidiem. Segundo Mokdisse (2013), as ferramentas de Compliance podem ser definidas
como o conjunto de procedimentos adotados por uma empresa visando detectar, prevenir e
combater fraudes e infrações às leis e regulamentos aplicáveis às suas atividades, bem como
assegurar que seus valores e padrões de conduta sejam observados por seus colaboradores,
sejam eles seus administradores, empregados, fornecedores ou outros.
Como abordado por Diniz e Ribeiro (2015), Compliance envolve questão estratégica e
se aplica a todos os tipos de organização, visto que o mercado tende a exigir cada vez mais
condutas legais e éticas, para a consolidação de um novo comportamento por parte das
empresas, que devem buscar lucratividade de forma sustentável, focando no desenvolvimento
econômico e socioambiental na condução dos seus negócios.
Nesse sentido, o Compliance, atua em consonância com a Governança Corporativa,
com o intuito de imputar transparência na condução das operações institucionais.
2.3 Governança corporativa
O termo Governança Corporativa, agora doravante GC, existe há muito tempo, mas
somente foi notado após os escândalos contábeis ocorridos nos Estados Unidos, dando-se
mais ênfase à necessidade das organizações desenvolverem uma administração mais
transparente com relação aos processos de tomada de decisão e dos atos praticados pelos seus
administradores. Em meados da década de 1980, o movimento pela governança corporativa
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ganhou força nos EUA, chegando à Inglaterra, inicialmente, e depois se estendendo pelo
restante da Europa, ingressando ao Brasil na década de 1990 (BORGES; SERRÃO, 2005).
Alguns pesquisadores citam a formação de um sistema normativo de governança
corporativa específica a partir da Lei Sarbanes-Oxley (EUA, 2002).
A Lei Sarbanes-Oxley de 2002, doravante referida como SOX, é uma das mais
importantes legislações a afetar as corporações com ações negociadas nas bolsas de
valores desde a Securitizes Act de 1933 e a Securities Exchange Act de 1934
(GORDON et al., 2006). A SOX demandou uma série de mudanças nos relatórios
financeiros e de governança corporativa das empresas, como resposta aos vários
escândalos financeiros mencionados, caracterizando uma resposta legislativa
destinada a reconstruir a confiança dos investidores no mercado de capitais.
(ENGEL; HAYES; WANG, 2007).
A lei SOX enfatiza a restauração da credibilidade com um profundo compromisso
ideológico para a manutenção do sistema capitalista, inerente à estrutura da política
americana. (CUNHA et al., 2013, passim).
A discussão sobre a GC envolve a criação de mecanismos internos e externos que
assegurem que as decisões corporativas serão tomadas no melhor interesse dos investidores,
de forma a maximizar a probabilidade dos fornecedores de recursos obterem para si o retorno
sobre seus investimentos. Desta forma, o entendimento sobre GC passa pela compreensão do
motivo pelo qual é necessária a criação desses mecanismos de controles, transparência e
equidade na perspectiva de resolver os problemas de conflitos de agência. (LOBATO et al.,
2012).
Para o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2018)
[...] é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas
monitoradas, e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho
de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes
interessadas. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de
aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua
perenidade... A empresa que opta pelas boas práticas de governança corporativa
adota como linhas mestras transparência, prestação de contas (accountability) e
equidade. (INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA,
2018).
Tendo em vista o crescimento das discussões em torno da Governança Corporativa no
mercado de capitais, a BOVESPA implantou, em dezembro de 2000 através das Resoluções
de ns. 264/2000 e 265/2000, o Regulamento de Listagem do Novo Mercado e o Regulamento
de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa, aprovados pelo seu Conselho de
Administração, os quais são segmentos especiais de listagem que foram desenvolvidos com o
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objetivo de proporcionar um ambiente de negociação que estimulasse, simultaneamente, o
interesse dos investidores e a valorização das companhias. (ZIBORDI, 2007).
Segundo a BMFBOVESPA (2018) o “Novo Mercado” é um segmento de listagem
destinado à negociação de ações emitidas por empresas que se comprometem,
voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa e “disclosure”
adicionais em relação ao que é exigido pela legislação.
Nesse sentido, segundo Garcia (2012) a função de Compliance contribui para a GC na
medida que mitiga a materialização do risco de imagem, riscos de sanção regulatória e envida
esforços para a disseminação de elevados padrões éticos no desempenho das atividades
relacionadas à instituição, o que colabora para que essa atinja seus objetivos e alcance a
longevidade no mercado.
Neste cenário, para que a instituição alinhe as práticas de GC aos princípios de
Compliance, é necessário que exista o comprometimento de todas as áreas da organização, no
intuito de corroborar para o trabalho do profissional de Compliance.
2.4 Profissional de Compliance
De acordo com a Comissão Técnica Nacional de Compliance e Controles Internos, a
área de Gestão de Riscos e Compliance deve ter total patrocínio da Alta Administração, tendo
em vista, o necessário acesso e suporte às suas atividades, bem como a independência na
aferição da conformidade dos controles nas demais unidades da organização.
Segundo Garcia (2012), em um cenário de atuação imparcial, o profissional de
Compliance se destaca como um intermediador do departamento corporativo e por
proporcionar transparência às atividades fim da instituição, cooperando para um bom
relacionamento não só com os clientes, como também com os próprios acionistas e órgãos
fiscalizadores.
Do ponto de vista do BACEN (2007), o propósito da área de Compliance é assistir os
gestores no gerenciamento do risco, que pode ser definido como o risco de sanções legais ou
regulamentares, perdas financeiras ou mesmo perdas reputacionais decorrentes da falta de
cumprimento de disposições legais, regulamentares, códigos de conduta etc.
Conforme estudo da KPMG (2017), o Chief Compliance Officer (CCO – diretor de
Compliance), está no centro de uma estrutura de Compliance que exige a capacidade de
trabalhar em todas as funções e fornece uma oportunidade de olhar a amplitude dos riscos
enfrentados pelas empresas. Ainda segundo a mesma pesquisa, isso significa que a área de
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Compliance deve estar integrada em toda a empresa e posicionada para contribuir com as
decisões de negócios e se adaptar rapidamente às constantes mudanças inerentes ao negócio.
Nesse sentido, conforme Manzi (2008) todo gestor deve ser um disseminador da
cultura Compliance na organização. Indo mais além, todo funcionário assim deve agir.
Entretanto, é recomendável que exista na organização um gestor de Compliance, o qual terá a
função de estruturar o desenvolvimento dessa área em toda a organização. Essa função ou
área, dependendo da demanda da organização, será responsável por verificar se as atividades e
os produtos da organização estão em conformidade com as leis; prever, mitigar e tratar riscos
de não aderência às normas internas; difundir o conhecimento de Compliance para toda a
organização; fortalecer a cultura de controles internos; e reportar os assuntos ligados à
Compliance e à ética para a alta gestão da organização.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia da pesquisa consiste do método e das técnicas que o pesquisador utiliza
para realizar o estudo.
Minayo (2007, p. 44) define metodologia de forma abrangente e concomitante
[...] a) como a discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento” que o
tema ou o objeto de investigação requer; b) como a apresentação adequada e
justificada dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem ser
utilizados para as buscas relativas às indagações da investigação; c) e como a
“criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e específica na forma de
articular teoria, métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer
outro tipo específico de resposta às indagações específicas. (MINAYO, 2007, p. 44).
Quanto a sua natureza, esta pesquisa classifica-se como aplicada, tendo em vista que
objetiva abordar aspectos conceituais sobre Compliance e seus princípios, bem como
Governança Corporativa e seus fundamentos. Segundo Gil (2010, p. 27) pesquisa aplicada “é
voltada à aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação numa situação específica”.
Nesse sentido, essa pesquisa visa aplicação em uma situação especifica, tendo como base os
conhecimentos adquiridos ao longo do estudo, visando sua empregabilidade prática.
No que tange seus objetivos, trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva.
Conforme, Lakatos e Marconi (2003) estudos exploratórios são investigações de pesquisa
empírica cujo objetivo pode ter tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a
familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma
pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Assim, este estudo buscou
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abordar os fundamentos que norteiam Compliance, visando revelar sua importância para o
cerne empresarial. Ao que se refere ao aspecto descritivo, o pesquisador propõe-se a observar
os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, mas sem interferir neles.
(ANDRADE, 2004).
Em relação à abordagem do problema, o presente estudo é considerado Pesquisa
Qualitativa, pois visa analisar, a partir do ponto de vista de diversos estudiosos da área, a
importância do Compliance para a perenidade das instituições.
Marconi e Lakatos (2011, p. 269) argumentam que:
O método qualitativo difere do quantitativo não só por não empregar instrumentos
estatísticos, mas também pela forma de coleta e análise dos dados. A metodologia
qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos,
descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais
detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento
etc. (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 269).
No tocante aos procedimentos técnicos, utilizou-se a abordagem bibliográfica e estudo
de caso. Cervo e Bervian (1996) definem a pesquisa bibliográfica como aquela que explica
um problema a partir de referenciais teóricos já publicados em documentos. O presente estudo
aborda a visão de diversos pesquisadores acerca dos fundamentos sobre Compliance e
Governança Corporativa.
Quanto ao estudo de caso, de acordo com Gil (2010, p. 37) estudo de caso “é uma
modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no
estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento [...]”.
Para Marconi e Lakatos (2011, p. 274) estudo de caso “refere-se ao levantamento com
mais profundidade de determinado caso ou grupo humano sob todos os seus aspectos. ”
Sendo assim, o Estudo de Caso, consiste em uma pesquisa prática detalhada, sobre
determinado assunto, visando maiores esclarecimentos sobre o tema.
4 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO NA EMPRESA JBS S/A
Tendo como base os princípios de Compliance, aliados as boas práticas de
Governança Corporativa, buscou-se verificar as recomendações contidas no Manual de
Conduta Ética da instituição, lançado em março de 2016, em contrapartida com as atitudes
adotadas pela organização, muitas das quais, nos últimos tempos, foram noticiadas na mídia.
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Conforme exposto em sua publicação, o Manual de Conduta Ética da companhia
“contém as diretrizes que definem os princípios gerais de conduta a serem observados em
qualquer local ou situação, por todos aqueles que, de qualquer forma, mantêm relações com a
JBS e a auxiliam a continuar conduzindo suas atividades sempre com integridade.” O referido
Manual é pautado pelos princípios de honestidade e ética para a condução das atividades da
instituição.
Inicialmente, faremos um breve relato sobre o histórico da empresa para
posteriormente adentrarmos no estudo de caso.
A companhia possui mais de seis décadas de história, sendo a maior produtora de
proteína animal do mundo, contando com mais de 235 mil colaboradores. A instituição está
presente em mais de 20 países, com plataformas de produção ou escritórios comerciais e
possui um diversificado portfólio de produtos, com dezenas de marcas reconhecidas em todo
o mundo.
A JBS abriu seu capital em 2007 e suas ações são negociadas na BM & FBovespa no
mais elevado nível de governança corporativa do mercado de capitais do Brasil, o Novo
Mercado. Como já referido, anteriormente, a instituição possui um Manual de Conduta Ética,
onde constatamos a aparente preocupação com o zelo pela integridade no ambiente
corporativo, dentre outros valores, como disciplina e franqueza. Em seguida, faremos uma
analogia cronológica de suas atitudes, em contrapeso aos fundamentos de seu Manual de
Conduta Ética e aos princípios de Compliance.
Data da divulgação do fato pela mídia Notícia vinculada à empresa
Maio de 2015
Empresa assina acordo com o Ministério Público do Trabalho
(MPT), pondo fim a duas ações, decorrentes de irregularidades
trabalhistas, em um de seus frigoríficos. Essa ação teve início
em meados de 2013. O valor do acordo, foi estimado em R$
1,3 milhão.
Quadro 1 – Notícia vinculada à empresa, período de maio 2015
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
Nas Diretrizes Gerais de seu Manual de Conduta, no subitem 3.3, o qual diz respeito a
“Práticas Empregatícias”, a instituição destaca a adesão a boas práticas trabalhistas, ao
compromisso de tratar todos os colaboradores com dignidade e respeito. Além disso, é
ressaltada a preocupação com a qualidade de vida de seus funcionários, objetivando o bem-
estar coletivo. Neste caso em específico, verificamos que a instituição, não observou esses
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princípios, tendo em vista, as práticas inadequadas no que tangem aspectos trabalhistas, em
uma de suas unidades, o que culminou em uma autuação.
Do ponto de vista de Andrade et al. (2015), estar em Compliance engloba as boas
práticas em relação aos empregados, garantindo-lhes uma prestação laboral que respeite seus
direitos individuais, a segurança e saúde no trabalho, bem como um meio ambiente de
trabalho livre de comportamentos assediadores, o que automaticamente refletiria no número
de demandas trabalhistas e seus respectivos custos.
Nesse contexto, percebemos que o Compliance, atua também no sentido de otimizar as
relações trabalhistas, buscando a observância a legislação e a construção de um ambiente
menos insalubre, evitando com isso, acidentes, conflitos e até mesmo processos trabalhistas.
O respeito a esses fundamentos, poderia ter evitado que a organização enfrentasse esse
desgaste processual e principalmente, a perda econômica resultante dessa autuação.
Data da divulgação do fato pela mídia Notícia vinculada à empresa
Março de 2017
Supostas fraudes em fiscalizações do Ministério da
Agricultura. A JBS é acusada de pagar propina a funcionários
do referido Ministério, a fim de burlar fiscalizações sanitárias.
Essa operação foi denominada de “Operação Carne Fraca”
pela Polícia Federal.
Quadro 2 – Notícia vinculada à empresa, período março 2017
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
No item 3.8 intitulado como “Relacionamento com Órgãos Governamentais” em seu
Manual de Conduta Ética, a entidade ressalta que “as interações com órgãos governamentais
ocorrem em diversas situações, como fiscalizações, reuniões, participação em licitações,
dentre outras. Em qualquer circunstância, os colaboradores da JBS devem ser transparentes e
atuar de forma ética, cumprindo as leis e regulamentações aplicáveis [...]”.
Percebemos que a instituição não atentou para os princípios norteadores das relações
com órgãos do governo, os quais integravam seu Manual de Conduta Ética, considerando sua
postura fraudulenta, neste caso em destaque, com o Ministério da Agricultura.
No que tange ao Compliance, Soares (2015) afirma que a imagem da empresa confere
maior credibilidade ao negócio quando amparada pelas regras de conformidade, uma vez que
seus atos são transparentes e passíveis de fiscalização dos atos por órgãos de controle, tanto
externos como internos.
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Nesse sentido, percebe-se que o Compliance, atuaria como elemento de respaldo da
companhia, em processos fiscalizatórios, tendo em vista que conferiria maior integridade em
suas transações, transparecendo ao órgão de fiscalização maior segurança e clareza, em seu
processo de vistoria.
Data da divulgação do fato pela mídia Notícia vinculada à empresa
Abril de 2017
Vazamento de amônia em um frigorífico da empresa,
ocasionando mal-estar a funcionários, além de possíveis
danos ambientais.
Quadro 3 – Notícia vinculada à empresa, período abril 2017
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
De acordo com o Manual de Conduta Ética da instituição, em suas Diretrizes Gerais,
subitem 3.2 a companhia preza pela Sustentabilidade, respeitando os direitos humanos em
suas relações; objetivando o cumprimento às leis e normas vigentes, visando à proteção dos
recursos naturais em suas atividades e em sua cadeia de valor.
Ao analisarmos a conduta da instituição, nessa situação em específico, constatamos
que ela não respeitou a visão de Sustentabilidade, contida em seu Manual, tendo em vista, a
ocorrência deste dano ambiental, que afetou inclusive seus colaboradores.
Sob o enfoque do Compliance, Ruotolo (2017), afirma que as atividades
de compliance devem se pautar pela (i) prevenção de riscos ambientais; (ii) verificação e
análise de possíveis danos ocorridos ao meio ambiente com a prática de determinada atividade
empresarial e (iii) imposição de responsabilidades aos envolvidos por conta de eventual não
conformidade.
Nesse cenário, o Compliance atua como elemento de aferição as normas ambientais,
buscando adequar a organização a esses fundamentos, possibilitando com isso, o respeito ao
meio ambiente e a sustentabilidade.
Data da divulgação do fato pela mídia Notícia vinculada à empresa
Maio de 2017
A instituição efetuava o pagamento de propinas, em troca de
favorecimentos em transações com o governo. Segundo
informações, dos próprios diretores da entidade essa prática
ocorria a pelo menos treze anos, iniciando em meados de
2002. Fato investigado na “Operação Lava Jato”.
Quadro 4 – Notícia vinculada à empresa, período maio 2017
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
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Em seu Manual de Conduta, existe um tópico específico que trata justamente sobre
Práticas Anticorrupção (subitem 3.7). Nele, a organização afirma que “é expressamente
proibida à realização de pagamentos indevidos em toda e qualquer transação de negócios, em
qualquer país, a agentes de governo e ao setor privado, incluindo taxas de facilitação”.
Nesse caso, ao analisarmos a postura da instituição, fica evidente o desrespeito aos
fundamentos conditos em seu próprio Manual de Conduta Ética. A não observância a esses
princípios ocasionou a descredibilidade da instituição, perante o mercado e a sociedade,
devido a constantes atos de corrupção divulgados na mídia.
Nesse contexto, a corrupção e o desrespeito ao Compliance causam a má-alocação de
recursos. Maeda (2013, p. 168-169) aponta que:
Nos últimos anos, o tema Compliance, especialmente em matéria de anticorrupção,
tem figurado no topo da lista de prioridades de grande parte das empresas,
particularmente daquelas com operações multinacionais. Investimentos
significativos têm sido realizados no desenvolvimento de estruturas e programas de
Compliance voltados à prevenção e à detecção de desvios de conduta, bem como na
remediação de eventuais problemas identificados. [...]. A simples comunicação ao
mercado de que uma empresa está em processo de investigação ou colaborando com
as autoridades na apuração de possíveis violações de legislações anticorrupção gera
efeitos imediatos no valor das ações da empresa. (MAEDA, 2013, p. 168-169).
Coimbra (2010), enfatiza que as empresas são analisadas tanto pelo perfil técnico
quanto pela postura na estrutura de mercado. Isso significa que as empresas com má-
reputação não são bem vistas pelos investidores. Elas aparentam ser inseguras, e cresce a
desconfiança em torno do negócio. O non-compliance, que envolve corrupção, fraude,
violação de regras de concorrência, encarece o negócio e inviabiliza o investimento.
A partir da análise desses fatos, percebemos que a instituição mesmo possuindo um
Manual de Conduta, que prezava pela ética e por boas práticas de gestão empresarial, não teve
obediência aos princípios ali estabelecidos. Além disso, ao verificarmos de forma individual
cada conduta assumida pela organização, a qual apresentamos na presente pesquisa,
percebemos que elas foram a contramão dos princípios de Compliance, que são um dos
pilares de sustentação das boas práticas de Governança Corporativa e que asseguram a
transparência na administração dos negócios e na perenidade das organizações.
Fica evidente que a não observância por parte da empresa JBS S/A, aos fundamentos
de seu Manual de Conduta Ética e aos princípios de Compliance, comprometeu a imagem da
instituição perante a sociedade e aos investidores, prejudicando, dessa maneira o futuro da
organização.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento da pesquisa, tivemos a oportunidade de conhecermos a
importância do Compliance, aliado aos fundamentos de Governança Corporativa, a fim de
conferir ao ambiente de negócios maior transparência e confiabilidade.
Atualmente, a realidade no cerne empresarial é assombrada pela corrupção e pela falta
de ética na condução das transações, de grandes empresas e até mesmo do próprio governo.
Nesse cenário, emerge um dos pilares de sustentação das boas práticas na administração das
entidades: o Compliance.
Percebemos que o Compliance, agrega confiança e segurança aos processos das
organizações, conferindo-lhes uma imagem cristalina, agregando valor as suas operações e
consequentemente atraindo investidores, possibilitando seu crescimento e competividade no
mercado.
Nesse contexto, fizemos alusão a algumas atitudes adotadas pela empresa JBS S/A, a
maior processadora de carnes do mundo, tendo como base os princípios que orientam o
Compliance e os fundamentos contidos no próprio Manual Conduta Ética da companhia. O
que se observou foi à falta de comprometimento da instituição com as normas e valores que
garantem a sustentação ética na gestão dos negócios.
COMPLIANCE: CASE STUDY IN THE COMPANY JBS S/A, LARGEST MEAT
PROCESSOR IN THE WORLD
ABSTRACT
Compliance represents one of the pillars of support for the development and strengthening of
a business environment based on transparency in its operations. In this context, the present
research aims to approach theories about Compliance, from the point of view of several
experts in the area. The overall objective of the study is to address the aspects that reveal the
importance of compliance in the validation of institutions' operations. In addition, a case study
was carried out at the company JBS S/A, the largest meat processor in the world, based on
observance with the principles of Compliance. As far as the methodological aspects, it is an
exploratory and descriptive research, having qualitative approach of the problem. The main
results of this study revealed that the Compliance adds confidence and security to the
organizational processes, giving them greater transparency, thus helping in the development
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and strengthening of the image of the institution before the market. Regarding the case study,
it was noticed that the company did not respect the principles of Compliance, which resulted
in the adoption of unethical positions by the organization in conducting its business, causing
the company's exposure to various risk factors, which negatively affect their image and
growth.
Keywords: Compliance. Corporate governance. Transparency.
REFERÊNCIAS
ABBI. Associação Brasileira de Bancos Internacionais e FEBRABAN – Federação Brasileira
de Bancos. Função de Compliance (julho/2003). Disponível em:
<http://abbi.com.br/download/funcaodeCompliance09._pdf>. Acesso em 10 abr. 2017.
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