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CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA - COMPUR

PROPOSTA DE DECRETO PARA CALÇADASRegulamentação sobre o planejamento, a construção, a reforma e

a conservação das calçadas

DECRETO PARA AS CALÇADAS

PRINCÍPIOS:

• construção da legibilidade, da conectividade e da vitalidade

das calçadas cariocas;

• entendimento de que a calçada é uma infraestrutura de

transporte pedonal;

• reconhecimento da calçada como um indicador do grau de

qualidade da urbanização da cidade.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

DEFINIÇÃO:

As calçadas em logradouros são bens de uso comum do povo

destinadas à circulação de pessoas, sendo elemento

estruturador do espaço urbano e reconhecidas como

elementos do sistema de circulação urbana que, juntamente

com o sistema viário, constitui o suporte físico da circulação

urbana no território municipal.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

FUNÇÕES DAS CALÇADAS:

• permitir a livre circulação de todas as pessoas no espaço urbano, de forma autônoma, segura e confortável, inclusive para aquelas com

deficiência;

• possibilitar a implantação dos diversos elementos de infraestrutura e

mobiliário urbano em sua superfície e subsolo;

• permitir o plantio de árvores, a implantação de paisagismo e de

calçadas verdes de forma a proporcionar a valorização pela população

como elementos potencializadores do conforto e da melhoria da

qualidade ambiental do espaço público;

DECRETO PARA AS CALÇADAS

FUNÇÕES DAS CALÇADAS:

• promover a articulação

entre os sistemas de transportes e os

diversos usos urbanos;

• fomentar e resgatar o uso da calçada, como

local de convívio de

vizinhança, da troca de experiências, de

vivências e do lazer de

bairro.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

FUNÇÕES DAS CALÇADAS:

• outras funções complementares,

como abrigos de ônibus, totens, instalação de mesas e cadeiras, quiosques e bancas, barracas e

tabuleiros e outros artefatos,

dependerão da garantia de que não

haverá prejuízo para os pedestres.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

HIERARQUIZAÇÃO DAS CALÇADAS:

• Criação de programa de hierarquização das calçadas do Município,

considerando as características histórico-culturais dos bairros e logradouros, para a definição dos materiais a serem empregados e das

técnicas de execução.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

HIERARQUIZAÇÃO DAS CALÇADAS:

• até a conclusão dos trabalhos de hierarquização das calçadas, todas

as que sejam Tombadas ou contíguas a Bens Tombados, bem como as dotadas de desenhos singulares em pedras portuguesas e ainda, as pavimentadas com pedras costaneiras, não poderão sofrer nenhum

tipo de intervenção.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

UNIFORMIDADE DAS CALÇADAS:

• Na construção ou reforma de calçadas deverá ser observada a

uniformidade do conjunto do logradouro, buscando-se a garantia de um padrão quanto aos materiais e desenho empregados.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Nos novos logradouros ou quando da

realização de obras viárias ou de reurbanização que alterem a sua geometria, no mínimo 40% (quarenta

por cento) da largura total serão

destinados à implantação de calçadas,

ciclovias e canteiros ajardinados.

• No caso de um logradouro com largura

total de 15 metros, serão destinados

no mínimo 6 metros para as calçadas,

ciclovias e canteiros. Como exemplo duas calçadas com 3 metros.

• Em logradouro com 36 metros, a largura seria de 14,40 metros, que

poderiam corresponder a duas

calçadas com 5 metros, ciclovia com 2,40 metros e canteiro central com 2

metros.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Da largura mínima reservada às

calçadas, ciclovias e canteiros ajardinados, 60% (sessenta por cento)

corresponderão exclusivamente a

calçadas.

• As calçadas obedecerão a largura

mínima de 3,00 m (três metros)

distribuídos em duas faixas longitudinais, dividindo-se em faixa

livre e faixa de serviço, ambas com

largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Nos logradouros com largura inferior a 13,00m, será admitida a largura

mínima para a calçada de 2,50m.

• Nos locais de grande afluxo de

pessoas ou que permitam o uso comercial e de serviços ou, ainda, nos

logradouros servidos por sistemas de

transportes de massa ou que admitam

velocidades iguais ou superiores a 40

km/h poderão ser exigidas, larguras

maiores, visando a segurança e conforto dos pedestres.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Nos logradouros

existentes, com largura inferior a 13,00m e a largura

mínima para a

calçada de 2,50m,

serão garantidas as

dimensões mínimas

de 1,00m para a

faixa de serviço e

1,50m para a faixa

livre.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Em calçadas com

largura inferior a 3,00m, será

admitida faixa de

serviço inferior a

1,50m, devendo

ser mantida,

obrigatoriamente,

faixa livre de 1,50m para a circulação

de pessoas.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Nos logradouros cujas calçadas possuam largura igual ou inferior a 3,00m e cujo alargamento das calçadas seja inviável, a instalação de

elementos do mobiliário urbano, infraestrutura, arborização e paisagismo deverá ser concentrada em um dos lados da calçada, garantido que, do

lado oposto, seja mantida faixa livre de elementos que prejudiquem a

circulação das pessoas, correspondente a 1,50m.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LARGURAS MÍNIMAS:

• Nas calçadas existentes ou projetadas com larguras superiores a 3,00m,

a largura mínima da faixa livre deverá ser de 50% da largura total.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ELEMENTOS NAS CALÇADAS:

• Os elementos projetados sobre as

calçadas, como marquises, luminárias, sinalização viária, placas

de identificação, toldos, faixas,

letreiros luminosos, pérgulas,

caramanchões e outros serão

dispostos de forma a garantir a

altura mínima livre de 2,50m entre o

solo e a face inferior dos mesmos.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ELEMENTOS NAS CALÇADAS:• A instalação de posteamento ou

elementos de sinalização viária será

admitida nos trechos de calçadas, sem que haja comprometimento da

largura mínima da faixa livre de

circulação de pedestres.

• A localização de postes da rede

elétrica deverá ser,

preferencialmente, próxima ao meio-

fio, a fim de evitar que o

alinhamento destes coincida com o da arborização pública.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ELEMENTOS NAS CALÇADAS:

• Deverá ser priorizada a instalação de

caixas subterrâneas e dutos no trecho em subsolo da faixa de serviço,

evitando-se entraves à circulação de

pessoas.

• A instalação de infraestrutura ou dutos

de qualquer natureza devera observar,

a parte subterrânea de golas, canteiros e jardineiras, de forma a evitar prejuízos

à vegetação.

• Na execução, implantação ou manutenção de infraestruturas e dutos

subterrâneos, o corte de raízes deverá

ser comunicado, previamente à

Prefeitura.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

CALÇADAS AJARDINADAS:

• A implantação de arborização pública, bem como de canteiros, jardineiras e golas de

árvores, seguirá as normas técnicas do

órgão gestor da arborização urbana.

• Os elementos permitidos nas calçadas

deverão, em relação à arborização

existente ou golas vazias, observar

distâncias definidas.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

CALÇADAS AJARDINADAS:

• As golas, canteiros ou jardineiras são

destinados exclusivamente à

implantação da arborização e do paisagismo, vedada a instalação, em

seu interior, de elemento de

mobiliário urbano ou qualquer outro

equipamento, público ou privado, tais

como postes de qualquer natureza,

iluminação, dutos ou papeleiras, além

do seu fechamento ou alteração de

dimensões.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

DISPOSITIVOS ESPECIAIS:

• A instalação de dispositivos especiais nas calçadas deverá atender ao

disposto no Decreto nº 36.459, de 22 de novembro de 2012, e no Manual de Normas para Implantação de Dispositivos Especiais Fixos,

aprovado pela Resolução SECONSERVA nº 18/2013.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL:

• Todas as calçadas a serem construídas ou reformadas deverão ser

dotadas de rampas de acessibilidade universal e atender às seguintes características:

• possuir superfície regular, firme, contínua e antiderrapante sob

qualquer condição;

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL:

• Todas as calçadas a serem construídas ou reformadas deverão ser

dotadas de rampas de acessibilidade universal e atender às seguintes características:

• ter inclinação longitudinal acompanhando o greide da rua;

• ter declividade transversal de, no máximo, 2% (dois por cento), do

alinhamento para o meio-fio, permitidas declividades superiores em

casos especiais, em razão das condições topográficas.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL:• As rampas de acessibilidade universal deverão ser implantadas em

ambos os lados da via, possibilitando, assim, que o percurso seja

realizado por todos de forma segura.

• As condições para rebaixamento das calçadas garantirão a

acessibilidade e segurança para todas as pessoas.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL:

• Nos locais de travessias, os rebaixamentos das calçadas localizados

em lados opostos da via deverão estar, preferencialmente, alinhados entre si.

• A travessia poderá ocorrer por meio de faixa elevada ao nível dos

passeios, a qual deverá ser sinalizada para os condutores de veículos

e para pessoas com deficiência.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL:

• Quando verificado desnível entre a calçada e o imóvel confrontante,

este será vencido no interior do lote, não sendo permitida a utilização da calçada para a implantação de rampa, escada ou outro elemento.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL:

• O percurso para a travessia deverá ser reduzido junto às esquinas e aos demais pontos definidos para cruzamento da pista, sempre que

for viável a modificação da geometria das calçadas.

• A redução do

percurso

ocorrerá pelo

alargamento das

calçadas em um

ou ambos os lados do

logradouro, de forma a reduzir

a distância de

travessia e

garantir maior

segurança.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ARBORIZAÇÃO PÚBLICA:

• A retirada de árvore ou canteiro ajardinado para a construção de

rampa de acesso para veículos, quando viável, poderá ser executada

por transplantio, correndo a

respectiva despesa por conta do interessado.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ARBORIZAÇÃO PÚBLICA:

• Na hipótese de calçada em precário estado de conservação em decorrência da existência de árvore, o responsável:

• ficará dispensado do cumprimento de recuperação da calçada, se a

árvore, for considerada inadequada para o local, estiver em processo

de envelhecimento ou apresentar risco, até a sua retirada, caso em

que, se cabível, a recomposição da calçada e um novo plantio ficará a cargo dos órgãos municipais competentes ou de terceiros por estes

autorizados;

DECRETO PARA AS CALÇADAS

ARBORIZAÇÃO PÚBLICA:

• Na hipótese de calçada em precário estado de conservação em decorrência da existência de árvore, o responsável:

• deverá recuperá-la, se a árvore não se enquadrar na previsão anterior,

caso em que deverá providenciar a abertura da gola, canteiro ou

jardineira visando melhor acomodar o sistema radicular e permitir a

existência de área permeável compatível com seu porte;• ficará obrigado a conservar a calçada na parte não afetada pela

existência da árvore.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

CALÇADAS ESPECIAIS:

• O reparo de calçadas especiais deverá ser

objeto de licenciamento específico e sua

execução será

acompanhada pelo órgão competente.

• Quaisquer alterações

em calçadas especiais

deverão ser objeto de

deliberação dos órgãos

de gestão e tutela do patrimônio histórico

cultural, arborização

urbana e conservação.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

CALÇADAS PÚBLICAS:

• A SECONSERVA realizará a conservação de calçadas públicas não

confrontantes com imóveis particulares ou públicos e daqueles em situação indefinida no entroncamento dos logradouros.

• A SECONSERVA poderá realizar a conservação de calçadas especiais

e daquelas confrontantes a terrenos sem utilização, sempre que a

calçada for de fluxo intenso ou estiver próxima a equipamentos

públicos, tais como escolas, unidades de saúde e assistenciais,

oferecendo risco aos usuários

DECRETO PARA AS CALÇADAS

CALÇADAS VERDES:

• As calçadas que, por iniciativa particular, forem transformadas em

calçadas verdes, auxiliando na recuperação ambiental e da paisagem, passam a ser consideradas de interesse ecológico ou de preservação

paisagística e ambiental.

• A construção de calçadas

verdes seguirá as normas

técnicas dos órgãos de

arborização e de drenagem urbanas.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO:

• A construção ou redimensionamento de calçadas pelo proprietário

será passível de licença a ser emitida pela SECONSERVA.

• Os proprietários de imóveis, edificados ou não, e os condomínios são

responsáveis pela construção e conservação das calçadas

confrontantes.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO:

• Compete aos órgãos públicos, concessionárias e permissionárias de serviços públicos o reparo de danos causados em calçadas.

• Compete à Coordenadoria Geral de Conservação da Secretaria

Municipal de Conservação e Serviços Públicos – SECONSERVA, por

intermédio de suas equipes, fiscalizar, de forma rotineira, as calçadas da cidade.

• Nos casos de falta de limpeza da calçada, a fiscalização ficará a cargo

da Companhia Municipal de Limpeza

Urbana – COMLURB.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

GESTÃO DAS CALÇADAS:

• A administração municipal deverá promover a permanente articulação

entre a sociedade e os gestores públicos e privados, que exerçam funções que afetem, direta ou indiretamente, as calçadas cariocas e

seus componentes.

• Deverão ser integrados planos, programas e projetos através da institucionalização de procedimentos administrativos, convênios e

ações de cooperação técnica.

DECRETO PARA AS CALÇADAS

GESTÃO DAS CALÇADAS:

• As Subprefeituras, as Administrações Regionais e os órgãos de

gestão da arborização urbana e de patrimônio cultural poderão atuar na identificação dos problemas existentes nas calçadas dos

logradouros reportando-os à SECONSERVA, para a adoção das

providências administrativas cabíveis.

• Deverá ser dada ampla publicidade às ações decorrentes destas

propostas.

CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA - COMPUR

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