Conservação de sementes recalcitrantes de frutíferas.ppt

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESCPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

TECNOLOGIA E PRODUÇÃO DE SEMENTESProfª EUSÍNIA LOUZADA

DESSECAÇÃO E CONSERVAÇÃO DESSECAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE FRUTÍFERASDE SEMENTES DE FRUTÍFERAS

Nadjama Barreto do Prado

Junho 2011

INTRODUÇÃOFruticultura → segmentos do agronegócio brasileiro

+ importante → 25% do valor da produção agrícola nacional.

Brasil ocupa o 3º lugar dentre os maiores produtores mundiais de frutas frescas.

Indícios de 40% de perda do total produzido no mercado interno → aplicação não adequada das técnicas de manejo nos processos de implantação, condução , beneficiamento e armazenamento da produção de frutas.

(LOPES; SANTOS, 2008; FACHINELLO; NACHTIGAL; KERSTEN, 2011)

Na Bahia a fruticultura → área cultivada de 263 mil hectares → produção de mais de 3,7 milhões de toneladas de frutas.

Importantes segmentos da agropecuária, devido à inserção de novas tecnologias que são favorecidas pelas condições ambientais, o que tem propiciado a produção de frutas de ótima qualidade, contribuindo para a expansão nos mercados, interno e externo, resultando na geração de emprego e renda nas regiões produtoras.

(SANTOS; FERRAZ, 2011)

Aspectos fundamentais para a maturação das sementes → manter a capacidade germinativa após a dessecação e a dispersão.

Extração de sementes em fruto prematuro → ↓ peso seco → germinação do embrião → sobrevivência à desidratação ou à dessecação.

Desenvolvimento da tolerância + sementes com capacidade germinativa.

FISIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE

(FERREIRA; BORGHETTI, 2004).

TOLERÂNCIA A DESSECAÇÃO

Durante o desenvolvimento inicial das sementes

elas são intolerantes a dessecação. No processo de

desenvolvimento e maturação, as sementes

desenvolvem a capacidade de sobreviver ao processo de

perda da umidade, embora o grau máximo de tolerância

à dessecação atingido, e a taxa em que se desenvolvem,

variam substancialmente entre as espécies (Hong;

Ellis,1996).

Ortodoxas ↔ toleram dessecação a graus de umidade próximos de 2% a 5%.

Intermediárias ↔ dessecação a graus de umidade em torno de 10% a 13%.

Recalcitrantes ↔ tolerância a dessecação está entre 15% e 20% de grau de umidade.

(FONSECA; FREIRE, 2003).

TOLERÂNCIA A DESSECAÇÃO

TOLERÂNCIA A DESSECAÇÃO

Segundo Vertucci e Farrant (1995), tolerância à dessecação em sementes é a capacidade de sobrevivência a manutenção do vigor depois de quase completa a remoção da água presente no interior da semente.

“É a capacidade específica do protoplasma de tolerar a perda severa de água e de se reidratar de forma

coordenada quando houver disponibilidade de água.”

TOLERÂNCIA A DESSECAÇÃO

A perda da viabilidade das sementes de espécies recalcitrantes está diretamente relacionada com a tolerância à dessecação, que é avaliada a partir da determinação do grau de umidade mínimo suportável pelos tecidos das sementes.

Nível crítico → grau de umidade no qual a sementes apresenta a queda de sua viabilidade.

Nível letal → grau de umidade apresentado pela semente a torna completamente inviável.

(PEIXOTO, 2006).

CONSERVAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE SEMENTES

É um desafio no processo de armazenamento de sementes conseguir manter a qualidade fisiológica, após certo período de armazenamento.

Longevidade das sementes ↔ manutenção da viabilidade ↔ influência das condições de armazenamento ↔ sobretudo o teor de água e temperatura ambiental.

Villela e Peres (2004)

DESIDRATAÇÃO DE SEMENTES DE QUATRO LOTES DE PUPUNHEIRA:

EFEITOS SOBRE AGERMINAÇÃO E O VIGOR

BOVI; MARTINS; SPIERING, 2004

Objetivo: Objetivo: verificar o efeito da desidratação verificar o efeito da desidratação sobre a germinação e o vigor de sementes de sobre a germinação e o vigor de sementes de pupunheira inerme (pupunheira inerme (Bactris gasipaes KunthBactris gasipaes Kunth), ), quatro lotes de sementes, colhidos nas quatro lotes de sementes, colhidos nas localidadeslocalidades de Yurimaguas, Peru; Camamu e de Yurimaguas, Peru; Camamu e Piraí do Norte, BA e Pindorama, SP.Piraí do Norte, BA e Pindorama, SP.

RESULTADOS

Figura 1. Curvas de secagem dos quatro lotes de pupunheira. L1 – Yurimaguas, Peru; L2 – Camamu, BA; L3 – Piraí do Norte, BA; L4 – Pindorama, SP. Campinas, IAC, 2001.

Figura 2. Germinação média relativa de quatro lotes de pupunheira em função da redução média do teor de água das sementes. Campinas, IAC, 2001.

Tabela 1a. Médias dos parâmetros utilizados na avaliação dos teores crítico e letal de água dos lotes 1 e 2 de sementes de Bactris gasipaes. Campinas, IAC, 2001.

Médias do mesmo lote, seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Lote 1 – Yurimaguas, Peru; Lote 2 – Camamu, BA; Lote 3 – Piraí do Norte, BA; Lote 4 – Pindorama, SP.

Tabela 1b. Médias dos parâmetros utilizados na avaliação dos teores crítico e letal de água dos lotes 3 e 4 de sementes de Bactris gasipaes. Campinas, IAC, 2001.

CONCLUSÕESComprovou-se que sementes de pupunheira são recalcitrantes, com germinação inicial alta (59 a 84%) quando não sujeitas à desidratação (47 a 38% de umidade inicial).

Reduções significativas na germinação e vigor iniciam- se a partir de teores de umidade entre 28 e 23%.

Houve diferenças entre lotes em relação à germinação e ao vigor das sementes, e em relação à sensibilidade à desidratação, indicando que essas características são influenciadas pela colheita e manuseio das sementes, pelas condições agrobioclimáticas de cultivo e, possivelmente, componente genético.

COMPORTAMENTO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE PITOMBEIRA

(Talisia esculenta (A. ST. Hil) Radlk) SUBMETIDAS À DESIDRATAÇÃO

ALVES et al., 2007

Objetivo:Objetivo: avaliar a qualidade fisiológica de avaliar a qualidade fisiológica de sementes de pitombeira submetidas a cinco sementes de pitombeira submetidas a cinco períodos de secagem (0; 24; 48; 96 e 120 períodos de secagem (0; 24; 48; 96 e 120 horas).horas).

RESULTADOS

FIGURA 3 - Teor de água de sementes de pitombeira em função de diferentes períodos de secagem. CCA-UFPB, Areia-PB, fevereiro/2007.

FIGURA 4 - Porcentagem de emergência de plântulas de pitombeira, oriundas de sementes submetidas a diferentes períodos de secagem. CCA-UFPB, Areia-PB, fevereiro/2007.

FIGURA 5 - Primeira contagem de emergência de plântulas de pitombeira, oriundas de sementes submetidas a diferentes períodos de secagem. CCA-UFPB, Areia-PB, fevereiro/2007.

FIGURA 6 - Índice de velocidade de emergência de plântulas de pitombeira, oriundas de sementes submetidas a diferentes períodos de secagem. CCA-UFPB, Areia- PB, fevereiro/2007.

FIGURA 7 - Tempo médio para emergência de plântulas de pitombeira, oriundas de sementes submetidas a diferentes períodos de secagem. CCA-UFPB, Areia-PB, fevereiro/2007.

FIGURA 8 - Freqüência relativa da emergência de plântulas de pitombeira, oriundas de sementes submetidas a diferentes períodos de secagem. (Nt = número total de sementes germinadas, e Tm = tempo médio de emergência). CCA-UFPB, Areia-PB, fevereiro/2007.

4 x25 semente

s

CONCLUSÃO

Para a manutenção da emergência de plântulas e vigor das sementes de pitombeira, a secagem deve ser feita por até 48 horas, quando se obtêm 39,9% de teor de água.

CONSEQUÊNCIAS FISIOLÓGICAS DA DESSECAÇÃO EM SEMENTES DE AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart.)

NASCIMENTO; 2006

Objetivo:Objetivo: verificar os efeitos imediatos da verificar os efeitos imediatos da desidratação sobre a qualidade fisiológica de desidratação sobre a qualidade fisiológica de sementes de açaí.sementes de açaí.

FIGURA 9. Evolução do grau de umidade de sementes de E. oleracea, durante o tempo de secagem a 30ºC±2ºC. Piracicaba, 2004.

TABELA 2. Germinação (G), tempo médio de germinação (TM), velocidade de emergência (IVE), comprimento (CP) e massa de matéria seca (MS) de plântulas, determinados em sementes de E. oleracea . Piracicaba, 2004.

FIGURA 10. Germinação de sementes de E. oleracea, em função do tempo e do grau de umidade de sementes. Piracicaba, 2004.

CONCLUSÕES

A secagem até 37,4% de teor de água não produz efeitos imediatos prejudiciais sobre o desempenho fisiológico das sementes de açaí.

Abaixo de 30,3% de teor de água, há redução progressiva na germinação e vigor das sementes, e ao atingirem 15,1% de teor de água, as sementes não germinam.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A diminuição e ou perda de sua viabilidade pode ser agravada por procedimentos inadequados durante a colheita, secagem, beneficiamento, manuseio ou armazenamento.

As condições ambientais e o período de armazenamento influenciam o processo de conservação das sementes de espécies de frutíferas tropicais, contudo, são necessários maiores estudos que contemplem uma maior gama de espécies, incluindo as exóticas, recentemente introduzidas na região e no país, que apresenta um potencial de crescimento econômico e agronômico.

REFERÊNCIASALVES, E. U. et al. Comportamento fisiológico de sementes de pitombeira [Talisia esculenta (A. ST. Hil) Radlk] submetidas à desidratação. Jaboticabal: Revista Brasileira de Fruticultura, v.30, n.2, jun. 2008. p. 509-516.BOVI, M. L. A.; MARTINS, C. C.; SPIERING, S. H. Desidratação de sementes de quatro lotes de pupunheira: efeitos sobre a germinação e o vigor. Brasília: Horticultura Brasileira, v. 22, n. 1, jan-mar 2004. p. 109–112. FACHINELLO J. C.; NACHTIGAL J. C.; KERSTEN E. Livro eletrônico: Fruticultura fundamentos e práticas. Embrapa/ Clima Temperado. Disponível em:<http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/livro/fruticultura_fundamentos_pratica/1.1.htm>. Acesso em: 26 mai. 2011.FERREIRA, A.G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Artemed: Porto Alegre, 2004. p. 276-281.FONSECA, S. C. L.; FREIRE, H. B. Sementes recalcitrantes: problemas na pós-colheita. Campinas: Bragantia, v.62, n.2, p.297-303, 2003.HONG, T. D.; ELLIS, R. H. A protocol to determine seed storage behaviour. Ipgri Technical Bulletin, Italy, n.1, 1996. p. 38 – 39.LOPES, M. L. B.; SANTOS, A. S. S. Banco da Amazônia e o financiamento da fruticultura regional. Conjuntura do mercado internacional e nacional. Banco da Amazônia: Contexto amazônico, ano 1, n. 5, 2008.

NASCIMENTOS, W. M. O. Conservação de sementes de açaí (Euterpe oleracea Mart.). 2006. 61 p. Piracicaba: Tese de doutorado – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.PEIXOTO, A. M. et al. Enciclopédia agrícola brasileira S-Z. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Fapesb, v. 6, 2006. p. 126-127.ROBERTS, E. H. Predicting the storage life of seeds. Seed Science and Technology, Zürich, v.1, 1973. p. 499-514.SANTOS, E. O.; FERRAZ, Z. M. L. Agrossíntese: Os bons frutos da Bahia. Salvador-Ba: SEAGRI. Disponível em:< http://www.seagri.ba.gov.br/agrosintese_BaAgricV6N1.asp>. Acesso em: 19 jun. 2011.SILVA, T. T. A. et al. Temperatura de germinação, sensibilidade à dessecação e armazenamento de sementes de jaqueira. Fortaleza: Revista Ciência Agronômica, v.38, n.4, 2007. p.436-439.VERTUCCI, C.W.; FARRANT, J.M. Acquisition and loss of desiccation tolerance. In: Seed development and germination (Kiegel, J., Galili, G.). Marcel Dekker Inc. New York. 1995. p. 237- 271.VIEIRA, C. V. et al. Germinação e armazenamento de sementes de camboatã (Cupania vernalis cambess.) sapindaceae. Lavras: Ciências e Agrotecnologia, v. 32, n. 2, mar./abr. 2008. p. 444-449. VILLELA, F.A.; PERES, W.B. Coleta, beneficiamento e armazenamento. In: FERREIRA, A.G.; BROGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Artemed: Porto Alegre, 2004. p. 276-281.

Obrigada pela

Atenção!!!

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