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CONCLUSÃOAntonio Castelnou
Sylv
ieFle
ury
Wrapped Reichstag
(1971/95, Berlim
– Alemanha)
Christo (1935-2020) &
Jeanne-Claude (1935-2009)
Annette
Messager
(1943-)
My Vows
(1988/91)
➢ No começo deste Milênio, novos
paradigmas atingiram todas as
artes visuais, em qualquer parte
do planeta, cujo conjunto vem
sendo chamado de NEW MEDIA
ART e que tem se caracterizado
pela sua grande vitalidade e
diversidade através de diversas
tendências artísticas, as quais
vêm se utilizando de uma ampla
variedade de meios e métodos
para explorar o mundo atual.
Robert Longo (1953-)
Men in the Cities (1979/82)
➢ Ainda está longe que materiais e
técnicas tradicionais sejam abandonados,
mas atualmente os artistas não mais se
definem em termos de estilos e/ou
técnicas, apesar de ser possível
identificar alguns pontos de confluência.
➢ Muitos empregam as mais recentes
TECNOLOGIAS como meios para se
expressar, refletir e competir com a
nova paisagem cultural dos mass media,
empregando fotografias, vídeos e pixels,
para retratar a si mesmos e os outros.
Alice Aycock (1946-)
Sand-Fans (1971)
Pyro (1984)Óleo sobre tela | 172x218m
Jean-Michel Basquiat (1960-88)
Duane Hanson
(1925-96)
Tourists (1970)
➢ Hoje, busca-se um PÚBLICO INTERNACIONAL
através da Internet, além de vincular temas e
atitudes às diferentes realidades regionais e
nacionais. Velhos conflitos ainda sobrevivem, como
o dilema abstrato versus figurativo, transformado
em POSTMINIMAL e NEOPOP – ou unindo ambos.
➢ Embora instalações proliferem, a paixão pela
pintura e escultura ainda sobrevive, inclusive em
seu apelo REALISTA. Ademais, além da Europa e
EUA, as artes na África, Ásia e América Latina
estão entrando cada vez mais em cena, revelando
novos olhares e discussões para o século XXI.
Chuck Close (1940-)
Linda (1978/79)
Tinta acrílica e lápis213x278cm
Romero
Britto (1963-)
Best Buddies
Friendship Bear
(2011,
O2-Platz
Berlim)
Sem título (1983) - Serigrafia
Keith Haring (1958-90)
Arte Ambiental
➢ Surgida no final dos anos 1960, corresponde à
tendência conceitual de se trabalhar com (Earth Art
ou Earthwork) e na (Land Art) terra – ou ainda atuar
diretamente na NATUREZA, não importando o lugar,
seja em desertos, lagos secos, mares, geleiras,
fazendas, montanhas ou na própria cidade.
➢ Fruto do Despertar Ecológico (difusão de uma maior
conscientização ambiental) e também chamada
de ARTE ECOLÓGICA, trata-se de uma arte em que o
artista deixa o ateliê “para fazer incisões no mundo”.
➢ Essa “arte da terra” inspira-se
no AMBIENTE NATURAL e em suas
matérias-primas: em vez de representar
uma paisagem, seus artistas a esculpem
para criar obras feitas de terra ou
construindo estruturas e instalações com
o material retirado diretamente dela,
como pedras, folhagens e troncos.
➢ De bases neodadás e conceitualistas,
está mais dirigida à possibilidades físicas,
químicas e biológicas da matéria,
interessando-se essencialmente pela
substância de um evento natural.
Earth Room (1968)
Walter De Maria (1935-2013)
Richard Long (1946-)
Turf Sculpture
(1976)
119 Stones
(1976)
➢ Próximos aos informalistas, os artistas
ambientais buscam o PRECÁRIO e pouco
durável contra o eterno, utilizando
materiais perecíveis e literalmente pobres,
incluindo, além de argila, areia, estopa e
madeira queimada, refugos como sucata,
entulhos e descartáveis (objets-trouvés).
➢ Produzindo trabalhos efêmeros, mas
registrados por fotografias e/ou vídeos,
depois expostos em galerias, criam a partir
de materiais orgânicos e/ou minerais em
uma espécie de RESPOSTA ECOLÓGICA
aos procedimentos artísticos artificiais.
Nancy Holt (1938-2014)
Stone Enclosure:
Rock Rings (1977/78)
Michael Heizer (1944-)
Isolated Mass/Circumflex #2 (1972)
6-12 Hours Tide
Object (1969/2009)
Jan Dibbets (1941-)
➢ A afirmação da ENVIRONMENTAL ART deu-se a partir
da exposição Earth Works (1968), na Dwan Gallery de Nova
York, organizada por Robert Smithson (1938-73), a qual foi
seguida pela exibição Earth (1969), que ocorreu no museu
de arte da Cornell University, na cidade de Ithaca NY (EUA).
Dennis Oppenheim
(1938-2001)
Annual Rings (1968)
Model (1968)
Robert Morris
(1931-2018)
Earthwork (1968)
A Nonsite: Franklin,
New Jersey (1968)
Mirror and
Crushed Shells
(1969)
Robert Smithson
(1938-73
➢ A necessidade de documentação e
registro para ser exposta em galerias ou
divulgada em revistas, aproxima a ARTE
AMBIENTAL da Process Art. Além disto,
ela geralmente acontece em grande
escala, podendo ser apreciada somente
do alto ou à distância.
➢ Uma variação urbana da Land Art pode
ser vista na obra do casal formado pelo
búlgaro Christo Javacheff (1935-2020) e
a marroquina Jeanne-Claude Denat de
Guillebon (1935-2009), depois
naturalizados franceses.Spiral Jetty ou Quebra-Mar
em Espiral (1970, Great Salt
Lake, Utah - EUA)
Robert Smithson (1938-73)
➢ Entre os maiores land artists – muitos egressos do minimalismo –, cita-se:
os americanos Robert Morris (1931-2018), Walter De Maria (1935-2013),
Dennis Oppenheim (1938-2001), Nacy Holt (1938-2014) – esposa de R.
Smithson –, James Turrell (1943-), Michael Heizer (1944-) e Alice Aycock
(1946-); o holandês Jan Dibbets (1941-) e o inglês Richard Long (1946-),
além dos já citados e de muitos outros.
James Turrell
(1943-)
Roden Crater’s Gallery
(1972, North Arizona)
Christo (1935-2020)
& Jeanne-Claude
(1935-2009)
Pont Neuf
(1975/85, Paris)
Valley Curtain
(19070/72,
Rifle CO)
Cais
Flutuantes
(1968/
2016,
Brescia
- Itália)
Hiper-Realismo
➢ Batizado em 1965 pelo artista londrino e principal
precursor Malcolm Morley (1931-2018) – e também
denominado como FOTORREALISMO ou SUPER-
REALISMO, é considerado o retorno definitivo do
realismo artístico, trabalhando com um visão precisa,
perfeccionista e altamente perturbadora do mundo.
➢ Trata-se de uma arte que consegue ser mais realista
que a própria realidade, fazendo desaparecer a
pincelada e até mesmo a tinta – ou eclipsando
o suporte, seja pictórico ou escultórico.
➢ Avançando pelas décadas de 1970 e 1980, tal
corrente baseia-se na IMITAÇÃO ARTÍSTICA
de fotografias ou objetos verdadeiros,
inspirando-se nos efeitos ilusionistas do
barroco ao realismo oitocentista, mas
eliminando o movimento e a profundidade.
➢ Os artistas do HYPERREALISM, em seu afã de
perfeição e verossimilhança, pretendem ser
como máquinas: se suas pinturas parecem
registros fotográficos, as esculturas lembram
figuras de museu de cera, com seu semblante
gelado e fantasmático – ou animais
empalhados de olhar paralisado.
Horses
(1967)
Malcolm Morley
(1931-2018)
Beach Scene
(1968)
Portrait of Esses in
Central Park (1969/70)72x72cm – Liquitex em tela
➢ Pretendendo atingir completa
nitidez e precisão, assim como
as maneiras como a imagem entra
e sai de foco – imitando como a
lente que distorce características
ou o obturador congela o
movimento –, os FOTORREALISTAS
retiram qualquer sentimento e
eliminam a emoção de suas telas
ou esculturas, copiando o
distanciamento das imagens que
são produzidas mecanicamente.
Ralph Goings (1928-2016)
Still Life with Peppers
(1981)
One Way (1984)
Robert Cottingham (1935-)
Chuck Close (1940-)
Autorretrato
(1968)
➢ Visando “captar um evento interessante em um momento
preciso”, os maiores destaque da ARTE SUPER-REALISTA
foram – ou ainda são os americanos: Ralph Goings (1928-
2016), Audrey Flanck (1931-), Richard Estes (1932-),
Robert Bechtle (1932-2020), Robert Cottingham (1935-)
e Chuck Close (1940-), entre diversos outros.
Richard Estes
(1932-)
Canadian
Club (1974)122x152cm
Brooklyn Bridge (1991)
61 Pontiac
(1968/69)
Robert Bechtle
(1932-2020)
Audrey Flanck
(1931-)
Rich Art (1973)93x128cm
➢ Quanto aos europeus, destaca-
se o francês Jean-Olivier
Hucleux (1923-2012), o alemão
Gerhard Richter (1932-) - que
criou “fotopinturas” baseadas
em fotografias ou imagens
retiradas de jornais que
recebem granulações –, o
anglo-americano John Salt
(1937-), o austríaco Gottfried
Helnwein (1948-) e outros.
Cimetière V (1977)
Jean-Olivier Hucleux
(1923-2012)
Gerhard
Richter (1932-)
Townscapes (1968)
(1968)
Two Chevies
in a Wreck
Yard (1976)
John Salt (1937-)
Gottfried Helnwein (1948-)
Self-Portrait (1991)140x210cm
➢ Depois dos anos 1970, surgiu uma
tendência com menor radicalização
realística, esta mais próxima do
NEOFIGURATIVISMO, mas com certo
apelo neopop ou mesmo
neorromântico, o que é observado
nos trabalhos do pintor francês
Gilles Aillaud (1928-2005), do inglês
Michael Andrews (1928-95), do
alemão Konrad Klapheck (1935-) e
dos integrantes do Gruppe Zebra –
oriundos de Hamburgo (Alemanha).Marée
Basse II:
Rochers (1984)
Gilles Aillaud (1928-2005)
Michael Andrews (1928-95)
Melanie and Me Swimming
(1978/79)
Konrad Klapheck
(1935-)
The Victim (1989)
➢ Na AMÉRICA LATINA, a nova pintura
realista teve força nos anos 1970 e
1980, mesclando-se a correntes
múltiplas, do surrealismo ao realismo
mágico. Destaca-se o colombiano Luis
Caballero (1943-95) e, entre os
brasileiros, o catarinense Juarez
Machado (1941-) – que, aos 18 anos,
mudou-se para Curitiba PR e trabalhou
como chargista em jornais e TV, indo
em 1978, aos 37 anos, para o exterior –
e o curitibano Sérgio Ferro (1938-),
formado em arquitetura pela FAU-USP,
mas que se exilou em Paris na Ditadura.
Luis Caballero (1943-95)
Cuerpos Desnudos (1981)102x144cm
Juarez
Machado (1944-)
Chá e Toalha
Bordada (1988)
Les 4 Temperaments Etude
pou le Lymphatique (1999)
Sérgio Ferro (1938-)
➢ Já os escultores hiper-realistas
esforçam-se em copiar objetos
reais, especialmente a figura
humana, sendo que os dois mais
famosos – os americanos Duane
Hanson (1925-96) e John DeAndrea
(1941-) – moldam diretamente do
corpo humano, trabalhando em
polivinil, o que dá um acabamento
liso como a pele e permite a pintura
detalhada da superfície
Duane Hanson (1925-96)
Delivery Man
(1980)
Model in Repose (1981)
John DeAndrea (1941-)
Tara
(2002)
Self-Portrait
(1983)
➢ Um dos grandes nomes da ESCULTURA SUPER-REALISTA é o
australiano radicado em Londres Ron Mueck (1958-), cujas obras
em fiberglass, miniaturizadas ou ampliadas dramaticamente,
realçam as qualidades emocionais das figuras.
Máscara (2001/02)
Jovem Casal
(2013)
Uma
Menina
(2006)
Homem
Grande
(2000)
Mulher com as
Compras (2013)
Menino (1999)
Autorretrato (1997)
Neo-Expressionismo
➢ Corrente artística contemporânea que surgiu nos anos
1970 nos EUA, na Alemanha e na Itália, que, rejeitando
o trabalho austero e cerebral dos minimalistas e
conceitualistas, volta à pintura figurativa e expressiva,
de aspecto brilhante e usando técnicas incomuns.
➢ Negando a abstração – que chamava de “arte morta” –,
busca a emoção declarada e autobiográfica, simbólica
e até sexual, através de obras dramáticas, sem
preferência temática, mas com imagens de objetos
distorcidos e fortes contrastes de cor e tonalidade.
➢ Com raízes bastante profundas
– do expressionismo moderno
à Funk Art, passando pelos
dadás e expressionistas
abstratos dos EUA –, a ARTE
NEO-EXPRESSIONISTA difundiu-
se após as exposições
internacionais Um Novo
Espírito na Pintura (1981),
realizada em Londres; e
Zeitgeist (1982), ocorrida em
Berlim, acabando por atingir
muitos outros países.
Sigmar Polke (1941-2010)
Der Dritte Stand
(1995)Mao (1972)
Winter Landscape (1970)
Anselm Kiefer (1945-)
All’s Well
That Ends
Well (1983)
Jörg
Immendorff
(1945-2007)
➢ Na Alemanha, a arte expressiva –
chamada de Hässlicher Realismus
(“Realismo Feio”) – renasceu com Georg
Baselitz (1938-) nos anos 1960 – embora
também tenha se destacado A. R. Penck
(1939-2017) – e com Sigmar Polke (1941-
2010), Anselm Kiefer (1945-) e Jörg
Immendorff (1945-2007) nos anos 1970.
➢ Na década seguinte, surgiu uma nova
geração de artistas alemães que ficou
conhecida como Neue Wilde (“Novos
Selvagens”), voltados totalmente ao
novo expressionismo figurativo.
Georg Baselitz (1938-)
Rebel (1965)
Franz Dahlem
(1969)
Eletric Chair (1960)
A. R. Penck (1939-2017)
➢ Entre os neoexpressionistas da Alemanha, cita-se: Bernd Zimmer
(1948-), Rainer Fetting (1949-), Helmut Middendorf (1953-)
e Wolfgang Ludwig Cihlarz, cujo codinome é Salomé (1954-),
além de outros, incluindo o pintor e escultor tcheco Markus
Lüpertz (1941-) que também trabalha no país.
Rainer Fetting (1949-)
Der Wolfsjunge (1983)
Bernd Zimmer (1948-)
Peißenberg (1985)
Häuserkopf (1991)
Helmut Middendorf
(1953-)
Toni Sitzend (1983)
Salomé (1954-)
Markus Lüpertz
(1941-)
Shepherd
(1986)
Clituno
(1997)
➢ Na Itália, a transvanguarda
neo-expressionista é composta
principalmente por: Sandro Chia
(1946-) e Enzo Cucchi (1949-),
entre outros, os quais se
interessam por temas ligados à
mitologia, lendas e história da arte.
➢ Destaca-se também as experiências
europeias da portuguesa Paula
Rego (1935-), do dinamarquês Per
Kirkeby (1938-), da francesa
Annette Messager (1943-) e do
espanhol Miquel Barceló (1957-),
além de muitos outros.
Sandro Chia (1946-)
Il Trovatore (1983)
Musica Ebbra (1982)
Enzo Cucchi (1949-)
Paula Rego (1935-)
Avestruzes Bailarinas
(1995)
Pinassi (1991)
Miquel Barceló
(1957-)
➢ Nos EUA, os novos expressionistas
lutam contra o conformismo do
american way-of-life,
resgatando o espírito neodadá,
informal e neorrealista, ao
criarem quadros vigorosos e
pesados, cujo tratamento dos
materiais tende a ser tátil,
sensual ou tosco, sendo as
emoções expressas com vibração.
Entre seus pioneiros, destaca-se
Leon Golub (1922-2004), entre
vários outros.
Leon Golub (1922-2004) Interrogation I
(1980/81)Threnody II
(1987)305x386cm
Mercenaries IV (1980)
➢ Entre os neo-expressionistas americanos, há os pintores da
denominada NEW IMAGE – como Jennifer Bartlett (1941-),
Susan Rothenberg (1945-) e Eric Fischl (1948-) –, além dos
chamados BAD PAINTERS – como Julian Schnabel (1951-), David
Salle (1952-) e Robert Longo (1953-) –, que afrontam com vigor
e ousadia o “bom e velho gosto acadêmico”.
Holding the
Floor (1985)
Susan Rothenberg
(1945-)
Eric Fischl
(1948-)
Bad Boy to
Good Man
(1981)
Julian Schnabel
(1951-)
Martine (1987)
Men in
the Cities (1979/82)
Robert Longo (1953-)
The Elements:
Water (1992)
Jennifer Bartlett (1941-)
David Salle
(1952-)
Open
Boat
(1992)
Arte Pública
➢ Denomina-se PUBLIC ART aquela que se dirige a todos,
sem distinção, estando disponibilizada para muitos e
não apenas privilegiados, cujo movimento começou em
meados dos anos 1970 e foi crescendo a partir de então.
➢ Tirando as obras artísticas dos museus e galerias e
levando-as para as ruas e demais áreas abertas, como
praças e parques – e vice-versa –, tal ideia surgiu no
mundo pós-moderno, levando muitos governos a
financiá-la, o que vem repercutindo até hoje.
➢ Da década de 1960 em diante, a
expressão SITE-SPECIFIC (em inglês:
“local específico”) foi empregada
cada vez mais para descrever obras
ambientais de minimalistas, earth
artists e artistas conceituais, cujos
trabalhos – chamados de SITEWORKS
– exploram o contexto físico em que
estão inseridos, sejam galerias,
praças, campos ou o alto de colinas,
de tal modo que estes locais passam
a fazer parte da própria obra,
tratando-se de uma simbiose entre
arte, arquitetura e paisagismo.
Claes Oldenburg (1929-)
Batcolumn (1977,
Chicago IL) - h=30m
Les Deux
Plateaux
(1985/86,
Palais Royal - Paris)
Daniel Buren (1938-)
Robert Smithson (1938-73)
Broken Circle (1971,
Emmen, Holanda)
➢ Paralelamente, a arte das ruas
conhecida como GRAFITE, grafito ou,
no original italiano, graffiti, saiu dos
muros urbanos para ocupar galerias,
denunciando realidades sociopolíticas
através de rabiscos e figuras disformes.
➢ A partir do movimento contra-cultural
e, mais especificamente, do Maio de
1968, sua representatividade artística
cresceu e atualmente ocupa lugar de
destaque na PUBLIC ART.
Epsylon Point (1950-)
33 Avenue Paul Vaillant Couturier (s.d.)
87 Avenue Paul
Vaillant Couturier (s.d.)
Couple de
Danseurs (1986)
Blek le Rat (1952-)
Miss. Tic (1956-)
C’est la Vie (s.d.)
➢ Desde os anos 1970, como subproduto
do neo-expressionismo, os grafiteiros de
Nova York transformaram a cidade com sua
arte colorida pintada com tinta spray,
“bombardeando” trens do metrô, de modo
que sua arte viajava para todos os bairros.
➢ Entre as maiores referências americanas,
estão Keith Haring (1958-90), natural de
Reading PA; Jean-Michel Basquiat (1960-
88), nascido em Nova York; e Lee Quiñones
(1960-), que, natural de Porto Rico, expôs
em 1979 na Galleria Medusa em Roma,
apresentando a Public Art ao mundo.
Keith Haring (1958-90)
Crack Is Wack
(1986)
Arborigenal (1981)
Jean-Michel Basquiat (1960-88
Heaven is
Life (1977)
Lee Quiñones
(1960-)
➢ Da Europa, destaca-se, entre vários,
os franceses Epysilon Point (1950-),
Xavier Prou – conhecido como Blek
le Rat (1952-) – e Miss. Tic (1956-),
além de Banksy (1974?-); o mais
celebrado artista britânico do
grafite, mantendo rigorosamente
seu anonimato. Criando imagens
em estêncil bem humoradas e
subversivas, suas obras estão em
todo o mundo e defendem que a
arte ocupe um espaço real ao invés
de ser posta em molduras.
It’s Not
A Race (2008)
Think Thank
(2003)
Banksy (1974?-)
Girl with Baloon (2002/06)Triturada por mecanismo oculto na moldura
em um leilão da Sotheby’s após ser adquirida por £ 1 milhão
(c. R$ 5 milhões): “Going, going, gone...” (2018)
Arte Feminista
➢ Corrente contemporânea que reúne todas as manifestações
artísticas feitas por mulheres e inspiradas pelo MOVIMENTO
FEMINISTA, que tratam diretamente de questões como
discriminação, opressão, crítica ao patriarcado e à violência
masculina, além da celebração da sexualidade feminina.
➢ Baseando-se em figuras ícones da história da arte, como
M. Cassat, F. Kahlo e G. O’Keeffe, entre outras, produz
pinturas e esculturas que contrariam o estereótipo da mulher
como objeto do desejo-erótico ou da fantasia do homem.
➢ Uma de suas precursoras foi a pintora
e escultora francesa – radicada nos EUA
desde fins dos anos 1930 – Louise
Bourgeois (1911-2010), que, após a
morte do pai e do marido, em meados
da década de 1970, tornou-se
francamente feminista, como revela sua
obra-prima A Destruição do Pai (1974).
➢ Não houve um estilo, meio ou gênero
específico associado à ARTE FEMINISTA,
mas há uma tendência ao uso de formas
vanguardistas, como a Conceptual Art
e o CRAFTIVISMO (uso criativo do
artesanato doméstico).La Destruction du Pére (1974)
Louise Bourgeois (1911-2010)
Miriam Schapiro
(1923-2015)
Golden
Pinwheel
(1979)
➢ Nos EUA, criou-se uma tribuna
exclusiva para a ARTE FEMINISTA com
o revolucionário Feminist Art Program
(1971), fundado em Chicago MI pela artista
canadense Miriam Schapiro (1923-2015)
junto à americana Judy Chicago (1939-).
➢ São referências as artistas americanas
Mary Beth Edelson (1933-), Lynda Benglis
(1941-), Barbara Kruger (1945-), Suzanne
Lacy (1945-) e Jenny Holzer (1950-),
entre muitas outras do mundo afora.
Curtain Call II (2007)
Miriam Schapiro (1923-2015)
Judy Chicago (1939-)
Birth Tear-Tear
(1985)
O Jantar
(1974/79)
Sheela's Syrian Goddess
of Opening Up:
Woman Rising series (1973)
Mary Beth Edelson (1933-)
Lynda Benglis (1941-)
Smile (1974)
Zanzidae: Peacock
Series (1979)
Barbara Kruger (1945-)
Untitled (1986/89)
Suzanne Lacy
(1945-)
Rape
Happening
Untitled
(1983/85)
Jenny Holzer (1950-)
Neopop
➢ Também denominado de PÓS-POP, refere-se aos
trabalhos de artistas que surgiram em Nova York no final
dos anos 1980 como reação ao predomínio do minimalismo
e do conceitualismo, os quais passaram a usar materiais,
métodos e imagens com referências na Pop Art.
➢ Trabalhando com irreverência e elementos efêmeros e
irônicos, tais artistas também foram influenciados pelos
neodadás e pelas obras da própria arte conceitual, pois
também se utilizam de objets-trouvés, ready-mades e
instalações, assim como assemblages e performances.
➢ As obras neopops denunciam o
mito da ORIGINALIDADE ARTÍSTICA,
explorando igualmente o kitsch,
a cultura popular, massificação
e toda a institucionalização pop. Entres
seus maiores expoentes, cita-se os
americanos: Allan McCollum (1944-),
Haim Steinbach (1944-), Richard Prince
(1949-), Bill Viola (1951-) e Jeff Koons
(1955-), entre vários outros.
Collection of 120
Drawings (1989/93)
Allan McCollum (1944-)
Haim Steinbach (1944-)
Untitled
(1986/89)
Untitled (2011)
Richard Prince
(1949-)
Balloon
Dog (1994)
Jeff
Koons
(1955-)
Bill Viola
(1951-)
Visions
of Time
(2014)
➢ Na Europa, destaca-se: os britânicos Michael Craig-Martin (1941-),
Julian Opie (1958-) e Lisa Milroy (1959-); o português Artur Barrio
(1945-), o belga Leo Copers (1947-) e a suíça Sylvie Fleury (1961-).
Já os russos Vitaly Komae (1943-) e Alexander Melamid 1945-)
exemplificam a SOTS ART (Соц-Aрт); abreviação de “arte
socialista”; reação pós-URSS contra a doutrina neorrealista oficial.
Knowing (1996)
Michael Craig-Martin
(1941-)
Lisa Milroy (1959-)
Objects (1987)
Untitled
(s.d.)
Leo Copers (1947-)
Vitaly Komae (1943-) &
Alexander Melamid (1945-)
Between War and Peace (1995)
Running Women (2016)
Julian Opie (1958-)
Trouxa
de Sangue (1969)
Artur Barrio (1945-)
➢ Deve-se ainda citar os trabalhos neopop
do chinês Wang Guangyi (1957-); da sul-
africana Jane Alexander (1959-) e do
japonês Takashi Murakami (1962-) além
de Romuald Hazoumé (1962-), natural de
Benin (África) e do recifense Romero Britto
(1963-), que vive em Miami FL desde 1990.
Sylvie Fleury (1961-)
Ela 75/K (2000)
The Belief (2002)
Wang Guangyl (1957-)
Jane Alexander (1959-)
Butcher Boys (1998)
Field of Flowers (2019)
Takashi Murakami (1962-)
Romuald Hazoumé (1962-)
Found Objtects Masks
(2011)
Romero
Britto (1963-)
L.A. Cat (1995)
Pós-Minimalismo
➢ Termo cunhado em 1971 pelo historiador e crítico de arte
americano Robert Pincus-Witten (1935-2018) para se
referir aos trabalhos de vários campos artísticos, os quais
partiram da estética minimalista para experimentarem
novos materiais, técnica e temas, inclusive crítica social.
➢ Tais obras ainda trabalhariam com grades e serialidade,
além de materiais e formas puras, como antes se fazia,
porém vêm incluindo objetos cotidianos e materiais não
industriais como matéria-prima natural e até artesanato.
➢ Desde os anos 1980, os pós-
minimalistas não ficaram alheios
aos movimentos sociais assim
como aos PROBLEMAS
AMBIENTAIS, incorporando
questões de ativismo e combate à
frieza, indiferença e apatia dos
primeiros artistas minimalistas.
➢ A figura humana foi retomada
como forma expressiva, assim
como o uso de materiais
tradicionais, reutilizáveis e
contextuais, como reflexos
da ARTE AMBIENTAL.
Franz Erhard Walther (1939-)
Adicionando o Corpo (1983)
Suporte e Coluna
Amarela (1981)
Anish Kapoor (1954-)
Sky Mirror (2001)
Air Bed II (1992)
Rachel Whiteread (1963-)
Ghost
(1990)
➢ Ademais, esses artistas incluem novos meios de expressão e comunicação
(New Media Art), além das tradicionais instalações; e expõem em lugares
públicos, fora das galerias e museus, seja no campo ou na cidade.
➢ A artista americana, de origem alemã, Eva Hesse (1936-70) foi uma das
precursoras da PostMinimalist Art, pois se opunha à rígida geometria, usando
materiais flexíveis e fisicamente instáveis, como o látex. Atualmente, vem se destacando Maya Lin (1959-).
Eva Hesse (1936-70)
Contingent (1968)
Groundswell (1992/93)
Maya Lin (1959-)
Last Tree (1979)
Antony Gormley
(1950-)
➢ Entre os artistas pós-
minimalistas, destacam-se
os escultores britânicos Bill
Woodrow (1948-), Richard
Deacon (1949-), Tony Cragg
(1949-), Antony Gormley (1950-)
e David Mach (1956-), que
trabalham com materiais de
baixa tecnologia (low-tech),
como pedra, madeira e borracha,
assim como lixo reciclado (pneus,
cabides de arame e blocos e
revistas descartadas).
Bill Woodrow (1948-)
Rack (2000)
Untitled
(1980)
Richard Deacon (1949-)
Fuel for the
Fire Magazines
and Furniture
Riverside Studios (1986)
David Mach (1956-)
Tony Cragg (1949-)
Multiple Skull
(2017)
Bent
of Mind
(2019)
➢ Outras referências atuais do PostMinimalism são: o iraniano
Hossein Zenderoudi (1936-); o alemão Franz Erhard Walther
(1939-); o indo-britânico Anish Kapoor (1954-); os chineses
Xu Bing (1955-), Cai Guo-Qiang (1957-), Ai Weiwei (1957-)
e Do-ho Suh (1962-); além dos ingleses Peter Randall-Page
(1954-) e Rachel Whiteread (1963-), entre vários outros.
First
Name (1977)
Hossein
Zenderoudi (1936-)
Book from the Sky (1987/91)
Xu Bing (1955-)
Cai Guo-Qiang (1957-)
Head On (2006)99 réplicas
de lobos
Forever
Bicyles
(2003)1254
bicicletas
Ai Weiwei
(1957-)
Staircase III
(2003/10)
Do-ho Suh
(1962-)
Peter Randall-
Page (1954-)
Fructus
(2009)
➢ Na América Latina, entre os pós-minimalistas, cita-se os
artistas brasileiros Cildo Meireles (1948-) e Tunga (1952-
2016); o argentino Guillermo Kuitca (1961-); o mexicano
Gabriel Orozco (1962-) e os peruanos Fernando Bryce
(1965-) e Sandra Gamarra (1972-), além de muitos outros.
Roiseau 7 (2012)
Gabriel Orozco
(1962-)
Fontes (1992)
Glovetrotter
(1991)
Cildo
Meireles
(1948-)
Estudios de Archivo (2005)
Fernando Bryce (1965-)
Sandra Gamarra (1972-)
Ventana LIMAC 7 (2015)
Sin Título
(1992)
Guillermo
Kuitca
(1961-)
Bells
Fall (1998)
Tunga
(1952-2016)
Bibliografia
❑ ARTE: Artistas, obras, detalhes, temas (1960 em diante).
São Paulo: PubliFolha, 2012.
❑ BECKET, W. História da pintura. São Paulo: Ática, 1997.
❑ HODGE, S. Breve história da arte. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
❑ KRAUBE, A. C. História da pintura: do Renascimento aos nossos
dias. Colônia: Könemann, 1995.
❑ LITTLE, S. Ismos: entender a arte. São Paulo: Lisma, 2006.
❑ STRICKLAND, C. Arte comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno.
Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
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