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Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justia -
Foro Extrajudicial
CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA DO ESTADO DE MATO GROSSO
Desembargadora MARIA APARECIDA RIBEIRO
Corregedora-Geral da Justia
Gesto 2017-2018
2
Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justia - Foro
Extrajudicial
2 edio
2017
3
CORREGEDORA GERAL DA JUSTIA
Desembargadora Maria Aparecida Ribeiro
COORDENAO E REVISO:
Antnio Veloso Peleja Jnior
Juiz Auxiliar da Corregedoria-Geral da Justia
Colaboradores:
Nilcemeire dos Santos Vilela
Diretora do DOF Departamento de Orientao e Fiscalizao
ANOREG- Associao dos Notrios e Registradores do Estado de Mato Grosso
Maria Aparecida Bianchini Pacheco
Registradora do 1 Ofcio de Poxoru e Presidente da ANOREG
Velenice Dias de Almeida e Lima
2 Oficio de Rosrio Oeste
Bruno Becker
Cartrio do 1 Ofcio de Nova Ubirat
Niuara Ribeiro Roberto Borges
Cartrio do 2 Ofcio de Barra do Bugres
Marcelo Faria Machado
Cartrio do 2 Ofcio de Jaciara
Auxiliares:
Equipe de Servidores do DOF Departamento de Orientao e Fiscalizao da Corregedoria-
Geral da Justia
4
O presente trabalho foi realizado nas gestes 2013-2014 (Desembargador Sebastio de
Moraes Filho), 2015-2016 (Desembargadora Maria Erotides Kneip) e revisada e atualizada na
gesto 2017-2018 (Desembargadora Maria Aparecida Ribeiro)
5
PROVIMENTO N. 40/2016 CGJ
Dispe sobre a 2 edio da CNGCE -
Consolidaao da Normas Gerais da
Corregedoria Geral da Justia do Foro
Extrajudicial.
A Corregedora-Geral da Justia do Estado de Mato Grosso,
no uso de suas atribuies legais e, com fulcro nos artigos 31 e 39, c, do Cdigo de
Organizao Judiciria do Estado de Mato Grosso - COJE;
CONSIDERANDO que compete ao Poder Judicirio estadual,
como autoridade delegante dos Servios Notariais e de Registro, zelar para que esses servios
sejam prestados com rapidez, qualidade satisfatria e eficincia, nos termos do art. 38, da Lei
Federal n 8.935/94;
CONSIDERANDO que compete s Corregedorias de Justia, a
atividade fiscalizatria dos servios cartorrios e a edio de normas tcnicas que venham
assegurar o bom desempenho dos servios notariais e de registro;
CONSIDERANDO a necessidade de atualizar as Normas de
Servio da Corregedoria Geral da Justia, devido multiplicidade de leis posteriores, bem
como provimentos da Corregedoria-Geral da Justia e da Corregedoria-Nacional de Justia,
Resolues do Conselho Nacional de Justia e outros atos normativos supervenientes;
CONSIDERANDO a necessidade de alcanar maior eficincia
nos servios prestados pelas unidades extrajudiciais, o que contribui a edio de uma norma
administrativa autalizada;
CONSIDERANDO que a reunio em texto nico e
sistematizado de todas as normas internas relativas aos Servios Notariais e de Registro
permitir, a um s tempo, eliminar eventuais repeties ou divergncias entre os atos
normativos, suprimir os dispositivos revogados, expressa ou tacitamente, e os considerados
6
em confronto com a Legislao Federal, a Constituio Estadual e as Leis de Organizao
Judiciria do Estado, conferindo unidade ao corpo de nossa legislao interna;
CONSIDERANDO a importncia que os servios notariais e de
registro representam para a sociedade, em face da segurana jurdica, da preveno de litgios
e os escopos de assegurar a publicidade, a autenticidade e a eficcia dos atos jurdicos
praticados;
CONSIDERANDO a preocupao de melhor racionalizar,
otimizar e disciplinar os servios cartorrios, ao facilitar a consulta e permitir a manuteno
de um sistema simples e rpido de atualizao.
CONSIDERANDO os princpios constitucionais da legalidade,
moralidade, publicidade, eficincia e a necessidade da prestao dos servios de modo
adequado;
REVOLVE:
Art. 1 Aprovar o Cdigo de Normas dos Cartrios
Extrajudiciais do Estado de Mato Grosso, 2 edio, com o fito de estabelecer regras e
procedimentos tcnicos a serem observados, em carter imediato e especfico, como norma
suplementar da legislao estadual e federal, pelos Tabelies e Oficiais de Registro deste
Estado, nos termos deste Provimento.
Art. 2 O Departamento de Orientao e Fiscalizao DOF e a
Comunicao desta Corregedoria adotaro providncias no sentido de promover a divulgao
do Cdigo de Normas ora institudo e ficaro encarregados de preservar a matriz eletrnica do
respectivo texto normativo, mantendo-o ntegro e atualizado, em consonncia com eventuais
alteraes que venham a ser editadas futuramente.
1 O referido Departamento dever manter no stio eletrnico
da Corregedoria-Geral da Justia duas consolidaes das Normas Gerais: uma consolidada,
contendo somente no rodap por meio de nota, qual o provimento que a alterou ou revogou,
e outra tachada, contendo todas as alteraes com correspondente ato, no corpo do texto.
2 Os artigos ou pargrafos revogados sero suprimidos da
norma consolidada.
7
3 As atualizaes feitas por meio de Provimento sero
dispostas no stio eletrnico da Corregedoria, para que possa ser impressa e substituda a(as)
folha(as) existente(s) na Consolidao impressa.
Art. 3 Este provimento entra em vigor na data de sua
publicao, revogando-se as disposies em contrrio, especialmente o Provimento CGJ n
02/2009, especificamente quanto a matria do foro extrajudicial.
Pargrafo nico. Os itens que requerem alterao no sistema
GIF- Gesto Integrada de Foro - entrar em vigor 30 (trinta) dias aps a publicao desta
norma.
Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.
Cuiab, 19 de dezembro de 2016.
Desembargadora MARIA EROTIDES KNEIP
Corregedora-Geral da Justia
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APRESENTAO
A segunda edio da Consolidao das Normas da Corregedoria-Geral da Justia, Foro
Extrajudicial nasceu da necessidade da continuidade administrativa e da facilitao do
trabalho dos notrios e registradores, fornecendo uma norma atualizada e com um formato
diferenciado, desta feita, por artigos.
A norma fruto de duas gestes desta Corregedoria-Geral e teve o tempo necessrio
maturao, para que surgisse uma norma coerente, dinmica e compatvel com a atuao do
foro extrajudicial.
fruto de um esforo concentrado dos Corregedores, juzes auxiliares, diretora do
DOF, membros da ANOREG, servidores, assessores e no tem um nome s, uma chancela
especfica.
Mais do que nomes, o importante servir bem. tentar dotar a coletividade, os
destinatrios da norma, de um instrumento que lhes possa facilitar a vida e agilizar os
negcios. Bons cartrios extrajudiciais significam agilidade no trato negocial, segurana
jurdica, eficcia, eficincia e preveno de litgios.
Por isso, a equipe que comps os trabalhos tentou disciplinar diversos temas da
maneira mais prtica possvel.
Apresento uma norma atual, conectada s diversas leis estaduais e federais, resolues,
provimentos e portarias de diversos rgos, na esperana de poder contribuir na melhoria do
trato negocial extrajudicial.
Meus agradecimentos a todos os que se empenharam na elaborao desta, na firmeza
de que teremos um sistema de Justia mais acessvel ao cidado.
Desembargadora MARIA EROTIDES KNEIP
Corregedora-Geral da Justia
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ABREVIATURAS
A.R. - Aviso de Recebimento
ARISP - Associao dos Registradores Imobilirios de So Paulo
Art. - Artigo
ART Anotao Registro Tcnico
RRT - Registro de Responsabilidade Tcnica
CC - Cdigo Civil
CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo
CENSEC - Central Notarial de Servios Eletrnicos Compartilhados
CF - Constituio Federal
CGJ Corregedoria-Geral da justia
CGC - Cadastro Geral de Contribuintes
CE - Constituio Estadual
CEI - Central Eletrnica de Integrao e Informaes
CGJ - Corregedoria Geral da Justia
CIC - Carto de Identificao do Contribuinte
COJE - Cdigo Judicirio do Estado
CND - Certido Negativa de Dbito
Com. - Comunicado
CPC - Cdigo de Processo Civil
CPF - Cadastro de Pessoas Fsicas
CSM - Conselho Superior da Magistratura
CTN - Cdigo Tributrio Nacional
D. - Decreto
DL - Decreto-lei
DLC - Decreto-lei Complementar
DOE - Dirio Oficial do Executivo
DOI - Declarao sobre Operao Imobiliria
DOJ - Dirio Oficial da Justia
FCRCPN - Fundo de Compensao aos Registradores Civis das Pessoas Naturais
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
IN - Instruo Normativa
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INCRA - Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria
L. - Lei
LC - Lei Complementar
LFed. - Lei Federal
LRP - Lei dos Registros Pblicos
MF - Ministrio da Fazenda
pg. - pgina
parg. - pargrafo
PN - Parecer Normativo
Port. - Portaria
Proc. - Processo
Prov. - Provimento
p.u. - Pargrafo nico
Res. - Resoluo
RITJ - Regimento Interno do Tribunal de Justia
SFH - Sistema Financeiro de Habitao
SRF - Secretaria da Receita Federal
STF - Supremo Tribunal Federal
STJ - Superior Tribunal de Justia
TJ - Tribunal de Justia
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SUMRIO
TTULO I
RECOMENDAES E ORIENTAES, DISPOSIES GERAIS, DA FUNO
CORREICIONAL E DA FISCALIZAO ADMINISTRATIVA.......................arts. 1 a 98
TTULO II
DOS OFCIOS DE JUSTIA DO FORO EXTRAJUDICIAL............................arts. 99 a 280
TTULO III
DO INGRESSO NOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO...............arts. 281 a 359
TTULO IV
DO TABELIONATO DE NOTAS....................................................................arts. 360 a 546
TTULO V
DOS SERVIOS DE PROTESTO DE TTULOS E OUTROS
DOCUMENTOS...............................................................................................arts. 547 a 626
TTULO VI
DOS SERVIOS DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E DE
INTERDIES E TUTELAS...........................................................................arts. 627 a 933
TTULO VII
REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS............................................arts. 934 a 987
TTULO VIII
DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS........................................arts. 988 a 1059
TTULO IX
DOS SERVIOS DE REGISTRO DE IMVEIS.........................................arts. 1059 a 1992
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TTULO I - RECOMENDAES E ORIENTAES, DISPOSIES GERAIS, DA
FUNO CORREICIONAL E DA FISCALIZAO ADMINISTRATIVA
Captulo I - Da consolidao e seu uso
Captulo II - Da funo correicional e da fiscalizao administrativa
Captulo III - Roteiro de correio
Captulo IV - Do envio e recebimento eletrnico, por meio do sistema de malote digital, das
correspondncias entre os cartrios extrajudiciais e as unidades judicirias, diretorias,
corregedoria geral da justia do estado de mato grosso
Captulo V - Da central eletrnica de integrao e informaes CEI
Captulo VI - Da mediao e conciliao nas serventias extrajudicias
TTULO II - DOS OFCIOS DE JUSTIA DO FORO EXTRAJUDICIAL
Captulo I - Das atividades nos servios notariais e de registro
Seo I - Disposies gerais
Seo II - Do expediente
Seo III - Dos empregados das serventias extrajudiciais
Seo IV - Dos servios
Seo V - Dos livros
Seo VI - Da designao de substituto das serventias nos casos de vacncia
Seo VII - Fundo de compensao aos registradores civis das pessoas naturais- FCRCPN
Captulo II - Da tabela de emolumentos
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Da tabela A - atos dos tabelies
Seo III - Da tabela B - atos dos oficiais do registro civil das pessoas naturais
Seo IV - Da tabela C - atos dos oficiais do registro de imveis
Subseo I - Do registro
Subseo II - Da averbao
Subseo III - Do valor
Seo V - Da tabela D - atos dos oficiais de registros de protestos de ttulos comerciais
Seo VI - Da tabela E - atos dos oficiais do registro de ttulos e documentos e do registro
civil de pessoas jurdicas
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TTULO III - DO INGRESSO NOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO
Captulo I - Da outorga de delegao
Seo I - Da investidura
Seo II - Da entrada em exerccio
Seo III - Da vacncia
Seo IV - Da interinidade
Seo V - Da Proibio do nepotismo aos registradores e notrios interinos
Seo VI - Da vacncia, dos deveres, das infraes administrativas, do processo
administrativo disciplinar e das sindicncias
Captulo II - Do controle e segurana dos atos notariais e de registro
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Do auxlio na realizao da correio e modelo de planilha de levantamento e
fiscalizao dos atos notariais e registrais
Seo III - Da implantao do servio de solicitao de selos e da declarao de atos online
dos servios notariais e de registro do estado de mato grosso
Seo IV - Do selo de controle digital nos atos praticados pelos servios notariais e de registro
Subseo I - Serventias deficitrias/pequenas, sem acesso internet
Captulo III - Da manuteno e escriturao dos livros dirio auxiliar, visitas e correies e
controle de depsito prvio pelos titulares de delegaes e pelos responsveis interinamente
por delegaes vagas do servio extrajudicial de notas e de registro, bem como o depsito do
valor da renda lquida excedente a 90,25% dos subsdios de ministro do supremo tribunal
federal
TTULO IV - DO TABELIONATO DE NOTAS
Captulo I - Das disposices gerais
Seo I - Da funo notarial
Seo II - Das atribuies dos tabelies de notas
Captulo II - Dos livros notariais
Seo I - Dos Livros Obrigatrios
Seo II - Da Utilizao dos Livros
Captulo III - Dos atos notariais
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Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Das escrituras relativas a bens imveis
Seo III - Das disposies relativas a imveis rurais
Seo IV - Da escritura pblica de separao, divrcio, inventrio e partilha e, por extenso,
de sobrepartilha e de restabelecimento da sociedade conjugal.
Subseo I - Disposies gerais
Subseo II - Dos emolumentos
Subseo III - Da escritura pblica de separao consensual sem partilha de bens
Subseo IV - Da escritura pblica de separao consensual com partilha de bens
Subseo V - Da escritura pblica de divrcio consensual
Subseo VI - Da escritura pblica de inventrio e partilha
Sub subseo I - Da nomeao de inventariante para realizar ato preparatrio ao inventrio
Sub subseo II - Dos casos de escrituras de sobrepartilha e restabelecimento de sociedade
conjugal, na separao, antes do divrcio
Sub subseo III - Regulamenta o servio da CENSEC
Seo V - Dos atos de autenticao de documentos avulsos e eletrnicos
Seo VI - Do depsito e reconhecimento de letras, firmas e chancelas
Subseo I - Do sinal pblico
Seo VII - Da procurao pblica
Subseo I - Do substabelecimento de procurao
Subseo II - Da procurao em causa prpria
Subseo III - Da revogao da procurao
Seo VIII - Da ata notarial
Seo IX - Do testamento pblico
Subseo I - Da aprovao do testamento cerrado
Subseo II - Da revogao do testamento
Subseo III - Da central de testamentos
Seo X - Das doaes
Seo XI - Da instituio, cesso e renncia do usufruto
Seo XII - Das cartas de sentena notariais
Seo XIII Do apostilamento
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TTULO V - DOS SERVIOS DE PROTESTO DE TTULOS E OUTROS
DOCUMENTOS
Captulo I - Dos livros
Captulo II - Da apresentao do documento
Captulo III - Dos ttulos
Seo I - Do protesto de documentos de dvida
Seo II - Do protesto de cheque
Seo III - Do protesto de ttulos de microempresa e empresa de pequeno porte
Seo IV - Do protesto extrajudicial de certido de dvida ativa
Seo V - Do protesto de sentena lquida
Subseo I Do protesto de deciso que condena ao pagamento de alimentos
Seo VI - Protesto de saldo devedor de custas judiciais e taxa judiciria judicial e
extrajudicial e multa de processos administrativos
Captulo IV - Das intimaes
Captulo V - Do pagamento
Captulo VI - Da lavratura, registro e certides
Captulo VII - Das certides
Captulo VIII - Da devoluco dos ttulos e dos documentos protestados
Captulo IX - Do cancelamento do protesto
Captulo X - Dos emolumentos
Captulo XI - Das disposies finais
TTULO VI - DOS SERVIOS DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E
DE INTERDIES E TUTELAS
Captulo I - Das disposies gerais
Captulo II - Da escriturao e da ordem de servio
Seo I - Dos livros
Seo II - Da escriturao
Seo III - Da publicidade
Seo IV - Da conservao
Captulo III - Do nascimento
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Seo I - Das formalidades para o registro
Seo II - Do nome
Seo III - Da legitimidade
Seo IV - Do registro por mandado judicial
Seo V - Do registro da sentena de adoo
Seo VI - Assento de nascimento de indgena no registro civil das pessoas naturais
Seo VII - Da indicao do suposto pai
Seo VIII - Do reconhecimento de paternidade oficiosa
Seo IX Da Indicao do suposto pai de pessoas registradas sem paternidade reconhecida e
reconhecimento espontneo de filho
Seo X - Registro de nascimento tardio
Seo XI - Dos registros de nascimento feitos nos estabelecimentos de sade que realizam
parto
Seo XII - Dos registros bitos feitos nos estabelecimentos de sade
Seo XIII - Da criao do posto de atendimento de registro civil de nascimento itinerante do
estado de mato grosso
Captulo IV - Do casamento
Seo I - Da habilitao
Seo II - Da celebrao de do registro
Seo III - Do casamento religioso com efeito civil
Seo IV - Das sentenas de alterao de estado civil
Seo V - Da converso da unio estvel em casamento
Seo VI - Do registro de unio estvel de pessoas do mesmo sexo
Seo VII - Do casamento urgente no caso de molstia grave
Seo VIII - Do casamento em iminente risco de vida ou nuncupativo
Captulo V - Do bito
Seo I - Das formalidades do registro
Seo II - Do natimorto
Seo III - Dos legitimados
Seo IV - Da justificao
Seo V - Das informaes
Seo VI - Do assento de bito de pessoa desconhecida e da utilizao do cadver para
estudos e pesquisas
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Subseo I - Da morte presumida
Captulo VI - Da emancipao, da interdio e da ausncia
Seo I - Da emancipao
Seo II - Da interdio
Seo III - Da ausncia
Captulo VII - Dos translados de assentos lavrados em pas estrangeiro
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Do traslado de assento de nascimento
Seo III - Do traslado de assento de casamento
Seo IV - Do traslado de assento de bito
Seo V - Das averbaes em geral e especficas
Seo VI - Das anotaes em geral e especficas
Seo VII - Das retificaes, restauraes e suprimentos
TTULO VII - REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS
Captulo I - Das funes
Captulo II - Dos livros de registro
Captulo III - Do registro
Seo I - Das disposies legais
Seo II - Do registro de livros fiscais
Seo III - Do registro de jornais, oficinas impressoras, empresas de
Radiodifuso e agncias de notcias
Seo IV - Das disposies finais
TTULO VIII - DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS
Captulo I - Das atribuies
Captulo II - Da escriturao
Captulo III - Da transcrio e da averbao
Captulo IV - Da ordem dos servios
Captulo V - Das notificaes extrajudiciais
Captulo VI - Do cancelamento
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TTULO IX - DOS SERVIOS DE REGISTRO DE IMVEIS
Captulo I - Dos livros e sua escriturao
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Do livro de recepo de ttulos para exame e clculo de emolumentos
Seo III - Do livro n 1 protocolo
Seo IV - Do livro n 2 registro geral
Seo V - Do livro n 3 registro auxiliar
Seo VI - Do livro n 4 indicador real
Seo VII - Do livro n 5 indicador pessoal
Seo VIII - Do livro de registro de aquisio de imvis por estrangeiros (lei n 5.709/71)
Seo IX - Dos livros suplementares
Captulo II - Da matrcula
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Da abertura da matrcula
Seo III - Fuso de matrculas
Seo IV - Princpio da concentrao na matrcula
Seo V - Do bloqueio da matrcula
Seo VI - Do cancelamento e encerramento da matrcula
Seo VII - Da suscitao de dvida
Seo VIII - Da retificao no registro imobilirio
Subseo I - Das hipteses de retificao
Subseo II - A retificao dos direitos e/ou fatos
Subseo III - A retificao bilateral ou consensual
Subseo IV - Da anlise qualitativa e quantitativa
Subseo V - Do procedimento da retificao imobiliria no registro de imveis
Seo IX - Da qualificao registral
Subseo I - Das disposies gerais
Subseo II - Das certides
Subseo III - Dos ttulos judiciais
Subseo IV - Instrumentos pblicos e administrativos
Subseo V - Dos direitos reais
Subseo VI - Dos instrumentos particulares
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Subseo VII - Da escritura pblica
Captulo III - Do registro
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Instituio do bem de famlia
Seo III - Das hipotecas
Seo IV - Das cdulas de crdito
Subseo I - Cdulas de Crdito Rural CCR
Subseo II - Cdula Rural Pignoratcia - CRP
Subseo III -Cdula Rural Hipotecria CRH
Subseo IV - Cdula Rural Pignoratcia e Hipotecria CRPH
Subseo V - Nota de Crdito Rural NCR
Subseo VI - Da cdula de produto rural e cdula de produto rural financeira
Subseo VII - Da Cdula de Crdito Bancrio CCB
Subseo VIII - Da cdula de crdito comercial, industrial e a exportao
Seo V - Dos arrestos e sequestros de imveis e das citaes de
Aes reais ou pessoais reipersecutrias relativas a imveis
Subseo I - Das penhoras, arrestos e sequestros de imveis
Oriundos da justia do trabalho
Seo VI - Das servides
Seo VII - Das convenes ou pactos antenupciais
Seo VIII - Das escrituras de separao, divrcio e inventrio extrajudicial
Seo IX - Da carta de sentena em separao judicial
Seo X - Do formal de partilha
Seo XI- Dos pr-contratos relativos a imveis loteados
Seo XII - Das arremataes e adjudicaes em hasta pblica
Seo XIII - Da transferncia de imvel para sociedade empresria
Seo XIV - Dos contratos de locao
Seo XV - Da compra e venda
Seo XVI - Da promessa de compra e venda
Seo XVII -Da compra e venda com cesso de direitos
Seo XVIII - Da alienao fiduciria de bens imveis
Subseo I - Da constituio da propriedade fiduciria
Seo XIX - Da doao entre vivos
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Seo XX - Da dao em pagamento
Seo XXI - Da permuta ou troca
Seo XXII - Do direito de superfcie
Seo XXIII - Do usufruto de imvel
Seo XXIV - Do registro de carta de arrematao decorrente de execuo
Extrajudicial
Captulo IV - Da averbao
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Da averbao premonitria
Seo III - Dos pactos antenupciais e da alterao do regime de bens
Seo IV - Da edificao, reconstruo, demolio, reforma ou ampliao de prdio
Seo V - Das obrigaes, direitos, cesses, concesses, ttulos e outras ocorrncias
ambientais
Subseo I - Das disposies gerais
Subseo II - Da reserva legal
Subseo III- Da compensao de reserva legal
Subseo IV - Da servido ambiental
Seo VI - Da averbao de quitao do preo
Seo VII - Da alterao do estado civil
Seo VIII - Das sentenas de separao judicial, divrcio, nulidade ou anulao de
casamento
Seo IX - Da averbao de interdio
Seo X - Dos contratos de compra e venda com substituio de muturio
Seo XI - Dos decretos de desapropriao
Seo XII - Da alterao do nome e da transformao das sociedades
Seo XIII - Do tombamento de imveis
Seo XIV - Da averbao dos contratos referentes aos imveis financiados pelo sistema
financeiro de habitao - contratos de gaveta
Seo XV - Da enfiteuse
Seo XVI - Do georreferenciamento
Subseo I - Da obrigatoriedade da certificao
Subseo II - Da dispensa de certificao
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Subseo III - Dos procedimentos de averbao de georreferenciamento e registro
de ttulos definitivos de domnio emitidos pelo poder pblico, estadual e/ou federal
Subseo IV - Da averbao do georreferenciamento em matrcula de ttulo deslocado e/ou
sobreposto
Seo XVII - Do Sistema Financeiro de Habitao - SFH
CAPTULO V - Do parcelamento do solo urbano - loteamentos e desmembramentos Dos
loteamentos de imveis urbanos e rurais
Seo I - Disposies gerais
Seo II - Da competncia territorial
Seo III - Da regularizao do parcelamento
(conjuntos habitacionais no registrados)
Seo IV - Dos depsitos nos loteamentos urbanos irregulares
Seo V - Do processo e registro
Seo VI - Das intimaes e do cancelamento
Captulo VI - Do condomnio edilcio
Seo I - Da incorporao imobiliria
Seo II - Do memorial de incorporao
Seo III - Instituio de condomnio
Seo IV - Do habite-se parcial especificao parcial de condomnio
Seo V - Da conveno de condomnio
Seo VI - Do patrimnio de afetao
Captulo VII - Da regularizao fundiria urbana
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Do procedimento geral do registro do projeto de regularizao fundiria
Seo III - Da regularizao de condomnio de fraes ideais
Subseo IV - Da demarcao urbanstica
Seo IV - Da legitimao de posse
Seo V - Da regularizao de glebas urbanas parceladas antes da lei n 6.766/79
Seo VI - Da abertura de matrcula para rea pblica em parcelamento no registrado
Seo VII - Da abertura de matrcula de imvel pblico
Seo VIII - Da regularizao dos conjuntos habitacionais
Seo IX - Das disposies finais
Seo X - Do cadastro de regularizao fundiria urbana
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Captulo VIII - Da Regularizao Fundiria Rural
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Da regularizao de parcelas de imveis rurais em condomnio pr diviso
Seo III Do Regimento Interno da Comisso de Assuntos Fundirios e Registros Pblicos
da Corregedoria-Geral da Justia - CAF/MT
Seo IV Da comisso de assuntos fundirios de mbito municipal
Seo V - Da regularizao de projetos de assentamentos rurais do incra e o registro de ttulos
da reforma agrria junto aos cartrios de registro de imveis do estado de mato grosso
Subseo I - Dos ttulos da reforma agrria
Subseo II - Do procedimento de registro do projeto de assentamento rural
Subseo III - Da exigncia do georreferenciamento para o registro do ttulo definitivo de
domnio
Subseo IV - Das disposies gerais
Seo VI - Do cadastro de regularizao fundiria rural
Subseo I - Instrumento Particular do Fundo Terras e de Reforma Agrria, com fora de
escritura pblica, e reduo 50% no pagamento de registro de escritura imveis derivados de
crdito fundirio.
Captulo IX - Da aquisio e arrendamento de imveis rurais por estrangeiros
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Do caso especfico dos cidados portugueses
Seo III - Das comunicaes
Captulo X - Da indisponibilidade de bens
Seo I - Da comunicao acerca da decretao de indisponibilidade de bens
Seo II - Central Nacional de Indisponibilidade de bens CNIB
Captulo XI - Da interligao por sistema eletrnico, denominado penhora on line, para
averbaes de penhoras de bens imveis, por meio da central de servios eletrnicos
compartilhados da associao dos registradores imobilirios de So Paulo - ARISP
Seo I - Das disposies gerais
Seo II - Da certido digital
Seo III - Das pesquisas para localizao de imveis e visualizao de matrcula online
Seo IV - Da penhora eletrnica de imveis (penho online)
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TTULO I - RECOMENDAES E ORIENTAES
DISPOSIES GERAIS, DA FUNO CORREICIONAL E DA FISCALIZAO
ADMINISTRATIVA
CAPTULO I
DA CONSOLIDAO E SEU USO
Art. 1 Todas as orientaes de carter geral expedidas at a presente data pela Corregedoria-
Geral da Justia, expressas em Provimentos, Instrues, Ofcios Circulares e Recomendaes,
assim como em quaisquer outros atos normativos, editados at a presente data, esto reunidas
nesta Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justia relativa ao Foro
Extrajudicial, que tambm pode ser designada pela sigla CNGCE.
Art. 2 Para o uso das normas e facilitar eventuais alteraes futuras, que podero ocorrer por
meio de Provimento, a Consolidao se organizar em ttulos, captulos, sees e subsees.
Pargrafo nico. A Corregedoria manter dois arquivos atualizados, um consolidado e outro
tachado com as alteraes e incluses.
Art. 3 Modificao, supresso e/ou acrscimo no texto da CNGCE se daro por intermdio
da expedio de Provimento e remessa para publicao no rgo Oficial, com as alteraes
veiculadas nesta norma.
1 O Departamento responsvel organizar a folha a ser substituda com o novo texto,
enviando-a aos integrantes dos Foros Administrativo e Extrajudicial, preferencialmente por
malote digital ou e-mail. A folha tambm ser disponibilizada no site www.tjmt.jus.br/cgj-
link.atoscorregedoria, item atualizao do foro extrajudicial.
2 A folha recebida na comarca dever ser imediatamente adicionada no classificador ou
pasta, descartando a folha anterior.
3 Esta Consolidao e os Provimentos que a alterarem sero disponibilizados na internet,
no site da Corregedoria Geral da Justia, endereo eletrnico:
www.tjmt.jus.br/corregedoria/areas/atoscorregedoria, item provimento ou CNGCE, e o texto
alterado dever ser includo no rodap da folha alterao na CNGCE, citando o ato que o
alterou ou inseriu.
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CAPTULO II
DA FUNO CORREICIONAL E DA FISCALIZAO ADMINISTRATIVA
Art. 4 A atividade correicional ser exercida pelo Corregedor-Geral da Justia e nos limites
da Comarca, pelo respectivo Juiz, compreendendo a orientao, fiscalizao e inspeo
constante das serventias.
Art. 5 No exerccio dessa atividade sero editadas instrues, expedidas recomendaes,
corrigidos erros e coibidos abusos ou ilegalidades.
Art. 6 A funo correicional ser exercida por intermdio de inspees, correies
permanentes, ordinrias, peridicas e extraordinrias, gerais ou parciais.
1 As inspees e correies independem de aviso e o Corregedor-Geral da Justia as far
nos servios extrajudiciais de qualquer comarca, podendo deleg-las a Juiz de Direito.
2 A correio permanente compreender a fiscalizao de reparties relacionadas
diretamente com os servios extrajudiciais, bem como sobre a atividade dos servidores que
lhes sejam subordinados.
3 Toda correio ordinria ser informada com antecedncia e objetivar a fiscalizao
geral.
4 A correio extraordinria consiste na fiscalizao excepcional, realizvel a qualquer
momento pelo magistrado, de ofcio, ou mediante determinao do Conselho da Magistratura
ou do Corregedor-Geral da Justia, podendo ser geral ou parcial, conforme abranja ou no
todos os servios da comarca.
Art. 7 Ao trmino da correio, o magistrado far relatrio detalhado, com as
recomendaes ou no, o qual ser enviado para efetivo cumprimento ou cincia do
Notrio/Registrador.
1 O Notrio/Registrador ter 10 (dez) dias para impugn-lo e atender as recomendaes.
2 O magistrado dever comprovar, quando do envio do relatrio Corregedoria, que o
Notrio/Registrador foi notificado, conforme o caput.
Art. 8 A competncia para fiscalizao administrativa dos Servios Notariais e de Registro
do Juzo da Direo do Foro da Comarca (nominado Corregedor Permanente), sem prejuzo
das atribuies do Corregedor-Geral da Justia, entendido este como autoridade competente,
nos termos do art. 38 da Lei n 8.935/94.
Pargrafo nico. Os recursos das decises proferidas pelos Corregedores Permanentes ou
pelo Corregedor-Geral da Justia sero interpostos, respectivamente, com efeitoS devolutivo e
26
suspensivo, Corregedoria-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, respectivamente
no prazo de 10 (dez) dias, sendo que o ltimo rgo o juiz natural para a apreciao do
recurso que envolve matria administrativa-disciplinar.
Art. 9 As correies sero procedidas e dirigidas pessoalmente pelo Corregedor-Geral da
Justia ou por Juiz de Direito Auxiliar da Corregedoria, por ele especialmente designado, em
segredo de justia, se entender necessrio.
Art. 10. Quando necessrio, os servidores da comarca ficaro disposio do Corregedor-
Geral da Justia ou dos Juzes Auxiliares para realizao dos trabalhos correicionais.
Art. 11. Os atos do Corregedor-Geral da Justia do Estado de Mato Grosso, no mbito do foro
extrajudicial, sero expressos por meio de:
I - Provimento: ato de carter normativo, com a finalidade de esclarecer ou orientar quanto
aplicao de dispositivos de lei; o instrumento administrativo da Corregedoria, que tem por
finalidade editar normas de carter geral;
II - Recomendao: proferida nos prprios autos de consulta/providncias e outros, a qual ter
fora impositiva;
III - Despachos: atos pelos quais se ordene diligncia ou mande extrair certides ou
informaes para fundamentao dos autos em anlise;
IV - Instruo: ato que objetiva advertir sobre a necessidade ou a forma de se cumprir ou fazer
cumprir preceito legal ou normativo;
V - Ordem de Servio: para, internamente e no plano administrativo, regular os servios da
Corregedoria-Geral da Justia;
VI - Circular: instrumento por intermdio do qual se divulga matria normativa ou
administrativa para conhecimento em geral, e dirigida concomitantemente a diversas
autoridades administrativas do mesmo grau hierrquico;
VII - Portaria: ato de natureza especfica que visa formalizar medidas administrativas
adotadas;
VIII - Ofcios: comunicao escrita e formal endereada a autoridades, serventurios,
registradores, notrios, rgos ou particulares.
Art. 12. Provimentos e Portarias se tornaro pblicos mediante publicao no Dirio da
Justia Eletrnico, exceto nos casos de matria de carter confidencial, quando, ento, ser
enviado documento prprio cada serventia.
Art. 13. O Juiz designado para Direo do Foro realizar correio ordinria anual no Foro
Extrajudicial, at o ms de agosto, conforme dispe o artigo 86 do COJE, devendo enviar
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relatrio Corregedoria-Geral da Justia, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogveis por igual
prazo, justificadamente, quando deferido pelo Corregedor-Geral da Justia, em razo da
quantidade de serventias e da extenso territorial da comarca, obedecendo o procedimento do
art. 7 deste norma.
1 Para realizao da correio poder o magistrado solicitar o apoio do Departamento de
Controle e Arrecadao DCA, na forma do artigo 313 desta Consolidao.
2 A prorrogao do prazo referido no caput dever ser formalizada por Portaria do Juzo
com os motivos que a ensejaram, que ser enviada Corregedoria-Geral da Justia.
3 Realizada a correio, dever ser enviado o respectivo termo Corregedoria-Geral da
Justia, por meio eletrnico disponibilizado no sistema de correio on line, localizado no
Portal do Magistrado, no prazo previsto no caput deste artigo.
4 O magistrado deve inserir a correio no sistema, no exerccio em que ela for realizada,
mesmo que o Corregedor-Geral da Justia lhe conceda prorrogao de prazo para que ela seja
realizada no exerccio seguinte. Ex: correio realizada em 2015, deve ser inserida no
relatrio de 2015, mesmo que no tenha sido realizada em 2014.
5 O Departamento responsvel dever liberar o sistema de correio no dia 02/01 e
encerr-lo, impreterivelmente, no dia 30/12 de cada ano.
6 No dia 07 de janeiro, o Departamento dever relacionar as serventias que no realizaram
correio ou em que o Magistrado requereu prorrogao ou dispensa e enviar ao
Corregedor.
Art. 14. Sem prejuzo das providncias a serem adotadas pela Corregedoria-Geral da Justia,
caber ao Juiz que estiver no exerccio da Direo do Foro adotar as medidas necessrias para
apurao das irregularidades e aplicao das sanes administrativas-disciplinares aos
Oficiais.
1 Os procedimentos podero ter incio de ofcio ou mediante requerimento, verbal ou
escrito, sempre a objetivar a correo e a qualidade dos atos notariais e registrais.
2 As partes e/ou interessados (cidado, advogados, magistrados, serventurios e outros)
podero registrar suas reclamaes, sugestes, pedido de informaes ou, ainda elogio,
referente serventia prestadora de servio, exclusivamente por meio do servio Fale com a
Corregedoria por intermdio do e-mail falecomacorregedoria@tjmt.jus.br, em qualquer dia e
hora.
3 Todos os e-mails recebidos sero prontamente lidos e encaminhados ao Juiz Auxiliar da
Corregedoria responsvel, que analisar a procedncia ou no do assunto relatado.
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4 Caso procedente, o(s) fato(s) relatado(s) ser(o) apurado(s) e a Corregedoria informar
virtualmente ao Remetente acerca da providncia tomada em relao ao caso.
5 As sugestes e pedido de informaes, recebidos pelo servio Fale com a Corregedoria
somente sero analisados pela Corregedoria-Geral da Justia quando demonstrado que na
Diretoria do Foro respectiva, igual providncia tenha sido solicitada e no houver deciso ou
providncia aps o transcurso do prazo de 10 (dez) dias.
Art. 15. Aplica-se ao procedimento da ao disciplinar para verificao do cumprimento dos
deveres e eventual imposio das penalidades previstas na Lei n 8.935/94, o disposto na Lei
Estadual n. 6.940/97, bem como, no que couber, as disposies do Estatuto do Servidor
Pblico Civil do Estado de Mato Grosso e o Provimento n. 05/2008/CM.
Pargrafo nico. Conforme as peculiaridades do Servio, e nos termos da Lei n 8.935/94,
na hiptese da suspenso preventiva do respectivo titular, proceder-se- na forma do artigo 36
e pargrafos da citada Lei.
Art. 16. Nas correies realizadas no Foro Extrajudicial, em que for constatada diferena a
maior no recolhimento de emolumentos, gerando crdito para os usurios do servio, o Juiz
Diretor do Foro dever, aps deciso no mais sujeita a recurso, no prazo de 10 (dez) dias:
I - determinar que o notrio ou registrador adote todas as providncias necessrias
localizao da parte, aps deciso no mais sujeita a recurso;
II - no localizada a parte, dever intimar o notrio ou registrador, para no prazo de 05 (cinco)
dias:
a) depositar a importncia remanescente na conta nica do Poder Judicirio do Estado de
Mato Grosso, vinculada ao processo;
b) juntar o comprovante do depsito no Termo de Correio ou Pedido de Providncias
respectivo, identificando o(s) titular(es) do(s) crdito(s) e o(s) respectivo(s) valor(es), ficando
o referido numerrio disposio do(s) usurio(s).
Art. 17. Aos Diretores do Foro incumbe a fiel fiscalizao do recolhimento tempestivo das
taxas referentes ao FUNAJURIS Fundo de Apoio ao Judicirio, recolhimento do ISSQN -
Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza, FGTS Fundo de Garantia do Tempo de
Servio, Contribuio da Previdncia Social, Folha de pagamento dos funcionrios.
Art. 18. A ausncia do recolhimento implicar na instaurao, por parte do Diretor do Foro
(Corregedor-Permanente), de sindicncia ou processo administrativo, nos termos das normais
legais e administrativas vigentes (Constituio Federal, artigos 37 e 236, Lei Federal n
8.935/94, Lei Estadual n 6.940/97, COJE Cdigo de Organizao Judiciria do Estado de
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Mato Grosso, CNGCE Consolidao das Normas da Corregedoria Geral da Justia,
Provimento 05/2008CM e 12/2013CM ambos do Conselho da Magistratura e, no que for
aplicvel, as disposies da Lei Estadual do Servidor Pblico).
Art. 19. Ao tabelio (notrio e registrador) incumbe remeter Diretoria do Foro da Comarca,
no prazo de 10 (dez) dias teis, o comprovante do recolhimento tempestivo das taxas
referentes ao FUNAJURIS Fundo de Apoio ao Judicirio, ISSQN - Imposto Sobre Servios
de Qualquer Natureza, FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Servio, Contribuio da
Previdncia Social e Folha de pagamento dos funcionrios, referentes ao ms anterior.
Art. 20. O Departamento de Controle e Arrecadao - DCA dever remeter
Corregedoria uma lista mensal e individualizada dos Cartrios Extrajudiciais inadimplentes
com o recolhimento da Taxa do FUNAJURIS at o quinto dia til do ms subsequente ao
vencimento.
Art. 21. Cabe ao Juiz Corregedor Permanente processar e decidir as dvidas levantadas por
registrador com fundamento nos artigos 198 da Lei n. 6.015/73 e nos termos do artigo 104
desta Norma.
Art. 22. As Consultas e os Pedidos de Providncias formulados pelos Notrios, Registradores
e interessados devero ser analisados diretamente pelo Juiz Corregedor Permanente.
Pargrafo nico. Se no prazo de 10 (dez) dias, o Juiz Corregedor Permanente no se
manifestar acerca da Consulta e do Pedido de Providncias, poder o consulente ou o
solicitante reclamar da morosidade diretamente Corregedoria Geral da Justia.
Art. 23. Cabe ainda ao Juiz Corregedor Permanente processar e julgar os feitos relativos a
Processo Administrativo e Sindicncia contra Registrador/Notrio nos termos do art. 15 desta
Consolidao para apurao e aplicao de sanes administrativas disciplinares, cabendo
recurso, no caso em tela, ao Conselho da Magistratura, consoante dispe o Provimento n
12/2013-CM.
Art. 24. As Consultas e os Pedidos de Providncias formulados de forma abstrata
questionando as normas da Corregedoria Geral da Justia do Foro Extrajudicial ou Lei em
tese devero ser feitos de forma fundamentada Corregedoria, conforme modelos anexos.
Pargrafo nico. Se a consulta e o Pedido de Providncias no estiverem no padro
proposto, o protocolo dever fazer a devoluo da petio para que adeque ao modelo
disposto no caput.
Art. 25. Da deciso do Juiz Corregedor Permanente caber recurso, no prazo de 10 dias, ao
Corregedor-Geral da Justia.
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Art.25-A. O Juiz Diretor do Foro, que constatar m qualidade na prestao dos servios
extrajudiciais, decorrente da falta ou ineficincia no gerenciamento da serventia
correicionada, poder solicitar ao Corregedor-Geral da Justia a implantao de sistema de
gesto da qualidade.
Art.25-B. Corregedoria-Geral da Justia far, semestralmente, levantamento das serventias
vagas do Estado, bem como informar ao setor competente para que proceda abertura de
concurso pblico visando ao seu provimento, a fim de cumprir o disposto no artigo 44,
pargrafo 2, da Lei n. 8.935/1994.
Art.25-C. A Corregedoria-Geral da Justia far, anualmente, o levantamento de todas as
serventias do estado de Mato Grosso, a fim de manter atualizadas as informaes referentes
aos titulares, seus substitutos automticos, bem como aqueles que estiverem designados em
carter precrio e excepcional, sem qualquer vinculao com o cargo.
31
CAPTULO III
ROTEIRO DE CORREIO
Art. 26. O Juiz responsvel editar Portaria de correio, devidamente especificada, com
ampla divulgao, marcando o perodo para a correio, nos termos do artigo 13 desta
Consolidao, com comunicao e envio de cpia Corregedoria-Geral da Justia e aos
responsveis pelos servios objeto da correio.
Art. 27. Na correio devem ser verificados alm dos itens abaixo, os roteiros de correio
(anexos) contemplando o roteiro geral (parte estrutural da serventia), tabelionato de natos,
protestos, pessoa jurdica, pessoas naturais, registro de imveis, ttulos e documentos.
I - se esto afixados em lugar bem visvel ao pblico o aviso de prazo para expedio de
certido e a Tabela de Emolumentos (Lei 7.550/01 e alteraes);
II - se os empregados e escreventes possuem carteira de trabalho anotada;
III - se est em dia o recolhimento em favor do FUNAJURIS;
IV - se existem serventias vagas e, em caso positivo, se j foi feita a comunicao ao
Conselho da Magistratura e ao Corregedor-Geral da Justia, e adotadas as providncias
previstas na Seo VI, do Captulo I, do Ttulo II, bem como se ela est fazendo o depsito
referente ao subsdio do teto;
V - se a disposio dos mveis e as condies de higiene e ordem do local de trabalho so
convenientes, bem como a segurana (extintor de incndio etc);
VI - se foram sanadas e no esto sendo repetidas todas as irregularidades constatadas na
correio anterior, adotando as providncias disciplinares cabveis;
VII - se esto sendo observados pelos Servios Notariais e Registrais, a Lei de Emolumentos
(Lei 7.550/01 e alteraes) e os Provimentos com as respectivas atualizaes;
VIII - se o Cartrio possui a Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria e se ela est
atualizada;
IX - se os selos digital de autenticidade so utilizados corretamente;
X - se o arquivo de livros e papis seguro, limpo, livre de insetos, com separaes por
espcie ou tipo, distribudos em prateleiras, contm etiquetas especificando tipo/espcie e
perodo etc;
XI - se a serventia participou de Programa de Qualidade, se foi premiada e qual categoria.
XII - se as cpias de documentos apresentados na serventia para instruo de lavratura de atos
notariais e registrais, mediante a substituio por arquivo digital, observa as medidas de
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segurana constantes nas Recomendaes ns 9 e 11-CNJ, bem como adota a organizao dos
documentos que deve ter correspondncia entre os documentos arquivados digitalmente e o
ato lavrado ou registrado.
XIII - Conferir se os livros esto encadernados ou organizados, na forma estabelecida na Lei
n. 6.015/73.
XIV - Verificar se o Notrio/Registrador realiza a autocorreio semestralmente, nos termos
desta Consolidao.
Art. 28. Em relao aos livros e sua escriturao dever ser verificado:
I - se o Cartrio possui todos os livros obrigatrios e se eles esto devidamente nominados e
numerados na sequncia, termos da Lei de Registro Pblico;
II - se eles contm termo de abertura, se as folhas foram numeradas e rubricadas e, nos j
encerrados, se consta o termo de encerramento, de acordo com o estabelecido no artigo 136
desta Consolidao;
III - se os livros de folhas soltas esto numeradas, rubricadas e encadernada, bem como se
contm termos de abertura e encerramento, de acordo com o estabelecido no artigo 136 desta
Consolidao;
IV- se feita corretamente a escriturao, com utilizao de tinta indelvel de cor preta ou
azul; se no h rasuras e se foram ressalvadas e certificadas, com data e assinatura de quem as
fez, as anotaes como sem efeito, inutilizado e em branco;
V - se esto sendo numerados, na sequncia, os termos e livros.
Pargrafo nico. No registro de imveis, a ficha do Indicador Real (Livro 04) e do Indicador
Pessoal (livro 05) pode ser substituda, as expensas do oficial, por Cadastro em sistema
informatizado, garantida a autenticidade, segurana e eficcia dos atos, devendo o arquivo
redundante (backup) ser salvo, pelo menos, em uma mdia segura (CD ou DVD ou fita
magntica) ou em unidade externa (Disco Rgido Removvel), que ficar armazenado em
local distinto, igualmente seguro, do qual dever ser informado o Juiz Corregedor
Permanente.
Art. 29. Alm das providncias enumeradas no artigo 28 desta norma, nos Servios Notariais
e Registrais do Foro Extrajudicial, devero ser observadas:
I - se vem sendo utilizada, indevidamente, fita corrigvel de polietileno ou outro corretivo
qumico;
II - se so deixados espaos ou verso de folhas em branco, o que proibido, salvo quando
destinados a averbaes;
33
III - se so bem qualificadas as partes e as testemunhas dos atos lavrados, bem como as
testemunhas que assinam a rogo;
IV - se nas certides e nos atos lavrados so cotados corretamente os emolumentos e as
custas;
V - se esto remetendo as folhas de pagamento, acompanhadas dos respectivos recibos, a
direo do foro, em cumprimento ao art. 98-A do COJE;
VI - se esto de acordo com a Lei de Registro Pblico a escriturao e o registro;
VII - se esto sendo corretamente utilizados os selos de autenticidade, bem como enviado o
lote de retorno de selos (atos realizados) nos termos desta Consolidao;
VIII - se o notrio/registrador exerce as atividades para as quais recebeu Delegao;
IX - se as serventias deficitrias esto recebendo o repasse do complemento do Fundo de
Compensao aos Registradores Civis das Pessoas Naturais FCRCPN, pela ANOREG -
MT;
X - se as declaraes dos atos notariais e registrais esto sendo encaminhadas e os
recolhimentos esto sendo efetuados at o dia 05 do ms subsequente ao vencido para o
FUNAJURIS (Lei n 8.033/2003);
XI - se as alteraes de endereo e/ou quadro funcional esto sendo devidamente informadas
Diretoria do Foro e a Corregedoria-Geral da Justia.
Art. 30. Fica recomendado aos Juzes Diretores dos Foros, nos termos do artigo 52, inciso V,
da Lei n 4.964/85, especial e rigorosa fiscalizao quanto:
I - facultativa a utilizao do Livro Dirio Auxiliar tambm para fins de recolhimento do
Imposto de Renda (IR), ressalvada nesta hiptese a obrigao de o delegatrio indicar quais as
despesas no dedutveis para essa ltima finalidade e tambm o saldo mensal especfico para
fins de imposto de renda. A mesma faculdade aplica-se para os fins de clculo de Imposto
Sobre Servios (ISS), hiptese em que dever ser observada a legislao municipal.
II - a imediata remessa dos valores devidos ao Fundo de Compensao dos Registradores
Civis de Pessoas Naturais - FCRCPN do ms seguinte quele da arrecadao, no prazo legal,
consoante disposto na seo VII do Captulo I, do Ttulo II desta Norma;
III - Recolhimento do FUNAJURIS, bem como se a serventia est informando sobre a
aquisio de imveis por estrangeiro.
Art. 31. Titulares e os interinos dos Servios Notariais e de Registro devero:
I - escriturar, diria e obrigatoriamente, o livro dirio Auxiliar e o livro de depsito prvio,
nos termos das normas especficas;
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II - remeter os valores devidos ao FCRCPN at o 5. (quinto) dia til do ms seguinte ao da
arrecadao, por meio de depsitos bancrios ou "DOCs" em conta corrente a ser indicada
pela ANOREG;
III Revogado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral da Justia do Estado de
Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017.
Art. 32. Sempre que houver notcia quanto a no-remessa dos valores, ou desacordo deles
com o nmero de atos praticados, o Juiz Diretor do Foro proceder inspeo/correio no
Servio de Notas e de Registro, caso em que instaurar procedimento, nos termos da Lei
federal n 8.935/94 (Art.s. 31, 37 e 38) e da Lei estadual n. 6.940/97 (arts. 18 a 23).
Pargrafo nico. Nas hipteses desta norma, qualquer membro do conselho curador do
fundo de compensao, bem como membro da ANOREG poder formular reclamao
diretamente ao Juiz Diretor do Foro da comarca, contra o titular do Servio Notarial e de
Registro.
Art. 33. Nos Tabelionatos de Notas dever ser verificado:
I - se vm sendo deixado espaos em branco entre o final da escritura e as assinaturas;
II - se existe escritura lavrada e no assinada h mais de 10(dez) dias. Em caso positivo, deve
ser tornada sem efeito;
III - se os atos lavrados esto acompanhados dos documentos indispensveis exigidos nas
normas que regulam a matria.
Art. 34. No Registro Civil das Pessoas Naturais dever ser verificado:
I - se nos assentos de nascimento obedecida a grafia correta e no se registram prenomes
que exponham ao ridculo seu portador;
II - se foi observada a regularidade formal na habilitao de casamento;
III - se os bitos registrados no ms esto sendo comunicados ao INSS, Secretaria de Sade,
ao Ministrio do Exrcito e Justia Eleitoral; sendo bito de estrangeiro, se tambm foi
comunicado Polcia Federal, e se, trimestralmente, tem sido encaminhado o boletim ao
IBGE;
IV - se a Declarao de Nascido Vivo DN acompanha o termo de nascimento, salvo exceo
prevista em Lei.
Art. 35. No Registro de Imveis dever ser verificado:
I - se foram registrados ou averbados todos os documentos protocolados no livro protocolo;
II - no livro protocolo, se o documento protocolado foi registrado/averbado na matrcula,
verificando, em seguida, se os nomes dos adquirentes e alienantes, inclusive de seus cnjuges,
35
foram lanados no indicador pessoal, bem como examinar a correspondente alterao no
indicador real. Esta verificao deve ser feita, por amostragem, em alguns documentos.
Art. 36. O relatrio da correio ser elaborado com os requisitos mnimos acima indicados e
apresentado em formulrio padronizado fornecido pela Corregedoria-Geral da Justia e
disponvel no site do Tribunal de Justia (www.tjmt.jus.br), portal do magistrado Correio
on line.
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CAPTULO IV
DO ENVIO E RECEBIMENTO ELETRNICO, POR MEIO DO SISTEMA DE
MALOTE DIGITAL, DAS CORRESPONDNCIAS ENTRE OS CARTRIOS
EXTRAJUDICIAIS E AS UNIDADES JUDICIRIAS, DIRETORIAS,
CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA DO ESTADO DE MATO GROSSO
Art. 37. O envio ou recebimento eletrnico das correspondncias compartilhadas entre os
Cartrios Extrajudicial e as unidades judicirias do Pas e entre os Cartrios e a Corregedoria-
Geral do Estado de Mato Grosso devero ser realizados por meio do Sistema Malote Digital,
proveniente do Acordo de Cooperao Tcnica n 004/2008 CNJ CSJT TST TJRN.
1 A utilizao do Sistema de Malote Digital dar-se- por meio do acesso Internet/Intranet
do Tribunal de Justia de Mato Grosso.
2 Os mandados para averbao e registro nos Cartrios do Foro Extrajudicial, inclusive de
outros Estados, devero ser recebidos e devolvidos por meio do Sistema Malote Digital,
obedecendo regras da Lei de Registro Pblico.
3 O envio ou recebimento eletrnico das correspondncias compartilhadas entre os
Cartrios Extrajudicial e as unidades judicirias deste Estado dar-se- obrigatoriamente por
meio do Malote Digital, sendo vedado o encaminhamento fsico.
Art. 38. As serventias que gradativamente terminarem o curso de Malote Digital ministrado
via EAD Educao Distncia (conforme cronograma que se encontra anexado no Ofcio
Circular n 374/2014-CGJ/DOF), devero obrigatoriamente utilizar o referido sistema.
1 As informaes solicitadas pela Corregedoria, Juzes, autoridades, Unidades Judicirias e
outros devero ser prestadas pelo juzo por meio do Sistema de Malote Digital.
2 Os documentos podem ser assinados digitalmente.
Art. 39. Em casos excepcionais, quando o contedo da correspondncia exigir sigilo, dever
ser utilizada a opo Enviar em Sigilo.
Art. 40. Para o recebimento das correspondncias enviadas pela Corregedoria Geral da
Justia, o registrador/notrio dever acessar diariamente o Sistema Malote Digital, visando
cumprir com presteza as solicitaes, bem como os prazos estabelecidos nas mesmas.
Art. 41. Os prazos fixados nos expedientes sero contados a partir do primeiro dia til
subsequente ao do dia da remessa do expediente.
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Art. 42. Na hiptese de existir algum problema no sistema que impossibilite o regular envio
e/ou recebimento dos expedientes, o registrador/notrio dever de imediato comunicar tal fato
ao Departamento de Aprimoramento da Primeira Instncia DAPI, por meio sdk.tjmt.jus.br,
de modo que no ocorra nenhum prejuzo s atividades administrativas, nem lhe cause
nenhum problema de ordem funcional.
Pargrafo nico. No caso de inoperabilidade do Malote Digital, a Corregedoria poder
enviar a correspondncia aos Cartrios e os Cartrios para a Corregedoria via GIF Gesto
Integrada do Foro Judicial e Extrajudicial.
Art. 43. As correspondncias a serem enviadas devero ser classificadas de acordo com as 02
(duas) opes disponibilizadas no Sistema de Malote Digital: Prioridade Alta ou
Prioridade Normal.
Pargrafo nico. A referida classificao no compromete o nvel de responsabilidade das
respectivas correspondncias, nem altera os prazos estabelecidos nos expedientes emitidos
pela Corregedoria-Geral da Justia.
Art. 44. Para fins do artigo 43 desta Consolidao, so consideradas correspondncias de
Prioridade Alta:
I - Solicitao de liberao manual de selo, em carter emergencial;
II - Requerimento para abertura de declarao, reabertura de receita e despesa;
III - Informao para atender pedido do Conselho Nacional de Justia;
IV - Comunicao, solicitao e intimao relativas a procedimentos administrativos
disciplinares instaurados pelo Juiz Corregedor Permanente;
V - Outros expedientes que necessitem de providncia imediata.
Pargrafo nico. Classificam-se como Prioridade Normal os demais expedientes que no
se enquadrarem na descrio do caput.
Art. 45. Todos os expedientes devem ser enviados exclusivamente por meio do referido
sistema, salvo quando da impossibilidade de utilizao do citado procedimento, devidamente
justificada, observando as determinaes da Resoluo n. 002/2010/TP.
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CAPTULO V
DA CENTRAL ELETRNICA DE INTEGRAO E INFORMAES - CEI
Art. 46. Fica criada e implantada a Central Eletrnica de Integrao e Informaes CEI
dos atos Notariais e Registrais dos Cartrios Extrajudiciais do Estado de Mato Grosso
constituda de informaes, recebimentos e remessas de arquivos eletrnicos.
1 A CEI de responsabilidade da ANOREG Associao de Notrios e Registradores do
Estado de Mato Grosso, com apoio desta Corregedoria, e contempla as seguintes atribuies:
Registro de Imveis; Tabelionato de Notas; Registro Civil de Pessoas Naturais; Registro de
Pessoa Jurdica; Ttulos e Documentos e Protestos de Ttulos e Outros Documentos de Dvida.
2 vedada a cesso do arquivo da CEI para outras instituies.
Art. 47. Os Registradores e Notrios ou por meio dos seus prepostos faro diariamente o
envio das informaes constantes nos livros de cada atribuio, com a finalidade de manter
alimentada a Central, sob pena de responder administrativamente pela omisso, a partir do
dcimo dia do ato praticado.
1 As informaes eletrnicas devero ser enviadas atendendo aos requisitos de assinatura
digital, vinculada a autoridade certificadora, no mbito da Infraestrutura de Chaves Pblicas
Brasileira (ICP-Brasil), atendendo o padro XML, por ser o padro primrio de intercmbio
de dados com usurios pblicos ou privados.
2 Caso haja necessidade de alterao/correo de informaes j enviadas Central de
forma incorreta, o preposto poder alter-las/corrigi-las e reenvi- las, nos termos do caput. O
sistema permitir que a Corregedoria Geral da Justia faa auditoria, por meio de relatrio,
das alteraes e correes dos arquivos enviados pelas Serventias.
3 A Central dever manter um banco de dados para os arquivos alterados com a finalidade
de preservar a segurana das informaes, e as buscas sero realizadas de acordo com a
ltima informao enviada.
4 A Central dever manter um banco de dados para as informaes do Tabelionato de
Protestos pelo perodo de 10 (dez) anos, com a finalidade de preservar a segurana das
informaes, contudo as buscas ocorrero nos ltimos 05 (cinco) anos.
5 As serventias localizadas em locais sem conexo de internet devero alimentar a Central
regularmente no prazo de 10(dez) dias, consoante dispe o 4 do art. 336 desta
Consolidao, cujo termo inicial se dar a partir da data de 02/03/2015, marco inicial para
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contagem do prazo a partir da vigncia desta Norma c/c art. 6 do Provimento n. 38/2014 -
Conselho Nacional de Justia.
Art. 48. Os dados enviados ficaro armazenados no Data Center (Central Eletrnica),
localizados em ambiente seguro e controlado pela CEI, sob a responsabilidade da Associao
de Notrios e Registradores do Estado de Mato Grosso, com no mnimo 03(trs) cpias de
segurana.
Art. 49. A partir da publicao, as serventias tero at o dia 28/02/2015 para adequar o
sistema de sua serventia s normas e padres deste Provimento, findo o prazo estaro
obrigadas a alimentar a CEI com informaes realizadas diariamente.
1 A partir de 02 de maro/2015, todos os Notrios e Registradores devero alimentar a CEI
com cargas das informaes diariamente constantes nos arts. 5 ao 10 deste provimento,
abrangendo a data inicial dos livros escriturados a partir de 1/01/1976, com exceo do
Tabelionato de Protesto cujas informaes devem abranger os livros escriturados somente nos
ltimos 05 (cinco) anos.
2 O prazo para fornecimento das informaes previstas no caput deste artigo dos dados
anteriores a 02/03/2015 ser de seis meses para cada 05(cinco) anos de registros lavrados,
iniciando a contagem desse prazo conforme 1 deste Provimento, para os Cartrios de
Registro de Imveis, Ttulo e Documentos, Tabelionato de Protesto, Tabelionato de Notas e
Pessoa Jurdica e Registro Civil .
3 A digitalizao de todos os atos dos livros escriturados a partir de 1/01/1976, dever
ocorrer em programa informatizado, com a indexao neste programa dos dados elementares
do assento, necessrios para buscas/consultas, conforme cronograma de implantao
constante do anexo, sendo que Notrios e Registradores devero alimentar a CEI com carga
dos atos, com exceo do Tabelionato de Protestos cujas informaes devem abranger os
livros escriturados somente nos ltimos 05 (cinco) anos.
4 A CEI dever fornecer software light para o cadastro das informaes previstas nos
artigos 50 e 51 desta norma e gerenciamento de documentos eletrnicos s serventias de
Registro Civil das Pessoas Naturais deficitrias.
Art. 50. Os atos de Registro Civil das Pessoas Naturais que constaro da Central so os
registros lavrados nos Livros A (Nascimento), Livro B (casamento), B-Auxiliar (casamento
religioso para efeitos civis), Livro C (bito) e para os Registros de Sede de Comarca, o Livro
E (interdio, ausncia, emancipao, transcries de nascimento, casamento e bito de
brasileiros ocorridos no estrangeiro e opo de nacionalidade).
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1 Para cada registro ser informado o nome do registrado, a data do registro, a data da
ocorrncia do ato ou fato registrado, livro, folhas, nmero de termo, partes envolvidas
(declarante, pai, me, contraentes), testemunhas legais, naturalidade e nmero do selo.
Havendo matrcula anterior, ela dever tambm ser informada.
2 No registro de casamento dever ser informada a data de nascimento dos nubentes,
evitando-se a homonmia.
3 A proibio de divulgao contemplada em excees legais do Registro Civil de Pessoas
Naturais devero obedecer s regras impostas nos dispositivos legais pertinentes, e por
conseguinte, no devero ser enviadas CEI.
Art.51. Os atos dos Tabelionatos de Notas que constaro da CEI so os lavrados nos
seguintes livros:
I - Livro de Escrituras e Atas Notariais;
II - Livro de Procuraes; e
III - Livro de Substabelecimentos de Procuraes e Cartes de Reconhecimento de Firmas.
1 As informaes sobre testamentos continuaro sendo administradas pela Central de
Testamentos mantida pela ANOREG/MT na forma estipulada nesta Consolidao.
2 Para cada ato lavrado, conforme consta do caput, ser informado o nmero do livro,
folhas, data da lavratura, outorgante, outorgado e seus respectivos CPFs/CNPJs e nmero do
selo.
3 Os cartes de assinaturas a serem informados devem abranger apenas os ltimos 05
(cinco) anos, no sendo necessrio o envio de suas imagens, contemplando as seguintes
informaes: data da abertura, nmero da ficha, nome do cliente e o CPF.
Art. 52. Os atos dos Tabelionatos de Protestos que constaro da CEI so os lavrados no livro
de Registro de Protestos dos ltimos 05 (cinco) anos.
Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, data da
lavratura, devedor e seu respectivo CPF/CNPJ, data do apontamento, nmero do
apontamento e nmero do selo.
Art. 53. Os atos de Registro Civil das Pessoas Jurdicas que constaro da central so os
registros lavrados nos livros A e B.
Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, data do
registro, nome da pessoa jurdica constituda, data do protocolo, nmero do protocolo,
nmero do registro e nmero do selo.
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Art. 54. Os atos de Registro de Ttulos e Documentos que constaro da Central so os
registros lavrados nos livros B e C.
Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, quando
existir, data do registro, espcie, outorgante, outorgado e seus respectivos CPF (Cadastro de
Pessoa Fsica)/CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica), data do protocolo e os nmeros
do protocolo, do registro e do selo.
Art. 55. Os atos de Registro de Imveis que constaro da Central so os registros lavrados
nos livros n 2 - Registro Geral e Livro n 3 - Registro Auxiliar.
Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, quando
houver, data do registro, outorgante, outorgado e seus respectivos CPFs, data do protocolo,
nmero do protocolo, nmero do registro e nmero do selo.
Art. 56. Os nmeros de selos, previstos nos arts. 50 a 55 desta Consolidao, sero indicados
apenas para as informaes enviadas a partir da implantao da CEI, no se aplicando s
informaes retroativas.
Art. 57. O envio das informaes para a Central dever seguir padro definido no Manual do
Usurio que estar disponvel no site da Corregedoria e ser enviado s serventias via malote
digital (anexo).
Art. 58. Para a integrao entre os Notrios e Registradores do Estado, o documento
constante na Central ficar liberado para consulta e visualizao do Notrio e do Registrador.
1 No documento ter informao da origem, integridade e elementos de segurana do
certificado digital com que foi assinado.
2 Do documento dever constar obrigatoriamente a informao no tem valor de
certido, nos termos do artigo 60 deste provimento.
3 No h como o Notrio/Registrador importar arquivos de outras serventias.
4 No caso de perda do acervo da serventia, dever ser solicitada Corregedoria, mediante
justificativa, autorizao para importao dos arquivos e ndices armazenados na CEI.
Art. 59. O cidado ter acesso s informaes bsicas contidas nos artigos 50 a 55 desta
norma, mediante buscas/consultas na CEI aps pagamento do valor estipulado no pargrafo
nico deste artigo.
Pargrafo nico. A consulta acima referida ter um custo no valor equivalente a 35% do ato
constante na Tabela A item 05 da Tabela de Emolumentos, permitindo-se arredondamento
at a terceira casa decimal, o qual ser revertido para a ANOREG/MT com a finalidade de
custeio da CEI.
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Art. 60. Dos atos informados na CEI, o interessado poder requerer certido eletrnica
diretamente ao cartrio correspondente mediante solicitao especfica na prpria central.
Pargrafo nico. A certido ser fornecida pelo respectivo cartrio, aps a comprovao do
pagamento dos emolumentos correspondentes ao(s) ato(s), na forma do artigo 174 desta
Consolidao e especificados na tabela de emolumentos, que devero ser pagos diretamente
ao Notrio/Registrador que detm o acervo.
Art. 61. Os atos digitalizados previstos no 4 do artigo 49 desta norma podero ser
disponibilizados para visualizao dos usurios pelos Tabelies de Notas e de Protestos,
Registradores Civis das Pessoas Naturais, Pessoas Jurdicas e Ttulo e Documentos, contudo,
obrigatria a disponibilizao pelos Registradores de Imveis, ressalvando que o documento
visualizado no tem valor de certido.
Pargrafo nico. A visualizao ser disponibilizada pelo respectivo cartrio, aps a
comprovao do pagamento dos emolumentos correspondentes ao ato constante na Tabela A
item 13 da Tabela de Emolumentos, o qual ser revertido para o Notrio/Registrador que
detm o acervo.
Art. 62. O usurio para ter acesso CEI dever fazer o cadastro pelo site eletrnico
https://cei-anoregmt.com.br, em seguida receber login e senha por email cadastrado na
referida Central. (Alterado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral da Justia do
Estado de Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017).
Pargrafo nico. Para fazer a consulta das informaes constantes na CEI, dever o usurio
comprar os crditos na referida Central, exceto os casos de gratuidade previstos no
Art. 63. A pesquisa de informao e solicitao de certides e documentos ser
disponibilizada de forma gratuita, na forma da legislao em vigor, s Instituies do Poder
Judicirio, Ministrio Pblico, Defensoria Pblica, Tribunal de Contas do Estado,
obrigatoriamente, por meio de certificao digital, restando s demais situaes o nus do
pagamento dos emolumentos. (Alterado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral
da Justia do Estado de Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017).
1 Todas as comunicaes oficiais entre os rgo do Poder Judicirio e os Notrios e
Registradores devero ser realizadas por intermdio da CEI, sem prejuzo do sistema GIF
(Gesto Integrado do Foro Judicial e Extrajudicial) e Malote Digital.
2 Consideram-se comunicaes oficiais no mbito da CEI, a busca, as certides e a
solicitao vinculadas aos atos de cada serventia.
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3 Fica franqueada a adeso dos rgos da Administrao Pblica em geral CEI mediante
comprovao de pertinncia e legitimidade com a legislao em vigor e autorizao expressa
da Corregedoria-Geral da Justia de Mato Grosso, vinculando-se s condies e aos prazos
estabelecidos nesta Norma, sendo vedado e punido, na forma da lei, o fornecimento a
entidades privadas ou terceiros.
4 Fica terminantemente vedado o fornecimento de informaes que trata o pargrafo
terceiro deste artigo a entidades privadas ou terceiros.
5 Ser descredenciado qualquer interessado vinculado ao sistema que se utilize de meios
imprprios ou ilegais para obteno de qualquer informao, mediante constatao exclusiva
da CEI, at que haja nova autorizao de habilitao pela Corregedoria-Geral da Justia do
Estado de Mato Grosso.
Art. 64. Os atos gerados por meio da CEI, devero ser assinados digitalmente com a
utilizao de certificados emitidos por autoridade certificadora oficial e credenciada,
obedecidos os padres estabelecidos pela Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileiras (ICP-
Brasil).
Art. 65. Todos os procedimentos e obrigaes decorrentes do regular funcionamento do CEI
sero de responsabilidade concorrente da ANOREG/MT e seus filiados, vinculando-se, para
todos os efeitos, s condies tcnicas expressas no Manual do Usurio, redundando em
responsabilidade administrativa, civil e penal no mbito de suas respectivas competncias.
1 Incorrero em infrao disciplinar os delegatrios que descumprirem qualquer condio
tcnica ou prazos expressos no Manual do Usurio ou nesta Norma.
2 O manual do usurio est disposto no site https://cei-anoregmt.com.br, comtemplando
adaptaes necessrias. (Alterado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral da
Justia do Estado de Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017).
Art. 66. Os procedimentos e relatrios gerenciais vinculados a CEI sero controlados e
fiscalizados pela Corregedoria-Geral da Justia de Mato Grosso, que acessar a central por
meio de certificado digital.
Art. 67. A base de dados dever ser alimentada diariamente pelas Serventias com a
verificao das solicitaes e prazos pendentes, incidindo a regra do protocolo dirio previsto
nas Leis n 6.015/73 e n 8.935/94.
1 A cada mensagem ser automaticamente expedido um identificador da remessa que
valer como comprovante de envio prova para todos os efeitos, vinculando-se ainda com o
posterior encerramento.
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2 As solicitaes encaminhadas s serventias extrajudiciais, por meio da CEI, contero
prazo automtico para resposta, que poder ser redefinido pelo solicitante em caso de
comprovada impossibilidade tcnica, caso fortuito ou fora maior.
Art. 68. As certides emitidas por meio da CEI devero ser fornecidas no prazo de 05 (cinco)
dias teis, observada a exceo prevista no 1 deste artigo, contado do primeiro dia til
data constante no identificador de remessa eletrnica, com prejuzo dos demais prazos
fixados pelos solicitantes.
1 Caso o pedido/remessa no seja lido, a central automaticamente dar como lida no prazo
estabelecido no caput deste artigo, excetuando a serventia que no dispe de internet no
municpio, a qual ter prazo de at 10 (dez) dias para fornecer a certido, em consonncia
com o 5 do artigo 47 desta Norma.
2 As certides devero permanecer disponveis aos requisitantes pelo prazo mnimo de
30(trinta) dias e no mximo de 90 (noventa) dias.
Art. 69. A CEI permitir o recebimento e a remessa de arquivos eletrnicos entre os usurios
e os Cartrios Extrajudiciais do Estado de Mato Grosso.
Art. 70. Os delegatrios seguiro rigorosamente os prazos definidos no cronograma anexo
para fins de integrao e funcionalidade do sistema, obrigaes decorrentes do Manual do
Usurio e demais orientaes das entidades de classe ou pessoa jurdica por ela indicada, sob
pena de caracterizar infrao disciplinar punvel na forma da Lei.
Art. 71. A emisso de certides eletrnicas ser precedida de pedido encaminhado por meio
da CEI, com observncia dos seguintes procedimentos:
I - identificao da unidade organizacional requerente, por meio de certificado digital e/ou
credenciais de acesso autorizadas;
II consulta de informaes constantes na CEI, a fim de localizar o registro ou documento
pblico;
III comprovao do pagamento dos emolumentos pela parte interessada, salvo hiptese de
iseno legal, devendo, neste caso, ser informado em campo prprio sendo autorizado o
cancelamento nos casos que no se enquadrem como iseno;
IV solicitao do pedido com descrio do objeto do registro ou informao cartorria.
Art. 72. Os usurios das instituies conveniadas e que gozam de iseno do Poder Pblico
zelaro pelo sigilo das informaes obtidas por meio da CEI, bem como no permitiro que
terceiros tenham tal acesso e, em caso de descumprimento, sero responsabilizados civil,
penal e administrativamente, mediante a informao autoridade competente.
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Art. 73. Todas as disposies e obrigaes dos usurios restam descritas no Manual do
Usurio do CEI, que compe o anexo desta Consolidao, vinculando, para todos os efeitos,
os beneficiados e os delegatrios do Estado de Mato Grosso.
Art. 74. Depende do pagamento de emolumentos as solicitaes e determinaes judiciais,
salvo hiptese de iseno.
1 Ser acrescido ao valor do emolumento o custo da emisso de boleto, caso a serventia
opte por esse servio.
2 Nos processos judiciais, quando a prova a ser produzida for de responsabilidade da parte
interessada, no sero requisitadas informaes ou certides de atos notariais e de registros
pelo juiz. Se qualquer uma delas no for produzida em razo de obstculo criado pelo prprio
servio, ou se houver interesse relevante para o mbito judicial, devero ser prestadas,
cotando-se os emolumentos devidos para posterior pagamento, desde que informadas pelo
juiz a dispensa do depsito prvio, conforme j consta no artigo 171 desta Consolidao.
Art. 75. Os casos no previstos neste Captulo sero oportunamente regulamentados pela
Corregedoria-Geral da Justia.
Prgrafo nico. As atualizaes e as modificaes no Manual dos Usurios do CEI de
responsabilidade da ANOREG/MT, condicionadas aprovao prvia e expressa da
Corregedoria-Geral da Justia.
Art. 76. Corregedoria ser disponibilizado um mdulo de relatrio para correio on line.
Art. 77. Podero aderir Central de Informaes deste Estado para interligao dos dados
outras centrais mediante celebrao de convnio padro com a ANOREG e a Corregedoria.
Art. 78. Os prazos previstos no cronograma de implantao da CEI anexo devero ser
observados.
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CAPTULO VI
DA MEDIAO E CONCILIAO NAS SERVENTIAS EXTRAJUDICIAS
Art. 79. Fica autorizada a realizao de mediao/conciliao nas dependncias das serventias
extrajudiciais, em ambiente reservado, durante o horrio de atendimento ao pblico,
observando-se as disposies da Lei n 13.140/2015 e da Resoluo n 125/2010 do Conselho
Nacional de Justia - CNJ. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a
regulamentao do tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)
Pargrafo nico. A serventia extrajudicial que optar por prestar esse servio dever instituir
o Livro de Mediao e Conciliao.
Art. 80. Podem atuar como mediador/conciliador o registrador e o notrio e/ou seus
prepostos, desde que expressamente autorizados pelo Diretor do Foro, em deciso
fundamentada, na qual aponte as razes para deferir ou indeferir o pedido, o que dever fazer
em 10 (dez) dia a contar do recebimento do pedido. (Artigo suspenso pelo Conselho
Nacional de Justia at a regulamentao do tema no julgamento do Processo
n003416-44.2016.2.00.0000)
1 O pedido de autorizao dever ser acompanhado de documento que comprove a
realizao, com aproveitamento satisfatrio, de curso de qualificao que habilite o requerente
ao desempenho das funes, nos termos da Ordem de Servio 002/2016-PRES-NUPEMEC.
2 O mediador/conciliador dever, a cada perodo de 2 (dois) anos, contados da autorizao,
comprovar a realizao de curso de reciclagem na rea ou o empreendimento de esforo
contnuo de capacitao.
Art. 81. A funo do mediador/conciliador facilitar o procedimento de comunicao entre
as partes, buscando o entendimento e o consenso para a resoluo do conflito. (Artigo
suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do tema no
julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)
1 Aplicam-se ao mediador/conciliador as mesmas hipteses legais de impedimento e
suspeio do juiz.
2 A pessoa designada para atuar como mediador/conciliador tem o dever de revelar s
partes, ante a aceitao da funo, qualquer fato ou circunstncia que possa suscitar dvida
justificada em relao sua imparcialidade para mediar/conciliar o conflito, oportunidade em
que poder ser recusado por qualquer das partes.
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3 O mediador/conciliador ficar impedido, pelo prazo de 01 (um) ano, contado do trmino
da ltima audincia em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das
partes.
4 O mediador/conciliador no poder atuar como rbitro nem funcionar como testemunha
em processos judiciais ou arbitrais pertencentes a conflitos em que tenham atuado.
Art. 82. O mediador/conciliador observar, no exerccio do seu mister, os seguintes
princpios: (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do
tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)
1 Confidencialidade: toda e qualquer informao relativa ao procedimento de
mediao/conciliao ser confidencial em relao a terceiros, no podendo ser revelada
sequer em processo arbitral ou judicial, salvo, se as partes expressamente decidirem de forma
diversa ou quando for exigida por lei ou necessria para cumprimento de acordo obtido pela
mediao/conciliao;
I O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, conciliador, s partes, a seus
prepostos, advogados, assessores tcnicos e a outras pessoas de sua confiana que tenham,
direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediao/conciliao, alcanando:
a) Declarao, opinio, sugesto, promessa ou proposta formulada por uma parte outra na
busca de entendimento para o conflito;
b) Reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do procedimento de
mediao/conciliao;
c) Manifestao de aceitao de proposta de acordo apresentada pelo mediador/conciliador; d) Documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediao/conciliao.
II Ser confidencial a informao prestada por uma parte em sesso privada, no podendo o
mediador/conciliador revel-la s demais, exceto se expressamente autorizado.
2 Deciso informada: dever de manter o usurio plenamente informado quanto aos seus
direitos e ao contexto ftico no qual est inserido;
3 Competncia: dever de possuir qualificao que o habilite atuao judicial, com
capacitao na forma da Ordem de Servio 002/2016-PRES-NUPEMEC, observada a
reciclagem peridica obrigatria para formao continuada;
4 Imparcialidade: dever de agir com ausncia e favoritismo, preferncia ou preconceito,
assegurando que valores e conceitos pessoais no interfiram no resultado do trabalho,
compreendendo a realidade dos envolvidos no conflito e jamais aceitando qualquer espcie de
favor ou presente;
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5 Independncia e autonomia: dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer presso
interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ou interromper a sesso se ausente s
condies necessrias para seu bom desenvolvimento, tampouco havendo dever de redigir
acordo ilegal ou inexequvel;
6 Respeito ordem pblica e s leis vigentes: dever de velar para que eventual acordo entre
os envolvidos no viole a ordem pblica, nem contrarie as leis vigentes;
7 Empoderamento: dever de estimular os interessados a aprenderem a melhor resolverem
seus conflitos futuros em funo da experincia da justia vivenciada na autocomposio;
8 Validao: dever de estimular os interessados perceberem-se reciprocamente como seres
humanos merecedores de ateno e respeito;
9 Isonomia entre as partes.
Art. 83. Pode ser objeto de mediao/conciliao o conflito que verse sobre direitos
disponveis ou direitos indisponveis que admitam transao. (Artigo suspenso pelo
Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do tema no julgamento do
Processo n003416-44.2016.2.00.0000)
1 A mediao/conciliao podem versar sobre todo conflito ou parte dele.
2 O consenso das partes envolvendo direitos indisponveis, mas transigveis, deve ser
homologado em juzo, exigida a oitiva do Ministrio Pblico.
3 As partes podero ser assistidas por advogados ou defensores pblicos.
4 Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor pblico, o
mediador/conciliador suspender o procedimento, at que todas estejam devidamente
assistidas.
Art. 84. Podem participar da mediao/conciliao, como requerente ou requerido, a pessoa
natural capaz e a pessoa jurdica. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a
regulamentao do tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)
1 A pessoa natural poder se fazer representar por procurador devidamente constitudo.
2 A pessoa jurdica e o empresrio individual podero ser representados por preposto
munido de carta de preposio com poderes para transigir, sem haver necessidade de vnculo
empregatcio.
3 Dever ser exigida da pessoa jurdica a prova de representao, mediante cpia
autenticada dos seus atos constitutivos, bem como cpia da certido simplificada e atualizada
da Junta Comercial.
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Art. 85. Para efeitos de cobranas de custas e emolumentos, aplicam-se s
mediaes/conciliaes extrajudiciais o disposto no item 7 da Tabela A, letras a, b e c
da tabela de custas e emolumentos do Foro Extrajudicial, independentemente da especialidade
da serventia escolhida pelo interessado. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de
Justia at a regulamentao do tema no julgamento do Processo n003416-
44.2016.2.00.0000)
1 A base do clculo dos emolumentos ser o valor declarado do proveito econmico pelas
partes que reflete o bem/direito litigioso, devendo haver real correspondncia entre o valor
declarado e o proveito econmico obtido.
2 assegurada a gratuidade da mediao/conciliao, diante da verificao de que a parte
pobre, nos termos da Lei n 1065/1950 1960, mediante juntada de declarao de
hipossuficincia.
3 O mediador/conciliador poder exigir o depsito prvio dos valores relativos aos
emolumentos e despesas pertinentes aos atos.
Art. 86. dever do mediador/conciliador informar o requerente sobre os meios idneos de
comunicao permitidos e seus respectivos custos, que ser escolhida a exclusivo critrio do
interessado. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do
tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)
1 O custo do envio da carta com aviso de recebimento - AR no dever ser superior ao
praticado pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos EBCT.
2 O custo da notificao por oficial de registro de ttulos e documentos ser o previsto na
Tabela anexa Lei Estadual n 7.550/2001.
3 Caso o interessado
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